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UNIVERSIDADE PAULISTA TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA AMANDA SILVA DE MENEZES BRUNA CONSTÂNCIO ZANELLA GABRIELA NASCIMENTO BISPO LOREN PEREIRA RACHID NICOLY BARROS LIMA THAINAN MARINA GONÇALVES DE ANDRADE “O USO DA DRENAGEM LINFÁTICA NOS TRATAMENTOS ESTÉTICOS” Orientadora (a): Profª. Ma Patricia Oliveira Moura SÃO PAULO Marquês/Noite Junho/2020 UNIVERSIDADE PAULISTA TECNOLOGIA EM ESTÉTICA E COSMÉTICA AMANDA SILVA DE MENEZES BRUNA CONSTÂNCIO ZANELLA GABRIELA NASCIMENTO BISPO LOREN PEREIRA RACHID NICOLY BARROS LIMA THAINAN MARINA GONÇALVES DE ANDRADE “O USO DA DRENAGEM LINFÁTICA NOS TRATAMENTOS ESTÉTICOS” Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da Universidade Paulista - UNIP para o Projeto Integrado Multidisciplinar III. Orientadora(a): Prof.ª Ma.Patricia Oliveira Moura SÃO PAULO Marquês/Noite Junho/2020 UNIVERSIDADE PAULISTA ESTÉTICA E COSMÉTICA “O USO DA DRENAGEM LINFÁTICA NOS TRATAMENTOS ESTÉTICOS” Trabalho apresentado no Curso Superior de Estética e Cosmética da Universidade Paulista - UNIP para o Projeto Integrado Multidisciplinar III. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _____________________________ Prof.ªMa.Patricia Oliveira Moura Universidade Paulista _____________________________ Prof.ªTatiana Calissi PetraMa Universidade Paulista _____________________________ Prof. ªDaniela Fernandes Gusmão Universidade Paulista INTEGRANTES AMANDA SILVA DE MENEZES ........................................................... RA F095JG8 BRUNA CONSTÂNCIO ZANELLA ....................................................... RA N4350H8 GABRIELA NASCIMENTO BISPO ........................................................RA N51OHA7 LOREN PEREIRA RACHID ...................................................................RA N4047C5 NICOLY BARROS LIMA ....................................................................... RA F038FI1 THAINAN MARINA GONÇALVES DE ANDRADE ................................RA N444797 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................... ....................................................................................................................................................... 7 2 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................................................................................... 8 2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DO SISTEMA LINFÁTICO ........................................................................................................................................ 8 2.2 HISTÓRIA E MÉTODOS DA DRENAGEM LINFÁTICA ......................................................................................................... 12 2.2.1 HISTÓRIA DA DLM ................................................................................................................................................................................... 12 2.2.2 MÉTODO GODOY & GODOY ..................................................................................................................................................................... 13 2.2.3 MÉTODO DE VODDER ............................................................................................................................................................................... 17 2.2.4 MÉTODO DE LEDUC ................................................................................................................................................................................. 21 2.2 INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES DA DRENAGEM LINFÁTICA ............................................................................... 23 2.2.1 INDICAÇÕES DA DLM ............................................................................................................................................................................... 23 2.2.2 CONTRAINDICAÇÕES DA DLM ................................................................................................................................................................. 24 2.4 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DA DRENAGEM LINFÁTICO ..................................................................... 24 2.5 RELATOS CIENTÍFICOS DO USO DA DRENAGEM LINFÁTICA EM TRATAMENTOS ESTÉTICOS ................................ 25 2.6 DIFERENÇAS ENTRE MASSAGEM MODELADORA E DRENAGEM LINFÁTICA ............................................................. 32 3 OBJETIVOS............... ................................................................................................................................................................ 40 3.1 OBJETIVOS GERAIS .................................................................................................................................................................................... 40 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ........................................................................................................................................................................... 40 3 MATERIAIS E MÉTODOS ......................................................................................................................................................... 40 4 DISCUSSÃO........................... ................................................................................................................................................... 41 5 CONCLUSÃO............ ................................................................................................................................................................ 42 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................................... 43 7 ANEXO 1 – RESUMO PARA OS ANAIS DO ENCONTRO ACADÊMICO ....................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 8 ANEXO 2 - BANNER...........................................................................................................43 LISTA DE IMAGENS FIGURA 1 ...............................................................................................................10 FIGURA 2 ...............................................................................................................11 FIGURA 3 ...............................................................................................................13 FIGURA 4 ...............................................................................................................13 FIGURA 5 ...............................................................................................................16 FIGURA 6 ...............................................................................................................18 FIGURA 7 ...............................................................................................................18 FIGURA 8 ...............................................................................................................19 FIGURA 9 ...............................................................................................................20 FIGURA 10 .............................................................................................................26 FIGURA 11 .............................................................................................................27 FIGURA 12 .............................................................................................................28 FIGURA 13 .............................................................................................................29FIGURA 14 .............................................................................................................32 FIGURA 15 .............................................................................................................34 FIGURA 16 .............................................................................................................34 FIGURA 17 .............................................................................................................35 FIGURA 18 .............................................................................................................35 FIGURA 19 .............................................................................................................36 7 1 INTRODUÇÃO O presente estudo refere-se sobre a importância da técnica drenagem linfática, é composta por manobras lentas, superficiais e ritmadas sob a pele, seguindo o trajeto anatômicos do corpo humano pelo caminho do sistema linfático,a fim de melhorar o escoamento do líquido intersticial. (TIVERON e BARREIROS, 2014) A