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patologias do ouvido externo
GABRIEL S. MIRANDA – MEDICINA FTC
✦ As mais importantes que ele vai cobrar: DIFUSA, LOCALIZADA, FUNGICA, PERICONDRITE E MALIGNA! 
✦ A orelha externa, devido à sua peculiar localização, anatomia e fisiologia, está sujeita a uma ampla gama de afecções, variando desde quadros poucos sintomáticos e autolimitados até infecções agressivas, com alto índice de mortalidade. 
otite externa difusa
✦ Popularmente conhecida como “orelha do nadador” por conta da relação que existe entre o desenvolvimento dessa patologia e o banho, principalmente banho de piscina. 
✦ Comum em locais quentes e úmido – climas tropicais (ao contrário da otite média que é comum no inverno em virtude das IVAS). 
· CAUSAS 
✦ Orelhas traumatizadas: uso de cotonetes, introdução de objetos (corpo estranho) ... 
✦ Lavagens excessivas: remove a camada de cerúmen, elevando o pH, macerando a pele, acumulando restos epiteliais que associado ao ambiente quente e úmido, favorece a proliferação de patógenos e infecção. 
✦ PS: qualquer coisa que acarrete descamação epitelial e abram, desse modo, porta de entrada à inoculação de microrganismos na espessura do tegumento cutâneo do meato acústico externo, pode provocar uma otite externa difusa. 
· PATÓGENOS 
✦ Pseudomonas aeruginosa; 
✦ Proteus mirabilis; 
✦ Sthapilococcus aureus; 
✦ Estreptococos; 
✦ Bacilos Gram-negativos. 
❯❯ ATENÇÃO: você deve sempre pensar em pseudomonas quando se trata de infecção do conduto auditivo externo (CAE), independentemente de ter comprometido ou não o ouvido médio, se tem comprometimento do ouvido externo, pense em pseudomonas. A exceção é a otite externa localizada que tem como principal patógeno o S. aureus. 
· SINTOMATOLOGIA 
✦ Otalgia e dor à manipulação do pavilhão auricular (clássico daquela criança que passou o fim de semana todo tomando banho de piscina e aí a mãe chega no ambulatório relatando que foi colocar a blusa na criança e ela esperneou de dor... criança do capeta, para de tomar banho de piscina que tu não é peixe). A dor ela pode ser exacerbada pela mastigação! 
✦ Perda auditiva condutiva (por conta da secreção espessa e do edema). 
✦ Zumbido. 
✦ Otorréia (essa secreção NÃO escorre, ela é espessa com debris epitelial. Então o paciente vai relatar que passou a toalha, o cotonete e tal, e vai perceber a secreção). Essa secreção pode ser esbranquiçada, amarelada e de vez em quando a pseudomonas provoca a produção de uma secreção esverdeada. 
· SINAIS 
✦ Edema de CAE (conduto auditivo externo); 
✦ Hiperemia; 
✦ Secreção espessa com debris epitelial. 
✦ Percebemos um edema de conduto, um conduto bastante úmido. 
· TRATAMENTO
✦ Limpeza adequada – IMPORTANTE! (você pode não conseguir no primeiro momento por conta da dor, mas assim que puder, você vai ter quer fazer... essa limpeza pode ser feita usando estilete porta-algodão, pode aspirar, lavar com remédio a base de álcool que resseca – a lavagem é feita por um profissional). 
✦ Analgesia; 
✦ ATB tópico e corticoide tópico na forma de gotas ou curativos otológicos; 
✦ Corticoide oral; 
✦ ATB oral quando o edema ultrapassa os limites do CAE (já enxerga a concha edemaciada, é visível externamente). 
✦ Proteção otológica (evitar molhar o ouvido). 
· PROFILAXIA 
✦ Evitar limpeza do canal auditivo com cotonete ou qualquer outro instrumento, pois isto pode traumatizar a pele e abrir caminho à infecção; 
✦ Secar bem o ouvido, após entrada de água nele, pode meio de instilações de álcool, que possui ação desidratante. 
✦ Pessoas que mergulham muito, usar protetores auriculares.
otite externa localizada/circunscrita/furunculose
✦ Infecção do conjunto folículo piloso + glândula sebácea, localizados no 1/3 externo do CAE; 
✦ Os fatores desencadeantes são os mesmos encontrados na difusa; 
✦ Resulta da obstrução da unidade pilossebácea; 
✦ Só essa infecção do ouvido externo que a gente vai pensar em S. aureus de cara e não pseudomonas. 
