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Alfabetização e Letramento Unidade II

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Prévia do material em texto

Profa. Ma. Eliana Delchiaro
UNIDADE II
Alfabetização e Letramento
 “As habilidades de consciência fonológica não asseguram, automática e mecanicamente, 
uma compreensão de como funciona o alfabeto e um domínio de suas convenções letra-
som. Noutras palavras, e esse é um ponto sobre o qual insistimos [...] a consciência 
fonológica não parece constituir condição suficiente (ou um remédio miraculoso) para uma 
criança dominar nosso sistema alfabético.” (MORAIS, 2022, p. 35)
Abertura 
Fonte: 
https://grupoautentica.com.br/img/fotos
_autores/m/20220927170151.jpg
Objetivos:
 Planejar, coordenar e desenvolver situações didáticas que contribuam para a reflexão sobre 
as regularidades do nosso sistema de escrita.
 Possibilitar a articulação entre o uso social da escrita e a situação didática proposta no 
planejamento das aulas.
 Conhecer as interfaces entre a BNCC e Alfabetização e Letramento
 Entender o conceito de Consciência Fonológica e articular práticas didáticas. 
Blocos da Unidade II:
1. Uma costura entre a BNCC e a Alfabetização e Letramento. 
2. Consciência Fonológica. 
3. Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica. 
4. BNCC e Alfabetização e Letramento.
Objetivos da disciplina e Organização da Unidade II
 “Os fios da vida caminham de um lado para outro, avesso e direito, produzindo uma trama. 
Bordar e sonhar. Às vezes, o fio corre leve e solto, outras ele embola, mas ao tomá-lo em 
minhas mãos sou autor da história.” (Eliana Chiavone Delchiaro, 2023)
Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
 Pontos principais da trama: alfabetização e letramento.
 Pensar a alfabetização como ação de tecer os fios em uma trama, e imaginar a experiência 
artesanal de cada um em cada etapa, que compreende o processo de ensinar e aprender a 
língua materna. 
 O fio simbolizando a vida, o desejo de aprender, a força simbólica do que representa entrar 
para a cultura letrada. 
 Há muitas combinações com os diversos fios para se chegar à tessitura final: estudantes, 
professor/a, famílias, métodos, escola, sala de aula, livros, dificuldades enfrentadas, história 
de cada um, e agora a BNCC se junta a esses fatores, apontando o que ensinar.
Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
Fonte: https://pixabay.com/images/id-28941/
 Memorização não conduz crianças e adultos a se alfabetizarem. 
 As concepções de alfabetização são construções históricas e que vêm se modificando em 
vista de muitas pesquisas realizadas nas últimas décadas e também defendemos as 
orientações que integram a alfabetização e o letramento. 
 Alfabetizar significa compreender a tecnologia da escrita e as relações entre fonemas e 
grafemas, uma vez que o sistema é notacional e, para tanto, é preciso refletir sobre
esse sistema. 
 Letramento significa saber usar a língua escrita em práticas sociais. 
 Alfabetizar, num contexto de letramento, exige do professor 
um trabalho intencional, explícito e sistemático, que conduz 
crianças, jovens e adultos a estabelecerem as relações entre 
os sons da língua e suas representações com materiais reais, 
como literatura, propagandas, poemas ou qualquer outro 
material do interesse desses envolvidos. 
 Alfabetização em contexto de letramento contribui para o 
desenvolvimento da capacidade leitora e escritora.
Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
 Segundo Soares (2016), deve-se alfabetizar com método, ou seja, orientar as crianças por 
meio de procedimentos fundamentados em teorias e princípios que estimulem operações 
cognitivas e linguísticas progressivamente até chegar a uma leitura e escrita bem-sucedidas.
 O desejo da escrita pelo aprendiz também precisa estar associado ao seu uso social, criando 
um sentido para esse fazer por meio de práticas de leitura e produções de textos em 
contextos reais. 
 Alfabetização e letramento, conforme fundamenta Magda Soares (1998), são conceitos 
distintos e interdependentes que fazem parte do processo de aprendizagem com 
propriedades que são aprendidas e vinculadas a diferentes suportes textuais que se 
relacionam aos interesses, necessidades e valores dos estudantes.
Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
Fonte: Tonucci (1997, p. 155).
 Com 5 anos ele demonstrava grande interesse pelos textos escritos e dedicava um tempo 
significativo da sua rotina diária à tentativa de decifrá-los. Era habitual brincadeiras de faz de 
conta, nas quais imitava a leitura de livros ou a escrita de bilhetes, cartas e poemas.
 Desde os 6 meses, Gustavo frequentava uma instituição de educação infantil cujo trabalho 
pedagógico enfatizava a formação das crianças como pequenos usuários da linguagem 
escrita. Neste contexto educativo, a escrita era empregada como mediadora das relações 
entre adultos e crianças.
 Numa das rodas de conversa, em situação de aprendizagem, 
um colega levou uma reportagem sobre uma cobra que havia 
engolido um dentista, na região amazônica. Depois da leitura 
feita pela professora, seguiu-se um debate animado sobre
a matéria.
A história de Gustavo faz parte da trama que estamos construindo 
 Em seguida, a professora provocou uma discussão oral. Depois, solicitou que alguns alunos 
recontassem oralmente a reportagem. Durante o reconto, a professora ia interpelando
as crianças.
 Por fim, como tarefa para casa, solicitou que os alunos ditassem para uma pessoa que 
soubesse ler e escrever a reportagem discutida na roda e que deveriam fazê-lo como se 
fossem jornalistas, respeitarem o estilo do texto a ser escrito.