drenagem linfática feita de modo correto tem diversos benefícios como auxiliar no pré e pós operatório, sempre respeitando as contra indicações e o percurso do sistema linfático. Segundo Leduc e Leduc (2008), o sistema linfático tem como componentes principais os capilares linfático,pré-coletores e coletores. Também é constituído por órgãos linfoides como o timo, baço e tonsilas palatinas. Sendo uma resposta ao sistema imune e não só responsável por filtrar a linfa. (BORGES, 2010). Na sociedade de hoje, é muito observado o aumento do culto ao corpo, já que a mídia “obriga”, em sua maior parte, mulheres de todas as idades a seguirem um padrão de beleza e aspecto físico.Por isso, é perceptível um grande aumento na procura de tratamentos estéticos, visto que as pessoas querem participar desse padrão para não serem excluídas ou aumentarem a auto estima. (SILVA; MEJIA, 2018) 8 2 REVISÃO DA LITERATURA 2.1 Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático O sistema linfático é uma via acessória da circulação sanguínea, permitindo que os líquidos dos espaços intersticiais possam fluir para o sangue sob a forma de linfa. Este sistema é composto pelo fluido linfático (linfa), capilares linfáticos, vasos linfáticos, ductos linfáticos, linfonodos, baço, timo e tonsilas (Figura 1). Possui grande importância para manutenção da homeostase do tecido, um sistema quase tão difundido quanto o sistema circulatório. Atua na absorção e transporte do excesso do líquido intersticial, ajudando a manter o equilíbrio dos fluidos do corpo, removendo impurezas e auxiliando na circulação sanguínea. Assim ajuda na defesa do organismo e na criação de linfócitos (glóbulos brancos) contra possíveis invasores. Representa, também, uma das principais vias de absorção de nutrientes, podem-se absorver bactérias e partículas maiores, sendo eliminadas à medida que a linfa passa pelos linfonodos. O sangue carrega nutrientes, sais minerais e vitaminas, deixa o capilar arterial, chega ao meio intersticial e banham as células (ultra filtração), estas adquirem os elementos necessários para sua função. Logo após o líquido intersticial é tomado por diferentes pressões, sendo absorvidos pelos capilares venosos, muitas vezes a filtragem é mais eficiente que a reabsorção, ocorrendo um acúmulo nos espaços intersticiais, que será retomado por vias específicas, se tornando a linfa. Ela possui uma composição quase idêntica ao plasma, semelhante ao sangue, porém sem presença de hemácias, não havendo coloração avermelhada. A linfa é o plasma que passa através das células das paredes dos capilares, formando uma parte líquida e uma parte celular (linfócitos). Trata-se de um tecido de transporte, claro, hialino, rico em proteínas. Dentro do sistema linfático existe um percurso a ser percorrido pela linfa, onde sua reabsorção começa a partir dos capilares linfáticos ou vasos linfáticos iniciais, que se diferem dos vasos sanguíneos, pois neles existe uma sobreposição de camadas celulares que permitem a entrada do liquido 9 intersticial para dentro dos vasos linfáticos. O capilar linfático é a porta de entrada do sistema linfático, compostos por paredes permeáveis que facilitam a entrada de macromoléculas de proteínas e minerais, pois essas paredes são como “portões” permitindo a passagem de grandes moléculas e pequenas células. Já as macromoléculas não seriam absorvidas pelo sistema venoso, pois, as paredes dos capilares venosos apresentam “poros” não permitindo a absorção de grandes moléculas (CAMARGO, MARX, 2000; LEDUC, 2007). Onde então esses líquidos são reabsorvidos pelos capilares linfáticos e renomeados linfa, evacuando dos vasos linfáticos para os pré- coletores. Os pré-coletores possuem válvulas impedindo assim o refluxo dessa linfa, apresentando um trajeto sinuoso. Estão localizados entre os capilares e os coletores. Suas paredes são formadas por tecido endotelial, tecido conjuntivo e fibras elásticas e musculares. Possuem válvulas e conduzem a linfa no sentido centrípeto. Essas válvulas são comparadas com a do sistema venoso, porém seu número é maior nos vasos linfáticos. E os coletores dão continuidade aos pré-coletores, porém apresentam maior calibre (LEDUC, A.; LEDUC, O. 2007; TASSINARY, 2015). Os gânglios linfáticos ou, também titulados, coletores linfáticos são dilatações dos vasos linfáticos, que retêm partículas de invasores. Os gânglios podem ser encontrados individualmente ou em grupo, espalhados por várias regiões do corpo e estão em maior concentração nas axilas, virilhas e pescoço. Os vasos linfáticos transportam à linfa em direção as cadeias ganglionares onde contém dois tipos de células: as reticulares e as linfoides, ambas responsáveis pela defesa do organismo, com ação imunológica, agindo de forma direta. Sua principal função é a preservação do organismo contra qualquer agressor ou substâncias estranhas. Essa defesa é resultado de uma reação imulógica muito complexa. Quando o organismo está combatendo uma infecção, elas aumentam de tamanho, tornando perceptíveis e formando a ínguas (LEDUC; LEDUC, 2007). Os linfócitos são glóbulos brancos que são formados na medula óssea e são responsáveis pela defesa no organismo. Quando um invasor está no organismo, é imediatamente detectado e ocorre a fagocitose (onde substâncias são englobadas). Os macrófagos presentes no sistema fagocitam 10 corpos estranhos presentes na linfa e estimulam a multiplicação de linfócitos T e B capazes de reconhecê-los e combatê-los. Ínguas são inchaços causados, quando o aumento da produção de linfócitos faz com que os linfonodos próximos do local da infecção aumentem de tamanhos. O sistema linfático é quem filtra os fluidos, devolvendo para o sistema venoso a linfa mais filtrada. O Baço está localizado na região superior esquerda do abdômen. É o maior órgão linfático apesar de não fazer a filtração da linfa. Atua como filtro para as correntes sanguíneas, que fabricam e armazenam os linfócitos. Agem como reservatórios de sangue durante hemorragias. O Timo é considerado um órgão linfático, pois a única função é a maturação funcional dos linfócitos T, que são encontrados na parece intestinal, no apêndice e nas amígdalas (Figura 2). As Tonsilas são pequenas massas incluídas nas mucosas e encontradas nas partes posteriores das cavidades bucal e faríngea. De acordo com sua região são chamados de amígdalas (palatina), adenoides (faríngea) ou inguinais. E todos atuam na defesa adicional (Figura 2). O Ducto linfático é um grande canal linfático que se estende do abdômen até o pescoço. O ducto torácico é responsável por coletar a maior parte da linfa, as únicas regiões que a linfa não é drenada por este canal são as provenientes do lado direitoda cabeça e do pescoço, membro superior direito e lado direito do tórax. Inicia-se no abdômen, na cisterna de quilo, é contínua subindo pelo mediastino posterior e pela abertura torácica superior. Em parte do seu trajeto, o ducto entra na veia branquiocefálica esquerda. É Formado pela reunião do tronco intestinal com os troncos lombares, sendo que sua reunião pode acontecer acima ou abaixo do diafragma. O sistema linfático é o componente principal do sistema imunológico, pois colabora com a proteção do organismo contra invasores. O sistema imunológico é constituído principalmente pelos órgãos linfáticos e por células isoladas. Este sistema defende o organismo contra moléculas estranhas, como as toxinas produzidas por microrganismos invasores. As células do sistema imunitário são capazes de distinguir as moléculas que são próprias do corpo das moléculas estranhas. Após identificar os agressores, o sistema imunitário coordena a inativação e/ou a destruição deles, funcionam como uma guerrilha. 11 O sistema imune é formado por estruturas individualizadas, como nódulos linfáticos, linfonodos, baço e células livres, presentes no sangue, na linfa e nos tecidos conjuntivos. As células do sistema imunitário se comunicam entre si e com as células de outros sistemas principalmente por intermédio de moléculas proteicas denominadas citocinas. Os órgãos linfáticos, baço, linfonodos e nódulos linfáticos, são as principais estruturas que participam da resposta imunitária, são responsáveis por produzir e tornar funcionais as células do sistema imune. Os nódulos são agregados de tecido linfático localizados na mucosa dos aparelhos digestivos, respiratório e urinário. O extenso conjunto de tecido linfático das mucosas chama-se MALT. A DLM, para ser efetiva, deve sempre ser realizada por fisioterapeuta habilitado em linfoterapia, que conheça bem a anatomia, fisiologia e patologias linfáticas e que saiba aplicar com segurança todos os componentes da técnica (MARX E CAMARGO, 2000). Figura 1: Formação da linfa Fonte: Tortora e Derrickson. Princípios de Anatomia e Fisiologia (Eleventh Edition), 2010. 