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Biossegurança nas Ações de Saúde

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1 
 
1. DEFINIÇÕES 
 
A Biossegurança é um processo funcional e operacional de fundamental importância em 
serviços de saúde, não só por abordar medidas de Controle de Infecções para proteção da equipe 
de assistência e usuários em saúde. Ela tem um papel fundamental na promoção da consciência 
sanitária, na comunidade onde atua, sobre a importância da prevenção do meio ambiente na 
manipulação e no descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes e na redução geral de riscos 
à saúde e acidentes ocupacionais. 
A palavra biossegurança é uma designação genérica da segurança das atividades que 
envolvem organismos vivos (bio = vida + segurança). É uma junção da expressão "segurança 
biológica", voltada para o controle e a minimização de riscos advindos da exposição, manipulação 
e uso de organismos vivos que podem causar efeitos adversos ao homem, animais e meio 
ambiente. 
 Ao adotarmos procedimentos específicos para evitar ou minimizar os riscos de atividades 
potencialmente perigosas que envolvem organismos vivos, estamos aplicando a biossegurança. 
Tais procedimentos são amplamente adotados em hospitais, laboratórios que pesquisam ou 
produzem patógenos ou outros organismos que apresentam potencial de dano à saúde pública, à 
vida humana e ao meio ambiente. 
Segundo a Fiocruz temos a seguinte definição: 
 "Biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou 
eliminação de ricos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento 
tecnológico e prestação de serviços, riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos 
animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos da qual depende a vida de 
todos os seres vivos no nível individual e coletivo e do ambiente em geral." 
No Brasil, a biossegurança passou a ser mais amplamente abordada na questão dos 
organismos geneticamente modificados, popularmente conhecido por "OGMs" ou transgênicos". 
Estes organismos são assim conhecidos porque passaram por um processo de melhoramento 
conhecido como "engenharia genética". 
A Lei de Biossegurança regula todos os aspectos da manipulação e uso de OGMs no 
Brasil, incluindo pesquisa em contenção, experimentação em campo, transporte, importação, 
produção, armazenamento e comercialização. Seu escopo limita-se ao uso da engenharia genética, 
ou uso da técnica do DNA/RNA recombinante, para a troca de material genético entre organismos 
vivos. Outras técnicas biotecnologias, como fusão celular e cultura de tecidos, não são incluídas. 
O cerne da questão da biossegurança é a implementação de medidas que previnam os 
riscos. Vamos adotar como exemplo a questão dos riscos no trânsito. Se vamos atravessar a rua, 
sempre corremos o risco de atropelamento. Rapidamente analisamos e tomamos a decisão de 
atravessar ou não esta rua. Usamos, para tanto, as informações disponíveis, neste caso, o fluxo de 
automóveis (quantidade, velocidade), distância a ser percorrida para atravessar a rua, etc. Com 
2 
 
esta atitude estamos, efetivamente, realizando uma análise de risco. Os resultados desta análise 
serão usados para a tomada de decisão sobre atravessar ou não a rua (correr ou não o risco, 
dependendo de sua intensidade). 
A consciência dos profissionais em relação aos riscos a que estão expostos cresceu, 
adoção de medidas de segurança nos laboratórios e nos serviços de saúde: desinfecção, 
descartáveis, esterilização, higiene etc. Os riscos são gerados pela ação do homem e nunca é 
demais a formação continuada dos recursos humanos para criação de uma consciência crítica e 
precaucionária. 
 
ALGUMAS DOENÇAS OCUPACIONAIS 
Doenças Infecciosas: 
o AIDS - Primeiro caso na Inglaterra em 1984 (perfuração e agulha- acidente com uma 
enfermeira). 
o Hepatite B - profissionais de saúde tem um risco 10 X maior que a população. 
o Leptospirose- atendimento de populações em catástrofes (enchentes). 
o Tuberculose. 
Doenças emergentes- impactos sociais e para e ecologia: 
o Febre hemorrágica da Argentina e da Bolívia: modificações na agricultura, 
favorecimento da proliferação de vetor; 
o Febre de Rift Valley - aumento da população de ratos urbanos, barragens e 
inundações; 
o Dengue - aumento da densidade populacional em áreas urbanas; 
o Influenza - Troca de materiais genéticos e geração de novos sorotipos entre espécies 
reservatórios; 
Doenças não transmissíveis 
o Intoxicações químicas agudas; 
o Intoxicações químicas crônicas (doenças neurológicas, hepáticas, alergias, câncer, 
aborto, parto prematuro, malformação congênita do filho, etc); 
o Sobre exposição ao RX (leucopenia, leucemia). 
 
BIOSSEGURANÇA E IATROGENIA 
Lei nº 11.105, de 24 de Março de 2005. 
 
Regulamenta os incisos II, IV e V do § 1o do art. 225 da Constituição Federal, 
estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que 
envolvam organismos geneticamente modificados – OGM e seus derivados, cria o 
Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS, reestrutura a Comissão Técnica Nacional 
de Biossegurança – CTNBio, dispõe sobre a Política Nacional de Biossegurança. 
 
 
 3 
 
A utilização dos antibióticos em medicina, apesar dos extraordinários efeitos curativos, 
pode causar efeitos indesejáveis, que por vezes colocam a vida do paciente em risco ou 
determinam sequelas orgânicas. A iatrogenia decorrente da antibioticoterapia é com frequência 
inevitável, já que resulta das ações tóxicas ou irritantes inerentes ao medicamento ou de 
manifestações de hipersensibilidade do hospedeiro, ou ainda alterações metabólicas e biológicas 
que se operam no paciente devidas a ação do antibiótico em uso. 
A iatrogenia refere-se a um estado de doença , efeitos adversos ou complicações causadas 
por ou resultantes do tratamento médico. 
 Há muitas fontes de iatrogenia, como: 
o Erro medico; 
o Negligência ou procedimentos com falhas; 
o Suicídio assistido (ex: Eutanásia); 
o Má caligrafia nas prescrições; 
o Interação medicamentosa; 
o Efeitos adversos dos medicamentos; 
o Má utilização dos antibióticos, levando à criação de resistências; 
o Tratamentos radicais; 
o Erros de diagnóstico; 
o Infecções nosocomiais. 
 
 
 
2. HIGIENE E PROFILAXIA 
 
 
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saneamento pode ser entendido como o 
controle de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos 
nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. 
Neste enfoque, o saneamento tem por objetivo minimizar os danos ao meio ambiente que 
interferem na saúde da população, pode-se dizer que saneamento caracteriza o conjunto de ações 
socioeconômicas que têm por objetivo alcançar salubridade ambiental. Também é fator essencial 
para saúde, economia e produção de um país. 
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas - ONU (2008), a população 
mundial ultrapassa a marca impressionante de mais de 6 bilhões de habitantes. Destes, 2,6 bilhões, 
ou seja, 40% não têm acesso à rede de coleta de tratamento de esgotos. São 200 milhões de 
toneladas de dejetos humanos lançados anualmente em nossos rios e lagos. Como consequência, a 
4 
 
cada 20 segundos uma criança morre em função de doenças como (diarreia, cólera, tifo, etc.). Isto 
significa 1,5 milhões de mortes de crianças a cada ano. 
O saneamento básico, considerado uma das mais importantes Metas do Milênio, ainda 
inexiste para uma parcela significativa da população mundial. No caso específico do Brasil, país 
de destaque no cenário econômico mundial ainda não cumpriu uma tarefa fundamental: garantir 
saneamento básico a sua população. 
Compreender as noções básicas de higiene e profilaxia possibilita nossa melhor atuação,tanto do ponto de vista individual quanto coletivo. 
Higiene 
 
É um conjunto de conhecimentos e técnicas para evitar doenças infecciosas usando desinfecção, 
esterilização e outros métodos de limpeza com o objetivo de conservar e fortificar a saúde. 
 
Profilaxia 
 
É a aplicação de meios tendentes a evitar as doenças ou a sua propagação. 
Uma doença tem um ou mais agentes causadores. Estes necessitam de alguma maneira interagir 
com o organismo para gerar a doença. Toda e qualquer medida que procure impedir esta 
interação pode ser chamada de medida profilática. 
Muitas pessoas acreditam que para se ter saúde basta manter uma boa alimentação e evitar 
vícios que afetam o organismo. Outras, que a saúde depende de acesso a bons serviços de 
prestação de assistência pública ou privada. 
Apesar de esses fatores - e muitos outros, em conjunto - serem indispensáveis para 
alcançarmos condições ideais de vida com saúde, faz-se necessário ressaltar que a higiene é um 
dos mais importantes para assegurar tais condições. 
Quando nos referimos à higiene, falamos não apenas da individual, no dia-a-dia, como 
tomar banho e escovar os dentes. Além dessas ações, voltadas para o cuidado e preservação do 
corpo, todas aquelas direcionadas à manutenção da saúde mental também integram o que 
denominamos higiene pessoal. 
Nessa perspectiva, o homem deve ser orientado a buscar uma vida equilibrada, 
reconhecendo, porém, que a saúde física e mental dependem de ações tanto individuais como 
coletivas. 
No nível das ações individuais, para que as pessoas optem por adotá-las, faz-se necessário 
que saibam de sua importância e tenham condições de utilizá-las. Daí a relevância da educação e 
orientação para a saúde transmitidas nas esferas familiar, cultural e das ações governamentais. 
Considerando-se o permanente inter-relacionamento do homem com os seus semelhantes e 
o meio ambiente, amplia-se sua responsabilidade no campo da higiene. Assim, ao nos referimos à 
higiene e sua relação com as condições de saúde da população não podemos pensar apenas na 
dimensão da responsabilidade individual. 
Prevenir doenças e manter a saúde humana não depende apenas de campanhas de vacinação 
em massa ou acesso aos serviços de saúde. É preciso planejar e investir de forma a permitir uma 
efetiva integração de ações nas áreas da saúde, educação e meio ambiente. 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
 
