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17-b DIREITO CONSTITUCIONAL

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Prof. Nathalia Masson 
 Aula 17 
 
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Direito Constitucional (curso avançado) – Turma Regular 
 
Aula 17 
Direito Constitucional – Poder Executivo 
Direito Constitucional (Curso Avançado) – 
Turma Regular 
Prof. Nathalia Masson 
 
Prof. Nathalia Masson 
 Aula 17 
 
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Direito Constitucional (curso avançado) – Turma Regular 
Sumário 
SUMÁRIO 2 
PODER EXECUTIVO 3 
(1) INTRODUÇÃO 3 
(2) EXERCÍCIO DO PODER EXECUTIVO 5 
(2.1) MINISTROS DE ESTADO 7 
(A) REQUISITOS 10 
(B) FORO ESPECIAL POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO 12 
(C) ATRIBUIÇÕES 15 
(3) SISTEMAS ELEITORAIS, ELEIÇÃO E MANDATO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 18 
(4) IMPEDIMENTO E VACÂNCIA 24 
(5) LICENÇA 32 
(6) POSSE 35 
(7) RESPONSABILIZAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 37 
(A) IMUNIDADES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 38 
(A.1) IMUNIDADE REFERENTE À PRISÃO 39 
(A.2) CLÁUSULA DE IRRESPONSABILIDADE PENAL TEMPORÁRIA OU RELATIVA 42 
(A.3) IMUNIDADE FORMAL REFERENTE AO PROCESSO (AUTORIZAÇÃO) 45 
(B) SUSPENSÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 49 
(C) CRIMES COMUNS E CRIMES DE RESPONSABILIDADE 53 
(8) RESPONSABILIZAÇÃO DOS DEMAIS CHEFES DO PODER EXECUTIVO 63 
(9) ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA 69 
(10) QUESTÕES RESOLVIDAS EM AULA 77 
(11) OUTRAS QUESTÕES: PARA TREINAR 103 
(12) RESUMO DIRECIONADO 124 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 132 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Nathalia Masson 
 Aula 17 
 
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Direito Constitucional (curso avançado) – Turma Regular 
PODER EXECUTIVO 
(1) Introdução 
Olá, meu caro aluno! Que alegria estarmos juntos em mais uma aula referente à organização dos 
Poderes! A essa altura do nosso curso, você bem sabe que o Poder Executivo é consagrado em nossa 
Constituição Federal como um dos Poderes da União, independente e autônomo (recomendação: leia 
novamente o art. 2°, CF/88). Sua principal função é a de administrar a coisa pública, por meio de atos de 
chefia de Estado, chefia de Governo e chefia da Administração Pública. 
Assim como ocorre com o Legislativo e o Judiciário, o Poder Executivo também exerce funções 
que não compõem sua natureza intrínseca e típica. Realiza, portanto, atribuições atípicas: (i) de natureza 
jurisdicional, quando há um dissídio administrativo, (ii) de natureza legislativa, ao, por exemplo, editar 
uma medida provisória (art. 62) ou uma lei delegada (art. 68). As funções do Poder Executivo podem ser 
sintetizadas da seguinte forma1: 
 
Considerações iniciais feitas, lembremos que o Poder Executivo está organizado entre os artigos 
76 a 91 da CF/88. Todos esses dispositivos merecem ser lidos, mas sua atenção especial deve recair nos 
seguintes: 76, 77, 80, 81, 84, 85 e 86 – esses são muito frequentes em prova, mantenha-os em seu radar. 
Pois bem. Outro aspecto introdutório muito importante é referente ao nosso sistema de governo, 
que é o presidencialista. Adota-lo significa que concentraremos todas as funções executivas (tanto a 
chefia de Estado quanto à de governo) na figura do Presidente da República. Os Ministros são meros 
 
1. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 6ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2018, p. 1138. 
Prof. Nathalia Masson 
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auxiliares, escolhidos pelo Presidente para assessora-lo no cumprimento de suas extensas e complexas 
tarefas. 
Destarte, podemos concluir que, das diversas tipologias possíveis de organização do Poder, 
adotamos a monocrática ou unipessoal. 
Apesar de iniciais, essas informações são exploradas nas provas. Veja de que forma nas próximas 
3 questões: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2016 - DPU - Técnico em Assuntos Educacionais] A respeito do Poder Executivo, julgue o item que 
se segue: 
No presidencialismo brasileiro, a chefia de Estado é exercida pelo presidente da República, enquanto a 
chefia de governo fica a cargo dos ministros de Estado. 
Comentário: 
Nosso sistema de Governo, de fato, é o presidencialista, que se caracteriza por concentrar todas as funções 
executivas no Poder Executivo. A chefia, portanto, será una, já que o Presidente da República irá, 
simultaneamente, exercer a chefia de Estado e a chefia de Governo. Portanto, nossa 1ª assertiva é falsa, haja 
vista o fato de os Ministros não serem os detentores da chefia de governo. Aproveitando o ensejo, 
lembremos que os ministros de Estado são meros auxiliares do Presidente da República, por ele nomeados 
e exonerados livremente. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] Considerando a ordem constitucional brasileira, 
julgue (C ou E) o item seguinte: 
O Poder Executivo é um órgão pluripessoal, exercido pelo presidente e pelo vice-presidente da República e 
pelos ministros de Estado. 
Comentário: 
É um órgão monocrático, unipessoal, já que em nosso sistema de governo (presidencialista) o Presidente 
acumula as funções de chefe de Estado e de Governo. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - TJ-AM - Juiz Substituto - Adaptada] Julgue a assertiva acerca do Poder Executivo, 
considerando o disposto na CF e a doutrina: 
No texto constitucional, a afirmação de que o Poder Executivo é exercido pelo presidente da República, 
auxiliado pelos ministros de Estado, indica que a função é compartilhada, caracterizando-se o Poder 
Executivo como colegial, dependendo o seu chefe da confiança do Congresso Nacional para permanecer no 
cargo. 
Comentário: 
Prof. Nathalia Masson 
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Aproveito essa questão para lhe lembrar que o Poder Executivo pode ser arquitetado de diferentes 
maneiras, sendo possível identificar: (i) o executivo monocrático, quando o Poder é exercido unicamente 
por uma pessoa (como é o caso do Brasil); (ii) executivo colegial, quando as funções executivas são 
desempenhadas por dois homens possuidores de idênticos poderes, como os cônsules romanos; (iii) 
executivo diretorial, no cenário em que o poder é exercido por um grupo de homens em comitê, como era 
na ex-URSS e, ainda hoje, é na Suíça; (iv) executivo dual, ínsito ao sistema parlamentar, quando o Poder é 
exercido por um chefe de Estado e um Conselho de Ministros (liderado pelo 1° Ministro). 
Feitas essas considerações, parece-me ter ficado claro que o item é falso. 
Gabarito: Errado 
 
