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Fisiologia do sistema respiratório Um dos principais papéis do trato respiratório é a troca de gases, já que durante o funcionamento celular há produção de diversos metabólitos e dentre eles tem-se o CO2, o qual precisa ser eliminado do organismo devido à toxicidade relacionada a ele. Além disso, para que as células funcionem é necessário o oxigênio e a partir do sistema respiratório que é feita a ligação entre ambiente externo (captar oxigênio) e ambiente interno (precisa-se do oxigênio captado e eliminação do CO2). Sendo assim, há troca de gases nesse sistema fator essencial para o funcionamento do organismo. Outro ponto é que tem-se que o sistema respiratório exerce um papel de regulação do pH, já que por meio da retenção ou eliminação de CO2 há regulação do pH. Ele é diretamente relacionado à concentração de gases, sendo muito importante para o regulamento corpóreo. Quimiorreceptores além de regular a demanda cardíaca, são capazes de regular a frequência respiratória para alteração de pH. Além disso, o trato respiratório exerce papel de proteção, já que existem cílios e muco os quais servem para reter partículas invasoras. Pode acontecer uma modulação da respiração diante de uma substância irritante. A vocalização é feita pelas pregas vocais as quais se movimentam com a passagem de ar, sendo além de regular a troca gasosa essencial para a manutenção da vida, há possibilidade de regulação da vocalização. O sistema respiratório é composto pela cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, broquíolos e alvéolos, sendo as estruturas responsáveis pela condução e troca de gases. Além disso, outras estruturas como os músculos auxiliam no processo da respiração, já que graças à contração e relaxamento desses músculos que tem-se a expansão e retração da cavidade torácica fazendo com que haja movimentação do ar. Estrutura do sistema respiratório A movimentação de ar é conduzida por meio das vias aéreas. As vias aéreas superiores são responsáveis por promover um condicionamento do ar que foi inspirado, filtram partículas grandes, aquece e umidifica o ar quando entra no corpo, mas elas irão se ramificar até formar áreas de trocas gasosas. Na imagem tem-se exemplificado as vias aéreas condutoras as quais são responsáveis pela condução de ar. Elas iniciam na traqueia e ramificam por todo tecido pulmonar, sendo brônquios e broquíolos terminais os quais constituem a zona condutora. Há também ramificação do tipo celular para que as células da zona respiratória (região capaz de fazer trocas gasosas), sejam mais permeáveis ao transporte de oxigênio, permitam a difusão dos gases acontecer, sendo pela diferença estrutural que tem-se a diferença entre as zonas condutora e respiratória. Então conforme mostrado na imagem tem-se a traqueia formando a zona condutora capaz de enviar o ar para as regiões de troca gasosa e ela irá se ramificar até serem formados os sacos alveolares (estruturas nas quais existem os alvéolos que são muito persuadidos e onde acontece a troca gasosa). Na imagem acima na primeira coluna demonstra-se a traqueia e o brônquio. Na segunda coluna os bronquíolos e na terceira os alvéolos. Na primeira coluna com o corte histológico da traqueia tem-se o epitélio formado por células ciliadas sendo os cílios protetores que vibram em direção a expulsar os agentes invasores que podem se aderir à traqueia. Junto às células ciliadas tem-se capilares, uma camada de músculo liso (na asma tem-se uma contração dos músculos lisos levando à broncoconstrição reduz o diâmetro das vias aéreas, dificultando o ar de chegar aos alvéolos para que aconteça a troca gasosa) e existe a produção de muco através da glândula que externa o conteúdo para o lúmen da traqueia sendo extremamente essenciais, pois devido ao seu funcionamento que existe o muco em abundância no trato respiratório para reter agentes invasores. Além disso tem- se a cartilagem a qual é de extrema importância para auxiliar na manutenção das grandes vias abertas. Nos bronquíolos há uma estrutura semelhante à traquéia, porém não possuem mais glândulas, uma vez que está se aproximando da região de troca gasosa. Não possui cartilagem, já que são estruturas de diâmetro menor, sendo os músculos os fornecedores de estabilidade necessária para a manutenção da abertura desses bronquíolos. Nos alvéolos há diferença de espessura, sendo perceptível que consegue haver a difusão de gases, de forma eficiente. Tem-se a presença de uma camada de células muito fina e capilares que irrigam essas células com muita facilidade e em abundância. Apresentam células epiteliais tipo I e tipo II. Nessa imagem são mostradas as células tipo I e II organizadas conforme a estrutura de um alvéolo. Nos alvéolos tem-se demonstrados capilares em rosa e células alveolares tipo I em lilás e células do tipo II em amarelo. A diferença entre essas células está no fato das células tipo I (pneumócitos tipo I) darem a estrutura do alvéolo e permitirem a troca gasosa acontecer. (Imagem G tem-se o plasma na parte superior e na parte inferior o ar no alvéolo). Existem também as células alveolares tipo II (pneumócitos tipo II) que são produtoras de surfactante que consistem em uma substância responsável pela redução da tensão superficial existente nos alvéolos, pois toda a camada respiratória precisa ser bem umidificada para permitir que