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1 Séries e Transformada de Fourier - Conversor Analógico-Digital Alexsandro Carlos de Oliveira1 Maria Cristina Tagliari Diniz2 Daniel de Oliveira3 1. FASE 1.1 Séries e Transformada de Fourier A transformada de Fourier encontra o conjunto de velocidades, intensidades e fases para se igualar a qualquer Sinal (função) de tempo. O interesse em métodos de processamento digital de imagens vem principalmente de duas áreas de aplicações: melhoria de informação (imagem) para interpretação humana, e processamento de dados (imagens) em computador, e vem crescendo com aplicações no Programa Espacial, na Medicina, Arqueologia, Física, Astronomia, Biologia, Indústria etc. O termo imagem refere-se a uma função de intensidade de luz bi-dimensional f(x,y), onde x e y são coordenadas espaciais e o valor de f em um ponto qualquer (x,y) é proporcional ao brilho ou nível de cinza da imagem naquele ponto. Uma imagem digital é uma imagem f(x,y) discretizada no espaço e na intensidade de brilho e pode ser considerada uma matriz, cujos elementos são chamados de "pixels" ("picture elements"). A Transformada de Discreta de Fourier Bi-dimensional (Jean Baptiste Joseph Fourier, matemático francês - 1768 a 1830) é uma ferramenta matemática de grande aplicabilidade na solução dos problemas de processamento digital de imagens (sinais bi-dimensionais) pois, muitas vezes, é conveniente a mudança do domínio do tempo ou espaço (x,y) para o domínio da freqüência facilitando, assim, o seu processamento. 1.2 Conversor Analógico-Digital O conversor analógico-digital (frequentemente abreviado por conversor A/D ou ADC) é um dispositivo eletrônico capaz de gerar uma representação digital a partir de 1Acadêmico do curso de Engenharia Elétrica, Mecatrônica Centro Universitário ENIAC. e-mail: acoflorestal@gmail.com 2 Acadêmico do curso de Engenharia de Produção, Centro Universitário ENIAC. e-mail: e-mail_pessoal@gmail.com 3Professor Doutor (ou Mestre ou Especialista) dos cursos de Engenharia, Centro Universitário ENIAC. e- mail:email_do_professor@servidor.com https://pt.wikipedia.org/wiki/Digital mailto:acoflorestal@gmail.com mailto:e-mail_pessoal@gmail.com mailto:email_do_professor@servidor.com 2 uma grandeza analógica, normalmente um sinal representado por um nível de tensão ou intensidade de corrente elétrica. O processo de conversão A/D é mais complicado e mais demorado do que o processo de conversão D/A, havendo uma grande variedade de métodos para realizar tal conversão. O circuito do conversor é composto por um contador de década que gera o código BCD 8421 nas saídas A', B', C' e D'. As saídas entram em um conversor D/A, fazendo com que apresente na saída uma tensão de referência, a qual é injetada em uma das entradas de um circuito comparador constituído por um amplificador operacional. Na outra entrada têm-se o sinal analógico a ser convertido. 1.2.1 Conceitos do Conversor - Anti-Aliasing Como os conversores são limitados em banda, ou seja, trabalham apenas em uma faixa específica de freqüência(1 a 10kHz), normalmente [0,fN], onde fN representa o dobro da freqüência do maior sinal passível de ser adquirido (fN/2 - freqüência de Nyquist), normalmente utiliza-se um filtro passa-baixas com a finalidade de evitar que amplitudes de harmônicas de alta freqüência apareçam na entrada do conversor. 1.2.2 Estudo Comparativo Sinais gerados por circuitos analógicos são muitas vezes processados por circuitos digitais, por exemplo, por um microcontrolador ou por um microcomputador. Para processar sinais analógicos usando circuitos digitais, deve-se efetuar uma conversão para essa última forma, a digital. Tal conversão é efetuada por um Conversor Analógico-Digital ("A/D converter" ou ADC). O sinal recebido, depois de digitalizado, é processado e, na maioria das vezes, será utilizado para atuar sobre o circuito analógico que gerou o sinal original ou até mesmo sobre outro circuito. Por isso, um sinal na forma digital, para ser processado por um bloco funcional analógico, deve ser previamente convertido (ou reconvertido) para a forma analógica equivalente. 1.2.3 Tipos de conversores A/D - Conversor em Rampa https://pt.wikipedia.org/wiki/Anal%C3%B3gico https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_digital-anal%C3%B3gico https://pt.wikipedia.org/wiki/Amplificador_operacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Amplificador_operacional https://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_de_Nyquist https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_Anal%C3%B3gico-Digital https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_Anal%C3%B3gico-Digital 3 De um modo geral os conversores A/D podem ser divididos em alguns tipos técnicos, conforme as suas características fundamentais de conversão: O conversor em rampa é um conversor A/D simples e que pode ser projetado para que tenha uma alta resolução. Quando