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Tipo de estudo Classificação Características Vantagens Desvantagens Medida de associação Caso controle Observacional É retrospectivo. Dois grupos, um com pessoas que têm a doença e o outro com pessoas que não tem. Vou partir da doença para analisar a influência de possíveis fatores. Ex: um grupo de pessoas com câncer e outro não, verificar o número de pessoas que têm o desfecho e fumam e pessoas que não tem o desfecho e não fumam. Não é aleatório pois o grupo caso as pessoas tem que ter a doença. – Verificar antes, retrospectivo, grupo com ou sem a doença. Partir da doença Amostras pequenas (permite estudar doenças raras). Tempo curto Baixo custo Muito ético Dificuldade de determinar o momento de exposição ao fator Não são adequadas a exposições raras Falta de informações sobre as exposições. Razão de chance: associação entre a exposição e uma doença. Coorte Observacional Estudar os efeitos de uma exposição em uma doença Grupo exposto e grupo não exposto a uma potencial causa, acompanhados no tempo. Verificar se tem associação entre as variáveis e o desfecho. Ex: seleciono fumantes para Incidência e história natural de uma doença Avaliar desfechos múltiplos Exposições raras podem ser estudadas A exposição é medida antes do início da doença. Muito caro Demora muito Perda de indivíduos durante o seguimento (impossibilita o estudo de doenças raras) Mudanças no critério do diagnóstico podem atrapalhar. Risco relativo: medida do quanto o fator de exposição pode aumentar ou diminuir o risco de ter a doença. verificar se tem influência para ter câncer de pulmão. Não é aleatório pois o critério de exclusão é ter a doença Ensaio clínico randomizado Experimental Estudar os efeitos de uma intervenção. Dois grupos, um caso e um controle. Os grupos são aleatórios, e um sofre a intervenção e o outro placebo. Importante fazer o cegamento. Pouco influenciados por variáveis de confusão Padrão ouro para teste de vacinas e medicamentos Analisar a história natural da doença Detectar reações adversas. Muito caro Demora Grandes amostras Problemas éticos Generalização externa reduzida Pacientes podem não aderir ao tratamento. Risco relativo: probabilidade de um indivíduo do grupo exposto desenvolver a doença relativa a probabilidade de um indivíduo do grupo não-exposto desenvolver a mesma doença. Transversal Observacional A exposição e o desfecho são determinados simultaneamente. Prevalência da doença, indicada para doenças de longa duração. Estudo de prevalência, censo. Não é feito o delineamento, apenas o dado daquele momento. Tempo curto Sem seguimento de pessoas Objetivo Simples Facilidade para obter amostra representativa Não testa hipóteses de causa e efeito. Dificuldade de estabelecer a relação cronológica entre os eventos. Pacientes curados ou falecidos, viés de prevalência Viés de prevalência Não indicada para doenças raras. Razão de prevalência: probabilidade de eu selecionar um indivíduo aleatoriamente na população e ele apresentar a doença que estou estudando. Ecológico Observacional Usa dados sobre populações inteiras ou grupos de pessoas para comparar as frequências da doença ou outro efeito entre diferentes grupos durante um mesmo período de tempo ou na mesma Simplicidade Baixo custo e rapidez Fontes de dados previamente disponíveis Estudos demográficos e estatísticas vitais Avaliar efetividade de Dados de diferentes fontes gerando qualidade variável de informação. Dificuldade de controlar fatores de confusão população em diferentes pontos de tempo. Pego dados secundários Chamado de estudo correlacionado. intervenções em populações. Dificuldade na análise estatística porque a unidade de observação é o grupo. Sem acesso a dados individuais, apenas informações estatísticas HIPÓTESES ● É uma afirmação sobre um parâmetro populacional, sobre a média (quantitativa) de uma variável da população ou sobre uma proporção populacional (qualitativa) ● Teste de hipóteses: teoria que poderá ou não ser refutada ○ Hipótese nula: aquela a ser refutada, quando as coisas são iguais. ○ Hipótese alternativa: oposto da hipótese nula, a conclusão que será apoiada caso a hipótese nula seja rejeitada (depende do objetivo do estudo) TIPOS DE ERRO ● Erro tipo I: rejeitar a hipótese nula quando ela é verdadeira ● Erro tipo II: aceitar a hipótese nula quando ela é falsa. Aumentar o tamanho da amostra. ● O tipo I é mais grave. ● Teste de significância: valor pré-fixado para a probabilidade do erro tipo I - alfa: probabilidade de cometer o erro tipo I ● Tem significância quando o valor de P < alfa — rejeita a hipótese nula ● Quando P>alfa ou P = alfa não rejeita hipótese nula. VALIDADE EXTERNA E INTERNA ● Validade é quanto pode confiar no estudo, ausência de viés (erro sistemático) ● Erro aleatório: imprevisível, não pode ser eliminado ou corrigido, apenas reduzido → aumentando o tamanho da amostra ● Erro sistemático: previsível, não pode ser eliminado, apenas corrigido ou reduzido → erro na escolha do tipo do estudo, ferramente com defeito ou metodologia errada → iniciar estudo novamente ● Validade interna: resultados representam uma validade p/ a população estudada ● Validade externa: resultados na população podem estender para outras. VIES ● Erro sistemático no delineamento do estudo, condução ou análise. Resultados observados tendem a ser diferentes dos verdadeiros resultados. A validade está ligada ao vies ● Viés de seleção: relacionado com o delineamento do estudo. A melhor forma de evitá-lo é o sorteio (todos teriam a mesma chance). ● Viés de Berkson – tanto a exposição quanto a doença afetam a seleção. Estudos caso controle, hospitalizados ● Viés de auto seleção – efeito do trabalhador saudável ● Viés de publicidade – a pessoas vai por vontade própria participar do estudo ● Viés de perda de seguimento – presente nos estudos de coorte e de caso controle. O cegamento é uma alternativa para garantir que todos os grupos serão igualmente seguidos. ○ Uma pessoa pode querer não participar do estudo quando descobre em qual grupo faz parte. ● Viés de Neyman – viés de sobrevida relativa/incidência-prevalência (morte ou cura) ● Viés de informação: por ocorrer erros do entrevistador, fazendo uma classificação incorreta da exposição ou do efeito. ● Viés de informação não-diferencial: corrigido se aumentar a amostra. Aleatória sem relação com outras variáveis do estudo. ● Viés de informação diferencial: pode interferir ou controlar. Erro difere com outras variáveis do estudo. Pode levar o resultado para qualquer direção. ● Viés de memória: ocorre em estudos transversais ou de casos controle. Pessoas doentes recordam melhor a exposição anterior do que as pessoas sadias. ● Viés do entrevistador: o entrevistador coleta informações diferentes para doente e sadio ou para exposto e não exposto. Cegamento duplo. ● Viés do instrumento: instrumento de medida pode fornecer resultado inadequados para um subgrupo de pacientes. Viés de diagnóstico: características ligadas à exposição podem aumentar a probabilidade de que uma doença seja detectada
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