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ESCOLA TÉCNICA CURSO NOBRE TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2023 CÍCERO ALVES DE SOUZA RENATO NOVAES PEREIRA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Técnica Curso Nobre como exigência parcial para obtenção do título Técnico em Eletrotécnica, SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 2023 CÍCERO ALVES DE SOUZA RENATO NOVAES PEREIRA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Escola Técnica Curso Nobre como exigência parcial para obtenção do título de técnico em eletrotécnica. Data de aprovação: ___/___/____ Banca Examinadora _________________________________ Escola Técnica Curso Nobre ________________________________ Escola Técnica Curso Nobre AGRADECIMENTOS Agradecemos a Deus, pela sua presença constante em nossas vida. Agradecemos a todos os nossos familiares, que nos apoiaram durante esta caminhada. Aos colegas de classe e por todos que passaram por nossas vidas durante essa fase, meu muito obrigado. Meu muito obrigado também à escola técnica Curso Nobre de São José do Rio Preto. E a todos aqueles que, direta ou indiretamente, contribuíram com este trabalho, saúdo a todos. “Em todo o espaço há energia... é (só) uma questão de tempo até que os homens tenham êxito em associar seus mecanismos ao aproveitamento desta energia.” Nikola Tesla RESUMO A necessidade de gerar energia com o mínimo de impacto ambiental tornou-se o maior objetivo da humanidade visto a situação alarmante a qual estamos submetidos. Além disso, hoje em dia a demanda por serviços e produtos mais sustentáveis está em crescente expansão, e uma das alternativas viáveis é a geração de energia elétrica a partir da radiação solar. O princípio da energia fotovoltaica surgiu em 1839 com a descoberta de Edmond Becquerel, que consistia na observação do surgimento de uma diferença de potencial nos terminais de uma célula eletroquímica quando esta era exposta à luz. A criação da primeira célula fotovoltaica se deu por volta de 1883, por Charles Fritts. Esse processo é realizado com a utilização de células fotovoltaicas, onde o principal componente é o silício. A geração de energia elétrica a partir de módulos fotovoltaicos divide-se em duas categorias: Off-Grid e On-Grid. Nos sistemas Off-Grid, temos toda a energia gerada armazenada em baterias, e este sistema não é ligado à rede elétrica. Já os sistemas On-Grid, dispensam baterias e são conectados à rede elétrica. O foco deste trabalho será o estudo e o entendimento de como a energia solar é transformada em energia elétrica utilizando células fotovoltaicas, as maneiras de se utilizar a energia solar e os equipamentos necessários a sua estruturação. Palavras-chave: Fotovoltaico, solar, geração. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Primeira bateria solar produzida pela Bell Laboratories .............................. 13 Figura 2 - Faixas de energia em elementos isolantes, condutores e semicondutore.14 Figura 3 - Funcionamento de uma célula fotovoltaica ..................................................... 15 Figura 4 - Diferença entre silício cristalino e amorfo. ....................................................... 17 Figura 5 - Sistema on-grid .................................................................................................... 22 Figura 6 - Sistema de geração Off-Grid ............................................................................. 24 Figura 7 - Placas solares ...................................................................................................... 26 Figura 8 - Controlador de carga .......................................................................................... 27 Figura 9 - Baterias de chumbo-ácido para sistema fotovoltaico .................................... 28 Figura 10 - Inversores para sistema fotovoltaico .............................................................. 31 Figura 11 - Mapa solarimétrico do Brasil ........................................................................... 34 Figura 12 - Ligação de painéis fotovoltaicos em paralelo ............................................... 36 Figura 13 - Ligação de painéis fotovoltaicos em série..................................................... 37 Figura 14 - Sistema fotovoltaico Off-grid ........................................................................... 42 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................. 12 2.1 História ............................................................................................................... 12 2.2 Funcionamento da energia fotovoltaica .......................................................... 14 2.2.1 Células fotovoltaicas ........................................................................................ 16 2.2.1.1 Silício monocristalino ..................................................................................... 17 2.2.1.2 Silício policristalino ........................................................................................ 18 3. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ............................................................................ 19 3.1 Geração Centralizada ........................................................................................ 20 3.2 Geração Distribuída .......................................................................................... 21 3.2.1 Sistema de geração On-Grid ............................................................................ 21 3.2.2 Sistema de geração Off-Grid ............................................................................ 23 4. PRINCIPAIS COMPONENTES UTILIZADOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ....................................................................................................................................24 4.1 Placas solares (módulo fotovoltaico) .............................................................. 24 4.2 Controladores de carga .................................................................................... 26 4.3 Baterias .............................................................................................................. 28 4.3.1 Bateria de chumbo-ácido .................................................................................. 29 4.3.2 Bateria de íons de lítio ..................................................................................... 29 4.3.2 Bateria de níquel-cádmio .................................................................................. 30 4.4 Inversores de frequência .................................................................................. 30 5. DESENVOLVIMENTO E CALCULOS DO SISTEMA ........................................... 31 5.1 Grandezas consideráveis ................................................................................. 31 5.2 Levantamento das cargas ................................................................................ 32 5.3 Análise solarimétrico ........................................................................................ 33 5.4 Dimensionamento das placas (módulos) solares .......................................... 35 5.4.1 Associação de placas solares .......................................................................... 355.4.2 Instalação das placas solares .......................................................................... 