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1 1 ENGENHARIA DE EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS PROF. MSc. EDUARDO SANCHES FARIAS 2 2 SUPORTES E UNIÕES DE TUBULAÇÕES PROF. MSc. EDUARDO SANCHES FARIAS 3 APRESENTAÇÃO DA EMENTA Suportes e Uniões de Tubulações 4 3 EMENTA DO CURSO • INTRODUÇÃO; • LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE SUPORTES DE TUBULAÇÃO; • OS PRINCIPAIS TIPOS DE SUPORTES PRIMÁRIOS E SECUNDÁRIOS; • CLASSIFICAÇÃO DOS SUPORTES; • OS PRINCIPAIS TIPOS DE PADRÕES DE SUPORTES; • APRESENTAÇÃO DOS TIPOS DE SUPORTES DE MOLAS; • TIPOS DE UNIÕES EM TUBULAÇÕES; • TIPOS DE FLANGES, FACE, RANHURAS E JUNTAS; • TIPOS DE JUNTAS DE EXPANSÃO; • AS PRINCIPAIS DOCUMENTAÇÃO TÉCNICAS A SEREM UTILIZADAS; • INTERPRETAÇÃO DAS LISTAS DE SUPORTES; 5 INTRODUÇÃO Suporte de tubulação são dispositivos utilizados para sustentar o peso das tubulações, assim como também os esforços exercidos pelos próprios tubos, permitindo um direcionamento ou funcionando como limitador de movimentos térmicos, transportando estes esforços exercidos diretamente ao solo ou a uma estrutura. Utilizado para conexão entre o tubo e à estrutura de sustentação com uma vasta gama de modelos e tamanhos adaptando-se a quase todas as aplicações de sustentação de tubulações com diâmetros variados de acordo com cada projeto. 6 4 INTRODUÇÃO 7 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE SUPORTAÇÃO As plantas destinadas a representar os padrões e tipos de suportes são uma extensão da própria planta de tubulação que por meio de símbolos e identificações, utilizando-se de letras e números que representam o posicionamento e o tipo de dispositivo a ser instalado, esse é mensurado e detalhado pela lista de suporte. Essa lista determina a identificação da linha, a quantidade e o tipo de suporte, assim como essas características e utilizando-se do caderno de suporte é possível definirmos os detalhes construtivos do dispositivo a ser construído como: tipo do material, pontos de soldas, posicionamento do suporte, detalhes construtivos e se esse suporte trabalha em conjunto com outros tipos de suportes que são fundamentais na suportação efetiva da tubulação, definido pelo projeto em alguns casos pelo analise de flexibilidade, isso dependendo das condições operacionais de cada conjunto de linhas (tipo de produto). 8 5 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE SUPORTAÇÃO As empresas de engenharia utilizam-se de codificações para identificação dos suportes de tubulações em plantas e variam de acordo com seus critérios e normas. Baseando-se nessa premissa iremos apresentar um dos inúmeros critérios adotados: XX - YZ - L - M - N Onde: XX - letras representativas da classe do suporte, conforme padronização de cada empresa; Y - número sequencial representativo do tipo de suporte para uma dada classe; Z - letra de uso opcional, indica que o suporte tem pequenas alterações dentro do mesmo tipo; L, M, N - indicação das dimensões do suporte, quando aplicáveis. 9 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PLANTAS DE SUPORTAÇÃO Exemplificando o entendimento para criação de padronização de suportes. SP-01 – Representada pela cor amarela; L= 100 mm ; C= 400 mm GI-01 – Representada pela cor vermelha; L= 50 mm ; C= 30 mm BR-01 – Representada pela cor amarela; L= 100 mm ; C= 400 mm GI-01 – Representada pela cor vermelha; L= 50 mm ; C= 30 mm SP = Sapata GI = Guia BR = Berço GI = Guia 10 6 INTERPRETAÇÃO DE SUPORTAÇÃO A leitura dos projetos seguem um padrão técnico de acordo com cada engenharia, mas o básico é fundamentado em plantas, isométricos e detalhes específicos. 11 SUPORTES EM GERAL A representação das linhas em forma de isométrico determina a localização de todos os pontos de suportação das tubulações, bem como os dispositivos de restrições de movimentos, que deve ser sempre estudado em simultaneidade com a análise de flexibilidade do sistema. 