Questionário da Unidade III Literatura Portuguesa - Prosa em PDF

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Revisar envio do teste: QUESTIONÁRIO UNIDADE III
LITERATURA PORTUGUESA: PROSA 5456-60_59624_R_E1_20232 CONTEÚDO
Usuário aline.rosa24 @aluno.unip.br
Curso LITERATURA PORTUGUESA: PROSA
Teste QUESTIONÁRIO UNIDADE III
Iniciado 12/09/23 17:58
Enviado 12/09/23 18:10
Status Completada
Resultado da tentativa 4 em 4 pontos  
Tempo decorrido 11 minutos
Resultados exibidos Todas as respostas, Respostas enviadas, Respostas corretas, Comentários, Perguntas respondidas incorretamente
Pergunta 1
Resposta
Selecionada:
c.
Respostas: a.
b.
c.
d. 
e.
Comentário
da resposta:
O Neorrealismo �rmou-se na década de 40 com uma literatura engajada, muito mais voltada para o social. Nessa
linha, surgiu o romance “Seara de Vento”, de Manuel da Fonseca. Assinale a alternativa correta sobre essa obra:
A crítica social ocorre quando o autor contrapõe a vida miserável dos camponeses aos
privilégios dos latifundiários.
Romance psicológico em que as personagens mergulhavam em si mesmas, traduzidas nos
�uxos de consciência.
Destaca-se a força das personagens que, apesar da miséria em que viviam, não deixavam se
abater e mantinham um nível razoável de relacionamento entre si.
A crítica social ocorre quando o autor contrapõe a vida miserável dos camponeses aos
privilégios dos latifundiários.
Antônio Palma é o responsável pela conscientização política da família.
Amanda Carrusca é uma mulher fraca que, no desfecho da obra, se deixa abater pela
miséria.
Resposta: C
Comentário: “Seara de Vento” não é um romance psicológico. Há sérios con�itos entre as
personagens, que sucumbem na miséria. Palma é conscientizado por sua �lha Mariana.
Amanda Carrusca é uma personagem forte, que luta até suas últimas forças. Essa é uma obra
de denúncia do poder dos latifundiários e das explorações vividas pelos camponeses,
simbolizados na �gura de Antonio Palma.
Pergunta 2
Quanto ao trecho a seguir do “Memorial do Convento”, podemos dizer que:
 
"(...) enquanto não vai corporalmente acabar em Angola, para onde irá degredado por toda a vida, e esta sou eu,
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0,4 em 0,4 pontos
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Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a. 
b.
c.
d. 
e.
Comentário da
resposta:
Sebastiana Maria de Jesus, um quarto de cristã-nova, que tenho visões e revelações, mas disseram-me no tribunal
que era �ngimento, que ouço vozes do céu, mas explicaram-me que era efeito demoníaco (...)”
Sebastiana, mãe de Blimunda, é quem chama a atenção de Blimunda para o rapaz a seu
lado, Baltasar - Sete-Sóis, seu futuro amor.
Cristãos-novos eram jovens que lutavam pela democratização da Igreja.
Sebastiana, mãe de Blimunda, é quem chama a atenção de Blimunda para o rapaz a seu
lado, Baltasar - Sete-Sóis, seu futuro amor.
Os autos de fé não eram incentivados pelo povo, que quase não aparecia nesses eventos.
Como foi ameaçada de morte, Sebastiana pediu perdão e foi libertada.
Podemos dizer que os poderes de Blimunda foram herdados de seu pai, já que a mãe não
os possuía.
Resposta: B
Comentário: É neste trecho do capítulo 5 que Blimunda conhece seu futuro esposo e grande
amor. As outras a�rmações apresentam erros quanto à personagem e ao enredo.
Pergunta 3
Resposta
Selecionada:
c.
Respostas: a.
b.
c.
(PROVÃO/2002 - adaptada) Leia os dois fragmentos a seguir:
 
Fragmento 1: “– Ó glória de mandar, ó vã cobiça
Dessa vaidade a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
Co'uma aura popular que honra se chama!”
 
Os versos acima, de “Os Lusíadas”, introduzem a fala do "velho do Restelo", quando a esquadra de Vasco da Gama
partia para as Índias.
 
