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As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed a) Eritropoiese As células sanguíneas são produzidas inicialmente na vesícula vitelínica, em seguida, passam a ser produzidas pelo fígado e, finalmente, pelo baço e pela medula óssea do feto. Na vida fetal, os eritrócitos se apresentam nucleados e aumentados, diminuindo a proporção e perdendo o núcleo, conforme o avanço do crescimento. Antes de ser definitivamente produzida pelos rins, a eritropoietina é produzida pelo fígado. A sua produção é diretamente influenciada por substâncias como a testosterona, estrógenos, prostaglandinas, hormônio tireoidiano e lipoproteínas. A eritropoiese fetal pode ser estimulada pela deficiência de ferro materno, como ocorre em mães com anemia ferropriva Enquanto no adulto a hemoglobina é composta por duas cadeias alfa e duas beta, cada uma com uma molécula heme para transporte do O2, no feto, a hemoglobina é um tetrâmero composto por dois pares de duas cadeias distintas de peptídeos, precursoras das cadeias alfa e beta, dividindo-se em 4 tipos de hemoglobina: gama, delta, épsilon e zeta. A hemoglobina é produzida em diferentes fases da vida intrauterina, sendo composta, no período embrionário, pelas cadeias zeta e épsilon. No período fetal, pelas cadeias alfa e gama No período pós-nascimento, pelas cadeias alfa, beta e delta. As primeiras hemoglobinas produzidas, ainda na fase embrionária, são chamadas Gower I, Gower II, Portland I e Portland II. A hemoglobina F passa a ser produzida pelo fígado do feto, depois que este começa a fazer a eritropoiese, predominante no sangue fetal até a 8ª semana de gestação. Duas semanas depois é iniciada a produção da hemoglobina A, que se eleva progressivamente acompanhando o desenvolvimento da gestação. A hemoglobina F, mais prevalente na fase fetal, reduz a concentração nas últimas semanas de vida intrauterina e continua a reduzir significativamente durante o primeiro ano de vida, até a ser pouco encontrada em eritrócitos de adultos. Para a formação de hemácias, é importante que a mãe forneça vit B12 e B9 b) Transporte de O2 A PO2 do sangue fetal é significativamente menor à pressão parcial de O2 do sangue materno no espaço intervilosos Determinadas características da hemoglobina fetal permitem que o feto se desenvolva em baixas concentrações sanguíneas de O2, em associação com particularidades do sistema cardiovascular fetal. Dois significativos aspectos devem ser considerados para compensar a baixa PO2 no sangue fetal: 1. As características da hemoglobina e concentração no sangue fetal A curva de dissociação de O2 da hemoglobina fetal desvia-se para a esquerda, ou seja, a uma dada PO2, a hemoglobina fetal é capaz de transportar mais O2 em comparação com a curva de dissociação da hemoglobina materna. Além disso, o transporte de O2 em ambiente de baixa PO2 é impelido pela menor fixação do 2,3-difosfoglicerato às cadeias gama da hemoglobina fetal no eritrócito fetal, tornando maior a afinidade do O2 pela hemoglobina. Por conseguinte, a concentração de hemoglobina no feto é maior que a concentração de hemoglobina materna, permitindo maior capacidade de transporte de O2 2. Efeito Bohr. O efeito Bohr, em contrapartida, aumenta o transporte de O2, pois, quando comparado às situações em que a PCO2 é alta, a hemoglobina é capaz de transportar mais O2 em baixa PCO2. Com grandes quantidades de dióxido de carbono, o sangue fetal retorna para a placenta e o dióxido de carbono se difunde facilmente do sangue fetal para o materno. O sangue se torna mais alcalino em virtude da perda do dióxido de carbono e o sangue materno, mais ácido. Desenvolvimento Fetal Sangue Fetal As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed A capacidade de combinação do sangue fetal com o O2 aumenta e a do sangue materno diminui com essas modificações, fazendo com que os efeitos se somem e facilitem as trocas gasosas. c) Fatores de Coagulação Embora o feto não evidencie boa produção de fatores pró-coagulantes, ele é protegido de hemorragias. Não se tem registro de intercorrências graves, mesmo submetido a processos invasivos. Desde a 2ª semana de gestação, o fibrinogênio com menor grau de agregação que no adulto se manifesta Em razão de conter trombina, o organismo fetal leva mais tempo para converter fibrinogênio em fibrina que o adulto. Ainda no nascimento, a concentração de fibrinogênio permanece inferior à encontrada no adulto. Mesmo estando presentes desde a vida fetal, os fatores de coagulação permanecem baixos logo ao nascimento, no entanto se estabelecem rapidamente com algumas semanas de vida. A produção de outros fatores pró-coagulantes, fibrinolíticos e proteínas anticoagulantes iniciam perto da 12ª semana, mesmo que relativamente baixas, como no caso de fibrinogênio e fatores II, VII, IX, X, XI, XII, XIII, se comparadas à vida de um adulto. Aconselha-se a administrar a vitamina K ao recém-nascido, na intenção de aumentar os fatores dependentes de sua produção. a) Circulação Fetal A circulação do feto tem comunicações que se perdem depois do nascimento. Muitas vezes ocorrem misturas de sangue oxigenado com não oxigenado, que, em razão da relativa baixa concentração de O2, não chegam a afetar o desenvolvimento e ainda conseguem nutrir adequadamente os órgãos e tecidos em formação As comunicações são 1. Dueto venoso É uma comunicação entre a veia umbilical e a veia cava inferior, vias que controlam a quantidade de sangue oxigenado vindo da placenta e prosseguem para a veia cava inferior, que realiza perto de um terço do retorno venoso do coração. Fibras musculares, dispostas na entrada do dueto venoso, controlam a dispersão do fluxo entre a circulação hepática e a veia cava inferior e ainda são responsáveis pelo fechamento funcional desta via de comunicação depois do nascmento. A grande relevância do dueto venoso é permitir a condução do sangue bastante oxigenado para o coração do feto. A monitoração, por ultrassonografia com Dopplervelocimetria, permite a detecção de anomalias na circulação fetal, observando o fluxo que percorre o dueto venoso. Uma grande variação é manifestada pela quantidade do fluxo que passa pela veia umbilical e é conduzida ao dueto venoso. Nas situações de hipoxemia, observa-se elevação do fluxo conduzido ao dueto venoso, em decorrência da baixa oxigenação fetal. 