12 7 SUPORTES PRIMÁRIOS SUPORTES TIPO BERÇOSUPORTES TIPO SAPATA SUPORTES TIPO SELA São elementos ligados diretamente às tubulações com a função de evitar o contato direto entre a parede do tubo pressurizado e a estrutura que receberá a carga proveniente deste segmento de tubulação, bem como as condições severas de atrito e desgaste das linhas. sela 13 SUPORTES SECUNDÁRIOS SUPORTES TIPO MUNHÃO SUPORTES MÃO FRANCESA Os suportes definidos como secundários, diferentemente dos primários, não entram em contato direto com o tubo suportado, ou seja, são estruturas metálicas auxiliares, normalmente compostas por perfis comerciais. SUPORTE PRIMÁRIO SUPORTE SECUNDÁRIO SUPORTES MUNHÃO14 8 CLASSIFICAÇÃO DOS SUPORTES Esses tipos de suportes são classificação em três grupos de atuação que determinam a relação do seu proposito de atuação em relação as cargas a serem sustentadas. Destinados a sustentar as cargas • Fixos; • Semimóveis; • Móveis Suporte de mola Suporte de contrapeso 15 CLASSIFICAÇÃO DOS SUPORTES Esses tipos de suportes são classificação em quatro grupos de atuação que determinam a relação do seu proposito de atuação em relação aos movimentos das tubulações. Destinados a limitar os movimentos dos tubos Ancoragens - Dispositivos de fixação total; Guias - Dispositivos que permitem movimento em apenas uma direção; Batentes - Dispositivos que impedem o movimento em um sentido; Contraventos - Dispositivos que impedem os movimentos laterais. 16 9 TIPOS DE ANCORAGENS As ancoragens são empregadas principalmente em linhas de direção geral retilínea e de grande extensão e devem ser subdivididas em trechos parciais, por meio de ancoragens, cujo objetivo é evitar a dilatação de elevada amplitude e a transmissão de movimentos e esforços. São suportes que limitam os movimentos das tubulações. PONTO DE ANCORAGEM POR MEIO DE PARAFUSOS PONTO DE SOLDA BERÇO PONTO DE SOLDA SAPATA COM REFORÇO SOLDA DE ANCORAGEM 17 TIPOS DE GUIAS As guias são restrições que permitem apenas o movimento longitudinal ou transversal das tubulações, ou uma determinada composição dos movimentos. GUIA HORIZONTAL GUIA TRANSVERSAL GUIAS PARA TUBOS NÃO ISOLADOS PARA TUBOS ISOLADOS GUIAS VERTICAIS 18 10 TIPOS DE BATENTES São dispositivos que permitem o movimento das tubulações em apenas uma das direções longitudinais, também são empregados preferencialmente junto com as ancoragens, que tem como objetivo principal, absorver o empuxo de reações de abertura de válvulas de segurança (PSV). SUPORTE TIPO BATENTE SUPORTE TIPO BATENTE PARA TUBO ISOLADO SUPORTE TIPO BATENTE PERFIL SOLDADO TUBO C/ ISOLAMENTO BATENTE 19 TIPOS DE CONTRAVENTAMENTOS São dispositivos usados para impedir o movimento lateral em tubos suportados por pendurais (vergalhões de aço) e que são fixados em vigas ou estruturas de concretos, esses dispositivos tem sua aplicabilidade normalmente em galpões ou estruturas fechadas e que a possibilidade de acesso é limitada. 20 11 SUPORTES ESPECIAIS Suportes especiais são definidos pela sua complexidade e diferentes formas (perfil metálico) a serem utilizados no projeto conceitual, essa condição diferenciada obriga a necessidade de um detalhamento mais minucioso para sua construção. Corte “A-A” Suporte Especial Tubo Esforço de compressão Perfil Metálico Não soldar chapa 21 CLASSIFICAÇÃO DOS SUPORTES Os suportes são classificados com o proposito de absorver qualquer tipo de esforço. Eles são divididos em fixos, semimóveis e móveis. As cargas que atuam nos suportes são: 1 - Peso • Dos tubos, válvulas, acessórios e conexões; • Dos fluidos contidos; • Dos isolamentos térmicos; • Sobrecargas diversas. 2 - Força de atrito consequente dos movimentos do tubo; 3 - Cargas devido a ações dinâmicas diversas (golpe de aríete, vibrações, ação do vento, entre outros.) 4 - Forças consequentes das dilatações térmica. 