(2) Exercício do Poder Executivo 
Consoante dispõe o art. 76, CF/88, o Poder Executivo é unipessoal, exercido unicamente pelo 
Presidente da República, que é auxiliado pelos Ministros de Estado. Estes (de acordo com o art. 84, I, e 
o art. 87, ambos da CF/1988) se subordinam ao Presidente e são por ele nomeados e demitidos 
livremente. Falaremos mais sobre os Ministros de Estado mas, antes, já quero lhe mostrar o modo como 
o examinador tentará lhe confundir na prova! Veja as questões que selecionei para nosso estudo: 
Questões para fixar 
[UERR - 2018 - SETRABES - Administrador - Adaptada] Considerando o que dispõe a Constituição Federal 
sobre o Poder Executivo, julgue a assertiva: 
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Secretários de Estado. 
[IESES - 2015 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Administrativo - Adaptada] Nos termos da Constituição Federal 
de 1988, julgue a assertiva: 
O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
[FUNCAB - 2014 - MDA - Técnico de Suporte - Administração - Adaptada] Sobre a organização do Poder 
Executivo, julgue a assertiva: 
É exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
Comentário: 
De acordo com o art. 76, da CF/88, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado 
pelos Ministros de Estado. Os secretáriosde Estado auxiliam os Governadores de Estado. Podemos assinalar 
a primeira assertiva como falsa e as demais como verdadeiras. 
Gabarito: Falso / Certo / Certo 
[FUNCAB - 2014 - SUPEL-RO - Engenharia Civil] Considerando o tema Poder Executivo, é correto afirmar 
que, no âmbito federal, ele é exercido: 
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A) pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros do Supremo Tribunal Federal. 
B) pelo Presidente da República, auxiliado pelo Conselho da República. 
C) pelo Presidente da República, com o auxílio do Presidente da Câmara dos Deputados. 
D) pelo Presidente da República, com o auxílio dos Ministros de Estado. 
E) pelo Presidente da República, com o auxílio dos Governadores dos Estados. 
Comentário: 
A letra ‘d’ deve ser assinalada, pois está de pleno acordo com o art. 76, da CF/88. 
Gabarito: D 
[CESPE - 2012 - Câmara dos Deputados - Técnico Legislativo - Técnico em Radiologia] Com relação à 
organização dos Poderes, julgue o item consecutivo: 
No âmbito federal, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, com o auxílio dos Ministros 
de Estado. 
Comentário: 
A assertiva está correta, pois reproduz o que preceitua o art. 76, CF/88. 
Gabarito: Certo 
[FUMARC - 2015 - Prefeitura de Belo Horizonte - MG - Assistente Administrativo] De acordo com a 
Constituição da República de 1988, o Poder Executivo, no âmbito da União, é exercido pelo: 
A) Presidente da República e pelos Ministros de Estado, todos eleitos pelo povo. 
B) Presidente da República, auxiliado pelos membros do Supremo Tribunal Federal. 
C) Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
D) Primeiro Ministro escolhido pelo Congresso Nacional. 
Comentário: 
Conforme preceitua o art. 76, da CF/88, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado 
pelos Ministros de Estado. Podemos assinalar a letra ‘c’ como correta. 
Gabarito: C 
[CESPE - 2018 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 1] Considerando a ordem constitucional brasileira, 
julgue (C ou E) o item seguinte: 
O Poder Executivo é um órgão pluripessoal, exercido pelo presidente e pelo vice-presidente da República e 
pelos ministros de Estado. 
Comentário: 
A assertiva está incorreta. O Poder Executivo é unipessoal, sendo exercido pelo Presidente da República, 
auxiliado pelos Ministros de Estado. 
Gabarito: Errado 
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[UEG - 2008 - TJ-GO - Escrivão Judiciário - Adaptada] Julgue a assertiva: 
No âmbito estadual, o Poder Executivo é exercido pelo governador, auxiliado pelos secretários de Estado. 
Comentário: 
A assertiva está correta. Em âmbito estadual, os secretários de Estado são auxiliares do Governador –o que 
corresponde aos Ministros de Estado na esfera federal. Lembre-se que em âmbito municipal o Prefeito é 
auxiliado pelos seus secretários municipais. 
Gabarito: Certo 
[CESPE - 2018 - TCM-BA - Auditor Estadual de Infraestrutura] A direção superior da administração federal é 
competência: 
A) comum do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional. 
B) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado e do Tribunal de Contas da 
União. 
C) comum do presidente da República, com o auxílio direto do Tribunal de Contas da União. 
D) privativa do presidente da República, com o auxílio do Congresso Nacional. 
E) privativa do presidente da República, com o auxílio dos ministros de Estado. 
Comentário: 
A letra ‘e’ é nossa resposta. A chefia da Administração Pública pertence ao Presidente, sendo tal tarefa 
desempenhada com o auxílio dos Ministros de Estado, nos termos do art. 76, CF/88. 
Gabarito: E 
 
(2.1) Ministros de Estado 
Já sabemos que os Ministros de Estado são auxiliares do Presidente da República, sendo por ele 
nomeados e exonerados livremente (art. 84, I, CF/88). Dizer que o Presidente nomeia e exonera 
livremente os Ministros, significa que não há a participação de nenhum outro órgão (por exemplo, o 
Senado Federal) aprovando a decisão presidencial – para efeitos de comparação, lembremos que os 
Ministros do STF, consoante preceitua o art. 101, parágrafo único2, só são nomeados pelo Presidente 
depois que a escolha é aprovada pelo voto da maioria absoluta dos Senadores; outro cotejo interessante 
envolve o Procurador-Geral da República (PGR – chefe do Ministério Público da União), que somente 
 
2. Art. 101. Parágrafo único, CF/88. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo Presidente da República, 
depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal. 
 
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pode ser nomeado pelo Presidente após aprovação do seu nome pela maioria absoluta dos senadores 
(art. 128, § 1°, CF/88)3, da mesma forma que sua destituição por iniciativa do Presidente deve ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal (art. 128, § 2°, CF/88)4. 
Esse modo de indicar e nomear os Ministros é constantemente cobrado em prova. As questões 
abaixo lhe darão uma ideia de como: 
Questões para fixar 
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Julgue o item: 
O poder executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado por Ministros de Estado, os quais serão 
nomeados após terem seus nomes submetidos à votação pelo Senado Federal. 
Comentário: 
Conseguiu identificar o erro dessa assertiva? Fácil, não? Os Ministros de Estado são realmente auxiliares do 
Presidente da República, sendo por ele nomeados e exonerados livremente, o que significa que a escolha 
presidencial não precisa ser submetida à votação e aprovação prévia do Senado Federal. 
Gabarito: Errado 
[MPE-SP - 2006 - MPE-SP - Promotor de Justiça] Julgue a assertiva: 
É competência privativa do Presidente da República nomear e exonerar Ministros de Estado ad referendum 
do Senado Federal. 
Comentário: 
Estamos diante de outra assertiva incorreta. O Presidente da República, ao nomear ou exonerar um Ministro 
de Estado, não depende da aquiescência prévia do Senado Federal. 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2006 - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados - 
Adaptada] Sobre a nomeação e exoneração dos Ministros de Estado, julgue o item a seguir: 
Compete, privativamente, ao Presidente da República proceder à nomeação e à exoneração de Ministros de 
Estado, com anuência do Congresso Nacional. 
Comentário: 
Realmente os Ministros de Estado são nomeados e exonerados privativamente pelo Presidente da 
República, mas não haverá anuência prévia do Congresso Nacional. 
 
3. Art. 128, § 1º, CF/88. O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente 
da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria 
absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 
4. Art. 128, § 2º.CF/88. A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser 
precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal. 
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Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - TRT - 8ª Região (PA e AP) - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Acerca das 
competências do presidente da República, julgue o item: 
A nomeação e a exoneração de ministros de Estado pelo Presidenteda República dependem da aprovação 
do Congresso Nacional. 
Comentário: 
O item está incorreto, nos termos do art. 84, I, CF/88. Os Ministros se subordinam ao Presidente e são por 
ele nomeados e demitidos livremente, de forma que a permanência do Ministro no cargo dependa, 
unicamente, da confiança que seu trabalho inspire no Presidente. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2014 - TJ-CE - Técnico Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] A respeito do Poder Executivo, julgue 
o item: 
Os ministros de Estado serão escolhidos pelo presidente da República, entre brasileiros aprovados em 
concurso público de provas e títulos. 
Comentário: 
Veja que esta assertiva também é falsa, visto que ser aprovado em concurso público não é um requisito 
constitucional para ocupar o cargo de Ministro de Estado. Vou reprisar, uma vez mais, as exigências 
constitucionais para ocupação do posto: ser brasileiro nato ou naturalizado (salvo o Ministro de Estado da 
Defesa, que necessariamente será nato), maior de vinte e um anos de idade e estar no pleno exercício de 
seus direitos políticos. 
Gabarito: Errado 
[FUNCAB - 2014 - MDA - Técnico de Suporte - Administração - Adaptada] Sobre a organização do Poder 
Executivo, julgue a assertiva: 
O mandato dos Ministros de Estado é de 4 (quatro) anos. 
Comentário: 
Estamos diante de uma assertiva claramente falsa, pois Ministros de Estado não têm mandato com prazo 
previamente determinado para cumprir. Eles são escolhidos para exercer uma função de confiança e 
seguirão na função enquanto o Presidente 
Gabarito: Errado 
 
Fecho esse tópico lhe indicando que nos termos do art. 20, da Medida Provisória Nº 870, de 1º de 
janeiro de 2019, são Ministros de Estado: 
(i) os titulares dos Ministérios; 
(ii) o Chefe da Casa Civil da Presidência da República; 
(iii) o Chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; 
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(iv) o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República; 
(v) o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; 
(vi) o Advogado-Geral da União, até que seja aprovada emenda constitucional para incluí-lo no rol das 
alíneas “c” e “d” do inciso I do caput do art. 102 da Constituição; e 
(vii) o Presidente do Banco Central do Brasil, até que seja aprovada a autonomia da entidade. 
 