2. Forame oval Faz a comunicação entre os átrios direito e esquerdo, possibilitando a passagem do sangue vindo da veia cava inferior para o átrio esquerdo e deste para a circulação coronariana e para o SNC. O forame oval recebe, depois de atingir a crista dividens, o maior volume de sangue proveniente da veia cava inferior. Na sequência, o ventrículo direito e o tronco da artéria pulmonar, com menor fluxo sanguíneo, se unem à veia cava superior em direção ao ventrículo direito e ao tronco da artéria pulmonar. Já na parede posterolateral do átrio direito, através da crista interveniens, o volume sanguíneo que passa pelo átrio direito é conduzido ao ventrículo direito. As veias cavas superior e inferior, sem o alinhamento definitivo da vida adulta, desembocam no átrio direito que por sua vez é responsável pela distribuição preferencial do sangue. Os pulmões do feto não exercem a função respiratória, em razão da elevada resistência do fluxo sanguíneo oferecida pela circulação pulmonar. O tecido pulmonar necessita de pouco volume de sangue oxigenado3. Dueto arterial A maior parte do sangue que passa pela artéria pulmonar é direcionada à aorta descendente através do canal arterial A baixa pO2 é um fator decisivo para a manutenção da permeabilidade do canal arterial, controlada pela ação vasoconstritora do O2. A inervação do canal ainda é reduzida pela falta de participação neuronal na regulação do calibre. As prostaglandinas El e E2, produzidas na parede do canal arterial, nos pulmões fetais e na placenta, são fundamentais para o Sistema Cardiovascular As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed relaxamento da parede do canal arterial e para a manutenção da sua permeabilidade. O uso de anti-inflamatórios durante a gravidez inibe a produção das prostaglandinas no feto, podendo ser a causa do fechamento do canal arterial e consequente causa de hipertensão mesmo antes do nascimento. A frequência cardíaca do feto é controlada autonomicamente por baro e quimiorreceptores encontrados no arco aórtico, que detectam as variações da pressão arterial e da concentração de O2. No entanto, o átrio esquerdo recebe sangue rico em O2, misturado a pequeno volume de sangue pouco oxigenado retornado por meio das veias pulmonares aos pulmões e conduzido ao ventrículo esquerdo e à aorta, para suprir órgãos nobres, o miocárdio e o SNC. Um complexo de três proteínas, as troponinas C, I e T, regula as contratilidades musculares estriada e cardíaca. Em caso de lesão celular do miocárdio, ocorre liberação de troponinas por cardiomiócitos com consequente elevação dos níveis de troponina T cardíaca, que já pode ser identificada em 12 a 48 horas. Fetos que apresentam pulsações da veia umbilical intra-abdominal e alterações no dueto venoso à Dopplervelocimetria podem apresentar aumento da concentração de troponina T após o nascimento Diferentes volumes sistólicos são ejetados pelos ventrículos esquerdo e direito no sistema arterial. O ventrículo direito responde por aproximadamente dois terços do débito cardíaco total, e o ventrículo esquerdo responde pelo restante. Os ventrículos do adulto trabalham em série, diferentemente dos fetais, que trabalham em paralelo. Assim, no feto, o débito cardíaco é produto do volume sistólico de ambos os ventrículos pela frequência cardíaca. Entre as semanas 11 e 20, o débito cardíaco combinado do feto se eleva A ecocardiografia fetal pode estimar o débito cardíaco, bem como seus desvios, e predizer resultados adversos em gestações de alto risco. O volume sistólico é controlado pelo retorno venoso e pelo sistema simpático-adrenal. O volume diastólico final aumenta quando o retorno venoso também aumenta, conforme a lei de Frank-Starling, em que a força contrátil do miocárdio é proporcional ao comprimento inicial de suas fibras. O coração do adulto aumenta o volume de ejeção até certo platô, a partir da elevação da pré-carga. No feto, o miocárdio atinge o platô mais precocemente, porque a resposta ao aumento do volume de ejeção ocorre de forma limitada, levando a prejuízo na resposta à elevação pré- carga. O pericárdio, os pulmões e a parede torácica manifestam pouca complacência na vida fetal, quando acontece a dilatação das vias aéreas, e, junto a características do miocárdio fetal, ainda imaturo, podem levar a tais limitações. Por outro lado, há aumento do volume sistólico, devido ao aumento da frequência cardíaca estimulada pelo sistema simpático-adrenal. b) Saturação de O2 O maior percentual de saturação de O2 na circulação do feto é registrado na veia umbilical As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed e no dueto venoso e o menor percentual, na veia cava inferior infra-hepática c) Distribuição do Fluxo Sanguíneo O ventrículo esquerdo ejeta sangue para o SNC, para o miocárdio e para a parte superior do corpo do feto, enquanto ambos os ventrículos suprem de sangue os órgãos abaixo do canal arterial. A resistência vascular de cada órgãos estabelece a disseminação de sangue a ser recebido, e este fluxo é expresso em porcentagem do débito cardíaco. A circulação fetoplacentária irriga a placenta com alta quantidade de sangue, e diminuindo conforme a aproximação do termo da gestação. Fatores como as prostaglandinas Fl-alfa e F2- alfa, a adrenalina e a noradrenalina são reguladas pelo fluxo de sangue que chega aos pulmões, tomando maior a resistência das arteríolas pulmonares, cujo relaxamento se dá por ação das bradiàninas, da histamina, da acetilcolina, do isoproterenol e das prostaglandinas El e E2. A resistênciaa da circulação pulmonar acontece inversamente proporcional à p O2 e ao pH do sangue da arterial pulmonar Quando a PO2 é diminuída para perto da metade dos valores normais, o fluxo coronariano aumenta de duas a três vezes. 18 A regulação do fluxo sanguíneo cerebral permanece controversa No que se refere às variações fisiológicas da p O2, sob aumento das variações, o fluxo de sangue se eleva significativamente e a capacidade de resposta cerebral permanece mínima. Assim ocorre a chamada centralização hemodinâmica fetal, que é o fenômeno de redistribuição e priorização dos órgãos nobres. d) Regulação autonômica da frequência cardíaca A contração automática é propriedade intrínseca das fibras musculares cardíacas, embora o ritmo cardíaco esteja sob influência do SN autônomo fetal. São fundamentais para o controle da circulação fetal pelo SN autônomo a presença de fibras nervosas no coração e nos grandes vasos, incrementado pela capacidade de liberar neurotransmissores e do desenvolvimento do miocárdio e de seus receptores O SN simpático passa a ser funcional de forma mais precoce que o parassimpático. Os tônus simpático e parassimpático são gerados pela intensidade basal da atividade dos sistemas simpático e parassimpático que transmitem impulsos autonômicos ao organismo, provenientes de impulsos reflexos viscerais da medula espinhal, do tronco encefálico e do hipotálamo, gerados de outras partes do corpo. A partir do 3° trimestre do desenvolvimento fetal, as vias anatômicas do SN autônomo se definem precocemente, controlando razoavelmente a frequência cardíaca. Os nervos simpáticos se propagam marcadamente no miocárdio ventricular do feto e os vagais (parassimpátios) sobre os nós sinoatrial e atrioventricular, principalmente, e menos para o miocárdio. A acetilcolina, liberado nas sinapses ganglionares e nas junções neuroefetoras do sistema parassimpático, produzida a partir da estimulação do sistema parassimpático, participa na diminuição da frequência rítmica do nó sinoatrial e da redução da excitabilidade das fibras juncionais atrioventriculares, proporcionando lentificação da transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos. Um neurônio pré-ganglionar constitui a via simpática, com