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Centro Cirúrgico Professora Priscila Miranda • A terminologia cirúrgica é o conjunto de termos utilizados para identificar o tratamento cirúrgico a ser realizado. • Ao fazer uso da terminologia cirúrgica é possível: - fornecer informação sobre o procedimento que será realizado, - descrever a cirurgia em prontuário, - permitir o preparo adequado dos instrumentais e equipamentos cirúrgicos apropriados a cada tipo de cirurgia. Como funciona a nomenclatura cirúrgica? Geralmente é formada por: •PREFIXOS Indicam o órgão a ser operado •SUFIXOS Indicam o ato cirúrgico Prefixos: Oto – ouvido Oftalmo – olho Rino – nariz Bléfaro – pálpebra Tráqueo – traqueia Gastro – estômago Êntero – intestino delgado Cólon – intestino grosso Hepato – fígado Anatomia Prefixos: Cole – vias biliares Procto – reto e ânus Laparo – parede abdominal Nefro – rim Cisto – bexiga Hístero – útero Colpo - Vagina Orquio – testículo Ósteo – osso Angio – vasos sanguíneos Litíase – cálculo Sufixos: Ectomia – remover um órgão Stomia – fazer cirurgicamente uma nova boca Ráfia – suturar ou reparar Pexia – fixação de um órgão Scopia – olhar o interior Plastia - alteração da forma Otomia – abertura de um órgão com ou sem dreno COLOSTOMIA ECTOMIA Apendicectomia – retirada cirúrgica do apêndice. Cistectomia – retirada da bexiga. Colecistectomia – remoção cirúrgica da vesícula biliar. Gastrectomia – retirada total ou parcial do estômago. Histerectomia – extirpação do útero. Mastectomia – retirada da mama. Orquidectomia – retirada dos testículos. Pneumectomia – remoção dos pulmões. Prostatectomia – remoção da próstata. PEXIA • Hisperopexia – fixação do útero na parede abdominal ou na vagina. • Nefropexia – fixação do rim na parede abdominal posterior. • Orquidopexia – fixação do testículo no escroto. SCOPIA • Broncoscopia – exame com visão direta dos brônquios. • Cistoscopia − exame com visão direta da bexiga. • Laringoscopia − exame com visão direta da laringe. • Laparoscopia − exame com visão direta dos órgãos abdominais. OTOMIA • Laparotomia – abertura da cavidade abdominal. • Litotomia – incisão de um órgão para retirar cálculo. • Toracotomia – abertura do tórax. OSTOMIA • Cistostomia − abertura da bexiga para drenagem de urina. • Colostomia – operação para formar abertura artificial no cólon. • Gastrostomia – formação cirúrgica de fístula gástrica na parede abdominal para introduzir alimentos. PLASTIA • Abdominoplastia - cirurgia plástica do abdomen. • Rinoplastia – cirurgia plástica do nariz. (A) Colecistectomia (B) Orquiectomia (C) Histeropexia. (D) Colectomia (E) Gastrectomia ( ) Remoção total ou parcial do cólon. ( ) Suspensão e fixação do útero à parede abdominal. ( ) Remoção da vesícula biliar. ( ) Remoção do estômago ou parte dele. ( ) Extirpação de um ou dos dois testículos. Voltando para o Centro Cirúrgico Voltando para o Centro Cirúrgico Setor complexo Envolve riscos operacionais Rotinas específicas Requer do enfermeiro responsável, além de conhecimento técnico- científico, habilidade, equilíbrio emocional, constante atualização acerca dos avanços tecnológicos e conhecimento de gestão de pessoas. Segurança do Paciente • 2004, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou a Aliança Mundial para Segurança do Paciente, ação que ampliou a atenção ao problema da segurança do paciente, com a intenção de despertar a consciência e o comprometimento com a melhoria da segurança na assistência. • A qualidade e a segurança na assistência à saúde envolve o atendimento do paciente desde o acolhimento na recepção até a alta, e com a finalidade de prevenir as possíveis situações de risco presentes nas diversas fases: Cirurgia segura • A assistência cirúrgica atualmente se constitui em elemento essencial da assistência em saúde pelo mundo: traumas complexos, cânceres e doenças cardiovasculares que continuam a aumentar, ampliando cada vez mais o volume de intervenções cirúrgicas realizadas nos sistemas de saúde. • a promoção da segurança cirúrgica depende de uma sequência de etapas necessárias na assistência, que envolve toda a equipe multiprofissional, trabalhando em conjunto para o benefício do paciente (OMS, 2009). Cirurgia segura Aliança Mundial para