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A partir dos filósofos europeus, surge uma nova maneira de pensar um novo método (anárquico) São os filósofos existenciais (angústia, liberdade, vazio, o que viemos fazer...). Não há existencialismo sem liberdade. Os existencialistas enfocam a liberdade humana, a inquietação (angústia) em relação às escolhas e as responsabilidades que elas exigem. O existencialismo surgiu na Europa e o Humanismo fez uma releitura do existencialismo para a prática Clínica. (A Psicologia Humanista se desenvolveu em solo americano, enquanto a Psicologia Existencialista se desenvolveu na Europa). Por fim, no intuito de apresentar em um quadro as bases filosóficas e de origem das Psicologias Humanista e Existencial, podemos considerar o seguinte modelo: -Søren Aabye Kierkegaard - Alienação existencial, pra que lugar a gente se dirige, pelo que a gente escolhe... Cabe ao ser humano saltar na fé, acreditar. Decisão livre e responsável. Traz uma perspectiva transcendente. (Teísta - fé) -Friedrich Nietzsche - já faz outro caminho, Deus está morto (ateísta) Nega a aquilo que é possibilidade de superação transcendental na vida humana, que o ser humano está vazio de sentido e que não há nada que crie sentido para ele que não seja ele mesmo. Nada superior além do homem que possa salvá-lo. Discute valores da existência. Super Homem. -Albert Camus- a filosofia de Camus trata, ao contrário, o absurdo como o ponto de partida de suas considerações. A relação do ser humano com a natureza é absurda e nada pode ser feito para mudar isso. Dessa forma, reconhecendo o absurdo e a impossibilidade de dissolvê-lo, é preciso viver com ele, da melhor forma possível. -Jean-Paul Sartre - Ateísta - responsabilidade do homem. Um dos maiores representantes do existencialismo, Sartre (1905-1980) foi filósofo, escritor e crítico francês. Para ele, estamos condenados a ser livres “Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer”. FENOMENOLOGIA É o estudo dos fenômenos, tal como se apresentam à consciência, deixando de lado preconceitos, suposições, teorizações ou generalizações sobre como sejam, buscando se aproximar do modo como são captados pela consciência. FENOMENOLOGIA - ALEMANHA FENOMENOLOGIA - FRANÇA -Edmund Husserl - consciência, intencionalidade e redução fenomenológica Vai atrás dos sentidos. -Martin Heidegger - não trata da questão da consciência, e sim do ser do ente. Experienciação. Experiências -Maurice Merleau-Ponty - Percepção do corpo. O corpo como condição -Jean-Paul Sartre - o inferno são os outros (desassossego) Somos ser objeto EXISTENCIALISMO - EUROPA Se para Husserl a fenomenologia é a ciência que descreve como as coisas se dão a ver, para Heidegger as coisas se dão a ver historicamente, ou seja, somos constituídos por historicidade, em outras palavras, a fenomenologia de Husserl visa deixar que as coisas "falem por elas mesmas", como elas mesmas se mostram. “é conhecido como o fundador da fenomenologia, que busca descrever a experiência subjetiva de forma rigorosa e sistemática. Sua abordagem enfatiza a importância da consciência e da intencionalidade na compreensão da experiência humana” “Desenvolveu uma ontologia fenomenológica que enfatiza a relação entre o ser humano e o mundo. Sua abordagem enfatiza a importância da compreensão do ser humano como um ser-no- mundo, que está sempre imerso em um contexto cultural e histórico. “ “É conhecido por sua contribuição à fenomenologia, especialmente em relação à percepção e à corporeidade. Ele enfatiza a importância da experiência corporal na compreensão da realidade e da subjetividade humana. Sua abordagem destaca a importância da interação entre o corpo e o mundo, e como essa interação influencia a percepção e a compreensão da realidade”. “Ele enfatizou a importância da liberdade e da responsabilidade pessoal na compreensão da experiência humana, e argumentou que a existência precede a essência, ou seja, que não há uma natureza humana pré-determinada, mas sim que cada indivíduo é livre para criar sua própria identidade e significado na vida. Sartre também enfatizou a importância da consciência na compreensão da realidade, e argumentou que a consciência é sempre consciente de algo, ou seja, que a experiência humana é sempre intencional”. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Tudo isso ainda não é psicologia, é filosofia. Só vira psicologia quando os filósofos dos EUA criam o HUMANISMO, ou psicologia Humanista, que tem sua fundamentação na fenomenológico existencial. Daí que começa a falar na possibilidade de uma fenomenologia existencial incluindo uma perspectiva psicológica de teorização e de ação. Recuperando a ação de potência que existe no homem. Porque as correntes vigentes na época, psicanálise e Behaviorismo, eram correntes que, segundo os autores dos humanismos, que estava muito mais olhando para o adoecimento humano do que propriamente para a potência humana. (A Psicologia Humanista é um movimento reativo à Psicanálise e ao Behaviorismo, sendo esta a sua principal característica) .Aí entra Maslow trazendo o homem de novo pro centro da discussão psicológica, não a doença e sim o HOMEM. Essa proposta de psicologia (humanista) ou fenomenológica existencial é a possibilidade de um método de compreensão e de ação, e um olhar, um enfoque existencial. Resumindo é a atitude fenomenológica para enfoques existenciais humanos, superando questões biológicas, psicológicas e sociológicas, não deixando de incluí-las, mas falando daquilo que integra o ser humano na dimensão toda, na dimensão da existência. A dimensão da existência humana. A psicologia humanista é uma crítica ao Behaviorismo. -Rollo May - teve como assunto central de sua análise o sentido da existência e a liberdade. Ele propõe que o ser humano enfrenta constantemente o dilema de ser objeto e sujeito ao mesmo tempo. Objeto porque sobre ele recaem as ações dos outros. -Abraham Maslow - Segundo Maslow, o homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as necessidades finais. -Friederich Salomon Perls - propõe um processo de intervenção sobre o indivíduo, pelo indivíduo. Destinado a que esse consiga rever e elaborar novamente suas representações sobre a realidade, e consiga construir uma vida mais autônoma e centrada em suas próprias potencialidades. (gestalt terapia) -Carl Rogers - propõe a sensibilização, a afetividade e a motivação como fatores atuantes na construção do conhecimento. Uma das ideias mais importantes na obra de Rogers é a de que a pessoa é capaz de controlar seu próprio desenvolvimento e isso ninguém pode fazer para ela. Psicologia centrada na pessoa. EXISTENCIALISMO (HUMANISMO)- EUA Quais são os três tipos de fenomenologia? 