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TEORIAS E FENOMENOLÓGICAS, EXISTENCIAIS E HUMANISTAS

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A partir dos filósofos europeus, surge uma nova maneira de pensar um novo método
(anárquico) São os filósofos existenciais (angústia, liberdade, vazio, o que viemos
fazer...). Não há existencialismo sem liberdade. Os existencialistas enfocam a
liberdade humana, a inquietação (angústia) em relação às escolhas e as
responsabilidades que elas exigem. O existencialismo surgiu na Europa e o Humanismo
fez uma releitura do existencialismo para a prática Clínica.
(A Psicologia Humanista se desenvolveu em solo americano, enquanto a Psicologia
Existencialista se desenvolveu na Europa).
Por fim, no intuito de apresentar em um quadro as bases filosóficas e de origem das
Psicologias Humanista e Existencial, podemos considerar o seguinte modelo: 
-Søren Aabye Kierkegaard - Alienação existencial, pra que lugar a
gente se dirige, pelo que a gente escolhe... Cabe ao ser humano saltar
na fé, acreditar. Decisão livre e responsável. Traz uma perspectiva
transcendente. (Teísta - fé)
-Friedrich Nietzsche - já faz outro caminho, Deus está morto (ateísta)
Nega a aquilo que é possibilidade de superação transcendental na vida
humana, que o ser humano está vazio de sentido e que não há nada que
crie sentido para ele que não seja ele mesmo. Nada superior além do
homem que possa salvá-lo. Discute valores da existência. Super
Homem.
-Albert Camus- a filosofia de Camus trata, ao contrário, o absurdo
como o ponto de partida de suas considerações. A relação do ser
humano com a natureza é absurda e nada pode ser feito para mudar
isso. Dessa forma, reconhecendo o absurdo e a impossibilidade de
dissolvê-lo, é preciso viver com ele, da melhor forma possível.
-Jean-Paul Sartre - Ateísta - responsabilidade do homem. Um dos
maiores representantes do existencialismo, Sartre (1905-1980) foi
filósofo, escritor e crítico francês. Para ele, estamos condenados a ser
livres
“Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre,
porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto
fizer”.
FENOMENOLOGIA
É o estudo dos fenômenos, tal como se apresentam à consciência, deixando de
lado preconceitos, suposições, teorizações ou generalizações sobre como sejam,
buscando se aproximar do modo como são captados pela consciência.
FENOMENOLOGIA - ALEMANHA FENOMENOLOGIA - FRANÇA
-Edmund Husserl - consciência,
intencionalidade e redução
fenomenológica
Vai atrás dos sentidos.
-Martin Heidegger - não trata
da questão da consciência, e
sim do ser do ente.
Experienciação. Experiências 
-Maurice Merleau-Ponty -
Percepção do corpo. O corpo
como condição
-Jean-Paul Sartre - o inferno
são os outros (desassossego)
Somos ser objeto
EXISTENCIALISMO - EUROPA
Se para Husserl a fenomenologia é a ciência que descreve como as coisas se dão a ver, para Heidegger as
coisas se dão a ver historicamente, ou seja, somos constituídos por historicidade, em outras palavras, a
fenomenologia de Husserl visa deixar que as coisas "falem por elas mesmas", como elas mesmas se
mostram.
“é conhecido como o fundador da fenomenologia, que busca
descrever a experiência subjetiva de forma rigorosa e
sistemática. Sua abordagem enfatiza a importância da
consciência e da intencionalidade na compreensão da
experiência humana”
“Desenvolveu uma ontologia fenomenológica que enfatiza a
relação entre o ser humano e o mundo. Sua abordagem enfatiza
a importância da compreensão do ser humano como um ser-no-
mundo, que está sempre imerso em um contexto cultural e
histórico. “
“É conhecido por sua contribuição à fenomenologia,
especialmente em relação à percepção e à corporeidade. Ele
enfatiza a importância da experiência corporal na
compreensão da realidade e da subjetividade humana. Sua
abordagem destaca a importância da interação entre o corpo
e o mundo, e como essa interação influencia a percepção e a
compreensão da realidade”.
“Ele enfatizou a importância da liberdade e da responsabilidade
pessoal na compreensão da experiência humana, e argumentou que
a existência precede a essência, ou seja, que não há uma natureza
humana pré-determinada, mas sim que cada indivíduo é livre para
criar sua própria identidade e significado na vida. Sartre também
enfatizou a importância da consciência na compreensão da
realidade, e argumentou que a consciência é sempre consciente de
algo, ou seja, que a experiência humana é sempre intencional”.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Tudo isso ainda não é psicologia, é filosofia. Só vira psicologia quando os filósofos dos
EUA criam o HUMANISMO, ou psicologia Humanista, que tem sua fundamentação na
fenomenológico existencial. Daí que começa a falar na possibilidade de uma
fenomenologia existencial incluindo uma perspectiva psicológica de teorização e de ação.
Recuperando a ação de potência que existe no homem.
Porque as correntes vigentes na época, psicanálise e Behaviorismo, eram correntes que,
segundo os autores dos humanismos, que estava muito mais olhando para o adoecimento
humano do que propriamente para a potência humana. (A Psicologia Humanista é um
movimento reativo à Psicanálise e ao Behaviorismo, sendo esta a sua principal
característica) .Aí entra Maslow trazendo o homem de novo pro centro da discussão
psicológica, não a doença e sim o HOMEM. 
Essa proposta de psicologia (humanista) ou fenomenológica existencial é a possibilidade
de um método de compreensão e de ação, e um olhar, um enfoque existencial. Resumindo
é a atitude fenomenológica para enfoques existenciais humanos, superando questões
biológicas, psicológicas e sociológicas, não deixando de incluí-las, mas falando daquilo
que integra o ser humano na dimensão toda, na dimensão da existência. A dimensão da
existência humana.
A psicologia humanista é uma crítica ao Behaviorismo.
-Rollo May - teve como assunto central de sua análise o sentido
da existência e a liberdade. Ele propõe que o ser humano enfrenta
constantemente o dilema de ser objeto e sujeito ao mesmo tempo.
Objeto porque sobre ele recaem as ações dos outros.
-Abraham Maslow - Segundo Maslow, o homem é motivado
segundo suas necessidades que se manifestam em graus de
importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as
de realização pessoal são as necessidades finais.
-Friederich Salomon Perls - propõe um processo de intervenção
sobre o indivíduo, pelo indivíduo. Destinado a que esse consiga
rever e elaborar novamente suas representações sobre a realidade,
e consiga construir uma vida mais autônoma e centrada em suas
próprias potencialidades. (gestalt terapia)
-Carl Rogers - propõe a sensibilização, a afetividade e a motivação
como fatores atuantes na construção do conhecimento. Uma das
ideias mais importantes na obra de Rogers é a de que a pessoa é
capaz de controlar seu próprio desenvolvimento e isso ninguém
pode fazer para ela. Psicologia centrada na pessoa.
EXISTENCIALISMO (HUMANISMO)- EUA
Quais são os três tipos de fenomenologia?
 1) Fenomenologia Transcendental de Husserl; 
 2) Fenomenologia Existencial de Jean Paul Sartre (1905-1980), e Maurice
Merleau Ponty (1908-1961);
 3) Fenomenologia Hermenêutica de Martin Heidegger (1889-1976)
Existencialismo
 Teístas - FÉ
A existência não tem origem do
nada, como afirmam os ateus.
Algo origina essa existência, e
esse algo é Deus
Afirmam a natureza humana em
relação à transcedência
-Kierkegaard (era pastor)
-Karl Jaspers
(culpa-judaico-cristã)
A existência é predeterminada
por uma
intencionalidade/funcionalidade
Existencialismo
 Ateístas - NÂO FÉ
As pessoas são responsáveis
pelas próprias ações. O homem é
um projeto de construção e o
único juiz.
