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UNIDADE 2 | DIREITOS HUMANOS
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Além de uma legião de mortos, feridos e mutilados, pode-se dizer que, 
na Alemanha, o saldo da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi uma sensação 
de derrotismo. Com o resultado final da guerra e a iminente obrigatoriedade 
de assinar o Tratado de Versalhes, gerou-se um forte sentimento nacionalista e 
revanchista. Este mal-estar do povo alemão foi, alguns anos depois, o solo fértil 
para a ascensão do nazismo. 
Sob a promessa de garantir ao povo alemão a retomada do status de um Estado 
forte e respeitado, o líder do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, 
Adolf Hitler, que se tornou chanceler e depois ditador alemão, contagiou de tal forma 
o povo alemão que conseguiu o apoio de que necessitava para tentar alcançar seus 
objetivos: recuperar a força militar, reaver territórios perdidos na Primeira Guerra 
Mundial, bem como todos os territórios onde se falava a língua alemã. 
 Na Itália, o sistema político nacionalista, imperialista e antidemocrático 
chamado Fascismo e liderado por Benito Mussolini, era outra doutrina totalitária. 
De extrema direita, os objetivos do fascismo orbitavam em torno do Estado como 
absoluto, contudo, não apelou para a estratificação social baseada em questões 
étnicas, como o nazismo. 
No Oriente, o Japão, governado pelo imperador Hirohito, que já havia 
atacado a Manchúria, pertencente à China, formava junto com Hitler e Mussolini 
uma aliança que ficou conhecida com o nome de Eixo Roma – Berlim – Tóquio. As 
aspirações expansionistas destas três potências totalitárias deflagram, em 1939, a 
Segunda Guerra Mundial. 
O período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) é marcado pela 
suspensão de todos os acordos e documentos de direitos humanos no âmbito dos 
países envolvidos na guerra. As ideias antissemíticas e racistas, sobretudo dos 
nazistas, deram origem ao que viria a ser chamado de Holocausto. 
Caracterizado principalmente pelo extermínio em massa de judeus, sendo 
estes a maioria dentre os confinados nos campos de concentração e extermínio, 
as vítimas do Holocausto incluíam outros grupos minoritários, como comunistas, 
homossexuais, ciganos, deficientes físicos e mentais, testemunhas de Jeová e 
sindicalistas. Nos campos de concentração, além das mortes por fome, doença e 
genocídio em câmaras de gás, fez parte dos requintes de crueldade toda a sorte 
de experiências médicas com detentos. Estas experiências feitas em nome da ciência 
eram bastante comuns em Auschwitz, onde o Doutor Josef Mengele era quem 
liderava as pesquisas.

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