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OTITES AUTOR: PEDRO V.F. MEDRADO ANATOMIA E FISIOLOGIA - Anatomia do ouvido · Ouvido externo – pavilhão auricular e MAE · Ouvido médio – MT, ossículos (martelo, bigorna e estribo), tubos auditivos, músculos tensores do tímpano e estapédio. · Ouvido interno – cóclea e canais semicirculares - MAE – inicia do tragos e vai até a membrana timpânica · As características propiciam um ambiente adequado para o crescimento de microrganismos, tais como: calor, umidade, debris celulares e nutrientes. · Sua flora é normal é estável e não apresenta diferenças significativas quanto à sexo clima, estação ou pacientes institucionalizados. Fungos raramente são cultivados no MAE normais. - Flora típica do meato acústico externo · S. epidermidis 87% · Corynebacterium sp 81% · Bacillus sp 16% · S. aureus 12% · E. coli 8% · Streptococcus pyogenes 4% · Outras 7% - A manutenção da integridade da pele da mãe e da flora normal é a chave para prevenção da otite externa. · Uso do cotonete – quebra de barreira - Fisiologia · A porção cartilaginosa do canal auditivo é composta por glândulas sebáceas e ceruminosas e folículos pilosos. · O cerume promove proteção antimicrobiana (fungostática e bacteriostática), através da produção de uma lisozima, e proteção da superfície cutânea do MAE · O pH em torno de 6,2 a 6,9, também desencoraja o crescimento bacteriano. · O cerume é composto de secreções das glândulas sebáceas, ceruminosas e descamação da pele do MAE. · Há 2 tipos de cerume, o seco e o úmido, sendo este acastanhado e mole (“honey wax”, cera de mel), mais comum em brancos e negros; o seco “rice bran” ou “farelo de arroz” é comum na Ásia, principalmente em japoneses. · O conteúdo proteico na cera seca é maior que na úmida e há maior quantidade de IgG e lisozima · A composição do cerume é: lipídeos (46-73%), proteínas, aminoácidos livres, íons minerais e água · Sua produção é de 2,81mg/semana, sem diferença entre os sexos · A função protetora do cerume deve-se a sua característica hidrofóbica, que impede que a água que penetra no MAE fique estagnada, provocando alterações e predisponde à infecção. · Os pelos do meato formam uma barreira contra a entrada de corpos estranhos, e limpeza, mas também podem predispor à impactação de cerume. - Membrana timpânica normal – cor perolada, translúcida e é possível ver o cabo do martelo · A MT normal é translúcida, brilhante, com cor semelhante a uma pérola, é tensa e tem a forma semelhante ao cone de um alto-falante. · A parte central do cone é marcada pela extremidade inferior do cabo do martelo (o 1º dos três ossículos da orelha média) em uma região chamada de umbus (umbigo) · O mesmo cabo do martelo termina em uma estrutura saliente, redonda na parte alta da membrana timpânica, que tem o nome de Processo Lateral do Martelo. · A partir deste processo observa-se que a membrana timpânica é bem menos espessa que no restante. Essa pequena porção chama-se Pars Flácida e o restante de Pars Tensa. - Perfuração de MT · Pior situação? Desarticulação da cadeia ossicular, o paciente realmente evolui com a perda auditiva · Perda auditiva por condução – transmissão de dor (por cerume p.ex, mas pode por uma desarticulação ossicular). · Perda auditiva neurossensorial – lesão das células neurais e da orelha interna. - Orelha externa – pavilhão auricular e o meato externo · A pele de meato acústico externo pode se inflamar em decorrência da entrada de água no ouvido ou secundariamente a sua manipulação para remoção de cerúmen ou simplesmente para coçar o ouvido. · A dor é intensa e não é acompanhada de sintomas nasais (gripes, resfriados e rinites), a dor surge pelo edema. · Na grande maioria das vezes há diminuição da capacidade auditiva que surge junto com a dor, raramente há eliminação de secreções pelo MAE. OTITE MÉDIA AGUDA - É o processo inflamatório agudo do ouvido médio, desencadeado por infecções das fossas nasais, cavidades sinusais, paranasais e rinofaringe, propagadas ao ouvido médio através da tuba auditiva – Trompa de Eustáquio. - IVAS precede uma OMA - A otite média pode ser · OM Aguda – por menos de 3 meses · OM Crônica – por mais de 3 meses · OM Recorrente – 3 episódios ou mais em 6 meses, OU 4 episódios ou mais em 12 meses. - A maioria absoluta das crianças apresenta pelo menos 1 episódio de OMA na infância, com maior pico de incidência entre 6 meses e 2 anos de idade, com 2º pico de incidência entre 4 e 7 anos · Todos os picos são na infância – caída de água durante o banho - Nas crianças a inclinação da tuba de Eustáquio é de 10º em relação ao eixo horizontal e nos adultos é de 45º, além disso o comprimento da tuba nas crianças é metade da dos adultos, favorecendo o refluxo das secreções da nasofaringe. · Refluxo de leite da garganta para a tuba auditiva - Concomitante ao quadro de OMA, encontramos sinusites, amigdalites e adenoidites. - O músculo tensor do palato responsável pela abertura ativa da tuba é menos eficiente nas crianças que nos adultos. - Os indivíduos sensíveis a alérgenos respiratórios e alimentares (leite de vaca e lactose) podem apresentar inflamação crônica das VAS, alterando o clearance mucociliar e promovendo o edema mucoso nasal e de nasofaringe, predispondo a infecções. - O aleitamento materno transfere anticorpos promovendo a imunização passiva, sendo um fator de proteção - O tabagismo passivo altera os mecanismos de defesa comprometendo o clearance mucociliar e promovendo ou acentuando estados de hipersensibilidade, ou seja, um fator de risco para OMA. - Além da imunoimaturidade, as síndromes de imunodeficiência devem ser lembradas, especialmente as de IgA e de subclasses de IgG, em crianças acima de 2 anos de idade com infecções repetidas do aparelho respiratório, em especial a OMA de repetição. · Se OMA de repetição, solicitar subclasse de IgG e IgA - Os agentes que mais aparecem nas IVAS são os VSR, adenovírus, influenza A e B. · A presença desses vírus promove inflamação da mucosa, que aumenta a quantidade de produção de muco, altera a resposta imunológica e facilita a colonização por bactérias. - O que predispõe a otite média aguda? · Idade – 6 meses a 1 ano · Sexo – maior em homens · Raça – não há diferença · Predisposição familiar · Alergia e imunidade · Deformidades anatômicas · IVAS – disfunção da tuba, pressão negativa e aspiração de secreção para orelha média · Creches e berçários – crianças com menos de 2 anos de idade, tem maior predisposição para OMA. · Fumante passivo · Estação do ano – maior no inverno · Tempo e posição de amamentação – amamentar deitado · Chupetas – afundamento do palato, predispondo OMA - Microbiologia · S. pneumoniae 20-40% · Por isso usar a Amoxicilina que tem boa cobertura para pneumococo e influenzae. · Haemophilus influenzae 15-30% · Moxarella catarrhalis 10-20% · S. pyogenes e S. aureus 2-3% · S. aureus e bactérias entéricas em neonatos - Diferenciar um quadro bacteriano de um quadro viral? Clínica · Abaulamento – altamente sugestivo de OMA - Miringite Bolhosa – é uma causa viral · Tipicamente é uma inflamação da membrana timpânica (miringos), que se apresenta com uma forte dor de ouvido, geralmente a noite de forma súbita. · A dor cede espontaneamente após rompimento das bolhas acompanhada de otorragia (sangramento