Negam a natureza humana em
relação à transcedência
-Sartre
-Heidegger
(responsabilidade)
Cada pessoa é aquilo em que se
torna consoante aquilo que faz 
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
As ideias-chave da fenomenologia de Husserl são: consciência,
intencionalidade e redução fenomenológica. Vale mencionar
que em Ser e tempo, as duas primeiras ideias quase não
aparecem e a terceira nem aparece. Heideggernão trata da
questão da consciência, e sim do ser do ente. Para Heidegger, a
fenomenologia husserliana era mais um projeto que havia
perdido a historicidade essencial da natureza humana. Em sua
obra O ser e o tempo (1927), para descontentamento de
Husserl, Heidegger supera o conceito de consciência e propõe
o conceito de Dasein 
Se para Husserl a fenomenologia é a ciência que descreve
como as coisas se dão a ver, para Heidegger as coisas se dão a
ver historicamente, ou seja, somos constituídos por
historicidade, em outras palavras, a fenomenologia de Husserl
visa deixar que as coisas "falem por elas mesmas", como elas
mesmas se mostram.
Enquanto Sartre nos condena à vacuidade (ao vazio) da
consciência, Merleau-Ponty o atualiza, sugerindo: se,
fenomenologicamente, Sartre suscita o inacabamento necessário à
existência humana, metafisicamente, toma a mundaneidade como
resultado de um ato deliberativo.
Nietzsche afirma que a falta de significado tem como causa a
morte de deus. Kierkegaard reconhece o absurdo da vida e a
dificuldade de encontrar significado para ela, mas defende que
esse problema do sentido está relacionado à um excesso de
racionalidade.
Destacam-se, assim, as posturas radicalmente distintas entre os
dois fenomenólogos: enquanto para Heidegger as
preocupações com o homem concreto são consideradas vícios
metafísicos e refletem o encobrimento da verdade do ser, para
Sartre representa, justamente, o rompimento com uma filosofia
abstrata, despregada da realidade e o ponto de partida da sua
compreensão ontológica dialética.
Filosofia humanista enfatiza a importância da experiência subjetiva, da
liberdade e da autodeterminação na compreensão da natureza humana. Ela
argumenta que cada indivíduo tem um potencial inato para o crescimento e a
realização pessoal, e que a busca por significado e propósito na vida é uma
parte fundamental da existência humana. A filosofia humanista também
enfatiza a importância da empatia e da compaixão na relação entre as pessoas,
e argumenta que a busca por uma sociedade mais justa e igualitária é uma
parte importante da realização pessoal e coletiva. Na Psicologia, a perspectiva
humanista tem sido uma influência importante na abordagem centrada na
pessoa de Carl Rogers e na teoria da hierarquia das necessidades de Abraham
Maslow, entre outras.
Filosofia existencialista enfatiza a importância da liberdade, da
responsabilidade pessoal e da busca por significado na vida. Ela argumenta que
a existência humana é marcada pela angústia e pela incerteza, e que cada
indivíduo é livre para criar sua própria identidade e significado na vida. A
filosofia existencialista também enfatiza a importância da experiência subjetiva
e da compreensão da realidade a partir da perspectiva do indivíduo. Ela tem
sido uma influência importante na Psicologia existencial, que busca
compreender a experiência humana a partir de uma perspectiva existencialista
e enfatiza a importância da liberdade, da responsabilidade pessoal e da busca
por significado na vida.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Consciência e intencionalidade - toda consciência é consciência
de alguma coisa, ela está sempre direcionada a um objeto.
Quando alguém imagina, pensa, percebe, recorda, ela sempre
imagina, pensa, ou percebe alguma coisa.
Fenômeno - “o que aparece”, “aquilo que se mostra”.
Essência - As essências são o objeto de estudo do pesquisador
que, em sua pesquisa, não pode interferir no momento de
conhecê-las. Ele deve se portar diante delas como um
espectador imparcial.
epoché - a suspensão do juízo (epoché, em grego), ou colocação
entre parênteses da atitude natural e de todos os atos
intencionais de posicionamento de mundo, que assume a
existência do mundo, até que o filósofo adentre no domínio da
subjetividade transcendental pura. Nível da experiência, da
reflexão sobre a experiência.
redução eidética - Após suspender o juízo e todo pré-conceito
(epoché), o filósofo irá fazer esta redução eidética que é
propriamente a descrição do fenômeno como é dado na
consciência. Trata-se de um exercício hermenêutico, de
interpretação, para que se apreenda a essência do fenômeno
investigado. Dar conta da intuição humana, captar a essência das
coisas, trago ao significado e é o princípio básico para a redução
transcendental.
redução transcendental - é conseguir pensar a coisa sem que a
coisa seja presente.
intencionalidade - toda consciência é consciência de algo
superação do dualismo - entender o sujeito e objeto como uma
coisa só.
EDMUND HUSSERL
A vivência da consciência pré-reflexiva do
ser humano (consciência intencional) em
suas relações intrínsecas com o mundo
(intersubjetividade) conduz ao conhecimento
(baseado na redução eidética para a
descrição dos fenômenos) 
noesis – atividade da consciência 
noemas – objeto ao qual se dirige a
atividade da consciência.
-Como é isso para você?
-Descreve pra mim como é.
O inquérito da dúvida: Será que é mesmo isso? Até chegar no
Noema, no significado.
FENOMENOLOGIA
Fenomenologia não é ciência dentro dos
parâmentros da ciência, mas é uma proposta
relativa pelo rigor filosófico que ela tem (explicação,
compreensão das coisas).
-Como é para você se sentir assim?
-O que você sente sobre isso?
-Como é que você entende isso?
Experiência da singularidade, da singularidade da
acontecência (o que se passa em você). O
acontecimento e o fato.
-Qual significado tem o ato que estou operando?
-Qual é a formação que permite tais tos?
-Qual a conjunção de ações que me levam a uma
compreensão do que significa o meu viver?
-Qual o significado sobre tal experiência?
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Negando o ócio = negócio (tratando o negócio
Essência não é núcleo
É aquilo que faz aquilo ser aquilo.
O que significa o que é próprio, autêntico
Autêntico não significa ser verdadeiro, 
significa ser único.
Suspensão Fenomenológica é suspender algo, para capturar algo do
que se gosta “colocar o mundo entre parênteses”
Imparcializar o que sei, o que sinto, para ouvir o outro
Subjetivação (subjetividade), não é interioridade, é movimento, ação,
ato. (captação dos sentidos)
Fenômeno não sou eu, pessoas ou objetos animados ou inanimados,
fenômeno é tudo que não sou eu.
Eu capto algo sobre alguma coisa, eu me relaciono com o fenômeno
Redução (consciência) Transcendental (consciência que faz). Eu
consigo pensar a coisa sem que a coisa seja presente.
Sentidos não são criados
Eu encontro os sentidos
Externo é o evento
Sentido é interno
Experiência perceptiva (pelos sentidos) é pensar sobre uma
experiência que você já teve
Atitude Natural é basicamente o caminho do abservar, sentir 
mecanismo e resignificar.
“a primeira impressão é a que fica”- reduzo a algo muito fechado.
Consciência intencional (consciência de algo)
Percepção das coisas (diante de nós)
Percepção de si mesmo (dentro de nós)
zetética é o pensamento investigativo, especulativo; preocupa-se em
lançar perguntas, não em encontrar respostas (são os céticos)
efética é manter a suspensão do juízo produzida pela investigação
aporética é duvidar de tudo 
Impulso psíquico - são atos não queridos por nós (ex: medo)
Atitude fenomenológica é a capacidade de refletir, indagar.
FENOMENOLOGIA
MARTIN HEIDEGGER
Visou esclarecer o sentido do ser a partir da
“analítica do Dasein” apresentando na proposta
da Ontologia Fundamental as características
ontológicas e próprias do existir humano
constituído na condição de ser-no-mundo que
independe de qualquer determinação anterior. Na
sua Fenomenologia Hermenêutica enfatiza que a
compreensão do sentido do ser se dá a partir de
sua manifestação, desvelamento.