 5 
 
As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema grave e um 
grande desafio, exigindo ações efetivas de prevenção e controle pelos serviços de saúde. As 
infecções nesses serviços ameaçam tanto os pacientes quanto os profissionais e podem acarretar 
sofrimentos e gastos excessivos para o sistema de saúde. Ainda, podem resultar em processos e 
indenizações judiciais, nos casos comprovados de negligência durante a assistência prestada. 
A meta de redução da infecção no hospital depende do ato simples de lavagem das mãos, 
da motivação e orientação dos profissionais da equipe de Saúde. As mãos são consideradas 
ferramentas principais dos profissionais que atuam nos serviços de saúde, pois são as executoras 
das atividades realizadas. Assim, a segurança do paciente nesses serviços depende da higienização 
cuidadosa e frequente das mãos destes profissionais 
Potter e Perry (2004) definem lavagem das mãos como atrito, breve, de todas as 
superfícies das mãos com o auxilio de sabão, seguidas pelo enxágue sob um jato de água. 
Potter e Perry 2004, diz ainda que a finalidade da lavagens das mãos é remover toda a 
sujidade e os micro-organismos transitórios das mãos, bem como reduzir as contagens 
microbianas totais com o passar do tempo. 
A higienização das mãos é responsabilidade de todos os profissionais que trabalham em 
serviços de saúde, que mantém contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na 
manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. 
As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas 
utilizando-se: água e sabão, preparação alcoólica e antisséptico. A utilização de um determinado 
produto depende das indicações descritas abaixo: 
 
Uso de Água e Sabão 
Indicação 
o Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros 
fluidos corporais. 
o Ao iniciar o turno de trabalho. 
o Após ir ao banheiro. 
o Antes e depois das refeições. 
o Antes de preparo de alimentos. 
o Antes de preparo e manipulação de medicamentos. 
o Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica. 
 
Uso de Preparação Alcoólica 
Indicação 
Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente 
sujas, em todas as situações descritas a seguir: 
6 
 
 
Antes de contato com o paciente 
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do 
profissional de saúde. 
Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal); 
contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia 
e conforto. 
 
Após contato com o paciente 
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao 
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente. 
 
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos. 
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do 
profissional de saúde. 
Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias 
oftálmica e nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com 
dispositivos invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal). 
 
Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo 
cirúrgico 
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do 
profissional de saúde. 
Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos. 
 
Após risco de exposição a fluidos corporais 
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao 
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou 
pacientes. 
 
Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao 
paciente. 
Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma determinada 
área para outras áreas de seu corpo. 
Exemplo: troca de fraldas e subsequente manipulação de cateter intravascular. 
 
Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com frequência na rotina profissional. Devem-se 
planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na sequencia: sítio menos contaminado 
para o mais contaminado. 
 
Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente. 
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao 
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou 
pacientes. 
Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da 
velocidade de infusão de solução endovenosa. 
Antes e após remoção de luvas 
 
 
 7 
 
Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao 
paciente, evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou 
pacientes. 
As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a 
transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem 
que o profissionalperceba, possibilitando a contaminação das mãos. 
 
Uso de Antissépticos 
Estes produtos associam detergentes com antissépticos e se destinam à higienização antisséptica 
das mãos e degermação da pele. 
Indicação: 
 
o Higienização anti-séptica das mãos; 
o Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de 
microrganismos multirresistentes; 
o Nos casos de surtos. 
 
DEGERMAÇÃO DA PELE 
o No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe 
cirúrgica). 
o Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter. 
o intravascular central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas 
suturas, endoscopias e outros. 
 
Insumos necessários 
ÁGUA 
A água utilizada em serviços de saúde deve ser livre de contaminantes químicos e 
biológicos, obedecendo aos dispositivos da Portaria n. 518/GM, de 25 de março de 2004, que 
estabelece os procedimentos relativos ao controle e à vigilância da qualidade deste insumo. Os 
reservatórios devem ser limpos e desinfetados, com realização de controle microbiológico 
semestral. 
SABÃO 
Nos serviços de saúde, recomenda-se o uso de sabão líquido, tipo refil, devido ao menor 
risco de contaminação do produto. Este insumo está regulamentado pela resolução ANVS n. 481, 
de 23 de setembro de 1999. Recomenda-se que o sabão seja agradável ao uso, possua fragrância 
8 
 
leve e não resseque a pele. A adição de emolientes à sua formulação pode evitar ressecamentos e 
dermatites. 
A compra do sabão padronizado pela instituição deve ser realizada segundo os parâmetros 
técnicos definidos para o produto e com a aprovação da Comissão de Farmácia e Terapêutica 
(CFT) e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH). Para confirmar a legalidade do 
produto, pode-se solicitar ao vendedor a comprovação de registro na Anvisa/MS. 
AGENTES ANTISSÉPTICOS 
São substâncias aplicadas à pele para reduzir o número de agentes da microbiota transitória 
e residente. Entre os principais anti-sépticos utilizados para a higienização das mãos, destacam- 
se: Álcoois, Clorexidina, Compostos de iodo, Iodóforos e Triclosan. 
PAPEL-TOALHA 
O papel-toalha deve ser suave, possuir boa propriedade de secagem, ser esteticamente 
aceitável e não liberar partículas. Na utilização do papel-toalha, deve-se dar preferência aos papéis 
em bloco, que possibilitam o uso individual, folha a folha. 
As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se 
destinam. Podem ser divididas em: 
o Higienização simples das mãos. 
o Higienização antisséptica das mãos. 
o Fricção de antisséptico nas mãos. 
o Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos. 
 
A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada. 
 
 
TÉCNICA DE LAVAGEM DAS MÃOS 
Fonte: Manual de Higienização das mãos - Anvisa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA 
 
O desenvolvimento de doenças infecciosas é caracterizado pela ocorrência de uma série de 
eventos sucessivos e ordenados chamados de ciclo das relações patógeno x hospedeiro. 
Relação entre os seres vivos onde um organismo (parasito) não só vive as custas de outro 
organismo (hospedeiro), mas depende bioquimicamente deste. 
o Patógeno: É um agente com potencial agressivo ao homem. Por exemplo, uma 
bactéria ou um vírus podem ser patógenos. 
o Hospedeiro: O hospedeiro da doença é o homem. Medidas que visem a tornar o 
organismo mais resistente a agressão dos patógenos, também são exemplos de 
medidas profiláticas de doenças. 
 
CARCTERÍSTICAS DOS AGENTES MICROBIOLÓGICOS 
Os micro-organismos são classificados de acordo com: 
o Grau e patogenicidade 
o Poder de invasão 
o Resistência a processos de esterilização 
o Virulência 
o Capacidade mutagênica. 
 
 Conhecer o agente patogênico e os riscos de contagio, infecção e transmissão são fundamentais. 
 
CLASSIFICAÇÃO POR CLASSE DE RISCO 
 Quatro grupos: 
oBaixo risco individual ou coletivo (Baccilus cerus); 
oModerado risco individual e coletivo limitado (Schistosoma mansoni); 
oElevado risco individual e baixo coletivo (HIV; Mycobacterium tuberculosis); 
oElevado risco individual e coletivo (Vírus Ebola). 
OS RISCOS DO USO DE INSETICIDAS 
o São substâncias agrotóxicas utilizadas no “combate” a vetores de endemias por eles 
transmitidas: malária, dengue, febre amarela, D. de Chagas, leishmaniose; 
esquistosomose; filariose. 
 
 
 11 
 
o Exposição dos profissionais de saúde que aplicam esses venenos; da população aos 
venenos; do ecossistema a substâncias biocidas. Diversos deles são tóxicos para o 
SNC; hematológico; hepático; imunológico; suspeita de carcinogênese; etc 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR 
Infecção é a invasão e a multiplicação dos microorganismos nos tecidos do corpo, 
produzindo sinais e sintomas e também uma resposta imunológica. A reprodução desses 
micróbios produz lesões no hospedeiro, seja por competirem com o metabolismo endógeno, seja 
por causarem lesões celulares devidas às toxinas produzidas pelo microrganismo ou à 
multiplicação intracelular. A resposta imunológica do próprio hospedeiro pode agravar essa lesão 
tecidual, que pode ser localizada como um úlcera de pressão infectada) ou sistêmica. A gravidade 
da infecção varia segundo a capacidade de produzir doença e a quantidade de microorganismos 
invasores, segundo a resistência das defesas do hospedeiro e segundo vários outros fatores. 
 
É aquela que pode ser adquirida após a internação do cliente/paciente em um hospital ou ainda, 
quando da sua alta, se essa infecção estiver relacionada com a sua internação. 
 
Critérios para Confirmação 
o Análise do prontuário 
o Exames laboratoriais 
o Toda infecção apresentada após 72h da internação 
o Pacientes transferidos de outros hospitais 
o Infecções de recém-nascidos são hospitalares, com exceção das transmitidas pela 
placenta entre outros 
 
 Formas de Infecção 
o Endógeno: Infecção da flora do próprio paciente que convertem-se em patógenos pela 
manipulação ou ato terapêutico que modifica sua estrutura. 
o Exógeno: Infecção originada da flora de outro paciente, transmitida por contato físico 
direto ou objetos contaminados. 
 
