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FUNDAMENTOS E LESGISLAÇÕES

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FUNDAMENTOS E LEGISLAÇÕES 
DA AUDITORIA EM SAÚDE 
 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA..............................................................................................1 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 
AUDITORIA EM SAÚDE.................................................................................... 6 
AUDITORIA EM ENFERMAGEM ...................................................................... 9 
PRINCÍPIOS DIRETRIZES E REGRAS DA AUDITORIA DO SUS NO ÂMBITO 
DO MINISTÉRIO DA SAÚDE .......................................................................... 11 
GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: O PAPEL DA 
AUDITORIA ..................................................................................................... 14 
AVALIAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE .................................................... 18 
AUDITORIA EM SAÚDE SUPLEMENTAR ..................................................... 21 
CONCLUSÃO .................................................................................................. 23 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
3 
 
 
VÍDEOS DE APOIO 
 
Visando promover mais um pouco de conhecimento sobre o assunto de 
FUNDAMENTOS E LEGISLAÇÕES DA AUDITORIA EM SAÚDE, foram 
selecionados alguns vídeos que deverão ser assistidos antes de inciar a leitura do 
conteúdo da apostila. 
 
 Vídeo 1: Auditoria em Enfermagem 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=X67bb3Dp-pU > 
Sinopse: o Canal Prepara Enfermagem por meio da professora Fernanda Coelho 
aborda acerca da auditoria em Enfermagem. 
 
 Vídeo 2: O que é Auditoria em Saúde? Introdução à Auditoria em 
Saúde 
Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=njE8ckU0lyU > 
Sinopse: o Canal Prevince Saúde aborda acerca do trabalho do auditor na área da 
saúde, seus conhecimentos necessários, quais serviços executados, entre outros 
pontos pertinentes ao assunto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
O termo auditoria deriva-se do latim audire, que significa ouvir. Inicialmente foi 
traduzido pelos ingleses como auditing, para denominar termos técnicos na revisão 
dos registros contábeis, no entanto na atualidade a coompreensão de sua definição é 
mais extensa e baseia-se no ato independente de afrontar dada circunstância com um 
fundamento predeterminado, que se representa como o contexto ideal para que se 
possa ponderar ou discutir acerca de algo ou de alguma situação. 
Segundo SÁ (1980), a auditoria nasceu antes de Cristo na Antiga Suméria, e 
em seguida, surgiu nas províncias romanas no primeiro século depois de Cristo; no 
entanto, foi no século 18 na Inglaterra, com a Revolução Industrial, que ocorreu 
considerável desenvolvimento da auditoria devido o surgimento das grandes 
empresas, das necessidades por parte dos investidores de acompanhamento do 
capital investido e da taxação do imposto de renda com base no lucro. 
RICARDINO; CARVALHO (2004) afirmam que no Brasil os usos e costumes 
de auditoria antecederam o alvará de 18 de junho 1808, que previa introdução da 
obrigatoriedade do uso dos serviços de auditoria independente na Real Fazenda 
Portuguesa, uma vez que partidas dobradas, nome dado aos registros de transações 
financeiras, já eram utilizadas por volta de 1790. Na atualidade, a auditoria em saúde 
se distribui em algumas subdivisões que variam de sua classificação à sua execução. 
Durante o extenso espaço de tempo que transpassou a auditoria, e nos 
diversos âmbitos em que vem demonstrando seu carecimento. COSTA; GUIMARÃES 
(2004) destacaram a necessidade que o perfil do auditor progredisse de forma 
gradual, permanecendo em contínua evolução. Algumas marcas são, no entanto, 
fundamentais com o início de sua realização, como por exemplo a ética, o respeito, a 
responsabilidade e o sigilo de informações. 
Devido essas razões, assim como presença de uma clientela cada vez mais 
rígida, a auditoria passou a ter m elevado nível de relevância nas repartições das 
instituições prestadoras de serviços à saúde, oferecendo uma particularidade a esse 
termo, que passa a ser auditoria em saúde, executada por profissionais qualificados 
neste setor e constantemente unida ao trabalho de outras áreas que colaboram para 
o desempenho de um processo de auditoria bastante desenvolvido. 
5 
 
 
A importância deste estudo se dá pela possibilidade de se conhecer a auditoria 
desde seu surgimento e a amplitude do campo de trabalho de um auditor e sua função 
em relação aos tipos de auditorias existentes em saúde. Ainda trata dos profissionais 
que desenvolvem esse trabalho, abordando algumas possibilidades de auditoria e 
algumas funções e papéis de profissionais na área da saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
 