 Em casa, Gustavo cumpriu a tarefa exatamente como lhe 
indicara a professora. Ditou para sua mãe e, enquanto o fazia, 
de tempos em tempos, pedia para que ela relesse o que havia 
escrito, indicando a troca de palavras, corrigindo expressões, 
alterando a ordem das informações, sempre buscando uma 
adequação em relação à norma culta e ao tipo de texto.
A história de Gustavo faz parte da trama que estamos construindo 
Resultado do texto de Gustavo 
A cobra que engoliu o dentista
Um dia quatro pescadores acamparam e foram pescar.
Quando resolveram voltar ao acampamento, reuniram três.
De manhã, resolveram procurar o amigo pela beira do Rio
Araguaia e acharam a primeira pista: pedaços de roupa do
dentista. Pensaram que era sequestro ou um assalto e que
ele ainda estava vivo. Viram também o mato amassado.
O mais inteligente pescador pensou que era uma cobra e a
das mais perigosas do Brasil, portanto, uma sucuri.
Pensou que a cobra sucuri tinha mais de 10 metros e
meio. Resolveram voltar ao acampamento.
Quando amanheceu, foram procurar o amigo. Logo depois
que já tinham procurado muito, acharam uma cobra de
mais de 15 metros e meio. Um pedaço da barriga da cobra
estava muito grande. Pensaram que era o corpo do
dentista. Usando um revólver e pedaços de pau, atiraram
na cabeça da cobra. Carregaram até o caminhão, levando-
a até a cidade, colocando-a no veterinário que abriu a
barriga da cobra achando o dentista.
E esta não foi uma história feliz! Acabou.
Este texto foi ditado pelo Gustavo, em 1989. A Atividade consistia em ditar para
um aluno o que a criança lembrava da reportagem lida pela professora, na sala de aula.
(MACIEL et al., 2009, p. 32)
 A postura do professor enquanto modelo de leitor. 
 Confiança na competência do estudante.
 Articulação com a participação da família.
 Envolvimento com a comunidade local.
 Alguns procedimentos de escrita ajudam as crianças a perceberem características da escrita. 
 Exemplo: ao ler uma história, evidenciar a direção da escrita, colocando o dedo ao longo das 
linhas para chamar a atenção das palavras do texto, ou ainda relacionar um texto à sua 
figura ou comparar palavras em duas listas identificando as semelhantes.
O que aprendemos com a história de Gustavo
 Explorar diferentes gêneros textuais.
 Atenção ao apartheid educacional, mas o que isso significa? 
 O docente deve buscar uma alfabetização com várias metodologias, entendendotodas as 
facetas desse processo.
 Vale lembrar que um dos objetivos do Ensino Fundamental 
ter sido ampliado para nove anos foi permitir o acesso das 
crianças com seis anos de idade, uma vez que muitas vezes 
elas não têm acesso à Educação Infantil, que ainda não é 
realidade em todo o país, apesar de ser obrigatória para 
crianças de 4 e 5 anos.
Papel do professor diante da Alfabetização e do Letramento
Uma prática pedagógica que seja relevante para assegurar o processo de letramento deve:
a) Trabalhar somente com o livro didático, já que este traz leituras pertinentes à faixa
etária trabalhada.
b) Estar focado apenas na leitura escolhida pelo professor, já que este é o detentor do saber.
c) Proporcionar à criança o contato com diversos portadores textuais, como livros literários, 
revistas, jogos, jornais, internet e textos variados.
d) Apresentar textos pequenos, que identifiquem símbolos, palavras e letras.
e) Apresentar textos curtos, com palavras simples e que não causem conflito para a criança.
Interatividade
Uma prática pedagógica que seja relevante para assegurar o processo de letramento deve:
a) Trabalhar somente com o livro didático, já que este traz leituras pertinentes à faixa
etária trabalhada.
b) Estar focado apenas na leitura escolhida pelo professor, já que este é o detentor do saber.
c) Proporcionar à criança o contato com diversos portadores textuais, como livros literários, 
revistas, jogos, jornais, internet e textos variados.
d) Apresentar textos pequenos, que identifiquem símbolos, palavras e letras.
e) Apresentar textos curtos, com palavras simples e que não causem conflito para a criança.
Resposta
Em sua infância, você brincou de parlendas ou trava-línguas? Quem se lembra
dessas brincadeiras?
Consciência Fonológica
Fonte: Adaptado de: São Paulo (2014, p. 16). 
Fonte: Adaptado de: 
Diadema (s.d., p. 12)
LÁ EM CIMA DO PIANO
TEM UM COPO DE VENENO,
QUEM BEBEU, MORREU,
O CULPADO NÃO FUI EU.
O MACACO FOI À FEIRA,
NÃO SABIA O QUE COMPRAR,
COMPROU UMA CADEIRA
PRA COMADRE SE SENTAR.
A COMADRE SE SENTOU,
A CADEIRA ESBORRACHOU,
COITADA DA COMADRE,
FOI PARAR NO CORREDOR.
 Consciência Fonológica refere-se a um conjunto de habilidades para refletir sobre os 
segmentos sonoros das palavras.
 Quando a criança ou um indivíduo está exercendo uma atividade metacognitiva, pode-se 
dizer que conscientemente está analisando e pensando em algo enquanto objeto de 
conhecimento. No caso, quando o fazem associando à linguagem oral ou à escrita, dizemos 
que é uma atividade metalinguística.