As internações hospitalares longas e freqüentes colocam alguns pacientes em risco 
particularmente alta de adquirir infecções resistentes aos antibióticos. Os mais suscetíveis são os 
paciente muito jovens, muito idosos, portadores de enfermidade graves e indivíduos que estiverem 
usando equipamentos invasivos (como drenos e equipamentos para respiração artificial). Alguns 
desses pacientes já têm sistemas imunológicos debilitados, que o tornam mais suscetíveis. 
 
PROFILAXIA 
o Lavar as mãos com frequência antes e após de qualquer procedimento. 
12 
 
o Não permitir que funcionários e acompanhantes se sentem no leito dos clientes. 
o Manter higiene pessoal adequada (unhas aparadas e limpas, uniforme limpo, cabelos presos 
ou curtos, barba feita) 
o Observar no cliente os sinais e sintomas: febre, erupção de pele, ferimentos com pus ou 
diarreia. 
o Materiais não descartáveis devem ser colocados em solução desinfetante antes da lavagem. 
o Manter a limpeza na unidade do cliente 
 
4. HIGIENIZAÇÃO E LIMPEZA HOSPITALAR 
 
Para o desenvolvimento das ações de prestação de assistência à saúde, além de outros 
fatores, necessitamos também de um ambiente seguro,higiênico e com asseio.Normalmente 
delegamos esta atribuição a um Serviço denominado Limpeza Hospitalar. Deve, no entanto, haver 
uma colaboração de todos, gestão compartilhada e corresponsabilidades. 
Histórico 
 Idade média 
Início do capitalismo (Séc. XVII). Instituições para alojar pessoas doentes ou não, 
peregrinos, pobres e inválidos. As doenças mais comuns eram as infecções exógenas, transmitidas 
por vias aéreas, água, alimentos, solo, mãos (Ex. Tb, cólera). 
Séc. XVIII até início do Séc. XX 
Abordagem epidemiológica das doenças infecciosas numa era pré-bacteriológica, 
mediante o uso do “ar puro, da luz, do calor, da limpeza, do repouso, da dieta”. Foi através de 
Florence Nightingale que se iniciou o desenvolvimento de uma preparação formal e sistemática 
para a aquisição de um conhecimento e de um trabalho de natureza distinta daqueles buscados 
pelos médicos no hospital reorganizado, cujos fundamentos originavam-se das ações da Medicina 
Social, quais sejam, permitir a manutenção do organismo em condições de não adoecer ou de se 
recuperar de doenças. Essa percepção da doença como um esforço para restaurar a saúde mostrou-
se uma idéia fecunda, dando à enfermagem uma dimensão original - a de favorecer esse processo 
reparativo mediante o uso do "ar puro, da luz, do calor, da limpeza, do repouso e da dieta" 
(NIGHTINGALE, 1989, p. 5), com isso vieram as infecções exógenas e endógenas inespecíficas, 
em vários “sítios” (Ex. Infecções urinárias, respiratórias, de ferida cirúrgica). 
Meados do Séc. XX 
 
 
 13 
 
Quando as tentativas de explicar o contágio resultaram na compreensão de que pequenas 
partículas invisíveis seriam as causadoras da doença, foi retomada a vertente da causalidade. 
Iniciava-se assim a era bacteriológica, com as descobertas de Pasteur, Koch e outros para a cura 
das doenças infecciosas. O desenvolvimento das vacinas para a prevenção das doenças 
representou outro grande avanço. Era bacteriológica, foi caracterizada pelas suas aplicações: 
assepsia, antissepsia, desinfecção, esterilização e antibioticoterapia. 
Infecções endógenas inespecíficas multirresistentes, causadas por microrganismos da flora 
humana. Aumentando as intervenções no próprio ser humano tendo criar “mundo asséptico” - 
esterilizar o ambiente e o homem” 
 
LIMPEZA 
É o procedimento de remoção de sujidade e detritos para manter em estado de asseio os 
artigos, reduzindo a população microbiana. Constitui o núcleo de todas as ações referentes aos 
cuidados de higiene com os artigos hospitalares. A limpeza deve preceder os procedimentos de 
desinfecção ou de esterilização, pois reduz a carga microbiana através remoção da sujidade e da 
matéria orgânica presentes nos materiais.O excesso de matéria orgânica aumenta não só a duração 
do processo de esterilização, como altera os parâmetros para este processo. O avanço tecnológico 
tem lançado no mercado equipamentos complexos dotados de estreitos lúmens que tornam a 
limpeza um verdadeiro desafio. Assim, é lícito afirmar que a limpeza rigorosa é condição básica 
para qualquer processo de desinfecção ou esterilização. 
 
“É possível limpar sem esterilizar, mas não é possível garantir a esterilização sem limpar" 
(ANVISA,2005) 
 
Conceitos de LIMPEZA 
o "Limpeza é o processo de localizar, identificar, conter, remover e desfazer-se de forma 
adequada, de substâncias indesejáveis, ou seja, poluentes de uma superfície ou ambiente.” 
o (Abralimp, 1998) 
o "Limpeza é a remoção de qualquer corpo indesejável, visível ou não, de uma superfície, 
sem alteração das características originais do item que está sendo limpo, e onde o processo 
utilizado não seja nocivo ao meio ambiente.” (VIVIANI, 2003) 
o “LIMPEZA – 1. ato ou efeito de limpar. 2. Qualidade de limpo, de asseado, asseio. 3. 
Esmero, apuro.” (Dicionário Aurélio) 
o “LIMPEZA hospitalar é o processo de remoção de sujidades mediante a aplicação de 
energia química, mecânica ou térmica, num determinado período de tempo.” (ANVISA, 
2000) 
 
Descontaminação de Artigos 
14 
 
Descontaminação e desinfecção não são sinônimos. A descontaminação tem por finalidade 
reduzir o número de micro-organismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros 
para manuseá-los, isto é, ofereçam menor risco ocupacional. O uso de agentes químicos 
desinfetantes como glutaraldeído, formaldeído, hipoclorito de sódio e outros no processo de 
descontaminação, prática largamente utilizada, não tem fundamentação. O agente químico é 
impedido de penetrar nos micro-organismos pois há tendência das soluções químicas ligarem-se 
com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para ligarem-se 
aos micro-organismos nas proporções necessárias dando uma “falsa segurança” no manuseio do 
material como descontaminado. Além disso o uso desses agentes na prática da descontaminação 
causa uma aderência de precipitado de matéria orgânica no artigo, prejudicando sobremaneira a 
posterior limpeza. 
 
Ação ou energia química 
É proveniente da ação dos produtos que têm a finalidade de limpar através da propriedade de 
dissolução, dispersão e suspensão da sujeira. 
 
Ação ou energia mecânica 
É proveniente de força física aplicada sobre a superfície para remover a sujeira resistente à ação 
do produto químico. Essa ação pode ser obtida pelo ato de esfregar manualmente com esponja, 
escova, pano ou sob pressão de uma máquina de lavar. 
 
Ação ou energia térmica 
É proveniente da atuação do calor que reduz a viscosidade da graxa e gordura tornando-as mais 
facilmente removíveis pela aceleração da ação química. (ANVISA, 2000) 
 
TIPOS DE LIMPEZA HOSPITALAR 
Limpeza concorrente 
É aquela realizada, de forma geral, diariamente e sempre que necessário. Utiliza-se a 
limpeza úmida e o uso de água e sabão. A limpeza concorrente inclui os pisos, instalações 
sanitárias, superfícies horizontais de equipamentos e mobiliários, alguns utensílios utilizados, 
esvaziamento e troca de recipientes de resíduos. 
Limpeza terminal 
É uma limpeza mais completa, abrangendo todo o ambiente e todos os materiais e 
equipamentos, em todas as suas superfícies externas e internas, em todos os cantos. Na unidade de 
um paciente internado deve ser realizada após sua alta, transferência ou óbito. No Centro 
Cirúrgico após as cirurgias eletivas do dia. 
Limpeza imediata 
É realizada quando ocorre sujidade em áreas críticas e semicríticas, em qualquer período 
do dia.Consiste na remoção imediata de respingos ou deposição de matéria orgânica para evitar a 
sua veiculação ou seu ressecamento e conseqüente liberação para o ambiente dos microrganismos 
porventura presentes. Deve-se avaliar a necessidade ou não de descontaminação. Só deveram ser 
utilizados produtos com os princípios ativos permitidos segundo a Portaria 15/88 – MS. 
 
 
 15 
 
Cuidados em relação ao uso de produtos químicos 
o Estabelecer quais produtos podem ser utilizados. 
o Adquirir somente produtos com registro no MS. 
o Realizar a diluição em local adequado e por pessoal treinado. 
o Observar as condições de armazenamento (local e embalagem). 
o Orientar para que não realizem mistura de produtos. 
 
Perfil do funcionário da limpeza 
o Escolaridade – desejável o 1º grau. 
o Outras características: potencial de aprendizado, capacidade de manter um relacionamento 
interpessoal, trabalhar em equipe, adequada postura pessoal e profissional. 
 
