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GUIA UNIDADE 2_Tópicos Integradores II_Biomedicina_SER

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UNIDADE II
TÓPICOS INTEGRADORES II - 
BIOMEDICINA
2
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de 
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou 
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização, 
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
Edição, revisão e diagramação: 
Equipe de Desenvolvimento de Material Didático EaD 
_______________________________________________________________________
Gonçales, Juliana. 
Tópicos Integradores II – Biomedicina: Unidade 2 
Recife: Grupo Ser Educacional, 2020.
_______________________________________________________________________
Grupo Ser Educacional
Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro
CEP: 50100-160, Recife - PE
PABX: (81) 3413-4611
3
Sumário
CoNSiDErAÇÕES GErAiS ......................................................................................... 4
ESTruTurA DoS VÍruS ............................................................................................ 5
Capsídeo ............................................................................................................................................... 5
Envelope ............................................................................................................................................... 6
CiCLo DoS VÍruS ........................................................................................................ 7
Adsorção .............................................................................................................................................. 7
Penetração ........................................................................................................................................... 8
Síntese viral / Estratégias de replicação ........................................................................................ 8
maturação ............................................................................................................................................ 9
Liberação .............................................................................................................................................. 9
PAToGÊNESE ................................................................................................................ 10
instauração da infecção ................................................................................................................... 11
Transmissão ......................................................................................................................................... 11
PrEVENÇÃo E VACiNAS ............................................................................................ 12
PriNCiPAiS FErrAmENTAS DiAGNÓSTiCAS ........................................................ 13
PriNCiPAiS FAmÍLiAS DoS VÍruS .......................................................................... 14
orthomyxoviridae ................................................................................................................................ 14
retroviridae .......................................................................................................................................... 14
Flaviviridae ........................................................................................................................................... 14
Coronaviridae ...................................................................................................................................... 15
Hepadnaviridae ................................................................................................................................... 15
4
TÓPiCoS iNTEGrADorES ii - BiomEDiCiNA
uNiDADE 2
PArA iNÍCio DE CoNVErSA
Olá aluno (a), como vai? Seja bem-vindo(a) ao segundo guia de estudos da disciplina de 
Tópicos Integradores II de Biomedicina. 
Neste guia iremos abordar os aspectos gerais dos vírus, seus respectivos materiais 
genéticos, taxonomia, replicação e as principais viroses e suas características. 
Vamos lá?
oriENTAÇÕES DA DiSCiPLiNA
Este guia de estudo irá abordar aspectos não estudados anteriormente, por este motivo é importante que 
você acesse os materiais adicionais, bem como, consulte a bibliografia indicada. Não se esqueça que no 
ensino a distância, você é gestor(a) do seu progresso acadêmico e fundamental para que você consiga 
adquirir o conhecimento necessário para se tornar um excelente profissional. Sendo assim, organize seu 
tempo de estudo de acordo com sua disponibilidade e dificuldade. 
PALAVrAS Do ProFESSor
CoNSiDErAÇÕES GErAiS 
Os vírus são estruturas compostas basicamente por uma molécula de ácido nucleico, envolta por uma capa 
protetora formada de proteínas, e que, ocasionalmente podem apresentar um envelope lipídico. Os vírus 
são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois não apresentam mecanismos enzimáticos 
próprios para realizar o processo de replicação, necessitando, desta forma, dos aparatos celulares das 
para concluir o seu ciclo reprodutivo.
5
Embora apresentem uma estrutura relativamente simples, os vírus ostentam propriedades que os 
permitem infectar diferentes tipos de células (dependendo do seu tropismo) e promover danos funcionais. 
De maneira geral, os mecanismos de infecções por vírus são conduzidos pelo material genético (que 
pode ser DNA ou RNA), que induzem a célula alvo a codificar proteínas específicas, que formam os seus 
componentes estruturais, promovendo a formação de novas partículas virais.
ESTruTurA DoS VÍruS 
Os vírus são estruturalmente formados por dois componentes básicos, o genoma viral e a capa proteica 
que o envolve, denominada capsídeo. A estrutura conjunta, formada pelos dois componentes, recebe o 
nome nucleocapsídeo. 
Podem ser organizados em diferentes grupos, a partir da análise das variações estruturais e de propriedades 
físico-químicas e biológicas, permitindo a classificação dos vírus quanto a sua morfologia, tipo de material 
genético, presença ou ausência de envelope lipídico, estratégias de replicação, entre outras. 