Fragmento 2: “... e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já que não o quiseram, e grita
subido a um valado, que é púlpito de rústicos, ó glória de mandar, ó vã cobiça, ó rei infame, ó pátria sem justiça, e
tendo assim clamado, veio dar-lhe quadrilheiro uma cacetada na cabeça, que ali mesmo o deixou por morto”.
 
O fragmento acima transcrito é de “Memorial do Convento”, de José Saramago.
 
Se compararmos os dois fragmentos, temos um exemplo de uma tendência marcante da �cção contemporânea,
revelada:
Na intertextualidade, como manifestação formal tanto do desejo de reduzir a distância entre o
passado aludido e o presente do leitor, como também do desejo de reescrever o passado
dentro de um novo contexto.
No aproveitamento �ccional de episódio histórico relatado por voz onisciente, como modo
não só de apresentar narrativa em tom elevado, mas também de oferecer uma releitura
�dedigna do passado.
Na utilização do �uxo de consciência, como expediente que garante ao escritor o
desvendamento da interioridade das personagens, interesse maior da
narrativa que despreza o relato episódico.
Na intertextualidade, como manifestação formal tanto do desejo de reduzir a distância entre o
passado aludido e o presente do leitor, como também do desejo de reescrever o passado
dentro de um novo contexto.
0,4 em 0,4 pontos
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d.
e.
Comentário
da resposta:
No aproveitamento �ccional de episódio histórico sob perspectiva nostálgica, com a
consciência de que o culto à memória propicia a preservação dos valores autênticos que
fundaram uma pátria heróica.
Na intertextualidade, como meio de legitimar o discurso do presente, na medida em que a
credibilidade do novo texto depende da con�rmação do modo de ver o mundo instituído pela
tradição.
Resposta: C
Comentário: Uma das principais características de Saramago é o uso da intertextualidade como
forma de reescrever o passado, de uma maneira crítica e realista. Não há uma releitura �dedigna
do passado, como se diz na alternativa A. Há �uxo da consciência nesta obra, não
necessariamente neste trecho, mas não há o desprezo pelo episódico. Não há nenhum interesse
do autor em preservar o velho discurso histórico, que desprezava o povo e o ser humano. Ou
seja, não se con�rma o modo de ver o mundo instituído pela tradição.
Pergunta 4
Resposta Selecionada: c. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
As a�rmações a seguir se referem ao romance “Memorial do Convento”, de José Saramago. Analise-as e assinale a
alternativa correta:
 
I - O povo, na obra “Memorial do Convento”, adquire forma e identidade e, para isso, a �cção toma a incumbência
de nomeá-lo para lhe dar vida, preenchendo as zonas esquecidas dos sem-história.
II - A integração perfeita do par Blimunda/Baltasar é relembrada com frequência ao longo do romance, em formas
recorrentes, entre as quais predomina a do silêncio, quando as palavras parecem inúteis.
III - Ao contrário darainha e do rei, que procuram na sua união a existência de um amor verdadeiro, cheio de
plenitude, o encontro entre Baltasar e Blimunda é a ligação para o surgimento de um herdeiro.
Apenas a I e II estão corretas.
Todas estão corretas.
Apenas a I está correta.
Apenas a I e II estão corretas.
Apenas a I e III estão corretas.
Apenas a II e III estão corretas.
Resposta: C
Comentário:
O povo e as pessoas simples são os verdadeiros heróis dessa história. A integração entre
Blimunda e Baltasar é realmente perfeita, e o que os une é o amor verdadeiro. Por outro lado,
as relações entre o rei e a rainha só visam à procriação e ao surgimento de um herdeiro.
Pergunta 5
Sobre o autor português José Saramago, são feitas as seguintes a�rmativas:
 
I - Muito admirado entre os brasileiros, desperta a atenção do público e da crítica por sua originalidade e pela
maneira de recriar o mundo, transitando ironicamente entre o real e o fantástico.
II - A prosa de José Saramago é inconfundível, especialmente do ponto de vista do estilo, que resulta de opções
formais como, por exemplo, uma pontuação original, sem travessões nem pontos para os diálogos.
III- Saramago era um nacionalista e reconta em suas obras a história de Portugal, valorizando seus heróis e seus
comandantes.
 