12 Figura 2: Baço, timo e tonsilas. FONTE: https://www.auladeanatomia.com/novosite/sistemas/sistema-linfatico/,2001 2.2 História e Métodos da Drenagem Linfática 2.2.1 História da DLM A drenagem linfática manual apresenta inúmeras técnicas e benefícios, sendo eficaz diante de muitas etiologias.Criada por Vodder era utilizada em quadros patológicos e somente depois de um tempo a técnica foi reconhecida e comprovada sua eficácia. Possui a função de estimular o sistema linfático, contribuindo com a circulação, podendo ser tão eficaz quantos outros tratamentos, averiguando também a reabsorção de edemas e ganho de amplitude de movimento. Atua juntamente com o sistema linfático e seus órgãos, o qual sendo visto como uma via acessória da circulação e também com a colaboração no sistema imunológico. Na história da DLM, encontramos vários autores como Godoy e Godoy, Albert Leduc entre outros, cada um com suas técnicas e convicções, baseados no histórico de Vodder, mostram com 13 pesquisas e teses a capacidade que a drenagem tem e sua importância no meio fisioterapêutico. 2.2.2 Método Godoy & Godoy Á técnica de Godoy & Godoy foi desenvolvida pelo casal de médicos Prof. Dra. Maria de Fátima Guerreiro Godoy e pelo Prof. José Maria Pereira de Godoy que desde 1999 divulgam seus trabalhos sobre a técnica, sempre baseados em estudos e evidências científicas (GODOY, 1999). Este método trouxe à comunidade científica novos conceitos no estímulo do sistema linfático, visando uma abordagem global deste sistema. Assim, os movimentos lineares no trajeto dos vasos e na direção dos linfonodos correspondentes, a par da compressão manual constante durante todo trajeto, são algumas das principais inovações deste método (GODOY, GODOY, 2011). Durante seu processo de validação, os autores seguiram as fases de avaliação científica, sendo a técnica analisada nas três etapas: estudo In vitro, In vivo e clínico. Portanto, é o único método de drenagem linfática manual que segue toda a rigorosidade científica exigida. leves, seguindo o sentido da circulação linfática. Desenvolveram esse novo método de drenagem linfática baseadas nos conceitos de fisiologia, fisiopatologia, anatomia e hidrodinâmica, que surgiu para questionar certos movimentos da drenagem linfática convencional (GODOY, GODOY, 2004,1999). Pode se utilizar as mãos ou instrumentos que permitem o sentido dos vasos linfáticos (GODOY, 2004). Há também a valorização desse método na região cervical como parte importante da abordagem, onde apenas com esses estímulos houve melhora nos padrões volumétricos (GODOY, 2008). 14 Figura 3: Técnica de drenagem linfática manual Godoy e Godoy usando rolete para o sentido da corrente linfática. Fonte:Disponívelem:http://drenagemlinfatica.chakalat.net/2011/06/metodo-godoy-godoy-de- drenagem.html. Nessa técnica os roletes e bastões são usados para exercer como instrumentos facilitadores para ocorrer a pressão externa, seguindo as manipulações de Vodder e são compostas por três fases: Ativa (Movimentos de empurre), e duas passivas (o apoio das mãos e relaxamento posterior) (LEDUC, 2007). Figura 4: Utilização do rolete durante a drenagem da coxa Fonte: Drenagem linfática manual: um novo conceito (Godoy e Godoy). Ela elimina alguns movimentos usados na técnica de Vodder, e a utilização de movimentos mais objetivos, seguindo as regras fisiológicas, anatomia e hidrodinâmica (GODOY, 2007). Godoy (2011) defende que a velocidade deve ser observada com cautela, pois os linfonodos são limitantes à velocidade do fluxo, logo, os movimentos precisam ser tão lentos tanto como o trajeto da linfa. 15 O sistema linfático é condutor de fluidos (linfa) e, portanto, devem seguir as leis da hidrodinâmica. Para o deslocamento de qualquer tipo de fluido, devemos empregar uma diferença de pressão entre as determinadas regiões que contêm esse fluido, no caso do sistema linfático, os vasos linfáticos. Qualquer tipo de compressão externa que promova um diferencial de pressão entre as extremidades pode deslocar o fluido contido num conduto, o que pode ter como resultado final a redução da pressão no seu interior e, assim, a facilitação da entrada de novo conteúdo por diferente pressão. Diversos materiais, além das mãos, podem ser utilizados como instrumentos facilitadores para exercer a pressão externa (NASCIMENTO, 2017). A DLM, método Godoy é uma abordagem inovadora e que permite resultados muito positivos e rápidos quando comparadas com outras metodologias similares. Contribui para aperfeiçoamento e facilita a circulação da linfa, é sentido, tanto em longo prazo, como também no imediato (GODOY, GODOY, 2011). Tratamento extensivo através desta técnica de drenagem permite a redução em torno de 10% do volume do membro diariamente na primeira semana e em torno de 50% do volume do membro em uma semana. Porém, estudos comprovam que nos graus I e II é possível a redução total ou quase total do edema, sem processo fibrótico, em mais de 95% dos pacientes em poucos dias ou semanas. O método Godoy é uma associação de terapia aplicada no tratamento do linfedema, na estética e nas doenças que envolvem os vasos linfáticos (GODOY, GODOY, 2011). Outro conceito que surgiu com a evolução das pesquisas foi quanto ao que se diz desbloquear as cadeias linfonodais, que na realidade há um equivoco muito grande quanto a este conceito e que é mantido há décadas. Pois é impossível desbloquear manualmente um linfonodo obstruído. Estudo dinâmico com linfocintilografia mostra que a linfa passa através dos linfonodos com velocidade muito reduzida em relação ao que elapode deslocar nos coletores linfáticos. Portanto, a função de “filtro” dos linfonodos limita a velocidade da linfa neste trajeto do sistema e qualquer força que se exerça para vencer poderá lesar o sistema. Nestes anos a observação prática e as pesquisas permitiram a evolução do conceito da drenagem linfática inicialmente descrito por Godoy & 16 Godoy para um novo conceito que é descrito como drenagem linfática total. Este conceito fundamenta-se na associação de estímulos que interferem nos mecanismos fisiológicos de drenagem linfática, de forma mais abrangente do que na drenagem convencional, procurando maximizar todos os estímulos do sistema linfático. O domínio do conhecimento anatômico, fisiológico, fisiopatológico e das regras da hidrodinâmica é fundamental para execução destes conceitos. O objetivo é envolver de forma correta a formação da linfa com o seu deslocamento até atingir o sistema venoso de forma global. Evolução da técnica de drenagem linfática Godoy e Godoy; nestes anos a observação prática e as pesquisas feitas, permitiram a evolução do conceito da drenagem linfático descrito por Godoy & Godoy para um novo conceito que é descrito como drenagem linfática total. Este conceito fundamenta-se na associação de estímulos que interferem nos mecanismos fisiológicos de drenagem linfática, de forma mais compreensiva do que na drenagem convencional, procurando elevar ao máximo todos os estímulos do sistema linfático. O comando do conhecimento anatômico, fisiológico, fisiopatológico e das regras da hidrodinâmica é fundamental para execução destes conceitos. O objetivo é envolver de forma harmoniosa a formação da linfa com o seu deslocamento até atingir o sistema venoso de forma normal. Para que isso aconteça é fundamental seguir as regras de deslocamento de fluidos e associar os movimentos da melhor forma. Deste modo envolve a formação da linfa e o seu imediato deslocamento no sistema linfático. Assim, ela vai aumentar o volume de linfa nos linfângios e estimular sua contração e desencadeando a drenagem proximal em cascata. 17 Figura 5: método DLM GODOY GODOY FONTE: Vasos linfáticos e movimentos do método Godoy Godoy, 2011. 2.2.3 Método de Vodder O método de drenagem linfática manual foi desenvolvido em 1932 pelo dinamarquês Vodder e sua esposa e se tornou conhecido graças aos efeitos gerados e referidos pelos pacientes, tendo sido aperfeiçoada cada vez mais. Trata-se de uma técnica usada para drenar e limpar macromoléculas e resíduos celulares que devido ao seu tamanho, não entram no sistema venoso, acabando ficando no interstício, virando líquido intersticial. Devido a esse acumulo de macromoléculas e resíduos celulares juntamente agua e gordura acontece o inchaço, o que chamamos de edema ou linfedema, ocorre muito nas pernas principalmente. (SATO, DOMENE, 2013,2002). 