 
Figura 1. Desenho esquemático apontando as estruturas virais 
Fonte: https://beduka.com/blog/wp-content/uploads/2019/09/capsideo-envelopado-e-descoberto.jpg
Capsídeo 
O capsídeo é uma estrutura que desempenha a função de proteger e transportar o genoma viral, do meio 
extra para o meio intracelular. Em decorrência do tamanho reduzido de seus genomas, os vírus podem 
assumir estratégias de economia de energia genética, a partir da produção de cópias de uma mesma 
subunidade proteica (também podem gerar proteínas diferentes), que ao se associarem entre si, formam 
estruturas chamadas capsômeros. 
https://beduka.com/blog/wp-content/uploads/2019/09/capsideo-envelopado-e-descoberto.jpg
6
A ligação entre os capsômeros que apresentam conformações semelhantes (por apresentar mesma 
composição proteica) resultam em um arranjo simétrico, que formam capsídeos com diferentes formas 
geométricas. Os vírus podem ser classificados quanto ao seu arranjo estrutural em cinco formas básicas: 
icosaédrico não envelopado, icosaédrico envelopado, helicoidal não envelopado, helicoidal envelopado e 
complexos. 
A morfologia icosaédrica se apresenta como um polígono de vinte lados (icoságono) triangulares e doze 
vértices, enquanto à forma helicoidal é caracterizada pela sua conformação cilíndrica. Alguns vírus 
podem apresentar uma morfologia mais complexa, como é o caso dos bacteriófagos, que contém outros 
elementos estruturais como: a cauda, a bainha contrátil, fibras e placa basal.
Envelope 
É uma estrutura presente apenas em algumas famílias virais, e por isso, os vírus podem ser classificados 
quanto a sua presença ou ausência.
O envelope é formado por uma bicamada lipídica originada da membrana da célula alvo, a partir de um 
processo chamado brotamento. Esse processo se inicia com a codificaçãoe direcionamento de proteínas 
virais para a membrana plasmática (dependendo da espécie viral ou do local onde ocorre a replicação, o 
envelope também pode ser originado a partir de membranas intracitoplasmáticas), seguida da interação 
dessas proteínas, com as proteínas estruturais presentes no citoplasma, que resulta na formação de um 
componente lipídico com proteínas aderidas, que passam a envolver o nucleocapsídeo.
As proteínas virais presentes no envelope participam da adesão e internalização das partículas virais em 
novas células alvo. Prezado(a) estudante, lembramos que a saída dos vírus envelopados normalmente não 
induz a morte celular, por necessitar da membrana citoplasmática da célula, as partículas são liberadas 
por brotamento. 
Figuras: 2, 3, 4 e 5 – Morfologia viral 
Fontes das figuras 2,3,4 e 5 simultaneamente:
7
https://lh5.ggpht.com/-TPmoVPWY1K8/TnlWYjnVMWI/AAAAAAAADXM/1ehaWwiD0xA/500px-Non-
enveloped_icosahedral_virus.svg%25255B10%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-9z6emHRGRqA/TnlWZQyqxzI/AAAAAAAADXQ/0w1Fc1XRie4/500px-Enveloped_
icosahedral_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-ZZKS38A_MYM/TnlWapZ5wnI/AAAAAAAADXY/id-flQ74F4w/500px-Non-
enveloped_helical_virus.svg%25255B6%25255D.png?imgmax=800
https://lh6.ggpht.com/-_mgNwfPwKQw/TnlWbadjiqI/AAAAAAAADXc/PY0RrvPlxhc/500px-Enveloped_
helical_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
áCiDoS NuCLEiCoS (ST)
O material genético pode ser de DNA ou RNA, o que favorece as variações estruturais do genoma, já que 
os dois ácidos nucleicos possuem sequências de nucleotídeos diferentes. Os vírus podem ser organizados 
pela sua composição genômica e estratégias de replicação, a partir da classificação proposta por David 
Baltimore, que agrupam os vírus em sete classes diferentes, compostas respectivamente por:
§	 Classe I: DNA de fita dupla.
§	 Classe II: DNA de fita simples.
§	 Classe III: RNA de fita dupla.
§	 Classe IV: RNA de fita simples com polaridade positiva.
§	 Classe V: RNA de fita simples com polaridade negativa.
§	 Classe VI: RNA de fita simples com polaridade positiva e DNA intermediário.
§	 Classe VII: DNA de fita dupla com RNA intermediário.
Informamos que as particularidades voltadas para as estratégias de replicação de cada classe, serão 
comentadas posteriormente.
 
CiCLo DoS VÍruS 
O ciclo de replicação dos vírus se inicia quando uma partícula viral é internalizada em uma célula que 
fornece os mecanismos necessários para a produção de novas partículas. O processo de replicação 
apresenta etapas comuns a todos os tipos de vírus, como a adsorção, penetração, desnudamento, 
montagem e liberação, mas, a etapa de síntese viral apresenta particularidades que variam em decorrência 
da composição genômica dos vírus.