(A) Requisitos 
Quanto aos requisitos que a Constituição elenca para que alguém possa ocupar o posto de 
Ministro de Estado, saiba que o art. 87, CF/88 enuncia os seguintes: 
(i) Devem ser brasileiros, natos ou naturalizados – salvo o Ministro de Estado da Defesa que, por força 
do disposto no art. 12, § 3°, VII, CF/88, necessariamente deverá ser nato (lembra do motivo? Segurança 
nacional); 
(ii) Devem ter mais de 21 anos – como o Presidente da República deve ter mais de 35 anos (art. 14, § 3°, 
VI), muitos são os alunos que confundem este ponto, pois fazem a errônea analogia de que os auxiliares 
deveriam apresentar idade mínima semelhante à do chefe. Cuidado, portanto! 
(iii) Devem estar no pleno exercício dos direitos políticos. 
 Eu tenho certeza que você já compreendeu e memorizou esses requisitos. Ainda assim, creio que 
seja inteligente de nossa parte verificar a incidência do tema nas questões. Vamos lá. Coragem! 
Questões para fixar 
[CESPE - 2017 - TRT - 7ª Região (CE) - Analista Judiciário - Oficial de Justiça Avaliador Federal - Adaptada] A 
respeito dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, julgue a assertiva: 
Os ministros de Estado devem ser escolhidos entre brasileiros maiores de trinta e cinco anos de idade e no 
pleno exercício dos direitos políticos. 
Comentário: 
A assertiva é falsa. Os Ministros de Estado devem ser escolhidos dentre brasileiros, natos ou naturalizados 
(salvo o Ministro de Estado da Defesa, que necessariamente será nato – art. 12, § 3°); maiores de 21 anos 
(não maiores de 35 anos) e no pleno exercício dos direitos políticos. O art. 87, CF/88 lista esses requisitos 
para nós. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2016 - TRE-PI - Técnico Judiciário - Administrativa - Adaptada] A respeito das atribuições do 
presidente da República e dos ministros de Estado, julgue a assertiva: 
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Os cargos de ministro de Estado, de livre nomeação pelo presidente da República, devem ser ocupados por 
brasileiros natos, maiores de vinte e um anos de idade, no pleno exercício de seus direitos políticos. 
Comentário: 
Os Ministros de Estado devem ser escolhidos dentre brasileiros, que podem ser natos ou naturalizados, com 
exceção do Ministro de Estado da Defesa que, necessariamente, será nato, conforme preceitua o art. 12, § 
3°, CF/88. O item, portanto, é falso. 
Gabarito: Errado 
[FUNCAB - 2014 - MDA - Técnico de Suporte - Administração - Adaptada] Sobre a organização do Poder 
Executivo, julgue a assertiva: 
Os Ministros de Estado devem ser brasileiros natos, maiores de 18 (dezoito) anos. 
Comentário: 
Eis outro item falso. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos 
(e não maiores de dezoito anos). 
Gabarito: Errado 
[CEPERJ - 2013 - SEPLAG-RJ - Analista Executivo - Perfil 1] Na organização do Poder Executivo, nos termos 
da Constituição Federal, o Ministro de Estado deve ser escolhido dentre: 
A) brasileiros natos ou estrangeiros maiores de vinte e um anos de idade 
B) brasileiros natos ou estrangeiros autorizados a exercer atividades políticas no Brasil 
C) brasileiros natos ou naturalizados maiores de vinte e um anos de idade 
D) brasileiros naturalizados maiores de vinte e um anos de idade, desde que ocupem cargos públicos efetivos 
E) brasileiros natos maiores de vinte e um anos de idade no exercício dos direitos políticos 
Comentário: 
Conforme previsão constitucional, os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros (natos ou 
naturalizados) maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Nossa resposta encontra-se 
na letra ‘c’. Entretanto, não se esqueça que o Ministro de Estado da Defesa que, necessariamente, será 
brasileiro nato (art. 12, § 3º, VII, CF/88). 
Gabarito: C 
[CESGRANRIO - 2006 - DNPM - Técnico Administrativo - Informática] As afirmativas abaixo sobre Ministros 
de Estado estão todas corretas, EXCETO uma. Assinale-a: 
A) Estar no exercício dos direitos políticos é requisito fundamental para ser escolhido Ministro de Estado. 
B) Somente brasileiros podem ser Ministros de Estado. 
C) Um Ministro de Estado é necessariamente maior de trinta e cinco anos. 
D) Os Ministros de Estado são nomeados e exonerados, privativamente, pelo Presidente da República. 
E) Os Ministros de Estado auxiliam o Presidente da República na direção superior da Administração Federal. 
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Comentário: 
Sobre os requisitos: os Ministros de Estado devem ter mais de 21 anos; devem estar no pleno exercício dos 
direitos políticos; devem ser brasileiros, natos ou naturalizados (salvo o Ministro de Estado da Defesa que, 
por razões de segurança nacional, deve ser brasileiro nato, conforme o artigo 12, § 3º, CF). Podemos assinalar 
a letra “c’ como nossa resposta, visto que um Ministro de Estado não precisa ser maior de trinta e cinco anos, 
mas sim maior de vinte e um anos. 
Gabarito: C 
 
(B) Foro especial por prerrogativa de função 
Via de regra, os Ministros de Estado serão processados e julgados no Supremo Tribunal Federal 
pela prática de crimes comuns e de responsabilidade, conforme dispõe o art. 102, I, ‘c’, CF. Existem, 
todavia, dois cenários em que essa regra vai ser excepcionada. Vejamos: 
(i) Crime de responsabilidade: se o crime deresponsabilidade praticado pelo Ministro for conexo com o 
do Presidente da República, o processo e julgamento será de competência do Senado Federal (art. 52, I, 
CF), não do STF. 
(ii) Crime comum: em 12 de junho de 2018, no INQ 4703 (QO), a 1ª Turma do STF, por 4x1, entendeu que 
os Ministros de Estado não têm direito a foro por prerrogativa de função quando respondem a supostos 
crimes comuns cometidos antes de assumirem a função ou praticados durante o mandato, mas sem 
relação com o cargo. O que aconteceu foi que a Turma estendeu para Ministros de Estado o 
entendimento que o Plenário do STF havia fixado em maio de 2018 (na QO da AP 937) para os 
congressistas, no sentido de que o foro especial na Suprema Corte só se aplica para os delitos ocorridos 
durante e em função do mandato. 
Para auxiliar na fixação, visualize o esquema5 posto abaixo: 
 
5. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1047. 
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Vejamos algumas questões que já cobraram os pontos referentes ao foro especial: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2013 - TCU - Auditor Federal de Controle Externo] No que se refere aos ministros de Estado e ao 
exercício do poder regulamentar pelo presidente da República, julgue o item subsequente: 
Os ministros de Estado devem ser julgados pela prática de crimes de responsabilidade pelo Supremo 
Tribunal Federal, salvo se esses crimes tiverem sido cometidos de modo conexo aos praticados pelo 
presidente da República, caso em que o julgamento competirá ao Senado Federal. 
Comentário: 
Item correto. A regra é que os Ministros de Estado sejam processados e julgados no Supremo Tribunal 
Federal pela prática de crimes comuns e de responsabilidade (art. 102, I, ‘c’, CF). No entanto, se o crime de 
responsabilidade praticado pelo Ministro for conexo com o do Presidente da República, o processo e 
julgamento será de competência do Senado Federal (art. 52, I, CF). 
Gabarito: Certo 
[FUNRIO - 2014 - INSS - Analista - Tecnologia da Informação] A Corte competente para o julgamento de 
crime de responsabilidade de Ministro de Estado é: 
A) o Superior Tribunal de Justiça; 
B) a Câmara dos Deputados; 
C) o Senado Federal; 
D) o Supremo Tribunal Federal; 
E) o Tribunal de Contas da União. 
Comentário: 
Marcou a letra ‘d’ como correta? Conforme preceitua o art. 102, I, c, CF/88, os Ministros de Estado serão 
processados e julgados, por crime comum e de responsabilidade, no STF. Como não há na questão nenhum 
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indicativo de que o crime de responsabilidade tenha sido praticado em conexão com o Presidente, sequer 
vamos cogitar da competência do Senado Federal. 
Gabarito: D 
[FCC - 2016 - TRF - 3ª REGIÃO - Técnico Judiciário - Informática] Rivanildo, Ministro de Estado das Relações 
Exteriores, cometeu, no exercício de suas funções, crime de responsabilidade. Em tal hipótese, o julgamento 
respectivo competirá ao: 
A) Supremo Tribunal Federal. 
B) Superior Tribunal de Justiça. 
C) Congresso Nacional. 
D) Senado Federal. 
E) Conselho Nacional de Justiça. 
Comentário: 
Devemos assinalar a letra ‘a’ como nossa resposta, pois está em consonância com o art. 102, I, c, CF/88. E, 
mais uma vez, não há nenhum indicativo de que a infração política administrativa tenha sido praticada pelo 
Ministro de Estado em conexão com o Presidente, razão pela qual sequer consideramos a letra ‘d’ como 
resposta. 
Gabarito: A 
[CESPE - 2012 - TJ-PA - Juiz - Adaptada] Julgue a assertiva, em relação aos ministros de Estado e às 
atribuições, prerrogativas e responsabilidades do presidente da República: 
Os ministros de Estado, escolhidos entre brasileiros com mais de trinta anos de idade que estejam no 
exercício dos direitos políticos, gozam de foro privilegiado junto ao STJ. 
Comentário: 
Essa assertiva está incorreta em dois pontos. Identificou ambos? Vamos lá: 
(i) primeiro erro: afirmar que a idade mínima para ser Ministro de Estado é de 30 anos. Como vimos 
anteriormente, os Ministros de Estado devem ser escolhidos dentre brasileiros maiores de 21 anos. 
(ii) segundo erro: em relação ao foro – que não é o STJ. De acordo com o art. 102, I, ‘c’, CF/88, os Ministros 
de Estado serão processados e julgados, via de regra, no Supremo Tribunal Federal pela prática de crimes 
comuns e de responsabilidade. Entretanto, lembremos que se o crime de responsabilidade praticado pelo 
Ministro for conexo com o do Presidente da República, o processo e julgamento será de competência do 
Senado Federal (art. 52, I, CF). 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2012 - TST - Analista Judiciário - Área Judiciária - Adaptada] Julgue o item: 
O Ministro de Estado que cometer crime de responsabilidade conexo com outro crime de responsabilidade 
cometido pelo Presidente da República será processado e julgado pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentário: 
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A assertiva está incorreta. Realmente os Ministros de Estado serão processados e julgados, em regra, no 
Supremo Tribunal Federal pela prática de crimes comuns e de responsabilidade (art. 102, I, ‘c’, CF). No 
entanto, se o crime de responsabilidade praticado pelo Ministro for conexo com o do Presidente da 
República, o processo e julgamento será de competência do Senado Federal (art. 52, I, CF). 
Gabarito: Errado 
[FCC - 2012 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Analista Judiciário - Área Judiciária] Ricardo, Ministro de Estado, 
residente e domiciliado no Distrito Federal, foi denunciado por crime de estelionato, pela emissão de cheque 
sem fundos numa imobiliária na Cidade de Manaus, Estado do Amazonas, para a compra de um imóvel para 
o seu uso particular à beira do Rio Amazonas. Ricardo, nos termos da Constituição Federal, será processado 
e julgado: 
A) originariamente pelo Superior Tribunal de Justiça. 
B) originariamente pelo Supremo Tribunal Federal. 
C) em âmbito administrativo pela Presidência da República, cujo processo será decidido pelo Presidente da 
República. 
D) pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, competente em razão do local da prática do crime. 
E) pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal competente em razão do domicilio do Ministro. 
Comentário: 
Observe que essa questão é de 2012, ou seja, antecede a decisão tomada pelo STF em junho de 2018, em 
que a Suprema Corte entendeu que os Ministros de Estado não têm direito a foro por prerrogativa de função 
quando respondem a supostos crimes cometidos antes de assumirem a função ou praticados durante o 
mandato, mas sem relação com o cargo. A banca considerou a assertiva ‘b’ como correta, mas após o novo 
entendimento do STF, o foro seria a justiça comum, pois o ato praticado não guarda qualquer relação com 
a função. 
Gabarito: B 
 
