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APOSTILA DESENHO TÉCNICO MECÂNIO 1 - SENAI

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Desenho 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
004622 (46.70.11.311-1) 
 
© SENAI-SP, 2009 
 
3a Edição. 
 
Trabalho revisado pelo Comitê Técnico de Desenho Técnico e editorado por Meios Educacionais da 
Gerência de Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP. 
 
Revisão Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
Coordenação editorial Gilvan Lima da Silva 
 
 
2a Edição, 1991. 
Trabalho elaborado e editorado pela Divisão de Material Didático da Diretoria de Tecnologia Educacional 
do SENAI-SP. 
 
Coordenação do projeto Lauro Annanias Pires 
Revisão técnica Lauro Annanias Pires 
Elaboração Antonio Ferro 
José Romeu Raphael 
Paulo Binhoto Filho 
Ilustração Devanir Marques Barbosa 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
S47i SENAI-SP. DMD. Iniciação ao desenho. Por Antonio Ferro et al. 2. ed. São 
Paulo, 1991. (Desenho l, 1). 
 
1. Desenho técnico. 2. Iniciação ao desenho. l.t. ll.s. 
 
74:62 
(CDU, lBlCT, 1976) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Departamento Regional de São Paulo 
Av. Paulista, 1313 - Cerqueira César 
São Paulo – SP 
CEP 01311-923 
 
Telefone 
Telefax 
SENAI on-line
 (0XX11) 3146-7000 
(0XX11) 3146-7230 
0800-55-1000 
 
E-mail 
Home page
 senai@sp.senai.br 
http://www.sp.senai.br 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
 
 
Sumário 
 
 
 
Introdução 9
Desenho artístico e desenho técnico 11
Material de desenho técnico 15
O papel 15
O Lápis 18
A borracha 18
A régua 19
Caligrafia técnica 21
Figuras geométricas 25
Ponto 26
Linha 27
Plano ou superfície plana 28
Figuras planas 29
Sólidos geométricos 31
Sólidos geométricos 31
Prismas 32
Pirâmides 34
Sólido de revolução 36
Cone 37
Esfera 38
Sólidos geométricos truncados 39
Sólidos geométricos vazados 39
Comparando sólidos geométricos e objetos da área da Mecânica 40
Perspectiva isométrica 43
Traçados da perspectiva isométrica do prisma 45
Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos 48
Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos 49
Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados 50
Traçado da perspectiva isométrica do círculo 50
Traçado da perspectiva isométrica do cilindro 52
Traçado da perspectiva isométrica do cone 52
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
Outros exemplos do traçado da perspectiva isométrica 53
Projeção ortogonal 55
Projeção em três planos 57
Rebatimento de três planos de projeção 58
Aplicação de linhas 63
Linha traço ponto estreita 65
Traço e ponto largo 71
Traço ponto estreito e largo nas extremidades e na mudança de direção 71
Ordem de prioridade de linhas coincidentes 72
Terminação das linhas de chamadas 72
Cotagem 75
Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localização de elementos 79
Cotagem de peças simétricas 80
Seqüência de cotagem 81
Cotagem de elementos esféricos 85
Cotagem de elementos angulares 85
Cotagem de ângulos em peças cilíndricas 87
Cotagem de chanfros 88
Cotagem em espaços reduzidos 89
Cotagem por faces de referência 90
Cotagem por coordenadas 91
Cotagem por linhas básicas 92
Cotagem de furos espaçados igualmente 92
Indicações especiais 94
Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para 
indicar uma situação especial 
 