38 5.4.3 Cálculo das placas solares ............................................................................... 38 5.5 Dimensionamento do controlador de cargas ................................................. 39 5.6 Dimensionamento das baterias ....................................................................... 40 5.7 Dimensionamento do inversor ......................................................................... 40 5.8 Diagrama esquemático do sistema fotovoltaico desenvolvido .................... 41 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 43 REFERENCIAS ......................................................................................................... 44 9 1 INTRODUÇÃO O Sol teve seu surgimento há cerca de 4,6 bilhões de anos, como a maior estrela do Sistema Solar, sendo responsável por fenômenos meteorológicos, alterações climáticas e pela fotossíntese, processo do qual todos os seres vivos são dependentes. Sua composição é de 74% hidrogênio e 24% hélio, com a taxa restante formada por oxigênio, carbono e ferro.. O sol é mais antigo do que a própria terra, nada neste planeta existiria se não fosse por ele. Dos primeiros microrganismos até os organismos evoluídos dos dias atuais, todos necessitam da luz solar para sobreviver e evoluir. O Sol teve seu surgimento há cerca de 4,6 bilhões de anos, como a maior estrela do Sistema Solar, sendo responsável por fenômenos meteorológicos, alterações climáticas e pela fotossíntese, processo do qual todos os seres vivos são dependentes. Sua composição é de 74% hidrogênio e 24% hélio, com a taxa restante formada por oxigênio, carbono e ferro. Atualmente no mundo a principal geradora de energia é a queima dos combustíveis fósseis: petróleo, carvão mineral e gás natural, tendo o CO2 como produto principal da queima (NUNES, 2007). Entretanto, uma das principais questões quanto à utilização dos combustíveis fósseis é o impacto ambiental. A queima destes tem gerado diversos problemas como: o agravamento do efeito estufa, o derretimento das geleiras, poluição do ar e diversos prejuízos à vida do planeta. O Brasil é um dos poucos países do mundo que possui uma matriz energética com predominância da energia hidrelétrica, o que pode ser mudado no futuro com o crescimento industrial. Isso se justifica, pois apesar do grande potencial hidráulico remanescente, sua utilização é discutível, devido à localização geográfica distante dos pontos de consumo, devido à topografia não adequada à construção de represas e/ou pelos potenciais danos ambientais causados pelas áreas inundadas pelas represas. Esse fato pode ser comprovado pelo crescimento da participação da geração termoelétrica verificada no país nos últimos anos (NUNES, 2007). A crise energética de 2001, iniciada em julho de 2001 e finalizada em fevereiro de 2002 ficou conhecida como “O Apagão de 2001” foi gerada através da falta de planejamento e investimento na matriz energética do Brasil. Devido à escassez de 10 água através das baixas quantidades de chuva os brasileiros foram obrigados a racionar energia para não gerar um colapso ainda maior (MACENA et al., 2021). Novas fontes de energias alternativas têm sido amplamente estudadas nas últimas décadas, como solução complementar a matriz energética atual, é o caso da energia solar que começou a ser utilizada em 1950 e tem ganhado espaço e atenção no cenário nacional. A conversão de energia solar em energia elétrica a partir do princípio do elemento fotovoltaico é uma das formas mais promissoras de energia alternativa, sabe-se que painéis fotovoltaicos podem ser os grandes responsáveis pelo aumento da produção de energia limpa em grandes centros, seja para demandas residenciais ou empresariais, ganham cada vez mais adeptos. Muitos autores acreditam que adotar geração própria de energia solar é uma decisão acertada e que garante eficiência à produção e redução de custos em médio e longo prazo (ZANESCO et al., 2011). Com a crescente degradação ambiental advinda da produção energética, surgiu uma demanda por alternativas mais sustentáveis. Uma das alternativas é a geração de energia elétrica a partir da radiação solar. Esse processo é realizado com a utilização de células fotovoltaicas, onde o principal componente é o silício, elemento abundante no planeta. (MATAVELLI, 2013). De acordo com o último levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o Brasil ultrapassou a marca histórica de um (1) gigawatt de potência instalada em geração de energia distribuída. Em apenas dois anos, o número de instalações de painéis solares teve um aumento de mais de 560%. O número, que era de pouco mais de sete mil (7.400), saltou para 49 mil unidades em todo o Brasil (EXAME, 2019). Os maiores desafios para a disseminação de tecnologias de fontes renováveis de energia são associados ao desenvolvimento de materiais mais eficazes para a conversão de energia solar em elétrica e a disseminação de novas tecnologias sobre essas fontes. O maior obstáculo para a conversão de energia solar em energia elétrica através de painéis fotovoltaicos e o custo elevado da produção dos módulos e equipamentos, ainda que apresentem a vantagem de não precisarem de manutenção constante, o seu investimento inicial é elevado (ZANESCO et al., 2011).Entretanto Macena e colaboradores (2021) realizaram um trabalho para averiguar e analisar a eficiência do sistema fotovoltaico para a redução de gastos das escolas públicas. No estudo observou-se através do 11 levantamento de dados que foi bem relevante a economia gerada para o ambiente envolvido, ficou evidente que se pode gerar uma economia financeira bem significativa em longo prazo para os cofres públicos. Sendo assim, em longo prazo, a instalação de sistemas fotovoltaicos é bem vantajosa financeiramente. Além disso, a energia solar apresenta baixo impacto ambiental, pois não consome combustível, não polui ou contamina o meio ambiente e não gera ruídos. É vista como uma das soluções para a geração de energia sustentável. Proporciona, além de benefícios ambientais, eficiência energética na matriz de energia brasileira pela diversificação, redução das cargas na rede e diminuição de perdas. Não emite gases de efeito estufa, no processo de geração, contribuindo para redução das emissões de CO2 (LIRA et al., 2019). Com o aumento da população mundial, que segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) pode chegar a 9 bilhões até o ano de 2050, é necessário proporcionar melhores alternativas energéticas as gerações futuras, pesquisas relacionadas a utilização de fontes de energia renováveis e limpas têm ganhado destaque e relevância. Dentre tantas fontes de energias, a radiação solar se destaca por ser proveniente de uma fonte inesgotável e capaz de suprir as necessidades humanas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho é fazer uma revisão de literatura sobre o processo de transformação da energia solar em energia elétrica utilizando células fotovoltaicas, bem como discorrer sobre as maneiras de se utilizar e os equipamentos necessários para a utilização deste tipo de geração de energia. 