(C) Atribuições 
As funções constitucionais dos Ministros de Estado estão previstas, em um rol exemplificativo, no 
parágrafo único do art. 87, da CF/88. São elas: 
(i) exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na 
área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República; 
(ii) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
(iv) apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério; 
(iv) praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente 
da República. 
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Noinciso I do parágrafo único do art. 87, encontra-se a tarefa de referendar os atos e decretos 
assinados pelo Presidente da República. Sobre essa função, cumpre informar que a referenda ministerial 
é um requisito dispensável de validade dos atos e decretos presidenciais, conforme doutrina majoritária 
e pronunciamento da Corte Suprema proferido no MS 22.706: 
MS 22.706 MG, Rel. Min. Moreira Alves: Cumpre ter presente, por isso mesmo, no que concerne à 
função da referenda ministerial, que esta não se qualifica com requisito indispensável de validade dos 
decretos presidenciais. Daí a advertência constante do magistério de JOSÉ AFONSO DA SILVA 
("Curso de Direito Constitucional Positivo", p. 607, 12ª ed., 1996, Malheiros): "O referendo ministerial, 
que é de pouca significação no presidencialismo, consiste na subscrição das leis, medidas provisórias 
e decretos do Chefe do Executivo que dizem respeito à sua pasta. Não interfere na validade do ato, 
mas empenha a responsabilidade do Ministro conexa com a do Presidente da República. Se referenda, 
ou não, é tema de seu relacionamento com o Presidente da República. (...). Se ele não assinar, nem 
por isso o ato deixa de valer e ter eficácia. O máximo que pode acontecer e deve acontecer é que a 
discordância do Ministro implique sua exoneração, a pedido ou não. 
O inciso II concede aos Ministros de Estado o poder de expedir instruções para a execução das 
leis, decretos e regulamentos. A conclusão que podemos tirar dessa atribuição é que apesar dos Ministros 
de Estado não poderem editar decretos, eles podem editar portarias (denominadas no inciso como 
instruções). 
As atribuições dos incisos IV e V ilustram bem como os Ministros de Estado se subordinam ao 
Presidente da República, visto que devem apresentar relatório anual de sua gestão no Ministério e 
praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da 
República. 
Em encerramento ao tópico, trago duas coisas: (i) um esquema que nos ajude na visualização da 
teoria e, na sequência, (ii) questões sobre o assunto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
ATRIBUIÇÕES DOS 
MINISTROS DE ESTADO 
(Rol exemplificativo) 
Exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e 
entidades da administração federal na área de sua competência e 
referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República 
Expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos 
Apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão 
no Ministério 
Praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas 
ou delegadas pelo Presidente da República 
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Questões para fixar 
[FCC - 2008 - TRT - 18ª Região (GO) - Técnico Judiciário - Área Administrativa] No que tange ao Poder 
Executivo, é correto afirmar que compete ao Ministro de Estado: 
A) decretar e executar a intervenção federal. 
B) decretar o estado de defesa e o estado de sítio. 
C) expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. 
D) conferir condecorações e distinções honoríficas. 
E) nomear o Advogado-Geral da União. 
Comentário: 
As atribuições dos Ministros de Estado estão listadas no parágrafo único do art. 87, CF/88. Dentre as 
atribuições listadas nesse dispositivo, no inciso II encontramos a atribuição de expedir instruções para a 
execução das leis, decretos e regulamentos. Todas as demais assertivas listam atribuições do Presidente da 
República, que estão previstas no art. 84, CF/88. 
Gabarito: C 
[TRT 21R (RN) - 2015 - TRT - 21ª Região (RN) - Juiz do Trabalho Substituto - Adaptada] De acordo com o Art. 
76 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, o Poder Executivo é exercido pelo Presidente 
da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. Na condição de auxiliares do Poder Executivo, com 
inegáveis prerrogativas constitucionais, acerca dos Ministros de Estado, é incorreto afirmar que: 
A) Serão nomeados pelo Presidente da República, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e menos 
de sessenta e cinco anos, no exercício dos direitos políticos. 
B) É atribuição dos Ministros, expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. 
C) Não possuem qualquer estabilidade, podendo ser exonerados a qualquer tempo, ad nutum, pelo 
Presidente da República. 
D) Uma de suas obrigações é a de apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no 
Ministério. 
Comentário: 
Muito interessante essa questão. Não é difícil, apesar de ligeiramente trabalhosa. A letra ‘a’ deve ser 
assinalada, pois realmente os Ministros de Estado serão nomeados pelo Presidente da República, 
entretanto, esses serão escolhidos dentre brasileiros com mais de vinte e um anos (e não mais trinta e menos 
de sessenta e cinco anos) no exercício dos direitos políticos. A letra ‘b’ está de acordo com o art. 87, parágrafo 
único, II, CF/88, por isso não pode ser assinalada. No que tange a letra ‘c’, também é verdadeira, visto que os 
Ministros de Estado são nomeados e exonerados livremente pelo Presidente da República. A letra ‘d’ 
também está correta, conforme preceitua o art. 87, parágrafo único, III, CF/88. 
Gabarito: A 
 
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(3) Sistemas eleitorais, eleição e mandato do Presidente da República 
Existem requisitos constitucionalmente cogentes para que o indivíduo ocupe o cargo de 
Presidente da República (ver o art. 14, § 3°, CF/88). Nesse contexto, deverá o candidato, 
necessariamente: 
(i) possuir a nacionalidade brasileira primária/originária (ser brasileiro nato – art. 12, § 3°, I, CF/88); 
(ii) possuir alistamento eleitoral; 
(iii) estar no pleno exercício dos direitos políticos; 
(iv) estar filiado a algum partido político; 
(v) ter a idade mínima de trinta e cinco anos, a ser comprovada na data da posse; 
(vi) não estar sujeito à incidência de nenhuma causa de inelegibilidade (que são as previstas no art. 14, §§ 
4º a 9º da CF/88). 
 Tais condições costumam aparecer em prova, veja de que forma: 
Questões para fixar 
[CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Tendo em vista as normas 
constitucionais que disciplinam o Poder Executivo, julgue a assertiva: 
Entre os requisitos para alguém candidatar-se ao cargo de presidente ou de vice-presidente da República, 
estão ser brasileiro nato, possuir filiação partidária e ter a idade mínima de trinta anos. 
Comentário: 
A assertiva acertou ao afirmar que para alguém candidatar-se ao cargo de Presidente ou Vice-Presidente da 
República, deve ser brasileiro nato e possuir filiação partidária. Entretanto, se tornou falsa ao afirmar que a 
idade mínima é de trinta anos, visto que deve ser trinta e cinco anos. 
Gabarito: Errado 
[IADES - 2014 - TRE-PA - Técnico Judiciário - Área Administrativa] No que diz respeito aos requisitos 
necessários para a candidatura ao cargo de presidente da República, assinale a alternativa correta: 
A) Ser brasileiro(a) nato(a) ou naturalizado(a). 
B) Ter concluído o ensino médio. 
C) Ser ou ter sido casado(a). 
D) Possuir idade mínima de 35 anos. 
E) Ter a campanha financiada, no mínimo, por uma empresa privada. 
Comentário: 
Pode marcar a letra ‘d’, única que traz um requisito harmônico com o texto constitucional. 
Gabarito: D 
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[FUNRIO - 2009 - MPOG - Agente Administrativo] André Ribeiro, brasileiro nato, residente em Belo 
Horizonte, com 32 anos, tendo nascido em 04 de maio de 1977, é indicado pelo Partido a qual está filiado a 
concorrer nas próximas eleições para Presidente da República, que realizar-se-ãoem outubro de 2010, com 
posse janeiro de 2011. Levando em conta este fato indaga-se acerca de idade mínima para concorrer ao 
cargo de Presidente da República: 
A) 18 anos 
B) 21 anos 
C) 35 anos 
D) 30 anos 
E) 25 anos 
Comentário: 
Assinalou a letra ‘c’ como resposta? Parabéns! Para concorrer ao cargo de Presidente da República, o 
indivíduo deve ter a idade mínima de trinta e cinco anos, a ser comprovada na data da posse (ver art. 11, § 
2°, da Lei 9.504/1997). 
Gabarito: C 
[Serctam - 2016 - Prefeitura de Quixadá - CE - Assistente Jurídico - Adaptada] Julgue o item: 
De acordo com a Constituição Federal, brasileiro, nato ou naturalizado, poderá ser Presidente e Vice-
Presidente da República. 
Comentário: 
Estamos diante de um item claramente falso. De acordo com o § 3º, I, do art. 12, da CF/88, são privativos de 
brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República. 
Gabarito: Errado 
 
