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Teoria da Argumentação Jurídica - Linguagem jurídica e vocabulário jurídico (UNIDADE 4 - EXERCICIO)

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Questão 1 
é legal a proibição do uso do estrangeirismo em propagandas? 
 
Esta questão tem levantado polêmica dentro do Estado do Paraná, onde se questiona a legalidade da Lei 
Estadual que torna obrigatória a tradução de palavras em idioma estrangeiro nas propagandas expostas 
dentro do território paranaense. 
O Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, em sede de medida liminar,determinou a suspensão da aplicação 
desta legislação baseada em dois fundamentos: 1º) a impossibilidade do Estado legislar nesta matéria, pois 
entendeu que quem legisla em matéria de propaganda comercial é somente a União; 2º) na livre 
manifestação do pensamento e de comunicação. Com relação ao primeiro fundamento estamos de acordo 
com a decisão, embora não com o fundamento, pois a competência para legislar em matéria de direitos do 
consumidor é da União, segundo estabelece o artigo 22, inciso I, o qual, embora não estabeleça 
expressamente que é competência da União legislar em matéria de relações de consumo, referido inciso deve 
receber uma interpretação extensiva, mesmo porque, na época em que foi promulgada a Magna Carta, não 
tínhamos um Código de Direitos do Consumidor. Com relação ao segundo fundamento não estamos de 
acordo, embora tenhamos visto os "Xiques" usando em lojas termos como "50% off", por aí! Quero ver um 
americano usando "50% de redução" nos USA! Se alguém já viu me avise, a mente dele deve ser colonizada 
pela influência brasileira, ficarei muito orgulhoso deste fato! Nosso desacordo consiste no fato da proteção 
de nossa cultura e ao direito de informação do consumidor, prevista no artigo 215, parágrafo 3º, inciso I da 
Constituição Federal e no artigo 6, inciso III do Código de Defesa do Consumidor. A língua faz parte de 
nossa cultura e por isso deve ser protegida. O consumidor por sua vez tem que ser informado em português 
ou você acha que ele tem que conhecer outros idiomas ou aquelas palavras que você conhece em inglês por 
exemplo? Entendemos, porém, que em certas circunstâncias termos em língua estrangeira possam ser usados 
em propagandas, por exemplo, quando se trata de denominarmos produtos típicos e especialidades 
conhecidas do público de forma ampla, caso do "champagne". Antes tarde do que nunca, o Governo do 
Estado, 34 anos após a França ter colocado em vigor sua legislação no mesmo sentido, demonstra defender o 
interesse público e nossa cultura, neste caso, protegendo a língua portuguesa. Apenas para acrescentar a 
legislação francesa de 1975 foi posteriormente modificada em 1994 pela Lei Toubon, que prevê pena de 
multa no caso de sua violação! Ainda, na Câmara dos Deputados existe um projeto de Lei de autoria do 
Deputado Aldo Rabello neste sentido. Sem entrar no mérito da análise de cada dispositivo da legislação, é 
suficiente dizer que ela não pode ser aplicada porque o Estado do Paraná não tem competência para legislar 
em matéria de Direitos do Consumidor. 
 
(Disponível em: http://investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/direito-do-consumidor/167091-e-legal-
a-proibicao-do-uso-do-estrangeirismo-em-propagandas. Acessado em 04/06/2016). 
Sobre os estrangeirismos, assinale a alternativa CORRETA: 
Sua resposta 
Correta 
O Common law é um sistema jurídico baseado em precedentes judiciais. 
 