94
Cotagem de peças com faces ou elementos inclinados 95
Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos 96
Cotagem de conjuntos 98
Supressão de vistas 99
Supressão de vistas iguais e semelhantes 99
Supressão de vistas diferentes 103
Desenho técnico com vista única 104
Símbolo indicativo de quadrado 107
Símbolo indicativo de superfície plana 109
Símbolo indicativo de diâmetro 110
Supressão de vistas em peças com forma composta 111
Representação com supressão de vistas em corte 113
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
Representação com supressão de vistas em meio corte 114
Supressão de vistas em peças com vistas parciais 115
Representações com vista única em vistas parciais 116
Desenho em corte 119
Corte 119
Hachuras 119
Corte na vista frontal 121
Corte na vista superior 121
Corte na vista lateral esquerda 122
Mais de um corte no desenho técnico 122
Meio-corte 124
Meio-corte em vista única 126
Duas representações em meio-corte no mesmo desenho 126
Representação simplificada de vistas de peças simétricas 126
Meia-vista 128
Escalas 131
O que é escala 131
Desenho técnico em escala 133
Escala natural 134
Escala de redução 134
Escala de ampliação 135
Escalas recomendadas 136
Cotagem em diferentes escalas 137
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 9
 
 
Introdução 
 
 
 
 
 
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio de desenho técnico é tão 
importante quanto a execução de uma tarefa, pois é o desenho que fornece todas as 
informações precisas e necessárias para a construção de uma peça. 
 
O objetivo desta unidade é dar os primeiros passos no estudo de desenho técnico. 
Assim, você aprenderá: 
• As várias formas de representação de um objeto; 
• Os recursos materiais necessários para sua representação; 
• Caligrafia técnica; 
• Figuras e sólidos geométricos; 
• Projeção ortogonal; 
• Cotagem; 
• Escala. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 10 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
11
 
 
Desenho artístico e 
desenho técnico 
 
 
 
 
O homem se comunica por vários meios. Os mais importantes são a fala, a escrita e o 
desenho. 
 
O desenho artístico é uma forma de representar as idéias e os pensamentos de quem 
desenhou. 
 
Por meio de desenho artístico é possível conhecer e mesmo reconstituir a história dos 
povos antigos. 
 
Ainda pelo desenho artístico é possível conhecer a técnica de representar desses 
povos. 
 
 
Detalhes dos desenhos das cavernas 
de Skavberg, Noruega 
 Representação egípcia do túmulo do 
escriba Nakht 14 a.C. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
12 
Atualmente existem muitas formas de representar tecnicamente um objeto. Essas 
formas foram criadas com o correr do tempo, à medida que o homem desenvolvia seu 
modo de vida. Uma dessas formas é a perspectiva. 
 
Perspectiva é a técnica de representar objetos e situações como eles são vistos na 
realidade, de acordo com sua posição, forma e tamanho. 
 
 
 
Pela perspectiva pode-se também ter a idéia do comprimento, da largura e da altura 
daquilo que é representado. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
13
Você deve ter notado que essas representações foram feitas de acordo com a posição 
de quem desenhou. 
 
Também foram resguardadas as formas e as proporções do que foi representado. 
 
O desenho técnico é assim chamado por ser um tipo de representação usado por 
profissionais de uma mesma área: mecânica, marcenaria, serralharia, etc. 
 
Ele surgiu da necessidade de representar com precisão máquinas, peças, ferramentas 
e outros instrumentos de trabalho. 
 
 
 
No decorrer da apostila, você aprenderá outras aplicações do desenho técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel CamussoLuiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
15
 
 
Material de desenho técnico 
 
 
 
 
 
O conhecimento do material de desenho técnico e os cuidados com ele são 
fundamentais para a execução de um bom trabalho. A maneira correta de utilizar esse 
material também, pois as qualidades e defeitos adquiridos pelo estudante, no primeiro 
momento em que começa a desenhar, poderão refletir-se em toda a sua vida 
profissional. 
 
Os principais materiais de desenho técnico são: 
O papel; o lápis; a borracha; a régua. 
 
 
O papel 
 
O papel é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato 
básico, padronizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse 
formato é o A0 (A zero) do qual derivam outros formatos. 
 