 “Tal reflexão consciente sobre a linguagem pode envolver 
palavras, partes das palavras, sentenças, características e 
finalidades dos textos, bem como as intenções dos que estão 
se comunicando oralmente ou por escrito. Quando reflete 
sobre os segmentos das palavras, a pessoa está pondo em 
ação a consciência fonológica.” (BRASIL, 2013, p. 21)
Consciência Fonológica
 A consciência lexical, ou consciência da palavra, se refere à consciência que a criança 
adquire quando compreende que a palavra é composta por uma cadeia sonora de sons.
No entanto, há um caminho a percorrer entre o significado da palavra e o significante
(realismo nominal). 
 A consciência silábica possibilita a segmentação da palavra em sílabas e, segundo Ferreiro 
(2014), introduz a criança no período de fonetização da escrita. Nessa fase, a criança faz 
uma série de recortes orais, tratando de buscar a letra mais adequada para cada parte da 
palavra. O passo seguinte da fonetização é a escrita silábica: a criança recorta oralmente as 
palavras em sílabas e compreende que a escrita representa os sons das palavras, 
representados por letras. Assim, a criança começa a escrever silabicamente.
 A consciência fonêmica: período em que a criança identifica 
fonemas nas sílabas e os representa por letras. Antes, a 
criança passa por etapas progressivas da escrita como um 
sistema de representação dos sons da fala. Na consciência 
fonêmica, a criança torna-se capaz de relacionar fonemas e 
letras e de escrever foneticamente, além de acrescentar 
algumas regras e irregularidades ortográficas básicas.
A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo
de desenvolvimento
Realismo nominal: 
 “Algumas crianças que já usam algumas letras percebem que não se pode escrever as 
palavras do mesmo jeito, e a partir disso interpretam que a escrita deve ter as características 
físicas ou funcionais dos objetos. Por exemplo, para a palavra formiga ela vai usar poucas 
letras pelo fato de ser pequena e, para a palavra boi, muitas letras porque é um animal muito 
grande” (MORAIS, 2012, p. 56).
A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo
de desenvolvimento
Fonte: Adaptado de acervo próprio 
com imagens disponíveis em: a) 
https://www.flaticon.com/br/icone-
gratis/formiga_355679?related_id=
355679&origin=search; b) 
https://www.flaticon.com/br/sticker-
gratis/touro_5345589?term=touro&
page=1&position=2&origin=search
&related_id=5345589
 Segundo Soares (2016), a complexidade linguística pode ser compreendida pela dimensão 
do segmento da fala a que se dirija a atenção à palavra, às rimas e aliterações, às sílabas e 
aos elementos intrassilábicos, os fonemas. 
 Soares (2016) esclarece que o termo Consciência Fonológica é usado para representar 
todos esses níveis e, muito frequentemente, se limita a um termo e a um só nível, para 
representar a consciência fonêmica. Quando o interesse está voltado para a alfabetização, é 
importante sabermos diferenciar cada um desses níveis porque eles contribuem de forma 
diferenciada em diversas etapas do desenvolvimento. 
 Quanto ao grau de “consciência”, os níveis também se diferenciam pelo segmento da fala. 
 Os estudos revelam que há um continuum que vai se 
estendendo desde algo mais genérico, que envolve os 
segmentos fonológicos maiores, até se chegar a segmentos 
fonológicos menores, indo da consciência da palavra à 
consciência do fonema.
Consciência Fonológica
A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo
de desenvolvimento
A palavra é uma 
cadeia de sons; 
segmentos sonoros 
de palavras que 
podem ser iguais –
aliterações/rimas.
Consciência
lexical
A palavra pode
ser segmentada
em sílabas.
Consciência
silábica As sílabas são 
constituídas de 
pequenos sons –
os fonemas.
Consciência
fonêmica
Os estudos de Morais apresentam também as diversas habilidades metalinguísticas que foram 
identificadas como Consciência Fonológica e se diferenciam claramente quanto à:
 Unidade sonora, que se torna um objeto de reflexão, podendo ser um fonema, uma palavra 
inteira dentro da outra ou um elemento intrassilábico contendo um ou mais fonemas.
 Posição, que significa ter a percepção se a unidade sonora ocupa diferentes posições 
dentro da palavra (no início, no meio ou no final). Os estudos mostram que para as crianças 
é mais fácil identificar as palavras no início, depois no final das palavras e por último no meio.
 Operação cognitiva que são as operações que o indivíduo 
realiza ao refletir sobre as unidades sonoras (MORAIS,
2022, p. 51).
Exemplos de habilidades e atividades propostas por Morais
 Os níveis de Consciência Fonológica são necessários para a aprendizagem do Sistema de 
Escrita Alfabética (SEA), pois ajudam a criança a ter foco na sonoridade das palavras, 
dissociando-as do realismo nominal.
 Atenção: o trabalho com a Consciência Fonológica é importante, mas quando dissociado de 
situações de leitura e escrita significativas, que façam sentido, não é suficiente, porque em 
níveis iniciais, em que a criança não atingiu o princípio alfabético, ela tem ainda um caminho 
pela frente até chegar na fragmentação da palavra e sua representação da gráfica até 
chegar ao fonema.
 Morais (2012) defende a importância de se realizar um 
trabalho de notação com as crianças, uma vez que esse 
registro facilita o desenvolvimento da Consciência Fonológica 
a fim de perceberem as letras como unidades mais estáveisaté chegar às unidades abstratas (fonemas). Defende-se 
explorar as partes orais ao lado da escrita desde as etapas 
iniciais da alfabetização, uma vez que as crianças se 
beneficiam da presença da escrita enquanto refletem sobre 
seus segmentos orais.