Questão 2 
é possível o Direito sem linguagem? As origens do Direito ocidental, vale aludir, o Direito Romano, 
remontam a uma época em que a Gramática Grega inspirou as fórmulas pretorianas, que por sua vez 
direcionou tudo que se seguiu. Desde cedo, notou-se a importância em escolher com cautela os termos 
da lex. A preocupação semântica era tamanha que vários vocábulos foram institucionalizados pela Ciência 
Jurídica, vez que encerravam verdades incontestáveis. Exemplos felizes são as palavras oikia, polis, homo 
faber, dentre outras. Por si mesmos, os termos jurídicos carregam sentido que transcenderam todas as 
épocas, gerando segurança na sua aplicação. 
A relação da língua com o Direito é tão estreita que usualmente os juristas contam com compêndios 
jurídicos mantidos pela Ciência Jurídica: os dicionários jurídicos. Dentro dela, Ciência Jurídica, as palavras 
tomam um sentido autônomo que, geralmente, não é alcançado pelas outras ciências. 
Em qualquer tempo a linguagem será irremediavelmente o principal instrumento do Direito. Esta é a 
condição precípua da linguagem dentro do Direito. Não é possível pensar o Direito sem a linguagem. 
A capacidade instrumental da linguagem é o que confere ao Direito a condição de Ciência, vez que viabiliza 
a discurso jurídico, sobretudo em sua forma. O Direito serve-se dos recursos linguísticos tal como um 
operário faz uso das suas ferramentas de trabalho: sem elas, seria impossível a ele executar o que se propõe. 
De modo certo, o Direito adotou sua própria linguagem. As palavras assumem dadas acepções dentro dele 
(Direito) que não ocorrem em outras áreas. 
O Direito é um fenômeno cultural, e como tal carrega em si influências do meio em que está inserido. 
Todavia, é também dogmático na medida em que não abre mão de seus institutos, os quais foram forjados 
em torno de uma vasta experiência social. 
Por tudo que foi exposto, parece que não inconcebível pensar a Ciência Jurídica sem uma linguagem que a 
sirva. Direito e linguagem se entrelaçam e se confundem. é certo que nem sempre essa mistura é empregada 
corretamente, contudo esse fato apenas aponta para uma eterna necessidade de aperfeiçoamento que a obra 
humana demanda. Sendo ele um produto da cultura em que está inserido, guarda íntima relação com os 
entendimentos que emanam dela. 
 
(Disponível em: <http://supercassius.jusbrasil.com.br/artigos/111680504/a-linguagem-e-um-poderoso-
instrumento-do-direito>. Acesso em: 4jun. 2016). 
Acerca da linguagem jurídica, assinale a alternativa CORRETA: 
Sua resposta 
Correta 
No âmbito jurídico, a linguagem escrita é valorizada em razão da segurança jurídica. 
 
Questão 3 
Lançada em 2005, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Campanha de Simplificação da 
Linguagem Jurídica teve como mote a ideia de que 'ninguém valoriza o que não conhece";. A entidade vê a 
linguagem jurídica como um grande desafio para que o Poder Judiciário possa se aproximar do cidadão, 
apontando a necessidade de uma 'reeducação linguística"; nos tribunais e nas faculdades de Direito, onde se 
deveria primar por uma linguagem simples, direta e objetiva. A campanha iniciou-se com palestras do então 
presidente da entidade, o juiz Rodrigo Collaço, e do renomado professor de Língua Portuguesa, Pasquale 
Cipro Neto. Ao ensejo, a AMB lançou um livreto com termos acessíveis, correspondentes às complicadas 
palavras e expressões comumente utilizadas nos documentos produzidos pelos profissionais do Direito. à 
época, a Associação, com o objetivo de conscientizar estudantes de Direito sobre a importância do uso de 
um vocabulário mais simples, premiou trabalhos que versassem sobre o tema da campanha. O incentivo se 
estendeu aos magistrados que, no dia a dia, desenvolvessem e utilizassem formas mais eficazes de 
comunicação com o cidadão. Atualmente, entretanto, não há ações explícitas da campanha na página 
eletrônica da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). 
(Disponível em: <http://revistapensar.com.br/direito/pasta_upload/artigos/a121.pdf>. Acesso em: 4 jun. 
2016). 
Quanto aos níveis de linguagem, assinale a alternativa CORRETA: 
Sua resposta 
Correta 
A linguagem cartorária é a linguagem utilizada nos cartórios, cuja finalidade consiste em registrar os atos de 
direito. 
 