AUDITORIA EM SAÚDE 
A auditoria na área da saúde, pode ser determinada como uma análise 
sistemática e formal de atividades por um profissional não-envolvido em seu 
cumprimento, com o intuito de garantir a conformidade, a qualidade e o controle em 
uma função, processo ou instituição. Na atualidade é vasta a quantidade de 
profissionais que exercem auditoria em saúde e, para que seja executada de maneira 
concreta, é necessário que os auditores internos saibam as atividades que estão 
sendo auditadas, assim como o fluxo de auditoria e custos de materiais e 
medicamentos. 
A auditoria em saúde é bastante específica, devido a necessidade um 
enfermeiro para auditar os procedimentos de enfermagem e, assim, para cada classe 
de profissionais da saúde, devido ao auditor atuar junto aos profissionais da 
assistência, visando o monitamento do quadro clínico de paciente internado, 
verificando a procedência e gerenciando o internamento, auxiliando na liberação de 
procedimentos ou materiais e medicamentos de alto custo, e também verificando a 
qualidade da assistência prestada. Médicos e enfermeiros são os profissionais que, 
em maior número, são contratados como auditores nas maiores instituições de saúde, 
como hospitais, devido a demanda dos procedimentos realizados. 
Existem algumas classificações que melhor especificam o campo de atuação 
do auditor, sendo elas: 
• Auditoria regular ou ordinária: realizada em caráter de rotina. É periódica, 
sistemática e previamente programada, com vistas à análise e verificação das 
fases específicas de uma atividade, ação ou serviço; 
• Auditoria especial ou extraordinária: realizada para atender às apurações de 
denúncias e indícios de irregularidades administrativas. É indicada para a 
verificação de uma atividade específica e deve ser autorizada por autoridade 
competente.A auditoria também pode ser classificada ainda quanto aos tipos, conforme 
RIBEIRO (2009), destaca: 
7 
 
 
• Auditoria analítica: é o conjunto de procedimentos especializados para análise 
de relatórios, processos e documentos, visando avaliar se os serviços ou 
sistemas de saúde atendem às normas e padrões previamente definidos; 
• Auditoria operativa: é a verificação de processos e documentos comparados 
aos requisitos legais/normativos que regulamentam o SUS/Operadoras de 
Saúde (OPS) e as atividades relativas à área de saúde, por meio do exame 
direto dos fatos, documentos e situações; 
• Auditoria de gestão: atividades que abrangem áreas de controle, fiscalização 
orçamentária, financeira e contábil, avaliação técnica da atenção à saúde, 
avaliação de resultados e comprovação de qualidade; 
• Auditoria contábil: avaliação sistemática de transações, procedimentos, rotinas 
e demonstrações contábeis de uma entidade versus cumprimento de metas 
previstas em planos de saúde e/ou de trabalho, apuração de resultados, 
comprovação de qualidade, para o cumprimento das atividades de controle 
financeiro, contábil e patrimonial nas instituições. 
A auditoria ainda pode ser agrupada conforme a àrea: 
• Auditoria interna ou de 1ª parte: realizada por auditores habilitados da própria 
organização auditada, tendo como função examinar os controles e avaliar a 
eficiência e eficácia da gestão, melhorando os controles operacionais e a 
gestão de recursos; 
• Auditoria externa ou de 2ª parte: realizada por auditores ou empresa 
independente contratada para analisar as atividades e resultados de uma 
determinada organização ou sistema. 
• Auditoria de 3ª parte: avaliação aplicada por uma entidade certificadora 
Quando à execução, a auditoria pode ser classificada, conforme destacado 
abaixo: 
• Auditoria prospectiva ou auditoria prévia: possui caráter preventivo, 
procurando identificar situações de alarme para impedir problemas. 
Geralmente está ligada ao setor de liberação de procedimentos ou guias das 
operadoras de Planos de saúde; 
8 
 