1) Fenomenologia Transcendental de Husserl; 2) Fenomenologia Existencial de Jean Paul Sartre (1905-1980), e Maurice Merleau Ponty (1908-1961); 3) Fenomenologia Hermenêutica de Martin Heidegger (1889-1976) Existencialismo Teístas - FÉ A existência não tem origem do nada, como afirmam os ateus. Algo origina essa existência, e esse algo é Deus Afirmam a natureza humana em relação à transcedência -Kierkegaard (era pastor) -Karl Jaspers (culpa-judaico-cristã) A existência é predeterminada por uma intencionalidade/funcionalidade Existencialismo Ateístas - NÂO FÉ As pessoas são responsáveis pelas próprias ações. O homem é um projeto de construção e o único juiz. Negam a natureza humana em relação à transcedência -Sartre -Heidegger (responsabilidade) Cada pessoa é aquilo em que se torna consoante aquilo que faz Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE As ideias-chave da fenomenologia de Husserl são: consciência, intencionalidade e redução fenomenológica. Vale mencionar que em Ser e tempo, as duas primeiras ideias quase não aparecem e a terceira nem aparece. Heideggernão trata da questão da consciência, e sim do ser do ente. Para Heidegger, a fenomenologia husserliana era mais um projeto que havia perdido a historicidade essencial da natureza humana. Em sua obra O ser e o tempo (1927), para descontentamento de Husserl, Heidegger supera o conceito de consciência e propõe o conceito de Dasein Se para Husserl a fenomenologia é a ciência que descreve como as coisas se dão a ver, para Heidegger as coisas se dão a ver historicamente, ou seja, somos constituídos por historicidade, em outras palavras, a fenomenologia de Husserl visa deixar que as coisas "falem por elas mesmas", como elas mesmas se mostram. Enquanto Sartre nos condena à vacuidade (ao vazio) da consciência, Merleau-Ponty o atualiza, sugerindo: se, fenomenologicamente, Sartre suscita o inacabamento necessário à existência humana, metafisicamente, toma a mundaneidade como resultado de um ato deliberativo. Nietzsche afirma que a falta de significado tem como causa a morte de deus. Kierkegaard reconhece o absurdo da vida e a dificuldade de encontrar significado para ela, mas defende que esse problema do sentido está relacionado à um excesso de racionalidade. Destacam-se, assim, as posturas radicalmente distintas entre os dois fenomenólogos: enquanto para Heidegger as preocupações com o homem concreto são consideradas vícios metafísicos e refletem o encobrimento da verdade do ser, para Sartre representa, justamente, o rompimento com uma filosofia abstrata, despregada da realidade e o ponto de partida da sua compreensão ontológica dialética. Filosofia humanista enfatiza a importância da experiência subjetiva, da liberdade e da autodeterminação na compreensão da natureza humana. Ela argumenta que cada indivíduo tem um potencial inato para o crescimento e a realização pessoal, e que a busca por significado e propósito na vida é uma parte fundamental da existência humana. A filosofia humanista também enfatiza a importância da empatia e da compaixão na relação entre as pessoas, e argumenta que a busca por uma sociedade mais justa e igualitária é uma parte importante da realização pessoal e coletiva. Na Psicologia, a perspectiva humanista tem sido uma influência importante na abordagem centrada na pessoa de Carl Rogers e na teoria da hierarquia das necessidades de Abraham Maslow, entre outras. Filosofia existencialista enfatiza a importância da liberdade, da responsabilidade pessoal e da busca por significado na vida. Ela argumenta que a existência humana é marcada pela angústia e pela incerteza, e que cada indivíduo é livre para criar sua própria identidade e significado na vida. A filosofia existencialista também enfatiza a importância da experiência subjetiva e da compreensão da realidade a partir da perspectiva do indivíduo. Ela tem sido uma influência importante na Psicologia existencial, que busca compreender a experiência humana a partir de uma perspectiva existencialista e enfatiza a importância da liberdade, da responsabilidade pessoal e da busca por significado na vida. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Consciência e intencionalidade - toda consciência é consciência de alguma coisa, ela está sempre direcionada a um objeto. Quando alguém imagina, pensa, percebe, recorda, ela sempre imagina, pensa, ou percebe alguma coisa. Fenômeno - “o que aparece”, “aquilo que se mostra”. Essência - As essências são o objeto de estudo do pesquisador que, em sua pesquisa, não pode interferir no momento de conhecê-las. Ele deve se portar diante delas como um espectador imparcial. epoché - a suspensão do juízo (epoché, em grego), ou colocação entre parênteses da atitude natural e de todos os atos intencionais de posicionamento de mundo, que assume a existência do mundo, até que o filósofo adentre no domínio da subjetividade transcendental pura. Nível da experiência, da reflexão sobre a experiência. redução eidética - Após suspender o juízo e todo pré-conceito (epoché), o filósofo irá fazer esta redução eidética que é propriamente a descrição do fenômeno como é dado na consciência. Trata-se de um exercício hermenêutico, de interpretação, para que se apreenda a essência do fenômeno investigado. Dar conta da intuição humana, captar a essência das coisas, trago ao significado e é o princípio básico para a redução transcendental. redução transcendental - é conseguir pensar a coisa sem que a coisa seja presente. intencionalidade - toda consciência é consciência de algo superação do dualismo - entender o sujeito e objeto como uma coisa só. EDMUND HUSSERL A vivência da consciência pré-reflexiva do ser humano (consciência intencional) em suas relações intrínsecas com o mundo (intersubjetividade) conduz ao conhecimento (baseado na redução eidética para a descrição dos fenômenos) noesis – atividade da consciência noemas – objeto ao qual se dirige a atividade da consciência. -Como é isso para você? -Descreve pra mim como é. O inquérito da dúvida: Será que é mesmo isso? Até chegar no Noema, no significado. FENOMENOLOGIA Fenomenologia não é ciência dentro dos parâmentros da ciência, mas é uma proposta relativa pelo rigor filosófico que ela tem (explicação, compreensão das coisas). -Como é para você se sentir assim? -O que você sente sobre isso? -Como é que você entende isso? Experiência da singularidade, da singularidade da acontecência (o que se passa em você). O acontecimento e o fato. -Qual significado tem o ato que estou operando? -Qual é a formação que permite tais tos? -Qual a conjunção de ações que me levam a uma compreensão do que significa o meu viver? -Qual o significado sobre tal experiência? Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Negando o ócio = negócio (tratando o negócio Essência não é núcleo É aquilo que faz aquilo ser aquilo. O que significa o que é próprio, autêntico Autêntico não significa ser verdadeiro, significa ser único. Suspensão Fenomenológica é suspender algo, para capturar algo do que se gosta “colocar o mundo entre parênteses” Imparcializar o que sei, o que sinto, para ouvir o outro Subjetivação (subjetividade), não é interioridade, é movimento, ação, ato. (captação dos sentidos) Fenômeno não sou eu, pessoas ou objetos animados ou inanimados, fenômeno é tudo que não sou eu. Eu capto algo sobre alguma coisa, eu me relaciono com o fenômeno Redução (consciência) Transcendental (consciência que faz). Eu consigo pensar a coisa sem que a coisa seja presente. Sentidos não são criados Eu encontro os sentidos Externo é o evento Sentido é interno Experiência perceptiva (pelos sentidos) é pensar sobre uma experiência que você já teve Atitude Natural é basicamente o caminho do abservar, sentir mecanismo e resignificar. “a primeira impressão é a que fica”- reduzo a algo muito fechado. Consciência intencional (consciência de algo) Percepção das coisas (diante de nós) Percepção de si mesmo (dentro de nós) zetética é o pensamento investigativo, especulativo; preocupa-se em lançar perguntas, não em encontrar respostas (são os céticos) efética é manter a suspensão do juízo produzida pela investigação aporética é duvidar de tudo Impulso psíquico - são atos não queridos por nós (ex: medo) Atitude fenomenológica é a capacidade de refletir, indagar. FENOMENOLOGIA MARTIN HEIDEGGER Visou esclarecer o sentido do ser a partir da “analítica do Dasein” apresentando na proposta da Ontologia Fundamental as características ontológicas e próprias do existir humano constituído na condição de ser-no-mundo que independe de qualquer determinação anterior. Na sua Fenomenologia Hermenêutica enfatiza que a compreensão do sentido do ser se dá a partir de sua manifestação, desvelamento. Círculo Hermenêutico Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Dasein - o homem é um “Dasein “sein” = ser e “da” = aí. o homem é um “ser aí” que é neste mundo. Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo. Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de sercapaz de escolher em cada momento o que deseja ser, empregar seus esforços neste mundo. Por outro lado, os animais não podem escolher. Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca de comida e abrigo até o final dos seus dias.Já o "dasein" pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o “dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo. Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em projeto que só terminará com a morte. Derrelição - é um estar-lançado-no-mundo fenomenologia hermenêutica - é o esforço filosófico de resgatar essa circularidade que acontece na diferença entre o ente e o ser mundanidade - Ser-em-o-mundo Situação original - estar no mundo significa estar em abandono: jogado e abandonado no mundo para existir. compreensão- não como conhecimento, mas como estar diante de “alguma coisa”. Projeto, não de planejamento, mas de poder-ser. discursividade - A discursividade diz respeito à linguagem, mas não somente. Ela é a articulação do ser-no mundo com a sua inteligibilidade de ser 1. 2. 3. pôr-o-ente -em -liberdade ser-com-os-outros - ocupação e pré-ocupação. sorgé (cura-cuidado) - compreensão do ser. Na Ontologia Fundamental, o cuidado aparece como uma totalidade estrutural, uma totalidade em que o todo se encontra todo em cada um de seus momentos. A estrutura do cuidado reune 3 momentos: existencialidade- toda a amplitude das relações recíprocas entre esta (existência) e ser, e entre esta e todos os entes; através de um ente, que ele julga privilegiado, que é o homem. E complementa que, de acordo com esse significado, só o homem existe; que outras “coisas” são, mas não existem. facticidade - o modo de ser de nosso poder-ser mais próprio, modo que se expressa sempre e a cada vez “aí”, na ocasionalidade.” ocupação e pre-ocupação decadência - Constitui a inessência da existência. É o avesso da existência. Temor, culpa, angústia e morte. Com a morte, o Dasein conquista a totalidade da sua vida. 1. 2. 3. Buscar qual o sentido do ser O que é o ser? (ser= existência das coisas, de cada coisa) Ente = coisa (tudo o que está no mundo) Sentido para Heidegger tem a ver com a posição, com a direção de existir, a fenomenologia da existência. O sentido do ser, de onde o ser vem O caminho para essa investigação só é possível a partir do fenômeno do ente privilegiado que vivência a existência: nós facto existência: ek-para e sistere-fora (desvelar, tirar o que está coberto) *Sentido para Husserl tem a ver com o siginificado das coisas Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Serenidade para Heidegger é a espera angustiante A pessoa se desdobra na busca (pro-a favor; em prol e cura-devolver) do ser. Está a procura daquilo que favorece a sua devolução. Estar lançado = abertura (estar disposto) ser-aí (todos nós) Ato (ôntico) = é o que é; Potência (ontológico)= o que pode ser Você é o que é conforme passa pelo tempo Clareira = que te dá visão Dasein = é sempre a relação com o próprio ser, cujas características são chamadas de existenciais (Sein= ser e Da=aí) situação original: sentimento de estar aí, um estado que se percebe como existente em sia facticidade. Estar no mundo significa estar no abandono, jogado e abandonado no mundo para existir. Abandono é integralmente confiança, não é eu deixar algo, é eu me permitir algo compreensão (múltiplas interpretações): estar diante de alguma coisa não significa compreender, conhecimento, pois, “nada é extamente como se mostra” Emerge o conceito de projeto, não enquanto planejamento de se ser, mas relacionado à forma existenciária de poder-ser. discursividade: para Heidegger “a linguagem é a morada do ser” e “na habitação da linguagem mora o homem”. A discursividade diz respeito à linguagem, mas não somente. Ela é a articulação do ser-no-mundo com a sua inteligibilidade (que pode ser compreendido) de ser. O ser humano é um ser-aí. (aí=mundo), pra existir precisa do aí, sem aí não existe ser. Todos nós somos afetados pelo mundo, como que a gente se autocompreende (segurar junto de si), sustentar. Como a gente se sustenta, não existe mundo sem o homem, não existe homem sem o mundo. Cotidianidade mediana são as afetações o tempo todo, e isso é fato (faticidade). Somos afetados numa historicidade específica. Pandemia (estar em um momento factual da vida) faz parte da nossa historicidade, faticidade, é fato. É um estar-estando (ser-histórico, ser-sendo) O Dasein é um estar-lançado-no-mundo (derrelição), estar lançado. Formas de Dasein existenciais (forma de existir de cada um de nós) ser no mundo = ser-no-mundo 3 elementos fundamentais para ser-no-mundo Por-o-ente-em-liberdade relativamente a uma totalidade-de-conjuntação. O que me faz ser é a consciência. ser no mundo com os outros = ser-com-os-outros existimos para cuidar (sorgé) = ser-cuidado, se ocupa e se pré ocupa é a compreensão do ser. ocupação (besorgen) com as coisas intramundanas (todos) preocupação (fürsorge), com os outros (cuidado existente, o que está em mim eu extendo para o outro). A questão não é o que acontece e sim, porque acontece) A existência não me aconteceu, ela está acontecendo ela é portanto, essecialmente estática (fora, fora da rigidez), não existe passado, presente e futuro e sim, o agora. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Decadência: quando o sujeito não reconhece a existência. Constitui a inessência da existência. É o avesso da existência (É um esquivar do homem do seu prório ser). A pessoa tende a deixar levar pelo mundo. Assim, fica absorvido pelo habitual e familiar. A atenção da estranheza da facticidade de existir fica desviada. A familiaridade é perturbada impropriamente pelo temor. Esse temor perturba e confunde as atualizações das possibilidades e instaurá-se a culpa. O que retira o Dasein do arrebatamento na familiaridade do mundo é a angústia. Ser-si-mesmo = nesse ser si mesmo o ser humano é angústia (angustia não é de angina, de aperto no peito).Angústia é o despertar do esquecimento de si- mesmo nos empenhos cotidianos que se insere na familiaridade no mundo. A Angústia traz de volta o Dasein. Angústia é propusor pro desenvolvimento eu vivencio o aperto e tenho que escolher = vir-a-ser a totalização para a vida se dá para a morte = ser-para-a-morte. A escolha não é escolha É renúncia MAURICE MERLEAU-PONTY Dedica -se a descrever sobre como a PERCEPÇÃO (núcleo de seu pensamento) opera no mundo -da -vida. Foco na percepção: quebra a lógica da psicossomática Vivências: profundo Experiências: afetação O corpo é fala O corpo é um dizer da minha existência no mundo O corpo é uma palavra Todo comportamento se manifesta a partir de uma relação Merleau-Ponty, portanto enraíza a noção de consciência (percepção de um acontecimento corporal) e como a consciência passa perceptivamente pelo corpo. "Não existe homem interior, o homem está no mundo, é no mundo que ele se conhece." "Trata-se de descrever, não de explicar nem de analisar." "Para ver o mundo e apreendê-lo como paradoxo, é preciso romper nossa familiaridade com ele." FENOMENOLOGIA Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE JEAN-PAUL SARTRE Visava a possibilidade de “fazer” (construir) filosofia admitindo a concretude do mundo, olhando praquilo que é concreto na vida. Defensor da liberdade irrestrita, Sartre acreditava ser a liberdade o que movia o ser humano. Para ele, o ser humano é, paradoxalmente, condenado à liberdade. Somos seres feitos de escolhas. Por