12 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 História O princípio da energia fotovoltaica surgiu em 1839 com a descoberta de Edmond Becquerel que observou que placas metálicas, de platina ou prata, quando mergulhadas em um eletrólito e expostas à luz produziam uma pequena diferença de potencial, este fenômeno foi denominado de efeito fotovoltaico. A criação da primeira célula fotovoltaica se deu por volta de 1883, por Charles Fritts. Esta célula era produzida por selênio revestido de ouro. Este marco da tecnologiapermitiu gerar uma corrente contínua e constante para a conversão elétrica máxima de 1%, enquanto, hoje em dia, contamos com 20% de eficiência. Além disso, também foram fabricadas células fotovoltaicas de silício, com 6% de conversão, pelos cientistas do Bell Laboratories (FIGURA 1). Apesar de ter sido conhecido como pioneiro na descoberta do efeito fotoelétrico, Albert Einstein, em 1905, apenas modernizou e aprimorou os conceitos, uma vez que seus experimentos apontaram a emissão de elétrons de uma superfície em interação com uma onda eletromagnética, formando o efeito fotoelétrico. Após uma série de acontecimentos, inclusive um prêmio Nobel para Einstein, deu-se início à era moderna da energia solar, em 1954, após a elaboração do processo de dopagem de silício por Calvin Fuller e a criação da célula solar moderna por Russell Shoemaker Ohl. Russell Ohl foi quem inventou a primeira placa de silício e também foi o primeiro a patentear o sistema fotovoltaico moderno, mais ou menos como conhecemos hoje. No entanto, seu êxito só foi possível graças ao trabalho de Calvin Fuller, Gerald Pearson e Daryl Chapin, cientistas do laboratório Bell Labs. Com o aparecimento de pesquisas e estudos sobre o assunto, por volta de 1956, deu-se início à produção industrial, juntamente com o advento da eletrônica e dos semicondutores (MELO, 2020). Os países desenvolvidos se sobressaem na política de incentivo a utilização da tecnologia por células fotovoltaicas. Alguns países da Europa têm recebido https://www.portalsolar.com.br/celula-fotovoltaica.html https://www.portalsolar.com.br/efeito-fotovoltaico-x-efeito-fotoeletrico-o-que-sao-quais-diferencas https://www.portalsolar.com.br/efeito-fotovoltaico-x-efeito-fotoeletrico-o-que-sao-quais-diferencas 13 incentivos para a utilização de energia solar. Isto, para que o setor comece a ganhar em escala e possa reduzir custos de produção, permitindo uma maior competitividade com os setores de fonte de energia convencionais. Atualmente a produção de energia fotovoltaica é considerada reduzida. Esta realidade pode ser encontrada, principalmente, em países mais pobres. Entretanto, no mundo, a China vem se destacando na fabricação e instalação de centrais de geração solar de grande porte. Analisando a produção mundial, a China atingiu, no final de 2018, o total de 176,1 GW de potência fotovoltaica, sendo 45 GW instaladas apenas no ano de 2018 (ABSOLAR, 2019). Em nível de comparação, em 2014, a potência instalada de geração solar no mundo era de 180 GW (MELO, 2020). Apenas no ano de 2018 no Brasil foram instalados 1,2 GW, totalizando 2,4 GW de capacidade instalada acumulada. Isso indica um cenário otimista de crescimento para os próximos anos. O Ministério de Minas e Energia (2015) estima que, no ano de 2050, 18% das residências contarão com o sistema de geração de energia solar fotovoltaica. Atualmente, o Brasil atingiu a marca de 138.086 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, o que totaliza 1.588,9 MW de potência (MELO, 2020). Figura 1 - Primeira bateria solar produzida pela Bell Laboratories (Fonte: http://web.ist.utl.pt/palmira/solar.html) Atualmente, no Brasil há laboratórios e equipes de especialistas em universidades públicas e privadas, centro de pesquisa e empresas, atuando no desenvolvimento de tecnologias de purificação de silício, bem como no estudo de aplicações dessas tecnologias, porém, ainda não foi atingido o nível de 14 aperfeiçoamento tecnológico dos países desenvolvidos nesta área e, esforços devem ainda ser realizados por todos os atores do setor (PINHO; GALDINO, 2014). 2.2 Funcionamento da energia fotovoltaica Semicondutores são os elementos que geram o efeito fotovoltaico, que são transmissores de energia de modo mais eficaz do que isolantes e de modo menos eficaz do que condutores (FIGURA 2), o fator que determina essa propriedade são faixas de valência onde nota-se a presença de elétrons e zonas onde elétrons são ausentes, também conhecidas como faixa de condução, no meio dessas duas zonas encontra-se o hiato elétrico, sendo a dimensão dele que define se o material é um semicondutor. Enquanto elementos isolantes apresentam esta faixa larga, materiais semicondutores apresentam faixa proibida média, de modo que fótons, na faixa de luz visível com energia acima do hiato de energia possa estimular elétrons da faixa de valência para a zona de condução (JUNIOR; SOUZA, 2018). O efeito fotovoltaico é a geração de corrente ou tensão através da exposição à luz de um material semicondutor. O material é o silício, que atualmente é o mais utilizado comercialmente. A maneira com que o semicondutor se transforma em uma célula fotovoltaica é através das etapas de purificação e dopagem, de forma que, esta última, consiste na adição de alguns elementos químicos, como o boro e o fósforo, com o propósito de alterar as propriedades elétricas. Dessa maneira, duas camadas na célula são criadas: camada tipo P (excesso de cargas positivas) e tipo N (excesso de cargas negativas), relativas ao silício puro (ALVES, 2019). Figura 2 - Faixas de energia em elementos isolantes, condutores e semicondutores (Fonte: JUNIOR; SOUZA, 2018) 15 O silício é um elemento encontrado de maneira abundante e quando bem trabalhado possui a capacidade de formar cristais que não possuem boa condutividade elétrica. Entretanto, quando dopado com Fósforo, torna-se Silício tipo N, que é semicondutor com apenas um elétron na camada de valência. Este elétron não está totalmente livre, embora necessite apenas de uma pequena quantia de energia para ser liberado. Do mesmo modo, quando dopado com Boro, torna-se Silício tipo P, que possui a ausência de um elétron, denominado de lacuna. Portanto, deseja receber um elétron para se tornar estável (TOLMASQUIN, 2003). A junção de uma fina camada de Silício do tipo N e uma mais espessa do tipo P forma o que é conhecido como junção PN. Deste modo, elétrons da parte N migram para parte P até atingirem o equilíbrio elétrico da junção. Ao serem expostos à luz, absorvem fótons, que culminam na passagem de elétrons da camada de valência para a banda de condução, dando origem a um campo elétrico interior à junção. Por consequente, uma corrente elétrica tende a atravessar a carga externa. O valor desta corrente em relação à carga depende da intensidade luminosa disponível (TOLMASQUIN, 2003). A figura abaixo ilustra este processo: Figura 3 - Funcionamento de uma célula fotovoltaica (Fonte: Eletrônica de potência, 2020) 16 2.2.1 Células fotovoltaicas Um sistema fotovoltaico é composto por um bloco de condicionamento e potência, bloco gerador e um bloco de armazenamento. O bloco gerador possuí os arranjos fotovoltaicos, constituídos por módulos em diferentes associações, o cabeamento elétrico que os interliga e a estrutura de suporte. O bloco de condicionamento de potência pode ter conversores c.c.