Adsorção 
O processo de adsorção é caracterizado pela interação entre as proteínas presentes nas partículas virais 
e as proteínas de superfície celular, formando uma interação ligante/receptor. Receptores, nesse caso, 
é o nome dado a proteínas que desempenham funções fisiológicas nas células, mas que podem ser 
reconhecidas pelas partículas virais, promovendo sua ancoragem.
https://lh5.ggpht.com/-TPmoVPWY1K8/TnlWYjnVMWI/AAAAAAAADXM/1ehaWwiD0xA/500px-Non-enveloped_icosahedral_virus.svg%25255B10%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-TPmoVPWY1K8/TnlWYjnVMWI/AAAAAAAADXM/1ehaWwiD0xA/500px-Non-enveloped_icosahedral_virus.svg%25255B10%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-9z6emHRGRqA/TnlWZQyqxzI/AAAAAAAADXQ/0w1Fc1XRie4/500px-Enveloped_icosahedral_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-9z6emHRGRqA/TnlWZQyqxzI/AAAAAAAADXQ/0w1Fc1XRie4/500px-Enveloped_icosahedral_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-ZZKS38A_MYM/TnlWapZ5wnI/AAAAAAAADXY/id-flQ74F4w/500px-Non-enveloped_helical_virus.svg%25255B6%25255D.png?imgmax=800
https://lh5.ggpht.com/-ZZKS38A_MYM/TnlWapZ5wnI/AAAAAAAADXY/id-flQ74F4w/500px-Non-enveloped_helical_virus.svg%25255B6%25255D.png?imgmax=800
https://lh6.ggpht.com/https://lh6.ggpht.com/-_mgNwfPwKQw/TnlWbadjiqI/AAAAAAAADXc/PY0RrvPlxhc/500px-Enveloped_helical_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800-_mgNwfPwKQw/TnlWbadjiqI/AAAAAAAADXc/PY0RrvPlxhc/500px-Enveloped_helical_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
https://lh6.ggpht.com/https://lh6.ggpht.com/-_mgNwfPwKQw/TnlWbadjiqI/AAAAAAAADXc/PY0RrvPlxhc/500px-Enveloped_helical_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800-_mgNwfPwKQw/TnlWbadjiqI/AAAAAAAADXc/PY0RrvPlxhc/500px-Enveloped_helical_virus.svg%25255B9%25255D.png?imgmax=800
8
A presença dos receptores em diferentes tipos de células determina o tropismo viral, ao tornar as células 
mais vulneráveis à infecção. O processo de adsorção é essencial para a replicação viral, mas, existe a 
possibilidade de células exibirem os receptores necessários para o reconhecimento, mas não apresentar 
a capacidade de realizar outras etapas da replicação.
Penetração 
É a fase caracterizada pela internalização do vírus na célula alvo, mediado principalmente por processos 
de endocitose ou fusão de membrana.
A fusão de membrana é um processo de penetração realizado por vírus envelopados, que conseguem 
fundir o seu envelope lipídico a membrana plasmática das células, permitindo a sua internalização no 
citoplasma celular. Os vírus (envelopados ou não) podem ser internalizados a partir de invaginações de 
membrana, que resultam na formação de vesículas endocíticas (endocitose), que possuem a função de se 
fundir aos lisossomos para concluir a digestão das partículas. Os vírus apresentam diferentes mecanismos 
capazes de inviabilizar a funcionalidade das vesículas, resultando na sua liberação no citoplasma.
Após a conclusão do processo de penetração, o capsídeo do vírus é removido por ação enzimática, 
causando a liberação do seu genoma no citoplasma celular, o que caracteriza a fase de desnudamento.
Síntese viral / Estratégias de replicação 
É o processo que culmina na formação de proteínas classificadas como estruturais ou não estruturais, 
a partir do processo de tradução de RNA mensageiro. As proteínas estruturais possuem a função de 
formar o capsídeo e o envelope, enquanto as não estruturais são proteínas que desempenham funções 
relacionadas ao processo de replicação viral. De maneira geral, a replicação dos vírus com genoma de 
DNA é realizada no núcleo das células, enquanto os de RNA são feitos no citoplasma (salvo exceções).
Independentemente do tipo de ácido nucleico, os vírus possuem o objetivo comum de produzir RNA 
mensageiro, para posterior tradução em proteínas (mediada pelos ribossomos celulares). Como já dito 
anteriormente, a classificação de Baltimore permite a organização dos vírus em diferentes classes, 
baseando-se no tipo de material genético e nas suas ferramentas para efetivar a replicação viral.
Os vírus com DNA de fita dupla correspondem a classe I. Apresentam como característica a rápida 
transcrição do DNA viral em RNA mensageiro através de enzimas produzidas pela própria célula, para 
posterior tradução em proteínas estruturais e não estruturais.
Os vírus com DNA de fita simples correspondem à classe II. Como a DNA polimerase celular só reconhece 
DNA de fita dupla, os vírus dessa classe estimulam o núcleo celular a produzir uma fita complementar ao 
seu DNA, originando uma forma replicativa de DNA com fita dupla.
Os vírus com RNA de fita dupla correspondem à classe III. A replicação desses vírus se baseia na utilização 
da fita dupla de RNA, para a produção de RNA mensageiro, posteriormente traduzidos em proteínas virais. 
A reação é feita por uma enzima que tem origem viral, chamada RNA polimerase dependente de RNA.