Princípios básicos da limpeza 
o Utilização de forma correta de equipamento de proteção individual (EPI). Portaria MTE no 485, de 
11 de novembro de 2005 - NR 32. 
o Uso de uniforme completo (inclui luvas de borracha, sapatos impermeáveis). 
o Higiene pessoalbásica. 
o Prevenção de acidente de trabalho. 
o Programas de atualização em técnicas de limpeza, controle de infecção, ética, soluções (diluição, 
uso e riscos). 
o Gerenciamento do serviço: atualmente tem-se delegado esta atribuição a um profissional da 
Enfermagem. 
o Dimensionamento de pessoal 
o Analisar fatores de interferência (tipo de piso, área total do hospital, números de pessoas 
circulantes, quantificação e natureza dos equipamentos). 
o Produtividade em metros quadrados por hora trabalhada (áreas internas 300 m2/ 8hs). 
 
Planejamento 
Deve ser elaborado um planejamento detalhado e cuidadoso para a execução das tarefas. 
Avaliando a intensidade do tráfego, presença dos usuários no local, horários de determinadas 
atividades e o processo a ser utilizado. Para que ocorro padronização dos serviços os protocolos 
devem ser escritos. 
 
Serviço próprio X Serviço terceirizado 
Em ambos deve existir definição clara das funções. Na contratação de uma firma terceirizada, 
deve-se estabelecer todos os aspectos desejados no contrato de trabalho. Na área hospitalar deve 
haver um grupo/comissão para avaliar a execução do contrato 
 
16 
 
Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde 
A RDC no 306, de 07 de dezembro de 2004 – ANVISA determina as normas de 
gerenciamento de resíduos dos serviços de saúde como: 
 Realizar segregação no momento da geração do resíduo. 
 Dar destino adequado aos materiais pérfuro-cortantes. 
 
Manejo integrado no controle das pragas 
Para que haja controle das pragas é necessária a aplicação de venenos específicos para cada 
espécie a cada 06 meses. Que devem incluir: 
o Manipulação ambiental: tratamento das instalações. Revestimento de paredes, pisos, ralos, 
tubulações, caixas de gorduras. 
o Educação em saúde: mínimo de conhecimento sobre os hábitos dos animais, manutenção 
adequada de instalações e equipamentos. 
o Controle químico/biológico: desratização e desinsetização. Profissionais habilitados e 
responsáveis tecnicamente. Produtos registrados e aprovados. 
 
5. PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
 
Muitas doenças infecciosas podem ser evitadas ou tratadas com antibióticos e outras 
medidas terapêuticas eficazes. Contudo, ainda enfrentamos o problema das infecções. As 
infecções podem ser transmitidas por quatro mecanismos: contato, ar, veículo e vetor. 
 
Transmissão por contato 
É o mecanismo mais comum para transmissão das infecções e pode ser subdividida em: 
 
o Direta: A disseminação dos micro-organismos de um individuo ao outro, através do 
contato físico real. Os micróbios cujo mecanismo de transmissão é direto podem ser 
transferidos durante as atividades de assistência aos pacientes tais como: banho, troca de 
curativos e introdução de dispositivos invasivos, caso as mão dos profissionais de saúde 
ou suas luvas estejam contaminadas. Ex.: escabiose e herpes simples. 
o Indireta: Ocorre quando um indivíduo entra em contato com um objeto contaminado. 
Como por exemplo: termômetros, endoscópios, equipamentos e etc. 
 
 
 
 17 
 
Transmissão por ar 
Acontece quando as partículas microbianas ou partículas de poeira contendo germes 
permanecem suspensas no ar por um período prolongado e em seguida são disseminadas pelas 
correntes de ar e inaladas. Ex. Bacilo da tuberculose. 
 
Transmissão por veículo 
Veículo é uma substância que mantém a vida do microorganismo, até que seja ingerido ou 
inoculado em um hospedeiro suscetível. Ex. sangue, soro, água, alimentos. A transmissão ocorres 
comumente na comunidade. 
 
Transmissão por vetor 
Ocorre quando um portador intermediário (pulga, mosquito) transfere o agente patogênico 
para outro ser vivo. 
 
 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR 
ALIMENTOS 
A ocorrência de surtos é de notificação compulsória e normatizada por portarias 
específicas, sendo dever de todo cidadão comunicar à autoridade sanitária a ocorrência de surto de 
DTA. A notificação é obrigatória para médicos e outros profissionais de saúde no exercício da 
profissão, bem como aos responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares 
de saúde. 
Os objetivos da investigação epidemiológica são: 
o coletar informações básicas necessárias ao controle do surto de DTA; 
o diagnosticar a doença e identificar os agentes etiológicos relacionados ao surto; 
o identificar os fatores de risco associados ao surto; 
o propor medidas de intervenção, prevenção e controle pertinentes; 
o analisar a distribuição das DTA na população sob risco; 
o divulgar os resultados da investigação epidemiológica às áreas envolvidas e à comunidade. 
 
Aspectos epidemiológicos 
O perfil epidemiológico das doenças transmitidas por alimentos no Brasil ainda é pouco 
conhecido. Somente alguns estados e/ou municípios dispõem de estatísticas e dados sobre os 
agentes etiológicos mais comuns, alimentos mais frequentemente implicados, população de maior 
risco e fatores contribuintes. 
 
Distribuição geográfica 
18 
 
É universal. A incidência varia de acordo com diversos aspectos: educação, condições 
socioeconômicas, saneamento, fatores ambientais, culturais e outros. 
o Modo de transmissão - pela ingestão de alimentos e/ou água contaminados. 
o Modo de contaminação - a contaminação pode ocorrer em toda a cadeia alimentar, desde a 
produção primária até o consumo (plantio, manuseio, transporte, cozimento, 
acondicionamento, etc). Destacam-se como os maiores responsáveis por surtos os 
alimentos de origem animal e os preparados para consumo coletivo. 
 
o Período de incubação - varia conforme o agente etiológico, podendo ser de frações de hora 
a meses. 
 
As DTA´s podem ser causadas por: 
o Toxinas: produzidas pelas bactérias Staphylococcus aureus, Clostridium spp, Bacillus 
cereus, Escherichia coli, Vibrio spp etc 
o Bactérias: Salmonella spp, Shigella spp, Escherichia coli etc 
o Vírus: Rotavirus, Norwalk etc 
o Parasitas: Entamoeba spp, Giardia lamblia, Cryptosporidium parvum etc. 
o Substâncias tóxicas: Metais pesados, agrotóxicos etc.. 
 
CONTROLE E A PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO 
TRANSMISSÍVEIS 
Monitorar de forma contínua a morbimortalidade das DCNT, é uma atividade fundamental 
do sistema de vigilância. Ela deve ser executada em todos os níveis gestores do sistema, do 
município ao nacional. 
 
O programa de prevenção e controle do tabagismo 
As ações educativas são essenciais para esse processo e devem anteceder e acompanhar 
qualquer ação para prevenção do câncer. Essas ações podem ser pontuais como as campanhas de 
conscientização, e a divulgação de informações pela mídia. As ações educativas continuadas são 
essenciais para transformar as informações disseminadas, em mudanças de atitudes e de 
comportamento favoráveis a uma vida mais saudável. O programa foi delineado visando 
sistematizar ações educativas e mobilizar ações legislativas e econômicas: 
 
o reduza a aceitação social do tabagismo; 
o reduza os estímulos para que os jovens comecem a fumar e os que dificultam os fumantes 
a deixarem de fumar; 
o proteja a população dos riscos da exposição à poluição tabagística ambiental; 
o reduza o acesso aos derivados do tabaco; 
o aumente o acesso dos fumantes ao apoio para cessação de fumar; 
o controle e monitore todos os aspectos relacionados aos produtos de tabaco 
comercializados, desde seus conteúdos e emissões até as estratégias de comercialização e 
de divulgação de suas características para o consumidor. 
 
 
 19 
 
O Programa Viva Mulher 
O controle do câncer em nosso país representa, atualmente, um dos grandes desafios que a 
saúde pública enfrenta. Isto porque, além de sera segunda causa de morte por doença, o câncer 
demanda a realização de ações de variados graus de complexidade, acopladas à necessidade de 
recursos humanos oriundos de diversas áreas do conhecimento. O programa “Viva Mulher” foi 
concebido no ano de 1996, como estratégia nacional para controle do câncer de colo uterino e de 
mama e sua implantação teve inicio no primeiro semestre de 1997. 
 
A organização da Atenção Básica em saúde 
A Atenção Básica em Saúde caracteriza-se por desenvolver um conjunto de ações que 
abrangem a promoção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. É desenvolvida 
sob a forma de trabalho multiprofissional e interdisciplinar, dirigidas a populações de territórios 
bem delimitados, considerando a dinamicidade existente nesse território, pelas quais assume a 
responsabilidade sanitária. 
 
Dentro da organização da Atenção Básica encontramos os seguintes 
programas: 
 
O controle da Hipertensão Arterial e do Diabetes 
Hipertensão Arterial (HA) e o Diabetes Mellitus (DM) são doenças crônicas não 
transmissíveis (DCNT), de alta prevalência cujos fatores de risco e complicações representam 
hoje a maior carga de doenças em todo o mundo. 
A Política Nacional de Atenção Integral a Hipertensão Arterial e ao Diabetes objetiva 
articular e integrar ações nos diferentes níveis de complexidade e nos setores públicos e privados 
para reduzir fatores de risco e a morbimortalidade por essas doenças e suas complicações, 
priorizando a promoção de hábitos saudáveis de vida, prevenção e diagnóstico precoce e atenção 
de qualidade na atenção básica. 
 