-c.c., seguidor de ponto de potência máxima (SPPM) e inversores, controladores de carga (se houver armazenamento) e outros dispositivos para proteção. O bloco de armazenamento é constituído por baterias (PINHO; GALDINO, 2014; SILVA; ARAÚJO, 2022). Atualmente há diversos materiais adequados para a transformação fotovoltaica, sendo os mais conhecidos, o silício monocristalino, o silício policristalino e o silício amorfo, dos quais possuem diferenças entre eles. No entanto as células de maior uso atualmente são as de silício, que podem ser formadas e divididas segundo sua estrutura molecular, que são monocristalinos, policristalinos e silício amorfo (PEREIRA et al.,2006). Como o nome já diz, o silício cristalino apresenta uma estrutura molecular proporcionalmente espaçada, apresentando uma rede perfeitamente cíclica (cristal), e são subdivididos em monocristalino e policristalino (FIGURA 4). Já o silício amorfo,que tem utilização mais atual e é economicamente mais viável, não há proporcionalidade entre o espaçamento dos átomos, sendo algumas dessas imperfeições estabilizadas por átomos de hidrogênio, essas diferenças podem ser observadas na figura a seguir. É possível conceber células fotovoltaicas relativamente eficazes a partir de películas extremamente finas de silício amorfo hidrogenado. Há ainda a possibilidade de utilização de outros materiais, tais como arseneto de gálio, entre outros. Essas películas são colocadas em uma estrutura, de vidro ou metal, sendo mais baratas que pastilhas de silício. 17 Figura 4 - Diferença entre silício cristalino e amorfo. 2.2.1.1 Silício monocristalino Silício monocristalino são blocos de silício ultrapuro, aquecidos em altas temperaturas e submetidos a um processo de formação de cristal, o lingote é constituído de uma estrutura cristalina única e possui organização molecular homogênea, o que lhe oferece aspecto brilhante e uniforme (SILVA; ARAÚJO, 2022). Devido a estrutura de cristal perfeita, a sua produção é cara e complexa. Atingem um bom rendimento, em torno de 15%, podendo chegar em 18% em células feitas em laboratórios (CRESESB, 2006). A célula mais frequentemente utilizada como conversor direto de energia solar em energia elétrica é a de silício monocristalino. Esse processo se inicia com a retirada do cristal de dióxido de silício do ambiente, depois esse material passa por processos de desoxidação em fornos de grandes dimensões, depois é purificado e solidificado, com esse processo o grau de pureza alcançado oscila entre 98% e 99%, essa pureza é razoavelmente efetiva tendo em vista sua relação custo-benefício, sob o ponto de vista energético. Para a operação da célula fotovoltaica, o silício necessita de outros elementos para atuarem como semicondutores, que apresentam um grau de pureza elevado, chegando a 99,999% de pureza. (PINHO et al., 2008). O procedimento mais comum utilizado para alcançar as características requeridas é conhecido como “Processo Czochralski” pelo qual o silício passa por uma liquefação, onde é agregada ao elemento uma pequena porcentagem de dopante, normalmente o boro que é do tipo P. Desta parcela do cristal é retirado o material fundido em um cilindro de silício monocristalino levemente dopado, esse procedimento é realizo sob um rigoroso controle da temperatura do material. Este 18 cilindro apresenta grandes dimensões e é talhado em tamanhos de aproximadamente 300μm (MACEDO, 2006). 2.2.1.2 Silício policristalino Apesar do processo de fabricação das células de silício policristalino ser semelhante ao das de silício monocristalino, estas são mais baratas por exigirem menos controle durante o processo de fabricação. A diferença entre os dois tipos de silício está em no tamanho, morfologia e concentração de impurezas (MATAVELLI, 2013). Silício policristalino possui uma produção mais barata que as monocristalinas, devido ao seu processo de fabricação não ser tão controlado. Entretanto, a eficiência é menor quando comparado ao silício monocristalino. Isso acontece devido a diferença na pureza dos elementos (MACEDO, 2006). Sua fabricação pode ser realizada através do corte de um lingote, de fitas ou colocando um filme com substrato, tanto por transporte de vapor como por imersão. Quando e realizada essas duas últimas técnicas só é possível fabricar o silício policristalino. Cada técnica gera cristais com particularidades distintas, como teores de impurezas, dimensões e estrutura. A eficiência teórica máxima alcançada por essa técnica de conversão é de 27%, entretanto quando se considera produtos comerciais essa porcentagem é reduzida para 15 a 18% (PEREIRA et al., 2006). 2.2.1.3 Silício amorfo Possui um elevado grau de desordem em sua estrutura atômica, isso é o que o difere das demais estruturas. A utilização desse tipo de silício para a fabricação das células fotovoltaicas possui algumas vantagens, tanto nas propriedades elétricas quanto no processo de fabricação. Esse tipo de silício possui um baixo custo se comparado aos outros dois tipos citados acima. Suas desvantagens estão na baixa eficiência de conversão da energia luminosa, se comparado com as células mono e policristalinas (MATAVELLI, 2013). O emprego de silício amorfo para a aplicação nesse tipo de célula está associado a diversas vantagens tanto sob o ponto de visto elétrico quanto no método de produção. Esse tipo de material absorve a radiação solar na faixa do 19 visível e pode ser produzido a partir da colocação de diferentes tipos de substratos, o silício amorfo tem despontado como uma promissora tecnologia para sistemas fotovoltaicos de pequeno custo. Ainda que apresente um custo menor, o silício amorfo possui uma pequena eficiência de conversão quando comparada às células de mono e policristalinas. Além possuir uma maior desgaste de sua estrutura molecular, esse fato reduz a eficiência da célula durante sua vida útil (MACEDO, 2006). Seus pontos positivos são: metodologia de produção simples e de baixo custo; é possível produzir células de grandes dimensões; o consumo de energia na fabricação é pequeno. 3. SISTEMAS FOTOVOLTAICOS A geração de energia elétrica a partir de módulos fotovoltaicos divide- se em duas categorias: On-Grid (permanece conectado à rede pública de distribuição de energia elétrica) e Off-Grid (opera de forma autônoma e sem integração à rede pública, é totalmente autônomo). A escolha entre os dois modos é definida pela disponibilidade de uma rede de distribuição nas proximidades. Esta decisão impacta diretamente o custo geral (SANTOS, 1997). A produção de energia elétrica pelo método convencional é centralizada e longe do ponto de consumo, resultando em perdas, o que leva a uma elevação do preço de custo da distribuição e causa danos ao meio ambiente. Quando falamos em energia fotovoltaica, pensamos em energia sendo gerada próxima ao ponto de consumo, permitindo ainda uma melhor diversificação das tecnologias utilizadas para a produção de energia elétrica (RODRIGUES, 2002). No início, esses sistemas que conexão à rede elétrica foi concebida apenas para centrais fotovoltaicas, sistemas de grande porte, pois havia a crença de que esses sistemas resolveriam problemas específicos da rede tradicional. No entanto, de acordo com o avanço da eletrônica, foram concebidos sistemas de pequeno e médio porte, objetivando atender sistemas domésticos, que hoje correspondem a mais da metade do mercado fotovoltaico (ATHANASIA, 2000). A utilização de energia elétrica gerada a partir de fontes limpas, em pequena escala é considerada opção, em diversas fases por inúmeros países desenvolvidos, como Alemanha, Japão, Estados Unidos da América, Espanha etc. No Brasil a 20 inserção deste tipo de energia limpa ainda é carente, sendo necessárias abordagens mais aprofundadas sobre o assunto. (OLIVEIRA, 2002). Atualmente temos disponíveis duas classificações de geração fotovoltaica, a centralizada e a distribuída. 