22 12 SUPORTES FIXOS Chamam-se de fixos, os suportes que não se deslocam verticalmente, não possibilitando assim que a tubulações não tenham esses tipos de movimentos. São os mais comuns de todos os tipos de dispositivos de apoio. Esses dispositivosdiretos (denominados dormentes), e os simples, são destinados as tubulações situadas a uma altura mediana e que transmitem suas cargas diretamente ao solo ou algum piso especifico. SUPORTES FIXOS O suporte representado pela figura (c), resume-se em uma mureta de concreto, que contém um perfil metálico inserido na parte superior, que constitui a superfície de apoio dos tubos, denominado assim como dormente do tipo simples metálico, e a figura (d) ilustra um suporte de viga soldada na curva de uma tubulação denominada munhão (trunion). (c) (d) 24 13 SUPORTES FIXOS O suporte representado pela figura (e), configura um perfil soldado na curva de um tubo denominada como pedestal, logo a figura (f) ilustra um quadro de perfil soldado em uma viga existente. E a figura (g) é a representação do suporte tipo mão francesa soldada em uma viga existente. (e) SUPORTE TIPO PEDESTAL (f) SUPORTE TIPO QUADRO (g) SUPORTE MÃO FRANCESA Tubo vertical Perfil soldado Viga concreto existente Grampo “U” Perfil soldado Viga metálica existente Viga existente 25 SUPORTES FIXOS As estruturas do tipo pórticos são interligadas por vigas longitudinais, paralelas aos tubos, com as seguintes finalidades: ➢ Absorver os esforços axiais das tubulações (reações de atrito e de dilatação); ➢ Suportar tubulações na direção perpendicular às tubulações principais; ➢ Suportar os suportes transversais intermediários para as tubulações de diâmetros inferiores a 2”. ➢ Reforçar as estruturas existentes e propiciar melhor estabilidade estrutural. 26 14 SUPORTES FIXOS Os pórticos representam uma estrutura de vigas projetadas para apoiar um conjunto de tubulações que estão acomodadas em varios níveis de elevações e diferentes traçados. Em alguns casos é necessario a utilização de fundações robustas para sustentar as cargas a serem suportadas. Um conjunto de porticos pode formar um pipe- rack. 27 SUPORTES FIXOS ELEVADOS Os suportes fixos elevados são caracterizados quando as tubuções de interligação forem de diâmetros relativamentes médios e ou em quantidades reduzidas, pode-se utilizar suportes elevados com treliças metálicas fixadas por estruturas de concreto (pipe-rack) ou tubulações em trincheiras (pipe-way). PIPE -RACK PIPE -WAY 28 15 SUPORTES SEMIMÓVEIS Os suportes semimóveis conhecidos também como pendurais, são empregados em tubulações relativamente leves, situados dentro de prédios, galpões ou fixados em lages, estruturas metálicas, que necessitam de ajustes em locais de difícil acesso. 29 SUPORTES SEMIMÓVEIS Os suportes de sustentação semimóveis são aplicados em tubos verticais, para qualquer que seja seu diâmetro, peso ou comprimento, basta um único suporte instalado em sua extremidade superior para manter uma parte da sua mobilidade. Segue alguns exemplos dos principais dispositivos de suportação. Suporte tipo trunion Suporte tipo grampo “U” Suporte fixo c/ furo oblongo Suporte fixo c/ braçadeira 30 16 SUPORTES MÓVEIS O desenho esquemático que representa os dispositivos de absorvição do tipo suporte móveis, que admitem movimentos verticais sem deixar de sustentar o peso da tubulação, permitindo assim que a linha trabalhe em algumas direções. Essas tubulações são representadas na ilustração pelas tubulações tracejadas que se movimentam em função da dilatação ou dos equipamentos. 31 SUPORTES MÓVEIS Os tipos de suportes podem ser destacados pelas seguintes condições: • Suporte de mola simples ou de carga variável; • Suporte de mola de carga constante; • Suportes de contrapeso. Carga variável Os suportes de mola de carga variável (spring-hangers) são dispositivos de suportação móvel de uso mais frequente, consistem em uma mola helicoidal de aço, geralmente dentro de um compartimento de material similar, permitindo assim que a carga (peso) dessa tubulação seja suportada diretamente sobre a mola, fazendo com que a mesma seja comprimida. 