@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); CASOS CLÍNICOS - Diagnóstico e tratamento das alterações e patologias do complexo maxilomandibular: lesões do complexo estomatognático de origem odontogênica, lesões do complexo estomatognático de origem não odontogênica, patologias das glândulas salivaresTÓPICO: Cistos odontogênicos e patologia das glândulas salivaresCaso 1. Sara, uma mulher de 25 anos, foi encaminhada por sua dentista particular para a faculdade, pois ao realizar a radiografia panorâmica para avaliação de terceiros molares, observou que a paciente possuía os dentes do siso inclusos, contudo, o dente 48 possuía uma imagem radiolúcida circunscrita bem definida, com 2 cm de diâmetro, associada à coroa dele. Qual é a hipótese diagnóstica? Qual é a conduta a ser realizada nesse caso?Resolução: A maioria dos cistos dentígeros são assintomáticos, sendo descobertos por exames radiográficos de rotina, e apresentamse radiograficamente como uma lesão unilocular radiolúcida circunscrita, com limites precisos e com um halo radiopaco circundando a coroa de um dente incluso, no limite da junção amelocementária. A relação do cisto com a coroa dentária pode apresentar as seguintes variações: central, lateral e circunferencial. Os cistos dentígeros podem deslocar dentes, além de poderem causar reabsorção radicular em 50% dos casos. Indica-se a enucleação cística e remoção do dente envolvido, sendo importante encaminhar o material colhido para exame histopatológico para descartar outras patologias, que podem se desenvolver na mesma região, formando diagnóstico diferencial com o cisto dentígero, como um ceratocisto em estágio inicial.Caso 2. Julio é um menino de 7 anos que levou um tombo na escola há aproximadamente 45 dias. Ele bateu a boca, levando a um corte no lábio inferior. Após 15 dias e cicatrização do corte, sua mãe notou que próximo ao ângulo da boca, na mucosa, surgiu um \u201ccaroço\u201d, de cor rosa, que aumentava e diminuía, mas não desaparecia. Julio reclamava que às vezes o mordia e atrapalhava para falar e comer. A mãe então buscou o seu dentista. O que pode estar acontecendo? Qual é a hipótese diagnóstica mais provável? Qual é a conduta clínica?Resolução: Devido ao histórico de trauma, provavelmente estamos diante de uma mucocele, na qual ocorre o rompimento do ducto excretor da glândula salivar, levando ao derramamento de mucina para o interior dos tecidos moles adjacentes. Clinicamente pode aparecer como uma elevação nodular, ovalada ou arredondada, indolor, de coloração que varia de rósea a azulada. A coloração depende do tamanho da lesão, da profundidade e da elasticidade do tecido mucoso. Algumas mucoceles se rompem e cicatrizam por si mesmas. O tratamento da mucocele é sua completa excisão, com remoção das glândulas salivares menores envolvidas, antes da sutura. Lesões maiores podem ser tratadas por marsupialização primeiramente, seguida da completa excisão cirúrgica. Para evitar a recidiva da lesão, é necessário remover todo o tecido glandular envolvido, até o músculo.
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