Questão 4 
No que tange a estrutura do texto legal, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas: 
 
 
I. A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem, e explicitará, de modo conciso e sob a forma 
de título, o objeto da lei. 
 
 
 
PORQUE 
 
 
II. O preâmbulo indicará o órgão ou a instituição competente para a prática do ato e sua base legal. 
Acercada estrutura do texto legal, assinale a alternativa que apresenta a opção correta: 
Sua resposta 
Correta 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
 
Questão 5 
Acerca das características do vocabulário jurídico, avalie as asserções a seguir e a relação entre elas: 
 
1. I. A linguagem doutrinária é aquela utilizada pelos doutrinadores, juristas especialistas no assunto, 
que visam a apresentar conceitos, institutos e controvérsias jurídicas aos leitores. 
2. 
PORQUE 
 
1. II. No âmbito jurídico, a linguagem escrita é valorizada em razão da segurança jurídica, uma vez que 
preserva os atos e garante a plausibilidade dos julgamentos futuros. 
1. No que tange as características do vocábulo jurídico, assinale a alternativa correta: 
 
Sua resposta 
Correta 
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
 
Questão 1 
As ementas precisam apresentar clareza, precisão e atender à ordem lógica, qual seja: do maior para o 
menor, do gênero para a espécie. As palavras usadas devem ser aquelas do sentido comum, e as frases, 
curtas e concisas. Vícios de linguagem como neologismos e regionalismos; inversão da ordem dos termos da 
oração; e adjetivação excessiva – denunciando um posicionamento subjetivo – devem ser evitados a todo 
custo. 
Deve-se ter cuidado, ainda, com invenções do tipo: peça-ovo, em vez de denúncia; portal, em vez de petição 
inicial; etc. No que tange ao tempo verbal, o mais apropriado é o presente do indicativo ou o futuro simples. 
Não se deve esquecer que a repetição, muitas vezes, é um fator de coesão, utilizado para enfatizar o texto. 
Assim, é melhor repetir uma informação do que usar sinônimos que possam comprometer o enunciado, 
deixando o leitor inseguro. 
Entretanto, meras repetições, como, por exemplo, “o prazo é em dobro, por isso é tempestivo o recurso 
dentro do prazo em dobro” ou “não pode e não deve ser feito assim” são completamente inócuas e 
desnecessárias. Rechaçadas também devem ser construções do tipo “sem sombra de dúvida”, 
“evidentemente que”, etc. Evitar o uso de termos que possam sugerir uma possível ambiguidade, como, por 
exemplo, a palavra “parte”, que pode ser tanto parte do todo quanto parte do processo; “recurso”, que pode 
ser tanto recurso econômico quanto recurso processual. 
Ao transcrever um trecho da ementa, certificar-se de que os elementos de entendimento ali presentes estão 
completos, pois o futuro leitor não terá conhecimento da parte não transcrita. Em relação às siglas, quando 
da primeira vez em que aparecem no texto, escreve-se o seu significado por extenso, pois nem sempre 
conhecemos todas elas, em seguida usa-se apenas a sigla. Por extenso, também, escrevemos os números e as 
porcentagens. Os números de leis, cuja indicação taxativa deve ser repetida sempre que necessária (em vez 
de a lei anterior, a lei acima referida, etc.), podem ser escritos em numeração algébrica. Por ser um texto 
objetivo, a ementa não deve conter, de forma alguma, posicionamentos que possam censurar o trabalho do 
juízo inferior. 
Afirmações do tipo “o juiz de primeiro grau está errado quando diz que...” ou “traduz rematado absurdo 
admitir defesa como a que se viu nos autos...” deixam o trabalho eivado de subjetividade. Também deve ser 
evitada a invocação de argumento de autoridade: “Afirma o doutrinador Fulano que...” ; “Conforme já se 
pronunciou a Câmara Tal...”, o que não impede sua utilização ao longo do corpo do acórdão, sustentando 
determinada argumentação. A ementa representa sempre uma discussão em tese; assim sendo, não há 
necessidade de se explicar o porquê do julgamento, mas, sim, discutir abstratamente o tema propriamente 
dito. (Disponível em: http://bd.tjmg.jus.br/jspui/bitstream/tjmg/436/1/D4v1962011.pdf. Acessado em 
04/06/2016). 
 