17 SUPORTES MÓVEIS Suporte de molas carga simples ou variavél - A força para comprimir a mola aumenta à medida que aumenta o seu deslocamento. Cabe salientar que existe sempre uma possibilidade de transmissão de carga para os suportes vizinhos. Perfil c/ olhal soldado Suporte de mola mola Prato roscado Furo de fixação Caixa de aço 33 SUPORTES MÓVEIS Carga constante – Os suportes de carga constante são dispositivos que utilizam-se de mola em aço, onde o peso da tubulação se acomoda diretamente sobre a mola. Agindo por meios de alavancas e articulações colocadas de maneira figurada na representação de um braço de alavanca, que atua sobre a mola, aumentando a carga na medida que a compressão também se eleva, exigindo assim um esforço maior para comprimir a mola. Aplicações: É comumente utilizados em grandes deslocamentos que variam entre 150 mm aproximadamente; Quando as cargas a serem suportadas forem elevadas; Quando a instalação do suporte de carga variável resultar em uma variação de carga superior for a 12%. 34 18 SUPORTES MÓVEIS Os suportes de carga constante tem um custo elevado em comparação ao de carga variável, esse é um dos motivos significativos de uso mais restrito. O emprego de suportes de mola de cargas constante é principalmente baseado nas variações das cargas suportadas e/ou em quando os esforços provenientes dessa variação forem incompatíveis com os limites de carga sobre os suportes, bocais de equipamentos e outros fatores fundamentais oriundos do processo/projeto. 35 SUPORTES MÓVEIS Os principais tipos de suportes de mola utilizados em tubulações de diferentes maneiras, cujo objetivo principal é absorver as cargas constantes. Podendo ser utilizado em diferços fatores e posições, tanto na horizontal como na vertical ou em mudanças de direção da linha. Suporte de molaSuporte de mola Suporte de mola (tip.) Olhal soldado Olhal soldado Tirante (tip.) 36 19 SUPORTES MÓVEIS Outros tipos de suportes de mola utilizados em tubulações horizontais e verticais, que obsorvem cargas constantes, também são exemplicados e utilizados comumentemente em áreas industriais. Suporte de mola Perfil metálico Suporte de mola Perfil metálico Suporte de mola (tip.) Tirante (tip.) 37 SUPORTES MÓVEIS Os suportes com contrapeso são comumente usados quando se existe uma carga elevada simultaneamente, composta com amplos deslocamentos. Essa disposição aumenta a carga na estrutura criando limitações na sistema operacional, tendendo a possibilidades de vibrações e reduzindo o espaço físico na disposição das tubulações. 38 20 TIPOS DE LIGAÇÕES Os principais meios de ligações em tubulações estão relacionados as principais condições diretamente ligadas as seguintes seleções: ▪ Material da tubulação; ▪ Diâmetro da tubulação; ▪ Finalidade da ligação; ▪ Custo; ▪ Grau de segurança; ▪ Pressão e temperatura; ▪ Fluido contido; ▪ Necessidade ou não de desmontagem; ▪ Existência de revestimento interno. 39 TIPOS DE LIGAÇÕES Associando de forma básica, a partir do serviço, juntamente com o diâmetro e o tipo de ligação, podemos definir os meios de ligações. Serviços de “baixa” responsabilidade, que não tem severidade. Diâmetro nominal Tipo de ligação DN até 4 pol. Rosqueada com luva ou uniões DN 6 pol. e maiores Solda de topo / Ligação Flangeada Serviços severo. Diâmetro nominal Tipo de ligação DN até 1 ½ pol. Solda de encaixe com luva ou uniões DN 2 pol. e maiores Solda de topo / Ligação Flangeada 40 21 LIGAÇÕES ROSCADAS Uniões ou ligações roscada, consistem numa rosca exterior cónica, unida a uma rosca interior cilíndrica, que são aplicáveis nas situações onde a estanqueidade à pressão é efetuada diretamente na rosca, proporciona um custo reduzido em comparação com as demais ligações, apresenta rapidez e eficiência em sua instalação. 41 LIGAÇÕES ROSCADAS Os principais fatores que interferem na definição no meio de ligações roscadas: • Utilizadas comumente em ligaçãode tubos galvanizados; • Raramente empregada em aço inox e não ferrosos; • Para auxiliar a vedação utilizam-se fitas ou colas adesivas aplicadas sobre as roscas de vedação; • Rosqueamento reduz as paredes das tubulações, logo há necessidade de utilização de espessuras robustas (schedule); • Principais normas ASME B1.20.1 e API 5B; • Em alguns casos especiais são realizadas soldas de vedação nas roscas dos tubos (fluidos tóxicos ou inflamáveis). 