18 A principal função dessa técnica se da pela retirada de líquidos acumulados, entre as células e os resíduos metabólicos. A drenagem consiste em desobstruir os gânglios, e a captação, que nada mais é do que a captar a linfa do interstício para os capilares linfáticos. De forma manual a drenagem é feita em movimentos leves e circulares com as mãos e polegares. Na técnica de Vodder a drenagem trabalha no sentido proximal a dista, ao segmento a ser drenado (SANTOS, BORGES, 2013,2002). Para Ribeiro (2003) as diversas manobras de drenagem linfática manual são realizadas em todos os segmentos do corpo, sendo que cada manobra é realizada sobre o mesmo local de cinco a sete vezes. Alguns autores recomendam iniciar a DLM pelo segmento proximal, processo de evacuação, obtendo assim um esvaziamento prévio das vias pelas quais a linfa terá que fluir (GUIRRO; GUIRRO, RIBEIRO, 2004, 2003). A drenagem tem dois processos: evacuação e a captação. Na evacuação estimulam-se os gânglios e as vias aéreas, fazendo uma pressão extremamente leve, tendo por objetivo descongestionar os gânglios para receber a linfa durante a massagem de drenagem. Na captação é quando realizamos de fato o processo de drenagem, a linfa entra nos vasos linfáticos e ali da iniciação para todo o processo a ser seguido pela linfa. Ela é feita de movimentos leves, sendo realizados círculos com as mãos e polegares (SANTOS 2013). Aplicada por movimentos suaves, rítmica, lenta e continua. Assim, não se deve fazer com pressão, nunca havendo dores ao cliente, vermelhidão ou hematomas após a massagem. Assim causaria uma vasodilatação, que consiste em um fluxo forte de sangue na área tratada e posteriormente agravaria a situação. Com a prática da DLM são ativados os gânglios, quando o organismo esta combatendo alguma infecção aumentam de tamanho e se tornam perceptíveis. Filtram a linfa retendo partículas grandes, como as bactérias, destruindo-as (DOMENE, 2002). Hoje a técnica de Vodder vem sendo muito utilizada por diversos profissionais da área da saúde como, por exemplo, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e também por esteticistas. Sendo assim, a drenagem linfática deve ser somente realizada por pessoas especializadas. 19 Na técnica de Vodder, a massagem se inicia distalmente ao seguimento que irá ser drenado (BORGES, 2006). E ira seguir sempre o fluxo linfático. Os movimentos de Vodder, nomeado como círculos estacionários (fixos) é feito na região da face e no pescoço, realizado com as mãos abertas sobre a pele, os dedos fazem movimentos circulares, a “pouca” pressão é feita até a metade do círculo, e termina-se esse círculo sem pressão. Sendo assim começa o circulo com pressão e termina sem pressão alguma. Realiza-se de 5 a 7 movimentos (SANTOS 2013). Figura 6: Movimentos circulares – técnica Vooder. Fonte: Disponível em: www.babiunica.blogshop.com Movimentos de bombeamento, o polegar e os dedos movem-se na mesma direção em sentido circular. O controle do movimento é realizado pelo punho do terapeuta. Nessa manobra as pontas dos dedos não serão utilizadas. De 5 a 7 movimentos. (SANTOS, 2013). Figura 7: Movimento de bombeamento. Fonte: disponível em: www.essenciaestetica.com 20 Movimento giratório ou de rotação, é empregado em superfícies planas. O braço é posicionado em leve abdução no plano da escápula, com o antebraço em máxima pronação. A mão que inicia o movimento toca a superfície do segmento com a face palmar e realiza um movimento de desvio ulnar na direção e sentido da drenagem proposta, simultaneamente aos movimentos de supinação e adução. A outra mão terá o mesmo posicionamento e realizará os mesmos movimentos descritos anteriormente, tendo-se o cuidado para que os movimentos sejam sequenciais e rítmicos, alternando-se as mãos para a região imediatamente adjacente. O posicionamento das mãos depende da sequência realizada, e podem ser posicionadas proximal ou distalmente, seguindo sempre o fluxo da linfa (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Figura 8: Movimento do doador Fonte: Disponível em: www.terapiasalternativascuritiba.wordpress.com O movimento doador é iniciado com as palmas das mãos retas às vias de drenagem, baseada em manobras que consistem em arrastar, combinando vários movimentos. Primeiramente toca-se a borda medial da mão a área que se pretende drenar, seguido dos movimentos de pronação do antebraço e abdução do braço. Em seguida a mão oposta com o polegar estendido realizar um movimento de arraste com a borda lateral, combinando movimentos de supinação do antebraço e adução do braço. O movimento se repete de imediato na região adjacente à região manipulada. 21 Figura 9: Movimento giratório Fonte disponível em: www.mundodastribos.com A Drenagem Linfática está representada principalmente pelas técnicas de Vodder e Leduc. A diferença entre elas está no tipo de movimento. Vodder utiliza movimentoscirculares, rotatórios e de bombeio, já Leduc propõem movimentos mais restritos (PACCINI et al., 2009). Quanto mais sessões de DLM, menor será a probabilidade do acúmulo de líquidos no local e mais rápida a recuperação dessas pacientes, ajudando na penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente à lesão (RIBEIRO, SOARES, 2003, 2005.). 2.2.4 Método de Leduc Albert Leduc mantém algumas técnicas criadas por Vodder, como drenar as regiões proximais antes das distais, desobstrução dos gânglios principais da região antes de encaminhar o fluxo linfático. A principal diferença de Leduc para Vodder era o não início da drenagem linfática de seus pacientes pelo pescoço, principalmente quando se tratava de edemas muito distantes. Dizia que as manobras sobre o ângulo venoso não tem o poder de acelerar significativamente o fluxo linfático de locais distantes do pescoço, como uma das pernas por exemplo. Sua técnica é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente duas manobras: captação e reabsorção. 22 O objetivo da captação é auxiliar na absorção do líquido intersticial excedente para dentro dos capilares linfáticos terminais e o aumento do fluxo em direção aos linfonodos regionais e finalmente, em direção ao canal torácico e ao ducto linfático direito.Já a evacuação ou demanda tem por objetivo proporcionar um aumento do fluxo linfático na região proximal, deixando está descongestionada e preparada para receber a linfa de outras regiões mais distais. Ao se facilitar e melhorar a circulação linfática dessa, não haverá sobrecargas maiores a esses vasos. Leduc ainda possui uma combinação mais restrita de movimentos e propõem protocolos de tratamentos com base no tipo de distúrbio encontrado e utiliza bandagens compreensivas após as técnicas de drenagem linfática. Sendo considerado como uma via alternativa de Drenagem, o sistema linfático age juntamente com o sistema vascular numa constante mobilização de líquidos. Possui função de manter o equilíbrio de volume de líquido existente no corpo, eliminação de substância gerada pelo metabolismo celular e coopera com reações imunitárias. Podemos utilizar a DLM em alguns tratamentos como: Edemas pós- operatórios (status pós-fraturas, rupturas musculares, entorses, pós – cirurgia plástica ou lipoaspiração); Edemas por insuficiência congênito-hereditária do sistema linfático (linfedemas primários) Edemas pós-esvaziamento ganglionar (edemas que surgem após remoção de gânglios em cirurgias oncológicas, por exemplo, o cancro da mama). Tem como benéfico a melhora da imunidade fazendo com que aja estimulação da pele para ativar linfócitos T no organismo segundo Montagu (1998, p. 195).Possui um efeito calmante, de acordo com Montagu (1998, p. 382) o toque do terapeuta pode diminuir a ansiedade aguda em pacientes hospitalizados em procedimentos pós-cirúrgicos, é Pisani (1985, p. 110) diz que quando se atua sobre o sistema nervoso, acalmam as emoções. Segundo Leduc (2000, p. 2) se consegue uma circulação de retorno, onde se encontra lenta ou estagnada e ainda segundo Jacquemay (2000, p. 21) absorve toxinas e ativar a circulação de proteínas do meio intersticial. 23 A DLM pode não ser suficiente no tratamento de edemas linfáticos, podendo ser associados a terapias compressivas para potencialização de resultados. Drenagem dos linfonodos: contato direto dos dedos indicador e médio com a pele, colocados sobre os nodos linfáticos, fazendo uma linha perpendicular, com pressão leve e rítmica. Tem por objetivo evacuar a linfa. Movimentos circulares com os dedos: movimentos circulares e concêntricos, com os dedos unidos, com exceção do polegar. Feita com o objetivo de captar a linfa, realizada no caminho das vias linfáticas. Não é realizada nenhuma pressão nas manobras, círculos leves, rítmicos e com pressão intermitente na área edemaciada, recomenda se de 5 a 7 movimentos no mesmo local. Movimentos circulares com o polegar: realizada do mesmo modo que a de circulação com os dedos, porém somente com o polegar. Movimentos combinados: combinação de manobras circulares utilizando os dedos e os polegares. Bracelete: utilizado quando temos inchaço de grandes áreas, podendo ser feita com uma ou duas mãos, dependendo da necessidade. A pressão em bracelete tem por objetivo aumentar o fluxo linfático, para ser recolhido em direção aos linfonodos da região. Realizada com pressões intermitentes (pressiona e solta sucessivas vezes). A pressão deve durar dois segundos em média, o relaxamento deve ser feito com o mesmo tempo de duração e assim por diante. 