Prevenção e Controle das Doenças Transmissíveis 
A varíola está erradicada desde 1978, a poliomielite recebeu a certificação da erradicação 
da transmissão autóctone em 1994, o sarampo encontra-se eliminado. Ainda nesta década será 
atingida a meta de erradicação da raiva humana transmitida por animais domésticos, da rubéola 
congênita e do tétano neonatal. 
Ainda dentro deste grupo de doenças transmissíveis com tendência ao declínio, estão a 
difteria, a rubéola, a coqueluche e o tétano acidental, que têm em comum o fato de serem 
imunopreveníveis, a doença de Chagas e a hanseníase, ambas endêmicas há várias décadas em 
nosso país, e a febre tifóide, associada a condições sanitárias precárias. 
 
Difteria 
20 
 
A difteria é uma doença transmissível aguda, toxiinfecciosa, causada por bacilo toxigênico 
que frequentemente se aloja nas amígdalas, na faringe, na laringe, no nariz e, ocasionalmente, em 
outras mucosas e na pele. Diminuição em decorrência do aumento da utilização da vacina tríplice 
bacteriana (DTP). 
 
Coqueluche 
A coqueluche, conhecida como tosse espasmódica, é uma doença imunoprevenível de 
grande importância na infância, que pode levar a complicações graves, inclusive com óbito. 
Quando a vacina tríplice bacteriana (DTP) passou a ser preconizada para crianças menores de 7 
anos, observa-se um declínio na incidência da coqueluche. 
 
Tétano 
O tétano é uma doença transmissível, não contagiosa, que apresenta duas formas de 
ocorrência: acidental e neonatal. A primeira forma geralmente acomete pessoas que entram em 
contato com o bacilo tetânico ao manusearem o solo ou por meio de ferimentos ou lesões 
ocorridas por materiais contaminados, em ferimentos na pele ou na mucosa. O tétano neonatal é 
causado pela contaminação durante a secção do cordão umbilical pelo uso de instrumentos 
cortantes ou material de hemostasia inadequadamente esterilizados ou não esterilizados, pelo uso 
de substâncias contaminadas no coto umbilical, como teia de aranha, pó de café, fumo, esterco. 
O tétano acidental pode ser evitado pelo uso da vacina DTP na infância e com a vacina 
dupla adulto (dT) em adultos, além dos reforços a cada dez anos para quem já tem o esquema 
completo. Outra medida importante é a adoção de procedimentos adequados de limpeza e 
desinfecção de ferimentos ou lesão suspeita para tétano nas unidades de saúde. 
 
Poliomielite 
A persistência da poliomielite em outros continentes, com o permanente risco de 
importação do vírus, enquanto não for alcançada a erradicação em escala mundial, justifica a 
permanência da estratégia dos dias nacionais de vacinação e o fortalecimento da vigilância 
epidemiológica das paralisias. 
 
Sarampo 
O sarampo é um dos cinco exantemas da infância clássicos. É altamente infeccioso e 
transmitido por secreções respiratórias como espirros e tosse. Após o início de uso da vacina 
tornou-se raro nos países que a utilizam de forma eficaz, como Brasil e Europa. Contudo, ainda 
causa 40 milhões de casos e um a dois milhões de mortes por ano em países sem programas de 
vacinação. 
 
Rubéola 
Destaca-se a realização de uma campanha de vacinação em massa dirigida às mulheres em 
idade fértil em todo o país nos anos de 1998 a 2002. No campo das doenças infectocontagiosas, a 
importância epidemiológica da rubéola está representada pela ocorrência da Síndrome da Rubéola 
Congênita (SRC) que atinge o feto ou o recém-nascido cujas mães se infectaram durante a 
gestação. A infecção na gravidez acarreta inúmeras complicações para a mãe (aborto e natimorto) 
e para os recém-nascidos, como malformações congênitas (surdez, malformações cardíacas, 
lesões oculares e outras). 
 
Raiva humana 
A raiva é uma doença infecciosa aguda, de etiologia viral, transmitida por mamíferos, que 
apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. É uma zoonose de grande 
 
 
 21 
 
importância na saúde pública por apresentar letalidade de 100%. As principais fontes de infecção 
no ciclo urbano são cão e gato. No Brasil, o morcego hematófago é o principal responsável pela 
manutenção da cadeia silvestre. 
 
Doença de Chagas 
A doença de Chagas é uma doença transmitida principalmente por triatomíneos (insetos 
hematófagos), conhecidos como barbeiros. Na ocorrência da doença, observam-se duas fases 
clínicas: uma aguda, que pode ou não ser identificada, podendo evoluir para uma fase crônica 
caso não seja tratada com medicação específica. No Brasil, devido à transmissão vetorial 
domiciliar ocorrida no passado e hoje interrompida, predominam os casos crônicos. 
 
Hanseníase 
O domicílio é apontado como importante espaço de transmissão da doença, embora ainda 
existam lacunas de conhecimento quanto aos prováveis fatores de risco implicados, especialmente 
aqueles relacionados ao ambiente social. O alto potencial incapacitante da hanseníase está 
diretamente relacionado ao poder imunogênico do M. leprae. A hanseníase parece ser uma das 
mais antigas doenças que acomete o homem. 
A hanseníase, doença endêmica, tem apresentado uma redução significativa de sua 
prevalência OMS de eliminar essa doença como problema de saúde pública, com a Meta proposta 
pela redução de sua prevalência para 1,0 por 10 mil habitantes no ano de 2005. 
 
Febre tifoide 
A febre tifoide é uma doença transmissível associada às precárias condições sanitárias, de 
higiene pessoal e ambiental, sendo frequente sua ocorrência sob a forma de surtos relacionados 
com água e/ou alimentos contaminados. A imunidade adquirida após a infecção ou a vacinação 
não é definitiva, e a vacina não apresenta efetividade para o controle de surtos. 
 
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS COM QUADRO DE PERSISTÊNCIA 
o Malária 
o Tuberculose 
o Meningites 
o Leishmaniose visceral 
o Leishmaniose Tegumentar Americana 
o Febre amarela silvestre 
o Hepatites virais 
o Esquistossomose 
o Leptospirose 
o Acidentes por animais peçonhentos 
 
 
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS EMERGENTES E REEMERGENTES 
 
22 
 
o Aids 
o Cólera 
o Dengue 
o Hantaviroses 
 
6. CLASSIFICAÇÃODAS CIRURGIAS 
 
 
As infecções pós operatórias devem ser analisadas conforme o potencial de contaminação 
da ferida cirúrgica, entendido como o número de micro-organismos presentes no tecido a ser 
operado. A classificação das cirurgias deverá ser feita no final do ato cirúrgico. 
 
LIMPA: São aquelas que têm reduzido potencial de infecção; não ocorre abertura de vísceras 
ocas ou infração da técnica asséptica. Exemplo: cirurgia de varizes. 
POTENCIALMENTE CONTAMINADA: Abertura de víscera oca, com mínimo 
extravasamento de conteúdo ou pequenas infrações técnicas. 
CONTAMINADA: abertura de víscera oca com grosseiro extravasamento de conteúdo, 
inflamação aguda sem pus e lesões traumáticas com menos de 6 horas. 
INFECTADA: São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão com 
presença de pus, víscera oca perfurada e lesões traumáticas com mais de 6 horas de evolução. 
Exemplo: aneurisma micótico. 
 
ASSEPSIA 
Conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte isento de 
bactérias. A antissepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com antissépticos. 
 
Antissépticos 
A sua concentração não pode ser tóxica para as células. São exemplos o álcool etílico 
(70º), peróxido de hidrogênio (10 volumes), eosina (para gram-positivos), permanganato de 
potássio, hipoclorito de sódio (0,48%) e iodopovidona (derivado do iodo, altamente eficaz, exceto 
no caso da hepatite B). 
Métodos de Assepsia 
 
o Degermação 
o Desinfecção 
 
 
 23 
 
o Esterilização 
o Antissepsia 
 
Descontaminação 
Descontaminação e desinfecção não são sinônimos. A descontaminação tem por finalidade 
reduzir o número de micro-organismos presentes nos artigos sujos, de forma a torná-los seguros 
para manuseá-los, isto é, ofereçam menor risco ocupacional. O uso de agentes químicos 
desinfetantes como glutaraldeído, formaldeído, hipoclorito de sódio e outros no processo de 
descontaminação, prática largamente utilizada, não tem fundamentação. O agente químico é 
impedido de penetrar nos micro-organismos, pois há tendência das soluções químicas ligarem-se 
com as moléculas de proteínas presentes na matéria orgânica, não ficando livres para ligarem-se 
aos micro-organismos nas proporções necessárias dando uma “falsa segurança” no manuseio do 
material como descontaminado. Além disso o uso desses agentes na prática da descontaminação 
causa uma aderência de precipitado de matéria orgânica no artigo, prejudicando sobremaneira a 
posterior limpeza. 
 