42 22 LIGAÇÕES FLANGEADAS As ligações flangeadas são componentes formado por um disco de metal que exerce uma força entre uma conexão por meio de parafusos. São compostas por uma par de flanges, um jogo de parafusos ou estojos com porcas e uma junta. São usadas, principalmente, para tubos de aço de qualquer classe pressão e temperatura. Essas conexões colaboram da seguinte forma: ➢ Facilidade na desmontagem; ➢ Aplicação em dois casos específicos; ➢ Ligação de tubos às válvulas, equipamentos e instrumentos; ➢ Ligação entre tubos que possuam revestimento interno ou com fluidos que demandem limpeza interna regular. 43 LIGAÇÕES FLANGEADAS Os tipos de ligações flangeadas são representados pelas seguintes condições: Tipos de flanges para tubulações conforme - ASME B-16.5 Integral – Fabricados em aço, ferro fundido, plásticos ou fibra, sua aplicação normalmente é direcionada a bocais de equipamentos devido sua elevada resistência, sua fabricação e restrita. Pescoço – “Welding-neck” – Fabricados em diversos tipo de aço, plásticos ou fibra, porém maior aplicabilidade está voltada para serviços com elevadas temperaturas e pressões, tolerâncias reduzidas e custo elevado. 44 23 LIGAÇÕES FLANGEADAS Sobreposto “Slip-on” – Fabricado para aplicação em serviços de “baixa” responsabilidade, custo reduzido, apresenta algumas facilidades na montagem, não é permitido a utilização em serviços com hidrogênio. Sua ligação necessita de duas soldas. Roscado “Screwed” – Fabricado em metais não soldáveis (galvanizados, ferro fundido e alguns tipos de plásticos). Podendo ser aplicado soldas de vedação. Seu maior problema e a propensão a vazamentos. Encaixe e solda “Socket-weld” – Fabricados para atender a diâmetros inferiores a 2” cujo objetivo principal é facilitar a montagem das tubulações. 45 LIGAÇÕES FLANGEADAS Solto ou louco “Lap-joint” – Fabricado com o objetivo para que não haja contato com o fluido da tubulação com ou sem revestimento interno. Esse tipo de conexão apresenta um custo elevado. Cego – Fabricado com o objetivo de bloquear ou impedir a continuidade das tubulações ou produto. Flange de redução – São indicados onde se deseja uma redução diretamente no flange, sem uso de conexões de redução na tubulação. Esse tipo de flange é pouco usual. 46 24 LIGAÇÕES FLANGEADAS Flange de Orifício – São flanges especiais utilizados para instalação de instrumentos de medição de vazão. Esses instrumentos são instalados entre flanges. Os flanges de orifício são montados aos pares com furos direcionados em seu corpo. Para a sua instalação é necessário a utilização de gráficos de distanciamento mínimo no tubo a ser montado, antes e depois dos flanges. DETALHE DO FLANGE LINHA DE FLUXO PLACA DE ORIFÍCIO FLANGES DE ORIFÍCIOS IMPORTÂNCIA 47 TIPOS DE FACE DOS FLANGES As faces dos flanges é um dos detalhes extremamente importante, pois é a forma da garantia de estanqueidade do produto em um ponto crítico da linha. Flange de face com ressalto “Raised face” – RF – Esse tipo de ressalto é um dos mais comum, apresenta em média de 2 a 7mm e sua superfície depende do tipo de junta ou serviço, podendo ser lisa ou ranhurada. Flange de face plana “ Flat face” – FF - Utilizado em materiais de ferro fundido e outros tipos de materiais frágeis. Pode ser fabricado com a superfície ranhurada ou lisa. 48 25 TIPOS DE FACE DOS FLANGES Flange para junta de anel “Ring type joint” – RTJ – Essa disposição tem como objetivo atender serviços severos com elevadas temperaturas e pressão, garantindo uma vedação eficaz. A dureza do anel da junta é controlada. Flange com face macho e fêmea - Tem como objetivo atender a serviços especiais como por exemplo, fluidos corrosivos. 