9
Os vírus com RNA de fita simples com polaridade positiva correspondem à classe IV. Por apresentar 
sentido positivo, o genoma dos vírus atua como RNA mensageiro, sendo diretamente traduzidos em uma 
proteína extensa, que é posteriormente processada em diversas proteínas virais, pela ação de enzimas 
celulares e virais.
Os vírus com RNA de fita simples com polaridadenegativa correspondem à classe V. Por ter sentido 
negativo, a fita de RNA não pode ser traduzida diretamente. Também utiliza a enzima viral RNA polimerase 
RNA dependente, para produzir uma fita complementar de sentido positivo, possibilitando a tradução.
Os vírus com RNA de fita simples com polaridade positiva e DNA intermediário correspondem à classe VI. 
Possui um genoma diploide de RNA, que produz um DNA intermediário durante o processo de replicação, 
a partir da ação da enzima viral transcriptase reversa. Após a transcrição do DNA, esse ácido nucleico 
é incorporado no genoma da célula e passa a ser transcrito em RNA mensageiro, a partir da atividade 
enzimática da RNA polimerase dependente de DNA.
Os vírus com DNA de fita dupla com RNA intermediário correspondem à classe VII. O DNA dessa classe 
de vírus é considerado como parcialmente duplo, e no núcleo, tem a sua cadeia completada pela ação 
de enzimas virais e/ou celulares. O DNA duplo completo pode ser transcrito em RNA mensageiro, que é 
traduzido em proteínas estruturais e não estruturais, mas, também é transcrito em um RNA intermediário 
de maior extensão gênica, que será utilizado como molde para a formação do DNA viral.
maturação 
É a fase caracterizada pela automontagem dos vírus, a partir da associação dos seus componentes 
estruturais previamente formados na fase de síntese. A formação dos nuclecapsídeos é mediada por 
interações espontâneas entre as proteínas e o genoma. Em vírus envelopados, a montagem segue as 
etapas que levam à formação do envelope pelo processo de brotamento. 
Liberação 
A liberação dos vírus formados pode ou não resultar na lise celular, essa condição varia dependendo da 
quantidade de vírus que foi replicado e da presença ou ausência de envelope. Os não envelopados são 
liberados pelo rompimento da célula, causado pelo acúmulo de grande quantidade de vírus. A liberação 
de vírus envelopados é feita gradualmente pelo processo de brotamento, que remove parte da membrana 
plasmática, mas, só causa a morte celular caso haja altas concentrações de vírus.
Vale salientar que caso o envelope seja originário de membranas intracitoplasmáticas, esses vírus podem 
ser eliminados por exocitose.
10
Figura 6. Desenho esquemático do processo de replicação viral
Fonte: http://www.fiocruz.br/ioc/media/ConceitosMetodos_volume4.pdf
PAToGÊNESE 
A patogênese está relacionada ao estudo de fatores virais, de resposta do hospedeiro e mecanismos de 
transmissão, que interferem na instalação das doenças virais.
As doenças virais podem causar sintomatologias clínicas acentuadas, leves ou até mesmo, sem sintomas 
clínicos evidentes. A presença de sintomas está ligada a fatores como o grau de patogenicidade da 
cepa viral e ao tipo de resposta imunológica realizada pelo hospedeiro. Os sintomas clínicos de doenças 
virais podem ser pouco específicos, já que existem vários vírus que inicialmente promovem os mesmos 
sintomas, ou que um mesmo vírus manifeste sintomas diferentes.
As infecções virais podem ser classificadas como localizadas ou sistêmicas, sendo que uma infecção 
localizada é caracterizada pela presença de replicação viral, apenas em locais próximos aos sítios primários 
de infecção. Já as infecções sistêmicas ocorrem quando os vírus conseguem ultrapassar as barreiras 
físicas e imunológicas presentes no sítio primário da infecção, alcançando os tecidos subsequentes, que 
levam à sua disseminação.
http://www.fiocruz.br/ioc/media/ConceitosMetodos_volume4.pdf
11
A disseminação dos vírus pode ser realizada pelo sistema linfático, pelos nervos, pela superfície epitelial, e 
principalmente, pela corrente sanguínea. O termo viremia é utilizado para indicar a presença de partículas 
virais no sangue. Quanto à origem dos vírus, as viremias podem ser classificadas como ativas (quando os 
vírus são originados da replicação viral que ocorre no local primário da infecção) ou passivas (quando as 
partículas são introduzidas diretamente na corrente sanguínea, como acontece em transmissão vetorial, 
pela penetração de agulhas contaminadas, transfusão sanguínea ou transplantes de órgãos). 
As viremias também podem ser classificadas a partir da avaliação da velocidade de replicação viral, em 
primárias e secundárias. As viremias primárias são caracterizadas pela presença de baixas concentrações 
de partículas virais provenientes das replicações que ocorrem no local primário de infecção. Em 
consequência da disseminação dos vírus para outros órgãos, os níveis de replicação e liberação de 
partículas virais no sangue aumentam drasticamente, caracterizando a viremia secundária.