Desinfecção 
O termo desinfecção deverá ser entendido como um processo de eliminação ou destruição 
de todos os microrganismos na forma vegetativa, independente de serem patogênicos ou não, 
presentes nos artigos e objetos inanimados. A destruição de algumas bactérias na forma 
esporulada também pode ocorrer, mas não se tem o controle e a garantia desse resultado. 
No seu espectro de ação, a desinfecção de alto nível deve incluir a eliminação de alguns 
esporos, o bacilo da tuberculose, todas as bactérias vegetativas, fungos e todos os vírus. A 
desinfecção de alto nível é indicada para ítens semi-críticos como lâminas de laringoscópios, 
equipamento de terapia respiratória, anestesia e endoscópio de fibra ótica flexível. O agente mais 
comumente utilizado para desinfecção de alto nível é o glutaraldeído. Na desinfecção de nível 
intermediário não é esperada ação sobre os esporos bacterianos e ação média sobre vírus não 
lipídicos, mas que seja tuberculicida, elimine a maioria dos fungos e atue sobre todas as células 
vegetativas bacterianas. Cloro, iodóforos, fenólicos e alcoóis pertencem a este grupo. Os 
desinfetantes desta classificação, juntamente com os de baixo nível, são tipicamente usados para 
artigos que entrarão em contato somente com a pele íntegra ou para desinfecção de superfícies. Na 
desinfecção de baixo nível não há ação sobre os esporos ou bacilo da tuberculose, podendo ter ou 
não ação sobre vírus não lipídicos e com atividade relativa sobre fungos, mas capaz de eliminar a 
maioria das bactérias em forma vegetativa. Compostos com quaternário de amônia são exemplos 
de desinfetantes de baixo nível. 
 
Esterilização 
 É o processo que promove completa eliminação ou destruição de todas as formas de 
micro-organismos presentes : vírus, bactérias, fungos, protozoários, esporos, para um aceitável 
nível de segurança. O processo de esterilização pode ser físico, químico, físico- químico. 
Entretanto, considerando o comportamento dos micro-organismos num meio de cultura e 
sob ação de um agente esterilizante (morte em curva logarítmica), o processo de esterilização 
24 
 
assume um entendimento mais complexo. Sendo assim, esterilização é o processo pelo qual os 
micro-organismos são mortos a tal ponto que não seja mais possível detectá-los no meio de 
cultura padrão no qual previamente haviam proliferado. 
Os métodos de esterilização podem ser físicos e químicos. Dentre os físicos há o calor, sob 
a forma úmida e seca, a radiação e a filtração. Dentre os métodos químicos, há os agentes 
químicos sob a forma líquida e gasosa. Nas instituições de saúde, os métodos de esterilização 
disponíveis rotineiramente são o calor, sob a forma úmida e seca, e os agentes químicos. 
 
 MÉTODOS DE ESTERILIZAÇÃO 
 Seco estufa 
 Calor água ebulição 
 Úmido autoclave 
Físico 
 Radiação ultravioleta 
 Radiação Raios Gama 
 
 
 
 Líquidos 
 
Químico 
 
 Gasosos 
 
 
 
Vapor Saturado Sob Pressão 
O calor úmido na forma de vapor saturado sob pressão é o processo de esterilização mais 
seguro, eficiente, rápido e econômico disponível. O mecanismo de esterilização pelo vapor 
saturado sob pressão está relacionado com o calor latente e o contato direto com o vapor, 
promovendo a coagulação das proteínas. 
Calor latente: é o calor que um corpo “recebe” sem variação de temperatura e sim de 
estado físico. É o calor necessário para converter uma umidade de água em vapor. O vapor sob 
pressão, ao entrar em contato com a superfície fria dos materiais colocados na autoclave, se 
condensa liberando o calor latente, que é o responsável pela desnaturação dos microrganismos. A 
esterilização está fundamentada nessa troca de calor entre o meio e o objeto a ser esterilizado. 
É necessário o estabelecimento de padrões no preparo e no acondicionamento dos artigos 
a serem esterilizados, além do perfeito funcionamento do equipamento. O acondicionamento dos 
artigos deve ser feito com embalagens permeáveis ao vapor, além de resistentes a condições 
úmidas e secas, flexíveis e que não permitam a penetração do micro-organismo após o processo 
de autoclavação. Não devem conter na sua composição produtos tóxicos, corantes ou liberar 
 
 
 25 
 
resíduos. Devem favorecer o fechamento ou selagem e apresentarem facilidade na abertura sem 
ocasionar risco de contaminação do seu conteúdo. 
Para que ocorra o contato do vapor com o material, há necessidade da remoção do ar 
presente na câmara, pois sendo o ar um bom isolante térmico, impedirá a penetração do vapor nos 
materiais, reduzindo a eficácia ou impossibilitando o processo de esterilização.A remoção do ar 
da autoclave pode ser prejudicada pelo tamanho e posição dos pacotes, das embalagens muito 
apertadas e pela carga excessiva. 
Destruição a partir da oxidação da célula 
 
o Temperatura: 140 a 180 ºC (cerca de 2 horas) 
o Termostato para aquecimento rápido 
o Processo: irradiação do calor 
o Indicado vidrarias para instrumentos de corte ou ponta materiais impermeáveis como 
pomadas e óleos 
o Artigos devem estar completamente limpos e protegidos em invólucros adequados 
 
 
Calor Seco 
A esterilização pelo calor seco é feita em 
estufas elétricas equipadas com termostato e 
ventilador, a fim de promover um aquecimento mais 
rápido, controlado e uniforme dentro da câmara. A 
circulação de ar quente e o aquecimento dos 
materiais se faz de forma lenta e irregular, 
requerendo longos períodos de exposição e 
temperatura mais elevada do que o vapor saturado 
sob pressão para se alcançar a esterilização. 
Este processo deve se restringir a artigos que 
não possam ser esterilizados pelo vapor saturado sob 
pressão, pelo dano que a umidade pode lhes causar ou quando são impermeáveis, como vaselina, 
óleos e pós. A inativação dos micro-organismos pelo calor seco é resultante da oxidação e 
dessecação. O processo de esterilização pelo calor seco, embora seja simples, exige cuidados 
como propiciar a livre circulação do ar por toda a estufa e entre as caixas e observar 
rigorosamente a relação tempo de exposição e temperatura, a fim de assegurar a sua eficácia. O 
tempo de exposição deve ser considerado apenas quando a temperatura determinada for 
alcançada, sem incluir o tempo gasto para o aquecimento. O estabelecimento de parâmetros de 
tempo de exposição e temperatura tem sido uma preocupação constante entre os profissionais 
responsáveis pela esterilização, pela diversidade de informações disponíveis. 
 
Radiação 
26 
 
A radiação é uma alternativa na esterilização de artigos termossensíveis, por atuar em 
baixas temperaturas. É um método disponível em escala industrial devido aos elevados custos de 
implantação e controle. Além do uso na esterilização de seringas, agulhas hipodérmicas, luvas, 
fios cirúrgicos e outros artigos médico hospitalares, é empregada também em determinados tipos 
de alimentos visando aumentar a vida de prateleira dos mesmos e no tratamento de resíduos. É 
utilizada também pela indústria farmacêutica na esterilização de medicamentos. A radiação é “a 
emissão e propagação de energia através de um meio material, sob a forma de ondas 
eletromagnéticas, sonoras ou por partículas”. 
 
Radiação ultravioleta 
o Pouco poder de penetração em artigos 
o Age provocando mutação do DNA das células 
o São necessários cuidados especiais com as lâmpadas 
 
Radiação ionizante/Gama 
A radiação ionizante é um método de esterilização que utiliza a baixa temperatura, 
portanto que pode ser utilizado em materiais termossensíveis. A ação antimicrobiana da radiação 
ionizante se dá através de alteração da composição molecular das células, modificando seu DNA. 
As células sofrem perda ou adição de cargas elétricas. 
 
Filtração 
A filtração tem por finalidade eliminar, mecanicamente, os microorganismos e/ou 
partículas através da passagem por filtro microbiológico. A eficácia da esterilização por filtração 
depende do uso de elementos filtrantes com poros de dimensões adequadas e das condições de 
assepsia observadas durante o procedimento. Esta técnica não é considerada infalível, sendo 
recomendada apenas quando não é possível aplicar métodos mais eficazes. Este processo é 
empregado em esterilização de fluídos farmacêuticos, como medicamentos endovenosos, drogas, 
vacinas e esterilização de ar em áreas onde esteja envolvida produção asséptica de produtos 
farmacêuticos, em salas cirúrgicas, salas para pacientes imunodeprimidos, etc. A filtração de ar 
incorpora o princípio de fluxo laminar, definido como um “fluxo unidirecional de ar dentro de 
uma área confinada com velocidade uniforme e turbulência mínima”. 
 
Agentes químicos Líquido 
Os esterilizantes químicos, cujos princípios ativos são autorizados pela Portaria no 930/92 
do Ministério da Saúde, são aldeídos, óxido de etileno e outros, desde que atendam a legislação 
específica. 
Atuam na destruição de todos micro-organismos inclusive esporos. Os esterilizantes são 
antimicrobianos com toxicidade não seletiva e agem dentro de 18 horas. Para que ocorra a 
esterilização os artigos devem estar limpos e secos antes da imersão na solução. O esterilizante 
deve ficar em recipiente fechado. 
 