a taxa de amostragem não necessita ser elevada mas não dispensa alta resolução, este tipo de conversor é a melhor opção. O funcionamento deste dispositivo baseia-se na integração de sinais e seus componentes básicos são: um comparador, um contador e um integrador de Miller. Figura 1. Conversor A/D do tipo rampa com contador Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_anal%C3%B3gico-digital (2017) Esse é seu princípio de funcionamento: primeiramente se integra o sinal de entrada (Vin) durante um tempo fixo, posteriormente move-se a chave presente na entrada do integrador para o ponto onde está conectada a tensão referência conhecida (Vref), de sinal contrário em relação à tensão de entrada, nesta fase faz-se a integração da Vref que se volte ao estado inicial, ou seja, tensão nula na saída do integrador. O contador citado anteriormente como um dos componentes básicos deste tipo de conversor é responsável por determinar o tempo da rampa de subida (integração de Vin) e realizar a contagem do tempo de descida (integração de Vref). 1.2.4 Conversor de Aproximação Sucessiva O conversor SAR ADC (ou conversor de aproximação sucessiva) representam a maior parte de conversores de resoluções médio-grande. Eles possuem pouco consumo de energia, uma alta resolução e precisão, e o fato de serem fisicamente pequenos também ajuda. Devido a esses benefícios os ADCs SAR podem ser integrados com outras funções maiores. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Conversor_A-D.gif 4 Figura 2. Conversor de aproximação sucessiva Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_anal%C3%B3gico-digital (2017) As suas maiores limitações são as pequenas taxas de amostragem, uma resolução limitada devido aos limites do DAC e comparador, e tambem o fato de seu tamanho aumentar com o número de bits. É ideal para sistemas com dados de multicanais e frequências de amostras abaixo de 10MHz e resoluções entre 8 e 16 bits. Seus circuitos são mais complexos do que os do conversor em rampa, porém seu tempo de conversão é muito menor, o que torna seu uso bastante atrativo. Além disso, os conversores A/D por aproximações sucessivas têm um tempo de conversão fixo, que não depende do sinal analógico presente em sua entrada. O esquema básico deste conversor é similar ao do conversor em rampa. No entanto o conversor A/D por aproximações sucessivas não utiliza um contador para gerar a entrada do conversor D/A, usando, em seu lugar, um registrador comum. A lógica de controle modifica o conteúdo deste registrador bit a bit, até que o dado armazenado no registrador seja equivalente à entrada VA, dentro da resolução do conversor. 1.2.5 Paralelo ou Flash Os conversores tipo paralelo têm como circuito básico de entrada um pré- amplificador e um latch, que atuam juntos em uma configuração de circuito comparador. Na saída dos comparadores é necessária a colocação de um circuito de codificação que irá receber os sinais dos comparadores e codificar o sinal de saída em código binário (ou“GRAY”). A grande vantagem do conversor A/D paralelo é a grande rapidez na conversão, porque o sinal analógico de entrada é comparado diretamente e simultaneamente com cada nível de voltagem de referência em comparadores distintos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Conversor_aproxima%C3%A7%C3%A3o_sucessiva.gif 5 Figura 3. Conversor A/D de 7 comparadores Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_anal%C3%B3gico-digital (2017) A grande dificuldade ou desvantagem dos conversores A/D paralelo é o aumento do número de comparadores de latch e complexidade do codificador à medida que se aumenta a resolução, isso ocasiona um enorme aumento na área de silício e consumo de potência, devido ao grande número de componentes. O conversor A/D paralelo é o mais rápidos dentre todos os tipos de conversores e normalmente é construído utilizando-se a versão mais rápida de uma determinada tecnologia, mas é expressivamente caro, visto que necessita de 2ⁿ-1 comparadores para um conversor de n bits. 2. FASE 2.1 Função Exponencial 2.1.1 Função onde a variável está no expoente A função exponencial representa uma relação de dependência. Nesse tipo de operação matemática existe uma variável (incógnita) no expoente e o número real (maior que zero e diferente de um) na base. Tal função, é explicitada da seguinte forma: f: R-->R tal que y = aˣ, sendo que a > 0 e a ≠ 1. Confira abaixo alguns exemplos de funções exponenciais: y = 7ˣ + 1 y = 2ˣ + 2 y = 0,5ˣ y = 3ˣ https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Conversor_a-d_flash.gif 6 Quanto a seu uso, a função exponencial pode auxiliar na realização de diversos cálculos, por exemplo: crescimento populacional, evolução de capital por juros compostos, decaimento radioativo de substâncias químicas, desenvolvimento de bactérias em uma colônia, etc. 2.1.2 Propriedades da função exponencial As funções exponenciais possuem algumas