Está correto o que se diz em:
0,4 em 0,4 pontos
0,4 em 0,4 pontos
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Resposta Selecionada: a. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
Apenas I e II são corretas.
Apenas I e II são corretas.
Apenas II e III são corretas.
Apenas I e III são corretas.
Nenhuma é correta.
Todas são corretas.
Resposta: A
Comentário: Saramago reconta a história de Portugal sob um novo prisma, valorizando as
pessoas simples do povo. Seu estilo é inconfundível, tendo sido muito valorizado pelos
brasileiros e leitores de todo o mundo, chegando a receber o Prêmio Nobel de Literatura em
1989.
Pergunta 6
Resposta
Selecionada:
d.
Respostas: a.
b. 
c. 
d.
e. 
Comentário da
resposta:
Quanto ao Neorrealismo, assinale a alternativa correta:
Os escritores neorrealistas se inspiraram nos escritores brasileiros da 3ª fase modernista e
seus romances sociais.
A obra de arte assume uma posição de valorização da própria arte, sem qualquer
engajamento.
As protagonistas representam a elite lisboeta: nobres e burgueses.
A visão de mundo é subjetiva.
Os escritores neorrealistas se inspiraram nos escritores brasileiros da 3ª fase modernista e
seus romances sociais.
O Neorrealismo surge como oposição aos padrões clássicos do Renascimento.
Resposta: D
Comentário: Realmente, os escritores modernistas brasileiros inspiraram os neorrealistas
portugueses. Com o neorrealismo, a obra de arte assume uma postura de engajamento, os
protagonistas são tirados de pessoas do povo e a visão do mundo é bastante objetiva, sem
deixar de ser literária.
Pergunta 7
António Lobo Antunes (Lisboa, 1 de setembro de 1942) é médico psiquiatra e exerceu a pro�ssão até 1985,
quando passou a se dedicar integralmente à literatura. Esteve destacado em Angola, entre 1970 e 1973, durante a
fase �nal da Guerra Colonial portuguesa. É um dos escritores portugueses mais traduzidos, com obra em prosa
de �cção extensa, de elevado nível literário.
 
Leia a seguinte passagem de “Os Cus de Judas” (Rio de Janeiro: Objetiva, 2003, p. 213):
 
“Deito um centímetro mentolado de guerra na escova de dentes matinal e cuspo no lavatório a espuma verde-
escura dos eucaliptos de Ninda, a minha barba é a �oresta do Chalala a resistir ao napalm da gillette, um grande
rumor de trópicos ensanguentados cresce-me nas vísceras, que protestam”.
(Ninda é uma região de Moçambique e Chalala sua �oresta. Napalm é uma bomba e gillette é uma marca de
lâmina de barbear.)
0,4 em 0,4 pontos
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Resposta
Selecionada:
b.
Respostas: a.
b.
c.
d.
e.
Comentário da
resposta:
 