Consciência Fonológica e o registro
 Morais (2022) faz uma observação sobre a redução da Consciência Fonológica à 
Consciência Fonêmica, uma vez que nada justifica ensinar às crianças os fonemas isolados 
ou fazê-las decorar as sílabas, pois é um esforço cognitivo desnecessário que não garante a 
aprendizagem do código linguístico. Necessita saber sobre os processos de formação
das palavras.
 Os fonemas são as unidades menores da fala, que são representadas pelas letras de uma 
língua alfabética. 
 Separar esses sons e categorizá-los de forma a explicar como as palavras são escritas é o 
que denominamos de Consciência Fonêmica. 
 Imagine-se realizando a representação fonêmica de chocolate, 
que tem 9 letras e 8 fonemas: /s^/ /o/ /c/ /o/ /l/ /a/ /t/ /i/. Você 
pode analisar sua dificuldade para pronunciar e contar os 
pedaços, segmentando-os um a um.
 Esse tipo de operação é sem sentido e artificial para
os aprendizes.
Não reduzir Consciência Fonológica à Consciência Fonêmica
 Como você pôde ver, as regras apresentadas exigem um exercício reflexivo por parte do 
aprendiz mediado pela ação intencional, planejada e acompanhada pelo(a) professor(a). Por 
esse motivo, não tem sentido realizar atividades de coordenação motora ou de discriminação 
visual ou auditiva. Precisam ser organizadas situações de aprendizagem significativas, que 
façam sentido para os estudantes, a fim de que eles pensem sobre o sistema de escrita e o 
associem aos seus conhecimentos prévios, uma vez que essa escrita não é um código e sim 
um sistema de registro, de representação, de notação.
Reflexão
Fonte: https://unsplash.com/pt-
br/fotografias/JTpFOIW8H2w
 Para atingir a base alfabética, a criança vai vivenciando etapas que estão associadas ao seu 
desenvolvimento integral e também oportunidades no seu ambiente escolar e familiar. 
 Esse processo que se inicia é para que ela esteja consciente da segmentação das palavras 
em sílabas, saiba representá-las com letras, inicialmente com quaisquer letras, mas em 
número correspondente à quantidade de sílabas da palavra, em seguida saiba usar uma 
letra (grafema) que corresponda a um dos fonemas da sílaba, até a condição de escrever 
alfabeticamente (SOARES, 2016).
 A escrita alfabética é a fase de aquisição do sistema de escrita. A partir desse ponto, há 
ainda um longo caminho para o desenvolvimento da competência leitora e escritora. 
 A criança, antes de chegar a essa fase, passa por uma 
transição em que tem como preocupação relacionar fonemas
e grafemas, e, muitas vezes, ao exercitar a escrita,
não escreve convencionalmente. 
 O trabalho com a ortografia só deve ser desenvolvido mais 
sistematicamente a partir do momento em que a criança 
chegou à hipótese alfabética.
As relações entre a Consciência Fonológica e o aprendizado da
escrita alfabética
 “A criança recém-chegada a uma hipótese alfabética ainda acredita no princípio alfabético, 
isto é, ela pensa que prevalece a lógica originalmente idealizada para o sistema, segundo a 
qual cada letra deveria equivaler a um (único) som e cada som deveria ser notado por uma 
única letra. Assim, ao colocar uma letra para cada som, tal como pronuncia as palavras, ela 
tende a pensar que seus problemas de escrita estão resolvidos. Esse engano não pode 
atingir também os professores e elaboradores de política públicas de alfabetização.
Sim, não podemos confundir ‘ter alcançado uma hipótese alfabética de escrita’ com
‘estar alfabetizado’.” (MORAIS, 2012, p. 65).
As relações entre a Consciência Fonológica e o aprendizado da
escrita alfabética
A partir dos estudos realizados e dos textos apresentados durante as aulas, analise:
De acordo com Gomes (2012), a exploração de cantigas, parlendas, trava-línguas e adivinhas 
é essencial no processo de alfabetização para desenvolver a Consciência Fonológica
Isto porque
São textos da tradição oral, de fácil memorização, presentes no universo infantil, com eles fica 
mais significativo o entendimento do SEA. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a 
segunda é uma justificativa correta da primeira. 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a 
segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a 
segunda, uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, 
uma proposição verdadeira. 
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são 
proposições falsas.
Interatividade
A partir dos estudos realizados e dos textos apresentados durante as aulas, analise:
De acordo com Gomes (2012), a exploração de cantigas, parlendas, trava-línguas e adivinhas 
é essencial no processo de alfabetização para desenvolver a Consciência Fonológica
Isto porque
São textos da tradição oral, de fácil memorização, presentes no universo infantil, com eles fica 
mais significativo o entendimento do SEA. Acerca dessas asserções, assinale a opção correta:
a) As duas asserções são proposições verdadeiras, e a 
segunda é uma justificativa correta da primeira. 
b) As duas asserções são proposições verdadeiras, mas a 
segunda não é uma justificativa correta da primeira. 
c) A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a 
segunda, uma proposição falsa. 
d) A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda, 
uma proposição verdadeira. 
e) Tanto a primeira quanto a segunda asserções são 
proposições falsas.
Resposta
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização 
e Letramentos
Fonte: Adaptado de: Brandão (2020, p. 34-41)
Fonte: Adaptado de: http://www.serdigital.com.br/gerenciador/clientes/ceel/arquivos/190.pdf
NÚMERO DE
JOGADORES
OBJETIVO
DO JOGO
MATERIAIS
4 jogadores
ou duplas
Vence o jogo quem
localizar corretamente
mais figuras, cujas
palavras rimam com os
nomes das figuras que
estão numa cartela.