 
• Auditoria concorrente: acontece durante um fato ou processo, para 
acompanhar a execução das atividades e garantir a qualidade do produto. É 
realizada quando o paciente ainda se encontra hospitalizado ou em 
atendimento ambulatorial. Pode ser feita de quatro maneiras: pela avaliação 
feita pelo paciente e sua família, verificando suas percepções acerca da 
assistência prestada; pela entrevista do funcionário após a prestação do 
cuidado, levando-o à reflexão; pelo exame do paciente e confronto com as 
necessidades levantadas e pela verificação do cumprimento das atividades a 
serem realizadas pelos profissionais; 
• Auditoria retrospectiva: avalia resultados e repara as falhas. Realizada após a 
alta do paciente. Dessa forma, o paciente que deixou o internamento não é 
beneficiado após a avaliação dos dados obtidos. Entretanto, o benefício se 
reverte de forma global aos demais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
O auditor em enfermagem possui como atribuição o controle do processo 
administrativo, averiguando se os resultados da assistência estão em conformidade 
com os objetivos. Entretanto, alguns autores definem a auditoria como um método de 
caráter gerencial, tendo como função a avaliação da qualidade do cuidado, de 
processos e de custos. 
MELO; VAITSMAN (2008), destacam que o enfermeiro auditor, executa todas 
as atividades de sua competência na auditoria conforme os aspectos técnicos, 
levando em conta às legislações vigentes do Ministério da Saúde, Agência Nacional 
de Saúde Suplementar, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, às Normas de 
Auditoria de Enfermagem, ao Código de Ética de Enfermagem e Legislação do 
Conselho Federal de Enfermagem, Conselho Regional de Enfermagem, lei 
9.656/1998, Lei do Código de Defesa do Consumidor, contratos e coberturas 
contratuais, exclusões de cobertura e Tabelas contratuais, sempre sustentando os 
padrões de qualidade da instituição. 
Conforme a resolução-COFEN n° 266/2001 destacam-se algumas atividades 
privativas do enfermeiro auditor em exercício de sua função: 
• Organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria e 
emissão de parecer sobre os serviços de auditoria de enfermagem; 
• Atuar na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático de danos 
que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de 
enfermagem; 
• O enfermeiro auditor, segundo a autonomia legal conferida pela lei e decretos 
que tratam do exercício profissional de Enfermagem, para exercer sua função 
não depende da presença de outro profissional; 
• Possui o direito de visitar/entrevistar o paciente, com o objetivo de constatar 
sua satisfação com o serviço de Enfermagem prestado, bem como a qualidade 
desse serviço. Se necessário, deve acompanhar os procedimentos prestados 
no sentido de dirimir quaisquer dúvidas que possam interferir no seu relatório; 
• Tem o direito de acessar, in loco, toda a documentação necessária, sendo-lhe 
vedado retirar da instituição os prontuários ou suas cópias; pode, também, se 
10 
 
 
necessário, examinar o paciente, desde que autorizado por ele ou por seu 
representante legal; 
• Quando integrante de equipe multiprofissional, deve preservar sua autonomia, 
liberdade de trabalho, e sigilo profissional; bem como respeitar autonomia, 
liberdade de trabalho dos membros da equipe, respeitando a privacidade, e o 
sigilo profissional, salvo nos casos previstos em lei, que objetivem a garantia 
do bem estar do ser humano e a preservação da vida; 
• Quando em sua função, deve sempre respeitar os princípios profissionais, 
legais e éticos no cumprimento do seu dever. 
Como descrito na resolução acima, o trabalho do enfermeiro deve ser baseado 
na qualidade, o que torna estimável seu trabalho e direciona seus objetivos. 
Possibilitando que o enfermeiro consiga efetuar a auditoria da qualidade, levando em 
conta alguns indicadores, como por exemplo: 
 As anotações de enfermagem, que devem ser claras, precisas, legíveis e 
descritas de forma a contar todos os procedimentos realizados ao paciente, 
intercorrências e queixas; 
 O estado de saúde do paciente e o estado emocional de sua família; 
 O processo de enfermagem, rotinas e descrição dos procedimentos; 
 Protocolos, como os de troca de sonda/cateteres, diluição de 
medicamentos, preparo para exames, entre outros. 
 
 
 
 
 
11 
 
 
PRINCÍPIOS DIRETRIZES E REGRAS DA AUDITORIA DO SUS NO ÂMBITO DO 
MINISTÉRIO DA SAÚDE 
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) do SUS foi criado no ano de 1993 
através da Lei n.º 8.689 e regulamentado pelo Decreto n.º 1.651, de 1995. Este opera 
de modo descentralizado, de acordo com o que indica o mencionado Decreto, e, por 
consequência, contendo elementos em cada unidade federativa do Brasil. O Sistema 
é coordenado pelo DENASUS, órgão que integra a estrutura da Secretaria de Gestão 
Estratégica e Participativa do SUS (SGEP), do Ministério da Saúde. Ademais, o 
Sistema é retratado, na esfera federal, pelo DENASUS e pelas Seções de Auditoria, 
localizadas em cada estado da Federação. 
A atividade de auditoria, realizada no cenário das unidades de auditoria do 
Ministério da Saúde, é essencial para a melhoria da qualidade das ações e dos 
serviços no SUS. Os relatórios realizados pelas auditorias concretizam-se em 
instrumentos empregados para identificar falhas e possibilidades de aperfeiçoamento 
na gestão do SUS, contanto que desenvolvidos analisando-se princípios, métodos e 
técnicas pertinentes. Em vista disso, instituem-se em um produto considerável, um 
instrumento informativo e construtivo, de alta credibilidade pública, reconhecidamente 
indispensável na tomada de decisões dos gestores de todas as esferas do SUS. 
De acordo com a Organização Internacional das Entidades FiscalizadorasSuperiores (Intosai), a auditoria é o análise das operações, atividades e sistemas de 
determinada instituição, com objetivo de verificar se são executados ou funcionam em 
conformidade com determinados objetivos, orçamentos, regras e normas. Podendo 
ser definida também como o processo de avaliação que objetiva emitir juízos acerca 
da concordância com critérios de auditoria. 
No ponto de vista apontado pelo SNA, a auditoria é um método de qualificação 
da gestão que possui como objetivo o fortalecimento do SUS, através de 
recomendações e orientações ao auditado, com intuito de garantir o acesso e à 
qualidade da atenção à saúde ofertada a população em geral.. 
Nessa coesão, o DENASUS efetivou um meio para realizar suas auditorias, 
definindo padrões, inclusive de conduta, com normas explícitas relacionadas à 
documentação que deve corroborar todo o processo de trabalho. Nesse sentido, 
12 
 