Círculo Hermenêutico
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Dasein - o homem é um “Dasein “sein” = ser e “da” = aí. o
homem é um “ser aí” que é neste mundo. Esta é a grande
diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo. Poder
ser é a possibilidade de cada “dasein” de sercapaz de escolher
em cada momento o que deseja ser, empregar seus esforços
neste mundo. Por outro lado, os animais não podem escolher.
Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca de comida e
abrigo até o final dos seus dias.Já o "dasein" pode escolher,
mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se
que o “dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste
tempo. Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em
projeto que só terminará com a morte.
 Derrelição - é um estar-lançado-no-mundo
fenomenologia hermenêutica - é o esforço filosófico de resgatar
essa circularidade que acontece na diferença entre o ente e o
ser
mundanidade - Ser-em-o-mundo 
Situação original - estar no mundo significa estar em
abandono: jogado e abandonado no mundo para existir.
compreensão- não como conhecimento, mas como estar diante
de “alguma coisa”. Projeto, não de planejamento, mas de
poder-ser.
discursividade - A discursividade diz respeito à linguagem, mas
não somente. Ela é a articulação do ser-no mundo com a sua
inteligibilidade de ser
1.
2.
3.
pôr-o-ente -em -liberdade 
ser-com-os-outros - ocupação e pré-ocupação.
sorgé (cura-cuidado) - compreensão do ser. Na Ontologia
Fundamental, o cuidado aparece como uma totalidade
estrutural, uma totalidade em que o todo se encontra todo em
cada um de seus momentos. A estrutura do cuidado reune 3
momentos: 
existencialidade- toda a amplitude das relações recíprocas
entre esta (existência) e ser, e entre esta e todos os entes;
através de um ente, que ele julga privilegiado, que é o homem.
E complementa que, de acordo com esse significado, só o
homem existe; que outras “coisas” são, mas não existem.
facticidade - o modo de ser de nosso poder-ser mais próprio,
modo que se expressa sempre e a cada vez “aí”, na
ocasionalidade.” ocupação e pre-ocupação
decadência - Constitui a inessência da existência. É o avesso da
existência. Temor, culpa, angústia e morte. Com a morte, o
Dasein conquista a totalidade da sua vida.
1.
2.
3.
Buscar qual o sentido do ser
O que é o ser? (ser= existência das coisas, de cada coisa)
Ente = coisa (tudo o que está no mundo)
Sentido para Heidegger tem a ver com a posição, com a
direção de existir, a fenomenologia da existência.
O sentido do ser, de onde o ser vem
O caminho para essa investigação só é possível a partir do
fenômeno do ente privilegiado que vivência a existência: nós
facto
existência: ek-para e sistere-fora (desvelar, tirar o que está
coberto)
*Sentido para Husserl tem a ver com o siginificado das coisas
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Serenidade para Heidegger é a espera angustiante
A pessoa se desdobra na busca (pro-a favor; em prol e cura-devolver)
do ser. Está a procura daquilo que favorece a sua devolução.
Estar lançado = abertura (estar disposto) ser-aí (todos nós)
Ato (ôntico) = é o que é; Potência (ontológico)= o que pode ser
Você é o que é conforme passa pelo tempo
Clareira = que te dá visão
Dasein = é sempre a relação com o próprio ser, cujas
características são chamadas de existenciais (Sein= ser
e Da=aí)
situação original: sentimento de estar aí, um estado que se percebe
como existente em sia facticidade. Estar no mundo significa estar no
abandono, jogado e abandonado no mundo para existir. Abandono é
integralmente confiança, não é eu deixar algo, é eu me permitir algo
compreensão (múltiplas interpretações): estar diante de alguma coisa
não significa compreender, conhecimento, pois, “nada é extamente
como se mostra” Emerge o conceito de projeto, não enquanto
planejamento de se ser, mas relacionado à forma existenciária de
poder-ser.
discursividade: para Heidegger “a linguagem é a morada do ser” e “na
habitação da linguagem mora o homem”. A discursividade diz respeito
à linguagem, mas não somente. Ela é a articulação do ser-no-mundo
com a sua inteligibilidade (que pode ser compreendido) de ser. 
O ser humano é um ser-aí. (aí=mundo), pra existir precisa do aí, sem aí não
existe ser.
Todos nós somos afetados pelo mundo, como que a gente se
autocompreende (segurar junto de si), sustentar.
Como a gente se sustenta, não existe mundo sem o homem, não existe
homem sem o mundo.
Cotidianidade mediana são as afetações o tempo todo, e isso é fato
(faticidade). Somos afetados numa historicidade específica.
Pandemia (estar em um momento factual da vida) faz parte da nossa
historicidade, faticidade, é fato.
É um estar-estando (ser-histórico, ser-sendo)
O Dasein é um estar-lançado-no-mundo (derrelição), estar lançado.
Formas de Dasein existenciais (forma de existir de cada um de nós)
ser no mundo = ser-no-mundo
3 elementos fundamentais para ser-no-mundo
Por-o-ente-em-liberdade relativamente a uma totalidade-de-conjuntação.
O que me faz ser é a consciência.
ser no mundo com os outros = ser-com-os-outros
existimos para cuidar (sorgé) = ser-cuidado, se ocupa e se pré ocupa é a
compreensão do ser.
ocupação (besorgen) com as coisas intramundanas (todos)
preocupação (fürsorge), com os outros (cuidado existente, o que está em
mim eu extendo para o outro).
A questão não é o que acontece e sim, porque acontece)
A existência não me aconteceu, ela está acontecendo ela é portanto,
essecialmente estática (fora, fora da rigidez), não existe passado, presente
e futuro e sim, o agora.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Decadência: quando o sujeito não reconhece a existência. Constitui a
inessência da existência. É o avesso da existência (É um esquivar do homem
do seu prório ser). A pessoa tende a deixar levar pelo mundo. Assim, fica
absorvido pelo habitual e familiar. A atenção da estranheza da facticidade de
existir fica desviada. A familiaridade é perturbada impropriamente pelo
temor. Esse temor perturba e confunde as atualizações das possibilidades e
instaurá-se a culpa.
O que retira o Dasein do arrebatamento na familiaridade do mundo é a
angústia. 
Ser-si-mesmo = nesse ser si mesmo o ser humano é angústia (angustia não é
de angina, de aperto no peito).Angústia é o despertar do esquecimento de si-
mesmo nos empenhos cotidianos que se insere na familiaridade no mundo. A
Angústia traz de volta o Dasein.
Angústia é propusor pro desenvolvimento
eu vivencio o aperto e tenho que escolher = vir-a-ser
a totalização para a vida se dá para a morte = ser-para-a-morte.
A escolha não é escolha
É renúncia
MAURICE MERLEAU-PONTY
Dedica -se a descrever sobre como a
PERCEPÇÃO (núcleo de seu pensamento) opera
no mundo -da -vida.
Foco na percepção: quebra a lógica da psicossomática
Vivências: profundo
Experiências: afetação
O corpo é fala
O corpo é um dizer da minha existência no mundo
O corpo é uma palavra
Todo comportamento se manifesta a partir de uma relação 
Merleau-Ponty, portanto enraíza a noção de consciência (percepção
de um acontecimento corporal) e como a consciência passa
perceptivamente pelo corpo.
"Não existe homem interior, o homem está no mundo, é no mundo que
ele se conhece." "Trata-se de descrever, não de explicar nem de
analisar." "Para ver o mundo e apreendê-lo como paradoxo, é preciso
romper nossa familiaridade com ele."
FENOMENOLOGIA
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
JEAN-PAUL SARTRE
Visava a possibilidade de “fazer” (construir)
filosofia admitindo a concretude do mundo,
olhando praquilo que é concreto na vida.