 4 cartelas iguais
com 20 figuras
 20 fichas pequenas com
uma figura em cada
COMO JOGARCAÇA-RIMAS
AVIÃO - LEÃO
RATO - GATO
FACA - VACA
JARRO - CARRO
MAMADEIRA - CADEIRA
CHUPETA - BORBOLETA
DINHEIRO - BRIGADEIRO
GARRAFA - GIRAFA
OVELHA - ABELHA
RAINHA - GALINHA
DENTE - PRESENTE
PISCINA - BUZINA
VASSOURA - TESOURA
MOLA - BOLA
TIJOLO - BOLO
ANEL - PINCEL
JANELA - PANELA
MEIA - TEIA
LAÇO - PALHAÇO
LUVA - CHUVA
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização
e Letramentos
NÚMERO DE
JOGADORES
OBJETIVO
DO JOGO
MATERIAIS
2 a 4 jogadores
ou duplas
Ganha quem, ao final,
tiver mais fichas.
 1 dado de oito lados
 1 cartela com 8 figuras de
animais numeradas
 24 fichas com figuras e palavras
(para cada figura da cartela, há 3
fichas de figuras/palavras, que se
iniciam com a mesma sílaba das
figuras/palavras apresentadas
na cartela)
DADO SONORO Palavras da cartela:BALEIA
CAVALO
GATO
LAGOSTA
PAVÃO
PICA-PAU
TATU
VACA
Figuras das cartas:
BALÃO - BACIA - BATEDEIRA
CADEADO - CADEIRA - CADERNO
GAVETAS - GARRAFA - GALINHA
LÁPIS - LAÇO - LARANJA
PALHAÇO - PARAFUSO - PALITO
PICOLÉ - PIRATA - PIÃO
TALHER - TÁBUA - TAPETE
VACINA - VASSOURA - VARINHA
1 2 3 4
5 6 7 8
PALHAÇO PARAFUSO CADERNO GAVETAS
PALITO BALÃO BACIA GALINHA PICOLÉ PIRATA
GARRAFA
CADEADOBATEDEIRA CADEIRA PIÃO VACINA VASSOURA TAPETE
LARANJA TALHER TÁBUA
VARINHA LÁPIS LAÇO
JOGOS DE ALFABETIZAÇÃO
DADO SONORO
Fonte: Adaptado 
de: Brandão 
(2020, p. 42-49).
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização
e Letramentos
Fonte: Adaptado de: Brandão (2020, p. 73-82).
MAIS UMA
COMO JOGAR
NÚMERO DE
JOGADORES
OBJETIVO
DO JOGO
MATERIAIS
4 jogadores
ou duplas
Ganha quem chegar
primeiro ao final
da trilha.
 1 trilha composta de
algumas casas em que
existem figuras com
palavras correspondentes 19 fichas com figuras e
seus respectivos nomes,
faltando uma letra
 30 fichas com letras
 1 dado
 4 pinos de cores
diferentes
CASA - ASA
COLAR - COLA
CUECA - CUCA
FOCA - OCA
GALHO - GALO
LULA - LUA
LUVAS - UVAS
LUVA - LUA
MANTA - ANTA
NAVE - AVE
PERNA - PENA
PILHA - ILHA
PIPA - PIA
PONTE - POTE
POSTE - POTE
PRATO - PATO
PRATO - RATO
RÉGUA - ÉGUA
VELHA - VELA
PO TE VEL A
PI A
P ATOPE NA
GAL O
CU CA
LU A
RATO UVAS
OCA
ANTA
ILHA
AVE
ÉGUA
COLA
PO TE
LU A
ASA
K E D R B
M H N P Q
S F J S P
G R P V C
N H L R I
X L A R L JOGOS 
D
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AL
FA
VE
TI
ZA
Ç
ÃO
M
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S 
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M
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C
A
AV
E
PI
A
PO
TE
ÉG
UA
LU
A
PE
NA
C
HE
G
AD
A
JOGOS DE ALFAVETIZAÇÃO
MAIS UMA
Jogo do Barquinho
 O jogo do barquinho é um velho conhecido dos professores. Organiza-se uma roda com a 
turma, e um barquinho de papel ou mesmo de brinquedo deve circular pelos participantes. 
O comando é: “Lá vai um barquinho carregando a palavra maçã”. A criança seguinte da roda 
deve dizer “Lá vai um barquinho carregando o macaco”. 
 A orientação é buscar palavras que comecem com Ma. Sucessivamente, o barquinho vai 
passando pelas crianças, que devem falar palavras que comecem com Ma, nesse caso. 
 Aquele que errar paga “uma prenda” e o jogo continua até o(a) 
professor(a) perceber que um bom número de palavras já 
foram exploradas, quando pode então dar início a outra sílaba. 
Esse jogo tem como objetivo explorar os sons iniciais, mas 
pode sofrer alterações para sons finais.
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização
e Letramentos
 Observe na figura a seguir quantas aprendizagens o estudante precisa realizar para 
compreender o sistema de escrita alfabético.
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização
e Letramentos
que a palavra oral é uma cadeia
sonora, independentemente de seu
significado e pode ser segmentada
em pequenas unidades;
que cada uma dessas pequenas
unidades sonoras da palavra é
representada por formas visuais
específicas, as letras;
que o sistema de escrita
representa o significante das
palavras, não o significado
das palavras;
a associar significantes a
significados (ler) e a
representar significados
com significantes (escrever).Fonte: Adaptado de: Soares (2022, p. 43)
Ao se apropriar da 
escrita alfabética, 
o estudante aprende:
 Os aprendizes não chegam a todas essas aprendizagens sozinhos. A mediação pedagógica 
deve acompanhar os diferentes níveis de desenvolvimento que cada criança vivencia num 
processo que tem mão dupla, já que desenvolvimento e aprendizagem estão conectados. 
