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Resumo Direito Constitucional LEGISLATIVO

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1. Poder legislativo
1.1 Imunidade parlamentar
1.2 Prerrogativa de foro
1.3 Incompatibilidades no exercício do mandato
1.4 Perda de mandato
2. Função fiscalizatória do poder legislativo
2.1 Convocação de ministros de Estado
2.2 Os tribunais de contas
2.3 As CPI's
1. Separação de poderes
1.1 Teorias de Locke, Montesquieu e Constant
1.2 O poder legislativo: organização e atribuições
1.2.1 Unicamerismo x Bicamerismo
1.2.2 Formas de investidura dos parlamentares
No absolutismo monárquico não se falava em separação dos poderes. O Estado era o rei.
1ª Concepção - John Locke
Bipartição dos poderes: o executivo e o legislativo.
O judiciário seria um apêndice do poder executivo.
Grande destaque para o poder legislativo.
Procurava sustentar o poder da burguesia.
Valorização do parlamento.
Poder executivo → atribuição do rei.
Atribuições do poder legislativo: legislar, criar leis e fiscalizar as ações do executivo.
Visão que prevalecia na Inglaterra.
França - Ideias de Montesquieu
Fala de uma tripartição dos poderes: executivo, legislativo e judiciário.
Para Montesquieu os três podres devem ser harmônicos e independentes.
Ao executivo caberia executar; ao legislativo caberia legislar e fiscalizar; e ao judiciário caberia julgar.
A harmonia ser natural.
O pensamento político começou a questionar se a harmonia entre os poderes era real.
Surgiu o pensador Constant que pensou em 4 poderes.
O poder Moderador seria o árbitro, o ponto de equilíbrio entre os outro 3 poderes.
A Constituição de 1824 adotou está concepção que não deu certo. O poder moderador foi extinto na República.
Lógica do sistema de freios e contrapesos.
Não cabe mais pensar os três poderes de forma isolada.
Os 3 poderes realizam todas as funções políticas (legisla, julga e fiscaliza).
No sistema de freios e contrapesos os 3 poderes têm funções típicas e atípicas (que seriam as funções típicas dos outros poderes),	tendo como consequência o equilíbrio.
Não obstante a independência orgânica, no sentido de não haver entre os poderes qualquer subordinação ou dependência no que tange ao exercício das suas funções, a Constituição Federal instituiu um mecanismo de controle mútuo, onde há "interferências, que visam ao estabelecimento de um sistema de freios e contrapesos, à busca do equilíbrio necessário à realização do bem da coletividade e indispensável para evitar o arbítrio e o desmando de um em detrimento do outro e especialmente dos governados." (ex.: o judiciário pode declarar a inconstitucionalidade das leis e atos normativos do poder público; o poder executivo pode vetar projetos de leis aprovados pelo Legislativo, quando estes forem inconstitucionais ou contrários ao interesse público, etc.).
"As memórias engajadas falseiam a realidade,"
1.2.1 Unicamerismo x Bicamerismo
Unicamerismo → único órgão.
Bicamerismo → duas casa.
O Brasil adota qual?
 - Os dois.
Na esfera municipal: unicamerismo → câmara dos vereadores
Na esfera estadual: unicamerismo → assembleias legislativas
No Distrito Federal: unicamerismo → câmara legislativa (deputados distritais)
União: bicamerismo → Congresso Nacional: Câmara dos Deputados e Senado Federal
Por que duas casas na esfera da união?
1ª argumento: Senado como casa conservadora.
Câmara dos Deputados → café em ebulição
Senado → casa elitista (casa dos velhos, homens experientes); casa conservadora; conter o ímpeto revolucionário do povo.
2ª argumento: Federalismo
São Paulo: 70 deputados federais - máximo
Acre e Sergipe: 8 deputados federais - mínimo
Os deputados representam o povo. Onde tem mais povo, tem mais deputado.
Como contrapeso, no senado temos 3 senadores por Estado.
Aula 7 - 04/05/2015
Poder Legislativo
1. Função fiscalizatória
2. Garantias e vedações aos parlamentares
3. Perda do mandato
1. Função fiscalizatória
A função fiscalizatória, historicamente, é mais antiga do que a função legislativa.
A função legislativa passa a existir após a separação dos poderes, enquanto que a função fiscalizatória vem da Magna Carta Inglesa - 1215.
Na CF/88 a função fiscalizatória é exercida de três formas:
1ª - Possibilidade do poder legislativo convocar Ministros de Estado para prestar esclarecimentos (art. 50);
2ª - Pode pedir esclarecimentos por escrito;
3ª - Prestação de contas dos executivos através dos Tribunais de Contas (órgãos auxiliares ao poder legislativo na prestação de contas dos gestores).