propriedades relacionadas à potenciação, além de características que ajudam na realização de cálculos. Confira abaixo: 1ª propriedade: se x = 0, logo f(x) = 1 Essa propriedade abrange noções de potenciação, onde todo número elevado a 0 é igual a 1. Observe a função f(x) = 3ˣ, onde que x = 0: f(x) = 3ˣ f(0) = 3⁰ f(0) = 1 2ª propriedade: se a > 1, a função será crescente Uma função é caracterizada como crescente, se aˣ¹ < aˣ² e, sempre, que a >1, independentemente do valor de x. Observe a função f(x) = 2ˣ, onde a = 2 e como a função é crescente teremos x₁ = 1 e x₂ = 2: aˣ¹<aˣ² 2¹<2² 2 < 4 3ª propriedade: se 0 < a < 1, a função será decrescente Essa propriedade é parecida com a anterior, mas a expressão x₁ < x₂ e 0 < a < 1, origina aˣ¹ > aˣ². Observe o exemplo da função f(x) = 0,5x, em que a = 0,5 e como a função é decrescente teremos x₁ = 1 e x₂ = 2. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/juros-compostos https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/juros-compostos 7 x₁ < x₂ aˣ¹ > aˣ² 0,5¹ > 0,5² 0,5 > 0,25 4ª propriedade: sempre que x₁ = x₂, aˣ¹ = aˣ² Todas as vezes que houver um sinal de igual entre as potências, os expoentes também devem apresentar o mesmo resultado. Observe a função f(x) = 7x, onde f(x₁) = 49 e f(x₂) = 49: f(x₁) = f(x₂) aˣ¹ = aˣ² 7ˣ¹ = 7ˣ² Como o resultado das duas potências é igual a 49, x₁ e x₂ devem ser: x₁ = x₂ = 2 3. FASE 3.1 Gráfico da função exponencial A função exponencial pode ser representada através de um gráfico traçado a partir de pontos no plano cartesiano. Como nesse tipo de função a base é maior que 0, a imagem será positiva e não existirão pontos nos quadrantes III e IV - que caracterizam uma imagem negativa. Este gráfico sempre estará abaixo do eixo x no plano cartesiano. Deste modo, quando a função é decrescente, os valores de y aproximam-se de zero na medida que o valor de x cresce. Já na função crescente, se x cresce y também cresce. Para construir o gráfico da função é necessário atribuir valores para x e montar uma tabela com os respectivos valores de f(x), marcando os pontos no plano cartesiano e, por fim, traçar a curva do gráfico. https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/matematica/plano-cartesiano 8 Observe abaixo os gráficos das funções crescente e decrescente: Gráfico da função crescente. (Foto: Educa Mais Brasil) Gráfico da função decrescente. (Foto: Educa Mais Brasil) Mostra-se que o número máximo de harmônicas representáveis em tempo discreto é igual ao período do sinal. Com essa observação derivamos, por analogia com o caso contínuo, as equações de análise e de síntese da Série de Fourier em tempo discreto. https://m.youtube.com/watch?v=MnxffUdZmsI 9 Figura 4: Série de Fourier em Tempo Discreto (ELT007, ELT060, ELT088) Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Conversor_anal%C3%B3gico-digital (2017) 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS As séries de Fourier são uma ferramenta que permite representar um sinal periódico como uma soma infinita de componentes senoidais (senos e cossenos). As séries de Fourier são utilizadas para transformar para o domínio da frequência um sinal representado originalmente no domínio do tempo. Essa mudança de domínio pode trazer grande vantagem para análise, principalmente quando certas características do sinal não forem observáveis no domínio original. Muitas áreas da Engenharia, por exemplo Telecomunicações, têm nas séries de Fourier uma poderosa ferramenta de trabalho. O principal equipamento utilizado para este fim é o analisador de espectros. A transformada de Fourier, epônimo a Jean-Baptiste Joseph Fourier, decompõe uma função temporal (um sinal) em frequências, tal como um acorde de um instrumento musical pode ser expresso como a amplitude (ou volume) das suas notas constituintes. https://m.youtube.com/watch?v=MnxffUdZmsI https://m.youtube.com/watch?v=MnxffUdZmsI 10 5. FONTES CONSULTADAS A teoria analítica do calor de Joseph Fourier: uma análise das bases conceituais e epistemológicas Anderson Pifer , Katya Margareth Aurani Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 37, n. 1, 1603 (2015) Telecomunicações – Sistemas Analógico-Digitais Marcelo P. Ribeiro e O. Barradas Embratel Livros Técnicos e Científicos Editora S.A. 1980 3. ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Depto de Engenharia Mecatrônica Sistemas Dinâmicos II para Mecatrônica Profa. Larissa Driemeier https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2247566/mod_resource/content/1/Mat erial_Aulas01e02.pdf Gonzales, R.C., Woods, R.E., Digital Image Processing, USA: Addison-Wesley Pubisshing Company, 1993. Carlson, A .B., Sistemas de Comunicação: uma introdução aos sinais e ruídos em comunicação elétrica, São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1981. Pratt, W.K., Digital Image Processing, USA: John Wiley & Sons, Inc., 1991.
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