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Resumo Placenta e Anexos Embrionários - GT - ana_dinizmed

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· A placenta é o órgão que realiza a troca de nutrientes e gases entre os compartimentos materno e fetal. Formação da Placenta
Placenta e Anexos Embrionários
· Ao iniciar a 9ª semana de desenvolvimento, a demanda do feto por fatores nutricionais aumenta, fazendo com que ocorram grandes mudanças na placenta. 
· A primeira delas é uma elevação na área superficial entre os componentes materno e fetal para facilitar a troca. 
· A disposição das membranas fetais também se altera conforme aumenta a produção de líquido amniótico. 
· Enquanto os cordões trofoblásticos dos blastocistos estão se ligando ao útero, capilares sanguíneos crescem nos cordões do sistema vascular do novo embrião em formação.
· O componente fetal da placenta deriva do trofoblasto e do mesoderma extraembrionário (a placa coriônica), e o componente materno, do endométrio. 
· No começo do 2º mês, o trofoblasto se caracteriza por um grande número de vilosidades secundárias e terciárias, que dão à placenta uma aparência radial
· Os troncos vilosos (ou vilosidades de ancoragem) se estendem do mesoderma da placa coriônica até a concha trofoblástica. 
· A superfície da vilosidade é formada pelo sinciciotrofoblasto, situado sobre uma camada de células citotrofoblásticas que, recobrem um eixo de mesoderma vascularizado 
· O sistema capilar que está se desenvolvendo no centro dos troncos vilosos logo entra em contato com os capilares da placa coriônica e com o pedúnculo embrionário, dando origem ao sistema vascular extraembrionário. 
· O sangue materno é fornecido à placenta por artérias espiraladas no útero. 
· A abertura desses vasos para liberar sangue nos espaços intervilosos 
· Estas, liberadas das extremidades das vilosidades de ancoragem que invadem as porções terminais das artérias espiraladas, onde substituem as células endoteliais maternas nas paredes dos vasos, criando vasos híbridos que contêm células maternas e fetais. 
· Para completar esse processo, as células citotrofoblásticas sofrem uma transição epitélio endotelial. 
· A invasão das artérias espirais por células citotrofoblásticas transforma esses vasos de diâmetro pequeno e de alta resistência em vasos de grande diâmetro e de baixa resistência, que podem fornecer quantidade maior de sangue materno para os espaços intervilosos
· Durante os meses que se seguem, várias pequenas extensões crescem dos troncos vilosos existentes, e se estendem como vilosidades livres para os espaços lacunares ou intervilosos circunjacentes.
· Inicialmente, essas novas vilosidades livres recém-formadas são primitivas, mas no início do 4º mês, as células citotrofoblásticas e células do tecido conjuntivo desaparecem. 
· O sinciciotrofoblasto e a parede endotelial dos vasos sanguíneos são as únicas camadas que separam as circulações materna e fetal
· Frequentemente, o sincício se torna muito fino, e fragmentos grandes contendo vários núcleos podem separar-se e cair nos espaços intervilosos de sangue. 
· Esses fragmentos, conhecidos como nós sinciciais, entram na circulação materna e normalmente degeneram sem causar problemas. 
· O desaparecimento das células citotrofoblásticas progride das vilosidades menores para as maiores, e, embora sempre persistam nas vilosidades grandes, elas não participam das trocas entre as circulações materna e fetal.
· Em torno de 21 dias após a fertilização, o sangue também começa a ser bombeado pelo coração do embrião humano. 
· Simultaneamente, sinusoides sanguíneos, supridos de sangue materno, desenvolvem-se em torno das partes externas dos cordões trofoblásticos. 
· As células trofoblásticas enviam cada vez mais projeções, que se tornam vilosidades placentárias nas quais capilares fetais crescem. 
· Assim, as vilosidades, carregando sangue fetal, são rodeadas por sinusoides que contêm sangue materno.
· O sangue fetal flui pelas duas artérias umbilicais, depois para os capilares das vilosidades e, finalmente, volta pela única veia umbilical para o feto. 
· Ao mesmo tempo, o sangue materno flui de suas artérias uterinas para os grandes sinusoides maternos que circundam as vilosidades e, em seguida, volta para as veias uterinas da mãe. 
· Nutrientes e outras substâncias atravessam essa membrana placentária basicamente por difusão. 
· A principal função da placenta é proporcionar difusão de nutrientes e oxigênio do sangue materno para o sangue do feto e difusão de produtos de excreção do feto de volta para a mãe. 
· Nos primeiros meses de gravidez, a membrana placentária ainda é espessa porque não se desenvolveu completamente por isso, sua permeabilidade é baixa. 