mais que eventos externos afetem as nossas escolhas, nós continuamos escolhendo. A aparência (exterior) não esconde a essência (interior), mas a revela. Assim a aparência é indissociável à essencia. Tal afirmação também “resolve” o dualismo entre essência e aparência. O ser é o que aparece e não está reduzido a esse aparecer, aquilo que existe se revela. Sartre defende que a existência precede a essência. “O importante não é aquilo que fazemde nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós.” “as escolhas recaem sobre nós” “nas escolhas renunciamos” *a essência é a existência, segundo Heidegger FENOMENOLOGIA EXISTENCIALISMO SØREN KIERKEGAARD Kierkegaard afirmou que a angústia é o cerne da existência humana. Ela é a disposição do espírito diante da liberdade de escolhas. Ele diz que ao olharmos para um precipício, sentimos vertigem diante da possibilidade de nos sentirmos atraídos por ele, pela liberdade de escolha entre atirarmo-nos ou não no vazio. o estético: não consciência das escolhas vivendo absolutamente o que é prazeroso; o ético: principiado pela ironia conduzindo à reflexão das escolhas sob a ação das leis sociais visando a seriedade e compromisso social; o religioso: é posto como a compreensão mais profunda de si mesmo, de Deus e de Cristo. Para ele, não há vida autêntica possível sem Cristo, sem Deus e sem a noção teológica de cristianismo por ele defendida. Fez parte da linha do existencialismo cristão, no qual defende, sobretudo, o livre-arbítrio e a irredutibilidade da existência humana. Da mesma maneira que outros existencialistas, Kierkegaard focou na preocupação pelo indivíduo e pela responsabilidade pessoal. *Somos a síntese (desespero) entre o finito (eu) e o infinito (eternidade) Angústia= pré escolha Desespero= pós escolha Angústia objetiva: voltada à natureza (ser a imagem e semelhança de Deus) Angústia subjetiva: voltada sobre o indivíduo Segundo ele: “Ousar é perder o equilíbrio momentaneamente. Não ousar é perder-se”. De acordo com sua compreensão da realidade, søren Kierkegaard aponta a existência humana repartida em três estágios: Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE FRIEDRICH NIETZSCHE Sua filosofia é marcada pela crítica aos valores iluministas e racionalistas, a valores morais e religiosos em vigor na época de sua produção intelectual. O autor apresenta a relativização das noções de bem, verdade, mal, justiça, virtude e Deus. FENOMENOLOGIA Genealogia da moral da qual decorre a noção de bem e mal. A partir dessa noção, Nietzsche apresenta a proposta da transvaloração dos valores (entendimento dos valores) BEM - Moral dos fortes *o bem é absoluto (super homem) -Os escravos, pois aceitam as imposições -Os nobres, pois podem criar os próprios valores MAL - Moral dos Ressentidos -Os escravos, pois se submetem ao imposto -Os nobres, pois impôe valores Vontade de potência = é a principal força motriz em seres humanos — realização, ambição e esforço para alcançar a posição mais alta possível na vida. BEM - satisfação humana e favorecimento de sua vontade MAL - o que contrapõe a vida (deriva da fraqueza) Para Nietzche não há sentido na vida e as religiões tentam oferecer esse sentido. Temos que amar nosso destino e estamos num eterno retorno do mesmo. Destino não é para onde eu vou, é de onde eu vim. A ideia de verdade, portanto, é criada pelo homem e esteriliza a vida. No instante da vida, a verdade aparece. A arte vai salvar o homem ante a inexistência da verdade. Niilismo ( o vazio do vazio) Nietzsche acredita que a erosão dos valores religiosos e morais deixa um vazio que pode levar ao niilismo passivo, onde a vida perde sua direção e propósito. No entanto, Nietzsche também vê o niilismo como uma oportunidade de criar novos valores e significados. Diante de tamanho querer, Friedrich Nietzsche (1844-1900) propôs o “super-homem” como proposta para a superação do homem a partir de uma força oriunda do próprio indivíduo por se encontrar nele mesmo, a fim de transvalorar dicotomias, erros e preconceitos que negavam a existência. EXISTENCIALISMO Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE ALBERT CAMUS O absurdo O homem é condenado a andar com a pedra nas costas. A filosofia de Camus trata, ao contrário, o absurdo como o ponto de partida de suas considerações. A relação do ser humano com a natureza é absurda e nada pode ser feito para mudar isso. Dessa forma, reconhecendo o absurdo e a impossibilidade de dissolvê-lo, é preciso viver com ele, da melhor forma possível. ABSURDO (o nada) = por quê as coisas acontecem desse jeito? Essa linha filosófica diz que há uma tendência humana de buscar significado à vida. No entanto, há um conflito quando isso ocorre, já que seria “humanamente impossível” de encontrá-lo. Para Camus, era preciso tomar uma decisão: se optarmos por continuar a viver devemos aceitar que não existe um sentido último no que fazemos. O existencialismo de Camus se estabelece no absurdo, pois a constatação da ausência de um porquê é a conclusão que se chega ao se debruçar sobre a liberdade do indivíduo. Se não há uma essência prévia, um plano a ser seguido, um destino certo, pode-se tudo. O Mito de Sísifo (1942) marca sua abordagem teórica do "homem absurdo" que está pronto para enfrentar e se rebelar contra a realidade com sua consciência humana de que não há sentido no absurdo da condição humana. O mito de Sísifo é um ensaio filosófico escrito por Albert Camus, em 1941. Para ele, o homem vive sua existência em busca de sua essência, do seu sentido, e encontra um mundo desconexo, ininteligível, guiados por entidades sufocantes como as religiões e ideologias políticas. Em O mito de Sísifo, Camus descreve os paradoxos fundamentais, as contradições primeiras da condição humana, condição esta que ele chama de absurda. Partindo de um raciocínio que nega o conhecimento profundo das coisas, ele opta pela pintura de imagens, pela descrição das aparências. O que seria uma vida de Sísifo nos dias atuais? A tarefa de Sísifo pode ser árdua, mas ele pode encontrar a felicidade em questões marginais, em seus pequenos atos de revolta — em sua luta contra o absurdo. Ser consciente da própria vida, é viver num grau máximo. Ele era fortemente contra a visão do niilismo, que sustentava que não havia escapatória de uma realidade absurda e que qualquer ação era um absurdo sem sentido, e Camus revela que só nós mesmos imaginamos superar o absurdo da Vida na batalha com a Existência. "A compreensão de que a vida é um absurdo não pode ser um fim, mas apenas um começo." “Eu revolto-me; logo, eu existo”. "Eu posso sentir esse coração dentro de mim e concluir que existe. Eu posso tocar neste mundo e também concluir que existe. Todo o meu conhecimento termina neste ponto. O resto é hipótese." "O homem é a única criatura que se recusa a ser o que ele é." "Todo o ato de rebelião expressa uma nostalgia pela inocência e um apelo à essência do ser." Albert Camus, reforçou que, além do absurdo e da falta de sentido para a vida, temos que nos revoltar e lutar, fazer sentido para a vida, contra este sentimento de impotência. EXISTENCIALISMO Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE EXISTENCIALISMO JEAN-PAUL SARTRE Isso significa dizer que o ser humano não possui uma essência que o defina de imediato, mas ele é definido de acordo com o modo como vive. O ser humano constrói-se, individualmente, a cada dia e nunca estará pronto e definido, pois aquele processo de construção somente cessa com a morte. E é dessa maneira que todo ser humano também se torna responsável pelo modo como ele vive, pois, essa situação o torna, paradoxalmente, um condenado à liberdade, pois tudo o que ele faz, em certo sentido, faz por escolha própria. Para