 
compromissado em respaldar a gestão do SUS, o SNA demanda profissionais 
empenhando-se na lógica de um observatório social das questões da resolutividade 
do SUS, intencionando colaborar de fato para a estruturação do modelo de saúde 
voltado para qualidade de vida e cidadania. 
Dessa forma, as finalidades da auditoria do SUS baseiam-se em: 
• Aferir a observância dos padrões estabelecidos de qualidade, quantidade, 
custos e gastos da atenção à saúde. 
• Avaliar os elementos componentes dos processos da instituição, serviço ou 
sistema auditado, objetivando a melhoria dos procedimentos por meio da 
detecção de desvios dos padrões estabelecidos. 
• Conferir a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de saúde 
prestados à população. 
• Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que 
contribuam para o aperfeiçoamento do SUS. 
As auditorias, no âmbito do DENASUS e da Seaud, são executadas por 
equipes dirigidas pelo coordenador e assistidas por um supervisor técnico. Sendo 
iniciadas por meio de demandas que podem ser de áreas técnicas do Ministério da 
Saúde, órgãos de controle interno e externo, entre outros. A demanda é analisada e 
origina à tarefa, que é a sua descrição em termos de instruções para orientar o 
trabalho da equipe de auditoria, podendo originar novas atividades semelhantes. 
Figura 1: Fases de uma auditoria no SNA 
Fonte: CGSNA, 2017 
 
O processo de auditoria do SUS obedece à lógica representada na figura 1. Na 
fase analítica, os servidores devem idealizar seu trabalho para garantir que a auditoria 
seja realizada de maneira eficiente e eficaz. Nesta etapa, procura-se identificar e 
elaborar a atividade de auditoria, o que envolve assimilar os pontos significativos, as 
13 
 