Analise as seguintes proposições: 
I – A ementa é um elemento dispensável no acórdão. 
II – A ementa do acórdão é formada por duas partes: a verbetação e o dispositivo. 
III – Devem ser utilizadas na ementa expressões que remetam diretamente para o assunto, isto é, deve-se 
evitar a utilização de frases genéricas que dificulte ou impossibilite a compreensão da decisão judicial. 
IV – A ementa possui uma série de palavras-chave que traduzem o conteúdo do acórdão, escritos em letra 
minúscula. Após, são sintetizadas as conclusões do acórdão em itens distribuídos em numeração romana e 
em caixa alta (caps lock). 
Assinale a alternativa correta: 
Sua resposta 
Correta 
Somente está correto o que se afirma nas proposições II e III. 
 
Questão 2 
Segundo exemplos retirados de petições diversas, constatamos, por exemplo, que o advogado disse que o 
seu adversário X, na ação de usucapião, não foi "negligente"; foi "indiligente". Ainda que o significado do 
termo seja de fácil compreensão, ele não é de uso regular - e sequer consta do dicionário Aurélio. 
Verificamos, noutro caso, que a sentença do juiz não foi "impugnada" pela parte; em vez disso, foi pedida a 
"modificação da sentença objurgada". Mais uma vez, o meio mais difícil para se expressar foi eleito: vale 
notar que objurgado é palavra de raríssimo uso e, mais uma vez, não consta do dicionário Aurélio. Do 
mesmo modo, constou de outra petição a descrição de um advogado inconformado a respeito do 
comportamento de determinada pessoa: "como sói acontecer, Y não atendeu aos termos do decisório 
vergastado". 
Traduzindo: como de hábito, Y não cumpriu a decisão judicial. A vergasta (vara fina, de açoitar) deve ter 
sido bem utilizada. é certo que nosso idioma oferta incontáveis variantes terminológicas. A riqueza e a 
variedade de sinônimos são grandes e podem ser usadas seja como um fator de estipulação de um estilo 
pessoal - como marca própria, subjetiva - seja para evitar repetições aborrecidas - Z alegou..., alegou ainda 
que..., alegou, também. 
De outro lado, uma faceta dessa variedade é o uso para dificultar o acesso, deliberadamente, do que poderia 
ou haveria de ser fácil, talvez pelo sentimento geral de que a informação dificilmente compreendida é 
erudita ou valiosa. é o uso da palavra como escudo, como barreira, ao oposto do seu fito primeiro, que é 
exatamente derrubar barreiras interpessoais e promover a comunicação. 
(...) 
Que o jargão se use quando necessário, parece-me perfeito, quando feito de modo oportuno, mas o exagero 
ao lançar mão, de forma desnecessária, de termos incomuns, estranhos ou mesmo inexistentes caracteriza 
mais do que um estilo pessoal: oculta a intenção de alienar o outro, sobretudo o leitor "comum", menos 
acostumado com tais termos. 
Caracteriza o uso da palavra como barreira, detrás da qual se colocam os profissionais pelos mais diversos 
motivos. Não é um objetivo nobre, certamente. Utilizar-se da linguagem, no processo judicial, como escudo 
apenas contribui para disseminar uma noção popular segundo a qual, de regra, "não dá para entender nada" 
do que está numa petição jurídica. Se um processo judicial não é, por natureza, leitura popular, nem por isso 
deve-se contribuir para que seja antipopular. 
 
