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Estrutura e componentes celulares do epitélio escamoso Órgãos genitais internos da mulher: - Útero (curvado) - Canal vaginal - Bexiga e uretra na frente do útero - Intestino grosso por trás do útero Órgãos genitais externos da mulher: - Verificar se existem lesões e descrevê-las. Glândulas de Bartholin: - Localizadas ao lado do canal vaginal. - Aos pares. - Próximo aos pequenos lábios. - Produz um fluido mucoso que serve pra lubrificar e umidificar a vulva, principalmente durante o ato sexual. - Às vezes essa glândula inflama porque a secreção fica presa. Glândulas de Skene: - Ao lado da uretra. - Responsáveis por liberar a ejaculação da mulher. - Podem ser mais ou menos desenvolvidas. - Podem inflamar. Útero: - O método de Papanicolau está voltado à área chamada de ectocérvice e o canal endocervical, Círculo azul: região onde a maioria das lesões vão aparecer. Características citohistológicas: - Existem epitélios diferentes ao longo do sistema genital feminino. - Na parte interna não tem queratinização, mas na vulva tem. - Na vagina o epitélio é escamoso não queratinizado. - Dentro do canal e do corpo uterino o epitélio é diferente, chamados de epitélio colunar e endometrial endocervical cuboide. Epitélio escamoso não-queratinizado: - Tem queratina, mas não em grande quantidade. - Camada profunda: células basais (presas à lâmina basal) e parabasais - Camada intermediária - Camada superficial - Lâmina basal (através dela é possível saber se a lesão é in situ ou é invasiva) De baixo para cima: - Estroma (tecido conjuntivo); também chamado de lâmina própria ou córion - Membrana basal - Lâmina basal - Camada única de células “presas” - Camada com citoplasma mais denso com as células parabasais - Várias camadas de células intermediárias, com variações de morfologia - Células superficiais Células profundas: Células basais: - Reprodução constante e intensa. - Pouca esfoliação. - Tem muito núcleo e pouco citoplasma (células jovens). À medida que a célula vai envelhecendo, o núcleo vai diminuir e o citoplasma vai aumentar. - Cuboides, arredondadas. - Alta relação núcleo/citoplasma. - Não são vistas na rotina. - Origem embrionária. - Citoplasma denso e basofílico/cianofílico. - À medida que a célula vai envelhecendo, o citoplasma vai ficando mais claro, perdendo densidade. - Tem capacidade de proliferação. Células parabasais: - Variação de tamanho e forma (redondas ou ovais). - Várias camadas. - Menor atividade de reprodução. - Maior esfoliação. - Tem mais citoplasma, o núcleo começa a diminuir um pouco. O citoplasma é cianófilo, um pouco mais claro. - Cromatina começa a clarear mais (mudança gradativa). - Tendência de ser oval, sem lados (a intermediária tem lados, com citoplasma quase translúcido). - Núcleos grandes com cromatina menos densa, finamente granular, homogênea. Células da camada profunda: células basais e parabasais Célula parabasal (oval; citoplasma mais escuro) x intermediária (tem lados; poligonal; citoplasma quase translúcido) Células intermediárias: - Várias camadas (variação conforme o ciclo menstrual). - Citoplasma cianófilo (mais claro - quase transparente). - Núcleo menor. - Poligonal (tem lados). - Pouca ou nula atividade mitótica. - Alta descamação. - Núcleos ovais com cromatina finamente granular homogênea - cordão cromatínico ("linha equatorial"). - Células naviculares (dobradas) ➝ indica aumento de progesterona. - Algumas possuem depósito de glicogênio (não cora). Citólise: quando os lactobacilos se alimentam do glicogênio e deixam os núcleos "nus", provocando, na mulher, secreção esbranquiçada após ovulação. - Durante a ovulação a maioria das células são superficiais (basais e parabasais) e a quantidade de células intermediárias diminui, devido ao aumento do estrogênio. - Eventualmente – halos perinucleares. Setas: células escamosas intermediárias maduras; a célula rosa da segunda foto é uma célula superficial. Citoplasma basofílico e núcleo com precipitação equatorial (seta pontilhada) A célula maior é uma célula intermediária. No seu núcleo, há uma linha no meio, a clivagem longitudinal, que marca o ponto certo da célula madura intermediária Aparenta ter vacúolos; isso é devido ao glicogênio. A coloração nessa lâmina está um pouco forte. Células naviculares (dobradas). Indica que a célula tem aumento de progesterona. Células superficiais: - Camada mais externa. - Maior esfoliação. - Sem atividade reprodutora. - Células grandes. - Geralmente poligonais. - Citoplasmas com transparência e eosinofílico (laranja), raramente cianófilo. - Núcleo picnótico, pequeno. - Células ou escamas anucleadas. - Tem um pouco de queratina. - Nem todas as células superficiais têm citoplasma eosinofílico; se a célula tiver o núcleo picnótico, pode ser que o citoplasma seja basofílico. O processo de transição para o citoplasma ficar eosinofílico (célula morta) faz com que o citoplasma que era basofílico mude e o corante que fixa é o orangeofílico. Isso porque essas células possuem um pouco de queratina, que vai ser fixada pelo corante. Célula escamosa superficial. Citoplasma eosinofílico e núcleo picnótico (setas) Imagem do canto superior esquerdo: célula superficial com núcleo picnótico com cristais querato-hialinos. Imagem maior: há na maioria células superficiais, e algumas células intermediárias (azuis) com um “miolo” amarelo, que é o glicogênio. Imagem 1: há “riscos” de tamanho variável: são os lactobacilos. Há núcleos sem citoplasmas e restos de citoplasma soltos; isso é resultado da ingestão de glicogênio pelos lactobacilos, que deixaram os núcleos soltos, nus. Isso provoca na mulher, após ovulação, uma secreção esbranquiçada, leitosa e homogênea. Imagem 2: há células grudadas (jovens) e células maduras. Imagem 3: há vários lactobacilos, mas não há citolise, porque as células não tem glicogênio; há muitas células superficiais e poucas intermediárias. A paciente pode estar no início da fase de proliferação celular (pré-ovulatório). Processo de maturação celular
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