Estudante, ressaltamos que a latência viral é o termo utilizado para indicar a presença do vírus no paciente, 
mas sem manifestação de sintomas.
instauração da infecção 
Para o estabelecimento de um processo infeccioso é necessário levar em consideração alguns fatores, 
como: a sobrevivência dos vírus no ambiente externo até entrar em contato com um hospedeiro, a presença 
de células que expressem proteínas que sejam reconhecidas pelos vírus e que apresentem os aparatos 
necessários para a replicação viral e o comprometimento dos mecanismos de defesa do hospedeiro. 
Transmissão 
A rota de entrada dos vírus corresponde principalmente as mucosas do sistema respiratório e 
gastrointestinal, mas também podem penetrar no organismo do hospedeiro através da mucosa da 
conjuntiva (membrana presente nos olhos), do sistema geniturinário e através da pele. 
O sistema respiratório é a principal porta de entrada para as infecções virais. Os principais mecanismos 
de defesa desse sistema envolvem a presença de resposta humoral por anticorpos IgA, células 
fagocitárias, células e glândulas secretoras de muco, que interfere na etapa de adsorção viral, entre 
outros. A contaminação do sistema respiratório é feita a partir do contato com aerossóis que atuam como 
carreadores das partículas virais, que podem burlar os mecanismos de defesa e causar infecção.
Alguns exemplos de vírus que apresentam tropismo pelo sistema respiratório são: Coronavírus, Vírus 
da Influenza, Vírus da Parainfluenza e Adenovírus (infecção localizada); Vírus do Sarampo, Rubéola e 
Caxumba (infecção sistêmica).
12
Os principais mecanismos de defesa do sistema gastrointestinal incluem a presença de resposta humoral 
por anticorpos IgA, locais com extremos de PH (acidez do estômago e alcalinidade do intestino), altas 
concentrações de enzimas digestivas, presença da bile, muco, o peristaltismo, que dificulta a aderência 
dos vírus, entre outros. A contaminação é normalmente feita através da ingestão de água ou alimentos 
contaminados, ou pela transferência oral de saliva. Os vírus que causam infecção no trato gastrointestinal 
são resistentes as variações de PH, são alguns exemplos: Citomegalovírus, Vírus Epstein-Barr (promovem 
infecções na boca e orofaringe); Rotavírus, Astrovírus (causam inflamações intestinais); Vírus da Hepatite 
A e E (podem causar infecções sistêmicas).
Destacamos ainda que alguns vírus podem ser transmitidos pela mucosa anal, como é o caso do vírus da 
imunodeficiência humana (HIV).
O sistema geniturinário é a rota utilizada por vírus que tem sua transmissão relacionada às relações sexuais 
e compartilhamento de roupas íntimas. O PH ácido e a presença de muco, constituem as principais linhas 
de defesa do sistema. Os vírus relacionados com infecções desse sistema, podem promover infecções 
localizadas (Ex: Vírus do Herpes Simplex, Papilomavírus Humano) ou sistêmicas (Ex: HIV, Hepatite B e C).
A mucosa conjuntiva é protegida por anticorpos IgA, pela barreira física formada pelas pálpebras e cílios, 
pela constante lubrificação promovida pela secreção lacrimal, que diminuem consideravelmente o risco 
de contaminação. A transmissão ocorre principalmente através das mãos contaminadas, são exemplos 
de vírus: Adenovírus e Enterovírus.
A proteção da pele é fornecida pela presença de pelos, gordura, suor, e principalmente pela grossa camada 
de células queratinizadas,que formam uma barreira física que impede a penetração dos vírus. 
A penetração do vírus só é possível quando existe perda da integridade da pele, como consequência de 
lesões locais.
A transmissão vetorial é principalmente associada aos Arbovírus (vírus presentes em artrópodes, em 
especial os mosquitos), que são transmitidos diretamente na corrente sanguínea pela picada de seus 
vetores. Os principais representantes são: Dengue Vírus, Zika Vírus e Chikungunya Vírus.
Também é fato que a transmissão vertical é caracterizada pela contaminação causada pela mãe, ao seu 
filho. Pode acontecer por via placentária, no momento do parto e pela amamentação. Exemplos de vírus 
transmitidos pela via vertical: HIV e Citomegalovírus.
PrEVENÇÃo E VACiNAS 
As medidas profiláticas para doenças virais são as mesmas utilizadas para outras doenças infecciosas. A 
partir da via de transmissão viral é possível elaborar diferentes estratégias para a introdução de políticas 
de promoção a saúde, que visam garantir o acesso da população às informações educativas acerca dos 
métodos de prevenção individual. 