2.2 Indicações e Contraindicações da Drenagem Linfática 2.2.1 Indicações da DLM A drenagem linfática é boa para essas situações pois tem como objetivo o melhor funcionamento da circulação linfática, propondo assim, menos toxinas e líquidos em excesso no corpo, e um melhor funcionamento do organismo, é uma técnica de massagem realizada com pressões suaves seguindo o trajeto do sistema linfático e atualmente é um dos recursos mais indicados no pós-operatório de cirurgias plásticas. Pois, na abdominoplastia ou dermolipectomia é uma cirurgia que retira o excesso de pele e tecido adiposo do abdome de pacientes com ptose de pele ou flacidez em mulheres após múltiplas gestações e a drenagem é bastante indicada nesses casos (SOARES. 2005). 24 Indicada também para insuficiência de safena (insuficiência venosa); Linfedemas de maneira geral; Irritação cutânea (dermatites, eczemas); Contratura e tensão muscular; Distúrbios neuro vegetativos e neuro psíquicos; Cefaléias; Estados pré e pós-operatórios e pós-traumáticos; Edema no período gestacional e síndrome pré-menstrual. De acordo com Guirro e Guirro (2002), as manobras de drenagem linfática manual são indicadas na prevenção e/ou tratamento de: - Edemas; - Linfedemas; - Fibro edema gelóide; - Queimaduras; - Enxertos; - Acne 2.2.2 Contraindicações da DLM Como a drenagem linfática tem por objetivo acelerar o sistema linfático do organismo, as vezes por algumas doenças crônicas, ou riscos em determinadas situações, como a gravidez de alto risco por exemplo, pode acabar prejudicando e as vezes até ocorrendo risco letal para aqueles que possuem doenças relacionadas a pressão sanguínea, Nesses presentes casos não se deve aplicar podendo haver a poira do quadro infeccioso; Edemas Sistêmicos de origem cardíaca, Insuficiência cardíaca, Hipertensão e Diabetes descompensadas’,Flebites,Tromboses e Tromboflebites, Reações alérgicas agudas, Afecções da pele não tratadas, Câncer, Asma brônquica e bronquite asmática, Hipertireoidismo, Imunodepressão, Insuficiência Renal dependente de diuréticos ou diálise. 2.4 Efeitos Fisiológicos e Terapêuticos da Drenagem Linfático Quando a drenagem linfática manual é muito bem executada pode- se obter ótimos resultados tanto fisiológicos como terapêuticos, no quesito efeito terapêutico ela age auxiliando para um melhor resultados nos casos de procedimentos estéticos, como no pré e pós operatório, melhorando a circulação e diminuindo a retenção de líquido. (SCHWARTZBACH; TASSINARY,2018) Além disso, promove nas células uma maior nutrição, reduz edemas e linfedemas, ajuda a cicatrização de ferimentos com maior agilidade e auxilia na absorção de lesões, tais como hematomas e equimoses. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE DERMATOLOGIA, 2019) 25 Existem diversos efeitos fisiológicos, dentre eles podemos evidenciar o relaxamento da musculatura, ajuda na distribuição dos hormônios e de medicamentos no corpo, estimula as defesas imunológicas, intensifica e reabsorve melhor as proteínas, proporciona uma desintoxicação do interstício e promove um aumento de velocidade do líquido. (SILVA; MEJIA, 2018) A drenagem linfática manual auxilia no escoamentodos capilares linfáticos, a linfa gasta um tempo menor para ser transportada, o linfonodo tem uma maior facilidade na hora de absorver uma quantidade maior de linfa para ser filtrada, tem um papel significativo na oxigenação e desoxigenação na musculatura esquelética, com o procedimento o intestino tem um aumento no peristaltismo intestinal, vontade excessiva de urinar, redução nas retrações no meio de cicatrizes, o trabalho celular tem um melhor desenvolvimento e a nutrição dos tecidos torna-se eficaz (ANDREOLI; PAZINATTO, 2009). A DLM tem como principal objetivo reduzir o acúmulo de líquido no interstício, drenando a linfa que está em excesso nas células, promovendo um equilíbrio intersticial, sendo assim muito indicada para tratamentos de linfedema. (SCHWARTZBACH; TASSINARY, 2018) 2.5 Relatos Científicos do Uso da Drenagem Linfática em Tratamentos Estéticos No estudo de Ceolin (2016) sobre os efeitos da drenagem linfática manual (DLM) no pós-operatório (PO) imediato de lipoaspiração do abdome, realizado com três pacientes do sexo feminino, demonstraram que após 15 sessões, edemas e dores foram aliviadas logo nas primeiras sessões, e ao final de um mês de tratamento houve satisfação positiva das pacientes. Foi realizado uma pesquisa em que utilizou a DLM no pós-operatório de abdominoplastia. A prática clínica foi realizada em um paciente do sexo masculino, de 39 anos de idade, sedentário. Foram executadas, 15 sessões de DLM, 2 vezes por semana e reconsiderações periódicas para analisar os efeitos do tratamento. Os efeitos analisados confirmam a eficácia da DLM na reabsorção do líquido intersticial e por consequência reabsorção do edema residual. O edema reduziu visivelmente e o paciente a cada procedimento expunha sensação de alívio do desconforto. Conclui-se que a DLM é eficaz e 26 apresenta bons resultados na recuperação de pró e pós-operatório de abdominoplastia (Guimarães, 2015). A seguir, na imagem a baixo mostra um resultado de um pós operatório de abdominoplastia, antes e depois da drenagem linfática. Segundo Pereira (2013) afirma que a drenagem linfática manual é um mecanismo que auxilia o sistema linfático no processo de drenagem do líquido intersticial. Técnica validada cientificamente para redução do edema de origem linfática. Nos últimos anos a DLM vem sendo utilizada, dentre as enumeras aplicações no pós-cirurgias plásticas dentre as quais a abdominoplastia. No estudo de abdominoplastia foram selecionadas 14 mulheres,sendo que 7 mulheres foram submetidas à drenagem linfática manual e as outras 7 foram submetidas a drenagem linfática mecânica.A idade das mulheres incluídas foi de 43,57 com variação de peso entre 54 e 70 Kg. Todas as pacientes avaliadas apresentavam no pós-operatório,alterações clínicas como:edemas,equimoses,dor e parestesia e todas tinham passado por uma abdominoplastia – dermolipectomia e no 8º e 26 º dia de pós-operatório foram encaminhadas pelo médico para a realização do procedimento,a escolha foi aleatoriamente.Os sintomas dos eventuais clínicos foram diminuídos após o 2º dia de intervenção da DLM (Drenagem Linfática Manual) e da DLME (Drenagem Linfática Mecânica) e mostrando uma grande melhora após dez atendimentos. E foi aplicado um questionário para medir o nível de aceitação pelas as pacientes pós – operadas entre a DLM e a DLME,e puderam comprovar que o nível de aceitação é maior pela drenagem linfática manual,porém os dois métodos quando aplicados num pós-operatório mostra- se muito eficiente(Soares,2005). Para Foldi (2012), 72 horas após a cirurgia de lipoaspiração é necessário o uso da técnica de drenagem linfática manual para a prevenção de possíveis fibroses e retrações no tecido aspirado. Essas manobras têm que acompanhar a circulação linfáticas sendo rítmicas, suaves e lentas. 27 Figura 10 – antes e depois da drenagem linfática no pós operatório da abdominoplastia. Fonte: (katiaestetics.blogspot.com) A utilização da Drenagem Linfática Manual no pós-operatório da cirurgia plástica de mamoplastia de aumento pode trazer grandes vantagens se aplicada de forma correta, contribuindo para o reparo da cicatriz, contribuindo no processo de cicatrização, melhorando a textura e elasticidade da pele, diminuindo e precavendo aderências, reduzindo os edemas causados pela cirurgia, reconstituindo a corrente circulatória periférica da lesão, fazendo de maneira reabilitadora e preventiva, desta forma reduzindo a existência dos problemas de contratura capsular e demais adversidades da cirurgia de mamoplastia de aumento (verne, Pereira, 2010). Segue os resultados a baixo de uma cirurgia de aumento depois de 10 sessões de drenagem linfática. Para Alencar apud Lacerda (2010), uma Drenagem Linfática bem feita é capaz de alcançar os mais diversos resultados, como otimização de resultados de pós-operatório, tratamentos e preparação para todas as cirurgias estéticas. O tratamento no pós-operatório tem o objetivo de diminuir o edema e auxiliar no processo de cicatrização, na redução das áreas anestesiadas, na tonificação muscular e na microcirculação. 