apresentação do corpo celular na coluna intermediolateral da medula espinhal torácica. Os axônios deste neurônio fazem sinapses com neurônios pós-ganglionares, a partir da cadeia ganglionar simpática. Do plexo cardíaco se origina um número variável de nervos cardíacos torácicos que juntamente com os axônios originários do gânglio cervical formam os nervos cardíacos superior, médio e inferior. A elevação da excitabilidade de todas as partes do coração e o aumento da força de contração do miocárdio se dão por conta da adrenalina liberada pela estimulação simpática, nas terminações pós-ganglionares. Em razão da resposta orgânica, são configuradas as adrenalinas alfa e beta como receptoresadrenérgicos. A ativação dos receptores alfa é responsável pela vasoconstrição, enquanto a vasodilatação e o aumento da frequência cardíaca são o resultado da ativação dos receptores beta. A funcionalidade do SN simpático tem o desenvolvimento mais cedo do que o parassimpático, o que possibilita que o efeito do tônus adrenérgico sobre a frequência cardíaca seja maior que no tônus colinérgico. Pelo amadurecimento do sistema efetor, com o avanço da gestação, há o aumento significativo da resposta pressórica à adrenalina e à noradrenalina. A partir do 3° trimestre, ambos os sistemas passam a interferir com a mesma potência na frequência cardíaca do feto. e) Reflexos cardiovasculares As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Através de reflexos autonômicos, ocorre a regulação das funções viscerais do feto. A pressão arterial, o débito cardíaco e a frequência cardíaca fetal são reguladas por reflexos do sistema cardiovascular. Os reflexos derivados de barorreceptores e quimiorreceptores pertencem à vida intrauterina. f) Reflexo barorreceptor O reflexo barorreceptor é o principal mecanismo de regulação da pressão arterial e se inicia com a incitação dos barorreceptores, caracterizados por receptores de pressão localizados nas paredes das grandes artérias sistêmicas, como o arco da aorta e as carótidas internas (seios carotídeos). A distensão da parede vascular incitam essas terminações nervosas ramificadas e transmitem impulsos para o bulbo. Uma vez que a pressão arterial se eleva, esses receptores são ativados e inibem o centro vasoconstritor bulhar e estimulam o centro vagal. A consequência é a vasodilatação periférica e a redução da frequência cardíaca do feto, provocando a queda da pressão arterial e levando ao mecanismo inverso. g) Reflexo quimiorreceptor Presentes na vida intrauterina, principalmente no 3° trimestre da gestação, os quimiorreceptores são a primeira linha de defesa fetal contra a hipoxemia. Quimiorreceptores são pequenas estruturas alojadas no arco aórtico (corpúsculos aórticas) e na bifurcação das artérias carótidas (corpúsculos carotídeos). Seus receptores sensitivos respondem à hipoxemia e ao excesso de dióxido de carbono ou de íon hidrogênio (acidemia). Impulsos são então transmitidos, a fim de elevar o reflexo na pressão arterial. A literatura médica tem relatado aparecimento de respostas imunológicas fetais a partir das 13 semanas de gestação. Porém, no termo, o sangue do cordão umbilical possui apenas cerca de metade dos componentes imunológicos que podemos encontrar no adulto. Os anticorpos maternos da classe imunoglobulina G (IgG) começam a ser transferidos ao feto com cerca de 16 semanas de gestação, e essa transferência é progressivamente maior à medida que a gestação se aproxima do termo. Após o nascimento, o recém-nascido inicia produção de IgG lentamente, sendo que níveis de IgG idênticos ao do adulto só serão alcançados após os 3 anos de idade. Os anticorpos da classe imunoglobulina M (IgM) são produzidos em pequena quantidade em fetos normais. Apenas aos 9 anos de vida a criança atinge níveis de IgM no sangue idênticos ao do aldulto. Os anticorpos IgM não atravessam a barreira placentária e, portanto, não são transferidos da mãe para o feto. Todo IgM encontrado no feto ou neonato é aquele que eles mesmos produzem. Portanto, na presença de elevados níveis de IgM no feto ou no neonato, a suspeita diagnóstica de infecção congênita deve ser considerada. A partir de 9 semanas, os fetos podem apresentar produção de linfócitos B no fígado e no sangue e, a partir de 12 semanas, no baço. Os linfócitos T só são liberados pelo timo a partir de 14 semanas de gestação. Apesar disso, o recém-nascido apresenta baixa resposta imune, devido à imaturidade dessas células. a) Desenvolvimento pulmonar O desenvolvimento pulmonar passa por cinco períodos distintos: embrionário, pseudoglandular, canalicular, sacular e alveolar. Este último se inicia somente depois do nascimento e não finaliza antes dos 8 anos de vida 1. Período embrionário Tem início entre 26 e 28 dias da fecundação, com o aparecimento do botão pulmonar. Divide-se em dois brotos que se ramificam, posteriormente, para formar os brônquios principais. Sistema Imunológico Sistema Respiratório As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed Todos os segmentos broncopulmonares estão formados por volta da 6ª semana a partir da fecundação. 2. Período pseudoglandular: A característica deste período é a formação de todos os condutos aéreos e o surgimento dos ácinos primitivos. Essas células ricas em glicogênio revestem a árvore brônquica, e essa reserva tem sido posteriormente associada à síntese das substâncias surfactantes. Os ramos axiais dos segmentos broncopulmonares assumem um aspecto morfológico semelhante ao do pulmão do adulto com 16 semanas de gestação. Neste período, a maioria das estruturas pulmonares estão finalizadas, com exceção das unidades de trocas gasosas. 3. Período canalicular: Surgem entre a 16ª e a 26ª semana as primeiras estruturas associadas ao bronquíolo terminal, como as estruturas saculares e as diversas gerações de bronquíolos respiratórios. A partir de 24 semanas, algumas células do revestimento do ácino distinguem-se em pneomócitos tipos I e II. Ao final desse período, esses compostos garantem ao pulmão fetal a capacidade de efetuar trocas gasosas, ainda que imaturo. 4. Período sacular: Este período se inicia na 26ª semana e permanece ativo até o termo da gestação, quando as vias aéreas deixam de ser um conjunto de sacos terminais e diferenciam- se em duetos alveolares e alvéolos. A ampliação do espaço respiratório é marcante e a superfície destinada às trocas gasosas tem elevação imediata. As vias aéreas tornam-se mais vascularizadas e o epitélio de revestimento, mais fino, sofre adelgaçamento. 