 
normas, os controles internos vigentes equivalentes ao período a ser examinado, os 
sistemas e os processos pertinentes, buscando as potenciais fontes de evidência de 
auditoria. O produto dessa fase é o Relatório Analítico, que possui um apanhado da 
coleta de dados a respeito do objeto que será auditado 
Na fase operativa ou in loco, os auditores necessitam realizar procedimentos 
de auditoria que viabilizem evidência considerável e adequada para servir de repaldo 
ao relatório de auditoria. Representa o trabalho de campo propriamente dito, sendo 
seu produto, o Relatório Preliminar, que retrata as averiguações da equipe de auditoria 
e se presta a fundamentar notificação do auditado acerca de seu conteúdo. 
Na fase de Relatório Final, os auditores avaliama evidência da auditoria e 
extraem conclusões fundamentadas nos achados, exercendo seu julgamento 
profissional para alcançar um desfecho sobre o objeto auditado, contrapondo as suas 
averiguações com as justificativas expostas, caso existam, com o intuito de expor 
orientações aos órgãos com competência para estabelece-las. 
Durante todas as etapas da auditoria do SUS, é imprescidível que todos os 
servidores atuantes procedam conforme os princípios éticos e profissionais 
irrequerível na Administração Pública. Esta colocação, assim como assegurar a 
qualidade do trabalho efetuado, garante respeito e confiança no produto apontado. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
GESTÃO DE QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE: O PAPEL DA AUDITORIA 
A palavra qualidade pode ser definida como um valor reputado por todos, no 
entanto conceituado diferenciadamente por distintos grupos da população. A qual 
retrata uma particularidade de produtos e serviços que atendem às demandas de 
quem os utiliza. Um produto ou serviço de qualidade atende impecavelmente, de 
maneira transparente, atingível, resguardada e no tempo correto, às demandas do 
cliente. 
O controle de qualidade, concentrados aos anseios e costumes dos 
consumidores, simultaneamente em que se inquieta com a ciência dos custos, 
intenciona precipitar-se aos defeitos e reclamações possíveis através da execução 
das atitudes fundamentais e eficientes para alcançar os padrões pretendidos. Com a 
modernização da produção industrial, a apreensão com a qualidade passa a participar 
de todo o processo de produção. 
GURGEL JUNIOR; VIEIRA (2002) destacam que a qualidade como objeto de 
atenção gerencial pode ser identificada desde os primórdios da atividade 
manufatureira, cujo objetivo era evitar falhas no processo de manufatura. No início do 
século 20, com a evolução das organizações manufatureiras para indústria e a 
produção em larga escala, houve enormes mudanças nos processos de trabalho, e 
elevação da produtividade. O uso intenso de máquinas para auxiliar a produção em 
massa e a forte preocupação com a uniformidade dos produtos deram origem à 
atividade de inspeção, posteriormente organizada sob forma de departamento no 
interior das fábricas. Sua responsabilidade consistia em inspecionar o produto final e 
separar os defeituosos, para evitar que sua comercialização comprometesse o nome 
da empresa no mercado 
Os autores supracitados ainda lecionam que pode-se caracterizar este período 
como a primeira fase do movimento da qualidade e o início da atividade voltada para 
este objetivo de forma científica e sistematizada, utilizando-se para isso, medidas e 
gabaritos com modelos padrões. A administração científica introduzida por Taylor e a 
criação de postos de inspetores de fábrica consolidam esta etapa nos anos 20 do 
século passado. 
15 
 
 
O controle de qualidade do produto final é a etapa seguinte deste processo, no 
qual o caráter científico foi oferecido por W. Shewhart. A influência da Segunda Guerra 
Mundial aumentou o requisito de qualidade e confiabilidade nos armamentos e a 
carência de porção maior de produtos. Esta situação repercutiu diretamente na 
redução do tempo à disposição para a inspeção final. Na década de 40, o controle de 
qualidade estava enraizado como uma disciplina acadêmica nos cursos de 
engenharia, estabelecendo uma nova etapa do processo. 
Nos anos 50 e 60 ocorreu uam considerável evolução no gerenciamento das 
empresas, especialmente, no Japão, instigadas pela demanda de restauração da 
economia japonesa pós Segunda Grande Guerra. Nesse período, expressaram-se 
quatro constituintes fundamentais no processo de evolução da qualidade: a 
Quantificação dos Custos da Qualidade, o Controle Total da Qualidade, a Engenharia 
da Confiabilidade e o Programa de Zero Defeito. Inicia-se, assim, a Era da Garantia 
da Qualidade. 
A Quantificação dos Custos da Qualidade foi primeiramente apresentada em 
1951, por J. Juran. O qual debatia o problema dos custos da não-qualidade, 
ressaltando o quanto a instituição sofria prejuízos em consequência de falhas na 
produção, retratada pelo sobretrabalho e retrabalho, além da insatisfação dos clientes 
com os produtos de má qualidade. Já no ano de 1956, Armand Feigenbaum sugeriu 
uam definição mais desenvolvida, o Controle Total da Qualidade, baseando-se na 
condição que a qualidade do produto é escopo de todos na organização, desde a 
criação, até a chegada dos produtos às mãos dos clientes. 
A qualidade,no setor saúde, obteve um sentido característico e dissemelhante 
aos outros serviços, em razão do aspecto do método de trabalho relaizado pelos 
trabalhadores da área. A qualidade pode ser delimitada, para isto, como uma série de 
propriedades que engloba um grau de excelência profissional, uso eficiente de 
recursos, mínimo risco ao usuário, alto grau de satisfação dos mesmos, levando em 
conta ainda os valores sociais vigentes. 
TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI (2010), destacam que a implementação 
de ações e programas com objetivo de garantir a qualidade é uma necessidade na 
16 
 