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando em crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
§ 1º Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados ou a qualquer de suas comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de relevância de seu Ministério.
§ 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informação a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o nãoatendimento, no prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas.
Ex. Convocação recente do Cid Gomes - Ministro da Educação.
TCU - âmbito da União;
TCE - âmbito dos Estados.
Contas do chefe do executivo (prefeito, governador, presidente) →Tribunal de Contas emite parecer técnico e a Casa Legislativa julga.
Para ser derrubado o parecer técnico, precisa de pelo menos 2/3 dos votos.
Toda decisão do Tribunal de Contas pode ser revista pelo judiciário.
Verba federal repassada para o município é competência do TCU o julgamento, não vai para a Câmara dos Vereadores.
Instituto da Comissão Parlamentar de inquérito (CPI).
A CPI não tem poder de punir ninguém. Tem objeto de realizar o inquérito, investigar, gerando um relatório.
O Ministério Público, de posse do relatório poderá deflagrar uma ação criminal, formalizar denúncia.
A CPI funciona como instrumento democrático de fiscalização política, a serviço das minorias parlamentares.
CPI da Câmara dos Deputados e Senado ou Mista → precisa de minoria parlamentar de 1/3 para deflagrar uma CPI.
Um governo corrupto com maioria no Congresso, nunca seria investigado, jamais permitiria uma CPI.
Nada impede termos duas CPI's tratando do mesmo assunto, sendo uma na Câmara e outra no Senado.
A CPI pode:
· quebrar sigilo bancário;
· quebrar sigilo fiscal (acesso a declaração de impostos);
· quebrar sigilo telefônico (não é do conteúdo da conversa, mas sim saber para que telefone ligou e qual a duração da chamada);
· determinar a realização de exames periciais;
· convocar testemunhas para depor, embora a testemunha não seja obrigada a falar;
· realizar busca e apreensão de documentos.
Enfim, a CPI tem os poderes próprios de investigação.
A CPI não pode fazer interceptação telefônica nem prisões, salvo se em flagrante delito.
A CPI tem que terminar antes da legislatura (ao final dos 4 anos do mandato).
Das Comissões:
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação.
§ 1º Na constituição das Mesas e de cada comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa.
§ 2º Às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do plenário, salvo se houver recurso de um décimo dos membros da Casa;
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissõesdas autoridades ou entidades públicas;
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.
§ 4º Durante o recesso, haverá uma comissão representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas na última sessão ordinária do período legislativo, com atribuições definidas no regimento comum, cuja composição reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da representação partidária.
2. Garantias e vedações aos parlamentares
As chamadas Imunidades parlamentares - art. 53
· Imunidade Material (inviolabilidade);
· Imunidade Formal.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida.
Caput do artigo:
Ex.: Romário, ex-jogador de futebol, e na condição de Deputado Federal, chamou o presidente da CBF de ladrão.
Isso é correto? Como fica a intimidade da pessoa ofendida, sua honra?
Prevalece a ponderação de interesses. É melhor sacrificar a parte ofendida do que sacrificar a liberdade do parlamentar, que atua como fiscal dos interesse da sociedade.
O Deputado ou Senador pode fazer denúncia mesmo sem ter prova.
Aula 8 - 11/05/2015
1. Poder Legislativo (continuação)
1.1 Perda do mandato parlamentar
1.2 Processo legislativo
1.2.1 Emendas constitucionais
1.2.2 Leis ordinárias x Leis complementares
1.2.3 Medidas provisórias
1.2.4 Leis delegadas
1.2.5 Decretos legislativos
1.2.6 Resoluções
1.2.7 Tratados internacionais
1.1. Perda do mandato parlamentar
Art. 55 - Hipóteses de perda, e Art. 56 Hipóteses de conduta que não implicarão em perda do mandato.
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão:
I - desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis ad nutum, nas entidades referidas no inciso I, a; 
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, a;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa (um ano de trabalho), à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.
§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º.
Art. 55, II - Ponto crítico
Decoro parlamentar - postura que o parlamentar deverá adotar no exercício das suas atribuições.
Que tipo de atitude poderá ser considerada contrária ao decoro parlamentar? 
Até que ponto a liberdade do parlamentar de se expressar não fere o decoro parlamentar?
O conceito jurídico de decoro parlamentar é indefinido.