· SINTOMATOLOGIA
✦ Otalgia e dor à manipulação de pavilhão auricular; essa dor ela é o sintoma dominante, sendo as vezes de intensidade e desesperante. 
✦ Perda auditiva condutiva; 
· SINAIS 
✦ Edema circunscrito de CAE (ao contrário da difusa que você tem um edema em toda circunferência do CAE, aqui você tem um edema localizado, não pega toda a região circunferencial).
✦ Hiperemia.
✦ Flutuação local (seria o “olho” do furúnculo, o pontinho purulento). 
· TRATAMENTO 
✦ Limpeza adequada; 
✦ Analgesia; 
✦ Calor local – compressas por 15 min 3-4x/dia; 
✦ ATB tópico e corticoide tópico na forma curativos otológicos (cremes); 
✦ ATB oral para TODOS os pacientes. 
✦ Se persistir: fazer incisão e drenagem do conteúdo (deve-se evitar a incisão pelo risco de difundir a infecção). 
✦ Não tem otorréia porque o conteúdo está dentro do furúnculo. Só se você comprimir e aí sai a secreção. 
otite externa necrosante/maligna
✦ Doença infecciosa que se inicia no CAE e se dissemina para o restante do osso temporal e ossos da base do crânio; 
✦ Caráter progressivo e potencialmente letal;
✦ Menor morbimortalidade atualmente em virtude dos avanços diagnósticos e terapêuticos. 
· PATÓGENOS 
✦ Pseudomonas aeruginosa; 
✦ S. aureus; 
✦ S. epidermidis; 
✦ Proteus mirabilis; 
✦ Aspergillus fumigattus;
✦ Candida albicans. 
· FISIO
✦ Se inicia como uma otite externa (OE), o microrganismo se instala na junção ósteocartilaginosa e segue para o osso temporal. Pode se propagar através das fissuras de Santorini, do forame estilomastóideo ou da sutura timpanomastóidea. 
✦ Causa osteíte, osteomielite e necrose dos tecidos moles (pode causar meningite também). 
✦ Se não diagnosticado pode envolver a base de crânio através de canais vasculares, fossa infratemporal, músculos, mastóide, parótida, articulação temporomandibular (ATM). 
✦ Pode envolver os pares cranianos: VII, IX, X, XI, XII; pode envolver o ápice petroso, acometendo os nervos V e o VI; levar a trombose do seio cavernoso, acometendo o III, IV, VI. 
· QUADRO CLÍNICO 
✦ Otalgia e otorréia em imunocomprometido que não melhora com o tratamento; 
✦ Piora da otalgia, cefaleia e dor em ATM, piora da otorreia (piosanguinolenta), hipoacusia (diminuição da audição), hiperemia e edema de pavilhão. 
✦ Raramente provocará febre e sinais de toxemia (em imunocomprometidos). 
· AO EXAME DE OTOSCOPIA 
✦ Edema de CAE; 
✦ Hiperemia; 
✦ Tecido de granulação na junção osteocartilaginosa; 
✦ Secreção; 
✦ Sinais de mastoidite, trombose do seio sigmóide, abcesso cerebral e paralisia dos nervos podem surgir. 
· DIAGNÓSTICO 
✦ História clínica do paciente; 
✦ Cultura com antibiograma; 
✦ Anatomopatológico (para diferenciar de carcinoma); 
✦ TC com contraste (verificar acometimento ósseo – osteomielite – e extensão da lesão); 
✦ RNM (para avaliar acometimento intracraniano e trombose de seios e grandes vasos); 
✦ Cintilografia com tecnécio e gálio (avaliar osteomielite – tecnécio é para diagnóstico e gálio para avaliação terapêutica). 
✦ Exames laboratoriais gerias e provas inflamatórias (VHS E PCR). 