5. Período alveolar: Os alvéolos maduros se formam somente depois do nascimento, embora alguns nascidos a termo já os apresentem. O número de alvéolos têm o maior aumento até os 2 anos de vida, e a completa formação e maturação alveolar se dá somente aos 8 anos de vida. No 2º trimestre, as fibras elásticas pulmonares ainda são escassas nos ácinos diferentemente do pulmão maduro, no qual as fibras elásticas e o colágeno tecidual atuam significativamente na expansão e retração pulmonar. Um líquido constituído pelo fluido alveolar preenche o pulmão fetal, e esse volume colabora substancialmente na produção do líquido amniótico. Esse líquido que preenche o pulmão fetal sofre pouca variação durante a gestação, tem pH mais baixo que outros fluidos biológicos, e é quimicamente composto por baixas concentrações de proteínas e de bicarbonato e elevados níveis de cloro. Em estágios precoces da gestação há secreção de cloreto pelo epitélio pulmonar e, ao final da gravidez, observam-se elevadas concentrações de potássio e surfactante A produção de fluido pulmonar diminui nitidamente nas semanas antes do parto, aparentemente decorrente de modificações na expressão de canais de íons, com a ativação dos canais de sódio em pneumócitos tipos I e II e deslocamento do sódio para o interior da célula, o que provoca alterações no potencial de membrana e reverte a direção do fluxo de cloro b) Sistema Surfactante Pulmonar Para que ocorram ventilação pulmonar efetiva e troca de gases nos alvéolos pulmonares, o sistemasurfactante é essencial. As substâncias surfactantes levam à redução da tensão superficial na parede dos alvéolos, evitando seu colapso na expiração e permitindo sua adequada expansão durante a inspiração. Essas substâncias são compostas por proteínas e por lípides que são produzidas nos pneumócitos tipo II Os corpos lamelares são ejetados dos pneumócitos tipo II por meio de exocitose e, no lúmen alveolar, são transportados em mielina tubular. Esta última, junto aos corpos lamelares, são considerados formas de surfactantes. A partir da capacidade de os pulmões do feto produzirem surfactantes é que se estabelece a maturidade pulmonar. Ao nascimento, a primeira inspiração do recém-nascido produz a interface ar-tecido no alvéolo pulmonar, ocorrendo então a liberação As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed de surfactante dos corpos lamelares, o qual é dissipado no alvéolo para garantir a prevenção do colapso na expiração. Os compostos de fosfatidilcolinas (lecitinas) compõem aproximadamente dos fosfolípides do sistema surfactante, e têm como principal elemento ativo uma lecitina específica chamada dipalmitoilfosfatidilcolina A lecitina é o principal representante tensoativo do sistema surfactante. Um indicador da maturidade pulmonar do feto é a elevação da concentração de lecitina em relação à de esfingomielina Tanto a lecitina como os corpos lamelares podem ser pesquisados no líquido amniótico. A partir de 30 semanas de gestação, a produção de lecitina se acelera, e por volta das 35 semanas chega a atingir 50% do total de Neste mesmo período, é iniciada a produção do fosfatidilglicerol, relacionada aos níveis do fosfatidilinositol, cujo precursor é o mesmo. A produção de lecitina ocorre simultaneamente à de fosfatidilinositol, e este tem seus níveis elevados até cerca de 35 semanas de gestação, quando começa a cair, ao mesmo tempo em que se observa o início da produção de fosfatidilglicerol. Os fosfolípides, são os elementos que promovem a diminuição da tensão superficial no alvéolo, e as apoproteínas surfactantes, identificadas como A, B, C e D facilitam a produção do filme superficial. c) Regulação da Produção de Surfactante O cortisol produzido na suprarrenal fetal estimula a síntese do surfactante. A administração de glicocorticoides também estimula a ativação de diversas enzimas envolvidas na síntese dos surfactantes. Tem sido praticada a administração de corticoides à gestante para acelerar a maturação pulmonar do feto Alguns fatores envolvidos nesse processo são: Fator fibroblástico pneumoático, provocando a maturação do pneumócito tipo II, fazendo com que seja mais receptivo ao cortisol. Prolactina, tendo ação semelhante à do cortisol. Estrógenos, controlando a fabricação de prolactina. Agonistas beta-adrenérgicos, acelerando a maturação pulmonar. Fatores de crescimento, promovendo aumento do surfactante e interferência na produção de SP-A. Insulina, mostrando ação deletéria por impedir a ação dos corticosteroides e a fabricação de SP-A e SP-B. O trabalho de parto, aumentando a fabricação de corticosteroides. Os andrógenos, tendo ação adstringente na fabricação de surfactante d) Movimentos Respiratórios Fetais O feto inicia movimentos pulmonares a partir de 11 semanas de gestação, equivocadamente chamados de movimentos respiratórios, pois não há troca gasosa nos pulmões fetais. Esses movimentos são normais e acontecem até o termo da gestação, refletindo o centro respiratório cerebral em processo de amadurecimento, preparando a musculatura do sistema respiratório para bem desempenhar a função depois do nascimento. Os movimentos pulmonares fetais entre a 30ª e a 38ª semanas de gestação e registraram que esses ficam mais lentos e curtos entre 30 e 32 semanas, não havendo identificação de padrões distintos depois desse período, sugerindo que o amadurecimento dos motoneurônios ocorre entre 33 e 36 semanas de gestação. Por outro lado, pode ocorrer um padrão mais raro de frequência de 10 a 15 movimentos pulmonares por minuto, muitas vezes chamado "soluço fetal" pelas gestantes. Os movimentos pulmonares do feto ocorrem por retração da caixa torácica e pela expansão do abdome na inspiração, em razão da contração do diafragma, sem a participação da musculatura intercostal Durante os movimentos pulmonares pode ser verificada significativa diminuição na resistência vascular pulmonar. Mudanças no padrão de movimentos pulmonares, estão relacionadas ao ritmo circadiano e os distúrbios fetais, em humanos. Movimentos pulmonares ausentes ou diminuídos podem ser alertas para problemas como hipoxemia, hipoglicemia materna, parto pré-termo, infecção ou sofrimento fetal. As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed a) Trato Gastrointestinal A composição do intestino primitivo acontece durante a 4ª semana de gestação, a partir do momento em que a parte dorsal da vesícula vitelínica é incorporada ao embrião, derivada do endoderma do intestino primitivo, que por sua vez deriva boa parte do epitélio e das glândulas do sistema digestório Já o epitélio das extremidades cranial e caudal do trato derivam do ectoderma do stomodeum (boca primitiva) e do proctodeum (abertura anal) A musculatura, o tecido conjuntivo e outras camadas que formam a parede do sistema digestório têm origem no mesênquima esplâncnico. A deglutição fetal é iniciada entre 10 e 12 semanas de gestação e, neste mesmo período, o intestino delgado inicia o peristaltismo e o transporte ativo de glicose, com absorção de parte considerável do fluido deglutido. Estima-se que o esvaziamento gástrico e as mudanças na composição do líquido amniótico possam implicar no mecanismo de deglutição fetal Entende-se que o esvaziamento gástrico seja impulsionado pela distensão do estômago, primariamente, e o movimento do líquido amniótico pelo trato gastrointestinal favoreceria o desenvolvimento e o crescimento do sistema tubular O volume deglutido pelo feto é pequeno no início da gestação, o que faz com que o processo de deglutição não exerça papel significativo na uniformização do volume de líquido amniótico. Todavia, após