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IESC 03 - Sintomas depressivos e de ansiedade

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@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
Sintomas depressivos e de 
ansiedade 
ANSIEDADE 
Estado de angustia, preocupação e/ou apreensão 
Frequentemente acompanhada de outras queixas mentais, 
como pensamentos excessivos, medos intensos, insônia e 
irritabilidade, ou físicas, como palpitações cardíacas, 
tremores e parestesias periféricas ou perto da boca. 
Mecanismo de “reação de luta ou fuga”; 
Às vezes, pode ser benéfica para alguns compromissos. 
SINAIS E SINTOMAS 
MENTAIS FÍSICOS 
Preocupações excessivas, a 
respeito de um ou diversos 
temas 
Dificuldade de concentração; 
Falta de memória; 
Insônia 
Irritabilidade 
Desrealização (sensações de 
irrealidade) ou 
despersonalização (sensação 
de estar distanciado de si 
mesmo); 
Medo de perder o controle ou 
“enlouquecer” 
Medo de morrer 
Palpitações, coração 
acelerado, taquicardia 
Sudorese 
Tremores ou abalos 
Sensações de falta de ar ou 
sufocamento 
Fadiga 
Tensão muscular 
Dor ou desconforto 
torácico 
Náusea ou desconforto 
abdominal 
Sensação ou tontura, 
instabilidade, vertigem ou 
desmaio; 
Calafrios ou ondas de calor 
Parestesias (anestesia ou 
sensações de 
formigamento) 
 