pelo ouvido). · Acima se observa a ruptura do epitélio escamoso, tanto no meato acústico externo como na face externa da membrana timpânica. · Adiante e atrás do cabo do martelo ainda se veem duas bolhas cheias de sangue. Diagnóstico - O diagnóstico é clínico – otalgia, febre e hipoacusia. Tratamento - Analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos - Crianças maiores de 2 anos com OMA unilateral e febre <38ºC – analgésico e conduta expectante, com retorno assegurado ao médico se há piora ou persistência da dor após 2 dias (48hrs para reavaliação) · Se você garantir que o paciente consiga retornar em 48 horas · Se em 48horas não melhora ou piora – entrar com antibiótico - Uso imediato do antibiótico: · OMA bilateral · Crianças menores de 2 anos · Presença de otorreia · Comprometimento do estadogeral · Presença de complicações · Crianças com doenças imunológicas ou respiratórias · Crianças com deformidades craniofaciais Complicações - Intratemporais – mastoidite aguda, paralisia facial e labirintite. - Intracranianas – meningite, abscesso cerebral e cerebelar, trombose venosa e hidrocefalia Prevenção - Vacina antipneumocócica em 3 doses, aos 2, 4 e 6 meses com reforço aos 15 meses OTITE MÉDIA AGUDA SUPURADA - Rompimento traumático ou espontâneo da MT pelo aumento da pressão como forma de alívio. - Evolução da OMA OTITE MÉDIA SECRETORA - É a presença de secreção do tipo serosa ou mucosa em orelha média, sem perfuração da membrana timpânica · Criança com queixa de tontura – pegou cóclea · Paciente com ouvido tapado, ou hipoacusia. A mãe chega, “olha Drª, meu filho só assiste TV no volume máximo”. - Etiologia · Disfunção tubária que causam hipoventilação e distúrbio de drenagem da orelha média (hipertrofia de adenoide, · Inflamação pós-infecciosa da orelha média · Tuba auditiva patente causando refluxo de secreção da rinofaringe para a orelha média e infecção recorrente · Barotrauma - Otoscopia – membrana timpânica opacificada, retraída, atrófica, com diminuição da espessura e nível líquido Tratamento - Se OMA diagnosticada recentemente · Informação à família sobre a doença, que é autolimitada · Conduta expectante · Controlar os fatores de risco – OMA · Confirmar o diagnóstico · Tratar rinite e rinossinusite - Se evoluir de 1 a 3 meses · Reavaliar com imitanciometria · Informar sobre a diminuição temporária da audição · Controlar os fatores de risco · Pode acontecer resolução espontânea: · Entre 4-6 semanas (50% de todos os casos e 60% após OMA) · Entre 7-12 semanas (60% todos os casos e 90% após OMA) · Considerar antibioticoterapia ou cirurgias para crianças de alto risco: · Atraso cognitivo e no desenvolvimento da fala; · Hipoacusia neurossensorial; · Retardo psicomotor. - Se evoluir de 3 a 6 meses · Avaliação audiométrica · Avaliar integridade da membrana timpânica · 10 dias de antibióticos (se não tiver usado antes) · Corticoides e analgésicos · Cirurgia se bilateral - Se mais de 6 meses · Cirurgia OTITE EXTERNA - É um termo genérico para qualquer doença que cursa com inflamação ou infecção do MAE e pavilhão auricular. - Podem ser localizadas, difusas, fúngicas, crônicas, granulosas e malignas - Fatores desencadeantes · Alta temperatura e umidade do ambiente · Estagnação de água no MAE · Ausência de cerume · pH alcalino · Lesões escarificadas · Reações alérgicas locais · Dermatites · Anatomia desfavorável Fisiopatologia - O extrato córneo absorve água do ambiente altamente saturado de umidade · A retenção de água e saturação de queratina · Edema intercelular + proliferação celular da camada basal · Inflamação na derme, obstrução dos ductos foliculares · Diminuição