a troca gasosa aconteça de forma apropriada e com a existência de água na superfície há tendência de colapsamento (fechamento) dos alvéolos e o surfactante ao reduzir a tensão superficial, evita que isso aconteça. O surfactante é formado por fosfolipídeos que vão se alinhar e farão com que as caldas hidrofóbicas de ácidos graxos fiquem voltadas para o lúmen alveolar, ou seja, por conta dessas caldas hidrofóbicas que tem-se a manutenção da abertura dos alvéolos. H á t a m b é m m a c r ó f a g o s a l v e o l a r e s pulmonares, linfócitos, plasmócitos, células neuroendócrinos, mastócitos que funcionam como células de defesa diante de um invasor que não ficou retido nas vias superiores, fazendo um processo de proteção para impedir danos maiores trato respiratório e ao organismo. Essa imagem mostra o pneumócito tipo II, mas há um foco na síntese do surfactante e sendo expelida na superfície alveolar. Esse surfactante é representado pela camada verde cobrindo os pneumócitos tipo I e II. Alguns dos complexos proteicolipídeos podem ser reaproveitados, captados por endocitose nas células alveolares do tipo II para que aconteça a reciclagem. Sendo assim, o surfactante pode ser oriundo da síntese do pneumócito ou reciclado a partir da endocitose, sendo depositado na superfície da célula alveolar diminuindo a tensão superficial da água e impedindo o fechamento dos alvéolos, mantendo-os abertos e aerados. Além da estrutura dos alvéolos a traqueia e os b r ô n q u i o s t a m b é m p o s s u e m u m a característica especial na conformação histológica. Células colunares as quais possuem cílios e permitem que os potenciais agentes invasores sejam removidos da traqueia, além disso existem as células caliciformes que secretam o muco para que ele recubra a traqueia e os brônquios na parte do lúmen, sendo muito importante, já que eventuais agentes invasores que as vias superiores não conseguiram filtrar são aderidos no muco. Assim, os cílios irão vibrar, fazendo um movimento de vassoura para que o muco com a potencial partícula invasora seja movido para a faringe e haja a deglutição ou exteriorização do agente invasor, para que ele não atinja os pulmões. Caso a partícula invasora chegasse ao alvéolo para aí ser expelida, levaria a um prejuízo muito grande, uma vez que eles possuem uma parede extremamente fina para permitir as trocas gasosas podendo dar inflamações e infecções com muito mais frequência, sendo o muco uma forma de proteção, bem como os pelosnas narinas. Promovendo assim, menor dano ao trato respiratório do indivíduo. Depois que o ar passou pelas narinas, condicionado, umidificado e aquecido, potenciais partículas invasoras foram inviabilizadas de acessar o trato respiratório, o ar será encaminhado para os alvéolos onde acontecerá trocas gasosas a qual ocorre devido à constituição dos alvéolos e ao suprimento sanguíneo muito intenso presente nos alvéolos com muitos capilares que promoverão a perfusão dos brônquios, alvéolos permitindo que a troca gasosa seja feita de forma eficiente. Além disso, existem também os canais linfáticos os quais são muito abundantes nos pulmões, alguns livros re la tam que esses canais são mais abundantes nos pulmões do que em qualquer outro órgão, tendo em vista a necessidade de suprimento do trato respiratório pela proteção envolvida no sistema. Os vasos linfáticos serão extremamente importantes, pois a partir do sangue tem-se um líquido composto por proteínas, lipídeos, glóbulos brancos, linfócitos T, os quais são transportados a partir da linfa convivendo em harmonia com o suprimento sanguíneo para a constante manutenção do tecido respiratório. Um dos fatores que reforça a importância da linfa abundante no trato respiratório é que ela está relacionada à pleura que consiste em uma substância relacionada à manutenção da caixa torácica ajudando a deixar os pulmões abertos. Apesar de haver o surfactante, é necessário haver uma força que irá puxar os pulmões como um todo para a caixa torácica e mantendo-os abertos. Para isso, existem duas pleuras, ou seja, duas finas membranas: a pleura parietal e a pleura visceral. A pleura parietal é externa à pleura visceral, sendo assim ela está relacionada a uma camada ainda mais externa que os pulmões, revestindo a cavidade torácica que contém os pulmões. Já a pleura visceral é a membrana que irá revestir a superfície do pulmão. Essas duas pleuras são extremamente importantes, pois entre elas existe o líquido pleural o qual está em uma quantidade pequena (15-20 ml) que irá revestir todo o pulmão para manter uma pressão entre as duas pleuras, ou seja, auxilia na manutenção dos pulmões abertos, permitindo a expansão e redução do volume pulmonar, permitindo também que o pulmão se movimente, além de evitar o atrito entre as superfícies, deixando o movimento de respiração e inspiração com o menor impacto possível. Essa pressão muitas vezes é chamada de pressão negativa por facilitar a adesão dos pulmões na caixa torácica. A partir da linfa faz o bombeamento constante para não permitir que o líquido pleural aumente muito. Alguns estudos afirmam, que por conta do bombeamento constante e estabelecimento de novo líquido pleural é o que faz manter a pressão intrapleural com característica negativa. Durante alguns processos, pode haver acúmulo de líquido interpleural e os linfonodos promovem bombeamento constante para reduzir o líquido i