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1 FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS / FAL CURSO DE GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA PESQUISA SUPERVISÃO DE ESTAGIO CLAUDIONOR VASCONCELLOS DA SILVA JUNIOR PROF ME YANA MARQUES MACEIÓ/AL 2023 CONCEITOS DE ID, EGO, SUPEREGO Id, Ego e Superego são conceitos criados por Freud para explicar o funcionamento da mente humana, considerando aspectos conscientes e inconscientes. Seriam três “partes” da mente que, integradas e atuando em conjunto, determinam e coordenam o comportamento humano. O Id é regido pelo “princípio do prazer”. Profundamente ligado a libido, está relacionado a a ação de impulsos é considerado inato. Está localizado na zona inconsciente da mente, sem conhecer a “realidade” consciente e ética, agindo portanto apenas a partir de estímulos instintivos, o que lhe atribui a característica de amoral. O ego é a parte consciente da mente, sendo responsável por funções como percepção, memória, sentimentos e pensamentos. É regido pelo “princípio da realidade”, sendo o principal influente na interação entre sujeito e ambiente externo. É um componente moral, que leva em consideração as normas éticas existentes e atua como mediador entre id e superego. O superego é o componente inibidor da mente, atuando de forma contrária ao id. Considerado hipermoral, segue o “princípio do dever” e faz o julgamento das intenções do sujeito sempre agindo de acordo com heranças culturais relacionadas a valores e regras de conduta. O superego é, então, componente moral e social da personalidade. TRASNFERÊNCIA E CONTRATRASNFERÊNCIA A transferência e a contratransferência são uma forma de projeção típica da relação terapêutica entre paciente e terapeuta e pode-se caracterizar de forma positiva, com sentimentos de afeto e admiração, ou negativa, com sentimentos de agressividade e resistência, dependendo dos laços inconscientes e emocionais que emergem nesta relação. Denominamos “Transferência“, as projeções relacionadas a reações emocionais do paciente, dirigidas ao analista. A “contratransferência” envolve sensações, sentimentos e percepções que brotam no terapeuta, emergentes do relacionamento terapêutico com o paciente: como respostas às manifestações do paciente e o efeito que tem sobre o analista. É um sinal de grande significação e valor para orientar o terapeuta no trabalho analítico. MECANISMOS DE DEFESA : CONCEITOS E EXEMPLOS. 1. Negação A negação é um dos mecanismos mais comuns e provavelmente o mais conhecido. Quando as pessoas não conseguem encarar a realidade e se recusam a admitir verdades óbvias, elas entram em negação. Essa reação é comum entre quem sofre de um vício. Não raro indivíduos nessa condição recusam ajuda ou a cessar o hábito negativo, como fumar ou apostar, por negarem as suas consequências negativas. Vítimas de acontecimentos traumáticos também podem levar tempo para aceitar a situação, embora tenham memórias de ter vivido a experiência marcante. Enquanto essa reação pode combater a ansiedade, tristeza e estresse por um tempo, ela pode facilmente se transformar em um problema. Afinal, precisamos lidar com todo o tipo de situação no decorrer da vida, mesmo quando dolorosas. 2. Repressão Parte superior do formulário Parte inferior do formulário Outro mecanismo de defesa bastante comum é a repressão. Memórias de eventos desagradáveis são reprimidos a fim de proteger o indivíduo do sofrimento atrelado a eles. Elas não desaparecem, mas ficam guardadas no inconsciente e, assim, podem influenciar o comportamento e a maneira de pensar. Por exemplo, uma pessoa que sofreu abusos na infância pode ter dificuldade de firmar relacionamentos saudáveis na vida adulta. Sem saber o porquê, ela sabota as suas relações, esconde os seus sentimentos ou escolhe parceiros abusivos. 