Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Organizações Não Governamentais de Alcance Transnacional Prof.ª Fernando Luz Brancoli Descrição O papel das Organizações Não Governamentais (ONGs) em distintos cenários nacionais e internacionais, os objetivos e a história da constituição das ONGs, assim como as diferentes perspectivas teóricas e epistemológicas para o comportamento de Organizações Internacionais e suas principais áreas de atuação. Propósito A compreensão sobre o comportamento dos atores transnacionais, principalmente Organizações Não Governamentais, é central para o estudante de Relações Internacionais e áreas correlatas. A reflexão crítica sobre como os diferentes tipos de Organização foram criados, por quais atores e por meio de que ferramentas é essencial para uma consideração sofisticada da arquitetura global. 1 - Relevância da atuação dos atores na sociedade internacional contemporânea Ao final deste módulo, você será capaz de identificar o uso do termo Organização Não Governamental e suas principais áreas de atuação. 2 - Mecanismos característicos das Organizações Não Governamentais (ONGs) de alcance transnacional Ao final deste módulo, você será capaz de descrever estratégias e desenhos institucionais das ONGs transnacionais. 3 - Desafios contemporâneos: escravidão, meio ambiente e desigualdade Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer áreas de atuação mais atuais das ONGs transnacionais. Considerações finais Apresentamos a complexa e importante atuação das ONGs na Sociedade Internacional, assim como sua influência crescente. Os Estados coexistem com atores transnacionais, e qualquer pesquisa sofisticada de temas internacionais precisa levar em consideração o papel destas organizações na compreensão da governança global contemporânea. Essas abordagens mais amplas são úteis porque nos alertam não só para a importância crescente desses atores não estatais, mas também para a maneira como as crenças e a identidade informam o comportamento do sistema global. Nesse sentido, é relevante ter em mente que as ONGs podem moldar a política internacional pela produção de regras e normas que, por sua vez, moldam os comportamentos internacionais. As ONGs têm ajudado a definir entendimentos de conduta adequada em áreas-chaves, como alternativas aos modelos de desenvolvimento econômico e social liderados pelo Estado; proteção de direitos fundamentais, garantia de salvaguarda de elementos ambientais, além de tipos de armamentos e condutas em conflitos armados. Obviamente, não afirmamos que as ONGs são mais importantes do que os governos e outros atores não estatais, como as multinacionais. Como apontamos, elas não podem produzir normas internacionais ou cumprir a lei diretamente. E, de maneira geral, não possuem os recursos financeiros equivalentes aos das grandes corporações globais. Mas a política internacional pode ser transformada mudando-se os entendimentos básicos de como o sistema internacional opera e o que os atores fazem dentro dele. Ainda assim, dada a crescente importância de atuação da ONGs, os Estados e outros atores globais precisam aprender não apenas a enfrentar, mas também a desenvolver parcerias eficazes com esse setor. headset Podcast Ouça agora um podcast que recorda os pontos mais importantes do conteúdo. Explore + Para aprofundar seu conhecimento neste conteúdo, recomendamos que assista aos seguintes documentários e filmes: · Sergio (2020), baseado no livro O homem que queria salvar o mundo, de Samantha Power, relata a biografia de Sergio Vieira de Mello, interpretado pelo ator Wagner Moura, diplomata brasileiro das Nações Unidas que morreu em Bagdá, em 2003, durante um bombardeio à sede da ONU local. Direção: Greg Barker. · The Corporation (2003) analisa os poderes das grandes corporações no mundo atual, a exploração da mão de obra barata no Terceiro Mundo e a devastação do meio ambiente. Direção: Jennifer Abbott, Mark Achbar. · Poverty, Inc. (2014) desenha as perspectivas