Formatos da série “A” (Unidade: mm) 
Formato Dimensão Margem direita Margem esquerda 
A0 
A1 
A2 
A3 
A4 
841 x 1.189 
594 x 841 
420 x 594 
297 x 420 
210 x 297 
10 
10 
7 
7 
7 
25 
25 
25 
25 
25 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
16 
O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189mm. 
 
 
 
Do formato básico derivam os demais formatos. 
 
 
 
Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que 
o formato final seja A4. 
 
Dobramento 
Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185mm. A 
parte a é dobrada ao meio. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
17
 
 
Legenda 
Todo desenho deve ser complementado com uma legenda que, de mode geral, deve 
estar situada no canto inferior direito das folhas de desenho. Na legenda, devem estar 
incluídas todas as indicações do desenho como: 
a. Nome da empresa, departamento ou órgão público 
b. Título do desenho 
c. Escala do desenho 
d. Datas 
e. Assinaturas dos responsáveis pela execução, aprovação e verificação 
f. Número do desenho 
g. Número da peça, quantidades, denominações, materiais e dimensões. 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
18 
A direção da leitura da legenda deve corresponder à direção de leitura do desenho. A 
legenda deve ter 178 mm de comprimento nos formatos A4, A3 e A2 e 175 mm nos 
formatos A1 e A0. 
 
 
Quantidade Denominação e Observação Peça/material e dimensões 
Desenhista Nome Visto Data Empresa 
Aprovação Nome Visto Data substituição 
Escala Título do Desenho 
Desenho nº 
 
 
 
O Lápis 
 
O lápis é um instrumento de desenho para traçar. Ele tem características especiais e 
não pode ser confundido com o lápis usado para fazer anotações costumeiras. 
 
 
 
Características e denominações dos lápis 
Os lápis são classificados em macios, médios e duros conforme a dureza das grafitas. 
Eles são denominados por letras ou numerais e letras. 
 
 
 
 
A borracha 
 
A borracha é um instrumento de desenho que serve para apagar. Ela deve ser macia, 
flexível e ter as extremidades chanfradas para facilitar o trabalho de apagar. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
19
 
 
A maneira correta de apagar é fixar o papel com uma mão e com a outra esfregar a 
borracha nos dois sentidos sobre o que se quer apagar. 
 
 
A régua 
 
A régua e o escalímetro são instrumentos de desenho que servem para medir o 
modelo e transportar as medidas obtidas no papel. Devem ser usados somente para 
medição e nunca como apoio para traçar retas ou para cortar papel. 
 
 
 
As unidades de medidas utilizadas em desenhos técnicos são: o milímetro, o 
centímetro e o metro, dependendo da área de aplicação. 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
20 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP - INTRANET 
CT010-09 
21
 
 
Caligrafia técnica
 
 
 
Caligrafia técnica são caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve 
ser legível, uniforme e facilmente desenhável. 
 
A caligrafia técnica normalizada é constituída de letras e algarismos inclinados para a 
direita, formando um ângulo de 75º com a linha horizontal. 
 
Exemplo de letras maiúsculas 
 
 
 
Exemplo de letras minúsculas 
 
 
 
Exemplo de algarismos 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP - INTRANET 
CT010-09 
22 
Proporções: 
 
 
 
Forma de escrita A (d= h/14) 
Características Relação Dimensões em milímetro 
Altura das letras maiúsculas h 14/14 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 
Altura das letras minúsculas c 10/14 h - 2,5 3,5 5 7 10 14 
Distância mínima entre caracteres a 2/14 h 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 
Distância mínima entre linhas de base b 20/14 h 3,5 5 7 10 14 20 28 
Distância mínima entre palavras e 6/14 h 1,05 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 
Largura da linha d 1/14 h 0,18 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 
 
Forma de escrita B (d= h/10) 
Características Relação Dimensões em milímetro 
Altura das letras maiúsculas h 10/10 h 2,5 3,5 5 7 10 14 20 
Altura das letras minúsculas c 7/10 h - 2,5 3,5 5 7 10 14 
Distância mínima entre caracteres a 2/10 h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4 
Distância mínima entre linhas de base b 14/10 h 3,5 5 7 10 14 20 28 
Distância mínima entre palavras e 6/10 h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12 
Largura da linha d 1/10 h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2 
 
Exercícios 
 
1. Escrever em caligrafia técnica: 
Escreva o alfabeto maiúsculo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP - INTRANET 
CT010-09 
23
Escreva o alfabeto minúsculo. 
 