· TRATAMENTO 
✦ Hospitalização com ATB endovenoso (nem sempre viu);
✦ Se no início da infecção, ATB oral (quase sempre); 
✦ Limpeza e retirada de tecidos desvitalizados; 
✦ Curativos; 
✦ Cirurgia a depender do caso e complicação. 
otite externa fúngica/otomicose
✦ Esse tipo de otite pode acontecer isoladamente (menos frequente) ou em associação com infecção bacteriana (mais frequente); 
✦ Umidade e temperatura elevada ajudam no crescimento do fungo; 
✦ Comum em Otite Média Crônica (OMC), uso de AASI (aparelho de amplificação sonora individual), mastóide aberta, uso prolongado de gotas, antecedente de micose em outro local, diabetes mellitus e imunodeficiência. 
✦ Fungos são isolados em 31% dos sadios, como saprófitas (organismos que vivem da absorção de substâncias orgânicas). 
· PATÓGENOS 
✦ Aspergillus
❯ Flavus (secreção amarelo-esverdeado); 
❯ Niger (secreção escura ou negra); 
❯ Fumigatus (secreção cinza-esverdeado ou cinza-azulado).
✦ Candida (albicans e parapsilosis) – secreção branca. 
· QUADRO CLÍNICO
✦ Geralmente é pobre em achados clínicos;✦ Principal sintoma é o PRURIDO! 
✦ Plenitude aural (sensação de ouvido abafado) e otorréia (essa otorreia geralmente surge quando há infecção bacteriana concomitante). 
✦ Apresentação de dor + presença de fungo = infecção bacteriana e fúngica concomitante. 
· SINAIS 
✦ Presença de fungo na CAE; 
✦ Umidade e otorréia; 
✦ Perfuração por estar presente (o fungo pode perfurar a membrana timpânica); 
✦ Nos casos associados a bactéria, sintomas são exuberantes. 
· TRATAMENTO 
✦ Limpeza adequada – muito importante! 
✦ Fungicidas tópicos; 
✦ Proteção otológica (evitar molhar o ouvido). 
MIRINGITE BOLHOSA/OTITE EXTERNA HEMORRÁGICA
✦ Otalgia importante; 
✦ Vesícula com conteúdo hemorrágico em membrana timpânica ou 1/3 interno do conduto auditivo externo; 
✦ Acontece principalmente no inverno, tendo como principais etiologias: vírus ou micoplasma pneumoniae. 
✦ Tratamento é controle da dor sistêmica e gotas anestésicas (anestesia por conta da dor mesmo); 
✦ A ruptura das bolhas alivia a dor, porém predispõe a infecção.
otite externa granulosa
✦ Infecção da porção interna do CAE; 
✦ Sintomatologia escassa (leve otorreia, plenitude – sensação de ouvido abafado – e hipoacusia); 
✦ No exame otoscopio é possível ver tecido de granulação de membrana timpânica ou CAE. 
✦ Tratamento: limpeza, cauterização química, gotas ou creme com ATB e corticoide. 
herpes zoster
✦ Vírus varicela-zoster em pessoas que já tiveram varicela (catapora) através de reativação do vírus que fica nos gânglios da raiz dorsal dos nervos da pele;
✦ Imunodeficiência ou estresse podem reativar; 
✦ Aparecem vesículas dolorosas com base inflamada em um dermátomo respeitando a linha média; 
✦ Pode ser disseminado em pacientes em quimioterapia ou com HIV. 
✦ Quadro otológico com otalgia e cefaleia, vesículas em concha e parede superior do CAE que depois rompem-se e vira uma crosta.
✦ Se acometer o fácil, com paresia ou paralisia, podendo apresentar ou não, PASN (perda auditiva neurossensorial) e tontura = Síndrome de Ramsay-Hunt. 
✦ Tratamento: cuidados locais, curativos, analgesia, corticoterapia e uso de antivirais. 
pericondrite e condrite
✦ Inflamação do pericôndrio e da cartilagem, respectivamente.
✦ Pode surgir após trauma ou infecção da pele (otite externa, celulite e piercings).
✦ Pode aparecer eritema, calor e induração (rigidez) do pavilhão, edema, pontos de flutuação (aquele “olho” de pus), febre e linfonodomegalia. 
✦ Lóbulo é geralmente poupado. 
✦ Ponto de flutuação indica separação do pericôndrio, diminuindo aporte nutricional e necrose da cartilagem, em hora, levando a deformidade. 
✦ Tratamento: ATB oral, drenagem e desbridamento. 
✦ Em caso de piora – hospitalização! 
CAUSAS QUE O PROFESSOR NÃO COBRARÁ

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