n t r a p l e u r a l e r e d u z i r o s i m p a c t o s relacionados. Diante de uma infecção ou diante de um bloqueio da drenagem linfática o líquido pleural pode ser aumentando levando a um derrame pleural. Outro evento importante relacionado à pleura é o pneumotórax. Na primeira imagem exemplifica a pressão negativa existente entre as pleuras tendo demonstrado um alvéolo e a pressão de -5 sendo exemplificada. Diante de alguns acidentes pode haver a ruptura dessas membranas, por exemplo uma fratura de costela a qual pode perfurar a pleura e com isso, a pressão se iguala com o ambiente tanto interno quanto externo (segunda imagem), quebrando a diferença de pressão e x i s t e n t e , a c o n t e c e n d o e v e n t o d e pneumotórax, em que ocorre a desinsuflação dos pulmões se reduzindo na tendência de colapsarem pela quebra do padrão das pleuras. O pneumotórax pode ser promovido por lesão, doença pulmonar, entre outros fatores, mas é um processo capaz de ser revertido. Sendo a própria aspiração que é a tentativa de reexpansão do tecido. Complacência pulmonar Complacência é o grau de extensão presente nos pulmões. Os pulmões possuem elastina e colágeno, ou seja, fibras elásticas que irão permitir os pulmões de sofrerem o processo de expansão ( inspiração) e retração (expiração). Sendo assim, a complacência permite relacionar as propriedades elásticas do pulmão. Se há uma fibrose pulmonar, por exemplo, há redução das fibras elásticas levando a uma complacência diminuída. No primeiro gráfico mostra a inspiração e posteriormente a expiração tendo-se no eixo y a mudança do volume pulmonar. Na inspiração mostra o aumento do volume pulmonar e na expiração o volume pulmonar reduz. No segundo gráfico mostra no eixo y a pressão. Na linha superior mostra a pressão alveolar, ou seja, a pressão dentro do alvéolo quando a glote está aberta. Tem-se também a pressão pleural que é tida como negativa para que a expansão dos alvéolos ocorra de forma adequada. Durante a inspiração a pressão pleural fica ainda mais negativa, pois está havendo contração de músculos específicos da caixa torácica para que haja a expansão dela e consequentemente entrada de ar nos pulmões que garante o aumento do volume pulmonar, sendo quanto mais negativa a pressão garante a possibilidade da entrada de ar nos pulmões garantindo o aumento do volume pulmonar. A pressão pleural tem a negatividade reduzida durante a expiração pela contracto de músculos e retração dos pulmões, desencadeando na redução do volume pulmonar. Estrutura do sistema respiratório Existem fibras elásticas tem tendem a deixar o pulmão retraído na situação de repouso, mas diante de forças musculares o pulmão pode expandir. Assim, durante a expiração ocorre o aumento do diâmetro da caixa torácica seja um diâmetro vertical ou anteroposterior, para permitir com que a entrada de ar seja eficiente para que a troca gasosa aconteça. Em uma situação de respiração calma o mov imen to se dá pe la con t ração e relaxamento do diafragma, então quando o diafragma contrai, há aumento do diâmetro torácico e consequentemente há entrada do ar pela diferença de pressão que é causada. Já em respirações mais vigorosas, haverá também o apoio de outros músculos como o esternocleidomastoideo, serráteis anteriores (que vão elevar algumas costelas) e músculos escalenos, em que fazem com que o diâmetro da caixa torácica aumente ainda mais permitindo ainda mais entrada de ar. Em uma expiração forçada outros músculos podem estar envolvidos como o reto abdominal que fazem com que as costelas inferiores sejam puxadas para baixo para garantir que mais ar saia e seja retirado ainda mais ar dos pulmões. Sendo assim, em inspirações e expirações forçadas, ou seja, turbulentas os músculos agem para axiliar a maior expansão e retração da ca ixa torác ica. Em s i tuações de normalidade a maior atuação é do diafragma. Controle voluntário e involuntário É importante ressaltar que além do controle vo lun tá r io , ex is tem também cen t ros respiratórios, neurônios localizados no bulbo e na ponte do tronco cerebral, responsáveis pelo controle involuntário dos movimentos respiratórios. A composição do sangue é capaz de modular a respiração, sendo que se o sangue, por exemplo, está com excesso de gás carbôn ico será necessár ia uma modulação para a retirada desse gás carbônico, os quimiorreceptores serão capazes de detectar o excesso de gás carbônico e modular a frequência respiratória e a captação de oxigênio. O SNA é capaz de aumentar ou reduzir o diâmetro dos brônquios, já que existem músculos lisos que envolvem os brônquios, existindo a possibilidade de broncoconstrição ou broncodilatação. Se existe uma descarga de acetilcolina (SNA parassimpático) ela se ligará a receptores muscarínicos (sobretudo do tipo M3) nos brônquios e promover a broncoconstrição. Diante do estímulo adrenérgico (SNA simpático) os neurotransmissores agirãoem receptores β sobretudo β2, promovendo assim uma broncodi latação, a lém disso os receptores β2 vão promover uma modulação da secreção brônquica. Ventilação Espaço morto Espaço morto é dividido em duas grandes nomenclaturas: espaço morto anatômico e espaço morto fisiológico. Uma parte do ar que entra no sistema respiratório não alcança os alvéolos, uma vez que parte do ar de cada ciclo ventilatório permanece nas vias aéreas condutoras, como a traqueia e os brônquios. Como as