as 26 semanas, o fluido deglutido irá regular o volume de líquido amniótico. O intestino delgado e o estômago do feto apresentam menor dosagem de enzimas digestivas e de ácido clorídrico, no início da gestação. A partir das 11 semanas, pode-se identificar presença de fator intrínseco e, a partir das 16 semanas, o de pepsinogênio. O mecônio, descrito como o conteúdo do intestino do feto, surge entre o 2º-3º trimestre, e contém muitos produtos de secreção (glicerofosfolípides dos pulmões, células fetais descamadas, lanugem, cabelos e vernix caseoso, e ainda pode conter fragmentos deglutidos e não digeridos que estavam no líquido amniótico) A presença de biliverdina confere ao mecônio o aspecto verde-escuro. Há dois mecanismos principais para a liberação de mecônio. peristaltismo normal do intestino do feto maduro ao termo da gestação. Hipóxia fetal que leva ao aumento da atividade parassimpática, com consequente estímulo colinérgico do colo descendente e liberação de mecônio para a cavidade amniótica b) Fígado No início da 4ª semana, o fígado, a vesícula biliar e as vias biliares são gerados a partir da porção ventral da região inferior do intestino primitivo anterior Da 5ª à 10ª semana, há rápido aumento das proporções do fígado, que passa a ocupar considerávelespaço na cavidade abdominal. Os lobos direito e esquerdo já estão presentes a partir da 5ª semana, e os lobos caudado e quadro, respectivamente, entre a 6ª e a 7ª semanas. Com 12 semanas, o lobo esquerdo se apresenta duas vezes maior que o direito Com 36 semanas, apresenta-se apenas 10% maior Ao nascimento, ambos têm o mesmo volume. A proporção se inverte com 5 dias de vida, quando o lobo direito se torna 10% maior que o esquerdo. A quantidade de sangue oxigenado recebida pelo fígado no período intrauterino é que vai determinar o seu desenvolvimento e a sua segmentação funcional. O sangue rico em O2 da veia umbilical garante o início do suprimento sanguíneo do lobo esquerdo O abastecimento de sangue para o lobo direito vem do seio portal (muito oxigenado), e da veia porta (pouco oxigenado). Em caso de hipoxemia, o lobo esquerdo passa a consumir menos O2 que o lobo direito, Sistema Digestório As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed enquanto em condições normais a distribuição de O2 é idêntica para os dois lobos. Os sinusoides hepáticos primordiais são formados pela anastomose dos cordões hepáticos. O mesênquima origina o tecido hematopoético e as células de Kupffer do fígado. Com a progressão da idade gestacional, ocorre aumento gradativo das enzimas hepáticas. A bilirrubina livre tem pouca capacidade de ser metabolizada pelo fígado, sendo o metabolismo hepático menos eficiente em decorrência da sua imaturidade. A produção de bilirrubina é maior na idade fetal, em razão de os eritrócitos terem meia-vida mais curta, comparado ao que acontece na vida adulta. A placenta movimenta a bilirrubina do feto para a circulação materna, sendo que apenas uma pequena fração será conjugada pelo fígado e será expelida para o trato intestinal e oxidada para a biliverdina. Depois da 12ª semana de gestação, a bilirrubina não conjugada passa a ser expelida no líquido amniótico e transferida para a placenta. O fígado apresenta tamanho consideravelmente grande entre a 7ª e a 9ª semanas, em razão da hematopoiese O colesterol do feto, na maioria produzido pelo fígado, integra as membranas celulares, tem participação no desenvolvimento do SNC e é precursor dos hormônios esteroides A síntese hepática suporta a grande necessidade de LDL-colesterol pela adrenal do feto. c) Pâncreas O pâncreas do feto se desenvolve a partir do botão pancreático de células endodérmicas que surgem da porção caudal do intestino primitivo anterior, entre as camadas do mesentério ventral. Uma rede de túbulos (duetos primitivos) se forma a partir do parênquima pancreático, que tem sua origem no endoderma dos botões pancreáticos. Paralelamente, no final desses túbulos, formam-se os ácinos. As ilhotas pancreáticas se formam a partir de grupos celulares que se separam dos túbulos e se formam entre os ácinos. Grânulos contendo insulina são identificados a partir da 9ª e da 10ª semanas de gestação. A partir da 12ª semana, pode-se detectar insulina no plasma fetal, enquanto o glucagon só é detectado no plasma a partir de 15 semanas (mesmo o glucagon sendo identificado no pâncreas fetal desde a 8ª semana.) O pâncreas fetal, portanto, é capaz de responder à hiperglicemia produzindo insulina. Há variações na resposta da secreção de insulina pelo pâncreas fetal a diferentes concentrações de glicose. Ao final da gestação, tanto a secreção de insulina basal quanto a fração incitada pela glicose são reguladas pela hiperglicemia sustentada. Por outro lado, a secreção de insulina é significativamente maior na ocorrência de episódios agudos de hiperglicemia. Na hipoglicemia, ocorre redução da secreção de insulina basal e da secreção estimulada pela glicose. Em caso de grandes concentrações de aminoácidos, ocorre equilíbrio da secreção de insulina pelos mesmos. Depois das 14 semanas, tem sido identificada amilase no líquido amniótico, embora a maiorias das outras enzimas estejam presentes somente depois das 16 semanas, com as quantidades aumentando conforme a idade gestacional a) Desenvolvimento dos rins e das Vias urinárias O pronefro, o mesonefro e o metanefro, três conjuntos de órgãos excretores, são formados no período embrionário. Em 2 semanas, o pronefro involui por ser essencialmente rudimentar. O mesonefro demonstra alguma funcionalidade ao redor da 5ª semana, porém degenera-se após aproximadamente 11 semanas. O metanefro se forma a partir da interação do botão ureteral e do blastema, entre 9 e 12 semanas. O mesoderma intermediário participa no desenvolvimento dos rins e dos ureteres, ao passo que a bexiga e a uretra se desenvolvem Aparelho Urogenital As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed a partir do seio urogenital e parte da bexiga se desenvolve a partir do alantoide Depois da 14ª semana, a alça de Henle já é funcional e parte dos néfrons está formada, possibilitando o início da reabsorção tubular. Até a 36ª semana são formados novos néfrons. O feto já produz urina, porém hipotônica se comparada ao plasma fetal e com baixas concentrações de eletrólitos, pois há restrição da capacidade renal do feto em concentrá-la ou em modificar seu pH. A organogênese renal está significativamente relacionada à angiotensina II, logo, o uso de drogas inibidoras da enzima conversora da angiotensina que bloqueiam o sistema renina- angiotensina-aldosterona pode levar a anormalidades renais no feto. Os receptores AT2 apresentam considerável expressão no rim em desenvolvimento, principalmente no mesênquima indiferenciado. Com a maturação renal, há aumento da expressão de receptores ATl, que se encontram espalhados difusamente no córtex do rim e no glomérulo fetal em desenvolvimento. Tanto os receptores ATl quanto os AT2 participam do desenvolvimento dos néfrons, e os AT2 ainda estão relacionados à apoptose e à inibição do