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Normas regulamentadoras; Documentos. Identificar quais são os procedimentos e as etapas para o licenciamento de uma obra; Reconhecer as prerrogativas das Normas Regulamentadoras, que orientam direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores; Compreender o processo de aprovação e licenciamento de um projeto/obra a partir das determinações definidas pelas leis municipais. Segundo publicação do Ministério do Trabalho e Previdência feita em 22 de outubro de 2020, as Normas Regulamentadoras (NR) orientam as obrigações, direitos e deveres a serem cumpridos por empregadores e trabalhadores, com o objetivo de garantir um trabalho seguro e sadio, prevenindo a ocorrência de doenças e acidentes de trabalho; As NRs seguem em sua formulação os princípios essenciais para uma boa prática regulatória, de forma a seguir: Esta norma trata das disposições gerais e o gerenciamento de riscos ocupacionais. Seu objetivo é estabelecer as disposições gerais, o campo de aplicação, os termos e as definições comuns às normas regulamentadoras relativas à segurança e às saúde no trabalho, e as diretrizes e os requisitos para o gerenciamento de riscos ocupacionais associados às medidas de prevenção em Segurança e Saúde no Trabalho. A NR 3 trata do embargo ou a interdição. Segundo esta norma, o embargo e interdição são medidas de urgência, adotadas a partir da constatação de situação de trabalho que caracterize risco grave e iminente ao trabalhador. Para efeitos de obra, o termo adotado seria o de embargo, que implica a paralisação total ou parcial da obra. É uma norma geral, mas de suma importância para a Construção Civil. Ela trata dos serviços especializados em engenharia de segurança e em medicina do trabalho, tendo, dessa forma, a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverá ser vinculado à gradação do risco da atividade principal e ao número total de empregados do estabelecimento. Esse dimensionamento é feito com base nas constantes dos Quadros I e II, anexos da NR 4. Ainda em relação à segurança dos empregados, temos a NR 5, que apresenta as informações necessárias para a formação da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, denominada como CIPA, cujo objetivo é a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. A CIPA deve ser composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos. A NR 6 estabelece que a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas devidas circunstâncias, e, em contrapartida, o empregado deve usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizar-se pela guarda e conservação dos equipamentos, comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso e cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado. A NR 7 é a norma que orienta e traz as definições sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), e, estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados deste programa, com o objetivo de promover e preservar a saúde do conjunto dos seus trabalhadores. Além disso, é determinado como deve ser feito o reconhecimento das atividades e, consequentemente, a classificação dos riscos relacionados. A partir dessa classificação, é possível determinar a quais exames o trabalhador deverá se submeter e sua frequência. Esta norma estabelece os requisitos para a avaliação das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos, quando identificados no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), previsto na NR 1, e subsidiá-lo quanto às medidas de prevenção para os riscos ocupacionais. A NR 9 visa à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho. Além disso, deve promover a sinalização dos ambientes com a utilização de cartazes e avisos. Por fim, temos a NR 35, considerada a última norma que merece maior destaque dentro as atividades da Construção Civil. Esta norma se destina à gestão de Segurança e Saúde no trabalho em altura, e estabelece os requisitos para a proteção dos trabalhadores aos riscos em trabalhos com diferenças de níveis, nos aspectos da prevenção dos riscos de queda. Dessa forma, conforme a complexidade e riscos dessas tarefas, o empregador deverá adotar medidas complementares inerentes a essas atividades. O processo para aprovação e licenciamento de um projeto/obra deve ser feito conforme determinações definidas pelas leis municipais, seja para toda construção ou reforma. Esse processo de análise e aprovação chama-se licenciamento. No geral, o licenciamento pode ser entendido como o procedimento necessário para se obter a autorização, denominada como alvará, que regulariza o imóvel para a execução de atividades. Dentro das prefeituras, existem as secretarias de obras ou habitação, que tem por objetivo avaliar e analisar os processos, para aprovação, e, em determinadas situações, encaminhar o projeto a outros órgãos. Todo município deve ter seu código de obras. Esse código é o instrumento que permitirá a Administração Municipal exercer o controle e a fiscalização do espaço edificado e seu entorno, garantindo a segurança e a salubridade das edificações. Importante ressaltar que os imóveis são fiscalizados e podem ser multados se houver alguma irregularidade. Além disso, obras não licenciadas podem ser embargadas e as atividades desenvolvidas em imóveis