vias aéreas condutoras não trocam gases com o sangue, elas são denominadas espaço morto anatômico, sendo importante ressaltar que o espaço morto anatômico médio é de cerca de 150 mL. Quando o espaço morto alveolar é incluído na medida total do espaço morto, ele é chamado espaço morto fisiológico, em contraposição ao espaço morto anatômico. Na pessoa normal, os espaços mortos anatômico e fisiológico são quase iguais porque todos os alvéolos são funcionantes no pulmão normal. No entanto, em indivíduos com doenças respiratórias, em que existem áreas ventiladas que não são perfundidas de sangue, ou seja, que não fazem troca gasosa, tem-se que o espaço morto fisiológico é maior do que o espaço morto anatômico, pois teoricamente a região com ar deveria fazer trocas, mas não está fazendo por algum problema respiratório. 1. Está no final de uma inspiração: o volume pulmonar é máximo e o ar “novo” da atmosfera enche as vias aéreas superiores (o espaço morto). Com cerca de 150 ml na via de condução e 2700 ml na área de troca. 2. Aconteceu expiração: o volume corrente de 500 mL deixa o corpo. Contudo, a primeira porção destes 500 mL que deixa as vias aéreas corresponde aos 150 mL de ar “novo” que estavam no espaço morto, seguidos por 350 mL de ar “velho” proveniente dos alvéolos. Desse modo, mesmo que 500 mL de ar deixem os alvéolos, apenas 350 mL desse volume deixam o corpo. Os 150 mL restantes de ar alveolar “velho” permanecem no espaço morto. 3. Ao final da expiração, o volume do pulmão é mínimo e o ar “velho” dos alvéolos preenche o espaço morto anatômico. O ar que sai primeiro da via respiratória é o ar que está nas vias de condução e não será retirado todo o ar dos pulmões, então o pouco que ar que estava nas trocas gasosas irá preencher as vias de condução, ou seja, preencher o espaço morto 4. Com a próxima inspiração, mais 500 mL de ar “novo” entram nas vias respiratórias. A pri- meira parte de ar que chega aos alvéolos são os 150 mL de ar “velho” que estavam no espaço morto anatômico. O restante dos 350 mL de ar que chega aos alvéolos é constituído por ar “novo”. Os últimos 150 mL de ar “novo” inspirado permanecem novamente no espaço morto anatômico e nunca alcançam os alvéolos. Sendo assim, o ar novo é conduzido para a via respiratória, mas não irá todo para a área de troca gasosa. Havendo uma dinâmica de renovação constante de ar, porque a cada inspiração não tem apenas “ar novo” ocupando os pulmões, mas uma mescla de ar que já estava no fim da outra inspiração e o "ar novo" que entrou. O espaço novo mostra claramente que nas áreas de condução não há troca gasosa, havendo espaço morto que e o volume de ar na via de condução. Em alguma disfunção respiratória com alvéolos que não estão sendo perfundidos, ou seja, não está chegando sangue nele, sendo assim, não tem como ser feita a troca gasosa, aumentando a área de espaço morto fisiológico, por acrescentar isso às áreas de condução e assim, ele supera o espaço morto anatômico. Volumes e capacidades pulmonares Os movimentos garantem a renovação de ar e também que a troca gasosa ser feita de forma apropriada. Mecânica respiratória Estudo dos volumes respiratórios, ou seja, diante de processos múltiplos pode haver aumento ou retenção da capacidade inspiratória ou expiratório, dependendo da necessidade do organismo. Ar entra e sai de forma fixa das vias aéreas , sendo ele o volume corrente, ou seja, o ar inspirado e expirado durante uma situação de repouso. Em uma inspiração forçada precisa aumentar a troca gasosa para aumentar a força de inspiração para que aumente a quantidade de O2 nos alvéolos, sendo que, quem garante esse aumento são os músculos interpostas associados ao diafragma e também os músculos abdominais. Dessa forma tem-se o volume de reserva inspiratório o qual apresenta grande atuação nessa situação. Volume de reserva é o volume que está nos pulmões além do normal, uma reserva. Capacidade inspiratória é tudo o que consegue-se inspirar, ou seja, volume corrente + volume de reserva inspiratório. Depois de uma expiração normal, consegue- se tirar um volume a mais dos pulmões, caso necessário sendo esse denominado de volume de reserva expiratório. O ar retido nas vias respiratórias é o volume residual que mantém a árvore brônquica aberta (associado ao surfactante e as forças interpleurais). Volume residual é o ar mantido dentro da via respiratória que não é retirado de forma alguma de dentro dos pulmões, nem por maior tentativa que seja, impedindo a colabação dos alvéolos. Capacidade vital é o volume de reserva inspiratório + volume corrente + volume de reserva expiratório, sendo tudo o que cabe nos pulmões diante de uma inspiração e expiração forçadas. Capacidade pulmonar total é a capacidade vital + volume residual. Capacidade residual funcional é a quantidade de ar que não sai dos pulmões em situação habitual, sendo que funcionalmente o volume de reserva expiratório não é acionado. Obs: A caixa torácica estica mais e por isso o volume de reserva inspiratório é muito maior Trocas de gases Receptores β2 nos pulmões diante da liberação de noradrenalina broncodilatam garantindo maior troca gasosa. Os processos movimentos respiratórios geram o processo de troca gasosa, sendo que durante a inspiração o ar chega nos alvéolos os quais são irrigados por capilares os quais estão com um perfil diferente, ou seja, ricos em CO2 e pobre em O2 e