crescimento tubular. A organogênese renal recebe interferência de alguns elementos de crescimento estimulados pela angiotensina. A produção de urina e o fluxo sanguíneo renal controlam vários elementos em formação, como o SN simpático, o sistema renina- angiotensina-aldosterona, as prostaglandinas, a calicreína e o peptídeo atrial natriurético. A taxa de filtração glomerular aumenta proporcionalmente à evolução da idade gestacional. Já a diurese do feto é praticamente invariável ao fim da gestação, e sendo corrigida pelo peso do feto O eixo hipotálamo-hipófise encontra-se organizado durante o período fetal. O SNC regula a liberação dos hormônios hipotalâmicos que regulam a função hipofisária, enquanto os hormônios hipofisários atuarão sobre os órgãos-alvo através da circulação existente durante a vida intrauterina. A maturação de sistemas e órgãos vitais fetais e a regulação da homeostase fetal dependem da integridade desse eixo. Tardiamente, em conjunto com a placenta, o eixo hipotálamo-hipófise participará, indiretamente, no desencadeamento do trabalho de parto. a) Desenvolvimento da unidade hipotalâmico- hipofisária fetal O hipotálamo terá origem na parte ventral do diencéfalo, com todos os seus núcleos diferenciados e plenamente desenvolvidos após a concepção A neuro-hipófise primitiva poderá ser identificada na 5ª semana de gestação, e o trato hipofisário supraóptico estará completado com 60 dias de gravidez, formado por axônios de neurônios neurossecretores. A partir da 8ª semana, forma-se a eminência média, que será penetrada pelos plexos capilaresdo sistema porta hipotálamo-hipófise somente depois das 20 semanas. Por volta da 4ª semana, é possível a identificação da adeno-hipófise, que se origina no ramo anterior da bolsa de Rathke Na 5ª semana, sua parede posterior estará em contato com o processo infundibular, para formar a neuro-hipófise. A bolsa de Rathke se divide em dois ramos formando pela parte anterior a adeno- hipófise e pela posterior, o lobo intermediário da hipófise. A diferenciação das células basófilas é iniciada na 8ª semana e das acidófilas entre 9 e 12 semanas. Com 14 semanas, a adeno-hipófise já estará formada e, ao fim da gestação, terá seu peso aumentado O sistema porta hipotálamo-hipófise faz a conexão funcional entre o hipotálamo e a adeno-hipófise, sendo um sistema venoso capilar pelo qual a adeno-hipófise recebe os fatores secretados pelo hipotálamo. Por volta das 13 semanas, já se estabelece a vascularização da adeno--hipófise primitiva. A conexão vascular funcional entre o hipotálamo e a hipófise anterior já pode ser demonstrada a partir da 20ª semana, depois da penetração vascular da eminência média. Antes disso, porém, a hipófise pode ser controlada pela secreção hipotalâmica, pois a adeno-hipófise. se encontra-se justaposta ao hipotálamo e a simples difusão de peptídeos hipotalâmicos poderia influenciar a secreção da hipófise. Sistema Hipotálamo Hipófise As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed b) Hipotálamo Aproximadamente com 12 semanas de gestação pode-se detectar atividade hormonal do eixo hipotálamo-hipófise. O controle da expressão da pró- piomelanocortina (precursora do ACTH) e da secreção do ACTH pela hipófise é realizado, a partir de 12 semanas, pelo hormônio liberador da corticotrofina (CRH), o qual ainda regula o crescimento dos corticotrofos da hipófise e a diferenciação adrenocortical, a maturação do eixo hipotálamo-hipófise, e também atua como potente vasodilatador da circulação fetoplacentária. O determinismo do parto está intimamente relacionado ao aumento da CRH materna e fetal no final da gestação. Em embriões com 4 a 5 semanas de gestação pode-se verificar a presença do hormônio liberador da gonadotrofina (GnRH), porém, a regulação da liberação de gonadotrofinas é iniciada somente no 2º trimestre. Os neurônios que detêm as formas de GnRH relevantes ao eixo hipotálamo- hipófise são gerados, inicialmente, a partir de células progenitoras do compartimento nasal, do placoide olfatório medial que depois migrarão para o cérebro. No adulto, o sistema secretor de GnRH está disperso no prosencéfalo e no hipotálamo, O hormônio hipotalâmico estimulador da tireotrofina (TRH), detectado no embrião entre 4 e 5 semanas de gravidez, é responsável pela estimulação da síntese de hormônio estimulante da tireoide (TSH) e de prolactina. Entre 8 e 22 semanas, o hipotálamo fetal apresenta TRH em quantidades crescentes. A somatostatina é detectável no hipotálamo a partir de 11 semanas, secretada pelo hipotálamo na circulação porta para inibir a síntese de hormônio do crescimento (GH). A noradrenalina e a serotonina podem ser detectadas no hipotálamo fetal em pequena concentração, entre 10 e 24 semanas, representando a metade da que será identificada no adulto. A dopamina também pode ser encontrada no hipotálamo do feto, entre 10 e 15 semanas, em elevadas concentrações, pois trata-se de um neurotransmissor importante para a regulação da prolactina, inibindo sua liberação. c) Neuro-hipófise A arginina-vasotocina, o hormônio antidiurético (ADH) e a ocitocina são três hormônios neuro-hipofisários, muito semelhantes entre si, identificados no feto Esses hormônios têm sua síntese no corpo das células nervosas dos núcleos hipotalâmicos supraóptico e paraventricular. No adulto, há predomínio da síntese de ocitocina no núcleo paraventricular, enquanto no núcleo supraóptico predomina a síntese de ADH. Destaca-se que cada neurônio hipotalâmico tem a capacidade de produção de apenas um tipo de hormônio, estendendo seus longos axônios até a hipófise posterior e a eminência média. Os peptídeos precursores são sintetizados no retículo endoplasmático desse neurônio e transportados em grânulos pelo axônio, para serem armazenados nas terminações nervosas na hipófise posterior, onde serão liberados na vigência de despolarização neuronal. A ocitocina e o ADH têm meia-vida curta, variando entre 3 e 6 minutos, sendo rapidamente removidos da circulação. A arginina-vasotocina é encontrada no hipotálamo fetal entre 11 e 19 semanas e é, possivelmente, gerada por células ependimárias encontradas no desenvolvimento da hipófise, desaparecendo progressivamente com a evolução da gestação. A diminuição do fluxo de água do compartimento materno para o fetal na membrana amniótica parece estar relacion ada ao seu funcionamento. A arginina-vasotocina pode se tratar, ainda, de um precursor primitivo de hormônios mais especializados. O ADH é detectado na neuro-hipófise fetal a partir de 11 semanas, e até a 16ª semana registra aumento de cerca de mil vezes. Um fator desencadeante da liberação de ADH é a hipotensão fetal, cuja resposta é parcialmente mediada por barorreceptores arteriais. Considerando a resposta à hipóxia, observa-se aumento relativamente menor, A secreção fetal do ADH aparentemente é estimulada pelo trabalho de parto A ocitocina pode ser detectada na hipófise fetal a partir de 11 semanas, em concentrações crescentes ao longo da gestação As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed d) Adeno-hipófise