3.1 Geração Centralizada A geração centralizada solar fotovoltaica, composta por projetos de usinas de grande porte, assim como tantas outras aplicações da tecnologia solar fotovoltaica no Brasil, tem se consolidado cada vez mais como uma fonte renovável de geração de energia elétrica com alto valor agregado à sociedade brasileira. Segundo INPE (2017), as usinas de grande porte são instaladas em solo sobre estruturas metálicas inclinadas e fixas ou com seguimento da trajetória aparente do sol em um eixo. Elas estão sendo locadas, principalmente, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil. Outras regiões passarão a ser competitivas, na medida em que se saturarem as áreas e os sistemas de transmissão de energia ou, ainda, necessitarem de maiores investimentos para acomodar capacidadesinstaladas crescentes, assim como as regiões Sul e Sudeste, uma vez que possuem menores distâncias dos grandes centros; há grande concentração de carga do Sistema Interligado Nacional (SIN); não são necessárias novas linhas de transmissão, já que há maior disponibilidade de pontos de conexão à rede. Desta maneira, a geração fotovoltaica centralizada poderá se espalhar por todo país. (ALVES, 2019). A geração centralizada solar fotovoltaica é e deverá continuar sendo um dos principais pilares para o crescimento da fonte no país, com a participação do setor em leilões de energia elétrica organizados pelo governo federal, por meio dos quais já foram contratados os 2.000 MW que estão em operação no Brasil (ALVES, 2019). 21 3.2 Geração Distribuída Compreende-se por geração distribuída, a usina que se conecta diretamente à rede da distribuidora de energia, em que o consumidor pode injetar potência na rede (quando não está utilizando-a) ou, então, receber potência da rede quando houver a necessidade de consumir mais energia elétrica (ALVES, 2019). Segundo a Aneel (2018) os principais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico são: adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, baixo impacto ambiental, redução no carregamento das redes, minimização das perdas e a diversificação da matriz energética (ALVES, 2019). Os sistemas fotovoltaicos podem ser classificados em: sistemas isolados (Off- Grid) e sistemas integrados à rede (On-Grid ou Grid-Tie), é importante considerar que sistemas que não são integrados a rede possuem baterias que armazenam a energia gerada, não sendo necessário nos sistemas integrados pois nesses casos a energia produzida excedente pode ser transmitida para a rede e ser localizada em outros locais (CHUCO, 2007). 3.2.1 Sistema de geração On-Grid Os sistemas On-Grid (FIGURA 5), são sistemas conectados à rede elétrica, possuem um crescimento exponencial no mercado fotovoltaico em países desenvolvidos. São considerados uma fonte complementar ao sistema elétrico e empregados em locais já atendidos por energia elétrica. Esse sistema de energia solar fotovoltaico utiliza a luz do sol para gerar a energia elétrica. A rede da concessionária funciona como uma bateria que recebe todo excedente de energia gerado pelo sistema (ALVES, 2019). Este tipo de sistema utiliza a geração distribuída e pode ser classificado de acordo com a potência gerada. Em um sistema fotovoltaico de microgeração, geralmente, a unidade consumidora - local onde a microgeração ou minigeração distribuída se encontra instalada - está em residências ou em lotes próximos ao local de consumo da energia gerada por este tipo sistema (ALVES, 2019). 22 Os sistemas On-Grid, possuem características semelhantes ao do sistema Off-Grid, a diferença básica é que a energia elétrica proveniente das placas fotovoltaicas passa por um inversor Grid-Tie que realiza a conversão de corrente contínua em corrente alternada, sincronizando-a com a frequência da rede (60Hz) a partir de um oscilador interno e ao mesmo tempo limita a tensão de saída para que não seja maior do que a da rede, e, então, utiliza-se um relógio de luz bidirecional que medirá a energia da concessionária, utilizada em períodos que a energia fotovoltaica for insuficiente para atender a demanda, bem como a energia solar gerada em excesso pelo sistema, que será inserida na rede da concessionária distribuidora de energia elétrica (BRAGA, 2008). Os países desenvolvidos apresentam maior crescimento dos sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica e há grande potencial para que tais sistemas sejam aplicados em áreas urbanas ensolaradas em todo o mundo, uma vez que, se há um pico de demanda no período diurno, esses sistemas conseguem contribuir para a máxima capacidade de uma rede. E, além disso, quando a demanda por energia elétrica é maior no verão e – se comparado com o período de inverno - aumenta-se a possibilidade de a carga coincidir com a disponibilidade de recurso solar. (ALVES, 2019). Figura 5 - Sistema on-grid (Fonte: https://respostas.sebrae.com.br/energia-solar-qual-a-diferenca- entre-sistemas-on-grid-e-off-grid/) 23 A interligação de painéis fotovoltaicos pode ser realizada em qualquer edificação, sendo necessários apenas que apresentem orientação solar favorável, ou seja, que estejam voltadas para norte, leste ou oeste, tido como orientação ideal que as superfícies dos painéis fotovoltaicas estejam voltadas para o norte geográfico, no hemisfério sul, pois essa orientação possibilita uma maior captação da energia produzida pelo sol (PEREIRA, 2010). O sistema fotovoltaico apresenta um grande potencial para a utilização no design das fachadas os edifícios, podendo se tornar não apenas um elemento construtivo necessário para os edifícios, mas também para o meio ambiente. Suas utilizações em países desenvolvidos não ficam restritas apenas a edificações familiares, mas também para edifícios comerciais (ALVARENGA, 2001). A seguir, neste trabalho, apresentarei os principais componentes a serem considerados para este tipo de geração de energia. 3.2.2 Sistema de geração Off-Grid Os sistemas Off-Grid (FIGURA 6) possuem toda a energia gerada guardada em baterias, o que assegura que o sistema atenda a demanda mesmo em períodos em que a incidência solar seja insuficiente, funcionando da seguinte forma: o sistema capta a luz solar a partir das placas fotovoltaicas, produz energia elétrica a partir e corrente contínua, essa energia passa por um controlador de carga responsável pela proteção das baterias contra descargas profundas e excesso de carga, toda esta energia será armazenada em um banco de baterias e só então, passa por inversor de frequência que a converte de corrente contínua para corrente alternada e só então é utilizada para consumo (RIBEIRO, 2012). 24 Figura 6 - Sistema de geração Off-Grid (Fonte: https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba- mais/sistemas-de-energia-solar-fotovoltaica-e-seus-componentes 4. PRINCIPAIS COMPONENTES UTILIZADOS EM SISTEMAS FOTOVOLTAICOS Neste trabalho vamos abordar o método de instalação de geração distribuída, no sistema Off Grid, portanto, os materiais apresentados a seguir fazem parte principalmente deste tipo de geração. 