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO DE ETILIENO C2H4O 
 
 
 27 
 
O óxido de etileno é um gás inflamável, explosivo, carcinogênico e quando misturado com 
gás inerte e sob determinadas condições, tem sido uma das principais opções para esterilização de 
materiais termossensíveis. Na legislação brasileira há vários documentos que tratam das 
instalações do óxido de etileno e do controle de saúde dos funcionários que ali trabalham. O seu 
mecanismo de ação é a alquilação das cadeias proteicas microbianas, impedindo a multiplicação 
celular. O seu uso está indicado para materiais termossensíveis, desde que obedecidos alguns 
parâmetros relacionados a: concentração de gás, temperatura, umidade e tempo de exposição. É 
imprescindível a fase de aeração do material processado. A portaria interministerial 482/99 dos 
Ministério da Saúde e do Trabalho e Emprego, em relação a aeração dos artigos esterilizados por 
óxido de etileno, não determina tempo e outras condições pré-estabelecidas mas sim que o 
executante do processo de esterilização valide todas as suas etapas, inclusive a aeração, devendo 
os resíduos não ultrapassarem os limites estabelecidos nesta portaria. 
Como em todo processo, a monitorização da efetividade da esterilização deve ser 
executada. Entretanto, a da esterilização por agentes químicos é de difícil execução, com exceção 
dos processos realizados em câmara como o formaldeído, o óxido de etileno e mais recentemente 
o plasma de hidrogênio. 
o Gás explosivo - está associado ao CO2 
o Método eficaz 
o Excelente penetração 
o Materiais sensíveis ao calor (equipamentos cirúrgicos, plásticos) 
o Material esterilizado requer aeração 
o Exige invólucros adequados e limpeza prévia do material 
 
 
DESINFECTANTES 
 
1. Compostos de cloro Hipoclorito 
 
2. Compostos fenólicos Fenóis sintéticos - Tercil, Piso-Cide 
 
o Lavar material em água corrente 
o Age de 10 a 30 minutos 
o Bactericidas, virucidas, fungicidas e tuberculicidas 
o Provoca irritação na mucosa e despigmentação da epiderme 
 
 
DESINFECTANTES QUÍMICOS 
A eficácia depende: 
 
o Concentração 
o Tempo de exposição 
28 
 
o pH 
o Temperatura 
o Natureza do organismo 
o Presença de matéria orgânica 
 
 
ANTISSÉPTICOS 
Antissepsia 
Antissépticos são substâncias providas de ação letal ou inibitória da reprodução 
microbiana, de baixa causticidade e hipoalergênicas, destinados a aplicações em pele e mucosa. 
Os micro-organismos encontrados na pele e nas mucosas são classificados em flora residente ou 
transitória. 
A flora residente é composta por microrganismos que vivem e se multiplicam nas camadas 
mais profundas da pele, glândulas sebáceas, folículos pilosos ou feridas. A flora transitória 
compreende os microrganismos adquiridos por contato direto com o meio ambiente, contaminam 
a pele temporariamente e não são considerados colonizantes. Estes microrganismos podem ser 
facilmente removidos com o uso de água e sabão. No entanto, adquirem particular importância em 
ambientes hospitalares devido à facilidade de transmissão de um indivíduo à outro.Os antissépticos devem atender aos seguintes requisitos: amplo espectro de ação 
antimicrobiana; ação rápida; efeito residual cumulativo; não causar hipersensibilidade e outros 
efeitos indesejáveis, como ressecamento, irritação e fissuras; odor agradável ou ausente; boa 
aceitação pelo usuário; baixo custo e veiculação funcional em dispensadores ou embalagens de 
pronto uso. 
O Ministério da Saúde, no sentido de equacionar o grave problema das infecções 
hospitalares no Brasil, considerou, na Portaria nº 930/92 como princípios ativos adequados para 
os antissépticos: soluções alcoólicas (álcool etílico e isopropílico); soluções iodadas (iodo em 
álcool); iodóforos (polivinilpirrolidona I - PVPI); clorohexidina (biguanida); solução aquosa de 
Permanganato de Potássio; soluções aquosas à base de sais de prata e outros princípios com 
comprovada eficácia frente S. aureus, S. choleraesuis e P. aeruginosa. 
 
Triclosan 
Apresenta ação contra bactérias Gram positivas e a maioria das Gram-negativas, exceto 
para a Pseudomonas aeruginosa, e apresenta pouca ação contra fungos. O triclosan pode ser 
absorvido através da pele íntegra, mas sem consequências sistêmicas relevantes. A sua ação 
antimicrobiana se faz num período intermediário e tem uma excelente ação residual. Sua atividade 
é minimamente afetada pela presença de matéria orgânica. 
 
Álcool (etílico e isopropílico) 
O álcool possui muitas qualidades desejáveis dos anti-sépticos: barato, facilmente obtido e 
tem rápida ação contra bactérias e é também tuberculicida e fungicida. Estudos "in vitro" 
demonstraram ação virucida, incluindo os vírus respiratórios, o HBV e HIV. O nível ótimo de 
atividade microbicida acontece com álcool etílico na concentração 70% (p/v) pois, a desnaturação 
das proteínas dos microorganismos faz-se mais rapidamente na presença da água. Nesta 
 
 
 29 
 
concentração, o álcool etílico é virucida. Estudos demonstraram a redução de 99% da flora da 
pele, sendo de baixa irritabilidade cutânea, principalmente quando utilizado com um emoliente 
(1% de glicerol). Indicado como anti-séptico de pele em procedimentos de baixo e médio risco e 
degermação das mãos da equipe entre os procedimentos quando da impossibilidade da lavagem 
das mãos. Neste caso, o álcool deve ser friccionado vigorosamente nas mãos até secar. O álcool 
não remove sujeira ou matéria orgânica. 
 
Iodo e iodóforos 
O iodo tem imediata ação contra bactérias e vírus entéricos e contra cistos de protozoários. 
Micobactérias e esporos de bacilos e de clostrídios podem também serem eliminados pelo iodo. 
Além disso, foi observada atividade fungicida e tricomonicida do iodo. 
O iodóforo mais conhecido é a polivinilpirrolidona um composto de 1 vinil-2- polímero 
pirrolidona com iodo (PVPI). Em nosso meio as formulações disponíveis até o momento são: 
PVPI degermante para degermação das mãos e antebraços da equipe cirúrgica; PVPI alcoólico 
indicado para aplicação em pele íntegra e PVPI aquoso para curativos e aplicação sobre mucosas 
por exemplo na anti-sepsia antes da sondagem vesical. Todas estas formulações são tamponadas 
para pH da pele. 
O efeito residual das soluções à base de iodo, considerado como uma propriedade 
importante dos anti-sépticos depende, dentre outras coisas, da absorção do iodo pela pele sem 
contudo atingir níveis sistêmicos. O efeito residual dos compostos iodados traz significativas 
vantagens sobre outros tipos de antisépticos convencionais, especialmente como meio que pode 
reduzir a flora residente num nível muito maior que, por exemplo, o uso do álcool isopropílico. 
 
Clorexidina 
A atividade microbicida da clorexidina é principalmente contra bactérias G+ e G-. Não 
age sobre formas esporuladas exceto a temperaturas elevadas. Alguns vírus lipofílicos (por ex: 
influenza, virus da herpes, HIV) são rapidamente inativados. Sua ação fungicida varia com a 
espécie. 
A imediata ação bactericida da clorexidina (15”) supera com vantagem as soluções à base 
de polionilpinolidona iodo e triclosan (irgasan). O seu uso regular resulta num efeito cumulativo. 
O produto mantém atividade, mesmo na presença de sangue, e é menos irritante que o PVPI, o 
que o coloca em vantagem quando comparado. 
Dentre as suas principais aplicações, destacamos: degermação das mãos e antebraço da 
equipe; preparo da pele (pré operatório e procedimentos invasivos); lavagem simples das mãos. 
 
Nitrato de Prata 
A solução de nitrato de prata a 1% é utilizada no método de Crede para a profilaxia da 
conjuntivite gonocócica do recém-nascido. Como não atua sobre Clamídias, tem sido substituída 
em alguns hospitais por PVPI em solução ocular a 2,5% ou colírio de eritromicina a 0,5% ou 
colírio de tetraciclina a 1,0%. Há relatos do seu uso também no tratamento de queimaduras. Seu 
espectro de ação inclui bactérias Gram postivos, Gram negativos, e fungos. 
30 
 
Vantagens 
o Bactericidas e bacteriostáticos 
o Não tóxico, não corroem e são hipoalergêncos 
 
 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO O RISCO DE TRANSMISSÃO DE 
INFECÇÃO 
ÁREAS HOSPITALARES 
 Críticas 
São aquelas onde existe o risco aumentado de transmissão de infecção, onde se realizam 
procedimentos de risco ou onde se encontram pacientes com seu sistema imunológico deprimido 
(ex: salas de operação e de parto, unidade e de tratamento intensivo, sala de hemodiálise). 
 Semi-críticas 
São todas as áreas ocupadas por pacientes dom doenças infecciosas de baixa transmissibilidade e 
doenças infecciosas (enfermarias e ambulatórios). 
 Não-críticas 
São todas as áreas hospitalares não ocupadas por pacientes (escritórios, depósitos). 
 
ARTIGOS HOSPITALARES 
 Artigos críticos 
São aqueles que penetram através da pele e mucosas, atingindo os tecidos sub-epiteliais, e no 
sistema vascular, bem como todos os que estejam diretamente conectados com este sistema. 
 Artigos Semi-críticos 
São todos aqueles que entram em contato com a pele não íntegra ou com mucosas íntegras. 
 Artigos não-críticos 
São aquele que entram em contato apenas com a pele íntegra do paciente. 
 