13
Para vírus que são transmitidos pela via respiratória (em condições de crise na saúde pública) deve-se 
adotar o uso de máscaras, higienização das mãos, prática de distanciamento social, entre outras. O uso 
de preservativos como medida de prevenção a infecções sexualmente transmissíveis (IST) e a eliminação 
dos insetos transmissores de arboviroses, são umas das principais campanhas de profilaxia a doenças 
virais que existem atualmente.
A vacinação é uma medida de profilaxia que tem como objetivo estimular o desenvolvimento de uma 
resposta imunológica específica contra um determinado patógeno, antes do seu contato com o organismo. 
As vacinas são normalmente constituídas pelos patógenos (atenuados ou inativados) de que se tem 
interesse em desenvolver imunidade. 
A vacinação por vírus atenuados se caracteriza pela utilização de vírus que sofreram múltiplas passagens 
por culturas celulares ou ovos embrionados, trazendo como consequência o acúmulo de mutações, que 
favorece a diminuição de sua patogenicidade. Esse tipo de vacina é mais potente do que as que utilizam os 
vírus inativados, pois a capacidade de replicação do vírus é preservada, garantindo não só a estimulação 
da produção de anticorpos, mas também a ativação de linfócitos TCD8, a partir do sistema antígeno 
leucocitário humano (HLA). Sua aplicação não é recomendada em indivíduos imunocomprometidos, 
pela possibilidade dos vírus sofrerem algum tipo de mutação que os leve a retroceder para um estágio 
patogênico. 
A vacinação por vírus inativados utilizam vírus que foram induzidos a perder a capacidade de replicação, 
a partir de mudanças de PH, calor, utilização de agentes químicos ou radioativos. É o tipo de vacina mais 
segura, por não apresentar a possibilidade da regressão do vírus a um estágio patogênico, porém, resulta 
em uma baixa resposta imunológica, em decorrência da falta de ativação dos linfócitos.
É bom sabermos, querido(a) aluno(a), que com o advento da biologia molecular, outros tipos de vacinas 
puderam ser produzidas, como as vacinas recombinantes, de DNA, entre outras.
PriNCiPAiS FErrAmENTAS DiAGNÓSTiCAS
O diagnóstico de infecções virais pode ser feito a partir de ensaios sorológicos ou moleculares. As 
metodologias sorológicas se baseiam em identificar os anticorpos produzidos como resposta às 
infecções virais (outras doenças infecciosas também), a presença de anticorpos IgM indica a presença 
de infecções recentes, enquanto IgG sugere infecções pregressas. Na rotina laboratorial, a dosagem das 
imunoglobulinas IgG e IgM é normalmente feita por imunocromatografia de fluxo lateral (teste rápido), 
quimioluminescência ou ensaios imunoenzimáticos (ELISA – Enzyme Linked Immunosorbent Assay).
Dos ensaios moleculares utilizados para o diagnóstico de doenças virais, destaca-se a reação em cadeia 
da polimerase (PCR). É um teste de alta sensibilidade e especificidade, baseia-se no uso de reações 
enzimáticas para amplificar sequências específicas do DNA do vírus de interesse (se o vírus possuir o 
genoma de RNA, é possível convertê-lo em DNA para realizar a amplificação). A partir do processo de 
amplificação de DNA, é possível quantificar as cópias virais presentes na amostra.
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PriNCiPAiS FAmÍLiAS DoS VÍruS 
orthomyxoviridae 
É uma família composta por seis gêneros, mas tem como principais representantes os gêneros 
Influenzavirus A, Influenzavirus B e Influenzavirus C, que são os únicos que possuem espécies capazes de 
infectar humanos. As características estruturais são: aspecto esférico, envelopado e genoma de RNA de 
fita simples com polaridade negativa (classe V).
São vírus que causam infecções no trato respiratório, e por isso, tem sua transmissão relacionada 
principalmente pelo contato com aerossóis de pessoas contaminadas. Realiza sua replicação nas células 
do sistema respiratório superior (rota de penetração do vírus), manifestando sintomas como febre alta, 
calafrios, dores musculares, tosse seca, entre outros. A disseminação do vírus para o trato respiratório 
inferior, é o que leva aos quadros de pneumonia intersticial grave.
O H1N1 e o H3N2 são subtipos da espécie Vírus Influenza A, e são as principais formas causadoras das 
doenças em humanos. 
retroviridae 
É uma família que recebeu o nome como uma referência à presença da enzima transcriptase reversa. 
É dividida em duas subfamílias - Orthoretrovirinae e Spumaretrovirinae - que juntas apresentam sete 
gêneros, em que, destaca-se o gênero Lentivírus, que possui como principal representante, o Vírus 
da Imunodeficiência Humana (HIV). As características estruturais são: aspecto esférico, envelopado e 
genoma de RNA de fita simples com polaridade positiva e DNA intermediário (classe VI).