4.1 Placas solares (módulo fotovoltaico) Nesse sistema, as placas solares são as que ficam na parte de cima dos telhados ou sobre o chão para receber toda a radiação solar. Cada placa possui outros elementos, como as células, que são responsáveis pela viabilidade da geração de energia. Placas solares ou módulos fotovoltaicos (FIGURA 7) é a unidade básica para o sistema de geração de energia elétrica. O módulo consiste em uma estrutura montada em um quadro de alumínio que é composto por células fotovoltaicas em paralelo e em série, cobertas geralmente por vidro ou plástico, para evitar das ações do tempo e possíveis impactos. As células fotovoltaicas podem ser agrupadas em 25 arranjos para compor uma fonte de energia de maior capacidade denominado painel solar. As células fotovoltaicas absorvem a radiação solar em uma faixa muito estreita do espectro da radiação. Fótons com energia superior à necessária (próximos à luz ultravioleta) (com frequência mais alta) concedem energia em excesso, que será transformada em calor. Fótons com energia inferior à necessária (próximos à luz infravermelha) (com frequência mais baixa), não concedem energia suficiente para a liberação dos elétrons, e essa energia é convertida em calor. E mesmo dentro da faixa aproveitável, apenas uma parte dos fótons têm a energia correta para o efeito fotovoltaico, e os fótons com mais energia contribuem com maior geração de calor. Com o calor, as células fotovoltaicas de silício cristalinoperdem eficiência, pois a tensão da célula cai e, a potência que essa pode gerar cai também. Na área da junção-PN há um gradiente elétrico que contribui para aumentar as perdas na conversão fotovoltaica. Durante a fabricação de um módulo fotovoltaico, a conexão das células fotovoltaicas em série também aumenta as perdas, pois a resistência entre as ligações é somada. Os fabricantes trabalham com técnicas de produção aprimoradas que visam diminuir as perdas individuais e coletivas das células, para assim alcançar a máxima eficiência. Atualmente no mercado há placas solares que possuem uma fina camada de vidro especial, que confere resistência mecânica e térmica, além de uma camada antiaderente que evita o acúmulo de sujeira, seguida de uma película de Fluoreto de Polivinila, o qual envolve e protege as células fotovoltaicas contra o envelhecimento causado por raios ultravioletas (UV) e a umidade (PEROZA, 2015). A incidência direta da radiação solar é muito importante para que as células fotovoltaicas apresentem a melhor eficiência na conversão da radiação solar em energia elétrica. Sendo assim, quanto mais luz direta o painel solar recebe, mais energia elétrica será gerada. Além dos telhados, a placa solar pode ser fixada no solo (como em áreas rurais, por exemplo) e até mesmo em coberturas de estacionamentos. A principal função desse equipamento é coletar fótons da luz solar que ao se colidirem com os átomos de silício, um semicondutor presente na composição das placas, gera um deslocamento de elétrons e assim, gerando uma corrente elétrica. https://www.infoescola.com/fisica/foton/ https://www.infoescola.com/fisica/foton/ 26 Figura 7 - Placas solares (Fonte: https://www.portalsolar.com.br/placa-solar-fotovoltaica-o-que-voce- precisa-saber) 4.2 Controladores de carga O controlador de carga (FIGURA 8) é um dos mais importantes componentes de um sistema de energia solar off grid. Ele é o equipamento responsável por preservar a vida útil das baterias estacionárias, protegendo-as dos efeitos da sobrecarga ou descarga abrupta. Também é responsável por tornar o armazenamento da energia excedente mais eficiente, diminuindo perdas energéticas. A função do regulador de carga, é a de proteger as baterias de serem sobrecarregadas, ou descarregadas profundamente, e assim garantir, que toda a energia produzida pelos painéis fotovoltaicos, seja armazenada com maior eficácia nas baterias. Os controladores de carga possuem uma série de dispositivos que informam permanentemente sobre o estado de carga do sistema e alertam o utilizador para que este possa adaptar a instalação às suas necessidades particulares, aumentando assim o tempo de vida útil das baterias. Esse componente também é responsável por tornar o armazenamento da energia excedente mais eficiente, diminuindo perdas energéticas. Além disso, o equipamento tem o propósito de compensar os diferentes fluxos de energia que ocorrem quando a bateria está sendo carregada e utilizada ao mesmo tempo – um processo chamado de suspensão. 27 O controlador também tem o papel de determinar quando a bateria está fraca, além de ser capaz de medir a temperatura e a pressão do sistema, evitando danos por superaquecimento e acidentes. O equipamento faz a intermediação entre os painéis solares e a bateria, gerenciando informações sobre o funcionamento e otimizando o processo de armazenamento da energia em sistemas autônomos. Existem dois principais tipos de controladores de carga, os paralelos e os em série. Enquanto os controladores paralelos derivam a corrente dos módulos para uma carga dissipativa, permitindo que o acumulador se mantenha em seu nível de carga máxima, os controladores em série interrompem a corrente que chega à bateria, dependendo da sua tensão. Os reguladores em série não dissipam calor e podem ser instalados em ambientes fechados e atender a diversas aplicações, incluindo as de maior porte. Já os controladores paralelos causam aquecimento e, por isso, têm sua capacidade de trabalho limitada, sendo ideais para instalações fotovoltaicas menores. Figura 8 - Controlador de carga (Fonte: Google imagens) 28 4.3 Baterias Como solução para momentos em que a energia solar não é gerada (período noturno ou em dias chuvosos), temos como alternativa a utilização de baterias (FIGURA 9). As baterias são ideais para sistemas Off-Grid, pois é necessária sua utilização para quando as placas solares não estão gerando energia, como por exemplo, à noite. Figura 9 - Baterias de chumbo-ácido para sistema fotovoltaico (Fonte: Google imagens) Para uma melhor utilização das baterias, segue abaixo algumas advertências e recomendações: Recomendável: Instalar sistema solar com baterias automotivas. Estas não foram projetadas para a descarga típica e contínua de corrente. As baterias automotivas têm uma curva de descarga diferenciada, sendo alta no início e com queda rápida depois. A 29 resistência na recarga também é mais alta e a vida útil fica comprometida numa aplicação solar; Nunca instale bateria em painel solar sem o controlador de carga, sob o risco de perda da bateria e perigo de explosão ou incêndio. Não recomendável: Na instalação, o uso de fusíveis, disjuntores ou diodos de proteção. Trabalhe com baterias de ciclo profundo, com sistema de vasos selados onde o vapor é recuperado e recirculado no acumulador; Sempre combine baterias da mesma marca e mesma capacidade. Atualmente temos como alternativa, três tipos de baterias que possuem características e custos diferenciados. A seguir, vamos ver algumas características destas baterias. 