 
 
 
 
Escreva os algarismos. 
 
 
2. Escreva: 
 
1. O nome completo da sua escola. 
2. O seu nome completo. 
3. O curso em que está matriculado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP - INTRANET 
CT010-09 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
25
 
 
Figuras geométricas
 
 
 
Desde o início da história do mundo, o homem tem se preocupado com a forma, a 
posição e o tamanho de tudo que o rodeia. 
 
Essa preocupação deu origem à geometria que estuda as formas os tamanhos e as 
propriedades das figuras geométricas. 
 
Figuras geométrica é um conjunto de pontos. 
 
Veja abaixo algumas representações de figuras geométricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
26 
As figuras geométricas podem ser planas ou especiais (sólidos geométricos). Uma das 
maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. O 
desenho técnico permite representar peças de oficina, conjuntos de peças, projetos de 
máquinas, etc. 
 
Para compreender as figuras geométricas é indispensável ter algumas noções de 
ponto, linha, plano e espaço. 
 
 
Ponto 
 
O ponto é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto 
observando: 
• Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel; 
• Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel. 
 
 
 
O ponto é representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas. 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
27
Linha 
 
A linha pode ser curva ou reta. Nesta unidade vamos estudar as linha retas. 
 
 
 
Linhas retas 
A linha reta ou simplesmente a reta não tem início nem fim: ela é ilimitada. 
 
 
 
Na figura acima, as setas nas extremidades da representação da reta indicam que a 
reta continua indefinidamente nos dois sentidos. 
 
O ponto A dá origem a duas semi-retas. 
 
 
 
Semi-reta 
A semi-reta sempre tem origem mas não temfim. Observe a figura abaixo. O ponto A é 
o ponto de origem das semi-retas. 
 
 
 
Segmento de reta 
Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém-se um 
pedaço limitado da reta. 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
28 
Esse pedaço limitado da reta é chamado segmento de reta e os pontos A e B são 
chamados extremidades do segmento de reta. 
 
 
 
De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser: 
 
 
 
 
Plano ou superfície plana 
 
O plano é também chamado de superfície plana. 
 
Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia 
do plano observado: o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala. 
 
É comum representar o plano da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
29
De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser: 
 
 
 
 
Figuras planas 
 
O plano não tem início nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas 
do plano. Essas porções recebem o nome de figuras planas. 
 
As figuras planas têm várias formas. O nome das figuras planas varia de acordo com 
sua forma: 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
30 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
31
 
 
Sólidos geométricos 
 
 
 
 
 
Sólidos geométricos 
 
Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano. 
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, temos um 
sólido geométrico. 
 
Analisando a ilustração abaixo, você entenderá bem a diferença entre uma figura plana 
e um sólido geométrico. 
 
 
 
Figura plana Sólido geométrico 
 
Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e altura. Embora 
existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que apresentam determinadas 
propriedades, são estudados pela geometria. Os sólidos que você estudará neste 
curso têm relação com as figuras geométricas planas mostradas anteriormente. 
 
Os sólidos geométricos são separados do resto do espaço por superfícies que os 
limitam. E essas superfícies podem ser planas ou curvas. 
 
Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas, estudaremos os 
prismas, o cubo e as pirâmides. Dentre os sólidos geométricos limitados por 
superfícies curvas, estudaremos o cilindro, o cone e a esfera, que são também 
chamados de sólidos de revolução. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
 
32 
É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque, 
por mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o 
resultado da combinação de sólidos geométricos ou de suas partes. 
 