A adeno-hipófise ou hipófise anterior registra a manifestação de 5 tipos celulares diferentes, encarregados da liberação de 6 hormônios proteicos: Tireotrofos: produtores d o TSH Lactotrofos: produtores de prolactina; Corticotrofos: produtores do ACTH Somatotrofos: produtores do GH Gonadotrofos, produtores de LH e hormônio folículo-estimulante (FSH). O ACTH é o principal hormônio controlador do crescimento adrenocortical e da sua diferenciação e esteroidogênese. Tem atuação por fatores de crescimento, como o fator de crescimento vascular endotelial e o fator de crescimento epidérmico, ou por mediadores locais, coordenando o crescimento adrenocortical e a angiogênese. Pode ser detectado no plasma do feto com 12 semanas de gestação, e atinge a sua máxima concentração com 34 semanas, com queda ao fim da gestação. As concentrações encontradas no adulto, portanto, são sempre menores que as registradas no feto. A adeno-hipófise fetal passa a liberar GH in vitro a partir da 5ª semana de gestação. A concentração máxima de GH é verificada entre 25 e 30 semanas, sem apresentar alteraçâo até o termo, e sem registrar transferência placentária de GH. Supõe-se que o hormônio lactogênico placentário elimine parte da concentração do GH no plasma matemo, uma vez que seus níveis são sempre bastante inferiores aos do feto. Na adeno-hipófise fetal, entre a 5ª e 6ª semanas, podem ser detectadas células que produzem prolactina, havendo aumento das concentrações entre 15 e 23 semanas Após esse período, o crescimento do conteúdo hipofisário dessas células torna- se mais lento e semelhante ao do recém- nascido. O LH pode ser detectado na hipófise a partir das 10 semanas A concentração de LH na hipófise aumenta rapidamente entre 10 e 27 semanas, mantendo-se constante a partir de então. Nos fetos do sexo feminino, as concentrações máximas de LH sãoencontradas entre 15 e 19 semanas, enquanto nos fetos do sexo masculino são detectadas entre 20 a 24 semanas. Pode-se detectar LH plasmático a partir das 14 semanas e sua concentração atinge níveis plasmáticos máximos na metade da gestação, decaindo sucessivamente até o termo. O FSH pode ser detectado na hipófise do feto a partir da 10ª semana e também demonstra dismorfismo sexual A concentração de FSH aumenta entre a 10 a 25 semanas, mantendo-se constante após essa fase. Pode ser detectado no plasma fetal a partir de 10 semanas, atingindo pico, nos fetos femininos, entre 20 e 29 semanas, decaindo a seguir e apresentando baixa concentração no sangue de cordão umbilical. A diferenciação sexual independe da ação do LH e do FSH, porém ambos são importantes para o desenvolvimento e a diferenciação dos testículos e ovários e também da genitália externa do feto masculino. O TSH pode ser detectado na hipófise do feto entre a 8ª e a 10ª semanas de gestação, com baixa concentração até a 18ª semana, momento em que ocorre aumento progressivo até 28 semanas. O pico no plasma fetal é atingido com 30 semanas, diminuindo até o termo A adrenal do feto apresenta tamanho relativamente maior em relação ao corpo, devido ao seu crescimento atípico e à grande atividade esteroidogênica, e possui diferenças funàonais e anatômicas em relação à do adulto. No feto, os hormônios produzidos pela adrenal ajustam a maturação dos órgãos, a homeostasia intrauterina, os sistemas relevantes para a vida extrauterina e, em algumas espécies, o momento do parto. A adrenal deve ter sua maturação adequada para que a mesma possa cumprir seu crucial papel depois do nascimento, após a separação da placenta. a) Desenvolvimento e crescimento do Córtex da adrenal: O córtex da adrenal é o produto do epitélio celômico dorsal do embrião e apresenta 5 fases de desenvolvimento: 1. Condensação do epitélio celômico (entre a 3ª e a 4ª semanas) 2. Migração e proliferação das células do epitélio celômico (da 4ª a 6ª semanas) 3. Diferenças morfológicas das células corticais em duas zonas distintas (entre a 8ª e a 10ª semanas) 4. Desaparecimento e regressão da zona fetal (nos primeiros 3 meses depois do nascimento) 5. Estabelecimento do padrão adulto ( entre 10 e 20 anos de idade). Adrenal As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed O desenvolvimento da adrenal humana é contínuo, iniciando aproximadamente na 4ª semana de gestação e se completando somente na vida adulta. O córtex da adrenal do feto facilita a entrada dos hormônios na circulação, devido a vascularização. Uma ampla rede de capilares sinusoidais na porção central da zona fetal é desenvolvida aproximadamente na 9ª semana, perdurando por todo o período intrauterino. O ACTH modula a angiogênese adrenal pela estimulação da expressão de fatores angiogênicos vasculares endoteliais específicos. A zona fetal, após fase de grande crescimento e desenvolvimento, chega a representar, ao termo, 80% do volume da glândula. Após o nascimento, sofrerá rápida regressão, desaparecendo até a 6ª semana de vida. A zona definitiva inicia sua diferenciação após o parto. No adulto, o córtex da adrenal apresenta três camadas: Zona glomerulosa Zona fasciculada Zona reticular As células da zona fetal desenvolvem-se para exercerem a função da esteroidogênese, no 1º trimestre, enquanto as da zona definitiva se mantêm imaturas. No segundo trimestre, as células da zona definitiva iniciam seu desenvolvimento, que é composta por pequena faixa de células basofílicas, com características estruturais de células em estado proliferativo. Suas camadas mais profundas formam cordões arqueados, que emitem digitações para a borda externa da zona fetal. O córtex da adrenal estará completamente desenvolvido no início do 3º trimestre A zona transicional, contem células capazes de sintetizar cortisol, a partir da 2ª metade da gravidez, que são semelhantes às células da zona fasciculada da adrenal do adulto. As zonas glomerulosa e fasciculada são constituídas, pelas zonas definitiva e transicional, ao redor da 30ª semana. No termo, o córtex da adrenal fetal é semelhante a uma forma rudimentar do córtex da adrenal adulto. O ACTH secretado pela adeno-hipófise fetal é o principal fator regulador do crescimento do córtex da adrenal Durante o 2° e o 3° trimestres, há rápido crescimento da zona fetal com elevada produção de esteroides Porém após o nascimento há involução dessa zona, apesar da exposição da glândula ao ACTH. Outros agentes estão envolvidos na regulação do crescimento e da atividade cortical adrenal, como os fatores de crescimento produzidos localmente na adrenal fetal e as substâncias geradas pela placenta. Há relação do crescimento da zona fetal com a diferenciação e hipertrofia de células que derivam da zona definitiva. Há migração centrípeta de células com conteúdo lipídico da zona definitiva para a zona fetal, sugerindo que é da zona definitiva que derivam as células da zona cortical profunda, por conter células germinativas. O microambiente extracelular é relevante na coordenação da proliferação, conforme apontam os estudos, bem como da migração e da diferenciação nas zonas da adrenal fetal. Há expressão diferenciada dos