do fluxo de secreção para superfície · Prurido e liquenificação OEA Localizada – é a mais comum - Inflamação da pele do MAE, causada pela · Retenção de água, permanência prolongada de CE, corrimentos prurulentos crônicos das otites médias, ferimentos ou escoriações · CE normais pode ser retirado, exceto a pilha de relógio em que se retira com centro cirúrgico devido ao risco de vazamento · O S. aureus é o agente mais comum - Sintomas – exsudação serosa, dor intensa que piora com a mastigação e se irradia para a região temporal, febre e linfonodomegalia - Otoscopia – hiperemia difusa e edema inflamatório - Tratamento · Tratamento tópico com gotas otológicas, pomadas antibióticas, antifúngicas ou corticoide. · Limpeza com algodão, água oxigenada e depois com um algodão aplicação tópica de pomadas ou gotas otológicas Otite externa eczematosa - Reação de hipersensibilidade alérgica em consequência de alergia alimentar ou instilações medicamentosas - Sintomas: prurido, corrimento auricular seroso, descamação epitelial difusa, edema · Eczema crônico – pode estar relacionado a uma doença seborreica - Tratamento – mesmo da localizada, limpeza e tratamento tópico Furúnculo do meato acústico - Infecção estafilocócica no terço externo do meato acústico - A dor é o sintoma dominante - Tratamento – Penicilina benzatina/benzetacil Otite externa maligna - Doença grave de caráter infeccioso, invasivo e necrosante, que se inicia no MAE e progride para a região parotídea, mastoide, orelha média e base do crânio. - Quadro típico – paciente internado, diabético, ou muito debilitado ou imunodeprimido que evolui com a infecção da orelha externa. · Na cultura – Pseudomonas - Sintomas – prurido, supuração, otalgia e hipoacusia, podendo evoluir para paralisia facial - Diagnóstico – é clínico - Cintilografia óssea com uso do gálio 67 – área de hipercaptação em focos infecciosos agudo com áreas de osteomielite. - Tratamento · Monitorar as múltiplas alterações clínicas (controle da glicemia e função renal), desbridamento diário do MAE, até que não sejam observados nenhum tecido de granulação. · Antibioticoterapia endovenosa com espectro contra Pseudomonas sp – Ciprofloxacino tem uma boa atividade in vitro e boa penetração óssea, sendo absorvida pelo TGI, favorecendo seu uso oral na alta hospitalar. · Tempo de tratamento é de 6-9 semanas. Pericondrite do pavilhão - Infecção lenta da cartilagem, causada pela laceração, contusão ou cirurgia - Dor intensa, irradia-se para as regiões cervical e temporal - Pavilhão aumentado de volume, deformado e congesto, causa deformidades. - Cultura – gram negativos (Pseudomonas sp) - Tratamento – Ciprofloxacino e Ceftazidima além do desbridamento, drenagem de pontos flutuantes com posterior colocação de drenos, curativos compressivos, antibioticoterapia tópica e oral, com coleta de culturas para direcionar o antibiótico. Erisipela do pavilhão - É uma infecção estreptocócica secundária a otite externa aguda (Streptococcus gram positivo do grupo A) que causa um edema da pele do pavilhão (“aspecto de casca de laranja”) - Febre, calafrios e pulso rápido - Tratamento – penicilina benzatina, procaína ou cefalosporina antiestafilocócica + analgesia Otomicose - Candida albicans (branco) e Aspergillus (preto) - Dor intensa e lancinante, prurido - Massas de descamação epitelial, micélios - Tratamento · Limpeza local e aplicação de antifúngicos · O que se deve evitar fazer? Lavagem de ouvido Oto-hematoma - Etiologia traumática ou discrasias sanguíneas, coleção hemática ou serossanguinolente entre pericôndrio e cartilagem - Traumatismo do pavilhão comum nos profissionais de boxe - Oto-seroma (conteúdo liquido) e oto-hematoma (conteúdo sanguinolento) - Complicações – pericondrite - Tratamento – drenagem cirúrgica, curativo compressivo, antibioticoterapia para gram negativo Exostoses - Formações ósseas arredondadas, múltiplas, bilaterais, decorrente da prática prolongada de mergulhos em água fria (embora a maioria seja idiopática). - Assintomáticos - Tratamento – expectante (quando única), se for uma forma obliterante é necessária uma conduta cirúrgica. Psoríase - Doença genética que acomete 2% da população, em ambos os sexos. O paciente já tem um diagnóstico anterior pelo dermatologista - Pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas tem mais incidência por joelhos, cotovelos, couro cabeludo e áreas perineais - Placa rosada e em relevo, coberta por escamas aderidas e cinzentas que sangram quando raspadas · Prurido persistente - Tratamento – exposição à radiação UVA, corticoides e curativos Alterações geriátricas - Atrofia das glândulas ceruminosas, ressecamento do epitélio, alterando o ciclo de descamação da epiderme Estenoses adquiridas - Doença rara que surge sem causa aparente ou secundário ao trauma, inflamação crônica, estenose térmica, estenose pós-operatória. Tuberculose - É uma causa rara, mas é uma doença que resulta em lesões granulomatosas crônicas ou ulcerativas - Diagnóstico – análise do granuloma, teste de Mantoux positivo e bacilo no escarro - Tratamento sistêmico com isoniazida Leishmaniose - É uma doença infecciosa, com período de incubação de 10 dias a 3 meses - Cerca de 60-70% das lesões primárias ocorremna face · Pavilhão auricular tem espessamento e cicatrizes com mudanças destrutivas granulomatosas na hélix, anti-hélix e lobo. Herpes zoster - A propagação do vírus pelos nervos dorsais e gânglios, através das fibras nervosas da pele, produz grupo de vesículas dolorosas - A erupção é unilateral, pode estar disseminada em pacientes imunossuprimidos pelo uso de drogas anticâncer ou em caso de linfomas (D. de Hodgkin) - Pode estar combinado com distúrbio da audição e equilíbrio (Síndrome de Ramsey-Hunt) - É autolimitada - Tratamento – analgésicos, corticoides e aciclovir Corpos estranhos – é mais comum em crianças, em adultos os CE podem ter miíase, mosca, insetos em geral. · Corpo estranho vivo – usa o óleo mineral para imobilização do inseto e cessar a dor, tornando a remoção mais fácil. · Pilha de relógio – é uma urgência, deve ser retirada em centro cirúrgico sob anestesia. Rolha epidérmica – é formado pela descamação epitelial, que pode ser removida delicadamente Rolha ceruminosa – pode ser usado o Cerumin para retirada dessa rolha ceruminosa, usado 3-4 dias, derrete e depois é feito a lavagem de ouvido. OTITE MÉDIA CRÔNICA - São alterações irreversíveis da orelha média - É definida pelos aspectos · Clínico – condição inflamatória associa à perfurações amplas e persistente da membrana timpânica associada a otorreia · Temporal – processo inflamatório da orelha média maior que 3 meses · Histopatológico – processo inflamatório da orelha média associada a alterações teciduais irreversíveis - É classificada em · Específicas – tuberculosa, actinomicosa, luética e etc · Não específicas – colesteatomatosa e não colesteatomatosa - A grande maioria das perfurações timpânicas traumáticas fecham espontaneamente. CASOS CLÍNICOS 1) HD: OE EF: Hiperemia e edema TTO: 2) HD: OMA EF: Hiperemia, abaulamento de MT TTO: Tratamento sistêmico 3) HD: Otite crônica HF: Efusão, perfuração da MT TTO: 4) HD: OMA Supurada HF: Hiperemia, edema e secreção TTO: 5) HD: OME HF: Hiperemia da MT TTO:
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