Defensor da liberdade irrestrita, Sartre
acreditava ser a liberdade o que movia o ser
humano. Para ele, o ser humano é,
paradoxalmente, condenado à liberdade. Somos
seres feitos de escolhas. Por mais que eventos
externos afetem as nossas escolhas, nós
continuamos escolhendo.
A aparência (exterior) não esconde a essência (interior), mas a revela.
Assim a aparência é indissociável à essencia.
Tal afirmação também “resolve” o dualismo entre essência e aparência.
O ser é o que aparece e não está reduzido a esse aparecer, aquilo que
existe se revela.
Sartre defende que a existência precede a essência.
“O importante não é aquilo que fazemde nós, mas o que nós mesmos
fazemos do que os outros fizeram de nós.”
“as escolhas recaem sobre nós”
“nas escolhas renunciamos”
*a essência é a existência, segundo Heidegger
FENOMENOLOGIA
EXISTENCIALISMO
SØREN KIERKEGAARD
Kierkegaard afirmou que a angústia é o cerne
da existência humana. Ela é a disposição do
espírito diante da liberdade de escolhas. Ele
diz que ao olharmos para um precipício,
sentimos vertigem diante da possibilidade de
nos sentirmos atraídos por ele, pela liberdade
de escolha entre atirarmo-nos ou não no
vazio.
o estético: não consciência das escolhas vivendo absolutamente o que
é prazeroso;
o ético: principiado pela ironia conduzindo à reflexão das escolhas sob
a ação das leis sociais visando a seriedade e compromisso social;
o religioso: é posto como a compreensão mais profunda de si mesmo,
de Deus e de Cristo. Para ele, não há vida autêntica possível sem Cristo,
sem Deus e sem a noção teológica de cristianismo por ele defendida.
Fez parte da linha do existencialismo cristão, no qual defende, sobretudo, o
livre-arbítrio e a irredutibilidade da existência humana.
Da mesma maneira que outros existencialistas, Kierkegaard focou na
preocupação pelo indivíduo e pela responsabilidade pessoal.
*Somos a síntese (desespero) entre o finito (eu) e o infinito (eternidade)
Angústia= pré escolha
Desespero= pós escolha
Angústia objetiva: voltada à natureza (ser a imagem e semelhança de
Deus)
Angústia subjetiva: voltada sobre o indivíduo
Segundo ele:
“Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”.
De acordo com sua compreensão da realidade, søren Kierkegaard aponta a
existência humana repartida em três estágios: 
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
FRIEDRICH NIETZSCHE
Sua filosofia é marcada pela crítica aos valores
iluministas e racionalistas, a valores morais e
religiosos em vigor na época de sua produção
intelectual. O autor apresenta a relativização
das noções de bem, verdade, mal, justiça, virtude
e Deus.
FENOMENOLOGIA
Genealogia da moral da qual decorre a noção de bem e mal. A partir
dessa noção, Nietzsche apresenta a proposta da transvaloração dos
valores (entendimento dos valores)
BEM - Moral dos fortes *o bem é absoluto (super homem)
-Os escravos, pois aceitam as imposições
-Os nobres, pois podem criar os próprios valores
MAL - Moral dos Ressentidos
-Os escravos, pois se submetem ao imposto
-Os nobres, pois impôe valores
Vontade de potência = é a principal força motriz em seres humanos —
realização, ambição e esforço para alcançar a posição mais alta
possível na vida.
BEM - satisfação humana e favorecimento de sua vontade
MAL - o que contrapõe a vida (deriva da fraqueza)
Para Nietzche não há sentido na vida e as religiões tentam oferecer
esse sentido. Temos que amar nosso destino e estamos num eterno
retorno do mesmo.
Destino não é para onde eu vou, é de onde eu vim.
A ideia de verdade, portanto, é criada pelo homem e esteriliza a vida.
No instante da vida, a verdade aparece.
A arte vai salvar o homem ante a inexistência da verdade.
Niilismo ( o vazio do vazio) Nietzsche acredita que a erosão dos valores
religiosos e morais deixa um vazio que pode levar ao niilismo passivo,
onde a vida perde sua direção e propósito. No entanto, Nietzsche
também vê o niilismo como uma oportunidade de criar novos valores e
significados.
Diante de tamanho querer, Friedrich Nietzsche (1844-1900) propôs o
“super-homem” como proposta para a superação do homem a partir
de uma força oriunda do próprio indivíduo por se encontrar nele
mesmo, a fim de transvalorar dicotomias, erros e preconceitos que
negavam a existência.
EXISTENCIALISMO
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
ALBERT CAMUS
O absurdo
O homem é condenado a andar com a
pedra nas costas.
A filosofia de Camus trata, ao contrário, o absurdo como o ponto de
partida de suas considerações. A relação do ser humano com a
natureza é absurda e nada pode ser feito para mudar isso. Dessa
forma, reconhecendo o absurdo e a impossibilidade de dissolvê-lo, é
preciso viver com ele, da melhor forma possível.
ABSURDO (o nada) = por quê as coisas acontecem desse jeito?
Essa linha filosófica diz que há uma tendência humana de buscar
significado à vida. No entanto, há um conflito quando isso ocorre, já
que seria “humanamente impossível” de encontrá-lo.
Para Camus, era preciso tomar uma decisão: se optarmos por
continuar a viver devemos aceitar que não existe um sentido último no
que fazemos.
O existencialismo de Camus se estabelece no absurdo, pois a
constatação da ausência de um porquê é a conclusão que se chega ao
se debruçar sobre a liberdade do indivíduo. Se não há uma essência
prévia, um plano a ser seguido, um destino certo, pode-se tudo.
O Mito de Sísifo (1942) marca sua abordagem teórica do "homem
absurdo" que está pronto para enfrentar e se rebelar contra a realidade
com sua consciência humana de que não há sentido no absurdo da
condição humana. 
O mito de Sísifo é um ensaio filosófico escrito por Albert Camus, em
1941. Para ele, o homem vive sua existência em busca de sua essência,
do seu sentido, e encontra um mundo desconexo, ininteligível, guiados
por entidades sufocantes como as religiões e ideologias políticas.
Em O mito de Sísifo, Camus descreve os paradoxos fundamentais, as
contradições primeiras da condição humana, condição esta que ele
chama de absurda. Partindo de um raciocínio que nega o
conhecimento profundo das coisas, ele opta pela pintura de imagens,
pela descrição das aparências.
O que seria uma vida de Sísifo nos dias atuais?
A tarefa de Sísifo pode ser árdua, mas ele pode encontrar a felicidade
em questões marginais, em seus pequenos atos de revolta — em sua
luta contra o absurdo. Ser consciente da própria vida, é viver num grau
máximo.
Ele era fortemente contra a visão do niilismo, que sustentava que não
havia escapatória de uma realidade absurda e que qualquer ação era
um absurdo sem sentido, e Camus revela que só nós mesmos
imaginamos superar o absurdo da Vida na batalha com a Existência.
"A compreensão de que a vida é um absurdo não pode ser um fim,
mas apenas um começo." 
“Eu revolto-me; logo, eu existo”. 
"Eu posso sentir esse coração dentro de mim e concluir que existe. Eu
posso tocar neste mundo e também concluir que existe. Todo o meu
conhecimento termina neste ponto. O resto é hipótese." 
"O homem é a única criatura que se recusa a ser o que ele é." 
"Todo o ato de rebelião expressa uma nostalgia pela inocência e um
apelo à essência do ser." 
Albert Camus, reforçou que, além do absurdo e da falta de sentido
para a vida, temos que nos revoltar e lutar, fazer sentido para a vida,
contra este sentimento de impotência.
EXISTENCIALISMO
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
EXISTENCIALISMO
JEAN-PAUL SARTRE
Isso significa dizer que o ser humano não possui uma essência que o
defina de imediato, mas ele é definido de acordo com o modo como
vive. 