assim, por conta da diferença de pressão parcial ocorre a troca gasosa. O CO2 no capilar em excesso e o O2 no alvéolo em excesso levam à troca por difusão, garantindo que o sangue rico em O2 promova a nutrição tecidual. As pressões parciais garantem a difusão dos gases sendo uma tendência natural dos gases saindo de onde tem muito para onde tem menos. O processo de troca gasosa é limitado pelo fluxo e difusão. A difusão dos gases é dificultada pelo colabamento, distância entre alvéolo e capilar (edema respiratório - migração de mais líquido para o líquido intersticial sendo mais difícil dos sangue captar o O2 do alvéolo e liberar o CO2, pelo aumento da distância), menor área da troca gasosa. Já o fluxo respiratório, com o aumento dele, aumenta-se a chegada de ar, ou seja, chegada de O2 aumentando a troca gasosa. Outro fator capaz de influenciar é a perfusão do alvéolo. Zona 1 - Diante de uma PA maior que uma Pa, o vaso não estará aberto para ocorrer a troca gasosa, sendo que a perfusão do alvéolo é dificultada. Essa situação ocorre de forma patológica, como por exemplo, quando um indivíduo apresenta hemorragia, a Pa está baixa e não chega sangue o suficiente para fazer troca (alteração de fluxo patológico), ou seja, nessa situação a PA está maior do que a Pa, não garantindo a troca gasosa. Zona 2 - A Pa é maior do que a PA, mas ambas são maiores do que a Pv. O alvéolo, principalmente no ápice dos pulmões, quando o indivíduo está em posição ereta (fator que dificulta a chegada do sangue com menor perfusão do tecido), há uma flutuação da pressão garantindo a manutenção do alvéolo e havendo troca gasosa regular. Zona 3 - Pa > Pv > PA garante que o vaso fique constantemente aberto garantindo a difusão. Processo de troca gasosa Nas células de tecido pobre em O2, o O2 sai do capilar e vai para o tecido, devido à pO2 maior nos capilares. Movimento oposto com a pCO2, indo em direção ao sangue,garantindo a perfusão tecidual. Se o alvéolo não funciona direito é necessário aumentar a quantidade de O2 por catéter, por exemplo, garantindo maior captação de O2. Na curva da figura, que, sob condições de não exercício, o sangue fica quase saturado com O2 quando já percorreu cerca de um terço do capilar pulmonar, e pouco O2 adicional entra no sangue durante os últimos dois terços de seu percurso. Ou seja, o sangue normalmente permanece nos capilares pulmonares cerca de três vezes mais tempo que o necessário para causar a oxigenação total. Portanto, durante o exercício, mesmo com tempo de exposição menor nos capilares, o sangue, ainda assim, fica oxigenado quase totalmente. Ultraestrutura da membrana respiratória, desenhada em corte transversal à esquerda e hemácia à direita. A figura mostra, ainda, a difusão de oxigênio dos alvéolos para a hemácia e a difusão de CO2 na direção oposta. A pO2 no líquido intersticial, que banha as células teciduais, é, em média, de apenas 40 mmHg. Assim, existe enorme diferença da pressão inicial que faz com que o O2 se difunda, com rapidez, do sangue capilar para os tecidos — tão rapidamente que a pO2 capilar diminui, quase se igualando à pressão de 40 mmHg no interstício. Portanto, a pO2 do sangue que deixa os capilares dos tecidos e entra nas veias sistêmicas é também de aproximadamente, 40 mmHg. pCO2 intracelular, 46 mmHg; pCO2 intersticial 45 mmHg. Assim, existe diferencial de pressão de apenas 1 mmHg, como mostrado na figura abaixo. A pCO2 do do sangue arterial que entra nos tecidos, 40 mmHg; pCO sangue venoso que deixa os tecidos, 45 mmHg. Assim, como mostrado na do sangue venoso que deixa os tecidos, 45 mmHg. Assim, como mostrado na figura o sangue dos capilares teciduais entra quase em equilíbrio com a pCO2 de 45 mmHg Transporte Hb responsável pela troca de gases graças ao grupo heme que garante o transporte adequado de O2 . A falta de ferro dificulta a formação do grupo heme que é constituído por ferro, levando a uma formação defeituosa de Hb, diminuindo a captação de O2 , diminuindo a perfusão e nutrição tecidual. O alvéolo cheio de O2, o qual se difunde em direção ao capilar pelo plasma (2%) ou pela Hb formando HbO2, essa ligação é estável, mas não muito intensa, pois o O2 precisa se desligar para a nutrição. Nas células teciduais pobres em O2, pela diferença de pressão, o O2 vai para a célula para servir de fonte energética (sai da Hb para as células do tecido). A ligação com o CO é extremamente forte, a Hb não se liga ao O2 e sim ao CO, quando chega no tecido não ocorre a nutrição efetiva. CO2 é fruto do metabolismo celular, o qual será dissolvido para ser liberado pelos alvéolos, para isso há dissolução no sangue (7%), ligação à Hb (23%) e a maior parte (70%) sofre transporte pela conversão de bicarbonato e H+. Diante da presença de CO2 e a água nas hemácias, há influência da anidras carbônica a qual faz o processo de formação de H2CO3 o qual se dissocia em H+ e HCO3- fazendo com que parte da Hb se ligue a H+ e o HCO3- é liberado no plasma, levando à entrada de Cl- e também tamponando o sangue. Com isso, chegando no alvéolo o CO2 dissolvido no sangue volta para os alvéolos. Além disso o trocador de Cl- com HCO3-, faz o papel inverso pegando o HCO3- dissolvido no plasma e retornando para dentro da hemácia. Assim, o HCO3- vai novamente se unir ao H+, formando o H2CO3 e posteriormente voltando a se H2O e CO2 o qual vai em direção ao alvéolo promovendo a troca gasosa. Esse