 
busca de eficiência e um dever do ponto de vista ético e moral para os usuários e 
profissionais. 
Considera-se que a qualidade está fundamentada em sete pilares, sendo os 
seguintes: 
• EFICÁCIA – capacidade da arte e da ciência da Medicina produzirem 
melhorias na saúde e no bem-estar. Significa o melhor que se pode fazer 
nas condições mais favoráveis, dado o estado do paciente e mantidas 
constantes as demais circunstâncias. 
• EFETIVIDADE – melhoria na saúde, alcançada ou alcançável nas 
condições usuais da prática cotidiana. Ao definir e avaliar a qualidade, a 
efetividade pode ser mais precisamente especificada como sendo o grau 
em que o cuidado, cuja qualidade está sendo avaliada, alça-se ao nível de 
melhoria da saúde que os estudos de eficácia têm estabelecido como 
alcançáveis. 
• EFICIÊNCIA – é a medida do custo com o qual uma dada melhoria na saúde 
é alcançada. Se duas estratégias de cuidado são igualmente eficazes e 
efetivas, a mais eficiente é a de menor custo. 
• OTIMIZAÇÃO – torna-se relevante à medida que os efeitos do cuidado da 
saúde não são avaliados em forma absoluta, mas relativamente aos custos. 
Numa curva ideal, o processo de adicionar benefícios pode ser tão 
desproporcional aos custos acrescidos, que tais “adições” úteis perdem a 
razão de ser. 
• ACEITABILIDADE – sinônimo de adaptação do cuidado aos desejos, 
expectativas e valores dos pacientes e de suas famílias. Depende da 
efetividade, eficiência e otimização, além da acessibilidade do cuidado, das 
características da relação médico-paciente e das amenidades do cuidado. 
• LEGITIMIDADE – aceitabilidade do cuidado da forma em que é visto pela 
comunidade ou sociedade em geral. 
• EQUIDADE – princípio pelo qual se determina o que é justo ou razoável na 
distribuição do cuidado e de seus benefícios entre os membros de uma 
população. A eqüidade é parte daquilo que torna o cuidado aceitável para 
os indivíduos e legítimo para a sociedade. 
17 
 
 
Nos serviços de saúde, a qualidade carece ser salientada, sobretudo uma vez 
que o produto/serviço é consumido ao longo da sua produção, tornando-se distindo 
da produção de bens, no qual é inconcebível desassociar o produto com 
irregularidade, sem maiores repercussões. 
A qualidade da assistência pode ser indicada como o contentamento das 
carências dos clientes, tendo em conta que este necessitará ser o objeto central das 
técnicas na procura da qualidade, tal qual envolver-se efetivamente desse processo, 
no papel de avaliador das atitudes dos profissionais de saúde e dos resultados obtidos 
através do tratamento recebido. Ao abordar a qualidade em saúde pensando em 
Gestão da Qualidade Total, faz-se necessário avaliar a qualidade, a fim de perceber 
e julgar o serviço que está sendo oferecido pela instituição de saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18 
 
 
AVALIAÇÃO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE 
TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI (2010) lecionam que a avaliação nos 
serviços de saúde vem sendo considerada como um processo de determinação da 
extensão com a qual as metas e objetivos estão sendo alcançados e de como esse 
processo fornece subsídios para uma tomada de decisão. 
Dessa maneira algumas estratégias podem ser empregadas para garantir a 
qualidade na prestação dos serviços. Avaliar é apresentar um valor obtido por meio 
de parecer exercido através de parâmetros anteriormente precisos, e que, na área da 
saúde, é entendida como uma estratégia técnico-administrativa designada à tomada 
de decisão. A avaliação consiste em um recurso sistemático e objetivo, que procura 
examinar a eficiência por meio de objetivos predeterminados, de forma a reorientá-la 
para o alcance de privilégios. 
No âmbito do setor público, a avaliação é a indicação quantitativa e qualitativa 
dos resultados obtidos pelo SUS no que diz respeito as metas definidas nos 
programas de saúde e na conformação aos parâmetros de qualidade, resolutividade, 
eficiência e eficácia determinados pelos órgãos competentes. Dedica-se ao estudo de 
estrutura, processos e resultados das ações, serviços e sistemas de saúde, com 
intuito de averiguar sua conformação aos critérios e parâmetros de eficácia, eficiência 
e efetividade estabelecidos para o Sistema de Saúde. 
A avaliação da qualidade em saúde é construída por meio de três dimensões: 
• Estrutura: implica as características relativamente estáveis das instituições, 
como: área física, recursos humanos, materiais, financeiros e modelo 
organizacional; 
• Processo: refere-se ao conjunto de atividades desenvolvidas na produção 
em geral e no setor saúde, nas relações estabelecidas entre os profissionais 
e os clientes, desde a busca pela assistência até o diagnóstico e o 
tratamento; 
• Resultado: é a obtenção das características desejáveis dos produtos ou 
serviços, retratando os efeitos da assistência na saúde do cliente da 
população. 
19 
 