(Disponível em: <http://conhecimentopratico.uol.com.br/linguaportuguesa/gramatica-
ortografia/19/artigo159583-1.asp>. Acesso em: 4 jun. 2016). 
Sobre a linguagem jurídica, assinale a alternativa CORRETA: 
Sua resposta 
Correta 
Os termos de polissemia externa são aqueles que possuem um significado na linguagem corrente e outro na 
linguagem jurídica. 
 
Questão 3 
1. RECURSO ESPECIAL. TRIBUTáRIO. ISS. ATIVIDADE NOTARIAL E DE REGISTRO PúBLICO. 
APLICABILIDADE DO REGIME DE TRIBUTAçãO FIXA DO ART. 9., § 1º. DO DL 406/68. RECURSO 
ESPECIAL PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, PROVIDO. 1. Não se reconhece ofensa 
ao art. 535, II do CPC quando o acórdão impugnado manifesta-se fundamentadamente sobre a questão posta 
em discussão. 2. O tema referente à possibilidade de cobrança do ISS sobre serviços notariais foi definido 
pelo STF emsentido positivo, por força do julgamento da ADI 30.892/DF; esse julgamento, todavia, não 
cuidou da base de cálculo do referido tributo, até porque esse não era o foco do questionamento posto à 
apreciação da Corte Suprema, mas somente a constitucionalidade (ou não) da inclusão do serviço notarial e 
de registro público na lista anexa à LC 116/03 (observação constante da decisão do ilustre Ministro 
GILMAR MENDES, na RCL 12.610/PB, DJE 16.11.2011). 3. é consabido que os serviços notariais e de 
registro público são exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público (art. 236 da CF). 
Predomina, nesta atividade, o seu caráter personalíssimo, tanto que o titular do Cartório é investido por meio 
de concurso público (art. 236, § 3o. da CF), sua responsabilidade é pessoal (arts. 21 e 22 da Lei 8.935/94), 
estando, ainda, sob supervisãodo Poder Judiciário. 4. O fato de a atividade ser executada sob perspectiva 
lucrativa ou a possibilidade de serem contratados empregados ou prepostos para o auxílio do Titular do 
Cartório, no desempenho de suas funções, por si só, não retira o seu traço distintivo essencial, qual seja, o de 
ser realizada sob a forma de trabalho pessoal; assim, dado o seu caráter personalístico, a Documento: 
24942397 - RELATóRIO E VOTO - Site certificado Página 4 de 11 Superior Tribunal de Justiça atividade 
cartorária mais se aproxima daquelas exercidas por profissionais autônomos, ajustando-se à perfeição ao § 
1º. do art. 9o. do DL 406/68. 5. O proveito econômico auferido visa a assegurar a continuidade do serviço 
prestado, sendo condição para a delegação, sob pena de tornar inviável a atividade a ponto de desestimular 
candidatos, o que acabaria por frustrar a própria consecução do serviço público prestado. 6. Ofende o 
princípio da isonomia pretender tributar os Notários e Registradores, cuja natureza do trabalho desenvolvido 
é indiscutivelmente pessoal, da forma como são tributadas sociedades que desenvolvem típica atividade 
empresarial. 7. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, provido, para reconhecer a violação 
ao art. 9., § 1º. do DL 406/68, restabelecendo, em sua integralidade, a outa sentença de primeiro grau (Resp 
n. 1.328.384-RS, Min. Rel. Napoleão Nunes Maia Filho). 
 
 
 
 
 2. RECURSO ESPECIAL Nº 1.328.384 - RS (2011/0310670-7) 
 
RELATOR: MINISTRO NAPOLEãO NUNES MAIA FILHO 
RECORRENTE: MARCELO SACCOL COMASSETTO 
ADVOGADO: DéCIO ANTôNIO ERPEN E OUTRO(S) 
ASSISTENTE: ASSOCIAçãO DOS NOTáRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL 
ADVOGADO: MAURíCIO ZOCKUN E OUTRO(S) 
RECORRIDO: MUNICíPIO DE TRAMANDAí 
PROCURADOR: ANDRé MEDEIROS JORGE E OUTRO(S) 
As estruturas dos acórdãos acima mencionadas referem-se, respectivamente, a: 
Sua resposta 
Correta 
Ementa e cabeçalho. 
 