processo de tamponamento ocorre devido ao fato de a Hb não possuir tanta afinidade com o CO2, não realizando de forma competente e sendo necessário fazer esse processo. Inflamação brônquica Dificulta-se a passagem do ar por uma resistência das vias aéreas por essa inflamação, diminuindo os níveis de O2 arterial com isso o organismo aumenta a frequência respiratória. Essa inflamação brônquica é denominada bronquite. Broncodialtadores Aumentam o diâmetro dos brônquios, aumentam o fluxo de ar, aumenta a troca gasosa e consequentemente, aumenta a p O2 nas artérias. Complacência = Capacidade de elasticidade e retorno da caixa torácica à condição normal. N o e n f i s e m a p r o m o v e a u m e n t o d a complacência, pois o ar fica aprisionado e na fibrose o inverso. Fatores físicos que alteram a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio Capazes de deslocar a curva de satuação para permitir o funcionamento celular apropriado Efeito do pH Quando mais ácido o sangue, maior a quantidade de CO2. Sendo assim, no pH 7,2 a pO2 é maior para saturar a mesma quantidade de Hb do que o pH 7,4 e 7,6. Efeito da temperatura Quanto maior a temperatura maior a pO2 para saturar a Hb. Há maior facilidade do O2 desligar da Hb para ir para a célula. Esse mecanismo é utilizado quando o exercício físico é feito e aumenta-se a temperatura do corpo, para isso aumenta-se a frequência respiratória, a quantidade de O2 e a disponibilidade para os tecidos. Efeito da pCO2 Quanto maior a pCO2, maior a pO2 para saturar a mesma quantidade de Hb. Se tem muito CO2 o O2 precisa ser liberado para o metabolismo das células. Um ponto importante é que o número de sítio de ligação influencia a quantidade de O2 que o indivíduo apresenta. Pois se tem poucos eritrócitos tem-se uma pequena capacidade de ligação do O2 à Hb. E se tem pouca Hb em determinado eritrócito também haverá d i f i c u l d a d e à l i g a ç ã o a o O 2 , consequentemente, uma dificultando no transporte da Hb. Controle da respiração Todos esses processos cont ro lam a respiração A respiração tem 2 formas de acontecer Frequência da respiração involuntária Bulbo e ponte controlam Centro respiratório bulbar, centro apnêustico e centro pneumotáxico. Frequência da respiração voluntária Córtex cerebral controla, sendo uma região mais ex terna, cont ro la a f requênc ia respiratória quando há nervosismo se forçando a acalmar, controla quando a pessoa faz um mergulho, dentre outros fatores. Grupo respiratório dorsal Responsável pelo controle da frequência respiratória, semelhante ao nodo sinusial cardíaco. Regula o ritmo de inspiração. A expiração acontece por forças elásticas majoritariamente, por isso não atua nela. Grupo respiratório ventral Grupo de neurônios que na respiração tranquila ficam inativos. Em situação de inspiração e expiração forçadas, ocorre a ativação desses neurônios para inspiração e exp i ração ma is in tensos . Neurôn ios relacionados com inspiração e expiração separadamente, já que com a expiração forçada ocorre a participação de muitos músculos para impulsionar e reduzir ainda mais o diafragma, então isso demanda que sejam neurônios distintos. Centro pneumotáxico Papel fundamental de limitar a inspiração, para não estourar o pulmão, ou seja, não lesionar os tecidos, limitando a capacidade respiratória. Está relacionado a uma inibição do grupo respiratório dorsal. Existem regiões próprias para fazerem o controle da respiração, não é porque o pulmão tem um marcapasso que é feito o controle da frequência respiratório, tendo influência de centros superiores, influência do córtex, do bulbo, da ponte que serão responsáveis pelo controle específico de uma ou outra ação (frequência, capacidade respiratória, aumento da amplitude respiratória) conforme a necessidade corpórea. Sendo assim, todo o processo de troca e condução do ar, vai acontecer mediado pelo controle encefálico da inspiração e expiração, c a p a z e s d e f a z e r t r o c a g a s o s a , disponibilização adequada de O2, pH, pCO2. o grupo respiratório dorsal de neurônios, o grupo respiratório ventral e o centro pneumotáxico. Acredita-se que nenhuma dessas áreas seja diretamente influenciada pelas variações da concentração sanguínea de CO2 ou de íons hidrogênio. Em vez disso, e x i s t e o u t r a á r e a n e u r a l, a á r e a quimiossensível, mostrada na Figura 42-2, situada bilateralmente, que se encontra a apenas 0,2 milímetro da superfície ventral do bulbo. Essa área é muito sensível às alterações sanguíneas da pCO2 ou da concentração dos íons hidrogênio. Tal área, por sua vez, estimula outras porções do centro respiratório. Embora o CO2 apresente pequeno efeito direto sobre a estimulação dos neurônios na área quimiossensível, ele tem efeito indireto potente. Tal função ocorre mediante reação com a água dos tecidos, de modo a formar o ácido carbônico que se d issoc ia em íons h idrogênio e íons bicarbonato; os íons hidrogênio, então, exercem intenso efeito estimulatório direto sobre a respiração. O CO2 sanguíneo tem efeito mais potente na estimulação dos neurônios quimiossensíveis em comparação com os íons hidrogênio sanguíneos e isso se deve à baixa permeabilidade da barreira hematoencefálica aos íons hidrogênio e à alta permeabilidade ao CO2 que atravessa a barreira como se ela não existisse. Portanto, sempre que a pCO2 sanguínea aumenta, também a pCO2 e eleva no líquido