O ser humano constrói-se, individualmente, a cada dia e nunca estará
pronto e definido, pois aquele processo de construção somente cessa
com a morte. E é dessa maneira que todo ser humano também se torna
responsável pelo modo como ele vive, pois, essa situação o torna,
paradoxalmente, um condenado à liberdade, pois tudo o que ele faz, em
certo sentido, faz por escolha própria.
Para explicar a teoria existencialista, Sartre recorreu ao dualismo
psicofísico como composição do ser humano: nós somos compostos de
um corpo (matéria) e de uma consciência imaterial. Não é possível
existir uma consciência sem um corpo (Sartre é um filósofo materialista),
do mesmo modo que um corpo sem consciência não é um ser humano.
O filósofo lança mão então de dois conceitos centrais:
Ser-em-si: é aquele que tem uma identidade definida, ou seja, são os
objetos e as coisas. Faz parte também do ser humano, pois é o seu
corpo;
Ser-para-si: tem consciência de si, vive para si, mas não tem uma
identidade definida. É a consciência quenos compõe enquanto seres
humanos."
CLÍNICA PSICOLÓGICA
A proposta
filósofo-existencial
Jean-Paul Sartre criou, a partir de todo esse
aparato filosófico e das influências do alemão
Martin Heidegger, uma filosofia profundamente
existencialista que priorizava a existência
material e concreta a qualquer essência
possível. 
HUMANISMO
Portanto, somos seres em situação: estamos em contextos diversos na
vida que exige de nós uma escolha (“o homem está condenado a ser
livre”)
Quem nega a liberdade age de má-fé (atribuir a escolha a outros)
Má-fé - deixar nas mãos dos outros aquilo que você tem que fazer.
A vida tem que ser vivida na autenticidade (ser quem você é)
“Não importa o que fizeram de você, mas o que você fazcom o que
fizeram de você”
Desamparo ------- Angústia --------- Engajamento
O ser humano está em condição de desamparo, que nos coloca frente a
nós mesmos (angústia), tendo que voltar a olhar para si, já que o mundo
é sem sentido. Portanto, somos nós que determinamos o que acontece
no mundo (engajamento), seja individual ou coletivo.
Fundamentos do pensamento de Sartre para a Clínica Psicológica
A liberdade: constitutivo ontológico do homem 
O ser humano nasce livre e age livremente sobre o mundo modificando-
o e sendo modificado por ele. E a liberdade responde à minha
possibilidade de ser (escolher a mim mesmo dentro de quaisquer
situações)
O projeto de vida ou Projeto de Ser: Destina-se ao futuro e é
constituído pelo desejo de ser resultando de nossas escolhas individuais
e cotidianas. (Eu vou ser melhor, eu vou fazer diferente...) 
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
intenção
de
escolha
(desejo)
 de ser
ato
concretização
ser-em-si
(autenticação
do nosso ser)
nada, medo,
incertezas, inferno
dos outros
Considerar o quadro psicológico no qual a pessoa se apresenta
(contextualização do fenômeno); 
Elaborar a problemática em torno das complicações do paciente (o
que corrobora ou não o projeto de vida da pessoa?);
Viabilizar (propor) mudanças nas relações e dinâmicas psicológicas
do paciente (colaborar para que a pessoa se torne sujeito de seu
ser).
A psicopatologia é entendida como “complicação mental” (na
perspectiva de Schneider, 2011). A complicação mental está presente
na relação sujeito-mundo e trata-se da dificuldade de a pessoa
estabelecer seu ser em direção a seu projeto.
A personalidade é construída na subjetividade (consciência e ego) por
meio das relações sociais, condições de existência, historicidade
(contrapondo a Psicanálise).
Na terapêutica o sujeito é totalidade de relações, afetos, emoções,
contexto histórico, familiar, amoroso que constituem a construção de
sua personalidade.
A Clínica Psicológica de inspiração sartreana deve considerar que a
personalidade é resultado da dialética entre objetividade e subjetividade
no contexto antropológico (cultura, classe social, sistemas, condições
materiais) e sociológico (vínculo e mediação com as pessoas mais
próximas). Pretende-se, então, o seguinte caminho:
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
ABRAHAM MASLOW
Segundo Maslow, o homem é motivado
segundo suas necessidades que se
manifestam em graus de importância
onde as fisiológicas são as necessidades
iniciais e as de realização pessoal são as
necessidades finais.
Percepções eficientes da realidade. São capazes de julgar as
situações correta e honestamente. Eles são muito sensíveis ao
falso e desonesto, e são livres para ver a realidade 'como ela é'.
Aceitação confortável de si, dos outros e da natureza. Aceitam sua
própria natureza humana com todas as suas falhas. As deficiências
dos outros e as contradições da condição humana são aceitas com
humor e tolerância.
Confiante em experiências e julgamentos próprios. Independente,
não se baseia na cultura e ambiente para formar opiniões e pontos
de vista.
Espontâneo e natural. Fiel a si próprio, ao invés de ser como os
outros querem.
Centralização de tarefas. A maioria dos pacientes de Maslow tinha
uma missão a cumprir na vida ou alguma tarefa ou problema
"além" de si (em vez de fora de si) a ser perseguido.
Autonomia. Não dependem de autoridades externas ou de outras
pessoas. Eles tendem a ser engenhosos e independentes.
Contínuo frescor de apreciação. Parece renovar constantemente a
apreciação das coisas boas básicas da vida. Um pôr-do-sol ou uma
flor serão experimentados tão intensamente como foram da
primeira vez. Existe uma "inocência da visão", como a de um
artista ou criança.
Relações interpessoais profundas. As relações interpessoais dos
autoatualizadores são marcadas por laços amorosos profundos.
Conforto com a solidão. Apesar de terem um relacionamento
satisfatório com os outros, as pessoas autoatualizadas valorizam a
solidão e se sentem confortáveis em ficar sozinhas.
Senso de humor não hostil. Isso se refere à capacidade de rir de si
mesmo.
Experiências de pico. Momentos temporários de autoatualização.
Essas ocasiões foram marcadas por sentimentos de êxtase,
harmonia e profundo significado. Os autoatualizadores relataram
sentir-se em harmonia com o universo, mais forte e mais calmo do
que nunca, cheio de luz, beleza, bondade e assim por diante.
Socialmente compassivo.
Possui humanidade.
Alguns amigos. Poucos amigos íntimos e não muitos
relacionamentos superficiais.
Principais conceitos:
Auto-atualização- Para Maslow, a auto-atualização é um desejo de
auto-plenificação, de se tornar cada vez mais o que se é e tudo o que
se pode tornar. Seria como uma força motriz capaz de levar à
realização das capacidades de alguém, dando motivação para alcançar
suas ambições. Maslow definiu a palavra “auto-atualizador”, sendo
esta uma pessoa que vive de forma criativa e plena, usando seus
potenciais. Dessa forma, o que o homem é capaz de fazer, ele deve
fazer. As características autoatualizantes de Maslow são:
A auto-atualização é a tendência de um organismo desenvolver
todas as suas possibilidades de crescimento. Aplica-se sobretudo
ao desenvolvimento de si mesmo, sendo a tendência do indivíduo
de desenvolver-se e crescer como pessoa. Esse impulso básico de
expressar e ativar todas as capacidades do organismo.
EXISTENCIALISMOCLÍNICA PSICOLÓGICA
HUMANISMO
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Experiências Culminantes- As experiências culminantes são momentos
especialmente felizes e excitantes na vida de cada indivíduo, o que
levou Maslow a considerar que são provocadas por intensos
sentimentos de amor, exposição à arte e à musica, ou vivencia da
beleza irresistível da natureza. As mais poderosas são relativamente
raras e têm sido configuradas pelos poetas como momentos de êxtase,
pelos religiosos como experiências profundas e místicas. Uma
experiência culminante é um auge que pode durar poucos minutos ou
algumas horas, mas raramente mais. 