Falemos agora das eleições presidenciais! 
Começo lhe lembrando que o mandato do Presidente é de quatro anos e terá início em primeiro de 
janeiro do ano seguinte ao da sua eleição, podendo o mesmo se reeleger para um único período 
subsequente – novidade introduzida pela Emenda Constitucional nº 16/19976. 
Vale informar que o mandato de quatro anos não foi previsto originariamente na Constituição de 
1988, que trazia mandato de cinco anos. A Emenda Revisional nº 5/1994, com vigência a partir de 1º de 
outubro de 1995, reduziu o prazo para quatro anos. Nova emenda constitucional pode, evidentemente, 
alterar o lapso temporal do mandato presidencial. 
No que se refere ao “sistema eleitoral” que será utilizado para a eleição do Presidente e do Vice, 
 
6. Conforme a redação do art. 14, § 5º, da CF/88. 
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sugiro que iniciemos nossa conversa entendendo o significado da expressão. 
“Sistema eleitoral” é uma locução que nos permite entender de que forma os votos serão convertidos 
em cargos. Os dois sistemas eleitorais que adotamos no Brasil são (1) o proporcional e (2) o majoritário 
(que se subdivide em ‘majoritário simples/puro’ e ‘majoritário absoluto/de dois turnos’. 
O sistema proporcional é utilizado para o preenchimento das vagas no Poder Legislativo, com 
exceção do cargo de Senador (que vai se valer do majoritário simples, o mesmo utilizado na eleição de 
Prefeito/Vice de Município com até 200 mil eleitores). 
O majoritário absoluto é utilizado para o preenchimento dos cargos de Presidente/Vice, 
Governador/Vice e Prefeito/Vice de Municípios com mais de 200 mil eleitores. 
Em síntese, a relação entre os sistemas eleitorais e os cargos pode ser assim estruturada7: 
 
Nessa aula, conversaremos, tão somente, sobre o sistema eleitoral majoritário, deixando o estudo 
acerca do sistema proporcional para nossa aula sobre o Poder Legislativo. 
No sistema majoritário, temos duas espécies: (A) o sistema majoritário simples (ou puro); e (B) o 
sistema majoritário absoluto. 
(A) Pelo sistema majoritário simples, será eleito o candidato que obtiver o maior número de votos, 
pouco importando a diferença de votos dele para o segundo colocado8. Como temos um turno único de 
 
7. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1054. 
8. Nas eleições municipais de 2016, alguns candidatos venceram a disputa ao cargo de Prefeito por um único voto de 
diferença: em Caseiros (RS), Leo Tessaro venceu ao obter 1.246 votos, contra 1.245 votos obtidos por Marco Jose Canali; em 
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votação, se houver empate entre os candidatos, se qualifica para o cargo o mais idoso9-10. É o sistema 
utilizado para a eleição dos Prefeitos Municipais nos Municípios que possuírem até duzentos mil eleitores 
(e não habitantes) (art. 29, II, CF/88) e também para a eleição dos Senadores da República (art. 46, CF/88). 
(B) Pelo sistema majoritário absoluto (para parcela da doutrina, nomeado “sistema de dois turnos” – o 
que não me parece muito adequado, pois o segundo turno nesse sistema não necessariamente ocorrerá: 
ele é possível, mas não é obrigatório), será eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos 
válidos, descontados os votos em branco e os nulos. Se nenhum candidato alcançar, em primeiro turno, 
a maioria absoluta dos votos válidos, realizar-se-á um segundo turno com os dois candidatos mais 
votados (art. 77, § 2°, CF/88). É o sistema utilizado para o preenchimento dos cargos de Presidente e Vice-
Presidente da República, Governador e Vice, bem como Prefeitos e Vices de Municípios que tenham mais 
de duzentos mil eleitores (de acordo com o texto constitucional nos artigos 77, 28 e 29, II). 
De acordo com o que dispõe a Constituição no art. 77, § 4º e § 5º, nas eleições realizadas no sistema 
majoritário absoluto, se antes de realizado o segundo turno ocorrer morte, desistência ou impedimento 
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação e, na hipótese de 
remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a mesma votação, qualificar-se-á para o 
cargo o mais idoso. 
No mais, lembremos que o 1º turno será realizado no primeiro domingo de outubro e o segundo 
turno, se houver, no último domingo de outubro do ano anterior ao do término do mandato presidencial 
vigente (art. 77, caput, CF/88). Outro detalhe importante: a eleição do Presidente acarretará, 
simultaneamente, a eleição do Vice-Presidente que com ele tenha sido registrado – chapa única (art. 77, 
§ 1°, CF/88). 
 
 
Aral Moreira (MS), Alexandrino Garcia venceu ao conquistar 2.558 votos, contra Marines Oliveira, que obteve 2.557; em 
Palestina (AL), Lane Cabudo venceu por ter obtido 1.869 votos, contra os 1.868 votos que Junior Alcantara obteve. Em outras 
eleições isso já havia ocorrido. Apenas para ilustrar, cite-se três casos de 2012: (i) em Exu (PE), Léo Saraiva (PTB) foi eleito 
com vantagem de apenas 1 voto: 10.023, contra 10.022 de Jaílson Bento (PSB); (ii) a mesma diferença foi verificada em 
Correntes (PE), pois Edimilson da Bahia (PSB) recebeu 4.621 votos, e Júnior (PR), 4.620; (iii) em Caiçara (PB), Cícero (PSB) 
recebeu 2.736 votos, contra 2.735 de Bola (PMDB). 
9. Nos termos do art. 110 do Código Eleitoral (Lei n° 4.737/1965): “Em caso de empate, haver-se-á por eleito o candidato mais 
idoso”. 
10. Nas eleições de 2016 no Município de Cariús (CE), o critério de desempate na disputa pelo cargo de Prefeito foi a idade: Iran 
e Nizo obtiveram, cada um, 5.811 votos, tendo Iran se qualificado para preencher o cargo por ser mais velho. Também nas 
eleições de 2012, em dois Municípios brasileiros o critério de desempate na disputa pelo cargo de Prefeito foi a idade. Em 
Bananal (SP), Peleco (PSDB) e Mirian Bruno (PV) somaram 1.849 votos cada, mas Miriam é quem foi eleita. O caso se repetiu 
em Balsa Nova (PR), com Marcos Antônio Zanetti (PDT) e Luiz Cláudio Costa (PMDB) que somaram 3.869 votos cada. Luiz 
Costa foi eleito por ser o mais velho. 
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Agora, uma decisão importante do STF sobre o tema: no julgamento da ADI 5081, em maio de 2015, 
nossa Corte Suprema decidiu que os eleitos pelo sistema majoritário não incorrem em infidelidade 
partidária quando trocam de partido no curso do mandato. Ou seja: se um Prefeito, por exemplo, trocar 
de partido no curso do mandato, ele não incorrerá em ‘infidelidade partidária’ e, por isso, não se sujeitará 
à perda do seu mandato.A regra para os eleitos pelo sistema proporcional, como veremos na aula sobre 
o Poder Legislativo, é diferente (adiantando: se trocarem de partido no curso do mandato sem que haja 
justa causa, incorrem em infidelidade partidária e podem perder o mandato). 
Notícias STF - Quarta-feira, 27 de maio de 2015 
Perda do mandato por troca de partido não se aplica a eleições majoritárias 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, na sessão de julgamentos desta quarta-feira 
(27), que não se aplica aos cargos do sistema majoritário de eleição (prefeito, governador, senador e 
presidente da República) a regra de perda do mandato em favor do partido, por infidelidade 
partidária, referente aos cargos do sistema proporcional (vereadores, deputados estaduais, distritais 
e federais). A decisão, unânime, se deu no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 
5081, de relatoria do ministro Luís Roberto Barroso. 
Os ministros aprovaram a tese: “A perda do mandato em razão da mudança de partido não se aplica 
aos candidatos eleitos pelo sistema majoritário, sob pena de violação da soberania popular e das 
escolhas feitas pelo eleitor”, além de declararem inconstitucionais as expressões “ou o vice”, do artigo 
10, “e, após 16 de outubro corrente, quanto a eleições pelo sistema majoritário”, do artigo 13, e 
conferiram interpretação conforme a Constituição Federal ao termo “suplente”, do artigo 10, todos 
da Resolução 22.610/2007 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 
Por último, e em finalização ao item, é importante esclarecer um ‘mito popular’ referente às eleições 
que ressurge a cada novo período eleitoral, ainda com mais potência. São campanhas que encorajam o 
voto nulo ao argumento de que se mais de 50% dos votos dados pelos eleitores forem anulados, será 
necessária a realização de uma nova eleição. A tese é falsa. Como os votos nulos (e os em branco) não 
são computados como votos válidos, o resultado da eleição só leva em consideração votos dados aos 
candidatos que disputam o pleito. 
De onde vem esse boato? De uma equivocada interpretação que se faz do art. 224 do Código Eleitoral11 
(Lei n° 4.737/1965), que preceitua: “Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos do País nas eleições 
presidenciais, do Estado nas eleições federais e estaduais ou do Município nas eleições municipais, julgar-
se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 
 