 
A qualidade pode ser avaliada, por meio de instrumentos, como por exemplo, 
padrões, indicadores e critérios, observando as fases de identificação das 
necessidades e expectativas dos usuários, o estabelecimento de padrões 
assistenciais, a sistematização para o planejamento e implementação da assistência, 
a auditoria do processo assistencial e de recursos humanos, qualificados e 
comprometidos com o desenvolvimento das ações assistenciais por meio do que foi 
determinado pela organização. 
Padrão é uma medida quantitativa, apta a indicar a qualidade aspirada, e 
critério é uma propriedade de estrutura, de processo ou resultado, capacitada a 
orientar a determinação da qualidade; indicador, conforme a Joint Commission on 
Acreditation of Healthcare Organization (JCAHO), é uma grandeza quantitativa que 
pode ser utilizada como uma direção para supervisionar a qualidade assistencial e 
gerencial de determinado serviço. 
TRONCHIN; MELLEIRO; TAKAHASHI (2010), destacam que as instituições de 
saúde podem ser avaliadas de várias maneiras para cumprir a exigências legais, as 
condições de classificação de acordo a determinado critério ou as condições de 
qualidade. No sistema de saúde brasileiro existem pelo menos quatro categorias de 
avaliação: 
• Habilitação ou Alvará: avaliação executada pela autoridade sanitária 
jurisdicional, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária ou por entidade 
delegada para esse propósito; 
• Categorização: refere-se à classificação de unidades ambulatoriais ou de 
internação, de acordo com critérios determinados, como: graus de 
complexidade, de prevenção de riscos, de especialidades médicas e de 
outros serviços; 
• Programas de autoavaliação: métodos de monitoração, como reuniões 
anatomopatológicas, discussões de casos clínicos ou revisões de 
prontuários, controle de infecção, morbidade, grau de satisfação individual 
e da família; 
• Acreditação: procedimento de avaliação dos recursos institucionais, 
periódico e reservado para o reconhecimento de padrões previamente 
20 
 
 
definidos na estrutura, no processo e no resultado, com vistas a estimular e 
manter o desenvolvimento da cultura de qualidade. 
A definição de avaliação na área da saúde, especialmente no setor público, 
ocasionalmente possui sua concepção confundida com a noção de auditoria. As duas 
representam instrumentos utilisados visando a melhoria da qualidade de gestão, no 
entandopossuem conceitos diferentes. Diferenciando, avaliação possui como intuito 
a compreensão e descrição do serviço de saúde, determinando um parecer de valor, 
como evidenciado por diversos autores. Já a auditoria, em contrapartida, tem como 
objetivo verificar a concordância de serviço conforme as normas vigentes e com o 
planejamento e modelo de gestão da instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
AUDITORIA EM SAÚDE SUPLEMENTAR 
SANTOS; BARCELLOS (2009) lecionam que a auditoria dentro da saúde 
suplementar surge em meados da década de 1990 com o objetivo de economizar na 
assistência à saúde. Anteriormente, quando o Brasil tinha índices inflacionários altos, 
os reajustes mensais de preços eram a rotineiros e os planos de saúde mantinham 
excelente relacionamento com seus prestadores de serviço (médicos, laboratórios, 
hospitais, entre outros), pois obtinham lucros de capital no mercado financeiro. A partir 
da estabilização da moeda brasileira, começaram a auditar contas médicas e 
hospitalares com caráter restritivo, baseado em autorizações de internações 
hospitalares e suas necessidades, passando pela autorização de procedimentos em 
diagnose e terapia, órteses, próteses, materiais e medicamentos especiais. 
Por meio dessa postura do mercado das operadoras de saúde e seu impacto 
negativo perant clientes, o governo federal notou precisão de interferir e regular a 
saúde suplementar. Surgiu no ano de 1998, a Agência Nacional de Saúde 
Suplementar – ANS. As organizações que integram o setor de saúde suplementar 
necessitaram se adaptar e efetivar a regulamentação determinada. Para preservar 
posição competitiva no mercado, careceram se recompor e reconstruir, ocorrendo 
uma sucessão de modificações que propiciassem sua adequação aos novos 
processos de trabalho. 
SANTOS; BARCELLOS (2009) ainda destacam que ao fornecer 
conhecimentos acerca do verdadeiro estado da organização, a auditoria tornou-se 
facilitadora dessas mudanças, deixando de ser apenas um instrumento fiscalizador 
para promover a contenção de custos. Lançando mão das atividades de auditoria 
interna, a organização consegue alcançar os seus objetivos internos de custos, 
produtividade, qualidade e satisfação dos clientes. 
KOYAMA (2006) destaca que a auditoria não deveria ter somentefoco no 
controle de custos e auditagem de despesas médicas, podendo executar um papel 
significativo de regulador entre a qualidade dos serviços prestados e seus respectivos 
custos, constituindo o fator que estabelece o equilíbrio. A participação da auditoria nas 
operações de uma operadora é imprescindível e ocorre de diversas formas. Na maior 
22 
 