Experiências Platô- A experiência platô representa uma maneira nova
e mais profunda de encarar e vivenciar o mundo, envolvendo uma
mudança fundamental na atitude, uma mudança que afeta todo o
ponto de vista de alguém e cria uma nova apreciação e uma
consciência intensificada do mundo.
Transcendência da auto-atualização- Pessoas que tem muitas
experiências culminantes e são mais conscientes so sagrado de todas
as coisas. Pessoas que pensam de um modo mais integrado.
Os que transcendem são mais propensos a considerar seus talentos e
habilidades e menos comprometidos com seu ego (admite e reconhece
o eu e o outro)
Hierarquia das necessidades básicas- As necessidades propostas por
Maslow, na ordem de prioridade de satisfação, são as fisiológicas, de
segurança, de pertinência e de amor, de estima e de autorrealização.
Ele procurou identificar as características das pessoas com
necessidade de autorrealização satisfeita e, assim, consideradas
psicologicamente saudáveis. Em vista disso ele define a neurose e o
desajustamento como doenças de carência, causadas pela privação de
certas necessidades básicas.
Alessandra Tuma - Teorias e PráticasFenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Motivação de deficiência (falta) e do ser- 
Das motivações de deficiência -satisfação de necessidades -decorrem
outras motivações - alegria, curiosidade. 
Da motivação do ser - prazer e satisfação no presente ou ao desejo de
procurar uma meta considerada positiva.
cognição de deficiência (falta) e do ser- 
Na cognição de deficiência - os elementos são vistos unicamente como
preenchedores das necessidades, ou seja, meios para os outros fins. 
Já na cognição do ser - valoriza aquilo que é. Não há distorções das
percepções das pessoas.
valores de deficiência (falta) e do ser- se refere aos valores do ser,
intrísecos a toda pessoa e que devem ser descobertos (verdade,
bondade, beleza, totalidade, unicidade, inteireza, justiça, ordem...)
amor de deficiência (falta) e do ser- 
amor de deficiência- é o amor pelos outros porque eles preenchem uma
necessidade. Amor causado por autoestima ou sexo, medo da solidão.
Amor do ser- amor pela essência, pelo ser do outro, não é possessivo e
está interessado no bem do outro do que na satisfação egoísta.
Eupsiquia (sociedade saudável)- A eupsiquia se refere a uma sociedade
ideal, como alternativa para a utopia, que para ele parecia muito
visionária e impraticável. Ele acreditava que uma sociedade ideal podia
ser desenvolvida a partir da construção de uma comunidade de
indivíduos psicologicamente estáveis e auto-atualizadores. Todos os
membros da comunidade estariam engajados na busca do
desenvolvimento pessoal e na realização em seu trabalho e em suas
vidas pessoais.
Sinergia (harmonia)- A sinergia significa ação combinada ou
comparação, ação cooperativa de elementos que resulta num efeito
global maior do que todos os elementos tomados separadamente. A
identificação com outros tende a promover uma alta sinergia individual
e, para Maslow, está dentro do próprio individuo como unidade entre
pensamento e ação.
Psicologia transpessoal (está além da pessoa)- A psicologia
transpessoal inclui o estudo da religião e da experiência religiosa. Sob o
ponto de vista histórico, as conceoções de potencial humano máximo
tem sido primordialmente expressas em termos religiosos, e a maioria
dos psicólogos tem relutado em examinar com seiredade essas áreas
em virtude de terem sido descritas de forma mística, dogmática ou não
científica. Os psicólogos transpessoais estudaram empiricamente a
meditação, os exercícios respiratórios da Ioga e outras disciplinas
espirituais.
Motivação de deficiência (falta) e do ser-
Das motivações de deficiência -
satisfação de necessidades -decorrem
outras motivações - alegria, curiosidade.
Da motivação do ser - prazer e satisfação
no presente ou ao desejo de procurar
uma meta considerada positiva.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
EXISTENCIALISMO
No contexto do humanismo, o ser humano não era considerado como
alguém controlado pelo inconsciente, nem mesmo como alguém
facilmente influenciado por fatores externos. Ele era visto como um
indivíduo que possuía controle sobre si mesmo e seus pensamentos,
sendo responsável por suas ações e decisões.
Com essa nova perspectiva, Rogers não se concentrou no estudo da
pessoa doente, mas sim em um indivíduo saudável. Ele adotou essa
perspectiva ao não identificar as pessoas como passivas e à espera de
uma cura, mas sim enfatizando a responsabilidade individual por sua
própria transformação. Foi a partir dessa abordagem que surgiu a
Terapia Centrada na Pessoa. 
Sua terapia procura "facilitar" ao indivíduo a sua própria interpretação
do "aqui e agora". Os bloqueios, as resistências, os impulsos e a forma
de ser e de vivenciar os fatos da vida são discutidos no plano da
realidade objetiva, muito no plano cognitivo, nos simbolismos comuns
e na linguagem do dia-a-dia. 
Conceitos básicos
Organismo= é o foco de toda a experiência (espaço de existência do
sujeito. Espaço interno e externo)
Self= autoconceito (campo fenomenológico em que o indivíduo
organiza uma percepção e conceito de si mesmo.)
Self ideal= é caracterizado como um conjunto de características que o
individuo gostaria de ter. Desta forma, pode existir um conflito ou
obstáculo ao desenvolvimento pessoal entre o Self e o Self ideal,
tornando-se este, um indicador de insatisfação e dificuldades
neuróticas.
Congruência= é uma das atitudes facilitadoras necessárias para a
promoção de uma relação que promove desenvolvimento humano. Ela
refere-se ao estado de estar em alinhamento ou harmonia consigo
mesmo.
Incongruência= representa um estado de falta de harmonia ou
inconsistência consigo mesmo. Ela ocorre quando há uma discrepância
entre o autoconceito de um indivíduo e suas experiências reais ou
percepção de si mesmo. Um exemplo disso é que a pessoa
incongruente não consegue estar bem consigo próprio, é experiencia
estados de tensão e angústia, que gera um estado de desorganização
interior, fazendo-a se sentir em sofrimento e com dificuldades
interpessoais, dificultando seu crescimento pessoal. 
CARL ROGERS
 Carl Rogers foi um dos principais
psicólogos a difundir e desenvolver ainda
mais a psicologia humanista, também
proposta por Abraham Maslow.
Diferentemente das teorias que tinham se
difundido até então, o humanismo possuía
uma visão mais holística de enxergar o
homem.
EXISTENCIALISMOCLÍNICA PSICOLÓGICA
HUMANISMO
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Subcepção (experiência)= é a capacidade do indivíduo de discriminar
entre estímulos ameaçadores e de reagir de acordo com isso, mesmo
que não seja capaz de reconhecer conscientemente os estímulos a que
está reagindo.
O que causa a subcepção= comportamento obsoleto (simbolização), se
a experiência não for simbolizada adequadamente, a pessoa não vai se
comportar de modo adequado. Para Rogers, o que a pessoa pensa ou
experiencia é a realidade para a pessoa.
Tendência Atualizante ou à Atualização= é uma capacidade
fundamental do ser humano, onde este se sente estimulado a se mover
na direção de algo. Independente dos estímulos serem propícios ou
não, as ações de um organismo serão sempre no sentido de
desenvolvimento de si mesmo.
Ser quem você é= Apesar de dolorosa e inquietante, a exploração da
realidade do eu é necessária, pois não ser quem se é é o que gera
desespero. Rogers, ao citar Kierkegaard, parece reconhecer a
necessidade de ser quem se é e o sofrimento vivido por quem não vive
desta maneira.
Ser o que realmente se é= o que o ser humano procura, quando tem a
liberdade de escolher, é justamente “ser o que realmente se é”. A
expressão “ser o que se é” é muitas vezes mal interpretada por dar a
entender que se trata de uma busca por algo já pronto e fixo que o
cliente descobriria e se apropriaria para sempre.
