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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA 
BIOMEDICINA 
 
 
 
Andreza Bie da Silva 
 
 
 
 
 
 
 
 
Políticas Públicas de Saúde 
Identidade Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO – RJ 
2023 
A construção da identidade nacional foi iniciada após a independência, em 
1822, porém essa construção só foi impulsionada após a década de 1930, com a 
chegada de Getúlio Vargas ao poder. A partir disso pôde – se perceber que a 
construção da identidade, para além de um processo cultural, também era um 
processo político. 
O Brasil foi marcado por tentativas de se criar uma identidade nacional a partir 
de um comércio forte e de uma igreja centralizadora, porém capilarizada. A formação 
de uma identidade nacional consolidaria um modo de ser, uma forma de pensar e um 
comportamento padrão de fácil controle social, onde cada sujeito, de norte a sul, 
estivesse sob os mesmos estímulos legais e culturais, e movimentos contrários a essa 
ideia eram reprimidos violentamente. 
A língua portuguesa contribuiu para a existência da identidade nacional por ser 
comum em todo território, apesar das particularidades regionais. Então a língua seria 
um dos elementos culturais comuns que são constitutivos da cultura nacional. Outra 
forma de integração veio da Igreja Católica, que exerceu um importante papel no 
controle da vida cotidiana e política das comunidades a partir de seus arcebispados, 
e era do arcebispado da Bahia saíam os comandos para os demais, que utilizavam 
igrejas e paróquias para reforçar os laços culturais em todo o Território. 
O movimento sanitarista representou um dos canais mais importantes na 
república velha para o projeto ideológico de construção da nacionalidade. Durante a 
república velha a questão sanitária tinha um olhar voltado paro o interior, 
principalmente para o povo miscigenado do sertão, onde se acreditava estarem os 
verdadeiros valores nacionais que necessitavam de resgate. 
O resgate dos sertões e do sertanejo aplicava como tarefa de construção da 
nação, pois a construção da nacionalidade exigia que as elites desviassem os olhos 
sempre postos na Europa para o interior do Brasil, para que grandes endemias dos 
sertões. A inclusão dos sertões à civilização do litoral representava o grande desafio 
para o fortalecimento da nacionalidade, pois a população doente era igual à raça fraca 
e nação sem futuro. 
O movimento sanitário teve a importante participação de Oswaldo Cruz que 
iniciou uma campanha de saneamento e de vacinação visando erradicar as grandes 
epidemias. Então ações de medidas higienistas foram implementadas como 
campanhas sanitárias de combate a grandes epidemias como febre amarela, peste 
bubônica e varíola, implementação de programas de vacinação obrigatórias, 
desinfecção dos espaços públicos e domiciliares e medicalização do espeço urbano. 
o presidente Venceslau Brás em seu último ano do governo criou o Serviço de 
Profilaxia Rural, que centralizava as ações de saúde pública que seriam aplicadas no 
interior. As ações visavam intervenções no Nordeste por meio do combate à malária, 
amarelão e doença de Chagas. As intervenções só se intensificaram durante o 
governo de Epitácio Pessoa. 
O surgimento do romantismo buscou também contribuir com a construção da 
identidade nacional. Obras como as de José de Alencar foram um exemplo de aliar a 
imagem da nação brasileira às suas belezas naturais, como também a mitificação do 
indígena como componente principal da nação brasileira. Esse trabalho literário e 
cultural, buscava criar uma interpretação genuinamente brasileira, afastadas das 
influências estrangeiras. 
Com a chegada de Getúlio Vargas ao poder em 1930, representou um novo 
momento de centralização política, auxiliado pela criação de instituições que 
pretendiam uniformizar práticas administrativas, como o ministério do trabalho e a 
política de oferecimento de uma educação básica comum, ou seja, o ministério criado 
por Getúlio Vargas era de saúde e educação, e a padronização dos currículos 
escolares buscava veicular um conteúdo nacional. 
Ele também utilizou novos meios de comunicação, como o rádio para espalhar 
a cultura nacional uniformizada. A partir disso começaram a ganhar representação 
cultural nacional, como samba, o futebol e pratos culinários. 
O movimento sanitário foi severamente comprometido com o fim da república 
velha, pois o panorama econômico ao final da república velha era de oligarquias 
enfraquecidas devido ao fracasso do seu modelo agroexportador. 
O movimento que fracassou foi o movimento sanitarista de redenção dos 
sertões, pois quando Getúlio Vargas chegou ao poder ele deslocou o projeto de 
construção da nacionalidade dos sertões para a fronteira, e com isso impediu o avanço 
do movimento sanitarista nas terras sob domínio oligárquico. Portanto, com o fim da 
primeira contribuiu para o esvaziamento definitivo da ideologia de redenção dos 
sertões. 
REFERÊNCIAS 
SANTOS, Luiz Antonio de Castro. O pensamento sanitarista na Primeira República: 
Uma ideologia de construção da nacionalidade. Dados. Revista de Ciências Sociais, 
Rio de Janeiro, v.28, n.2, p.193-210, 1985. Disponível em: 
http://www.bvshistoria.coc.fiocruz.br/lildbi/docsonline/antologias/eh-594.pdf 
Acesso em: 04 de Set. 2023. 
 
UVA. Políticas Públicas de Saúde. IN: Unidade 2 A era Vargas. E – book. UVA, 
2023. P. 28 – 44. 
 
 
http://www.bvshistoria.coc.fiocruz.br/lildbi/docsonline/antologias/eh-594.pdf

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