Assinale a alternativa incorreta:
Ao utilizar o pretérito do indicativo e falar sobre a guerra, o narrador nos distancia de um
momento marcante e autobiográ�co.
A experiência de guerra do autor inspirou muitos dos seus livros e aqui podemos observar
uma passagem autobiográ�ca do pós-guerra.
Ao utilizar o pretérito do indicativo e falar sobre a guerra, o narrador nos distancia de um
momento marcante e autobiográ�co.
Alguns recursos estilísticos aproximam a guerra do cotidiano do narrador, como é o caso das
ironias presentes nas expressões “a minha barba é a �oresta do Chalala” e “napalm da gillette”.
Os trópicos ensanguentados a que se refere o narrador seriam as vidas ceifadas pelo regime
salazarista no país do autor.
Ao deitar “um centímetro mentolado de guerra na escova de dentes matinal” e cuspir “no
lavatório a espuma verde-escura dos eucaliptos de Ninda”, o autor articula com maestria
impressões do espaço exterior e interior que passam a coabitar em simultaneidade.
Resposta: B
Comentário:
A questão requer um certo conhecimento sobre o autor e a obra, mas principalmente atenção
e interpretação de texto. O autor não usa o pretérito do indicativo, mas sim o presente (deito,
cuspo...), o que o aproxima do leitor. Todas as outras respostas são interpretações válidas.
Pergunta 8
A literatura modernista portuguesa passou por algumas diferentes fases em seu percurso. Assinale a alternativa
correta sobre essas diferentes fases:
0,4 em 0,4 pontos
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Resposta
Selecionada:
c.
Respostas: a.
b.
c.
d.
e.
Comentário da
resposta:
Após a década de 1940, as obras passaram a visar muito às questões de caráter social de
forma engajada, aguçando o senso crítico.
O Neorrealismo não pode ser considerado moderno ou mesmo pós-moderno, pois se
prende às características do Realismo do século XIX.
Um dos temas mais importantes da segunda fase (mais romântica) é a exaltação do passado
histórico e seus heróis.
Após a década de 1940, as obras passaram a visar muito às questões de caráter social de
forma engajada, aguçando o senso crítico.
O Neorrealismo é uma das marcas dos trabalhos de autores portugueses como Pepetela e
Mia Couto.
Como representantes do Presencismo, podemos citar Carlos Reis, Manuel da Fonseca e José
Cardoso Pires.
Resposta: C
Comentário: A partir dos anos 40, temos o Neorrealismo como manifestação estética, cuja
denúncia e crítica social �cam evidentes. O Neorrealismo não se prende ao Realismo. Não há
fases românticas no modernismo. Pepetela e Mia Couto são escritores africanos. Os autores
citados na alternativa E pertencem ao Neorrealismo.
Pergunta 9
Resposta Selecionada: e. 
Respostas: a. 
b. 
c. 
d. 
e. 
Comentário da
resposta:
Sobre a obra e a técnica narrativa de José Saramago, leia as a�rmações a seguir:
 
I - Trata-se de um autor que não respeita a pontuação, pois procura valorizar a dinâmica �uente da comunicação
ininterrupta, criando cada leitor seu próprio ritmo.
II - O autor explorou a polifonia na linguagem narrativa como meio de entrelaçar as diferentes vozes das
personagens (e até do narrador, em alguns casos) e, assim, dar maior expressividade à forma como se dão as
relações entre elas.
III - Uma das marcas fundamentais da obra de Saramago é o caráter simbólico de muitos de seus livros.
 
Está correto o que se diz em:
Todas estão corretas.
Apenas a I está correta.
Apenas a II está correta.
Apenas a III está correta.
Apenas a I e II estão corretas.
Todas estão corretas.
Resposta: E 
Comentário: Todas estão corretas, pois correspondem a característicasdo estilo de
Saramago.
Pergunta 10
0,4 em 0,4 pontos
0,4 em 0,4 pontos
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Terça-feira, 12 de Setembro de 2023 18h12min06s GMT-03:00
Resposta
Selecionada:
d.
Respostas: a.
b.
c. 
d.
e.
Comentário da
resposta:
Quanto ao autor Antônio Lobo Antunes, assinale a alternativa correta:
O colonialismo e guerra anticolonialista em Angola são temáticas constantes em suas obras,
nas quais observa-se um caráter quase autobiográ�co, constituindo-se em auto�cção.
Após ter seu livro, “Evangelho segundo Jesus Cristo” censurado em Portugal, resolveu mudar-
se para Lanzarote, lugar em que viveu até sua morte.
Destacou-se em sua carreira a partir do momento em que recebeu o Prêmio Nobel de
Literatura.
Em seu livro “Os cus dos Judas”, resgata o período medieval da história portuguesa.
O colonialismo e guerra anticolonialista em Angola são temáticas constantes em suas obras,
nas quais observa-se um caráter quase autobiográ�co, constituindo-se em auto�cção.
Como escritor angolano, recontou a história de seu país sobre o olhar do homem colonizado.
Resposta: D
Comentário: Várias das obras de Lobo Antunes, principalmente “Memória de Elefante” e “Os cus
dos Judas”, retratam experiências vividas pelo autor durante a Guerra Colonial entre Angola e
Portugal. Podem ser consideradas auto�cção por apresentarem memórias do autor. O
colonialismo e a guerra colonial são temas constantes.
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