QUANDO QUE A ANSIEDADE VIRA UM 
TRANSTORNO? 
Quando essa ansiedade se torna excessiva, porem a ponto 
de prejudicar o funcionamento da pessoa, seja em seu 
desempenho ocupacional, social ou até mesmo biológico, 
como é o caso de pessoas que não conseguem dormir por 
estarem muito ansiosas 
INVESTIGUE OUTRAS CAUSAS! 
Violência domiciliar, assédio moral e disforia de gênero. 
Em crianças e adolescentes, o bullying; 
Estressores diversos (ruptura conjugal, desemprego, etc.) 
ou estresses agudo graves, como assalto, sequestro ou 
perda traumática de ente querido; 
Hipertireoidismo, arritmia cardíaca, outros; 
Abuso de substâncias (álcool e outras drogas); 
homossexualidade (ou mesmo disforia de gênero); 
pensamentos obsessivos ou rituais compulsivos por vezes 
vergonhosos; problemas de humor como depressão; 
TIPOS DE ANSIEDADE 
• Transtorno de ansiedade; 
• Transtorno relacionados a trauma e estressores; 
• Transtorno obsessiva-compulsivo; 
• Transtorno dissociativos; 
• Transtornos de sintomas somáticos. 
COMO ABORDAR O PACIENTE 
Deixe o paciente se expressar e tente perceber os sintomas 
de ansiedade mele; facilite as suas falas; 
Se o paciente não perceber que tem ansiedade e 
sobrevalorizar problemas físicos reais, não fale de 
imediato que os problemas são pela ansiedade! 
É importante que o medico se aproxime do diagnostico de 
ansiedade com muito cuidado e, após certificar-se de que 
não há nenhuma patologia clinica vigente, auxiliar a 
pessoa a considerar que possa estar sofrendo de um 
problema de ordem psíquica, que causa seus sintomas 
físicos; 
Passo 01 – Diferenciar ansiedade de inquietação, euforia e 
irritabilidade 
Posso 02 – Avaliar repercussão da ansiedade na vida da 
pessoa: causa transtorno? 
Passo 03 – Esclarecer se a ansiedade é o problema 
principal ou é parte de um ou mais transtornos subjacentes 
(reação a estresse ou trauma, abuso de substancias, 
ansiedade por doenças e somatização, disforia de gênero, 
depressão, transtorno bipolar, psicose ou um transtorno de 
ansiedade propriamente dito). 
DEPRESSÃO 
Para que seja efetivado um diagnostico de episodio 
depressivo ou transtorno depressivo (quando já 
aconteceram dois ou mais episódios), é necessário que 
esteja presente um elenco de sintomas que compõem os 
critérios de diagnostico estabelecidos e revisados, de pelo 
menos uma dessas duas entidades, não havendo qualquer 
distinção de sintomas por faixa etária para fins de 
diagnostico; 
Como o luto é reconhecido como um importante estressor 
que pode precipitar um episodio depressivo maior em 
indivíduos vulneráveis, pelo DSM-V não é mais 
necessária a espera de 60 dias para estabelecimento do 
diagnóstico. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS (DSM V) 
No mínimo cindo dos seguintes sintomas estiverem 
presente durante o mesmo período de 2 semanas e que 
@anabea.rs | Ana Beatriz Rodrigues 
pelo menos um dos sintomas seja humor deprimido ou 
perda do interesse ou prazer: 
• Interesse ou prazer diminuídos; 
• Humor deprimido, sente-se triste ou vazio; 
• Perda ou ganho significativo de peso ou 
diminuição/aumento do apetite; 
• Insônia ou hipersonia; 
• Agitação ou retardo psicomotor; 
• Fadiga ou perda de energia; 
• Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva ou 
inadequada; 
• Capacidade diminuída de pensar ou conectar-se; 
• Pensamento recorrentes de morte, ideação suicida 
recorrente. 
Os sintomas causam sofrimento clinicamente significativo 
ou prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em 
ouras áreas importantes da vida do individuo 
Os sintomas não se devem aos efeitos fisiológicos direto 
de um substancia (p. ex. droga) ou outra condição medica 
A ocorrência de episódios depressivo maior não é mais 
bem explicada por transtorno esquizoafetivo, 
esquizofrenia, transtorno delirante ou outro transtorno 
especificado ou não do espectro esquizofrênico e outros 
transtornos psicóticos; 
Não houve nenhum episodio de mania ou hipomania 
anterior; 
SUBTIPOS DE DEPRESSÃO 
DEPRESSÃO VASCULAR: redução do interesse, 
retardo psicomotor, prejuízo na percepção. Deve ser 
suspeitada quando o primeiro episodio ocorre em idade 
mais avançada (mais de 85 anos) e não tem relação com 
história de depressão na família. Marcador prognósticos - 
AVC; 
SÍNDROME DEPRESSÃO: disfunção executiva com 
retardo psicomotor, redução de interesse, limitação 
funcional, insight limitado e sinais vegetativos. Essa 
síndrome apresenta resposta pobre, lenta e instável aos 
antidepressivos e requer um cuidadoso plano de 
acompanhamento; 
DEPRESSÃO PSICÓTICA: mais frequente em idosos 
que nos adultos jovens, associa-se a alucinações e/ou 
delírios; 
DEPRESSÃO MELANCÓLICA: caracterizada por 
incapacidade de reagir a estímulos positivos, piora do 
humor pela manhã, sentimento de culpa excessivo, 
despertar precoce, marcador retardo ou agitação 
psicomotora, perda de apetite ou peso; 
COM SINTOMAS ANSIOSOS: presença de dois ou 
mais dos seguintes sintomas: 
• Sentir-se tenso; sentir-se inquieto; 
• Dificuldade para concentra-se em função de 
preocupação; 
• Medo de que algo ruim possa acontecer; 
• Sentir que pode perder o controle sobre si. 
RASTREIO EM IDOSO 
Escala de depressão geriátrica (GDS) é o instrumento mais 
popular para avaliação de sintomas depressivos em idosos, 
tendo sido a única desenvolvida para esse grupo etário 
(escala de rastreio); 
Pode ser utilizada por qualquer profissional da atenção 
básica, entrevistadores leigos ou mesmo ser autoaplicável; 
Vantagem de não incluir sintomas somáticos, reduzindo a 
interferência de sintomas confundidores em uma 
população em que a comorbidade é uma realidade; 
Desvantagem é a limitação do uso na presença de déficit 
cognitivo, especialmente após estagio moderado; 
O escore do GDS 30 sugere depressão a partir de 11 pontos 
e de GDS 15, a partir de 05 pontos; 
Mesmo sem avaliar objetivamente a gravidade dos 
sintomas, indica depressão moderada de 11 a 20 e 8 a 9, e 
grave acima de 21 e 10 pontos para GDS 30 e GDS 15, 
respectivamente.

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