explicar a teoria existencialista, Sartre recorreu ao dualismo psicofísico como composição do ser humano: nós somos compostos de um corpo (matéria) e de uma consciência imaterial. Não é possível existir uma consciência sem um corpo (Sartre é um filósofo materialista), do mesmo modo que um corpo sem consciência não é um ser humano. O filósofo lança mão então de dois conceitos centrais: Ser-em-si: é aquele que tem uma identidade definida, ou seja, são os objetos e as coisas. Faz parte também do ser humano, pois é o seu corpo; Ser-para-si: tem consciência de si, vive para si, mas não tem uma identidade definida. É a consciência quenos compõe enquanto seres humanos." CLÍNICA PSICOLÓGICA A proposta filósofo-existencial Jean-Paul Sartre criou, a partir de todo esse aparato filosófico e das influências do alemão Martin Heidegger, uma filosofia profundamente existencialista que priorizava a existência material e concreta a qualquer essência possível. HUMANISMO Portanto, somos seres em situação: estamos em contextos diversos na vida que exige de nós uma escolha (“o homem está condenado a ser livre”) Quem nega a liberdade age de má-fé (atribuir a escolha a outros) Má-fé - deixar nas mãos dos outros aquilo que você tem que fazer. A vida tem que ser vivida na autenticidade (ser quem você é) “Não importa o que fizeram de você, mas o que você fazcom o que fizeram de você” Desamparo ------- Angústia --------- Engajamento O ser humano está em condição de desamparo, que nos coloca frente a nós mesmos (angústia), tendo que voltar a olhar para si, já que o mundo é sem sentido. Portanto, somos nós que determinamos o que acontece no mundo (engajamento), seja individual ou coletivo. Fundamentos do pensamento de Sartre para a Clínica Psicológica A liberdade: constitutivo ontológico do homem O ser humano nasce livre e age livremente sobre o mundo modificando- o e sendo modificado por ele. E a liberdade responde à minha possibilidade de ser (escolher a mim mesmo dentro de quaisquer situações) O projeto de vida ou Projeto de Ser: Destina-se ao futuro e é constituído pelo desejo de ser resultando de nossas escolhas individuais e cotidianas. (Eu vou ser melhor, eu vou fazer diferente...) Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE intenção de escolha (desejo) de ser ato concretização ser-em-si (autenticação do nosso ser) nada, medo, incertezas, inferno dos outros Considerar o quadro psicológico no qual a pessoa se apresenta (contextualização do fenômeno); Elaborar a problemática em torno das complicações do paciente (o que corrobora ou não o projeto de vida da pessoa?); Viabilizar (propor) mudanças nas relações e dinâmicas psicológicas do paciente (colaborar para que a pessoa se torne sujeito de seu ser). A psicopatologia é entendida como “complicação mental” (na perspectiva de Schneider, 2011). A complicação mental está presente na relação sujeito-mundo e trata-se da dificuldade de a pessoa estabelecer seu ser em direção a seu projeto. A personalidade é construída na subjetividade (consciência e ego) por meio das relações sociais, condições de existência, historicidade (contrapondo a Psicanálise). Na terapêutica o sujeito é totalidade de relações, afetos, emoções, contexto histórico, familiar, amoroso que constituem a construção de sua personalidade. A Clínica Psicológica de inspiração sartreana deve considerar que a personalidade é resultado da dialética entre objetividade e subjetividade no contexto antropológico (cultura, classe social, sistemas, condições materiais) e sociológico (vínculo e mediação com as pessoas mais próximas). Pretende-se, então, o seguinte caminho: Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE ABRAHAM MASLOW Segundo Maslow, o homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as necessidades finais. Percepções eficientes da realidade. São capazes de julgar as situações correta e honestamente. Eles são muito sensíveis ao falso e desonesto, e são livres para ver a realidade 'como ela é'. Aceitação confortável de si, dos outros e da natureza. Aceitam sua própria natureza humana com todas as suas falhas. As deficiências dos outros e as contradições da condição humana são aceitas com humor e tolerância. Confiante em experiências e julgamentos próprios. Independente, não se baseia na cultura e ambiente para formar opiniões e pontos de vista. Espontâneo e natural. Fiel a si próprio, ao invés de ser como os outros querem. Centralização de tarefas. A maioria dos pacientes de Maslow tinha uma missão a cumprir na vida ou alguma tarefa ou problema "além" de si (em vez de fora de si) a ser perseguido. Autonomia. Não dependem de autoridades externas ou de outras pessoas. Eles tendem a ser engenhosos e independentes. Contínuo frescor de apreciação. Parece renovar constantemente a apreciação das coisas boas básicas da vida. Um pôr-do-sol ou uma flor serão experimentados tão intensamente como foram da primeira vez. Existe uma "inocência da visão", como a de um artista ou criança. Relações interpessoais profundas. As relações interpessoais dos autoatualizadores são marcadas por laços amorosos profundos. Conforto com a solidão. Apesar de terem um relacionamento satisfatório com os outros, as pessoas autoatualizadas valorizam a solidão e se sentem confortáveis em ficar sozinhas. Senso de humor não hostil. Isso se refere à capacidade de rir de si mesmo. Experiências de pico. Momentos temporários de autoatualização. Essas ocasiões foram marcadas por sentimentos de êxtase, harmonia e profundo significado. Os autoatualizadores relataram sentir-se em harmonia com o universo, mais forte e mais calmo do que nunca, cheio de luz, beleza, bondade e assim por diante. Socialmente compassivo. Possui humanidade. Alguns amigos. Poucos amigos íntimos e não muitos relacionamentos superficiais. Principais conceitos: Auto-atualização- Para Maslow, a auto-atualização é um desejo de auto-plenificação, de se tornar cada vez mais o que se é e tudo o que se pode tornar. Seria como uma força motriz capaz de levar à realização das capacidades de alguém, dando motivação para alcançar suas ambições. Maslow definiu a palavra “auto-atualizador”, sendo esta uma pessoa que vive de forma criativa e plena, usando seus potenciais. Dessa forma, o que o homem é capaz de fazer, ele deve fazer. As características autoatualizantes de Maslow são: A auto-atualização é a tendência de um organismo desenvolver todas as suas possibilidades de crescimento. Aplica-se sobretudo ao desenvolvimento de si mesmo, sendo a tendência do indivíduo de desenvolver-se e crescer como pessoa. Esse impulso básico de expressar e ativar todas as capacidades do organismo. EXISTENCIALISMOCLÍNICA PSICOLÓGICA HUMANISMO Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Experiências Culminantes- As experiências culminantes são momentos especialmente felizes e excitantes na vida de cada indivíduo, o que levou Maslow a considerar que são provocadas por intensos sentimentos de amor, exposição à arte e à musica, ou vivencia da beleza irresistível da natureza. As mais poderosas são relativamente raras e têm sido configuradas pelos poetas como momentos de êxtase, pelos religiosos como experiências profundas e místicas. Uma experiência culminante é um auge que pode durar poucos minutos ou algumas horas, mas raramente mais. Experiências Platô- A experiência platô representa uma maneira nova e mais profunda de encarar e vivenciar o mundo, envolvendo uma mudança fundamental na atitude, uma mudança que afeta todo o ponto de vista de alguém e cria uma nova apreciação e uma consciência intensificada do mundo. Transcendência da auto-atualização- Pessoas que tem muitas experiências culminantes e são mais conscientes so sagrado de todas as