Em razão da mediação, o aprendiz vai se apropriando de informações necessárias sobre a 
escrita para reelaborar suas hipóteses e conhecimentos prévios até chegar a um novo 
conhecimento, ou seja, essas aprendizagens impulsionam o desenvolvimento. 
 Desenvolvimento e aprendizagem são interdependentes. Alfabetização e letramento são 
interdependentes. O eixo comum é o texto: texto como ponto de partida para quem inicia o 
processo e texto como ponto de chegada para quem já compreendeu o SAE. 
 A criança adquire a fala naturalmente no convívio com seus 
pares, sem necessidade de um ensino formal, já a escrita é 
uma construção social, uma invenção cultural que
exige aprendizagem.
Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização
e Letramentos
Leia a parlenda a seguir:
“Jacaré foi ao mercado
não sabia o que comprar
comprou uma cadeirinha pra comadre se sentar
A comadre se sentou
a cadeira esborrachou
Jacaré chorou, chorou.”
Entre as atividades propostas pela professora Vilma, escolha a alternativa que não seria 
adequada de se realizar com crianças que ainda não sabem ler alfabeticamente:
a) Socializar a parlenda e recitá-la com diferentes vozes.
b) Localizar e identificar as palavras que rimam. 
c) Observar palavras escritas na lousa e estimular as crianças a 
escrevê-las com letras móveis.
d) Propor momentos de leitura coletiva.
e) Deixar as crianças livres em contato com o material e não 
intervir para o entendimento do SEA.
Interatividade
Leia a parlenda a seguir:
“Jacaré foi ao mercado
não sabia o que comprar
comprou uma cadeirinha pra comadre se sentar
A comadre se sentou
a cadeira esborrachou
Jacaré chorou, chorou.”
Entre as atividades propostas pela professora Vilma, escolha a alternativa que não seria 
adequada de se realizar com crianças que ainda não sabem ler alfabeticamente:
a) Socializar a parlenda e recitá-la com diferentes vozes.
b) Localizar e identificar as palavras que rimam. 
c) Observar palavras escritas na lousa e estimular as crianças a 
escrevê-las com letras móveis.
d) Propor momentos de leitura coletiva.
e) Deixar as crianças livres em contato com o material e não 
intervir para o entendimento do SEA.
Resposta
BNCC e Alfabetização e Letramento
Fonte: Adaptado de: BNCC, 2018.
EDUCAÇÃO BÁSICA
COMPETÊNCIAS GERAIS
DA EDUCAÇÃO BÁSICA
ETAPAS
EDUCAÇÃO
INFANTIL
ENSINO
FUNDAMENTAL
ENSINO
MÉDIO
Direitos de
aprendizagem e
desenvolvimento
Campos de
experiências
Áreas do
conhecimento
Competências
específicas
de área
Componentes
curriculares
Competências
específicas de
componente
Áreas do
conhecimento
Competências
específicas
de área
Língua
Portuguesa Matemática
Anos
Iniciais
Anos
Finais
Objetivos de
aprendizagem e
desenvolvimento
HabilidadesUnidadestemáticas Objetivos deconhecimento Habilidades
Bebês
(0-1a6m)
Crianças
bem
pequenas
(1a7m-
3a11m)
Crianças
pequenas
(4a-5a11m)
 A BNCC, ao indicar competências a serem desenvolvidas, vem reforçar o direito de 
aprendizagem instituído em outros documentos legais, como a Constituição Federal, a LDB, 
as Diretrizes Curriculares e o Plano Nacional de Educação.
 Essas intenções se materializam nos currículos e expressam um conjunto de decisões que 
vão adequar a proposta da BNCC à realidade local, levando-se em consideração a 
autonomia das redes de ensino e o contato com os alunos, famílias e comunidade.
 Pretende-se, ao se desenvolver as dez competências, que 
elas venham assegurar, ao longo do processo de 
aprendizagem e desenvolvimento dos estudantes, uma 
formação integral humana que visa à construção de uma 
sociedade justa, democrática e inclusiva.
BNCC e Alfabetização e Letramento
 Base é um documento normativo oficial, o mais recente indicador curricular, que define os 
conteúdos essenciais para a Educação Básica, de modo que tenham assegurados seus 
direitos de aprendizagem e desenvolvimento.
 A Base não é um currículo; como o nome diz, ela é a base. A BNCC não determina como 
ensinar, mas o que ensinar.
 A inserção da criança aos seis anos de idade é uma ação 
propositiva que garante o direito do acesso ao domínio da 
leitura e da escrita mais cedo, atingindo um número 
significativo de crianças que não estavam na escola. Medidas 
como essa no âmbito nacional precisam ser efetivadas para 
tentarmos superar o fracasso da alfabetização.
BNCC e Alfabetização e Letramento
 Alguns autores, entre eles Liberali e Toquetão (2017), tecem uma crítica à BNCC ao 
antecipar a idade do processo de alfabetização do Ensino Fundamental. Com a pressão do 
tempo para finalizar o processo somada às avaliações externas, observa-se nas salas de 
aula do Ensino Fundamental a volta de exercícios de coordenação motora, discriminação 
visual, reconhecimento e cópia de letras e sílabas sem nenhum uso funcional da
língua escrita.