Carl Rogers criou um modelo diferente de atendimento
psicoterapêutico. O seu objetivo era estimular uma relação
transparente entre profissional e paciente. Deste modo, a própria
pessoa seria capaz de encontrar soluções para os seus incômodos
emocionais.
Para que o terapeuta seja capaz de exercer tal papel, três qualidades
são requeridas: congruência - ser autêntico com o cliente/aluno;
empatia - compreender seus sentimentos; e respeito - "consideração
positiva incondicional".
As 7 fases da psicoterapia, de Carl Rogers
1ªfase (bloqueio e rigidez)= Eu bloqueado, o não acesso ao eu, uso de
defesas e não desejo de mudança; rigidez, fechamento total a
abertura à experiência, frases fixas e preceitos e ideais de certo
padrão; ênfase no passado, situações inacabadas que afetam muito o
presente. Ex: “Eu acho que eu estou perfeitamente bem”
2ªfase (problemas externos e concretos)= Problemas, nunca são da
pessoa, estão ligados ao passado, somatizações; talvez procurem a
terapia, mas como “obrigação”; não conseguem acessar os sentimentos
e descrevem situações como externas de si. Ex: “Suspeito que meu pai
sempre tenha se sentido pouco seguro naas suas relações de negócios
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE3ªfase (início da aceitação)= Linguagem ainda não no presente, mas
com sinais de 1ªpessoa; passado ainda presente, com bastante
influência; o tempo entre dar-se conta e agir é longo. Ex: ““Esforço-me
muito para ser perfeito com ela... Porque quero que ela goste de mim.”
ou “Sou capaz de me sentir sorrindo com suavidade como a minha mãe
ou sendo teimoso e seguro de mim como meu pai às vezes é...” 
4ªfase (ambivalência)= Maior aceitação, já conhece suas
incongruências, mas tem medo; linguagem já aparece por vezes no
presente; maior acesso e diferenciação dos sentimentos.
5ªfase (autoconhecimento)= Busca mais profunda de entendimento
de si; sentimentos cada vez mais precisos e vivenciados; valorização,
crescimento, enfrentamento e congruência.
6ªfase (fluidez e tendência a irreversibilidade)= Vivencia com clareza e
manisfesta os sentimentos; abertura à experiência, processo fluído e
integral de “eu”; os problemas não são mais externos, mas
oportunidades/desafios para o crescimento.
7ªfase (funcionamento ótimo)= Funcionamento totalmente
congruente e modificam com as vivências; consciência reflexiva,
dinâmica e fluida; vive, sente, expressa no presente.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Por último, a Gestalt Terapia de Fritz
Perls propõe um processo de intervenção
sobre o indivíduo, pelo indivíduo.
Destinado a que esse consiga rever e
elaborar novamente suas representações
sobre a realidade, e consiga construir uma
vida mais autônoma e centrada em suas
próprias potencialidades.
FRIEDERICH S. PERLS
EXISTENCIALISMO
CLÍNICA PSICOLÓGICA
HUMANISMO
A ênfase no aqui e agora- Para a Gestalt Terapia, os seres
humanos não percebem o passado, o presente e o futuro como
realidades separadas. Pelo contrário, os três tempos formam uma
unidade que só existe no presente. Tanto o passado como o futuro
são projeções do presente. Por isso, o que deve ser feito e
trabalhado é sempre sobre o “aqui e agora”, de modo que seja
encontrada uma maneira de resolver as dificuldades e alcançar
uma vida mais repleta de autorrealização.
A tomada de consciência- Para alcançar um nível maior de bem-
estar é necessário olhar minuciosamente para si mesmo. Essa é a
base para que possam ser desenhadas novas maneiras de olhar e
perceber a experiência que se vive no aqui e agora. É um caminho
que aposta na mudança de perspectiva, passando pela que temos
agora e por outros modos de olhar para que possa ser formada
uma nova visão sobre as experiências pessoais.
Assumir a responsabilidade- O processo de conscientização deve
levar a um momento em que seja possível assumir as
consequências de todas as nossas ações. Os erros devem enfim ser
aceitos, e desse modo se torna possível a avaliação dos riscos em
nossa forma de agir, gerando assim autonomia. Desse modo é
possível dar uma direção para a nossa existência, com mais
liberdade e significado.
Fritz propôs o conceito de que o desenvolvimento psicológico e
biológico de um organismo se processa de acordo com as tendências
inatas desse organismo, que tentam adaptá-lo harmoniosamente ao
ambiente e também criticava a psicanálise antes mesmo do surgimento
da Gestalt-Terapia, podendo ser observado em sua primeira
publicação: “The Ego, Hunger and Aggression”(1942), no qual critica a
teoria psicanalítica com base em pesquisas sobre percepção e
motivação. Neste livro Fritz lança uma importante discordância teórica
com relação à psicanálise: a idéia de que a base da agressão e do
sadismo está na fase oral e não na fase anal do desenvolvimento
infantil.
A Gestalt Terapia é uma corrente que tem como aspecto principal a
forma como os sujeitos experimentam a realidade, sendo menos
importante os fatos experimentados. Não há um enfoque no que
ocorre com cada pessoa, mas sim na forma como essa pessoa percebe
o que aconteceu. Em outras palavras, enfatiza os processos, e não os
conteúdos. Este enfoque é parte da psicologia humanista e sustenta
três princípios fundamentais:
Por último, a Gestalt Terapia de Fritz Perls propõe um processo de
intervenção sobre o indivíduo, pelo indivíduo. Destinado a que esse
consiga rever e elaborar novamente suas representações sobre a
realidade, e consiga construir uma vida mais autônoma e centrada em
suas próprias potencialidades. Essa teoria tem aplicação em muitos
campos: como o clínico, o campo social e inclusive no campo de
trabalho.
Guestalt= Um processo de dar forma ou configuração, "estrutura
organizada". Uma entidade concreta, individual e característica, que
existe como algo destacado e tem uma forma ou configuração como
um de seus atributos”.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gestalt
Psicologia da Gestalt é uma abordagem da psicologia que focaliza a
organização da percepção e do pensamento como um “todo”
preferencialmente aos elementos individuais da percepção.
A percepção depende de fatores objetivos e de fatores subjetivos. 
Os aspectos objetivos dependem das necessidades do sujeito. Esse é
um processo contínuo de reciprocidade em que o homem e mundo se
transformam. A experiência humana é relação, é contato. 
O segundo fundamento apresentado por Perls é a Homeostase
(conceito biológico), que chamamos de adaptação, ou seja, toda a vida
é caracterizada pelo jogo contínuo de estabilidade e desequilíbrio do
organismo.
O terceiro fundamento da Gestalterapia pretende declarar que o ser
humano é um organismo unificado, não podendo ser separado em
partes sem que se perca a visão e a compreensão do todo.
Este conceito nasce como uma crítica frontal às escolas
psicodinâmicas e comportamentais, que fragmentam a experiência
humana, uma a partir das determinações do inconsciente e outra a
partir dos condicionamentos e aprendizagens. Para Perls isso não é
possível, pois o ser humano é inteiro, uno, indivisível.
O quarto fundamento apresentado por Perls é o Contato, processo
contínuo de transformação e crescimento na troca com o meio.
Organismo e meio se mantém numa relação de reciprocidade em que
um não é vitima do outro. O contato com o meio é inevitável e
indispensável na experiência humana. O surgimento da neurose pode
se dar justamente nesta dificuldade de se manter um contato saudável
com o meio. A fronteira estabelece o contorno, o limite, que é o local
onde ocorre o contato. O Eu e o Não Eu; O Eu e o Outro; O Conhecido
e o desconhecido. A fronteira delimita e ao mesmo tempo possibilita o
contato, inclui o contato.
Mas o contato também pode se dar consigo mesmo, em função de
nossa habilidade de dividir-se em observador e objeto observado; Isto
promove a integração, a apropriação de si mesmo - O colocar sob o
domínio do “eu” ou “habitar” aspectos que anteriormente não estavam
sob este domínio.
