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Enterobíase

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Enterobíase 
Infestação intestinal causada por helminto. Pode ser assintomática ou apresentar, 
como característica principal, o prurido perianal, frequentemente noturno, que causa 
irritabilidade, desassossego, desconforto e sono intranquilo. As escoriações 
provocadas pelo ato de coçar podem resultar em infecções secundárias em torno do 
ânus, com congestão na região anal, ocasionando inflamação com pontos 
hemorrágicos, onde se encontram, frequentemente, fêmeas adultas e ovos. Sintomas 
inespecíficos do aparelho digestivo são registrados, como vômitos, dores abdominais, 
tenesmo, puxo e, raramente, fezes sanguinolentas. Outras manifestações, como 
vulvovaginites, salpingites, ooforite e granulomas pelvianos ou hepáticos, têm sido 
registradas, esporadicamente. 
 
Agente etiológico: Enterobius vermiculares 
 
Modo de transmissão: Predominantemente fecal-oral. São diversos os modos de 
transmissão: 
 
• Auto-infecção externa ou direta: Do ânus para a cavidade oral, por meio dos 
dedos, principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos 
de higiene. 
• Auto-infecção indireta: Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo 
hospedeiro que os eliminou. 
• Heteroinfecção: Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo 
hospedeiro. 
• Retroinfecção: Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do 
intestino grosso, chegando até o ceco, onde se tornam adultas. 
• Auto-infecção interna: Larvas eclodem ainda dentro do reto e depois migram até o 
ceco, transformando-se em vermes adultos. 
 
Período de incubação: O ciclo de vida do parasito dura de 2 a 6 semanas. A 
sintomatologia aparece quando existe um número de vermes resultante de infestações 
sucessivas, que ocorre alguns meses após a infestação inicial. 
 
Período de transmissibilidade: Dura enquanto as fêmeas grávidas expulsam ovos 
na pele perianal, que permanecem infectantes por 1 ou 2 semanas fora do hospedeiro. 
 
Diagnóstico - Em geral, clínico, devido ao prurido característico. O diagnóstico 
laboratorial reside no encontro do parasito e de seus ovos. Como dificilmente é 
conseguido nos parasitológicos de fezes de rotina, sendo achado casual quando o 
parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar diretamente na região perianal, o que 
deve ser feito pelos métodos de Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada), cuja 
colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio. Também podem ser 
pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas, que oferecem alto 
índice de positividade.

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