intersticial do bulbo e no líquido cefalorraquidiano. Em ambos os líquidos, o CO2 reage imediatamente com a água, para formar novos íons hidrogênio. Dessa forma, paradoxalmente, são liberados mais íons hidrogênio na área sensorial quimiossensível respiratória do bulbo, quando se aumenta a concentração sanguínea do CO2 do que quando há elevação da concentração sanguínea dos íons hidrogênio. Por esse motivo, a atividade do centro respiratório tem elevação muito intensa por meio das alterações no CO2 sanguíneo. A ponte e o bulbo que são regiões encefálicas as quais promovem o controle da respiração involuntária. Essas regiões são capazes de enviar sinais para diafragma, músculos interpostas para que ocorra o controle da respiração. Quimiorreceptores que estão no bulbo vão servir para enviar sinais, a direção da seta dos quimiorreceptores para os centros bulbares dos receptores periféricos chegando aos centros bulbares para que os sinais seja enviados para o músculo inspiratórios e expiratórios para que ocorra o controle da respiração. A figura mostra essas áreas, ao lado esquerdo do tronco encefálico. Uma área chamada de núcleo do trato solitário (NTS) contém o grupo respiratório dorsal (GRD) de neurônios que controlam principalmente os m ú s c u l o s d a i n s p i r a ç ã o . O s s i n a i s provenientes do GRD vão via nervos frênicos para o diafragma e via nervos intercostais para os músculos intercostais. Além disso, o NTS recebe informação sensorial dos quimiorreceptores e dos mecanorreceptores periféricos através dos nervos vago e glossofaríngeo (nervos cra- nianos X e IX). Os neurônios respiratórios da ponte recebem informação sensorial do GRD e, por sua vez, influenciam o início e o término da inspiração. Os grupos respiratórios pontinos (antes chamados de centro pneumotáxico) e outros neurônios pontinos enviam sinais tônicos para as redes bulbares para ajudar a coordenar um r i tmo respiratór io uni forme. O grupo respiratório ventral (GRV) do bulbo tem múltiplas regiões com diferentes funções. Uma área conhecida como complexo pré-Bötzinger c o n t é m n e u r ô n i o s q u e d i s p a r a m espontaneamente e que podem atuar como o marca-passo básico do ritmo respiratório. Outras áreas controlam músculos usados na expiração ativa ou na inspiração maior do que o normal, como a que ocorre durante o exercício vigoroso. Além disso, fibras nervosas originadas no GRV inervam músculos da laringe, da faringe e da língua para manter as vias aéreas superiores abertas durante a respiração. O relaxamento inapropriado desses músculos durante o sono contribui para a apneia obstrutiva do sono, uma disfunção do sono associada a ronco e à sonolência diurna excessiva. Diante do metabolismo, por exemplo, em um exercício físico é necessário que haja aumento da frequência respiratória. O que determina a respiração por controle inventário são alguns sensores. Nessa imagem tem-se os quimiorreceptores periféricos, centrais, de estiramento nos pulmões e receptores dos músculos e articulações. Quimiorreceptores periféricos estão do arco aórtico e são capazes de regular a frequência cardíaca, são capazes de sentir e avaliar a flutuação dos níveis de O2, CO2 e H+ então se há diminuição dos níveis de O2 e consequentemente aumento de CO2 e H+ haverá uma necessidade do centro respiratório para que ocorra um estímulo no diafragma. Os quimiorreceptores centrais que estão no bulbo, entrarão em ação em casos mais graves de f lutuação dos níveis plasmáticos para que também acontece modulação do centro respiratório para controle do diafragma. Receptores de estiramento, já que não pode acontecer inspiração muito intensa para que não ocorra rompimento da via respiratória, então o estiramento é moldado, regulado. Os receptores dos músculos e articulações, já que os músculos são capazes de promover a retração e expansão pulmonar, não tem insuflação se não há força muscular sendo necessário esse controle pelos músculos, esse controle é da mesma forma que os receptores de estiramento que são metanorreceptores, ou seja, detectam alteração, flutuação mecânica, ou seja, de esticamento e relaxamento, enviando sinais para o centro inspiratório e realizar controle do diafragma para que haja a modulação respiratória. Quimiorreceptores centrais Receptores que detectam flutuação química, ou seja, alteração do pH plasmático. Diante do aumento nos níveis de pCO2, o líquido cérebro espinhal também sofre alteração do pH que faz com que por meio da formação de H2CO3, deixa-se o o pH mais ácido e posteriormente quebra em H+ e HCO3- os H+ l i v r e s e m a b u n d â n c i a n o l í q u i d o c e r e b r o e s p i n h a l , v a i e s t i m u l a r o s quimiorreceptores centrais fazendo com que haja aumento da ventilação. Os íons H+ que estão no capilar não conseguem ultrapassar a membrana plasmática devido à presença de carga, sendo assim o CO2 consegue difundir para o líquido cerebroespinhal, mas os íons H+ não passam com facilidade, e assim, sendo um papel protetor do encéfalo para que não chegue qualquer substância no encéfalo e atrapalhar o funcionamento adequado do organismo. Diante do aumento dos níveis de CO2, ele consegue se difundir, mas no líquido cérebro espinhal há reação por meio da anidrase carbônica, formando H2CO3 que irá s e q u e b r a r e m H C O 3 - o s H + e o s quimiorreceptores se sensibilizam pelos íons H+. Quimiorreceptores