28 Figura 11 - Antes e depois da cirurgia de aumento após 10 sessões da DLM. Fonte: (aquinoticias.com) No uso da DLM no tratamento de FEG (Fibro Edema Gelóide) não houve resultado significante referente ao grau do FEG, porém foi observado melhora no aspecto da pele. As pacientes analisadas declararam satisfeitas com o procedimento. A DLM mostrou-se eficaz como uma opção coadjuvante no tratamento do FEG, foi visto melhora na autoestima e da satisfação das pacientes. Foram analisadas 10 mulheres, sedentárias com FEG entre os graus I ao III(Brandão, 2010). Gravena (2004), realizou um estudo com o objetivo de estudar os efeitos da drenagem linfática no tratamento do FEG nos seus três a quatro estágios, sendo que foi delimitado neste trabalho até o terceiro estágio. Foram estudadas três pacientes, cada uma delas acometida por um dos três estágios do fibro edema, foi aplicado uma avaliação fisioterapêutica específica, sendo também aplicado um protocolo de drenagem linfática manual, durante dois meses, com uma média de três atendimentos semanais, de trinta minutos cada sessão. Pôde ser observado que na paciente com estágio 1 do FEG foi possível reduzir as medidas de perimetria, bem como as alterações da pele significativamente. Na paciente com grau 2 os resultados obtidos foram moderados e, na de grau 3 não foram obtidos resultados satisfatórios. Assim, o autor conclui que, através de um programa de drenagem adequado e precoce é possível reduzir as decorrências da patologia e melhorar o aspecto da pele. Já em estágios mais avançados, a drenagem mostrou se eficaz no efeito da 29 analgesia, mas não mostrou resultados satisfatórios nas medidas de perimetria e no aspecto e mobilidade da pele, podendo, então, ser escolhida como técnica coadjuvante no início do tratamento, visando analgesia. Na imagem a baixo mostra um resultado de um tratamento para FEG com drenagem linfática, com resultados visíveis. Figura 12 - FEG antes e depois da drenagem linfática. Fonte: (esteticistacomovoce.com) No estudo de Silva e Tokarsa (2017) sobre a cirurgia de Blefaroplastia (remoção da pele excessiva das pálpebras superiores e inferiores) sua revisão de literatura apontou que a drenagem pode ser importante na melhora da qualidade de vida do paciente, minimização do controle da dor facial causada pela cirurgia, edema, auxiliando para que os pacientes retornem mais rápido para suas atividades cotidianas. Na imagem a baixo pode-se observar que houve uma melhora do antes e depois com o auxílio da drenagem linfática. 30Figura 13 - Antes e depois com drenagem linfática no pós operatório da cirurgia de Blefaroplastia. Fonte: (jornalnovafronteira.com) Godoy (2004), realizou estudo com objetivo de relatar a experiência inicial da drenagem linfática no tratamento de linfedema para adolescentes. Foram estudados qualitativamente seis pacientes adolescentes com linfedema de extremidades, sendo quatro do sexo feminino e dois do sexo masculino. As idades variaram de 13 a 17 anos. Foram realizadas drenagem linfática, técnica Godoy & Godoy, três vezes por semana, durante trinta dias, orientação de vida diária para os pacientes e familiares e uso de bandagens não elásticas, seguidas de meias elásticas para manutenção. Logo após o primeiro mês, o acompanhamento passou a ser quinzenal, mensal e trimestral. Foram realizadasperimetrias dos membros no início do tratamento e durante o acompanhamento. Em todos os pacientes obteve-se a melhora clínica do linfedema, constatada pela redução antropométrica em relação às medidas iniciais. Sabe-se que a drenagem linfática constitui a base do tratamento, onde a cronicidade e a progressão da doença devem ser explicadas. Portanto, exige cuidados para toda a vida, sabendo-se que estes cuidados permitem uma evolução favorável em relação à doença. A equipe multidisciplinar e a participação da família facilitam a adesão e a realização do tratamento. Além do estudo da drenagem linfática no linfedema de extremidade foi realizado um estudo no qual observava a DLM no pós-operatório imediato de cirurgia vascular de membros inferiores, foram realizados um total de 7 atendimentos de 45 minutos cada e pode ser concluído que, além do procedimento de DLM ter amenizado a formação do edema, também 31 proporcionou uma aparência mais saudável e normal da pele, devido ao transporte do líquido que retornou a circulação sanguínea, ocasionando a melhora na oxigenação e nutrição celular, reduzindo os hematomas procedentes do processo cirúrgico. A DLM também realizou um papel importante na compensação das incisões, dando início a uma barreira protetora das lesões contribuindo ainda mais no processo de cicatrização (Alencar, 2011). Em estudos realizados foi constatado resultados que confirmam os benefícios da drenagem linfática manual na reabsorção do líquido intersticial e consequente reabsorção do edema residual (Piccinin, 2009). Wolf, Theiss e Dell´Antonio (2011), realizaram uma pesquisa onde aplicaram um questionário para vinte e oito gestantes, com média de idade de trinta anos, questionando se as gestantes conhecem os benefícios da técnica de drenagem linfática, se estão realizando a drenagem e, se sim, quais benefícios já notados. De acordo com o estudo, as autoras demostraram em gráficos os resultados, que indicaram que 32% das respondentes realizavam drenagem na gestação e 68% não. Destas que realizavam a massoterapia, 27% indicaram que procuraram o tratamento para relaxamento e bem-estar e, apenas, 5% para diminuir edemas. O resultado da pesquisa ainda indicou que 75% das gestantes conheciam os benefícios da drenagem linfática. A partir dos estudos citados, pode-se verificar que estudos específicos com gestantes indicaram benefícios percebidos após sessões de drenagem linfática. Nas perimetrias realizadas observou diminuição do diâmetro dos membros das gestantes e as mesmas relataram estar se sentindo mais dispostas e que realmente notaram uma diminuição do inchaço das pernas. Os estudos apontam a relevância da técnica de DLM em pacientes gestantes, a partir do terceiro mês de gestação. A DLM aplicada em gestantes é eficaz, pois tem uma redução significativa do edema e alívio dos sintomas de dor, formigamento, pernas pesadas e inchaço. Certificou-se ainda, segurança na prática da DLM em relação a pressão arterial sistêmica, por não ter tido mudança significativa dos níveis tensionais após a sua efetuação (Cardoso, 2017). 32 2.6 Diferenças entre Massagem Modeladora e Drenagem Linfática A massagem modeladora é definida como uso de diversas técnicas manuais com o objetivo de promover a mobilização da gordura, aumento da circulação vascular periférica e auxílio na eliminação de toxinas(Borges, 2006). Tem como objetivo reduzir o tecido adiposo e a FEG. De forma localizada, as manobras manuais rápidas, repetitivas e vigorosas sobre os tecidos do corpo, como amassamento, torções e fricções, conferem a modelagem da região trabalhada, auxiliam o sistema linfático indiretamente, promovem a vasodilatação, oxigenação e a nutrição tecidual melhorando o tônus da pele (Uliane, 2014). Segundo Ribeiro (2010) a massagem modeladora é um tipo de massagem que se utiliza de movimentos de amassamento, deslizamento e pressão com movimentos rápidos e vigorosos sobre a pele, tem como objetivo trabalhar de forma localizada as regiões do corpo onde deseja uma redução de medidas e melhora do quadro de celulite. Basicamente os movimentos da massagem modeladora são os mesmos da massagem relaxante, porém efetuados com mais vigor e com pressão um pouco maior. De acordo com GUELFI e SIMÕES (2002) a drenagem linfática é um método de massagem altamente especializado, realizado através de pressões suaves, lentas e rítmicas, que seguem o trajeto do sistema linfático. Isto proporciona a drenagem de líquidos e a estimulação de defesa imunológica, aumentando a diurese, a eliminação de toxinas e desenvolvendo com isso o equilíbrio do organismo. A Drenagem linfática manual faz parte as técnicas utilizadas para favorecer a circulação dita de “retorno” (Leduc, 2007).Segundo GUIRRO e GUIRRO (2004) “a massagem de drenagem linfática é de grande valia no tratamento do fibro edema gelóide (FEG) diante do quadro de estase sanguínea e linfática”. A massagem promove analgesia e incremento na circulação sanguínea e linfática, além de aumento da maleabilidade tecidual. 