do lado oculto de se fazer o bem e segue o efeito dos esforços mais bem intencionados da complexa indústria da pobreza, do marketing multimilionário das ONGs, das agências multilaterais e dos empreiteiros de assistência para fins lucrativos. Direção: Michael Matheson Miller. Leia também estes livros: · Terceiro Setor: um estudo comparado entre Brasil e Estados Unidos, de Simone de Castro Coelho (Editora Senac). · Direitos Humanos, política externa brasileira e ONGs: a democratização da agenda, de Daniela da Costa Silva (Editora Appris). Referências ARMSTRONG, D.; BELLO, V.; GILSON, J.; SPINI, D. (Eds.). Civil society and international governance: the role of non-state actors in global and regional regulatory frameworks. UK: Routledge, 2010. CARR, E. H. The twenty years’ crisis, 1919–1939: an introduction to the study of international relations. London: Macmillan, 1939. DAVIES, T. R. A ‘great experiment’ of the League of Nations Era: International Nongovernmental Organizations, Global Governance, and Democracy Beyond the State. Global Governance. (s.d.) DEMARS, W. E.; DIJKZEUL, D. Constituting NGOs. Routledge handbook of NGOs and international relations. 2019, p. 75-89. DORSEY, E. The Global Women’s Movement: articulating a new vision of global governance. In: The Politics of global governance: international organizations in an interdependent world. Boulder: Lynne Rienner, 1997. FRIESENDORF, C. Pathologies of security governance: efforts against human trafficking in Europe. Security dialogue, 38(3), p. 379-402, 2007. HEINS, V. M. The NGO challenge for international relations theory. UK : Routledge, 2016. HUTCHINSON, J. F. Disasters and the international order: earthquakes, humanitarians, and the Ciraolo Project. The International History Review 22 (1), p. 1-36, 2000. JARRAR, A. The Palestinian NGO sector: development perspectives. Palestine-Israel Journal of Politics, Economics and Culture, v. 12, n. 1, p. 43, 2005. JASANOFF, S. A new climate for society. Theory, culture & society, v. 27, n. 2-3, p. 233-253, 2010. KALDOR, M. Global civil society: an answer to war. Cambridge: Polity Press, 2003. KECK, M. Stated funded NGOs in civil wars: the US case. Contemporary Politics, 17(4), p. 411-427, 2011. KIM, Y.; NUNNENKAMP, P. Does it pay for US‐based NGOs to go to war? Empirical evidence for Afghanistan and Iraq. Development and Change, 46(3), p. 387-414, 2015. KOCH, D.-J. Aid from international NGOs: Blind Spots on the Aid Allocation Map. Abingdon, UK: Routledge, 2009. LAKE, M. Strong NGOs and weak states: Pursuing Gender Justice in the Democratic Republic of Congo and South Africa. Cambridge: Cambridge University Press, 2018. MALLICK, D.; NABIN, M. H. Cost effectiveness or serving the poor? Factors determining program placement of NGOs in Bangladesh. Economic modelling, 69, p. 281-290, 2018. MARTIN, J. Can magic bullets hurt you? NGOs and governance in a globalised social welfare world: a case study of Tajikistan. Discussion paper 92. Australian National University, Graduate Program in Public Policy, 2002. MCNALLY, D. Blood and money: war, slavery, finance, and empire. Haymarket Books, 2020. MORROW, D. The society of free states. New York: Harper and Brothers, 1919. OLESEN, T. Power and Transnational Activism. Abingdon, UK: Routledge, 2011. OSTRY, S. The multilateral trading system. The Oxford handbook of international business. 2001, p. 232-258. PORTER, G.; BROWN, J. W. Global environmental politics. Boulder (Col), West-view Press, 1991. SCHOLTE, J. A. Civil society and democratically accountable global governance. Government and Opposition 39 (2): 211-233, 2004. UNODC. Global Report on Trafficking in Persons 2016 (United Nations publication, Sales No. E.16.IV.6). Consultado na internet em 7 nov. 2021. WILLETTS, P. Non-governmental organizations in world politics: the construction of global governance. Abingdon, UK: Routledge, 2011. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. arrow_back Conclusão
Compartilhar