De modo geral, a principal característica do gênero Lentivírus é a lenta evolução da doença que pode levar 
anos para se estabelecer. O HIV apresenta tropismo pelos linfócitos TCD4, caracterizando a fase aguda 
da doença pelos altos títulos virais e baixa quantidade desses linfócitos no sangue, acompanhada de 
sintomas inespecíficos. Conforme a doença progride, é possível observar o aparecimento de anticorpos, 
junto à diminuição dos títulos virais, que caracteriza a fase assintomática da doença. A evolução da 
doença para a fase sintomática está associada ao surgimento de infecções oportunistas, em decorrência 
do comprometimento do sistema imunológico, caracterizando a síndrome da imunodeficiência humana 
(AIDS). É um vírus que possui sua transmissão associada às relações sexuais, mas também pode ser 
transmitida através do contato com o sangue.
Flaviviridae 
É uma família composta por três gêneros: o Hepacivirus (gênero da espécie Vírus da Hepatite C), Pestivirus 
e Flavivirus. O gênero Flavivirus é composto por diversas espécies, destacando o Vírus da Dengue, o 
Vírus da Zika e o Vírus da Febre Amarela, pelos problemas causados a saúde pública. As características 
estruturais são: aspecto esférico, envelopado e genoma de RNA de fita simples com polaridade positiva 
(classe IV).
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As espécies que compõem essa família podem ser chamadas de Arbovírus, pois tem a sua transmissão 
feita pela picada de artrópodes, que atuam como vetores (principalmente por insetos da espécie Aedes 
aegypti). Por isso, as medidas de profilaxia dessas infecções estão relacionadas à tentativa de erradicação 
das populações dos insetos transmissores. 
O Vírus da Febre Amarela se replica nos linfonodos após penetração do vírus pela pele, podendo se 
disseminar para outros órgãos através da corrente sanguínea. A maioria dos indivíduos contaminados 
apresentam sintomas leves, mas as infecções graves geram sintomas associados às disfunções hepáticas 
e renais, febre alta, quadros hemorrágicos, entre outros.
A infecção pelo Vírus da Zika, na maioria dos casos apresenta sintomas leves, mas sua infecção a gestante 
está relacionada ao nascimento de crianças com microcefalia. OVírus da Dengue também desenvolve 
sintomas leves na maioria dos casos, mas as manifestações graves como a dengue hemorrágica podem 
provocar sangramentos espontâneos. 
Coronaviridae 
É uma família que possui dois gêneros, o Coronavírus e o Torovírus. Dentre as espécies que compõem 
o gênero Coronavírus, destaca-se o SARS-Cov (SARS = síndrome respiratória aguda severa), e mais 
recentemente o SARS-Cov-2, causador da COVID-19. As características estruturais são: aspecto esférico, 
envelopado e genoma de RNA de fita simples com polaridade positiva (classe IV).
São vírus que podem causar infecções respiratórias graves, que se manifestam com febre alta, tosse 
seca, dores de garganta, dispneia, entre outros. Por apresentar transmissão relacionada ao contato de 
aerossóis de indivíduos contaminados, os métodos de prevenção estão relacionados ao uso de máscaras, 
higienização das mãos, isolamento e distanciamento social, entre outros.
Hepadnaviridae 
É uma família que possui apenas dois gêneros. O gênero que possui relevância para os humanos, é o 
OrthohepadnavÌrus, onde a espécie Hepatitis B virus (HBV), está inserida. As características estruturais 
são: aspecto esférico, envelopado e genoma de DNA de fita dupla com RNA intermediário (classe VII).
Esse vírus está relacionado às doenças hepáticas, que na maioria das vezes é assintomática, mas que 
pode desenvolver quadros graves de hepatite crônica, relacionadas à cirrose viral ou hepatocarninoma. O 
vírus pode ser transmitido da mãe para o filho durante a gestação ou no momento do parto, por relações 
sexuais, cortes causados por objetos contaminados, entre outros.
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???
O diagnóstico é feito a partir da avaliação dos antígenos codificados pelo genoma viral e anticorpos 
produzidos em resposta à infecção, são eles: 
§	 HBsAg que é o primeiro marcador a surgir, e pode estar presente em infecções agudas e crônicas;
§	 Anti-HBs que indica imunidade contra HBV, seja por cura clínica ou vacinação (em caso de vaci-
nação ele se encontra isolado); 
§	 HBeAg que é indicativo de replicação viral (alta infectividade); 
§	 Anti-HBe indica ausência de replicação, 
§	 Anti-HBc IgM indica infecção recente;
§	 Anti-HBc IgG indica contato prévio com o vírus.
VoCÊ SABiA?
Você sabia que algumas famílias de vírus correspondem aos chamados “vírus gigantes”, caro(a) aluno(a)?
A resposta é a seguinte: esses vírus são caracterizados pela facilidade de sua visualização por microscopia 
óptica, o que vai contra a natureza conhecida dos vírus, que são tradicionalmente conhecidos por 
seu tamanho diminuto. Algumas espécies de vírus gigantes foram descobertas no Brasil, dentre elas, 
destacam-se o Tupanvírus e Sambavírus, que tiveram seus nomes escolhidos para homenagear a cultura 
do país. Os vírus gigantes descobertos atualmente, só são capazes de infectar algumas espécies de 
amebas.