BNCC e Alfabetização e Letramento
 Pela BNCC, na primeira etapa da educação básica (Educação Infantil), de acordo com os 
eixos estruturantes da Educação Infantil (interações e brincadeiras), devem ser assegurados 
seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento para que as crianças tenham condições de 
aprender e se desenvolver.
BNCC e Alfabetização e Letramento
Fonte: Adaptado de: Brasil (2018).
Direitos de
aprendizagem
Aprender a
Conviver;
Brincar;
Participar;Explorar;
Expressar;
Conhecer-se.
O eu, o outro e o nós.
Corpo, gestos e movimentos.
Traços, sons, cores e formas.
Escuta, fala, pensamento e imaginação.
Espaços, tempos, quantidades, relações
e transformações.
Trazendo alguns exemplos:
 A criança tem o direito a conviver com outras crianças de diferentes idades e com adultos, 
num ambiente social que não é sua casa. Há regras que ela aprenderá a respeitar, além de 
vivenciar a empatia e aprender a tolerância e a inclusão. 
 Como seria assegurar o direito de aprender a brincar? Com variados brinquedos, em 
cantinhos diversificados, com brinquedos de madeira ou naturais, em ambientes externos e 
internos, em grupos ou individualmente.
 E aprender a participar? Dando voz à criança para que ela se manifeste, inclusive sobre o 
planejamento da aula, pois ser protagonista também é fazer parte, é realizar escolhas. 
 A Base propõe o direito de aprender a participar ativamente, 
até mesmo na organização do tempo didático e dos materiais 
a serem explorados, ao realizar assembleias com pequenos 
representantes de turmas.
Aprender a expressar-se pode parecer fácil. No entanto, como 
fazer com que aprendam a se expressar de forma crítica, 
dialógica, fazendo uso de diferentes linguagens?
BNCC, a Educação Infantil e Alfabetização e Letramento
 Os campos de experiências são situações e oportunidades para as crianças que ganham 
sentido para a compreensão e conhecimento de mundo. Eles estão organizados por faixa 
etária, respeitando as singularidades de cada etapa. Exemplificando, como pode ser rica a 
experiência de um bebê! Todos os dias ele tem uma experiência inaugural com o mundo, ao 
tocar a água fria ou quente, quando experimenta diferentes sabores, ao identificar sons 
externos. São experiências que trazem encantamento para quem acompanha e tem um olhar 
atento e aberto. 
 Dessa forma, as oportunidades criadas no ambiente e nas 
interações vão favorecer o desvelamento do mundo e a 
construção da subjetividade e da identidade. Os campos não 
isolados se conectam e as experiências que as crianças vivem 
sempre extrapolam os limites e os objetivos propostos pelo 
professor, pois elas têm uma forma diferente de interpretar o 
mundo.
BNCC, a Educação Infantil e Alfabetização e Letramento
 Há muito o que abordar sobre os campos de experiências, mas o foco é o campo da escuta, 
da fala, do pensamento e da imaginação. A alfabetização é um dilema na Educação Infantil.
 Na Educação Infantil é importante promover experiências nas quais as crianças possam falar 
e ouvir, ampliando sua participação na cultura oral, uma vez que a escuta de histórias nas 
rodas de conversas e nas interações com as múltiplas linguagens criam o sentimento de 
pertencimento a um coletivo e se constituem ao mesmo tempo sujeitos sociais.
 Um desafio se refere à alfabetização. Há defensores da ideia de que não se deve alfabetizar 
na educação infantil, chegando a extremos em que educadores dizem ser possível realizar o 
letramento sem letras. Não há sentido em marcar uma data para essa aproximação 
(SOARES, 2010). 
 Esse campo de tensão sobre a alfabetização na educação 
infantil se refere à sistematização da escrita, ou seja, trazer 
para essa etapa todo o processo técnico que envolve a 
alfabetização. Há experiências que podem e devem acontecer 
antes desse processo, conforme indica a Base. (BRASIL, 
2018).
BNCC e Alfabetização e Letramento
 Nos anos iniciais do Ensino Fundamental, a BNCC prevê a valorização de situações lúdicas 
de aprendizagem para a articulação com as experiências vivenciadas na educação infantil. 
Há uma transição a ser respeitada, e esse processo deve prever uma progressiva 
sistematização de experiências quanto ao desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas 
de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os 
fenômenos, de testá-los e refutá-los e de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na 
construção do conhecimento. 
A organização da BNCC se dá por áreas de conhecimento e 
componente curricular:
 Linguagens: Língua Portuguesa, Arte, Educação Física.
 Ciência da Natureza: Ciências.
 Ciências Humanas: História e Geografia.
 Matemática.
 Ensino Religioso.
BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
Segundo a BNCC (BRASIL, 2018), nesse período de alfabetização as crianças devem 
desenvolver as seguintes competências e habilidades:
 compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas
de representação);
 dominar as convenções gráficas (letra maiúscula, minúscula, cursiva e script);
 conhecer o alfabeto;
 compreender a natureza alfabética do nosso sistema de escrita;
 dominar as relações entre grafemas e fonemas;
 saber decodificar palavras e textos escritos;
 saber ler, reconhecendo globalmente as palavras.
BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
 O foco nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental é o processo de alfabetização com 
um conjunto de práticas que favoreçam a aprendizagem da leitura e da escrita. 
 Devem ser aprofundadas as experiências já iniciadas com a língua oral e escrita. No eixo da 
Oralidade aprofundam-se o conhecimento da língua oral, as características de interações 
discursivas e as estratégias de fala e escuta.