irregulares podem ser interditadas. Exemplo Quando um terreno possui árvores que deverão ser removidas ou transplantadas, é necessário a permissão e orientação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. De forma geral, o objetivo principal do Código de Obras é orientar os métodos construtivos, regulamentando o espaço a ser edificado por meio de normas técnicas para a prática da construção, da mesma forma que apresenta como a edificação deverá ser inserida no lote (afastamentos). Isso garante às edificações e obras: No Código de Obras, também são definidos os profissionais legalmente habilitados para projetar, orientar e executar obras. Em geral, os municípios consideram como habilitados os registrados no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA). Cada prefeitura determina, em seu Código de Obras, quais documentos são necessários e devem ser apresentados à secretaria de obras para aprovação, bem como seu formato, e, consequentemente assim, após sua análise, ocorrerá a liberação do alvará. Tomando como exemplo uma prefeitura qualquer, os documentos necessários para a apresentação dos projetos ao órgão competente da Prefeitura Municipal são: PLANTA DE SITUAÇÃO PLANTA ESQUEMÁTICA DO PERÍMETRO QUADRO ESTATÍSTICO SELO PADRÃO 1 - Dimensões do lote, conforme registro do imóvel ou documento de propriedade; 2 - Representação da projeção do perímetro da edificação; 3 - Recuo frontal e afastamentos laterais e de fundo; 4 - Projeção das edificações existentes, indicadas com legenda; 5 - Indicação de áreas não edificáveis; 6 -Indicação, quando presente, dos seguintes itens construtivos como marquises, pérgulas, beirais e sacadas; piscinas e elementos construtivos projetados sobre o recuo frontal; 7 - Indicação das vagas de estacionamento computáveis e pátios de carga e descarga, especificando as vagas de idosoe PNE; 8 - Indicação do bicicletário com a representação da área, em se tratando de edificação comercial, de serviços, multifamiliar ou industrial; 9 - Guaritas, lixeiras, central de gás liquefeito de petróleo (GLP) e subestação de energia elétrica, quando existente; 10 - Indicação de rampa de acesso de veículos para pavimento superior, quando existente. A planta esquemática do perímetro deve ter escala mínima 1:200 de todos os pavimentos, devidamente cotados externamente, que detalhe com hachuras a tipologia da edificação, com a localização das vagas de estacionamento. O esquema vertical deve ser composto por um corte esquemático que demonstre a volumetria da edificação contendo número de pavimentos, representação dos níveis, altura e pé-direito de cada pavimento, perfil natural do terreno, indicação, quando presente, dos seguintes itens construtivos como sótão, subsolo e mezanino elementos que sejam computáveis na altura total da edificação. O quadro estatístico deve conter a inscrição imobiliária, área testada do lote, categoria de uso, zoneamento, áreas existentes, quando houver, por pavimento e total, áreas a construir e área computável por pavimento e total, número de unidades residenciais com a devida descrição de suas áreas, quantidade de quartos e área por apartamento, para os casos de edificação multifamiliar, taxa de ocupação, coeficiente de aproveitamento do lote, gabarito de alturas, quantidade de banheiros PNE por pavimento e total, em se tratando de edificação comercial. O selo padrão deve apresentar endereço da obra com numeração, nome do proprietário, nome, título e registro do autor do projeto e do responsável técnico no CREA ou CAU, conteúdo da prancha, descrição do tipo de projeto/obra (conteúdo), quadro para carimbo da Prefeitura Municipal e quadro com assinaturas do proprietário, responsável técnico e autor do projeto. 1- Propriedade do imóvel (escritura, certidão de ônus) 2 - Documento de Identidade 3 - RRT/ART de autoria do projeto 4 - Certidão negativa de débitos do imóvel 5 - Termos da prefeitura 6 - Termo de compromisso assinado 7 - Consulta ao PDM 8 - Certidão de inexigibilidade ou anuência do COMAER 9 - Comprovante do ISS do responsável técnico 10 - Projeto no modelo simplificado O responsável pela obra de construção civil pessoa jurídica está obrigado a efetuar escrituração contábil relativa à obra. A pessoa física, dona da obra ou executora da obra de construção civil, é responsável pelo pagamento de contribuições municipais. O envio dos documentos pelo responsável segue no geral os listados a seguir: Ao se tratar de licenças ambientais, cada município terá determinado em seu Plano Diretor e Código de Obras os tipos de licenças ambientais necessárias para autorização do empreendimento. É requisitada no caso de obras que provoquem grande intervenção no território da capital. Alguns estudos ambientais podem ser requeridos: o Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e o Relatório de Controle Ambiental (RCA). LICENÇA PRÉVIA (LP) Permite a realização de obras de cunho comercial, industrial ou residencial. A concessão da LI funciona como uma autorização do início da construção do empreendimento e de instalação dos equipamentos do ponto de vista ambiental. LICENÇA INSTALAÇÃO (LI) A Licença de Operação (LO) que é a licença necessária para o funcionamento do empreendimento. Nesta licença são determinados os métodos de controle e as condições de