3. Projeção A projeção acontece quando as pessoas transferem traços de personalidade e sentimentos que não conseguem aceitar como parte de quem são para outros indivíduos. Dessa maneira, elas julgam o comportamento alheio com base em fatores não existentes no outro (mas em si mesmas) e com frequência chegam a conclusões errôneas sobre ele. A projeção também pode acontecer com expectativas e desejos que uma pessoa não pode ou não consegue satisfazer. Assim, ela vive através de indivíduos que possuem aspirações semelhantes e são livres para correr atrás delas ou que conquistaram o que ela gostaria de ter. 4. Formação reativa Parte superior do formulário Parte inferior do formulário Este mecanismo de defesa consiste em expressar o sentimento oposto ao que se sente, deseja ou pensa para reduzir a ansiedade. O fator causador da ansiedade costuma ser protegido pela mente inconsciente e o indivíduo tem dificuldade para identificar a sua existência. Logo, para os outros, ele pode passar a imagem de ser hipócrita. Um exemplo é quando um indivíduo desgosta de outro por conta de sua personalidade, crenças pessoais, sexualidade, nacionalidade, entre outros. Em vez de expressar esse sentimento, ele o trata bem para esconder o que sente de verdade. Ele também pode destratá-lo por secretamente desejar ser como ele e precisar se distanciar para não encarar esse desejo. 5. Racionalização A racionalização envolve criar explicações lógicas para justificar um comportamento ou sentimento difícil de aceitar. Quando um profissional não consegue a promoção que tanto deseja, por exemplo, ele pode dizer que não estava, de fato, interessado no cargo ou que o chefe tomou uma decisão errada e vai se arrepender. O mesmo acontece quando as pessoas tentem justificar as suas inseguranças e medos, procurando uma razão para continuar apegadas a elas. Normalmente, as justificativas colocam a culpa no outro, impedindo que as pessoas percebem a sua parcela de responsabilidade nas situações e cresçam como indivíduos. 6. Regressão Este mecanismo de defesa foi estudado extensivamente por Anna Freud. Segundo a psicanalista, as pessoas às vezes voltam a expressar comportamentos presentes nos estágios iniciais de seu desenvolvimento, como na infância ou adolescência. Elas podem chorar copiosamente, ficar emburradas, comer excessivamente e recorrer a ofensas quando confrontadas por uma situação ruim. 7. Deslocamento Outro mecanismo de defesa bastante comum é o deslocamento. Ele leva as pessoas a deslocarem as emoções para uma representação de quem ou daquilo que o causou. Quando alguém tem um dia ruim no trabalho e desconta a raiva em seus familiares, que nada tem a ver com a situação, ele está deslocando o sentimento negativo para um alvo “mais seguro”, pois sua vida profissional não sofrerá repercussões. 8. Sublimação A sublimação é a maneira de lidar com situações estressantes ou traumáticas descarregando sentimentos negativos, como a frustração e a raiva, de maneira positiva. Também pode ser definida como a transformação de desejos inapropriados em conceitos mais fáceis de administrar. Por exemplo, uma pessoa extremamente irritada ou estressada com uma situação pode expressar essas emoções ao praticar boxe, desabafar ou meditar. Dessa maneira, ela não sucumbe a vontade de gritar ou brigar com alguém. Freud acreditava que esse mecanismo de defesa é um sinal de maturidade emocional, além de permitir que as pessoas convivam em sociedade de maneira apropriada. 9. Intelectualização Semelhante à racionalização, a intelectualização é caracterizada pela visão racional e calculista de eventos ruins. Esse meio de proteção previne o apego aos aspectos emocionais de uma situação negativa, como a tristeza e medo. A atenção é transferida somente para os aspectos lógicos. Um exemplo é quando uma pessoa recebe o diagnóstico de uma doença e, em vez de procurar saber sobre os sintomas, ela foca em outros fatores. Dessa maneira, consegue evitar o estresse provocado pelo conhecimento aprofundado da patologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Mecanismos-de-defesa-conheca-os-tipos DISPONIVEL EM https://www.psicologo.com.br/blog/mecanismos-de-defesa-conheca-os-tipos/ ACESSOEM 10/08/2023.