 No eixo Análise Linguística – Semiótica sistematiza-se a alfabetização, especialmente nos 
dois primeiros anos, ao se observar as regularidades e a análise do funcionamento
da língua. 
 No eixo Leitura e Escuta amplia-se o letramento por meio de 
progressiva incorporação de estratégias de leitura em textos 
de nível de complexidade crescente. 
 No Eixo Produção de Textos também há uma crescente 
complexidade na produção de textos de diferentes
gêneros textuais.
BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
Escolha a alternativa que apresenta uma informação incorreta sobre a BNCC:
a) A Base é um documento normativo oficial, o mais recente indicador curricular.
b) A Base não é um currículo; como o nome diz, ela é a base.
c) A Base não determina como ensinar, mas o que ensinar.
d) A Base determina como ensinar e o que ensinar.
e) A Base atende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
Interatividade
Escolha a alternativa que apresenta uma informação incorreta sobre a BNCC:
a) A Base é um documento normativo oficial, o mais recente indicador curricular.
b) A Base não é um currículo; como o nome diz, ela é a base.
c) A Base não determina como ensinar, mas o que ensinar.
d) A Base determina como ensinar e o que ensinar.
e) A Base atende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio.
Resposta
 BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018. 
Disponível em: https://cutt.ly/s3rK2jW. Acesso em: 6 fev. 2023.
 BRASIL. Secretaria da Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Guia de 
formação PNAIC – Unidade 3. Brasília: MEC, SEB, 2013.
 BRANDÃO, A. C. P. A. et al. Jogos de alfabetização: manual didático e 10 jogos para você 
levar para a sala de aula! Nova Escola, 2020. Disponível em: https://cutt.ly/X3epZY4. Acesso 
em: 6 fev. 2023.
 DIADEMA. Secretaria da Educação. 2º ano do fundamental. 
[s.d.]. Disponível em: http://educacao.diadema.sp.gov.br 
/educacao/attachments/article/2557/2%20%C2%BA%20ANO%
20-%2015%20a%2019.pdf. 
 FERREIRO, E. Entre a sílaba oral e a palavra escrita. In: O 
ingresso na escrita e nas culturas do escrito: seleção de textos 
e pesquisa. Trad. Rosana Malerba. São Paulo: Cortez, 2013. 
Referências
 LIBERALI, F. C.; TOQUETÃO, S. C. Narrativas digitais multimodais da formação de 
professores da educação infantil. In: GIMENES, N. A. S.; PASSARELLI, L. G. Formando 
formadores para a escola básica do século XXI. Campinas: Pontes, 2017. 
 MACIEL, F. I. P.; BAPTISTA, M. C.; MONTEIRO, S. M. (org.). A criança de 6 anos, a 
linguagem escrita e o ensino fundamental de 9 anos: orientações para o trabalho com a 
linguagem escrita em turmas de criançasde 6 anos de idade. Belo Horizonte: 
UFMG/FaE/CEALE, 2009. Disponível em: https://cutt.ly/39V4R0q. Acesso em: 2 fev. 2023. 
 MORAIS, A. G. de. Consciência Fonológica na Educação Infantil e no ciclo de alfabetização. 
Belo Horizonte: Autentica, 2022. 
 MORAIS, A. G. de. Sistema de escrita alfabética. São Paulo: 
Melhoramentos, 2012.
 SÃO PAULO (SP). Secretaria Municipal de Educação. 
Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa – 1º 
ano / Secretaria Municipal de Educação. 2. ed. rev. e atual. 
São Paulo: SME, 2014. 
Referências
 SOARES, M. Alfabetização: a (des)aprendizagem das funções da escrita. Educação em 
Revista. n. 8, p.16-23, 1989.
 TONUCCI, F. Com olhos de criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. 
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!
	Número do slide 1
	Abertura 
	Objetivos da disciplina e Organização da Unidade II
	Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
	Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
	Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
	Uma costura entre a Alfabetização e o Letramento e a BNCC
	�A história de Gustavo faz parte da trama que estamos construindo �
	�A história de Gustavo faz parte da trama que estamos construindo �
	Resultado do texto de Gustavo 
	O que aprendemos com a história de Gustavo
	Papel do professor diante da Alfabetização e do Letramento
	Interatividade
	Resposta
	Consciência Fonológica
	Consciência Fonológica
	A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo�de desenvolvimento
	A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo�de desenvolvimento
	Consciência Fonológica
	A Consciência Fonológica apresenta níveis no seu processo�de desenvolvimento
	Exemplos de habilidades e atividades propostas por Morais
	Consciência Fonológica e o registro
	Não reduzir Consciência Fonológica à Consciência Fonêmica
	Reflexão
	As relações entre a Consciência Fonológica e o aprendizado da�escrita alfabética
	As relações entre a Consciência Fonológica e o aprendizado da�escrita alfabética
	Interatividade
	Resposta
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização e Letramentos
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização�e Letramentos
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização�e Letramentos
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização�e Letramentos
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização�e Letramentos
	Jogos e práticas voltadas para a Consciência Fonológica e Alfabetização�e Letramentos
	Interatividade
	Resposta
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC, a Educação Infantil e Alfabetização e Letramento
	BNCC, a Educação Infantil e Alfabetização e Letramento
	BNCC e Alfabetização e Letramento
	BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
	BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
	BNCC, o Ensino Fundamental e a Alfabetização e Letramento
	Interatividade
	Resposta
	Referências
	Referências
	Referências
	Número do slide 53

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