Art. 55, III - deixar de comparecer a 1/3 das sessões ordinárias implicará na extinção do mandato.
Extinção → não há análise subjetiva, o critério é objetivo; automático.
Cassação → teria que ser fundamentada.
Recesso branco → não tem sessão → não tem falta.
Perda por suspensão dos direitos políticos por condenação transitada em julgado (a perda não é automática, a Casa vai decidir).
Abuso de poder econômico → condenação decretada pela justiça eleitoral (não precisa homologação da casa a que pertença o parlamentar).
Art. 55, VI, §4ª - a renúncia que vise acabar com o processo.
Hoje, uma vez iniciado o processo, mesmo com a renúncia do parlamentar, o processo continua.
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de capital ou chefe de missão diplomática temporária;
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença (sem prazo), ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.
§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.
§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela remuneração do mandato.
O deputado ou senador pode se afastar por até 120 dias em cada sessão legislativa (um ano).
1.2 Processo legislativo
1.2.1 Emendas constitucionais
Existem por que a CF, base no nosso ordenamento político coloca as normas constitucionais acima das demais normas jurídicas.
Fruto do poder constituinte originário, que é ilimitado.
Não existe direito adquirido diante de uma nova constituição.
O direito tem que evoluir com a sociedade
Mutação constitucional → a constituição é alterada por interpretação, sem alteração do seu conteúdo.
Teoria da transcendência dos motivos determinantes.
A Constituição pode ser alterada, mas não por completo.
O Poder constituinte é um poder extraordinário.
A Constituição tem que evoluir, observadas as limitações (cláusulas pétreas - limites formais, materiais).
Da Emenda à Constituição
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.(limite formal)
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Os incisos I, II e III são os limites de ordem formal.
Não há não Brasil previsão de proposta de emenda constitucional de iniciativa popular.
O processo legislativo como um todo passa por etapas, sendo a primeira delas a da INICIATIVA, que pertence a qualquer deputado, senador, ou ao presidente da república.
Limite de ordem formal.
Numa Lei ordinária basta a maioria simples dos deputados e dos senadores, desde que a maioria absoluta esteja presente.
513 deputados
257 é a maioria absoluta (mais da metade)
129 votos a favor → projeto aprovado.
VOTADA → maioria absoluta
APROVADA → maioria dos presentes 
81 senadores
41 é a maioria
21 votos a favor → projeto aprovado.
Emenda constitucional para ser aprovada precisa de 3/5 (60%) dos votos do total dos deputados (308) e dos senadores (49), com votação em dois turnos (na Câmara e no Senado).
Emenda constitucional não passa pelo presidente da república.
Sanção - emenda constitucional não tem sanção.
Veto - emenda constitucional não tem veto.
Promulgação (pelo próprio Congresso) - ato pelo atesta a existência da lei.
Publicação - ato pelo qual se dá publicidade; a lei poderá potencialmente produzir seus efeitos.
O veto pode ser da lei inteira ou de parte dela.
Aula 9 - 18/05/2015
1. Processo Legislativo (continuação)
1.1 Emendas constitucionais
1.2 Leis Ordinárias x Leis Complementares
1.3 Medidas Provisórias
1.4 Leis Delegadas
1.5 Decretos Legislativos
1.6 Resoluções
1.7 Tratados Internacionais
2. Poder Judiciário
2.1 Garantias e vedações da Magistratura
1.2 Organização e competência
3. Poder Executivo
3.1 Organização no Brasil: O presidencialismo
3.2 Responsabilidade do presidente e impeachment
3.3 O Conselho da República
3.4 O Conselho de Defesa
1.1 Emendas constitucionais.
Não há limites políticos com relação ao poder originário.
O poder originário, responsável pela elaboração / criação da constituição é: inicial; autônomo; ilimitado (juridicamente pode mais não deve); incondicionado; e permanente.
Limites do poder constituinte derivado (poder de reforma - juridicamente limitado):
Limites formais (subjetivas - Art. 60 caput - Quem poderá propor EC; Objetivas - Art. 60, §2ª, 3ª e 5ª - Como é a tramitação de uma EC).
Limites circunstanciais (Art. 60, §1ª - não poderá haver EC: intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa)
Limites materiais (diz respeito ao conteúdo) - Art. 60 §4ª da CF/88 - Cláusulas Pétreas.
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
Ex. Inciso I: 
Garantia da autonomia financeira dos entes federativos → uma emenda que proponha retirar tal autonomia será inconstitucional, pois, tende a abolir a forma federativa de Estado.
Restrições que não sejam razoáveis não devem existir.