4.3.1 Bateria de chumbo-ácido Sendo a mais utilizada em sistemas fotovoltaicos, a bateria de chumbo-ácido é composta por dois eletrodos, um de chumbo esponjoso e outro de dióxido de chumbo em pó. Porém, ainda que operem no armazenamento de energia solar, seu alto custo não condiz com sua vida útil. 4.3.2 Bateria de íons de lítio Mais potente e com alta durabilidade, a bateria de íons de lítio é uma opção viável de como armazenar energia solar. Ela opera de modo reativo com uma grande quantidade de energia em baterias cada vez menores e leves, e não é preciso aguardar que ela descarregue totalmente para realizar a recarga, visto que não possui o conhecido “vício de bateria”. http://www.sunlab.com.br/Componentes_menu.htm 30 4.3.2 Bateria de níquel-cádmio Podendo ser recarregada diversas vezes, a bateria de níquel-cádmio também possui um valor muito elevado quando avaliamos a sua vida útil. Porém, ela ainda é bastante utilizada para o funcionamento de aparelhos como celulares e filmadoras, embora cumpra seu papel de armazenar energia fotovoltaica do mesmo modo. 4.4 Inversores de frequência Os inversores (FIGURA 10) são utilizados nos sistemas solares para converter a corrente contínua dos painéis e baterias em corrente alternada para alimentar as cargas. Possuem proteção contra sub e sobretensão, raios, inversão de polaridade das baterias e diversos tipos de sinalização audível (beep) e visual, além da proteção contra descarga total da bateria. A aplicação dos inversores em um sistema fotovoltaico está na necessidade de alimentação de equipamentos que trabalham em corrente alternada através da energia solar. Atualmente existem duas tecnologias características dos inversores relacionadas à qualidade de reprodução da senoide (corrente alternada):Pura: Inversores com essa característica podem ser utilizados para o suprimento de energia AC em qualquer sistema.Modificada: São inversores que geram uma forma de onda quadrática, tratada para se aproximar da senoide AC. Tem ótimo custo x benefício e permite ser aplicada na maioria dos consumos, exceto motores e equipamentos indutivos nãoretificados na entrada. O inversor é definido pela tensão de entrada e deve corresponder ao do sistema solar e pela tensão de saída, devendo ainda ser mono, bi ou trifásico. Caracterizam-se pela entrada de energia com tensões em 12, 24,48 ou 125 VDC e saídas de consumo em 110V ou 220 VAC A potência de um inversor deve superar a do maior consumo dos equipamentos, incluindo os picos. 31 Figura 10 - Inversores para sistema fotovoltaico (Fonte: https://www.portal-energia.com/como- escolher-o-melhor-inversor-para-o-sistema-solar-da-minha-casa/) 5. DESENVOLVIMENTO E CALCULOS DO SISTEMA 5.1 Grandezas consideráveis Os módulos fotovoltaicos geralmente são especificados pela potência de pico ( ), cujos parâmetros são obtidos considerando a Condição Padrão de Testes (STC - Standard Test Conditions), definida pela norma IEC 61215 (International Electrotechnical Commission). No entanto, determinados locais podem apresentar condições distintas das apresentadas. Por isto, é importante que outros parâmetros que caracterizam os módulos sejam observados na escolha dos equipamentos ideais, por exemplo: Tensão de Circuito Aberto ( ): É a máxima tensão do dispositivo sob condições determinadas de iluminação e temperatura, correspondentes a uma corrente igual a zero, ou seja, quando não existe carga conectada ao circuito; Watt de pico ( : É a máxima potência obtida em condições ideais; Watt hora ( : É a potência gerada ou consumida por hora; Ampere hora ( : É a corrente máxima obtida ou consumida em uma hora; Ampere de pico ( ): É a corrente máxima obtida em uma condição ideal; 32 Corrente de Curto-Circuito ( ): É a máxima corrente que o dispositivo poderá produzir, com uma tensão nula entre os terminais do módulo; Potência Máxima ( ): Para cada ponto da curva característica VxI, o produto da corrente pela tensão, definem a potência para aquela condição de operação. Corrente no Ponto de Máxima Potência ( ): É o único valor de corrente onde é obtida; Tensão no Ponto de Máxima Potência ( ): É o único valor de tensão onde é obtida; Fator de Preenchimento ou Fill Factor ( ): É o valor correspondente ao quociente entre e o produto de . Fornece uma ideia de qualidade do dispositivo fotovoltaico, sendo que este será melhor quanto maior for o fator de preenchimento; Eficiência ( ): É o quociente entre a potência que pode entregar a célula e a potência de radiação solar que incide sobre ela ( ) 5.2 Levantamento das cargas Inicialmente deve-se realizar o levantamento das cargas considerando todos os equipamentos elétricos que se pretende ligar ao sistema fotovoltaico. É necessário considerar também a quantidade de horas que cada equipamento será ligado por dia (24 horas). E também a multiplicação dos valores de consumo pelas suas horas de uso. Abaixo segue exemplo: ITEM QTD. DESCRIÇÃO DO CIRCUITO POTÊNCIA POR UNIDADE (W) POTÊNCIA TOTAL (W) HORAS DE FUNC. / DIA Wh / DIA 01 05 LÂMPADA LED 15W 15 75 4 300 02 07 LÂMPADA LED 5W 5 35 2 70 03 04 TOMADA DE USO GERAL 50 200 12 2400 04 01 GELADEIRA 320 320 24 7680 33 05 01 MICROONDAS 1000 1000 0,2 200 06 01 VENTILADOR 60 60 5 300 07 01 TELEVISÃO 60 60 5 300 TOTAL 1750 11250 Neste levantamento podemos verificar que a potência total ( ) é de 1750W, e a potência ( ) diário é em média 11250 . Com isso devemos considerar que o sistema fotovoltaico deverá gerar no mínimo 11250W por dia para suprir toda a demanda necessária. 5.3 Análise solarimétrico A próxima etapa no dimensionamento do sistema fotovoltaico é analisar o valor da média anual de quantidade de horas de insolação por dia ( ) o local onde a instalação será realizada possui. Neste caso, a cidade da instalação será São José do Rio Preto. Segue abaixo o mapa solarimétrico do Brasil com a indicação da insolação média na cidade de São José do Rio Preto, por exemplo: 34 Figura 11 - Mapa solarimétrico do Brasil, evidenciando a cidade de São José do Rio Preto-SP (Fonte: http://www.leb.esalq.usp.br/leb/atlasolar.html + Próprio autor) De acordo com o mapa podemos considerar que a cidade onde a instalação do sistema fotovoltaico será realizada possui insolação diária ( de 6 horas. Assim, a potência em Watt/pico do sistema será corresponde à necessidade de consumo, dividido pelas horas de insolação ( ). Temos: Assim temos que o valor ideal por hora a ser produzido pelo sistema fotovoltaico deverá ser de 1875Watts/hora. 35 5.4 Dimensionamento das placas (módulos) solares Conforme dados obtidos anteriormente, será necessário que o conjunto de placas (módulos) solares tenha capacidade para geram no mínimo 1875Watts/hora. Para atingirmos os valores ideias de energia gerada, faz-se necessário associar os painéis solares de maneira adequada. Devemos lembrar que não é recomendado misturar módulos solares com potências, tensões e correntes diferentes entre si em um mesmo arranjo. A associação entre as placas solares também é um fator muito importante, pois é esta associação que definirá a tensão e a corrente do conjunto. Em instalações off-grid, as placas solares serão responsáveis também pelo carregamento de baterias, e para isso sua característica de tensão deverá estar somente um pouco acima da tensão de recarga (12, 24, 36,48 V) e maior corrente, isso porque caso o sistema esteja com tensões muito altas, o controlador de cargas não permitirá a passagem para as baterias. Para o cálculo da perda, ou da potência real aproveitada do painel solar, considere a tensão de recarga da bateria (ex.: 14,5 ou 29,0 V) e a corrente gerada. A associação entre as placas solares deve resultar em um valor maior que a necessidade de consumo e a potência acima da necessária, será sua reserva. 