11. Atualmente com redação dada pela Lei n° 13.165/2015. 
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(vinte) a 40 (quarenta) dias”. O erro está em equiparar a nulidade ao voto nulo. O voto nulo deriva de ato 
exclusivo do eleitor que erra a digitação ou digita um número inexistente em sinal de protesto ou por 
absoluta falta de interesse no resultado da eleição. Já a nulidade referida no artigo é a anulação, pelo TSE 
(Tribunal Superior Eleitoral) dos votos recebidos por certos candidatos em casos de fraude, abuso de poder, 
corrupção, compra de voto, extravio ou furto de urnas. Somente neste caso, de o candidato cassado ter 
alcançado mais da metade dos votos, é que será imperiosa a realização de novas eleições, denominadas 
suplementares. Assim, segundo o TSE, na aplicação do art. 224 do Código Eleitoral é preciso que o 
candidato cassado tenha obtido sozinho mais de 50% (cinquenta por cento) dos votos válidos, não 
entrando neste cálculo os votos originariamente nulos. 
Bom, façamos mais uma pausa no conteúdo para verificarmos como o tema tem sido cobrado nas 
provas: 
Questões para fixar 
[AOCP - 2018 - SUSIPE-PA - Engenheiro de Segurança do Trabalho - Adaptada] Julgue o item a seguir: 
O Poder Executivo, no âmbito federal, é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de 
Estado, sendo que a eleição do Presidente da República será apartada do Vice-Presidente, que poderá ser 
independente. 
Comentário: 
A assertiva se torna falsa ao dizer que a eleição do Presidente da República será apartada do Vice-
Presidente. Conforme preceitua o art. 77, CF/88, a eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República 
realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo 
de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente. 
E, nos termos do parágrafo § 1° do art. 77, a eleição do Presidente importará a do Vice que com ele tenha 
sido registrado (já que a chapa é única). 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2010 - TRE-MT - Técnico Judiciário - Área Administrativa - Adaptada] Tendo em vista as normas 
constitucionais que disciplinam o Poder Executivo, julgue a assertiva: 
A eleição do presidente da República ocorre pelo sistema majoritário puro (ou simples), no qual será 
considerado eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta de votos, aí computados os votos em branco 
e os nulos. 
Comentário: 
Vários erros no item. A eleição do Presidente da República se dá pelo sistema majoritário absoluto, e não 
pelo simples/puro. Assim, será eleito o candidato que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos, 
descontados os votos em branco e os nulos. A assertiva, não há dúvida, é falsa. 
Gabarito: Errado 
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[TJ-PR - 2010 - TJ-PR - Juiz - Adaptada] No que tange à organização político-administrativa do Estado, julgue 
o item: 
O Chefe do Poder Executivo federal exerce, hoje, chefia de Estado e chefia de Governo no País, sendo eleito 
pelo sistema eleitoral majoritário de dois turnos (não pelo majoritário simples). Aliás, é o sistema eleitoral 
adotado no Brasil para a eleição do Presidente da República, dos Governadores dos Estados-membros e do 
DF e dos Prefeitos dos municípios com mais de duzentos mil eleitores. 
Comentário: 
Essa é uma questão bem completa, que trata de vários pontos referentes ao Poder Executivo. 
Primeiramente, devemos nos lembrar que adotamos como sistema de governo o presidencialista, no qual a 
chefia é una, ou seja, o chefe do Poder Executivo (Presidente) exerce a função de chefe de Governo e de 
Estado. Realmente o sistema eleitoral majoritário de dois turnos (ou absoluto) é adotado no Brasil para 
eleger o Presidente da República e seu Vice. Este mesmo sistema eleitoral é utilizado para as eleições de 
Governadores dos Estados-membros e do DF e dos Prefeitos dos Municípios com mais de duzentos mil 
eleitores (arts. 32, § 2º; 29, II; e 28, todos da CF/88). Portanto, podemos assinalar essa assertiva como 
verdadeira. 
Gabarito: Certo 
 
(4) Impedimento e vacância 
Iniciaremos o estudo deste ponto da matéria verificando a distinção ente os termos 
“impedimento” e “vacância”. 
Os afastamentos temporários (efêmeros, passageiros) são intitulados impedimentos. São 
decorrências, por exemplo, da realização de uma viagem ou da ausência acarretada por um tratamento 
de saúde. Neste caso, o Presidente precisará de um substituto. 
Já a vacância é ocasionada pela impossibilidade categórica e decisiva de exercer a função (o 
cargo fica vago). É fruto, por exemplo, de morte, renúncia ou mesmo da perda do cargo. Neste caso, o 
Presidente precisará de um sucessor. 
Nos termos do art. 79, CF/88, o Vice-Presidente tem como atribuição primária substituir o 
Presidente da República em caso de impedimento, ou sucedê-lo em caso de vacância. Nesse sentido, o 
Vice-Presidente é o substituto e o sucessor natural do Presidente da República. 
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-
Presidente. 
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas 
por lei complementar,auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais. 
Muito cuidado com os termos! Se o examinador falar de uma ausência temporária, passageira, 
ocasionada por mero impedimento, só precisaremos de um substituto. Se ele, ao contrário, mencionar 
que o cargo ficou vago, já precisaremos de um sucessor para o Presidente. Muita atenção, portanto, com 
a troca dos termos, como a que foi feita na questão abaixo: 
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Questão para fixar 
[UERR - 2018 - SETRABES - Administrador - Adaptada] Considerando o que dispõe a Constituição Federal 
sobre o Poder Executivo, julgue a assertiva: 
Sucederá o Presidente, no caso de impedimento, e substituir-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. 
Comentário: 
Conseguiu identificar o erro dessa assertiva? O examinador inverteu as hipóteses em que o Vice-Presidente 
irá substituir e suceder o Presidente da República. Conforme preceitua o art. 79, CF/88, substituirá o 
Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente. 
Gabarito: Errado 
 