TERMOS TÉNICOS UTILIZADOS NA ÁREA DE BIOSSEGURNAÇA 
TERMOS TÉCNICOS 
o Aerossol é um conjunto de partículas suspensas num gás com alta mobilidade. 
o Antissepsia é o método através do qual se impede a proliferação de microrganismos em 
tecidos vivos com o uso de substância químicas (os anti-sépticos) usadas como 
bactericidas ou bacteriostáticos. 
o Assepsia é o conjunto de medidas que permitem manter um ser vivo ou um meio inerte 
isento de bactérias. A Antissepsia refere-se à desinfecção de tecidos vivos com anti-
sépticos. 
o Assepse é a ausência de infecção ou de material ou agente infeccioso. 
o Bacteremia é a presença de bactérias nos sangue. 
o Choque é uma crise aguda de insuficiência cardiovascular, ou seja, o coração e vasos não 
são capazes de irrigar todos os tecidos do corpo com oxigênio suficiente. 
 
 
 31 
 
o Choque hipovolêmico por hemorragias graves ou desidratação, em que a perda de sangue 
leva à descida perigosa da pressão arterial. 
o Choque séptico, em que bactérias produzem endoxinas que causam vasodilatação em 
todos os vasos de forma inapropriada 
o Choque cardiogénico, de causa cardíaca por falência desse órgão em manter a pressão 
sanguínea. 
o Contágio mediato ocorre quando o agente infeccioso fica um tempo maior exposto ao 
meio ambiente. Neste caso não há um contato íntimo entre a fonte contaminada com a 
receptora não contaminada. Exemplo: contagio por gotículas, aerossóis, fômites e mão na 
boca. 
o Contágio por vetores ocorre quando temos um elemento intermediário, o vetor, 
geralmente um inseto. 
o Degermação é o ato de redução ou remoçãoparcial dos microrganismos da pele, ou 
outros tecidos por métodos quimiomecânicos. É o que se faz quando se lava as mãos 
usando água, sabão e escova. 
o Descontaminação é o ato de redução ou remoção dos microrganismos de objetos 
inanimados por métodos quimiomecânicos, tornando-os mais seguros de serem 
manuseados ou tocados. è o que se faz quando se lava estes objetos com água, sabão e 
escova. 
o Desinfestação faz-se quando se procura exterminar animais macroscópicos que possam se 
transformar em transmissores para o homem ou ambientes. Ex. roedores (ex. ratos), 
insetos (ex, moscas, mosquitos, baratas), aracnídeos (ex, aranhas e escorpiões), ect. 
o Doença epidêmica: uma doença que afeta simultaneamente um grande número de 
pessoas; uma doença que se dissemina rapidamente num segmento demográfico da 
população humana, como todos de uma área geográfica, um quartel ou agrupamento 
similar ou um grupo humano com semelhanças etárias, sexuais, profissionais, etc; uma 
grande incidência está acima da esperada 
o Fômite é qualquer objeto inanimado ou substância capaz de absorver, reter e transportar 
organismos contagiantes ou infecciosos, de um indivíduo a outro. 
o Infecção cruzada é um termo utilizado para referir-se à transferência de microorganismos 
de uma pessoa (ou objeto) para outra pessoa. 
 
7. PREVENÇÃO DE ACIDENTES COM MATERIAIS 
BIOLÓGICOS 
 
32 
 
Os riscos biológicos ocorrem por meio de micro-organismos que, em contato com o 
homem, podem provocar inúmeras doenças. Muitas atividades profissionais favorecem o contato 
com tais riscos. É o caso das indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública (coleta de lixo), 
laboratórios, etc. São considerados riscos biológicos: vírus, bactérias, parasitas, protozoários, 
fungos e bacilos. 
Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por microorganismos incluem-se: 
tuberculose, hepatite, HIV. Para que essas doenças possam ser consideradas doenças 
profissionais, é preciso que haja exposição do funcionário a estes microorganismos. São 
necessárias medidas preventivas para que as condições de higiene e segurança nos diversos 
setores de trabalho sejam adequadas. Além disso, deve-se observar os fatores que interferem na 
resposta à infecção, como: 
o Estado nutricional 
o Condições patológicas preexistentes 
o Lesão tecidual 
o Deficiências na produção de anticorpos 
o Alterações sangüínea 
o Extremos de idade 
o Imunidade adquirida 
o Resistência aos antibióticos 
o Distúrbios hormonais 
 
ASSEPSIA HOSPITALAR 
O hospital deve ser considerado insalubre por vocação, pois concentra hospedeiros mais 
suscetíveis e micro-organismos mais resistentes. Os micro-organismos contaminam artigos 
hospitalares, colonizam pacientes graves e podem provocar infecções mais difíceis de serem 
tratadas. Dentro da área hospitalar encontramos os seguintes tipos de assepsia: 
 
Assepsia Médica 
A infecção já existe, procura-se evitar sua propagação. Consiste em práticas que auxiliam a 
reduzir o número e a impedir a transmissão de micro-organismos patogênicos de uma pessoa (ou 
lugar). 
 
Assepsia Cirúrgica 
A infecção não existe, procura-se evitar seu aparecimento. Busca impedir a penetração de 
germes em locais que não o contenham. Procedimentos da equipe de saúde. 
As infecções também podem ser devidas a vários procedimentos envolvidos na assistência à 
saúde, incluindo-se: 
o Excretas: secreção do nariz e garganta, vômito, fezes e urina 
o Supurações de orifícios do corpo 
o Exsudato de feridas ou de lesões da pele 
o Equipamentos e materiais utilizados no cuidado 
o Roupas (de cama e pessoal) usadas por pacientes 
 
 
 33 
 
o Mãos dos profissionais 
o Procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
 
34 
 
RISCO 
Para reduzir a ocorrência de lesões e acidentes evitáveis, as instituições de assistência a 
saúde tem criado programas de controle dos riscos. 
RISCO: Expressa uma probabilidade de possíveis danos dentro de um período de tempo ou 
número de ciclos operacionais. 
Os programas de controle de riscos tem como objetivo a manutenção e melhoria das 
instituições e dos equipamentos, assegurando um ambiente seguro aos empregados e pacientes. 
 
RISCO BIOLÓGICO 
 Enfermagem: principal categoria para exposição 
 Maior grupo nos serviços de saúde 
 Maior contato direto na assistência à pacientes 
 Tipo e freqüência de procedimentos realizados 
Devemos ter cuidado com o material biológico e saber como a infecção ocorre pode 
ajuda-lo a evitar ou controlar sua disseminação. A exposição pode se estabelecer através do: 
 
Veículo ou Material biológico 
o sangue, secreção vaginal e sêmen e tecidos; 
o líquidos de serosas(peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor, líquido 
articular e saliva; 
o suor, lágrima, fezes, urina, escarro; 
o ar. 
Por meio da exposição: 
o Pérfuro-cortante; 
o Mucosa; 
o Pele íntegra; 
o Inalação de gotículas/aerossóis. 
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais biológicos é a principal medida 
para que não ocorra contaminação por patógenos de transmissão sangüínea nos serviços de saúde. 
Precauções básicas ou precauções padrão são normatizações que visam reduzir a exposição aos 
materiais biológicos. Essas medidas devem ser utilizadas na manipulação de artigos médico-
hospitalares e na assistência a todos os pacientes, independente do diagnóstico definido ou 
presumido de doença infecciosa. 
Segundo o Manual de Condutas em exposição ocupacional a material biológico (MS,1999), em 
caso de exposição o profissional de saúde deve: 
o 1º passo: Cuidados locais 
o 2º passo: Registro 
 
 
 35 
 
o 3º passo: Avaliação da Exposição 
o 4º passo: Avaliação da Fonte 
o 5º passo: Manejo específico HIV, hepatite B e C 
o 6º passo: Acompanhamento clínico-sorológico 
 
Recomenda-se o uso rotineiro de barreiras de proteção (luvas, capotes, óculos de proteção ou 
protetores faciais) quando o contato mucocutâneo com sangue ou outros materiais biológicos 
puder ser previsto. Incluem-se ainda as precauções necessárias na manipulação de agulhas ou 
outros materiais cortantes, para prevenir exposições percutâneas; e os cuidados necessários de 
desinfecção e esterilização na reutilização de instrumentos usados em procedimentos invasivos. 
 
Os risco são minimizados quando o profissional: 
Age com Conhecimento/ Conscientização: 
o Conhecer os possíveis agentes etiológicos e os meios de transmissão 
o Lavagem das mãos 
o Imunizações 
o Manuseio e descarte de pérfuro-cortantes 
o Conhecer a rotina para atendimento de acidentes com material biológico 
o Conhecer as limitações da profilaxia pós exposição 
 
Utiliza as Precauções Universais: 
o Evitar contato direto com fluidos ou secreções orgânicas 
o Profissional com lesão de pele, cobri – la com curativo 
o Evitar picada de agulhas e lesões que provoquem soluções de continuidade 
o Lavar sempre as mãos com água e sabão sempre que lidar com pacientes 
o Lixo hospitalar 
o Coletado em saco plástico, amarrado, colocado em novo saco plástico e incinerado 
 
Usa os Equipamentos de Proteção individual 
o Luvas (de procedimento, estéreis) 
o Máscaras (cirúrgicas, N95) 
o Capotes (limpos, estéreis, plástico, descartáveis), Jaleco 
o Protetor facial 
o Sapato, botas 
 
Precauções padrão 
Precauções com materiais biológicos devem ser usadas para TODOS pacientes 
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o Precauções de barreira - previsão de contato com material biológico de QUALQUER 
paciente 
o Luvas são necessárias para tocar material biológico, mucosas ou pele não intacta de todo 
paciente e para proceder acesso venoso

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