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UNIDADE 2 | DIREITOS HUMANOS 86 Além de uma legião de mortos, feridos e mutilados, pode-se dizer que, na Alemanha, o saldo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi uma sensação de derrotismo. Com o resultado final da guerra e a iminente obrigatoriedade de assinar o Tratado de Versalhes, gerou-se um forte sentimento nacionalista e revanchista. Este mal-estar do povo alemão foi, alguns anos depois, o solo fértil para a ascensão do nazismo. Sob a promessa de garantir ao povo alemão a retomada do status de um Estado forte e respeitado, o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, Adolf Hitler, que se tornou chanceler e depois ditador alemão, contagiou de tal forma o povo alemão que conseguiu o apoio de que necessitava para tentar alcançar seus objetivos: recuperar a força militar, reaver territórios perdidos na Primeira Guerra Mundial, bem como todos os territórios onde se falava a língua alemã. Na Itália, o sistema político nacionalista, imperialista e antidemocrático chamado Fascismo e liderado por Benito Mussolini, era outra doutrina totalitária. De extrema direita, os objetivos do fascismo orbitavam em torno do Estado como absoluto, contudo, não apelou para a estratificação social baseada em questões étnicas, como o nazismo. No Oriente, o Japão, governado pelo imperador Hirohito, que já havia atacado a Manchúria, pertencente à China, formava junto com Hitler e Mussolini uma aliança que ficou conhecida com o nome de Eixo Roma – Berlim – Tóquio. As aspirações expansionistas destas três potências totalitárias deflagram, em 1939, a Segunda Guerra Mundial. O período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é marcado pela suspensão de todos os acordos e documentos de direitos humanos no âmbito dos países envolvidos na guerra. As ideias antissemíticas e racistas, sobretudo dos nazistas, deram origem ao que viria a ser chamado de Holocausto. Caracterizado principalmente pelo extermínio em massa de judeus, sendo estes a maioria dentre os confinados nos campos de concentração e extermínio, as vítimas do Holocausto incluíam outros grupos minoritários, como comunistas, homossexuais, ciganos, deficientes físicos e mentais, testemunhas de Jeová e sindicalistas. Nos campos de concentração, além das mortes por fome, doença e genocídio em câmaras de gás, fez parte dos requintes de crueldade toda a sorte de experiências médicas com detentos. Estas experiências feitas em nome da ciência eram bastante comuns em Auschwitz, onde o Doutor Josef Mengele era quem liderava as pesquisas.
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