Seguindo na análise, estimado aluno, entenda o que vai acontecer diante de cada um dos cenários 
possíveis: 
(i) Se somente o Presidente estiver impedido (em razão, por exemplo, de uma viagem), o Vice será o seu 
substituto. 
(ii) Se somente o Vice-Presidente estiver impedido (em razão, por exemplo, de uma doença), o 
Presidente governará sozinho. 
(iii) Se o Presidente e o Vice-Presidente estiverem ambos impedidos (imaginemos que o Presidente 
esteja suspenso de suas funções durante o processamento do seu impeachment e o Vice adoeça), 
teremos um cenário mais interessante, efetivamente digno de destaque! Diante deste impedimento 
simultâneo do Presidente da República e do Vice, iremos acionar, na ordem, as autoridades que estão 
listadas, em rol taxativo, no artigo 80. Trata-se da linha de substituição presidencial, que 
necessariamente deverá ser acionada na sequência constitucionalmente estabelecida (repare que é uma 
ordenação que está em ordem alfabética): 
(1º) Presidente da Câmara dos Deputados; 
(2º) Presidente do Senado Federal; 
(3º) Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal 
Em outras palavras, em primeiro lugar acionaremos o Presidente da Câmara dos Deputados, Casa 
que representa o povo. Caso ela não possa assumir, acionaremos o Presidente do Senado Federal, Caso 
que representa os Estados-membros e o Distrito Federal. Se por um acaso ele também estiver impedido, 
acionaremos o Presidente do STF (claro que se este também estiver impedido, o Vice-Presidente do STF 
irá substituí-lo e, por consequência, irá exercer temporariamente a Presidência da República). 
Acerca dessas autoridades que podem substituir o Presidente, três informações são super 
relevantes para a sua prova: 
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(i) Todas elas devem ser brasileiras natas, por força da previsão do § 3º do artigo 12. Vale recordar que os 
Deputados Federais e os Senadores podem ser natos ou naturalizados: só os Presidentes das duas Casas 
Legislativas que devem ser natos. Por outro lado, os 11 ministros do STF devem ser natos, já que qualquer 
um deles pode ocupar a Presidência da Corte. 
(ii) Visto que somente o Vice-Presidente da República é legitimado para suceder o Presidente da 
República (isto é, ocupar definitivamente o cargo), as autoridades listadas no art. 80, da CF/88, assumirão 
o cargo de Presidente da República sempre de maneira provisória, somente no transcurso do 
impedimento. 
(iii) Ainda sobre as autoridades que compõem a linha de substituição presidencial, vale mencionar uma 
importante decisão proferida pelo STF no final do ano de 2016, ao analisar a Medida Cautelar na Arguição 
de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 402. Nossa Corte Suprema entendeu que os 
substitutos eventuais do Presidente da República, caso figurem na posição de réus criminais, ficarão 
impossibilitados de exercer a Presidência da República, embora possam exercer a chefia e direção de 
suas respectivas Casas. Em outras palavras: a condição de réu em ação penal não impede que o substituto 
eventual continue a desempenhar a chefia de seu órgão de origem, mas o impossibilita de substituir o 
Presidente e exercer, ainda que de modo temporário, a Presidência da República. 
Qual a razão de ser desse novo entendimento do STF? Bom, pense no seguinte: se o Presidente 
estiver sendo processado pela prática de crime comum ou de crime de responsabilidade, ele ficará 
suspenso de suas funções, por força do art. 86, § 1°, CF/88. Ora, se o Presidente não pode exercer seu 
cargo porque é réu em um processo criminal (ou porque responde, perante o Senado Federal, em virtude 
da prática de uma infração política administrativa – crime de responsabilidade), porque os seus 
substitutos poderiam ser réus e, ao mesmo tempo, exercer a Presidência? Percebeu como seria ilógico? 
Algo que a Constituição nega ao Presidente seria facultado aos seus substitutos. 
Foi por isso que o Plenário do STF assentou que os substitutos eventuais do Presidente da 
República (descritos no artigo 80, CF/88), caso sejam réus em ação penal, não poderão exercer a 
Presidência. A corrente majoritária seguiu o voto do Ministro Celso de Mello, designado redator para o 
acórdão do julgamento dessa Medida Cautelar, no sentido de que a condição de réu em ação penal não 
vai impedir que o substituto eventual continue a desempenhar a chefia de seu órgão de origem (ou seja, 
ele poderá ser o Presidente da Câmara, ou do Senado ou do STF), mas não permitirá que ele exerça a 
Presidência da República. 
Assim, por exemplo, se o Presidente e o Vice fizerem uma viagem ao exterior juntos 
(impedimento simultâneo), acionaremos o Presidente da Câmara dos Deputados (seguindo a ordem 
estabelecida pela Constituição Federal). Mas se ele for réu em uma ação penal, não poderemos chama-
lo: iremos “saltar” esta autoridade e acionar o Presidente do Senado Federal. Compreendeu? 
Sequenciando nossos estudos, agora que já falamos do impedimento, vejamos o que deve ser 
estudado acerca da vacância. 
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Ela representa uma impossibilidade definitiva de exercer a função presidencial, e pode gerar os 
seguintes cenários: 
(i) Se somente o cargo de Presidente ficar vago, por exemplo, em razão de morte, o Vice-Presidente irá 
assumir o cargo como sucessor definitivo. 
(ii) Se somente o cargo de Vice-Presidente ficar vago, por exemplo, em razão de renúncia, o Presidente 
seguirá governando sozinho. 
(iii) Havendo, entretanto, dupla vacância, em que os dois cargos (de Presidente e Vice-Presidente da 
República) ficam vagos, teremos a realização de novas eleições, que poderão ser diretas ou indiretas a 
depender do momento em que o cenário de dupla vacância se desenhar. Vejamos o que preceitua o art. 
81, da CF/88: 
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa 
dias depois de aberta a última vaga. 
§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os 
cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores. 
Conforme o dispositivo acima, ocorrendo a vacância dos dois cargos nos dois primeiros anos do 
mandato presidencial deverá ser organizada nova eleição em até noventa dias depois de aberta a última 
vaga. Referida eleição será direta: os cidadãos são acionados para exercer seu direito ao sufrágio 
universal, por meio do voto direto e secreto. 
Poroutro lado, se a vacância dos dois cargos se efetivar nos últimos dois anos do mandato 
presidencial, será feita nova eleição, trinta dias depois da última vaga se abrir. Nesse caso, a nova eleição 
será indireta, realizada pelo Congresso Nacional (que funcionará como um colégio eleitoral). Aliás, não 
se esqueça de reparar que esta é a única hipótese em que a Constituição da República permite a 
realização de eleição indireta para um cargo eletivo. 
Observe as duas situações no esquema12 abaixo: 
 
12. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1059. 
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No mais, para fecharmos esse estudo que envolve a vacância e o impedimento, lembremos de 
algumas últimas informações importantes: 
(i) A lei de que trata o §1º do artigo 81 ainda não foi editada, mas, segundo a doutrina, não há inviabilidade 
na aplicação do dispositivo antes da regulamentação (princípio da máxima efetividade das normas 
constitucionais). 
(ii) Qualquer pessoa que preencha os requisitos constitucionalmente exigidos para ocupar o cargo de 
Presidente da República poderá se candidatar para concorrer às eleições diretas ou indiretas (se e quando 
o §1º do artigo 81 for regulamentado, é possível que o legislador estabeleça regramento específico 
relativamente aos indivíduos aptos a concorrer na eleição indireta, determinando, por exemplo, que 
somente os Congressistas poderiam disputar as vagas). 
(iii) Aqueles que forem eleitos nessas novas eleições extraordinárias somente irão completar o mandato 
já iniciado pelos antecessores, nos termos do §2º do artigo 81 da CF (“mandato tampão”). O intuito é 
preservarmos o princípio da coincidência dos mandatos federais e estaduais. 
(iv) O STF já firmou entendimento pela não incidência do princípio da simetria no que se refere à eleição 
indireta. Destarte, o §1º do artigo 81 da CF/88 não é considerado norma de observância obrigatória para 
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as demais entidades da Federação, tendo como razão a absoluta excepcionalidade da eleição indireta 
em face do princípio republicano. 
Para finalizarmos esse ponto, vou lhe mostrar um esquema13 que resume os cenários narrados de 
impedimento e vacância e, na sequência, vou lhe convidar para resolvermos juntos algumas questões! 
 
 
 
Questões para fixar 
[FUNRIO - 2015 - UFRB - Assistente em Administração] Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
Presidente da República, qual a ordem de chamamento para o exercício do cargo, nos termos da 
Constituição Federal? 
A) O Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal. 
B) O Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Tribunal Superior Eleitoral. 
C) O Presidente do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados e o do Supremo Tribunal Federal. 
 