componentes da matriz extracelular em zonas específicas. A laminina, cuja expressão é encontrada na periferia da glândula, parece estimular a proliferação celular na zona definitiva, ao mesmo tempo em que a fibronectina parece promover a apoptose, uma vez que está confinada à zona fetal com abundante expressão no centro da glândula. A regulação da apoptose parece se dar pela ação de activinas ou de angiotensina II, através dos receptores AT2, que têm grande expressão na zona fetal. As activinas possuem ampla expressão, inclusive em células da adrenal, e participam ativamente na grande variedade de funções celulares, na produção de esteroides e na apoptose nas camadas centrais do córtex da adrenal. As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed O sistema simpático-adrenal fetal tem a capacidade de aumentar a frequência cardíaca do feto, em condições de estresse intrauterino, por meio da liberação de grandes quantidades de adrenalina e noradrenalina. Os hormônios tireoidianos apresentam papel fundamental no crescimento e desenvolvimento de órgãos e tecidos nos períodos fetal e neonatal, e a maturação da função tireoidiana acontece durante toda a gestação até depois do nascimento. O TSH representa um importante papel na estimulação do crescimento da tireoide e da produção hormonal. a) Desenvolvimento da tireoide A glândula tireoide provém de invaginações e proliferações do endoderma da cavidade bucofaríngea primitiva E formada pela contribuição de três esboços primordiais: um ímpar, mediano, original do endoderma ventral mediano da cavidade bucofaríngea primitiva, e outros laterais e pareados, formados de prolongamentos caudais dos arcos branquiais. O esboço principal ou primordial mediano surge entre o segundo e o terceiro arcos branquiais, a partir do primeiro divertículo a ser formado pela glandular da faringe (16 a 17 dias após a concepção). Este divertículo origina o parênquima funcional tireoidiano, que produz triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), que se tom a bilobado, pelo gradual desenvolvimento. Depois de conseguir manter uma proliferação celular significativa, a conexão com a faringe termina por voltado 38º ao 40° dia e é chamada dueto tireoglosso. A tireoide se posiciona na região cervical anterior baixa entre o 45° e o 50° dias de gestação. Os lobos laterais da tireoide primitiva incorporam as porções laterais provenientes do corpo do último arco branquial para formar as células C ou parafoliculares produtoras de calcitonina. A glândula tem posição e forma definitivas ao fim da 7ª semana, pesando 1 a 2 mg. b) Função tireoidiana fetal Em torno da 10ª semana de gestação, é iniciada a síntese dos hormônios tireoidianos. O coloide já pode ser encontrado na tireoide fetal. O TSH pode ser isolado em materiais de abortamento a partir da 10ª semana, porém mantém baixa concentração sérica até a 20ª semana. O aumento dos níveis desse hormônio na hipófise e na circulação fetal, no 2º trimestre, coincide com o desenvolvimento da circulação porta hipotalâmico- hipofisária, tomando mais fácill a modulação da secreção de TSH pelo TRH. O aumento da secreção hipotalâmica de tireotrofina, mesmo com altos níveis séricos de T4 livre, resulta da imaturidade da ferramenta de feedback negativo do sistema que coordena a liberação de TSH e TRH. Uma rápida elevação da síntese dos hormônios tireoidianos é o resultado do incremento da atividade hipotalâmico- hipofisária, a partir de 20 semanas de gestação. A tiroxina (T4) e a globulina ligadora de tiroxina (TBG) são detectáveis no plasma fetal entre 8 e 10 semanas, com aumento de suas concentrações até cerca de 35 a 37 semanas, quando se estabelece um platô com concentração de T4 Com o evoluir da gestação, ocorre a maturação do fígado fetal e melhora da sua capacidade de resposta ao estímulo estrogênico, levando ao aumento progressivo da TBG. A resposta da tireoide fetal ao TSH aumenta progressivamente no 3º trimestre da gestação, de modo que os níveis de T4 livre são crescentes a partir das 18 semanas até as 37 semanas. A habilidade de alterar a captação ou o deslocamento de iodo para o interior da tireoide do feto é adquirida de acordo com as variações da oferta de iodo, após as 37 semanas, independentemente das modificações nos níveis de TSH. No 3º trimestre, acontece a maturação dos mecanismos de metabolismo periférico dos hormônios tireoidianos; sendo que o T3 Tireoide As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed fetal e o T3 reverso serão detectáveis nesse período, após serem produzidos por meio da de iodação do T4 nos tecidos periféricos. Já o T4 é produzido exclusivamente pela tireoide. As concentrações de T3 fetal aumentam progressivamente após 30 semanas O T3 reverso tem concentração elevada durante todo o 3º trimestre, com redução ao termo por consequência do aumento do cortisol. Alterações significativas na função e no metabolismo da tireoide acontecem imediatamente após o nascimento, quando ocorre uma liberação aguda de TSH em razão da diferença de temperatura entre o ambiente intrauterino e o externo, atingindo um pico nos primeiros 30 minutos e diminuindo nas primeiras 24 horas. Em relação aos níveis séricos de T3 e T4, ocorre aumento progressivo com pico entre 24 a 36 horas de vida. c) Tireoide e desenvolvimento neurológico fetal Os hormônios tireoidianos são muito importantes para o crescimento e desenvolvimento do SNC do feto durante toda a vida intrauterina, além do período neonatal. O desenvolvimento do SN do feto se divide em três fases, que acontecem sob a influência dos hormônios tireoidianos. 1. Fase I Período que antecede a síntese de hormônios tireoidianos pelo feto, acontece nas primeiras 10 a 12 semanas de gestação. Nesse período o feto, exposto aos hormônios tireoidianos maternos, apresenta desenvolvimento de seu SNC, com neurogênese cerebral e migração neuronal significativas, porém não se sabe o real papel dos hormônios tireoidianos nesse processo. 2. Fase II Se inicia com cerca de 12 semanas e vai até o nascimento e é marcada pela ativação da tireoide fetal, com síntese e liberação de hormônios. Nesse período, em que o desenvolvimento cerebral necessita de concentrações normais de hormônios provindos tanto da produção fetal quando da oferta materna, ocorrem a maturação e diferenciação neuronal fetal, crescimento axonal, desenvolvimento das sinapses, ontogênese dendrítica, neurogênese cerebelar, gliogênese e mielinização. 3. Fase III Se processa durante o primeiro ano de vida, na qual o encéfalo depende da produção de hormônios tireoidianos. Níveis normais de hormônios tireoidianos são necessários para a continuidade da mielinização e da gliogênese iniciadas na fase II. O período compreendido entre o nascimento e os 2 anos de vida é crítico para o desenvolvimento neurológico e tem participação essenà al dos hormônios tireoidianos. A oferta de hormônios tireoidianos é um dos eventos biológicos relevantes controlados pelo concepto para assegurar o desenvolvimento do córtex cerebral.
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