 
parte delas, o auditor médico pode atuar sozinho, no entanto quando há sinergia entre 
os departamentos e a equipe de auditoria, os controles podem ser mais efetivos. 
No cenário da operadora de saúde, auditoria expressa a atuação de diversos 
profissionais, relacionada à múltipla aplicação de conhecimentos, experiências, e 
expertise de auditoria, em variados setores e departamentos operacionais da 
operadora. A formatação da operação ganha sinergia quando as informações médicas 
são partilhadas entre os setores, no entanto esta estruturação ainda intenciona 
sobretudo, o controle dos custos, à redução de sinistros, à identificação de abusos e 
fraudes, além de muitas das motivações das operadoras em realizar programas de 
medicina preventiva, gerenciamento de pacientes com doenças crônicas, e 
programas de prevenção primária, estão relacionadas com a questão mercadológica, 
a redução de custos assistenciais e a fidelização de clientes. 
É necessário destacar a necessidade de sistemas de software de apoio à 
auditoria para identificar desvios e abusos, coibir fraudes e desperdícios. Os 
profissionais podem pretender a efetuar procedimentos desnecessários ou de fácil 
execução, aos quais são remunerados por consumação. A auditoria pode também se 
constituir como um método para amparar o diagnóstico da rede prestadora, 
ponderando seus pontos fortes e fracos, possuindo como vantagens a transparência 
e a quantificação do desempenho da rede, apontando os reais problemas e servindo 
para o prestador como uma maneira de atesta resultados e o retorno do investimento 
da instituição. 
O auditor, por sua parte, possui a atribuição de aprimorar as formas de 
atendimento, providenciar os recursos de maneira técnica, conduzir a qualidade dos 
serviços ofertados e certificar a precisão na indicação de sua execução. 
 
 
 
 
23 
 
 
CONCLUSÃO 
A auditoria na área da saúde, é determinada como uma análise sistemática e 
formal de atividades por um profissional não-envolvido em seu cumprimento, 
garantindo a conformidade, a qualidade e o controle em uma função, processo ou 
instituição. O auditor em enfermagem possui como atribuição o controle do processo 
administrativo, averiguando se os resultados da assistência estão em conformidade 
com os objetivos. 
A gestão da qualidade total vem sendo admitida como modelo gerencial na 
área da saúde, requerendo das instituições um maior envolvimento em relação à 
qualidade na prestação de serviços, integrando as suas três dimensões: estrutura, 
processos e resultados. A qualidade do serviço realizado carece ser presenciada 
pelos usuários do serviço, assim como pela administração das organizações. Para 
que isto ocorra, utiliza-se a avaliação e a auditoria. 
A avaliação retrata o serviço de saúde, instituindo uma percepção de valor, 
consolidade por meio dos sete pilares de Donabedian, sendo eles a efetividade, a 
eficácia, a eficiência, a otimização, a aceitabilidade, a legitimidade e a equidade. A 
auditoria nos serviços de saúde tem se tornado contínua, especialmente no interior 
dos serviços que atuam com gestão de qualidade. 
Pode-se assegurar que a auditoria possui caráter de verificação de 
procedimentos e a validação dos controles internos usados pela instituição. A 
assistência de saúde executada e os processos praticados pela equipe de saúde n 
andamento de suas ações rotineiras, tal qual a investigação de custos operacionais e 
com material e medicamentos são atividades da auditoria que tem auxiliado muito, na 
gestão da qualidade das instituições e dos serviços de saúde. 
A auditoria no âmbito da saúde tem estendido seu exercício, devido 
desempenhar um papel de intrumento de gestão da qualidade avaliando a qualidade 
dos colaboradores, dos processos e dos resultados dos seus serviços. Assim como, 
considera o desempenho dos profissionais de saúde relacionado aos aspectos éticos, 
técnicos e administrativos, com qualidade, eficiência e eficácia das ações de 
assistência à saúde. 
24 
 
 
Em quaisquer modalidades, a auditoria se constitui como considerável 
instrumento na gestão da qualidade no meio da filosofia organizacional, servindo para 
reconhecer distorções, promover correções e procurar evolução dos serviços de 
saúde. Dese modo, possibilita aos mesmos um custo-benefício mais satisfatório no 
atendimento às demandas dos clientes, além de colaborar para a educação e 
mudança comportamental nas instituições, pretendendo a todo momento à qualidade 
em todas os estágios e atividades confeccionadas no interior da estrutura 
organizacional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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