· Além disso, a área superficial é pequena porque a placenta ainda não cresceu significativamente, logo, a condutância total por difusão é mínima 
· Mais tarde na gravidez, a permeabilidade aumenta devido ao afinamento das camadas de difusão da membrana e porque a área superficial se expande em muitas vezes, representando grande elevação na difusão placentária
· Raramente, ocorrem “rupturas” na membrana placentária, o que permite que as células fetais passem para a mãe, ou até menos comumente que as células maternas passem para o feto.Difusão de Oxigênio
· O oxigênio, dissolvido no sangue dos grandes sinusoides maternos, passa para o sangue fetal por difusão simples, conduzido pelo gradiente de pressão do oxigênio do sangue materno para o sangue fetal. 
· Perto do fim da gravidez, a média de pressão parcial de oxigênio (PO2) do sangue materno nos sinusoides placentários fica maior do que a fetal 
· Existem três razões por que essa PO2, mesmo baixa, seja ainda capaz de permitir que o sangue fetal transporte quase tanto oxigênio para os tecidos fetais quanto é transportado pelo sangue materno para seus tecidos. 
a) Fator 1
· A hemoglobina do feto é basicamente hemoglobina fetal, tipo de hemoglobina sintetizada no feto antes do nascimento. 
· A curva da hemoglobina fetal se desvia para a esquerda em relação à curva da hemoglobina materna. 
· Isso significa que, com os níveis de PO2 mais baixos no sangue fetal, a hemoglobina fetal aumenta sua adesão ao oxigênio do que a hemoglobina materna.
b) Fator 2
· A concentração de hemoglobina do sangue fetal é 50% maior que a da mãe. 
c) Fator 3
· O efeito Bohr, proporciona outro mecanismo de intensificação do transporte de oxigênio pelo sangue fetal. 
· A hemoglobina consegue carregar mais oxigênio com um nível de PCO2 baixo do que consegue com um nível de PCO2 alto. Permeabilidade Placentária
· O sangue fetal que entra na placenta carrega grande quantidade de dióxido de carbono, mas grande parte desse dióxido de carbono difunde-se do sangue fetal para o sangue materno. 
· A perda de dióxido de carbono torna o sangue fetal mais alcalino, enquanto maior quantidade de dióxido de carbono no sangue materno o torna mais ácido. 
· Essas mudanças fazem a capacidade de sangue fetal de se combinar com oxigênio aumentar e a de sangue materno diminuir
· Assim, o desvio Bohr opera em uma direção no sangue materno e em outra direção no sangue fetal. 
· Por meio desses três mecanismos, o feto é capaz de receber mais do que a quantidade de oxigênio adequada através da membrana placentária, a despeito do fato de o sangue fetal que deixa a placenta ter PO2 de apenas 30 mmHg. Secreção de Estrogênios pela Placenta
· O dióxido de carbono é formado continuamente nos tecidos do feto, e o único meio de excretar esse dióxido de carbono fetal é através da placenta para o sangue materno. 
· A PCO2 do sangue fetal é maior que a do sangue materno. 
· Esse pequeno gradiente pressórico do dióxido de carbono pela membrana é suficiente para permitir a difusão adequada do dióxido de carbono
· A solubilidade extrema do dióxido de carbono na membrana placentária permite que ele se difunda cerca de mais rápido que o oxigênio. 
· Outros substratos metabólicos necessários ao feto se difundem no sangue fetal da mesma maneira que o oxigênio. Difusão de Nutrientes
· Nos últimos estágios da gravidez, o feto usa mais glicose que todo o corpo da mãe. 
· Para fornecer esse alto nível de glicose, as célulastrofoblásticas que revestem as vilosidades placentárias proporcionam difusão facilitada de glicose através da membrana placentária
· Devido à alta solubilidade dos ácidos graxos nas membranas celulares, eles também se difundem do sangue materno para o sangue fetal, porém mais lentamente do que a glicose
· Substâncias como corpos cetônicos e íons potássio, sódio e cloreto se difundem com facilidade do sangue materno para o sangue fetal. Excreção de Resíduos
· Assim como o dióxido de carbono se difunde do sangue fetal para o sangue materno, outros produtos excretores formados no feto também se difundem e são excretados em conjunto com os produtos excretores da mãe. 
· Eles incluem os produtos nitrogenados não proteicos, como ureia, ácido úrico e creatinina. 
· O nível de ureia no sangue fetal é apenas ligeiramente maior que o do sangue materno porque a ureia se difunde através da membrana placentária com grande facilidade. 
· Entretanto, a creatinina, que não se difunde tão facilmente, tem concentração no sangue fetal consideravelmente maior que no sangue materno. Secreção de Progesterona pela Placenta
· Portanto, a excreção do feto depende, principalmente, se não de forma total, dos gradientes de difusão pela membrana placentária e sua permeabilidade.Difusão de Dióxido de Carbono
· Como há concentrações mais elevadas de produtos excretores no sangue fetal do que no sangue materno, ocorre difusão contínua dessas substâncias do sangue fetal para o materno. 