13. MASSON, Nathalia. Manual de Direito Constitucional. 7ª. ed. Salvador: Juspodivm, 2019, p. 1058. 
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D) O Presidente do Congresso Nacional, o do Supremo Tribunal Federal e o do Tribunal Superior Eleitoral. 
E) O Presidente do Congresso Nacional, o do Supremo Tribunal Federal e o do Superior Tribunal de Justiça. 
Comentário: 
Devemos assinalar a letra ‘a’ como nossa resposta, pois está em plena conformidade com o art. 80, CF/88. 
Gabarito: A 
[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Julgue o item: 
Em caso de vacância dos cargos de Presidente e de Vice-Presidente, serão sucessivamente chamados ao 
exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo 
Tribunal Federal. 
Comentário: 
A assertiva apresentada está correta, sendo quase a reprodução literal do art. 80, CF/88! 
Gabarito: Certo 
[FUNCAB - 2013 - ANS - Complexidade Intelectual - Direito - Adaptada] Sobre a organização do Poder 
Executivo, prevista na Constituição Federal, julgue a assertiva: 
Ocorrendo a vacância dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República nos últimos dois anos do 
período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita noventa dias depois da última vaga, pelo 
Congresso Nacional, na forma da lei. 
Comentário: 
O item apresentado é falso! Conforme preceitua o art. 81, § 1º, CF/88, ocorrendo a vacância nos últimos dois 
anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias (e não noventa dias) depois 
de aberta a última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2015 - MPOG - Técnico de Nível Superior - Cargo 22] Com relação ao Poder Executivo e às 
atribuições e responsabilidades do presidente da República, julgue o próximo item: 
No caso de vacância do cargo de presidente da República ocorrida nos últimos dois anos do período 
presidencial, deverão ser feitas eleições noventa dias após a abertura da vaga. 
Comentário: 
De acordo com o texto constitucional, se a vacância dos dois cargos se efetivar nos últimos dois anos do 
mandato será feita nova eleição, trinta dias depois da última vaga se abrir. Nesse caso, a eleição será 
indireta, porque realizada pelo Congresso Nacional. O item, portanto, é falso. 
Gabarito: Errado 
[UEPA - 2013 - SEAD-PA - Fiscal de Receitas Estaduais - Conhecimentos básicos] Considerando os termos 
da Constituição Federal de 1988, em se tratando de vacância do cargo de Presidente da República, a 
providência a ser adotada é: 
A) na vacância, tal como no impedimento, suceder-lhe-á o Vice-Presidente da República. 
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B) o Congresso Nacional deverá convocar nova eleição, na hipótese da vacância do cargo de Presidente da 
República ocorrer faltando dois anos para o término do mandato presidencial. 
C) na hipótese de “mandato-tampão”, decorrente da vacância do cargo de Presidente da República, os 
novos eleitos deverão completar um período não inferior a dois anos de mandato. 
D) a Constituição Federal não faz distinção, quanto aos efeitos, entre impedimento e vacância. 
E) a vacância do cargo de Presidente da República, fica vago também o cargo de Vice-Presidente, dado que 
a eleição de ambos foi conjunta e será convocada nova eleição. 
Comentário: 
Todas as alternativas são interessantes! Mas nossa resposta está na letra ‘a’, única quase completamente 
harmônica com nossa Constituição (digo quase, pois em situação de impedimento o Vice atuará como 
substituto, e não como sucessor do Presidente). Vejamos o erro das demais alternativas: 
- letra ‘b’: no caso de somente o cargo de Presidente ficar vago, não teremos novas eleições, pois o Vice 
assumirá como sucessor; 
- letra ‘c’: no “mandato-tampão”, os eleitos somente irão completar o período já iniciado pelos antecessores, 
ficando no cargo pelo período que resta para completar aquele mandato (pode ser que os novos eleitos 
fiquem no cargo por poucos meses, por exemplo, no caso de dupla vacância no último ano do período 
presidencial); 
- letra ‘d’: há importantes distinções constitucionais entre os dois institutos! 
- letra ‘e’: a vacância do cargo de Presidente não ocasiona automaticamente a vacância do cargo de Vice. 
Gabarito: A 
[CESPE - 2015 - TRE-MT - Técnico Judiciário – Administrativa - Adaptada] Acerca dos Poderes Executivo e 
Legislativo, julgue o item: 
Ocorrendo, a qualquer momento, a vacância dos cargos de presidente e de vice-presidente da Repúblicano 
decorrer do mandato, deverá ser convocada eleição no âmbito do Congresso Nacional para a ocupação de 
ambos os cargos. 
Comentário: 
Uma nova eleição só será feita pelo Congresso Nacional quando a vacância dos dois cargos se efetivar nos 
últimos dois anos do mandato. Neste caso, teremos a feitura da nova eleição trinta dias depois da última 
vaga se abrir. A assertiva é, pois, incorreta. 
Gabarito: Errado 
[CESPE - 2015 - TJ-DFT - Juiz de Direito Substituto - Adaptada] A respeito da organização do Estado e do 
Poder Executivo, julgue o próximo item: 
Caso o presidente e o vice-presidente da República decidam renunciar a seus cargos ao final do primeiro ano 
de mandato, deverá haver eleição para ambos os cargos, pelo Congresso Nacional, noventa dias após a 
abertura das vagas. 
Comentário: 
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O item é incorreto. Ocorrendo a vacância dos dois cargos nos dois primeiros anos do mandato presidencial 
(ex: Presidente e o Vice-Presidente da República renunciam aos seus cargos ao final do primeiro ano de 
mandato) deverá ser organizada nova eleição em até noventa dias depois de aberta a última vaga. Referida 
eleição será direta, estando regulada pelo art. 81, caput. 
Gabarito: Errado 
 
(5) Licença 
O art. 83 do texto constitucional determina que o Presidente e o Vice-Presidente da República 
não poderão sair do país por mais de quinze dias, sem licença (autorização) do Congresso Nacional. Se 
o fizerem, se sujeitarão à perda do cargo. 
Na percepção da doutrina14, a ausência do país por período superior a quinze dias, salvo motivo 
de força maior, é hipótese equivalente à renúncia. Trata-se, pois, de uma extinção de mandato que, por 
afigurar-se como questão política, não poderá ser declarada por um órgão jurisdicional, mas sim pelo 
Congresso Nacional. Se a este órgão cabe conceder a autorização, a ele igualmente competirá a análise 
do desrespeito à regra da licença e, por conseguinte, a eventual aplicação da sanção prevista 
constitucionalmente, qual seja, a perda do cargo. 
Conforme orientação do STF15, referida disposição deve ser aplicada também em âmbito estadual 
– é norma de observância obrigatória para os Estados-membros. Assim, pela incidência do princípio 
da simetria, o Governador não poderá ausentar-se do Estado (ou do país) pelo lapso temporal superior a 
quinze dias sem estar autorizado pela respectiva Assembleia Legislativa, sob pena de perder o cargo. 
Entendemos que também os Prefeitos devem obter a licença da Câmara Municipal caso queiram se 
afastar do Município por período superior a quinze dias sem o espectro da perda do cargo. 
Nesse contexto, o STF vem declarando inconstitucionais normas de Constituição estadual que 
determinem que a licença deve ser dada diante de afastamento do chefe do Poder Executivo “a qualquer 
tempo”, em virtude da quebra de simetria com o modelo federal (que só exige a licença para 
afastamentos por período superior a 15 dias). 
 
 
 
 
14. SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional positivo. 32ª ed. atual. São Paulo. Malheiros, 2009, p. 547. 
15. Conforme decidiu a Corte na ADI 3.647-MA, STF, Rel. Min. Joaquim Barbosa, noticiada no Informativo 480, STF. 
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[FEPESE - 2018 - PGE-SC - Procurador do Estado - Adaptada] Julgue o item: 
O Presidente da República não poderá, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do país por mais de 
24 horas, sob pena de perda do cargo. 
Comentário: 
Há no texto constitucional regra determinando que o Presidente e o Vice-Presidente da República não 
possam sair do país por mais de quinze dias (e não por mais de 24 horas), sem licença (autorização) do 
Congresso Nacional. 
Gabarito: Errado 
[FUNRIO - 2015 - UFRB - Assistente em Administração] Com relação a saída do Brasil do Presidente e do 
Vice-Presidente da República, nos termos da Constituição Federal, é correto afirmar o seguinte: 
A) O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Senado Federal, ausentar-se 
do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
B) O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença da Câmara Federal, ausentar-se 
do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
C) O Presidente e o Vice-Presidente da República poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se 
do País por período inferior a trinta dias. 
D) O Presidente e o Vice-Presidente da República poderão, sem licença do Senado Federal, ausentar-se do 
País por período inferior a trinta dias. 
E) O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, 
ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
Comentário: 
Conforme preceitua o art. 83, CF/88, o Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença 
do Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. 
Podemos assinalar a letra ‘e’ como nossa resposta. 
Gabarito: E 
[FUNRIO - 2016 - IF-BA - Assistente de Alunos] Segundo a Constituição Federal de 1988, o Presidente e o 
Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do Congresso Nacional, ausentar-se do País por 
período superior a: 
A) cinco dias. 
B) sete dias. 
C) dez dias. 
D) doze dias. 
E) quinze dias. 
Comentário: 
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Essa foi fácil de acertar! A letra ‘e’ é a nossa resposta, pois está em plena sintonia com o art. 83, CF/88. 
Gabarito: E 
[FCC - 2006 - TRT - 4ª REGIÃO (RS) - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de Mandados] O 
Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão ausentar-se do País por período superior a: 
A) vinte dias, sem licença do Supremo Tribunal Federal. 
B trinta dias, sem licença do Senado Federal. 
C) dez dias, sem licença da Câmara dos Deputados. 
D) quinze dias, sem licença do Congresso Nacional. 
E) cinco dias, sem licença do Conselho da República. 
Comentário: 
Das cinco assertivas, a única que está em consonância com o texto constitucional é a constante da letra ‘d’. 
Gabarito: D 
[UERR - 2018 - SETRABES - Sociólogo] Considerando o que dispõe a Constituição Federal sobre o Poder 
Executivo, o Presidente e o Vice-Presidente da República poderão, sem licença do Congresso Nacional, 
ausentar-se do País quando o período for de até: 
A) vinte dias. 
B) quinze dias. 
C) trinta dias. 
D) quarenta e cinco dias. 
E) sessenta dias. 
Comentário: 
Já sabemos que o Presidente e o Vice-Presidente da República poderão, sem licença do Congresso Nacional, 
ausentar-se do País quando o período for de até quinze dias. Se forem se ausentar por período superior a 
quinze dias, será necessária a autorização do Congresso Nacional. Nossa resposta, portanto, encontra-se na 
letra ‘b’. 
Gabarito: B 
[CESPE - 2007 - ANVISA - Técnico Administrativo] No que se refere ao direito constitucional, julgue o item 
a seguir: 
A Constituição Federal veda que o presidente e o vice-presidente da República se ausentem do país ao 
mesmo tempo. 
Comentário: 
A Constituição Federal não veda que o Presidente e o Vice-Presidente da República se ausentem do país ao 
mesmo tempo. A vedação constitucional é no sentido de que eles não poderão, sem licença do Congresso 
Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda do cargo. Se o 
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