ATENÇÃO
Voto obrigatório não é cláusula pétrea.
Pode haver uma emenda constitucional colocando o voto como facultativo.
DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS - Qual seria a abrangência?
Seria apenas o art. 5ª da CF/88? A grande maioria da doutrina entende que abrange todo o rol dos direitos fundamentais, incluindo os direitos sociais.
Prescrição e direitos trabalhistas - até 5 anos - trabalhador urbano, e 30 anos - trabalhador rural. 
Via EC o prazo de prescrição ficou igual para trabalhadores rural e urbano, ou seja, de 5 anos.
"Cláusula Pétrea congela o direito."
Redução da maioridade penal: A sociedade de hoje reflete os valores de 30 anos atrás?
1.2 Leis Ordinárias x Leis Complementares
Não existe hierarquia entre as leis ordinárias e complementares.
 A lei complementar só prevalece sobre lei ordinária nas matérias que a Constituição determina a utilização de lei complementar.
O que diferencia formalmente uma lei da outra? 
Resposta: o quórum para deliberação e aprovação.
Lei ordinária passa pelas duas casas.
Dos 513 deputados, basta ter 257 dos representantes no plenário (maioria absoluta dos deputados). A maioria simples aprova o projeto na Câmara.
No Senado, do total de 81, necessita 41 dos representantes, sendo o projeto aprovado com 21 votos. 
De regra, o processo começa na Câmara dos Deputados e depois no Senado.
Exceção onde o processo se inverte: quando a proposta do projeto parte de um Senador.
Lei complementar
Para que haja aprovação é necessário que se tenha apoio da maioria absoluta dos deputados e senadores.
Na Câmara → 257 votos a favor.
No Senado → 41 votos a favor.
Logo é mais difícil aprovar uma Lei Complementar do que uma Lei Ordinária.
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
1.3 Medidas Provisórias (copiada do direito italiano)
Existem para situações de urgência e relevância (tem que ter os dois requisitos simultaneamente). 
O presidente pode baixar medida provisória com força de lei.
A MP deverá ser submetida ao Congresso Nacional, que poderá rejeitar ou acatar.
A MP vale por 60 dias, podendo serprorrogada por mais 60.
Findo os 120 dias sem manifestação do Congresso Nacional a MP perde a validade.
Com 45 dias de vigência a MP passa a ser prioridade no Congresso para votação, trancando a pauta tanto na Câmara quanto no Senado.
Existem matérias que não podem ser tratadas por MP: matéria reservada para Lei complementar, direitos políticos, direito penal, tributária, etc.
A MP enquanto está em vigor tem força de lei ordinária. Ela não revoga lei anterior que trata do mesmo assunto (os artigos incompatíveis ficam suspensos).
O efeito da rejeição da MP é EX TUNC (retroage).
1.4 Lei delegada (art. 68)
Excepcionalmente o Congresso poderá delegar para o presidente legislar sobre matéria definida.
§3ª votação única no Congresso - SIM ou NÃO, sem emenda.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda.
1.5 Decretos legislativos (mesmo status de lei ordinária)
A diferença entre Decreto Legislativo é Lei Ordinária, é que o Decreto Legislativo não passa por sanção ou veto do presidente da República. Se encerra dentro do próprio Congresso.
Matérias de competência exclusiva do poder legislativo: ex. ratificação dos tratados internacionais.
Uma lei ordinária pode revogar um Decreto Legislativo.
1.6 Resoluções
Competência exclusiva do Congresso.
Pode existir Resolução apenas da Câmara, do Senado ou das duas casas.
Não se trata de tema de interesse geral da sociedade, mas sim de regulamentação de procedimentos da Câmara, do Senado.
É uma forma de estabelecer procedimentos internos ou de delegação.
A resolução tem função de Instrução.
1.7 Tratados Internacionais
A sua força normativa varia de país para país, de acordo com a forma como o país encara os tratados.
	Teorias
	MONISTA - defende que existe uma única ordem internacional, onde o Tratado Internacional entra automaticamente no ordenamento jurídico do país (ex.: Holanda).
	
	DUALISTA - duas ordens jurídicas, sendo a interna a mais importante, onde prevalece a soberania do país, e a ordem externa. Teoria adotada pelo Brasil.
Qualquer tratado que o Brasil seja signatário, só valerá depois que o Congresso ratificar.
O Congresso ratifica através de Decreto Legislativo (igual a lei ordinária, com a diferença que não haverá sanção ou veto do presidente da república).
Detalhe: em regra, o tratado internacional ingressa no ordenamento via Decreto Legislativo.