operação. LICENÇA OPERAÇÃO (LO) É muito importante entender como se dá a organização do espaço dentro do território de um município. Em geral, todo município possui documentos que contêm informações sobre as características locais e nos objetivos da política de ordenamento do seu território, como demonstrado na imagem a seguir. Política Ambiental Política de Desenvolvimento Econômico e Regional Política de Desenvolvimento Territorial Política de Mobilidade e Acessibilidade Política de Patrimônio Histórico e Arquitetônico É o quanto pode ser construído em relação ao tamanho do terreno. COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO É o quanto pode ser construído em relação ao tamanho do terreno. TAXA DE OCUPAÇÃO É a altura máxima permitida para a edificação. GABARITO É a distância mínima que deve existir entre a edificação e o limite do lote. RECUO Área considerada nos cálculos dos índices. ÁREA COMPUTÁVEL Área não considerada nos cálculos dos índices. ÁREA NÃO COMPUTÁVEL 1. O quadro estatístico deve conter a inscrição imobiliária, área testada do lote, categoria de uso, ____________, áreas existentes, quando houver, por pavimento e total, áreas a ____________ e área ____________ por pavimento e total, número de unidades residenciais com a devida descrição de suas áreas, quantidade de quartos e área por apartamento, para os casos de edificação multifamiliar, taxa de ____________, coeficiente de aproveitamento do lote, gabarito de alturas, quantidade de banheiros PNE por pavimento e total, em se tratando de edificação ____________. a) Parcelamento, construir, computável, ocupação, comercial; b) Zoneamento, computável, construir, ocupação, industrial; c) Zoneamento, construir, permeável, ocupação, residencial; d) Parcelamento, construir, computável, apropriação, comercial; e) Zoneamento, construir, computável, ocupação, comercial. 1. O quadro estatístico deve conter a inscrição imobiliária, área testada do lote, categoria de uso, ____________, áreas existentes, quando houver, por pavimento e total, áreas a ____________ e área ____________ por pavimento e total, número de unidades residenciais com a devida descrição de suas áreas, quantidade de quartos e área por apartamento, para os casos de edificação multifamiliar, taxa de ____________, coeficiente de aproveitamento do lote, gabarito de alturas, quantidade de banheiros PNE por pavimento e total, em se tratando de edificação ____________. a) Parcelamento, construir, computável, ocupação, comercial; b) Zoneamento, computável, construir, ocupação, industrial; c) Zoneamento, construir, permeável, ocupação, residencial; d) Parcelamento, construir, computável, apropriação, comercial; e) Zoneamento, construir, computável, ocupação, comercial. 2. O código de obras é definido dentro do Plano Diretor Urbano de um município, e junto a ele, é possível encontrar outras leis e normas, como a lei de parcelamento do solo, lei de uso e ocupação e demais interações. Dessa forma, considerando a hierarquia da legislação urbana, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta. a) Plano diretor - lei de uso e ocupação do solo urbano - lei de parcelamento do solo urbano - código de obras e edificações - demais interações b) Plano diretor - código de obras e edificações - lei de parcelamento do solo urbano -> lei de uso e ocupação do solo urbano - demais interações c) Plano diretor -› lei de parcelamento do solo urbano - lei de uso e ocupação do solo urbano código de obras e edificações - demais interações d) Plano diretor - código de obras e edificações - lei de parcelamento do solo urbano lei de uso e ocupação do solo urbano - demais interações e) Plano diretor - código de obras e edificações - plano de arborização - lei de parcelamento do solo urbano - lei de uso e ocupação do solo urbano 2. O código de obras é definido dentro do Plano Diretor Urbano de um município, e junto a ele, é possível encontrar outras leis e normas, como a lei de parcelamento do solo, lei de uso e ocupação e demais interações. Dessa forma, considerando a hierarquia da legislação urbana, assinale a alternativa que apresenta a ordem correta. a) Plano diretor - lei de uso e ocupação do solo urbano - lei de parcelamento do solo urbano - código de obras e edificações - demais interações b) Plano diretor - código de obras e edificações - lei de parcelamento do solo urbano -> lei de uso e ocupação do solo urbano - demais interações c) Plano diretor -› lei de parcelamento do solo urbano - lei deuso e ocupação do solo urbano -› código de obras e edificações -› demais interações d) Plano diretor - código de obras e edificações - lei de parcelamento do solo urbano lei de uso e ocupação do solo urbano - demais interações e) Plano diretor - código de obras e edificações - plano de arborização - lei de parcelamento do solo urbano - lei de uso e ocupação do solo urbano Referência: PEURIFOY, Robert L.; SCHEXNAYDER, Clifford J.; SHAPIRA, Aviad; et al., Planejamento, equipamentos e métodos para a construção civil. 8ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2015. AZEREDO, Helio Alves de. Edifício até sua cobertura. 2ª ed. rev. São Paulo: Blücher, 2019. Complementar: BENDER, W. N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Penso, 2014.
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