As Fronteiras do “EU’ - Gama de Fronteiras, que definem Ações - Idéias
- Pessoas Valores - Ambientes - Imagens. Podem ser rígidas ou
Flexíveis.
Fronteiras do Corpo
Fronteiras-de-valor
Fronteiras de Familiaridade
Fronteiras Expressivas
Fronteiras de Exposição
Qualquer tipo de relação viva que ocorre na Fronteira Eu - Não Eu, é
contato. Ver, ouvir, pensar, ter consciência, falar, manipular, lutar, etc.
São formas de contato. 
A Fronteira entre o Self e o ambiente deve ser permeável para
permitir trocas, porém suficientemente firme para ter autonomia. 
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Quando a fronteira entre o Self e o outro perde a permeabilidade a
nitidez ou enrijece, acontece os distúrbios de contato. Para a Gestalt
Terapia o contato ou a qualidade do contato é um dos critérios na
definição de saúde e adoecimento.
SELF é o sistema de contatos em qualquer momento no campo
organismo meio. É o sistema complexo de contatos necessários ao
ajustamento no campo imbricado. É o processo de figura-fundo em
situações de contato. Seu ser no mundo – variável conforme as
situações.
Os três modos do Self são:
• A função “Id” ligada às necessidades vitais, tradução corporal: fome,
sede, satisfeito.• A função “Eu” é ativa, ligada as escolhas, rejeições, responsabilidade.
É a tomada de consciência que permite a manipulação com o meio.
• A função “Personalidade”, a sua autoimagem, ela que permite a
integração e assimilação.
As resistências
Este mecanismo de defesa ou de evitação do contato depende de sua
intensidade, sua maleabilidade ou momento de ocorrência, podendo
ser saudáveis ou patológicos. As gestalten inacabadas, ciclos
interrompidos, perturbações na fronteira de contato, não permitem o
desabrochar do self. Na confluência, a separação entre o Self e o outro
perde a nitidez. A fronteira é tão tênue que permite a fusão eu-outro.
No isolamento, a fronteira torna-se tão impermeável que a união é
perdida.
Na retroflexão há uma substituição, a ação acontece no Self e não no
meio. A retroflexão é uma divisão dentro do Self, uma resistência a
aspectos do Self pelo Self. A ilusão da auto suficiência - substitui o Self
por ambiente.
Na introjeção o material externo é absorvido sem discriminação ou
assimilação. Ex. engolir sem mastigar as ideias, hábitos etc. Na
introjeção o self é invadido pelo mundo externo.
Na projeção é o self que transborda é invade o mundo exterior. A
projeção é a tendência a atribuir ao meio a responsabilidade por aquilo
que tem origem no self.
A deflexão é o ato de evitar o contato direto ou a awareness. Há um
desvio da energia, cria-se um escape. No bom funcionamento, há
alternância entre união e separação.
Awareness é, para Perls, a sua habilidade humana de estar em contato
com seu campo perceptual total. É a capacidade de estar em contato
com sua própria existência, de notar o que ocorre dentro de você ou à
sua volta, de conectar com o ambiente, com outras pessoas e com você
mesmo; saber a que você está sensível ou o que está sentindo ou
pensando; como você está reagindo neste momento. A Awareness não
é somente um processo mental: ela envolve todas as experiências,
sejam elas físicas ou mentais, sensórias ou emocionais. É um processo
conjunto no qual a totalidade do organismo está
engajada: ‘Awareness é como a brasa de um carvão, que provém de
sua própria combustão (o organismo total)’. (Perls, Hefferline e
Goodman, 1951/1973, p.106)[1].
Awareness - “É uma forma de experienciar, é o processo de estar em
contato com o evento mais importante do campo organismo /meio
com pleno suporte sensório-motor, emocional, cognitivo e energético.
Um continuum de awareness, fluído e não interrompido, leva a uma
descoberta, uma apreensão imediata da unidade obvia de elementos
isolados no campo”. (Insight)
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
Eu posso ter contato sem awareness mas não posso ter awareness
sem contato.
Awareness é sempre aqui e agora, mutante, desdobrando-se,
transcendendo.
Awareness só é eficiente quando fundamentada e energizada pela
necessidade predominante presente no organismo, pelo
reconhecimento direto da realidade da situação, e pelo aqui e
agora.
Awareness - é método por meio do continuum de presentificação.
É processo, e também é o próprio objetivo da psicoterapia.
Imaginação - que permite acessar experiências virtuais.
Inteligência - acesso ao abstrato, simbólico.
Através desse contato, novos todos são criados. (Yontef, 31). O
contato com awareness gera totalidades significativas novas e,
portanto, é em si a integração de um problema. Awareness
compreende o conhecimento do ambiente, a responsabilidade pelas
escolhas, o auto conhecimento, a auto-aceitação e a capacidade de
contato.
SUPORTE
O homem é uma parte do campo organismo /meio. Visto em si mesmo
- ele é um todo ou parte composto de partes, dimensões:
•orgânica
•emocional
•cultural
•intelectual
O homem tem memória - que permite o acesso a suas experiências
passadas.
O homem é um sistema no qual as partes são inter-relacionadas
dinamicamente numa
perspectiva de organização e auto-regulação que visa um equilíbrio
dinâmico.
Fenomenologia - Nasce da matemática -(sustentação filosófica e
de método para o existencialismo e humanismo)
Husserl - Consciência (tudo o que parece à consciência)
Epoché - (suspender as hipóteses para entender o significado de
um fenômeno para alguém)
Fenômeno é o que integra consciência e objeto (significado é o
produto dessa relação)
Heidegger - Dasein (ser no mundo) existimos sempre em relação
homem e mundo.
Merleau Ponty - Reabilitação ontológica do sensível - (Voltar as
coisas mesmas das quais o sujeito tinha se afastado).
Intencionalidade - é o ato de atribuir sentido (rompimento da
interioridade com exterioridade)
SÍNTESE
FENOMENOLOGIA
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
SÍNTESE
EXISTENCIALISMO
Existencialismo - nasce da filosofia.
O conhecimento do homem não pode ser dado a priori desse
homem.
Foco na possibilidade de construção, estou sempre a me fazer,
estou sendo, eu não estou pronto, eu não estou finalizado, estou
sempre a me construir e me transformar.
Sartre - a existência precede a essência. Eu preciso existir com o
próximo, com o outro para que eu seja humano.
Responsabilidade pelo que estou me tornando
Escolhas, liberdade (possibilidade de escolher), mudança e
movimento, lançados (sempre estamos fazendo escolhas)
O homem se caracteriza mais pela mudança, que pela
permanência.
O existencialismo tem uma porção mais depressiva na teoria, uma
crítica ao humano e as esolhas.
Quando o homem faz uma escolha para si, ele está fazendo pro
mundo inteiro.
Eu sou nada, indo rumo ao nada.
Os existencialistas não trabalham com a questão da evolução
humana, para eles só existe a existência.
SÍNTESE
HUMANISMO
Humanismo - Nasce dos psicólogos pensando em psicologia e
prática clínica.
É um movimento que nasce em 1930 e toma força na década de
50, após a guerra. É otimista, tenta resgatar o otimismo.
Potencialidades do humano.
Não existe teoria sobre o humano porque é uma pessoa.
Impessoalidade
Individualidade
O homem é iniciador de novas coisas 
O homem tem o poder para as afetações que o afetam.
Ohumanismo não vê o homem como objeto, como produto, como
determinado e sim, como pessoa que nenhuma teoria daria conta
de explicar.
Foco na compreensão, não na explicação.
Maslow - O homem é inclinado (tendência atualizante- tendência à
evolução) às possibilidades de potencialidades. Base - necessidades
fisiológicas.
Rogers - nâo sempre vou conseguir fazer essa tendência à
realidade, é como se existisse uma força desse humano para essa
potência reguladora.
Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE

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