49 TIPOS DE FACE DOS FLANGES Flange de face com virola – Esse tipo de disposição aplica-se somente em flanges do tipo solto (louco), seu acabamento é em forma de virola podendo ser lisa ou ranhurada. Este tipo de flange não é fixo à tubulação, podendo deslizar livremente no tubo, onde seu ponto limitador está na extremidade do tubo que é soldado uma peça denominada de pestana (stub-end). pestana Cada tipo de flange é destinado a uma condição, e com as suas particularidades especificadas (face, tipo e formato) pelo projeto, fundamentada em normas de fabricação e montagem, em função do produto. 50 26 ACABAMENTO DAS FACES DOS FLANGES O acabamento da face dos flanges podem ser com ranhuras ou liso. Quando se empregam flanges de face com acabamento ranhurado deve-se usar juntas de amassamento para vedação e quando se utilizarem flanges com face lisa deve-se usar juntas do tipo reação. Conforme norma ASME B16.5, MSS-SP. 4 3 2 1 51 JUNTAS PARA FLANGES As juntas para flanges são componentes flexíveis, que se alojam e se deformam entre as faces dos flanges, eliminando as frestas e garantindo a vedação. Existem inúmeros tipos de materiais que atendem as necessidades das varias condições de operação. Quando maior for a resistência da junta, maior serão as pressões as quais poderão ser submetidas. Os fatores de escolha das juntas estão relacionados a pressão na qual ela deverá ser submetida inicialmente, para que as superfícies se acomodem, de modo a garantir a vedação. Essa condição está firmada conforme o ASME SECTION VIII Divisão 1, Apêndice 2. 52 27 JUNTAS PARA FLANGES Juntas do tipo borracha natural – ASME B16.21 – São juntas para flanges de face plana, em serviços de ar comprimido e água a baixa temperatura. Atendem todas a face de flanges e podem ter diversos graus de dureza, sendo o normal 25 pontos shore. Juntas do tipo papelão hidráulico – ASME B16.21 - São fabricadas em papelões hidráulicos, PTFE puro e expandido, Envelopes/PTFE, grafite liso ou perfurado, borrachas, cortiças, feltros, nylon, tecidos, celeron e entre outros materiais. Juntas do tipo anel RTJ – Essas juntas tem uma vedação que é obtida através de contato metal-metal entre a junta maciça metálica e a ranhura do flange de face anel. Os anéis podem ser de perfil octogonal ou oval. O material da junta pode ser de inúmeros materiais dependendo da necessidade do processo. 53 JUNTAS PARA FLANGES Juntas espiral ou espiralada – ASME B16.20 – Sua vedação é obtida com uma fita metálica, com perfil em “V” e enrolada, com um material flexível no meio, como grafite flexível ou teflon. Esta fita deve ser compatível com o fluido transportado e geralmente são de aço inox 304, mas pode ser 321, 347 ou materiais mais nobres. A espiral está contida num anel metálico externo (geralmente em aço carbono) que confere a resistência mecânica. Opcionalmente pode possuir um anel interno, que confere a resistência mecânica ou barreira química. Essas juntas são utilizadas em flanges de face com ressalto. 54 28 CONEXÕES DE PONTA E BOLSA As ligações denominadas ponta e bolsa são utilizadas a muito tempo, sua classificação é destinada a aplicação dos seguintes tipos de tubos: Tubos de ferro fundido, ferros-ligados para água, esgotos, líquidos corrosivos e gases, pode-se também ser encontrados em barro vidrado, cimento-amianto e em alguns tipos plásticos. A ligação ponta e bolsa é representada por um anel retentor que une a “Ponta” e a “Bolsa”. PONTA BOLSA JUNTA 55 JUNTAS DE EXPANSÃO . São dispositivos que foram projetados para absorver total ou parcialmente as dilatações, vibrações, movimentos axiais, laterais, angulares e também para equipamentos que trabalham em condições variadas de pressão e temperatura, oriundas do processoindustrial. Os principais movimentos são: ❑ Axiais ❑ Laterais ❑ AngularesPara Movimento Axial Movimento Axial 56 29 JUNTAS DE EXPANSÃO . Junta Axial - Limitado a compressão e distensão – Junta Telescópica. Para diâmetros até 24”, com curso de até 300 mm e serviços não severos. Movimento axial - representativo 57 