· A placenta, assim como o corpo lúteo, secreta tanto estrogênios quanto progesterona. 
· Esses dois hormônios, como a maioria dos hormônios placentários, são secretados pelas células sinciciais trofoblásticas da placenta. 
· Perto do final da gestação, a produção diária de estrogênios placentários aumenta comparado com o nível de produção materna normal. 
· Entretanto, a secreção de estrogênios pela placenta é bem diferente da secreção pelos ovários. 
· Os estrogênios secretados pela placenta não são sintetizados de novo a partir de substratos básicos na placenta. 
· Eles são formados quase inteiramente dos compostos esteroides androgênicos, desidroepiandrosterona e 16- hidroxidesidroepiandrosterona, formados nas glândulas adrenais da mãe e nas glândulas adrenais do feto. 
· Esses fracos androgênios são transportados pelo sangue para a placenta e convertidos pelas células trofoblásticas em estradiol, estrona e estriol.
· Os córtices das glândulas adrenais do feto são extremamente grandes, e cerca de 80% consistem na chamada zona fetal, cuja função primária é secretar desidroepiandrosterona durante a gravidezFunção do Estrogênio
· Os estrogênios exercem basicamente função proliferativa na maioria dos órgãos reprodutores e anexos da mulher. 
· Durante a gravidez, as quantidades extremas de estrogênios causam aumento do útero, crescimento da estrutura dos ductos da mama, e aumento da genitália externa feminina da mãe. 
· Os estrogênios também relaxam os ligamentos pélvicos da mãe, assim as articulações sacrilíacas ficam relativamente maleáveis, e a sínfise pubiana, elástica. 
· Essas mudanças facilitam a passagem do feto pelo canal de parto. 
· Existem razões para acreditarmos que os estrogênios também afetam muitos aspectos gerais do desenvolvimento fetal durante a gravidez, como, por exemplo, a intensidade da reprodução celular no embrião inicial. 
· A progesterona é também essencial para uma gravidez bem-sucedida
· Além de ser secretada em quantidade moderada pelo corpo lúteo no início da gravidez, é secretada posteriormente em quantidades enormes pela placenta
· Os efeitos especiais da progesterona, essenciais à progressão normal da gravidez, são:
· A progesterona faz com que células deciduais se desenvolvam no endométrio uterino (essas células têm papel importante na nutrição do embrião inicial)
· A progesterona diminui a contratilidade do útero grávido, evitando que contrações uterinas causem aborto espontâneo.
· A progesterona contribui para o desenvolvimento do concepto mesmo antes da implantação, pois especificamente aumenta as secreções das trompas uterinas e do útero, proporcionando material nutritivo apropriado para o desenvolvimento da mórula e do blastocisto. 
· Existem razões para acreditarmos que a progesterona afeta a clivagem celular no embrião em desenvolvimento inicial.
· A progesterona, secretada durante a gravidez, ajuda o estrogênio a preparar as mamas da mãe para a lactaçãoSomatomamotropina Coriônica Humana
· A somatomamotropina coriônica humana é um hormônio proteico que começa a ser secretada pela placenta em torno da quinta semana de gestação. 
· A secreção desse hormônio aumenta progressivamente durante todo o restante da gravidez, em proporção direta ao peso da placenta. 
· Embora as funções da somatomamotropina coriônica sejam incertas, ela é secretada em quantidade muitas vezes maior do que todos os outros hormônios da gravidez combinados.
· Efeitos
· Quando administrada a diversos tipos de animais, causa desenvolvimento parcial das mamas animais e, em alguns casos, causa lactação (tentativas de seu uso para promover a lactação em humanos não foram bem-sucedidas.)
· Esse hormônio tem fracas ações, semelhantes às do hormônio do crescimento, causando a formação de tecidos proteicos, da mesma maneira como faz o hormônio do crescimento (mas é preciso mais somatomamotropina coriônica humana do que hormônio do crescimento)
· A somatomamotropina coriônica humana diminui a sensibilidade à insulina e a utilização de glicose pela mãe, disponibilizando, assim, quantidades maiores de glicose ao feto (como a glicose é o principal substrato usado pelo feto para fornecer energia, sua disponibilidade é importante)
· O hormônio promove a liberação de ácidos graxos livres das reservas de gordura da mãe, proporcionando uma fonte alternativa de energia para o metabolismo materno durante a gravidez. 
· Portanto, a somatomamotropina coriônica humana é um hormônio metabólico geral, com implicações nutricionais específicas tanto para a mãe quanto para o feto.
As imagens utilizadas são para fins educativos, sem intenção de infringir direitos autorais. @ana_dinizmed

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