coisas. Pessoas que pensam de um modo mais integrado. Os que transcendem são mais propensos a considerar seus talentos e habilidades e menos comprometidos com seu ego (admite e reconhece o eu e o outro) Hierarquia das necessidades básicas- As necessidades propostas por Maslow, na ordem de prioridade de satisfação, são as fisiológicas, de segurança, de pertinência e de amor, de estima e de autorrealização. Ele procurou identificar as características das pessoas com necessidade de autorrealização satisfeita e, assim, consideradas psicologicamente saudáveis. Em vista disso ele define a neurose e o desajustamento como doenças de carência, causadas pela privação de certas necessidades básicas. Alessandra Tuma - Teorias e PráticasFenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Motivação de deficiência (falta) e do ser- Das motivações de deficiência -satisfação de necessidades -decorrem outras motivações - alegria, curiosidade. Da motivação do ser - prazer e satisfação no presente ou ao desejo de procurar uma meta considerada positiva. cognição de deficiência (falta) e do ser- Na cognição de deficiência - os elementos são vistos unicamente como preenchedores das necessidades, ou seja, meios para os outros fins. Já na cognição do ser - valoriza aquilo que é. Não há distorções das percepções das pessoas. valores de deficiência (falta) e do ser- se refere aos valores do ser, intrísecos a toda pessoa e que devem ser descobertos (verdade, bondade, beleza, totalidade, unicidade, inteireza, justiça, ordem...) amor de deficiência (falta) e do ser- amor de deficiência- é o amor pelos outros porque eles preenchem uma necessidade. Amor causado por autoestima ou sexo, medo da solidão. Amor do ser- amor pela essência, pelo ser do outro, não é possessivo e está interessado no bem do outro do que na satisfação egoísta. Eupsiquia (sociedade saudável)- A eupsiquia se refere a uma sociedade ideal, como alternativa para a utopia, que para ele parecia muito visionária e impraticável. Ele acreditava que uma sociedade ideal podia ser desenvolvida a partir da construção de uma comunidade de indivíduos psicologicamente estáveis e auto-atualizadores. Todos os membros da comunidade estariam engajados na busca do desenvolvimento pessoal e na realização em seu trabalho e em suas vidas pessoais. Sinergia (harmonia)- A sinergia significa ação combinada ou comparação, ação cooperativa de elementos que resulta num efeito global maior do que todos os elementos tomados separadamente. A identificação com outros tende a promover uma alta sinergia individual e, para Maslow, está dentro do próprio individuo como unidade entre pensamento e ação. Psicologia transpessoal (está além da pessoa)- A psicologia transpessoal inclui o estudo da religião e da experiência religiosa. Sob o ponto de vista histórico, as conceoções de potencial humano máximo tem sido primordialmente expressas em termos religiosos, e a maioria dos psicólogos tem relutado em examinar com seiredade essas áreas em virtude de terem sido descritas de forma mística, dogmática ou não científica. Os psicólogos transpessoais estudaram empiricamente a meditação, os exercícios respiratórios da Ioga e outras disciplinas espirituais. Motivação de deficiência (falta) e do ser- Das motivações de deficiência - satisfação de necessidades -decorrem outras motivações - alegria, curiosidade. Da motivação do ser - prazer e satisfação no presente ou ao desejo de procurar uma meta considerada positiva. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE EXISTENCIALISMO No contexto do humanismo, o ser humano não era considerado como alguém controlado pelo inconsciente, nem mesmo como alguém facilmente influenciado por fatores externos. Ele era visto como um indivíduo que possuía controle sobre si mesmo e seus pensamentos, sendo responsável por suas ações e decisões. Com essa nova perspectiva, Rogers não se concentrou no estudo da pessoa doente, mas sim em um indivíduo saudável. Ele adotou essa perspectiva ao não identificar as pessoas como passivas e à espera de uma cura, mas sim enfatizando a responsabilidade individual por sua própria transformação. Foi a partir dessa abordagem que surgiu a Terapia Centrada na Pessoa. Sua terapia procura "facilitar" ao indivíduo a sua própria interpretação do "aqui e agora". Os bloqueios, as resistências, os impulsos e a forma de ser e de vivenciar os fatos da vida são discutidos no plano da realidade objetiva, muito no plano cognitivo, nos simbolismos comuns e na linguagem do dia-a-dia. Conceitos básicos Organismo= é o foco de toda a experiência (espaço de existência do sujeito. Espaço interno e externo) Self= autoconceito (campo fenomenológico em que o indivíduo organiza uma percepção e conceito de si mesmo.) Self ideal= é caracterizado como um conjunto de características que o individuo gostaria de ter. Desta forma, pode existir um conflito ou obstáculo ao desenvolvimento pessoal entre o Self e o Self ideal, tornando-se este, um indicador de insatisfação e dificuldades neuróticas. Congruência= é uma das atitudes facilitadoras necessárias para a promoção de uma relação que promove desenvolvimento humano. Ela refere-se ao estado de estar em alinhamento ou harmonia consigo mesmo. Incongruência= representa um estado de falta de harmonia ou inconsistência consigo mesmo. Ela ocorre quando há uma discrepância entre o autoconceito de um indivíduo e suas experiências reais ou percepção de si mesmo. Um exemplo disso é que a pessoa incongruente não consegue estar bem consigo próprio, é experiencia estados de tensão e angústia, que gera um estado de desorganização interior, fazendo-a se sentir em sofrimento e com dificuldades interpessoais, dificultando seu crescimento pessoal. CARL ROGERS Carl Rogers foi um dos principais psicólogos a difundir e desenvolver ainda mais a psicologia humanista, também proposta por Abraham Maslow. Diferentemente das teorias que tinham se difundido até então, o humanismo possuía uma visão mais holística de enxergar o homem. EXISTENCIALISMOCLÍNICA PSICOLÓGICA HUMANISMO Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Subcepção (experiência)= é a capacidade do indivíduo de discriminar entre estímulos ameaçadores e de reagir de acordo com isso, mesmo que não seja capaz de reconhecer conscientemente os estímulos a que está reagindo. O que causa a subcepção= comportamento obsoleto (simbolização), se a experiência não for simbolizada adequadamente, a pessoa não vai se comportar de modo adequado. Para Rogers, o que a pessoa pensa ou experiencia é a realidade para a pessoa. Tendência Atualizante ou à Atualização= é uma capacidade fundamental do ser humano, onde este se sente estimulado a se mover na direção de algo. Independente dos estímulos serem propícios ou não, as ações de um organismo serão sempre no sentido de desenvolvimento de si mesmo. Ser quem você é= Apesar de dolorosa e inquietante, a exploração da realidade do eu é necessária, pois não ser quem se é é o que gera desespero. Rogers, ao citar Kierkegaard, parece reconhecer a necessidade de ser quem se é e o sofrimento vivido por quem não vive desta maneira. Ser o que realmente se é= o que o ser humano procura, quando tem a liberdade de escolher, é justamente “ser o que realmente se é”. A expressão “ser o que se é” é muitas vezes mal interpretada por dar a entender que se trata de uma busca por algo já pronto e fixo que o cliente descobriria e se apropriaria para sempre. Carl Rogers criou um modelo diferente de atendimento psicoterapêutico. O seu objetivo era estimular uma relação transparente entre profissional e paciente. Deste modo, a própria pessoa seria capaz de encontrar soluções para os seus incômodos emocionais. Para que o terapeuta seja capaz