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Características gerais: - Família Streptococcaceae - Arranjados em cadeias ou em duplas (Diplococos) - Sem motilidade - Cerca de 0,5 a 0,75 µm de diâmetro - Crescimento deficiente em meios sólidos ou em caldo - Necessita de enriquecimento - Geralmente incolor e translúcido - Identificação primária: catalase negativa Identificação laboratorial: Cor: incolor, transparente Catalase: negativo Bacitracina: sensível CAMP: negativo Hemólise: beta PYR: positivo Bacitracina sensível: - São utilizados discos padronizados contendo 0,04 unidades de bacitracina. - A leitura é feita medindo-se o diâmetro do halo de inibição ao redor do disco, após período de incubação de 18-24 horas. - Prova positiva (sensibilidade) – Qualquer halo de inibição. - Prova negativa (resistência) – Sem formação de halo. PYR (L-pirrolidonil-Beta-naftilamida): Os Streptococcus do grupo A (pyogenes) e Enterococcus possuem a enzima L-pirrolidonil peptidase, que vai hidrolizar a amida do substrato PYR, transformando em naftilamida, que vai reagir com ρ-dimetilamino Cinamaldeido, dando uma coloração vermelho brilhante. Doenças: infecções das vias aéreas superiores (faringo-amigdalites), pele (piodermites erisipela). Habitat: pele e trato respiratório superior. Transmissão: gotículas aéreas e por contato. Tratamento: penicilina e eritromicina. Toxinas e enzimas: - Toxina eritrogênica, toxina escarlatínica ou toxina de Rick – produzida por amostras de estreptococos isolados de casos de escarlatina (doença infecciosa aguda, caracterizada por angina/exantema). - A escarlatina é uma reação do organismo a toxinas produzidas pelo Streptococcus pyogenes, geralmente durante um episódio de faringite ou amigdalite. - A língua mostra-se tipicamente com uma cor muito avermelhada e aspecto inchado e com as papilas vermelhas = “língua em framboesa". - Estreptolisina S: é oxigênio-estável, não imunogênica, responsável pelo halo de hemólise (é uma hemolisina) em torno das colônias de S. pyogenes e pela morte de uma parte dos leucócitos que fagocitam a bactéria. - Estreptolisina O: é oxigênio-sensível e fortemente antigênica; conduz à formação da antiestreptolisina (ASLO ou AEO). A determinação do título do anticorpo contra a estreptolisina O é de grande valor diagnóstico na febre reumática onde títulos superiores a 125 unidades são indicadores de infecção estrepcócica recente. - Estreptoquinase (Fibrinolisina): tem a capacidade de dissolver coágulos, pela transformação do plasminogênio em plasmina. Sua ação é bloqueada pelo anticorpo específico formado no decurso da infecção (anti-estreptoquinase). - Desoxirribonuclease: degrada o DNA. São formados anticorpos contra a enzima no decorrer da infecção. - Hialuronidase: dissolve o ácido hialurônico. É o componente presumível do poder invasor dos estreptococos (fator de difusão). Sua ação é bloqueada pelo anticorpo no decurso da infecção. Identificação laboratorial: Cor: incolor (sangue) Catalase: negativa Bacitracina: resistente Hidrólise do hipurato: positiva Hidrólise da esculina: negativa CAMP: positivo Cerca de 30% dos isolados podem não apresentar hemólise, ou seja, ser gama hemolítico. CAMP positivo (Christie, Atkins, Munchen- Patterson): Streptococcus beta hemolíticos do Grupo B elaboram um composto semelhante a uma proteína denominado Fator CAMP, capaz de agir sinergicamente com a beta lisina do Staphylococcus aureus ocasionando uma intensificação na hemólise, formando uma seta. Hidrólise do Hipurato: - A hipuricase é uma enzima produzida pelos Streptococcus do grupo B, que provoca a hidrólise do ácido hipúrico com a formação de benzoato de sódio e glicina. - Pode-se verificar a hidrólise do hipurato, detectando o benzoato de sódio usando cloreto férrico ou detectando a glicina usando a ninhidrina. Detectando benzoato de sódio usando cloreto férrico: O microrganismo é inoculado em caldo contendo Hipurato de Sódio e incubado de 18 a 24 horas a uma temperatura de 35ºC. Após este período deve-se centrifugar o caldo e separar