33 Deve ser realizada de maneira intermitente, suave e superficial, a princípio, visando a dissensibilização. A técnica de drenagem linfática manual (DLM), consiste em um conjunto de manobras de massagem terapêutica específica que atuam sobre o sistema linfático, com o objetivo de drenar o excesso de líquido acumulado no interstício (Ferreira, 2010). A imagem a seguir mostra por onde o sistema linfático passa. Figura 14 – Sistema linfático Fonte: (brasilescola.uol.com.br) A massagem modeladora tem como efeitos o aumento da circulação sanguínea e linfática, aumenta a nutrição e maleabilidade tecidual ainda auxiliando na penetração de fármacos (Guirro; Guirro, 2004).Normalmente utiliza-se para a massagem modeladora um produto cosmético com princípios ativos redutores e descongestionantes a massagem dura de 45 a 60 minutos. As formulações cosméticas para massagem são elaboradas com uma substancia parte oleosa ou umectante que tem como objetivo diminuir o atrito entre a pele de quem aplica a massagem e a de quem recebe, facilitando as manobras a serem realizadas e tornando-as menos incômodas ou doloridas para quem recebe (Ribeiro, 2010). 34 A massagem modeladora no tratamento do FEG pode ser potencializada com uso da cosmetologia, que tem um efeito na gordura localizada e no FEG, de promover um aumento da circulação e ativar a permeabilidade da pele (Borges, 2016). O creme para drenagem linfática possui agentes antioxidantes que ativam a microcirculação, prevenindo o aparecimento de estrias e varizes. Com o auxílio de massagem específica, mobiliza a linfa até os gânglios linfáticos, eliminando o excesso de líquido e toxinas. Pode ser aplicado manualmente ou com o auxílio de aparelhos estéticos (Ceolin, 2016). Segundo Pereira (2007) os movimentos da massagem modeladora são realizados da seguinte maneira, Amassamento: O objetivo do amassamento é amassar por pressão, tração ou compressãoem uma determinada região, ajudando na circulação linfática e venosa ainda alongando os músculos, tendões que estão contraídos e ajudar a estirar aderências. Deslizamento Profundo: Nessa manobra as mãos caminham uma após a outra no mesmo músculo, sendo realizado na parte inferior e superior. Seu objetivo é ajudar no fluxo natural da linfa e dos vasos venosos. Fricção: Manobra empregada em torno das articulações para liberar a pele aderente realizar soltura de cicatrizes aderentes de partes profundas e auxiliar a absorção de uma efusão local. Derivada da massagem clássica, utilizando-se das mesmas manobras, porém com pressão maior, ritmo e velocidade mais intensos, possui como objetivo principal, o auxílio na modelagem corporal por meio da mobilização intensa dos tecidos mais profundos (tecido adiposo e muscular); entre elas citamos: deslizamento, amassamento e percussão; outros movimentos também são encontrados, como vibração, fricção e rolamento (Pereira, 2013). As imagens a seguir mostram os locais onde pode ser realizado a massagem modeladora. 35 Figura 15 - Barriga e coxas. Figura 16 - Braços. Fonte: (harmoniacorpoemente.com.br) A técnica da drenagem linfática, fala sobre a utilização de cinco movimentos combinados entre si formando um sistema de massagem, são eles: Drenagem dos linfonodos, onde é preciso conhecer suas localizações iniciando a massagem pelo contato direto dos dedos indicador e médio sobre os linfonodos, a manobra é realizada com uma pressão moderada e rítmica; movimentos circulares utilizando-se todos os dedos da mão do terapeuta, sendo eles leves e rítmicos, seguindo sempre o sentido da drenagem fisiológica; movimentos circulares realizados somente com o polegar; movimentos combinados, sendo feitos movimentos circulares hora com todos os dedos da mão, hora apenas com o polegar; e por fim a técnica conhecida como bracelete, utilizada quando o edema atinge grandes áreas, a manobra pode ser realizada pelo terapeuta uni ou bimanual, e o sentido deve ser distal para proximal, obedecendo o sentido da drenagem fisiológica e a pressão deve ser intermitente (Leduc, 2010). 36 Mauad (2008) os movimentos devem ser lentos, delicados e rítmicos, reproduzindo o bombeamento fisiológico, evitando, assim, o rompimento dos vasos. As manobras são lentas, leves e monótonas, seguindo sempre a direção do fluxo linfático, não devem causar dor ou eritema, sendo repetidas num ritmo determinado (Herpetz, 2006). A técnica de acordo com EmillVodder, propõe quatro tipos de movimentos, sendo eles: Círculos fixos, colocando a mão espalmada sobre a pele fazendo movimentos circulares com os dedos promovendo um estiramento do tecido; movimentos de bombeamento, onde são realizadas pressões decrescentes da palma da mão para os dedos de forma intermitente; movimento do “doador”, que é feito com as palmas das mãos realizando um movimento de arraste seguido de uma pronação do antebraço; A técnica de movimento giratório ou de rotação, que é realizado com a face palmar deslizando sobre a pele do paciente fazendo um desvio ulnar. Os movimentos de todas as técnicas devem ser rítmicos, alternados e unidirecionais, sempre seguindo o sentido da drenagem fisiológica. As imagens a seguir mostram alguns locais onde se realizam a drenagem linfática e a direção indicado pelos números 1 e 2. Figura 17 – cotovelo até a região da axila. Figura 18 – barriga até a região inguinal Fonte: (tuasaude.com) 37 Figura 19 – pernas até a região inguinal. Fonte: (tuasaude.com) Os efeitos fisiológicos da massagem modeladora são: vasodilatação, melhora da oxigenação e nutrição tecidual, melhora do sistema linfático, estimulação da eliminação dos metabolitos. Indicação: modelagem corporal, redução de medidas, gordura localizada (Ribeiro, 2010). Melhora também a flacidez da pele, pois com o aumento da circulação sanguínea no tecido epitelial, as células (fibroblastos) funcionam melhor, produzindo mais colágeno e elastina, o que dá mais firmeza à pele.A massagem promove duas ações diferentes: vascular e muscular. Na primeira, após a massagem, observa-se uma elevação da temperatura local da pele, de 1 a 3 graus centígrados, pela ação mecânica e pela vasodilatação. Assim, as trocas líquidas em nível tecidual e sua respectiva nutrição são aumentadas e os produtos tóxicos são eliminados. A outra ação é obtida por meio da movimentação rápida e deformação da fibra muscular, que uma vez estimulada, responde com contrações reflexas, aumentando assim o tônus muscular. A massagem modeladora torna os músculos mais firmes e elásticos. Melhora ainda a nutrição dos músculos, facilitando o seu desenvolvimento (Gregório, 2010). A massagem se destaca por sua variedade de técnicas, além de sua ampla aplicabilidade, sendo definida como compressão metódica e rítmica do corpo ou parte dele para efeitos terapêuticos. Tendo efeito na circulação sanguínea aumentando transitoriamente o fluxo superficial de sangue (Guirro; Guirro, 2004). 38 Sendo indicada para melhorar a circulação e o tônus muscular, fortalecimento e aumento da elasticidade dos músculos ainda removendo toxinas do corpo (Dimitriou, 2015). Para Cassar (2001) ao exercer a pressão mecânica, a massagem promove o rompimento dos glóbulos de gordura, fazendo-o gastar e liberar sua energia, além de ajudar na transferência das moléculas de gordura do intestino para os canais linfáticos. Uma técnica de massagem chamada de “amassamento” exerce um efeito muito significativo sobre o tecido adiposo, desde que seja aplicada de forma vigorosa, emulsionando a gordura nas células superficiais do tecido conjuntivo. Os glóbulos de gordura, podem sim, escapar para o sistema linfático e serem eliminados. A drenagem linfática tem por objetivo estimular o sistema linfático (uma rede complexa de vasos que movem fluidos pelo corpo) a trabalhar de forma mais acelerada. Entre os principais benefícios do método estão a redução de retenção de líquido (Chedy, 2017). A drenagem linfática é uma técnica de massagem que utiliza manobras suaves e precisas, em um sentindo único e respeitando a fisiologia do sistema linfático, que é unidirecional. Sua ação é de grande valia no aumento da reabsorção de líquidos excedentes no meio extracelular, mantendo o equilíbrio hídrico entre os espaços intersticiais e, dessa forma, estimulando a cicatrização (Schwanke, Helena, 2017). A DLM auxilia o retorno venoso e é essencial no uso da terapia de compressão, uma vez que aumenta taxa de cicatrização de úlceras venosas e pré-diabéticos, agindo tanto na micro circulação quanto na macro circulação, aumentando o volume de ejeção durante a ativação dos músculos da panturrilha, favorecendo a reabsorção do edema e melhorando a drenagem linfática (Azoubel, 2010). As contraindicações da massagem modeladora são para Pessoas com cardiopatias ou hipertensão, pois a massagem promove uma vasodilatação e isso pode aumentar a pressão arterial sistêmica. Pessoas com febre também devem evitar, pois o procedimento eleva ainda mais a temperatura. Quem tem osteoporose pode sofrer fraturas ou micro fraturas por causa da fragilidade 39 óssea. Varizes e fragilidade capilar também são contra indicadas pelos movimentos vigorosos