Outra curiosidade é em relação às hipóteses de origem dos vírus. Você sabia que elas podem ser divididas? 
Bem, a divisão é a seguinte: as que se baseiam na ideia de que os vírus têm origem celular ou que os 
vírus surgiram antes das células. As teorias que têm origem celular sugerem que os vírus podem ter 
sido originados a partir do escape de um grupamento de componentes celulares, ou que os vírus eram 
organismos unicelulares, que regrediram para parasitas obrigatórios. Outras hipóteses apontam que os 
vírus são estruturas que surgiram antes das células, e atuavam como unidades de replicação autônoma. 
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Figura 7. Microscopia eletrônica do vírus Samba (vírus gigante)
Fonte: https://ufmg.br/thumbor/rm-BdSZ0kcJoAzlOBfYljOLmZp0=/0x0:713x476/712x474/https://ufmg.
br/storage/2/b/5/3/2b5321dd690302552a6e979125bde928_15734768025937_1659433457.jpg
Figura 8. Microscopia eletrônica do vírus Samba (vírus gigante)
Fonte: https://www.ufmg.br/online/arquivos/anexos/samba%202_outra.JPG
https://ufmg.br/thumbor/rm-BdSZ0kcJoAzlOBfYljOLmZp0=/0x0:713x476/712x474/https://ufmg.br/storage/2/b/5/3/2b5321dd690302552a6e979125bde928_15734768025937_1659433457.jpg
https://ufmg.br/thumbor/rm-BdSZ0kcJoAzlOBfYljOLmZp0=/0x0:713x476/712x474/https://ufmg.br/storage/2/b/5/3/2b5321dd690302552a6e979125bde928_15734768025937_1659433457.jpg
https://www.ufmg.br/online/arquivos/anexos/samba%202_outra.JPG
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GuArDE ESSA iDEiA!
A aplicação de mais de uma dose de vacina pode estar relacionada a fatores como: o tipo da vacina, 
mutações virais ou o desaparecimento da imunização ao longo do tempo. Apesar de mais seguras, as 
vacinas produzidas com patógenos mortos, não promovem uma imunização satisfatória na aplicação da 
primeira dose, por isso, se faz necessário a aplicação de outras doses em determinados intervalos de 
tempo, para potencializar a resposta imunológica. 
Os vírus podem desenvolver mutações espontâneas que são passadas aos seus descendentes, tornando 
necessária a aplicação de uma nova dose da vacina. Em determinados intervalos de tempo, e por diferentes 
fatores, a imunidade desenvolvida para um determinado patógeno diminui gradualmente, necessitando 
da aplicação de um reforço vacinal, que promova nova imunização.
rEFErÊNCiAS BiBLioGráFiCAS
SANTOS, N.S.O; ROMANOS, M.T.V; WIGG, M.D. Virologia humana. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2015.
KNIPE, M.D; HOWLEY, PM. Fields Virology. 6. ed. Pensilvânia: Wolters Kluwer Health, 2015.
ACESSE o AmBiENTE VirTuAL
Acesse seu ambiente virtual e consulte os livros da disciplina de Microbiologia e Imunologia, como 
também, não se esqueça de realizar os questionários e as atividades. No caso de dúvida, procure o(a) 
tutor(a) em dúvidas de conteúdo. 
 
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PALAVrAS FiNAiS
Finalizamos aqui nosso Guia 2 de estudos. O conteúdo abordado reafirmou fundamentos já conhecidos, 
como também adicionou outros conhecimentos necessários ao longo do curso para que se torne um 
excelente profissional. O conhecimento sobre os vírus facilita o diagnóstico e diminuem os falsos-positivos 
nos testes sorológicos e moleculares. 
Aproveite que terminou seu estudo e responda ao questionário referente a este guia, isso lhe permitirá 
identificar suas principais dúvidas. Não se esqueça que o(a) tutor(a) estará disponível para tirar suas 
dúvidas e fique de olho na data da webconferência desta disciplina, assim poderá esclarecer suas dúvidas 
com o(a) professor(a). 
Vejo você no próximo guia! Até breve! 
	_Hlk45232840
	_Hlk48539135
	CONSIDERAÇÕES GERAIS 
	ESTRUTURA DOS VÍRUS 
	Capsídeo 
	Envelope 
	CICLO DOS VÍRUS 
	Adsorção 
	Penetração 
	Síntese viral / Estratégias de replicação 
	Maturação 
	Liberação 
	PATOGÊNESE 
	Instauração da infecção 
	Transmissão 
	PREVENÇÃO E VACINAS 
	PRINCIPAIS FERRAMENTAS DIAGNÓSTICAS
	PRINCIPAIS FAMÍLIAS DOS VÍRUS 
	Orthomyxoviridae 
	Retroviridae 
	Flaviviridae 
	Coronaviridae 
	Hepadnaviridae

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