periféricos N o c o r p o c a r o t í d e o t e m - s e e s s e s quimiorreceptores que mostram as células tipo GLOMUS as quais detectam a alteração química. A célula tipo glomus que vai perceber os níveis de O2 baixo e fecha canais de K+, havendo a manutenção da despolarização da célula glomal e com isso, canais de Ca2+ são a b e r t o s p a r a q u e a s v e s í c u l a s d e neurotransmissor sejam liberadas e a exocitose de neurotransmissores aconteça, sendo esse neurotransmissor a acetilcolina a qual vai sinalizar para neurônios que vão detectar e deflagar um potencial de ação para que atinja os centros bulbares acontecendo a flutuação a nível periférico para que haja regu lação dos cent ros super io res e consequente alteração da frequência e amplitude respiratórias. Os corpetes que impedem de respirar l i v remente , d i f i cu l tando a expansão respiratória, tendo um prejuízo na troca gasosa, pois a ventilação não está ocorrendo de forma apropriada, então como forma de compensar os movimentos mais curtos respiratórios, aumenta-se a frequência promovendo um equilíbrio da troca gasosa. Ao r e t i r a r o c o r p e t e , o o r g a n i s m o inconscientemente faz uma expansão bem grande da caixa torácica, pois os receptores mecânicos que estavam impedidos de estirar vão ser livres para expandirem e há o aumento da amplitude respiratória,assim de restabelecer os níveis plasmáticos de O2. O aumento dos níveis de CO2 e alteração do pH pode acontecer por motivos diversos como o exercício físico ou por alterações por doenças como enfisema, fibrose ou outras doenças com trocas gasosas prejudicadas. A dificuldade de trocas gasosas aumenta a concentração de CO2 no sangue, estimulando os quimiorreceptores na tentativa de reduzir essa alteração. Tendendo a promover um aumento da frequência respiratória contínua para que o déficit de O2 não seja muito intensa. Hipoventilação A hipoventilação de forma consciente pode p r o m o v e r o a u m e n t o d a a c i d e z e consequentemente a modulação de estímulos centrais para que respiração seja controlada. Além do processo de disponibilização de O2 no ar, tem-se também que emoções também podem promover alterações no padrão respiratório, bem como crises de ansiedade, susto, aumentando-se a ventilação pelo aumento da frequência respiratória, já que há ativação do sistema nervoso autônomo simpático e diante disso, tem-se uma influência no diâmetro brônquico para que haja modulação na captação de O2. Além dessa modu lação brônqu ica cent ros superiores no encéfalo conseguem ser influenciados por emoções fazendo assim com que erroneamente (já que não tem alteração plasmática dos níveis de pCO2 e pO2) há estí- Aclimatação Diante de altitudes muito elevadas há redução dos níveis de O2 no ar, há um processo de adaptação no organismo, aumentando-se a captação de O2 pelo aumento de células sanguíneas para facilitar a captação e transporte, para que haja manutenção da vida. mulo para inspiração e expiração levando ao aumento da frequência respiratória. A dor no peito pela crise de ansiedade deve-se ao padrão respiratório aumentado, pois não pode-se achar que os centros bulbares vão ser capazes de controlar separado de forma autônoma essa frequência e amplitude respiratórias. Os receptores β2 quando estimulados pela noradrenalina, broncodilatam para que a respiração aumente da forma necessária. Além disso, terá alteração do funcionamento dos músculos para que haja um aumento da eficiência da captação de ar e troca gasosa. Funções metabólicas e endócrinas Diversas substâncias que estão envolvidas no sistema respiratório que vão funcionar para mediar múltiplas funções corpóreas também vão ser capazes de influenciar na captação do O2. Por exemplo, tem-se que o surfactante é reduzido há dificultação na manutenção da aeração dos alvéolos podendo representar uma alteração nos níveis de O2 plasmático. No entanto, há também há outras substâncias capazes de sofrer metabolismo respiratório, bem como a agiostensina I que é convertida em angiostensina II, ou seja, sistema respiratório não serve apenas para troca gasosa. Exercício físico Capaz de influenciar no metabolismo corpóreo e consequentemente níveis de CO2 e O2, tendo influência no padrão respiratório. O difosfoglicerato que também influencia no sistema respiratório aumentando seus níveis durante o exercício e aumento da temperatura fazendo com que haja menor estabilidade entre O2 e Hb para que aconteça maior liberação de O2 na célula. Também tem-se influência dos capilares já que há vasodilatação acontecendo em algumas áreas com redução, por exemplo, do fluxo sanguíneo no trato gastrointestinal, mas aumento no músculos. A irisina é um hormônio produzido diante do exercício que também vai modular a função respiratória. Ela protege a função pulmonar durante lesões relacionadas a isquemia reperfusão tecidual, ou seja, deixando mais nítida a importância do exercício físico. No sangue arterial não há aumento das pressões parciais, pois ao mesmo tempo que aumentou-se o consumo, aumentou-se a ventilação. Tosse e espirro Tanto a tosse quanto o espirro são estímulos protetores contra agentes invasores, irritantes. O organismo infectante é percebido por receptores na via respiratória que vão gerar a tosse ou o espirro para expulsar o agente invasor. Os medicamentos não devem ser utilizados sem saber o motivo do espirro ou da tosse.