Questão 4 
Suponha que você é juiz e, no deslinde do processo ao qual está atuando, as testemunhas se contradizem em 
seus depoimentos. Diante de tal situação, você, como juiz, determina a acareação das testemunhas. 
Considerando o termo "acareação", assinale a alternativa correta: 
Sua resposta 
Correta 
Acareação é o ato de colocar frente a frente duas ou mais testemunhas com acusados ou partes, objetivando 
a confrontação das distintas declarações. 
 
Questão 5 
O fato é que os textos das decisões dos tribunais, e especialmente do Supremo Tribunal Federal, hoje têm-se 
caracterizado por serem longos, prolixos e fragmentados, o que nem sempre foi a prática desenvolvida na 
Corte. Em sua origem histórica, o Tribunal herdou a prática de redação desenvolvida por seu antecessor, o 
Supremo Tribunal de Justiça do Império, 
que, por sua vez, assimilara a tradicional cultura francesa das decisões sintéticas que visavam apresentar um 
raciocínio jurídico mais lógico e definido, sem margem para doutrina. Ao longo de seu primeiro centenário, 
o STF praticou um estilo redacional que sempre abriu espaço para doutrina, mas que não por isso deixou de 
manter as características das decisões mais sintéticas, que muitas vezes eram escritas de próprio punho pelo 
Ministro Relator, sendo que os demais Ministros comumente se limitavam a acompanhá-lo ou, se divergiam, 
a produzir votos mais elaborados, eventualmente com alguma doutrina, que seriam juntados ao acórdão. 
(...) 
As reformas são necessárias, mas, deve-se reconhecer, de complexa implementação, em razão dos 
obstáculos – hoje praticamente intransponíveis – impostos pela grande quantidade de processos e pela 
própria organização dos trabalhos na Corte, que necessitariam ser primeiro amplamente modificados – com 
as complicações inerentes à mudança de toda uma prática e uma cultura de trabalho consolidadas – para 
então se poder pensar em possíveis vias de reforma do formato das decisões. 
O reconhecimento quanto à problemática das ementas e à carência de reformas em seu formato textual 
demonstram uma tendência de necessária aproximação, ainda que mínima, dos modelos per curiam de 
apresentação pública do resultado da deliberação. No Supremo Tribunal Federal, a manutenção do 
modelo seriatim ou de texto composto, em virtude das dificuldades práticas de uma ampla e profunda 
reforma na estrutura do acórdão, tende a ser complementada e assim mitigada com a introdução de um 
modelo de redação e formatação das ementas, que permita a construção de um texto unitário e sintético, o 
qual possa representar a decisão do colegiado como uma unidade institucional. Essa é, ao menos, a 
perspectiva de médio ou curto prazo que se pode hoje vislumbrar na prática. As reformas na estrutura e 
formatação das ementas são hoje necessárias para a construção de uma cultura de precedentes do 
Tribunal, o que, como afirmado anteriormente, tem encontrado um sério obstáculo nesse modeloseriatim de 
apresentação pública das decisões. Disponível em: <http://www.conjur.com.br/2015-ago-01/observatorio-
constitucional-formato-acordao-obstaculo-construcao-cultura-precedentes>. Acesso em: 4 jun. 2016. 
 
Analise as afirmações: 
I – Ao ingressar com uma ação de competência originária ou interpor um recurso no Tribunal Superior o 
processo será distribuído por sorteio ou prevenção. 
II – As decisões proferidas nos Tribunais Superiores são singulares. 
III – No Supremo Tribunal Federal existem duas Turmas, sendo constituídas de cinco Ministros cada uma. 
IV – O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de trinta e três Ministros e funciona em Plenário, em Corte 
Especial, em Seções especializadas e em Turmas especializadas. 
Assinale a alternativa correta: 
Sua resposta 
Correta 
Somente está correto o que se afirma nas proposições I, III e IV.

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