a Segurança do Paciente iniciou seus trabalhos nesse Desafio em janeiro de 2007, tendo como o objetivo principal a melhoria da segurança da assistência cirúrgica pela determinação de padrões e também a redução de mortes e complicações durante a cirurgia. Organização Mundial da Saúde - OMS - revelou que 01 (um) em cada 150 (cento e cinquenta) pacientes hospitalizados morre em consequência de um incidente. Checklist para cirurgia segura EUA, entre 1995 e 2006, apontou que 13% dos eventos adversos relatados devia-se a cirurgias em sítios errados. O checklist Cirurgias seguras salvam vidas foi desenvolvido pela OMS, tem a finalidade de auxiliar as equipes operatórias na redução das ocorrências de erros e possíveis danos ao cliente, visando reforçar a segurança operatória com práticas corretas, promovendo uma melhor comunicação e trabalho em equipe. checklist para cirurgia segura devendo ser coordenado por um elemento da equipe que atua na unidade de centro cirúrgico antes do paciente deixar a sala operatória antes do início da incisão cirúrgica e antes da indução anestésica o checklist encontra-se dividido em três momentos: • O condutor da Lista de Verificação deverá: • Revisar verbalmente com o próprio paciente, sempre que possível, que sua identificação tenha sido confirmada. Confirmar que o procedimento e o local da cirurgia estão corretos. Confirmar o consentimento para cirurgia e a anestesia. Confirmar visualmente o sítio cirúrgico correto e sua demarcação Confirmar a conexão de um monitor multiparâmetro ao paciente e seu funcionamento. Revisar verbalmente com o anestesiologista, o risco de perda sanguínea do paciente, histórico de reação alérgica e se a verificação completa de segurança anestésica foi concluída. • A confirmação da realização da cirurgia correta no paciente correto, no sítio cirúrgico correto. • A revisão verbal, uns com os outros, dos elementos críticos de seus planos para a cirurgia, usando as questões da Lista de Verificação como guia. • A confirmação da administração de antimicrobianos profiláticos nos últimos 60 minutos da incisão cirúrgica. • Confirmação da acessibilidade dos exames de imagens necessários. • A conclusão da contagem de compressas e instrumentais. • A identificação de qualquer amostra cirúrgica obtida. • A revisão de qualquer funcionamento inadequado de equipamentos ou questões que necessitem ser solucionadas. • A revisão do plano de cuidado e as providencias quanto à abordagem pósoperatória e da recuperação pós- anestésica antes da remoção do paciente da sala de cirurgia. QUESTÃO O checklist Cirurgias seguras salvam vidas foi desenvolvido pela OMS, também chamado de lista de verificação, tem a finalidade de auxiliar as equipes operatórias na redução das ocorrências de erros e possíveis danos ao cliente, visando reforçar a segurança operatória com práticas corretas, promovendo uma melhor comunicação e trabalho em equipe. Deve ser coordenado por um elemento da equipe que atua na unidade de centro cirúrgico, que é composta por cirurgiões, anestesiologistas, enfermeiros, técnicos e demais profissionais envolvidos. Assim, é importante que essa equipe trabalhe interdisciplinarmente, uma vez que todos são responsáveis pela segurança do cliente, cada qual no desempenho de sua função, garantindo o sucesso do procedimento cirúrgico. Dentrodo contexto apresentado no texto, assinale a alternativa que contém os três momentos em que o checklist deve ser aplicado: • a) Antes da avaliação anestésica, antes do início da incisão cirúrgica e antes do paciente entrar na sala operatória. • b) Antes da indução anestésica, antes do início da decisão cirúrgica e antes do paciente entrar na sala operatória. • c) Logo após a indução anestésica, após o início da incisão cirúrgica e antes do paciente deixar a sala operatória. • d) Antes da indução anestésica, imediatamente após o término da cirurgia e antes do paciente deixar a sala operatória. • e) Antes da indução anestésica, antes do início da incisão cirúrgica e antes do paciente deixar a sala operatória. • implementação do checklist da campanha de cirurgia segura da OMS, pode haver redução de complicações pós- operatórias, bem como diminuição de erros e até mortalidade dos pacientes cirúrgicos.