Emenda Constitucional nº45/2004:
§ 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Ou seja, estes tratados internacionais, se aprovados por quórum qualificado poderão ingressar no ordenamento como cláusula pétrea.
2. Poder Judiciário
Tem como função típica a função jurisdicional, e como funções atípicas as legislativas, executivas e fiscalizatórias.
O ingresso no poder judiciário se dá:
a) Em regra por concurso público de provas e títulos.
Emenda Constitucional nº45/2004: Art. 93....... I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica (tempo de estágio não conta) e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;
b) Quinto Constitucional
Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.
OBS: O quinto constitucional é um instituto jurídico com previsão constitucional que estabelece uma forma de integração de advogados e membros do Ministério Público aos quadros dos tribunais estaduais (art. 94, CF/88) e federais (art. 107, I; 111-a, I; 115, I; 123, parágrafo único, I e II, CF/88) através de uma lista tríplice encaminhada pelo próprio Tribunal, em que o governador do estado escolherá um para a nomeação. 
Considerações sobre o quinto constitucional 
Pontos negativos: fere a igualdade; não leva em conta o mérito. 
Pontos positivos: objetivo de melhorar a eficiência; areja o judiciário funcionalmente (como sistema de freios e contrapesos). 
O judiciário não quer mais o quinto constitucional, criado em 1934, que funcionava como controle externo do judiciário. Depois da EC 45/2004, não há mais a necessidade desse controle, pois criou-se o CNJ, que faz o controle externo. A Associação dos Magistrados Brasileiros não apoia o quinto constitucional alegando que fere o princípio da igualdade (em relação aos demais magistrados que ingressam por concurso público). 
2.1 Garantias e vedações da magistratura.
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.
Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
III - dedicar-se a atividade político-partidária;
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.
Aula 11 - 25/05/2015
1. Poder Executivo
1.1 O sistema de governo presidencialista
1.2 Mandato presidencial
1.3 Responsabilidade do presidente
1.4 O Conselho da República
1.5 Conselho de defesa
2. Funções essenciais à justiça
2.1 Ministério Público
2.2 Advocacia
3. Remédios Constitucionais
3.1 Habeas Corpus
3.2 Mandado de Segurança
3.3 Habeas Data
3.4 Mandado de Injunção
3.5 Ação Popular
Mandato presidencial: 4 anos, sendo permitida uma reeleição subsequente.
O presidente é eleito em chapa única com o seu vice.
Vacância: renúncia, morte ou impeachment.
Na ausência do presidente o vice assume, e na sequência o presidente da Câmara, o presidente do Senado e o presidente do STF.
Exceto o vice, único que pode suceder o presidente, os demais só assumem a presidência temporariamente.
Havendo vacância dupla haverá eleição direta noventa dias depois de aberta a última vaga, quando a vacância se verificar nos dois primeiros anosdo período presidencial.
Ocorrendo a vacância dos cargos nos dois últimos anos do período presidencial, a eleição, que será indireta, para ambos os cargos será feita 30 dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
A responsabilidade do presidente (art. 85): o rol não é exaustivo.
Impeachment 
Crimes de responsabilidade: será processado e julgado pelo Senado.
Crimes comuns: será processado e julgado pelo Supremo Tribunal Federal.
Órgão de consulta do presidente da República:
Conselho da República - É geral (na prática não funciona).
Conselho de Defesa - É mais específico.
Funções essenciais à justiça
Ministério Público
Atribuições fundamentais:
· Titularidade da ação penal pública
· Defesa dos interesses transindividuais
· Coletivos (no sentido estrito)
· Individuais homogêneos (ex.: acidente de ônibus com várias vítimas. Cada vítima tem interesse individual de indenização; Para facilitar a defesa → ação coletiva).
· Difusos (atinge um número indeterminado e indeterminável de pessoas - ex.: dano ambiental).
Organização do Ministério Público no Brasil:
· Ministério Público da União - MPU
· Federal - MPF
· Trabalho - MPT
· Militar - MPM
· Ministério Público Estadual
MPU - procurador geral da República.
Depois da emenda 45/2004 os membros do Ministério Público passaram a ter as mesmas prerrogativas dos magistrados.
Advocacia
· Privada - exclusiva dos advogados
· Pública - em regra exercida mediante concurso público
· Procuradoria e AGU
· Defensoria Pública
Quem se tornou Bacharel em Direito antes de 1994 não precisou se submeter ao exame da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Atenção: não ter condição de contratar um advogado não significa que a pessoa é pobre!
O defensor público não escolhe cliente.

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