o sobrenadante, adicionando-se a este 0,8 mL de cloreto férrico. Após a adição deste reagente, irá formar um precipitado que deve permanecer por mais de dez minutos, indicando a presença de ácido benzoico e, portanto, positividade do teste. Detectando a glicina usando a ninhidrina: - O microrganismo deve ser inoculado com suspensão densa no caldo Hipurato e colocado em Banho Maria por duas horas a 35 ºC. Após o período de incubação adicionar 5 gotas do reagente ninhidrina. Recolocar no Banho Maria por mais 10 minutos e fazer a leitura. - A glicina é desaminada através do reagente de ninhidrina, que fica reduzido durante o processo. Os produtos finais da oxidação por ninhidrina reagem para formar um corante de cor púrpura. Doenças: meningite neonatal e sepse. Habitat normal: vagina. Transmissão: os bebês adquirem do organismo da mãe contaminada ao nascer ou por contato entre bebês em berçário, após nascimento. Tratamento: sensíveis a Penicilina, vefalosporinas e eritromicina. - Infecções graves (penicilina + gentamicina); - Maioria das amostras é resistente ao Cloranfenicol. Identificação laboratorial: Catalase: negativa Bile esculina: negativa Bile solubilidade: negativo Tolerância ao NaCl 6,5%: negativo PYR: negativo Optoquina: resistente Doenças: endocardite. Habitat normal: comensal da boca e intestino. Transmissão: passa para o sangue após exodontia. Tratamento: sensíveis às Penicilinas. Identificação laboratorial: Catalase: negativa Bile solubilidade: positiva Optoquina: sensível (halo maior ou igual a 12mm) Micrococcus gram + arranjados em pingo de vela. Prova Bile Solubilidade: - Detergentes fracos, como os sais biliares, desoxicolato de sódio ou taurocolato de sódio têm a capacidade de lisar seletivamente o S. pneumoniae em fase logarítmica do crescimento. Estes sais ativam as enzimas autolíticas (autolisinas) produzidas pelo pneumococo, acelerando a reação lítica natural da bactéria. - A prova de Bile Solubilidade pode ser realizada em meio líquido (com o microrganismo em estudo crescido) ou em placa (com colônias isoladas do microrganismo) sendo comumente realizada em placa. - A turbidez de uma suspensão da bactéria em meio líquido clareia visivelmente quando se adiciona o reativo desoxicolato de sódio ou taurocolato de sódio e as colônias crescidas na superfície do meio desaparecem. Doenças: pneumonia, otite, meningite, sepse. Habitat normal: trato respiratório (garganta). Transmissão: gotículas aéreas. Tratamento: Penicilinas. Identificação laboratorial: Catalase: negativa Bile esculina: positiva Bile solubilidade: negativa Tolerância ao NaCl 6,5%: positiva PYR: positivo E. faecalis (mais frequente no Brasil 90%) e E. faecium com 5% a 10%. Bile Esculina: A prova da Bile Esculina está baseada na capacidade de certas bactérias, especialmente as do grupo D hidrolisar esculina em presença de bile produzindo glicose mais esculetina. A esculetina em presença de ferro (presente no meio) reage produzindo um escurecimento do meio de cultura. Tolerância ao NaCl 6,5%: O crescimento do microrganismo com consequente turvação do meio indica uma prova positiva. Doenças: infecção do trato urinário, endocardite e sepse (raro). Habitat normal: intestino humano e animal. Transmissão: endogenamente, ou cruzada em pacientes hospitalizados. Tratamento: pode apresentar resistência múltipla a penicilina e cefalosporinas, quando susceptíveis a penicilina é em menor grau que os Streptococcus. Características: - São beta hemolíticos. Oportunistas: pele, nariz, garganta, vagina e trato gastrointestinal. Podem causar: faringite, sinusite, otite, meningite, bacteriemia, endocardite. Critério fenotípico para identificação de Streptococcus ß Hemolíticos e Enterococcus: Sulfametoxazol- trimetoprim (SXT) -> 23,75/1,25/µgBacitracina Bc -> 0,04 unidades 1 - Disco de bacitracina 2 - Disco de sulfametoxazol trimetoprim 3 - Camp Test Linhas verticais – cepas teste Linha horizontal – estria com cepa beta hemolítica de Staphylococcus aureus
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