de exercer tal papel, três qualidades são requeridas: congruência - ser autêntico com o cliente/aluno; empatia - compreender seus sentimentos; e respeito - "consideração positiva incondicional". As 7 fases da psicoterapia, de Carl Rogers 1ªfase (bloqueio e rigidez)= Eu bloqueado, o não acesso ao eu, uso de defesas e não desejo de mudança; rigidez, fechamento total a abertura à experiência, frases fixas e preceitos e ideais de certo padrão; ênfase no passado, situações inacabadas que afetam muito o presente. Ex: “Eu acho que eu estou perfeitamente bem” 2ªfase (problemas externos e concretos)= Problemas, nunca são da pessoa, estão ligados ao passado, somatizações; talvez procurem a terapia, mas como “obrigação”; não conseguem acessar os sentimentos e descrevem situações como externas de si. Ex: “Suspeito que meu pai sempre tenha se sentido pouco seguro naas suas relações de negócios Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE3ªfase (início da aceitação)= Linguagem ainda não no presente, mas com sinais de 1ªpessoa; passado ainda presente, com bastante influência; o tempo entre dar-se conta e agir é longo. Ex: ““Esforço-me muito para ser perfeito com ela... Porque quero que ela goste de mim.” ou “Sou capaz de me sentir sorrindo com suavidade como a minha mãe ou sendo teimoso e seguro de mim como meu pai às vezes é...” 4ªfase (ambivalência)= Maior aceitação, já conhece suas incongruências, mas tem medo; linguagem já aparece por vezes no presente; maior acesso e diferenciação dos sentimentos. 5ªfase (autoconhecimento)= Busca mais profunda de entendimento de si; sentimentos cada vez mais precisos e vivenciados; valorização, crescimento, enfrentamento e congruência. 6ªfase (fluidez e tendência a irreversibilidade)= Vivencia com clareza e manisfesta os sentimentos; abertura à experiência, processo fluído e integral de “eu”; os problemas não são mais externos, mas oportunidades/desafios para o crescimento. 7ªfase (funcionamento ótimo)= Funcionamento totalmente congruente e modificam com as vivências; consciência reflexiva, dinâmica e fluida; vive, sente, expressa no presente. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Por último, a Gestalt Terapia de Fritz Perls propõe um processo de intervenção sobre o indivíduo, pelo indivíduo. Destinado a que esse consiga rever e elaborar novamente suas representações sobre a realidade, e consiga construir uma vida mais autônoma e centrada em suas próprias potencialidades. FRIEDERICH S. PERLS EXISTENCIALISMO CLÍNICA PSICOLÓGICA HUMANISMO A ênfase no aqui e agora- Para a Gestalt Terapia, os seres humanos não percebem o passado, o presente e o futuro como realidades separadas. Pelo contrário, os três tempos formam uma unidade que só existe no presente. Tanto o passado como o futuro são projeções do presente. Por isso, o que deve ser feito e trabalhado é sempre sobre o “aqui e agora”, de modo que seja encontrada uma maneira de resolver as dificuldades e alcançar uma vida mais repleta de autorrealização. A tomada de consciência- Para alcançar um nível maior de bem- estar é necessário olhar minuciosamente para si mesmo. Essa é a base para que possam ser desenhadas novas maneiras de olhar e perceber a experiência que se vive no aqui e agora. É um caminho que aposta na mudança de perspectiva, passando pela que temos agora e por outros modos de olhar para que possa ser formada uma nova visão sobre as experiências pessoais. Assumir a responsabilidade- O processo de conscientização deve levar a um momento em que seja possível assumir as consequências de todas as nossas ações. Os erros devem enfim ser aceitos, e desse modo se torna possível a avaliação dos riscos em nossa forma de agir, gerando assim autonomia. Desse modo é possível dar uma direção para a nossa existência, com mais liberdade e significado. Fritz propôs o conceito de que o desenvolvimento psicológico e biológico de um organismo se processa de acordo com as tendências inatas desse organismo, que tentam adaptá-lo harmoniosamente ao ambiente e também criticava a psicanálise antes mesmo do surgimento da Gestalt-Terapia, podendo ser observado em sua primeira publicação: “The Ego, Hunger and Aggression”(1942), no qual critica a teoria psicanalítica com base em pesquisas sobre percepção e motivação. Neste livro Fritz lança uma importante discordância teórica com relação à psicanálise: a idéia de que a base da agressão e do sadismo está na fase oral e não na fase anal do desenvolvimento infantil. A Gestalt Terapia é uma corrente que tem como aspecto principal a forma como os sujeitos experimentam a realidade, sendo menos importante os fatos experimentados. Não há um enfoque no que ocorre com cada pessoa, mas sim na forma como essa pessoa percebe o que aconteceu. Em outras palavras, enfatiza os processos, e não os conteúdos. Este enfoque é parte da psicologia humanista e sustenta três princípios fundamentais: Por último, a Gestalt Terapia de Fritz Perls propõe um processo de intervenção sobre o indivíduo, pelo indivíduo. Destinado a que esse consiga rever e elaborar novamente suas representações sobre a realidade, e consiga construir uma vida mais autônoma e centrada em suas próprias potencialidades. Essa teoria tem aplicação em muitos campos: como o clínico, o campo social e inclusive no campo de trabalho. Guestalt= Um processo de dar forma ou configuração, "estrutura organizada". Uma entidade concreta, individual e característica, que existe como algo destacado e tem uma forma ou configuração como um de seus atributos”. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE https://pt.wikipedia.org/wiki/Terapia_gestalt Psicologia da Gestalt é uma abordagem da psicologia que focaliza a organização da percepção e do pensamento como um “todo” preferencialmente aos elementos individuais da percepção. A percepção depende de fatores objetivos e de fatores subjetivos. Os aspectos objetivos dependem das necessidades do sujeito. Esse é um processo contínuo de reciprocidade em que o homem e mundo se transformam. A experiência humana é relação, é contato. O segundo fundamento apresentado por Perls é a Homeostase (conceito biológico), que chamamos de adaptação, ou seja, toda a vida é caracterizada pelo jogo contínuo de estabilidade e desequilíbrio do organismo. O terceiro fundamento da Gestalterapia pretende declarar que o ser humano é um organismo unificado, não podendo ser separado em partes sem que se perca a visão e a compreensão do todo. Este conceito nasce como uma crítica frontal às escolas psicodinâmicas e comportamentais, que fragmentam a experiência humana, uma a partir das determinações do inconsciente e outra a partir dos condicionamentos e aprendizagens. Para Perls isso não é possível, pois o ser humano é inteiro, uno, indivisível. O quarto fundamento apresentado por Perls é o Contato, processo contínuo de transformação e crescimento na troca com o meio. Organismo e meio se mantém numa relação de reciprocidade em que um não é vitima do outro. O contato com o meio é inevitável e indispensável na experiência humana. O surgimento da neurose pode se dar justamente nesta dificuldade de se manter um contato saudável com o meio. A fronteira estabelece o contorno, o limite, que é o local onde ocorre o contato. O Eu e o Não Eu; O Eu e o Outro; O Conhecido e o desconhecido. A fronteira delimita e ao mesmo tempo possibilita o contato, inclui o contato. Mas o contato também pode se dar consigo mesmo, em função de nossa habilidade de dividir-se em observador e objeto observado; Isto promove a integração, a apropriação de si mesmo - O colocar sob o domínio do “eu” ou “habitar” aspectos que anteriormente não estavam sob este domínio. As Fronteiras do “EU’ - Gama de Fronteiras, que definem Ações - Idéias - Pessoas Valores - Ambientes - Imagens. Podem ser rígidas ou Flexíveis. Fronteiras do Corpo Fronteiras-de-valor Fronteiras de Familiaridade Fronteiras Expressivas Fronteiras de Exposição Qualquer tipo de relação viva que ocorre na Fronteira Eu - Não Eu, é contato. Ver, ouvir, pensar, ter consciência, falar, manipular, lutar, etc. São formas de contato. A Fronteira entre o Self e o ambiente deve ser permeável para permitir trocas, porém suficientemente firme para ter autonomia. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Quando a fronteira entre o Self e o outro perde a permeabilidade a nitidez ou enrijece, acontece os distúrbios de contato. Para a Gestalt Terapia o contato ou a qualidade do contato é um dos critérios na definição de saúde e adoecimento. SELF é o sistema de contatos em qualquer momento no campo organismo meio. É o sistema complexo de contatos necessários ao ajustamento no campo imbricado. É o processo de figura-fundo em situações de contato. Seu ser no mundo – variável conforme as situações. Os três modos do Self são: • A função “Id” ligada às necessidades vitais, tradução corporal: fome, sede, satisfeito.• A função “Eu” é ativa, ligada as escolhas, rejeições, responsabilidade. É a tomada de consciência que permite a manipulação com o meio. • A função “Personalidade”, a sua autoimagem, ela que permite a integração e assimilação. As resistências Este mecanismo de defesa ou de evitação do contato depende de sua intensidade, sua maleabilidade ou momento de ocorrência, podendo ser saudáveis ou patológicos. As gestalten inacabadas, ciclos interrompidos, perturbações na fronteira de contato, não permitem o desabrochar do self. Na confluência, a separação entre o Self e o outro perde a nitidez. A fronteira é tão tênue que permite a fusão eu-outro. No isolamento, a fronteira torna-se tão impermeável que a união é perdida. Na retroflexão há uma substituição, a ação acontece no Self e não no meio. A retroflexão é uma divisão dentro do Self, uma resistência a aspectos do Self pelo Self. A ilusão da auto suficiência - substitui o Self por ambiente. Na introjeção o material externo é absorvido sem discriminação ou assimilação. Ex. engolir sem mastigar as ideias, hábitos etc. Na introjeção o self é invadido pelo mundo externo. Na projeção é o self que transborda é invade o mundo exterior. A projeção é a tendência a atribuir ao meio a responsabilidade por aquilo que tem origem no self. A deflexão é o ato de evitar o contato direto ou a awareness. Há um desvio da energia, cria-se um escape. No bom funcionamento, há alternância entre união e separação. Awareness é, para Perls, a sua habilidade humana de estar em contato com seu campo perceptual total. É a capacidade de estar em contato com sua própria existência, de notar o que ocorre dentro de você ou à sua volta, de conectar com o ambiente, com outras pessoas e com você mesmo; saber a que você está sensível ou o que está sentindo ou pensando; como você está reagindo neste momento. A Awareness não é somente um processo mental: ela envolve todas as experiências, sejam elas físicas ou mentais, sensórias ou emocionais. É um processo conjunto no qual a totalidade do organismo está engajada: ‘Awareness é como a brasa de um carvão, que provém de sua própria combustão (o organismo total)’. (Perls, Hefferline e Goodman, 1951/1973, p.106)[1]. Awareness - “É uma forma de experienciar, é o processo de estar em contato com o evento mais importante do campo organismo /meio com pleno suporte sensório-motor, emocional, cognitivo e energético. Um continuum de awareness, fluído e não interrompido, leva a uma descoberta, uma apreensão imediata da unidade obvia de elementos isolados no campo”. (Insight) Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE Eu posso ter contato sem awareness mas não posso ter awareness sem contato. Awareness é sempre aqui e agora, mutante, desdobrando-se, transcendendo. Awareness só é eficiente quando fundamentada e energizada pela necessidade predominante presente no organismo, pelo reconhecimento direto da realidade da situação, e pelo aqui e agora. Awareness - é método por meio do continuum de presentificação. É processo, e também é o próprio objetivo da psicoterapia. Imaginação - que permite acessar experiências virtuais. Inteligência - acesso ao abstrato, simbólico. Através desse contato, novos todos são criados. (Yontef, 31). O contato com awareness gera totalidades significativas novas e, portanto, é em si a integração de um problema. Awareness compreende o conhecimento do ambiente, a responsabilidade pelas escolhas, o auto conhecimento, a auto-aceitação e a capacidade de contato. SUPORTE O homem é uma parte do campo organismo /meio. Visto em si mesmo - ele é um todo ou parte composto de partes, dimensões: •orgânica •emocional •cultural •intelectual O homem tem memória - que permite o acesso a suas experiências passadas. O homem é um sistema no qual as partes são inter-relacionadas dinamicamente numa perspectiva de organização e auto-regulação que visa um equilíbrio dinâmico. Fenomenologia - Nasce da matemática -(sustentação filosófica e de método para o existencialismo e humanismo) Husserl - Consciência (tudo o que parece à consciência) Epoché - (suspender as hipóteses para entender o significado de um fenômeno para alguém) Fenômeno é o que integra consciência e objeto (significado é o produto dessa relação) Heidegger - Dasein (ser no mundo) existimos sempre em relação homem e mundo. Merleau Ponty - Reabilitação ontológica do sensível - (Voltar as coisas mesmas das quais o sujeito tinha se afastado). Intencionalidade - é o ato de atribuir sentido (rompimento da interioridade com exterioridade) SÍNTESE FENOMENOLOGIA Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE SÍNTESE EXISTENCIALISMO Existencialismo - nasce da filosofia. O conhecimento do homem não pode ser dado a priori desse homem. Foco na possibilidade de construção, estou sempre a me fazer, estou sendo, eu não estou pronto, eu não estou finalizado, estou sempre a me construir e me transformar. Sartre - a existência precede a essência. Eu preciso existir com o próximo, com o outro para que eu seja humano. Responsabilidade pelo que estou me tornando Escolhas, liberdade (possibilidade de escolher), mudança e movimento, lançados (sempre estamos fazendo escolhas) O homem se caracteriza mais pela mudança, que pela permanência. O existencialismo tem uma porção mais depressiva na teoria, uma crítica ao humano e as esolhas. Quando o homem faz uma escolha para si, ele está fazendo pro mundo inteiro. Eu sou nada, indo rumo ao nada. Os existencialistas não trabalham com a questão da evolução humana, para eles só existe a existência. SÍNTESE HUMANISMO Humanismo - Nasce dos psicólogos pensando em psicologia e prática clínica. É um movimento que nasce em 1930 e toma força na década de 50, após a guerra. É otimista, tenta resgatar o otimismo. Potencialidades do humano. Não existe teoria sobre o humano porque é uma pessoa. Impessoalidade Individualidade O homem é iniciador de novas coisas O homem tem o poder para as afetações que o afetam. Ohumanismo não vê o homem como objeto, como produto, como determinado e sim, como pessoa que nenhuma teoria daria conta de explicar. Foco na compreensão, não na explicação. Maslow - O homem é inclinado (tendência atualizante- tendência à evolução) às possibilidades de potencialidades. Base - necessidades fisiológicas. Rogers - nâo sempre vou conseguir fazer essa tendência à realidade, é como se existisse uma força desse humano para essa potência reguladora. Alessandra Tuma - Teorias e Práticas Fenomenológicas e Existenciais - 6º SEMESTRE
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