5.4.1 Associação de placas solares Painéis solares geram eletricidade em corrente contínua e, portanto, fornecem energia polarizada, ou seja, um polo é positivo (+) e o outro polo é negativo (-). Em sua grande maioria, são fabricados para atender a uma tensão nominal de 12 ou 24 Volts, mas geram 17 ou 34 Volts quando ligados no sistema. Por isso, se faz necessário a utilização de controladores de carga. Na associação dos painéis solares, é possível a ligação em série e em paralelo das placas, e a diferença entre estas ligações obedece a lei de Ohm. 5.4.1.1 Ligação das placas solares em paralelo 36 A ligação em paralelo entre módulos individuais (utilizada tipicamente nos sistemas autónomos) é efetuada quando se pretende obter correntes mais elevadas e manter o nível de tensão estipulada do módulo. Se conectarmos um painel a outro em paralelo - (positivo com positivo e negativo com negativo), a cada painel adicionado, a tensão se mantém iguais e as correntes se somam. A figura abaixo representa esquematicamente a associação em paralelo de módulos fotovoltaicos: Figura 12 - Ligação de painéis fotovoltaicos em paralelo (Fonte: https://www.eduardoaquino.com.br/como-ligar-painel-solar-de-forma-facil/) Desta forma, obtêm-se intensidades de corrente mais elevadas, mantendo-se a tensão estipulada do módulo. Neste caso, é possível escreverem-se as seguintes relações: Para corrente: Para tensão: 37 5.4.1.2 Ligação das placas solares em série Os módulos fotovoltaicos ligados em série constituem aquilo que normalmente se designa por fileiras. É importante realçar que na associação de módulos fotovoltaicos devem ser utilizados módulos do mesmo tipo, de forma a minimizar as perdas de potência no sistema. Se conectarmos um painel a outro em série - (positivo de um painelcom o negativo do outro), a cada painel adicionado a corrente se mantém igual e as tensões se somam. Com estas propriedades, as associações nos permitem ter sistemas em tensões múltiplas: (Ex. 12+12= 24V , 24+24= 48V), e da mesma forma os múltiplos de corrente. A figura abaixo representa esquematicamente a associação em série de módulos fotovoltaicos. Figura 13 - Ligação de painéis fotovoltaicos em série (Fonte: https://www.eduardoaquino.com.br/como-ligar-painel-solar-de-forma-facil/) Com efeito, a associação em série de módulos fotovoltaicos permite obter tensões mais elevadas, mantendo a corrente estipulada do módulo. Para tensão: 38 Para corrente: 5.4.2 Instalação das placas solares O painel solar deve ser instalado na direção do Norte geográfico, para localidades que estão no hemisfério sul do nosso planeta. O local deve ser seguro, evitando o acesso de animais e pessoas. Evite instalar onde haja sombreamento, mesmo que durante parte do dia pois isso causa perdas de eficiência e até deterioração acentuada de células. Procure sempre instalar os painéis o mais próximo do consumo. Os conjuntos devem ser fixados em suportes adequados, sobretudo em telhados, lajes, postes e etc, evitando o risco de estresse dos materiais e danos com o decorrer do tempo. 5.4.3 Cálculo das placas solares Temos que o valor ideal por hora a ser produzido pelo sistema fotovoltaico deverá ser de 1875Watts/hora. Basicamente, podemos dizer que para este sistema, devemos considerar no mínimo 10 placas de 250W, porém antes de tomarmos esta decisão, devemos calcular as perdas e obtermos a potência real de cada painel solar. Para este caso, adotaremos como exemplo, placas solares da marca Yingli Solar, modelo YL250P 29b, de silício policristalino, com eficiência de 15,4%, com dimensões 1650x990x35 mm, com potência de 250W e corrente máxima de 8,39A. http://www.sunlab.com.br/Suportes_Painel_solar_Sunlab1.htm 39 Como as placas consideradas possuem eficiência de 15,4%, calculamos: Neste caso, considerando 10 placas de 211,5W, teremos: 5.5 Dimensionamento do controlador de cargas O controlador de carga é aplicado em sistemas com baterias. Comercialmente encontramos dois tipos de controladores, os PWM (Pulse Width Modulation) e os MPPT (Maximum Power Point Tracking). Os modelos PWM são menos eficientes e possuem custos menores, já os MPPT, possuem maior eficiência e são mais caros. Devem ser calculadas ambas as correntes (corrente dos painéis solares e a corrente a ser consumida) sendo selecionada a corrente mais elevada. O valor total de corrente é o consumo dividido pela tensão de trabalho do equipamento. A corrente do sistema será a soma das correntes máximas geradas pelos painéis solares. Obtenha o total, levando em consideração a associação dos painéis conectados. Para os painéis solares, deve basear-se na corrente discriminada na tabela de características do produto. Definimos o controlador pelo maior valor encontrado (painel ou consumo). O consumo diário representa 1875Wh, e a geração é de 2115Wh. Dividimos esse valor pela tensão do sistema (24V), e assim obtemos o valor de corrente que será necessário para escolha do controlador. http://www.sunlab.com.br/Componentes_menu.htm 40 Para este caso, consideraremos 1 controlador de carga MPPT, 100A, 24V, de fabricação Epever modelo 10415AN. 5.6 Dimensionamento das baterias Sistemas solares podem ser instalados com baterias automotivas comuns, porém estas não são recomendadas. Devemos considerar que a capacidade deve superar a corrente total dos painéis a serem conectados. Baterias ligadas em série somam suas tensões e mantém suas correntes. Baterias ligadas em paralelo mantém suas tensões e somam suas correntes. Para este caso adotaremos baterias fabricadas para descarga profunda, pois possuem melhor rendimento e podem trabalhar com até 90% de sua capacidade. Temos então, consumo diário de corrente x 3: Considerando um banco de baterias de 100Ah cada célula, temos: 264,3Ah 100Ah = 2,64 = 3 unidades O banco de baterias irá possuir 3 unidades de 100Ah cada uma. Lembrando que quanto maior for a quantidade e/ou a capacidade das baterias, maior será a autonomia do sistema. 5.7 Dimensionamento do inversor Para o correto dimensionamento deve-se utilizar a potência máxima da instalação e compará-la com a capacidade real do inversor (W x FP). O inversor deverá possuir capacidade superior ao consumo. 41 Potência total instalada = 1875W; Considerado inversor onda senoidal pura – off-grid – de fabricação Eveper mod. SHI3000-22, 3000W, E:24Vcc / S:220Vca. O inversor considerado possui potência contínua de 3000W, com eficiência de 93%, sendo assim, teremos 2790W efetivos. 5.8 Diagrama esquemático do sistema fotovoltaico desenvolvido 42 Figura 14 - Sistema fotovoltaico Off-grid (Fonte: Próprio autor) 43 CONCLUSÃO Neste trabalho pudemos observar que a procura por fontes renováveis de energia, principalmente a fotovoltaica é extremamente importante tanto para o crescimento tecnológico quanto para a o meio ambiente. As vantagens desse da geração fotovoltaica são a inexistência de partes móveis, rápida instalação, baixa manutenção, característica modular e elevado grau de confiabilidade, além de ser não poluente, silenciosa e renovável. Uma das vantagens para o aumento na implementação de sistemas fotovoltaicos no Brasil é que o país apresenta características extremamente favoráveis a este tipo de geração de energia devido a incidência e irradiação solar e pela sua alta produção de silício, material que é amplamente utilizado na fabricação das placas solares. O que é preciso superar, no entanto, é o nível tecnológico para realização de pesquisas a respeito do desenvolvimento deste tipo de tecnologia; o país ainda se encontra muito atrasado com relação à tecnologia dos países desenvolvidos. 44 REFERENCIAS ALVARENGA, C. A. Energia Solar. Lavras: UFLA / FAEPE, 2001. ALVES, M. O. L. Energia solar: Estudo da geração de energia elétrica através dos sistemas fotovoltaicos on-grid e off-grid. 2019. 75f. Monografia – Graduação em Engenharia Elétrica, Universidade Federal de Ouro Preto, João Monlevade, 2019. ATHANASIA, A. L. 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