JUNTAS DE EXPANSÃO Junta de fole ou sanfonada - Absorve movimentos axiais, angulares e laterais, são desprovidas de gaxetas, com custo reduzido de manutenção. Atende a serviços severos em geral, podendo ser simples, com anéis de equalização ou com articulações. JUNTA DE BORRACHA JUNTA DE FOLE FLANGEADA JUNTA DE FOLE SOLDA DE TOPO JUNTA DE FOLE DE EXPANSÃO EQUILIBRADA 58 30 JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas que permite movimentos laterais, utilizadas em tubulações para absorverem e mitigarem efeitos indesejáveis que possam ser transmitidos aos equipamentos que fazem parte do sistema operacional. Para evitar esse efeito, deve-se buscar um arranjo de tubulações favorável para minimizar ou eliminar esta consequência juntamente com a utilização desses dispositivos auxiliares. Movimento lateral Movimento lateral 59 JUNTAS DE EXPANSÃO Juntas que permite movimentos angulares, proveniente de saída ou chegada de equipamentos. Esse dispositivo pode dispor de um ou mais elementos flexíveis, capazes de absorver as dilatações térmicas do sistema de tubulações e ao mesmo tempo em que contém a pressão interna ou externa do sistema. Movimento angular 60 31 LISTA DE SUPORTES 61 PADRÃO DE SUPORTES 62 32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Bibliografia Básica: TELES, P. C. S.; Tubulações Industriais – Cálculo – 9ª Edição – Editora LTC – 2007. ASME B31.3 – American Society of Mechanical Engineers – Process Piping – 2018. ASME B31.1 – American Society of Mechanical Engineers – Process Piping – 2018. Norma Petrobras – N-57 - CONTEC – Comissão de Normalização Técnica – Projeto de Tubulações Industriais – 2017. Bibliografia Complementar: ABNT – NBR 15280-1 – Associação Brasileira de Normas Técnicas - Dutos Terrestres Parte 1 – Projeto - 2017 ABNT – NBR 12712 – Associação Brasileira de Normas Técnicas - Projeto de Sistemas de Transmissão e Distribuição de Gás Comprimido – 2002 63 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Representacao-de-fluximetro-do-tipo-Placa-de-Orificio-Fonte- Ribeiro-1997_fig1_334960903 http://www.spiroflex.hr/restrained-expansion-joints https://www.sacome.com/en/double-hinged-metal-expansion-joint/ https://www.directindustry.com/prod/spiroflex-doo/product-160709-1728508.html https://www.hks-kompensatoren.de/en/expansion-joints/metal-expansion-joints/corrugated-tube-expansion- joints/lateral-expansion-joints.html file:///C:/Users/nd24779/Downloads/Cat%C3%A1logo%20[SUPORTE%20DE%20TUBULA%C3%87%C3%95ES]- 461.pdf http://www.superamecanica.com.br/abracadeiras-simples/abracadeira-com-suporte-pendural http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=103 http://www.fiorrepresentacoes.com.br/suporte-para-tubulacoes/ http://www.assetecproject.com.br/servicos-suportes-de-molas/#images-1 https://www.sgpam.com.br/construcao-civil/construcao-civil/produtos/extremidade-com-bolsas-e-flange http://pipefitting.com.pt/2g-orifice-flange.html 64 https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Representacao-de-fluximetro-do-tipo-Placa-de-Orificio-Fonte-Ribeiro-1997_fig1_334960903 http://www.spiroflex.hr/restrained-expansion-joints https://www.sacome.com/en/double-hinged-metal-expansion-joint/ https://www.directindustry.com/prod/spiroflex-doo/product-160709-1728508.html https://www.hks-kompensatoren.de/en/expansion-joints/metal-expansion-joints/corrugated-tube-expansion-joints/lateral-expansion-joints.html file:///C:/Users/nd24779/Downloads/Catálogo [SUPORTE DE TUBULAÃ�Ã�ES]-461.pdf http://www.superamecanica.com.br/abracadeiras-simples/abracadeira-com-suporte-pendural http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=27&Cod=103 http://www.fiorrepresentacoes.com.br/suporte-para-tubulacoes/ http://www.assetecproject.com.br/servicos-suportes-de-molas/#images-1 https://www.sgpam.com.br/construcao-civil/construcao-civil/produtos/extremidade-com-bolsas-e-flange http://pipefitting.com.pt/2g-orifice-flange.html 33 FIM 65
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