que podem romper os vasinhos (que causará hematomas) e em casos mais graves de varizes, um vaso mais calibroso pode ser prejudicado (Regina, 2018) Também sendo contra indicada em queimaduras, dermatites agudas, feridas, inflamação aguda das articulações (Pereira, 2007). Já as contraindicações da drenagem linfática são em casos de asma brônquica grave e não medicada,eczema agudo, febre, flebites e tromboflebites agudas, hipertireoidismo não tratado, hipotensão arterial, infecções agudas, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e neoplasias malignas (câncer) (Ceolin, 2016). Conforme Ribeiro (2004), as manobras de DLM são absolutamente contraindicadas em casos de: câncer (suspeita ou em tratamento), febre, afecções cutâneas, processos infecciosos, asma, hipertireoidismo, insuficiência cardíaca. As contraindicações podem ser associadas a outras patologias, por isso, quando há suspeita de outras alterações o paciente deve ser encaminhado ao médico e a DLM deve ser iniciada após autorização médica. As também contraindicações para aplicação da técnica de DLM citadas por Lopes (2002): hipertireoidismo, infecções agudas, tumores malignos, tuberculose, extirpação de um segmento do intestino (abdômen), insuficiência cardíaca descompensada, menstruação abundante (abdômen), flebite, asma brônquica e bronquite asmática, parto natural ou aborto espontâneo (após a primeira menstruação), trombose, tromboflebite e hipotensão. 40 3 OBJETIVOS 3.1 Objetivos Gerais Demonstrar as diferenças entre as técnicas de drenagem linfática mais utilizada para tratar de problemas no sistema linfático. 3.2 Objetivos Específicos Mostrar a eficiência e eficácia das técnicas da drenagem de forma científica, sendo utilizada não apenas as mãos, mas outros mecanismos. Compreender os recursos e estruturas do sistema linfático. Analisar os métodos disponíveis para realizar a drenagem linfática, além de suas especificidades. 4 MATERIAIS E MÉTODOS Este projeto tem como foco principal tratar da importância da drenagem linfática manual na área da estética. Através de pesquisas, almeja- se coletar dados sobre os benefícios promovidos pela mesma desde a estimulação do sistema linfático nos procedimentos estéticos. Pretende-se, também analisar pesquisas científicas que demonstram os resultados da realização nos protocolos estéticos. Desta forma, pesquisas envolvendo os temas estéticos, manobras e métodos da DLM, indicações e contraindicações da técnica serão realizadas, tendo como fonte bases de dados de bibliotecas virtuais como Scielo, Ebsco, Science Direct, Google Acadêmico além de livros, artigos científicos, teses, dissertações e revistas na área de saúde e estética. 41 5 DISCUSSÃO Segundo Dr. HERPERTZ, em 1990, foram apresentados trabalhos científicos sobre as contraindicações do câncer, onde não seria possível o transporte das células tumorais levadas para outros sítios do organismo durante o estímulo da DLM. Existem trabalhos na área da mastologia (Câncer mamas) mostrando que células tumorais sofrem efeito chave fechadura, que nada mais é do que um encontro entre a célula cancerígena e uma célula que se encaixe a ela para que ocorra a metástase ou que gere outro tumor. Não havendo assim possibilidades de que esse estímulo forme tumor durante as sessões de DLM. Mas existem restrições quando este câncer estiver localizado no próprio sistema linfático, pois não se sabe o que pode ou não ser estimulado. Estudos mostram o dano que cirurgias causam ao e essa agressão varia de acordo com a característica da operação. Para aumentar a imunidade, o organismo reage e algumas dessas reações são normais e passageiras, outras demoram um pouco. O edema, como outros sinais de pós-operatório é a defesa, dez por conta da filtração capilar do líquido intersticial são de responsabilidade do sistema linfático, quando esse líquido não é captado , uma quantidade excessiva de líquido se acumula, formando o edema. Com a DLM é possível deslocar o edema do espaço intersticial por meio de pressões com as mãos, essa técnica será usada por vezes na terapia para levar o líquido filtrado, de forma prudente, em direção as regiões onde a circulação é capaz de assegurar a reabsorção e evacuação posteriormente. Seu objetivo básico é drenar o excesso de líquido acumulado, de forma a manter o equilíbrio da pressão tissular e hidrostática. No entanto ambos os autores estão citando dos benefícios que a DLM trás para o ser humano, para aqueles que fazem dela uma prática, e pode ser vista ou aceita como algo bom que gera muito cuidado, confiança e melhora a saúde. 42 6 CONCLUSÃO Este estudo objetivou levantar a respeito os benefícios que a drenagem linfática traz, visto que, melhora a circulação sanguínea e ativa de forma eficiente o sistema linfático, é notória sua eficácia na estética, principalmente em pós-operatório, e que associada a outros recursos da estética potencializa ainda mais os resultados. A técnica de drenagem linfática não é algo novo, desde sua criação, diversos estudos foram realizados visando o aprimoramento, sempre respeitando a anatomia e fisiologia do sistema linfático. Deste modo, observa-se que, independentemente do método aplicado, os movimentos da drenagem sempre devem ser suaves e lentos, seguindo o sentido do fluxo da linfa. Ressalta-se ainda que, quando realizada por profissional capacitado e da maneira correta, a drenagem linfática manual proporciona resultados positivos na redução de edemas, motivo pelo qual é tão difundida pelo mundo. 43 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCAR, Tatiana Priscila De; MEJA, Dayana Priscila Maia. A influência da drenagem linfática manual em pós-operatório imediato de cirurgia vascular de membros inferiores. Bio Cursos , [SL], 2011. Acesso em: 016 abril 2020. BORGES, F.S. Dermato-funcional: Modalidades Terapêuticas nas Disfunções Estéticas. São Paulo.3 Ed. Phorte, 2010. BRANDÃO, D. S. M. et al. Avaliação da técnica de drenagem linfática manual no tratamento do fibro edema geloide em mulheres. Sistema de Información Científica, [S.L], out./dez. 2010. 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(1) = ORIENTADOR DO PROJETO - Prof*Maria Patrícia Moura (2) = ALUNOS DO CURSO DE ESTÉTICA E COSMÉTICA (3) = COLABORADOR DO PROJETO (Coordenadora – Daniela Fernandes Gusmão) (Prof*Tatiana Calissi Petra) Introdução: Neste presente trabalho serão abordados alguns assuntos pertinentes à drenagem linfática manual, sua diversidade de técnicas e o sistema linfático. Segundo Herpertz (2004) “Entendemos por drenagem linfática manual (DLM) a ativação manual da drenagem do líquido intersticial através de fendas microscópicas nos tecidos (canais pré-linfáticos) e da linfa através de vasos linfáticos”. Essa técnica foi criada pelo biólogo dinamarquês Emil Vodder e sua esposa Estrid Vodder, onde ambos perceberam que quando havia quadros gripais, como uma dor de garganta, as glândulas inchavam, e após várias observações, descobriram que ao massagear o local inflamado com determinados movimentos suaves, melhorava o aspecto de inchaço e havia melhoria nos quadros (GODOY ,2017). Objetivos: Demonstrar as diferenças entre as técnicas de drenagem linfática mais utilizada para tratar de problemas no sistema linfático,dentro dos tratamentos estéticos. Materiais e Métodos: Pesquisas envolvendo os temas estéticos, manobras e métodos da DLM, indicações e contraindicações da técnica serão realizadas, tendo como fonte bases de dados de bibliotecas virtuais como Scielo, Ebsco, Science Direct, Google Acadêmico além de livros, artigos científicos, teses, dissertações e revistas na área de saúde e estética. Resultados: Com a DLM é possível deslocar o edema do espaço intersticial por meio de pressões com as mãos, essa técnica será usada por vezes na terapia para levar o líquido filtrado, de forma prudente, em direção as regiões onde a circulação é capaz de assegurar a reabsorção e evacuação posteriormente. Seu objetivo básico é drenar o excesso de líquido. Conclusões: Constatou-se que a drenagem é uma técnica de suma importância no cotidiano dos indivíduos, sejam elas sadias ou com alguma enfermidade. A drenagem, quando realizada corretamente possui inúmeros benefícios para o corpo. Ao longo do trabalho, foi possível analisar que o corpo reage muito bem aos movimentos, desde que sejam feitos de maneira correta. Palavras- chave: Ex.: Estética,Drenagem linfática,Métodos de drenagem linfática. Referências Bibliográficas GODOY J.M.P., GODOY M.F.G. Drenagem Linfática Manual uma Nova Abordagem. 1999. BORGES, FÁBIO. Dermato-funcional: modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. LEDUC. LEDUC. Drenagem Linfática Teoria e Prática. 3. Ed. São Paulo: Manole, 2007. 47 ANEXO 2 BANNER