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PRÉ-MODERNISMO CONTEXTO HISTÓRICO Surgiu no início do século XX, período chamado de “República Velha” ou “República do café com leite”, no qual o Brasil iniciava sua industrialização e urbanização, sobretudo em São Paulo. Com isso veio o êxodo rural, problemas de infraestrutura nas cidades e as disputas entre burguesia e proletariado (revolta da vacina, revolta da chibata, revolta da armada, revolta de Canudos). Ademais, destacava-se a seca do Nordeste. Diante disso, os artistas brasileiros passaram a olhar cada vez mais para o país com obras de caráter social e linguagem mais acessível. Os movimentos artísticos europeus (cubismo, expressionismo, surrealismo) influenciaram essa mudança. O pré-modernismo foi um período de transição entre o simbolismo e modernismo, não constituindo uma escola literária. As teorias sociais (darwinismo, positivismo, determinismo) ainda influenciavam a arte. CARACTERÍSTICAS DO PRÉ-MODERNISMO ⁕ ruptura com o academicismo ⁕ denúncia dos problemas sociais ⁕ personagens de classe marginalizada (caipira, mulato, sertanejo) ⁕ linguagem mais coloquial, informal, regional ⁕ regionalismo e nacionalismo crítico ⁕ influência das teorias sociais palavras chaves: transição, linguagem coloquial, gírias, regionalismo, nacionalismo, crítica, sociedade EUCLIDES DA CUNHA Jornalista, foi convidado para escrever sobre a Guerra de Canudos, o que culminou em seu principal livro: Os sertões. Na sua escrita, usava uma linguagem difícil e barroca tinha influências do determinismo. OBRA MAIS IMPORTANTE OS SERTÕES Retrata a vida do sertanejo e a Guerra do Canudos. É dividido em 3 capítulos: “A Terra” (estudo geográfico, princípios positivistas, olhar científico, linguagem técnica e descritiva, preocupação estética), “O homem” (estudo antropológico, princípios deterministas, estética naturalista) e “A luta” (estudo dos sertanejos, batalha do litoral desenvolvido e interior atrasado, jogos intertextuais, expressões regionais). LIMA BARRETO Foi o autor mais crítico, com linguagem coloquial, que mais se aproximava do modernismo. Seu cenário principal era o subúrbio carioca, e seus personagens, a classe média. OBRA MAIS IMPORTANTE O TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA Narra um protagonista extremamente nacionalista que decide estudar os costumes indígenas. Ele fica fascinado e propõe ao congresso a troca do português pelo tupi, a verdadeira língua brasileira, pelo qual é ridicularizado. Após enviar um documento em tupi por engano, é aposentado por loucura e muda-se para o campo, orgulhoso da “terra que tudo dá”. Entretanto, só encontra pobreza devido aos políticos, a estrutura agrária brasileira e as saúvas (formigas). Decide então juntar-se a Revolta da Armada, onde se decepciona com Marechal Floriano e é acusado de traição após denunciar violência governamental. No final, é morto pela nação que tanto amava. MONTEIRO LOBADO Denunciou, em cartas para a mídia, a dificuldade e o atraso da vida rural. A partir da criação do caipira Jeca Tatu, conhecido por ter amarelão, negou o mito romântico de que a miscigenação criava um povo forte e afirmou o oposto, que formava gente preguiçosa e passiva. Sua narrativa era descritiva, próxima do realismo. AUGUSTO DOS ANJOS Apresentava linguagem antipoético, grotesco, com termos científicos. Seu poema é de inspiração simbolista, com métrica e musicalidade.