 
Prismas 
 
O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-lo como 
uma pilha de polígonos iguais muito próximos uns dos outros, são formados por figuras 
planas que se sobrepõem umas às outras, como mostra a ilustração: 
 
 
 
O prisma pode também ser imaginado como o resultado do deslocamento de um 
polígono. Ele é constituído de vários elementos. Para quem lida com desenho técnico 
é muito importante conhecê-los bem. Veja quais são eles nesta ilustração: 
 
 
 
As principais características do sólido geométrico são as três dimensões: comprimento, 
largura e altura. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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33
 
 
Existem vários tipos de sólidos geométricos. Porém vamos estudar apenas os mais 
importantes: o prisma, o cubo, a pirâmide e o sólido de revolução. 
 
Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o 
nome de prisma retangular. 
 
Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma denominação 
específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado prisma 
triangular. 
 
Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras geométricas 
iguais, temos um sólido geométrico regular. 
 
O prisma que apresenta as seis faces formadas por quadrados iguais recebe o nome 
de cubo. 
 
Prisma 
Como todo sólido geométrico, o prisma tem comprimento, largura e altura. 
 
Existem diferentes tipos de prisma. O prisma recebe o nome da figura plana que lhe 
deu origem. Veja abaixo alguns tipos de prisma. 
 
 
 
 
 
 
Prisma triangular Prisma quadrangular Prisma retangular 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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34 
 
 
 
Prisma hexagonal Prisma quadrangular (cubo ) 
 
O prisma é formado pelos seguintes elementos: base inferior, base superior, faces, 
arestas e vértices. Como mostra a figura abaixo. 
 
 
 
 
Pirâmides 
 
A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. 
 
 
 
Você pode imaginá-la como um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns 
sobre os outros, que diminuem de tamanho indefinidamente. Outra maneira de 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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35
imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos os pontos de um 
polígono qualquer a um ponto P do espaço. 
 
É importante que você conheça também os elementos da pirâmide: 
 
 
 
O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura acima, temos 
uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da 
pirâmide é sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base mais um. 
Cada lado do polígono da base é também uma aresta da pirâmide. O número de 
arestas é sempre igual ao número de lados do polígono da base vezes dois. O número 
de vértices é igual ao número de lados do polígono da base mais um. Os vértices são 
formados pelo encontro de três ou mais arestas. O vértice principal é o ponto de 
encontro das arestas laterais. 
 
Existem diferentes tipos de pirâmides. Cada tipo recebe o nome da figura plana que 
lhe deu origem. 
 
 
 
 
Pirâmide triangular Pirâmide quadrangular Pirâmide retangular 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Pirâmide pentagonal 
 
Pirâmide hexagonal 
 
 
Sólido de revolução 
 
O sólido de revolução é outro tipo de sólido geométrico. Ele se forma pela rotação da 
figura plana em torno de seu eixo. 
 
A figura plana que dá origem ao sólido de revolução é chamada figura geradora. As 
linhas que contornam a figura geradora são chamadas linhas geratrizes. 
 
 
 
Os sólidos de revolução são vários. Entre eles destacamos: 
• O cilindro; 
• O cone; 
• A esfera. 
 
Cilindro é o sólido de revolução cuja figura geradora é o retângulo. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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37
Veja a figura a seguir. No desenho, está representado apenas o contorno da 
superfície cilíndrica. A figura plana que forma as bases do cilindro é o círculo. Note 
que o encontro de cada base com a superfície cilíndrica forma as arestas. 
 
 
 
 
Cone 
 
O cone também é um sólido geométrico limitado lateralmente por uma superfície curva. 
A formação do cone pode ser imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em 
torno de um eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que forma a base 
do cone é o círculo. O vértice é o ponto de encontro de todos os segmentos que 
partem do círculo. No desenho está representado apenas o contorno da superfície 
cônica. O encontro da superfície cônica com a base dá origem a uma aresta. 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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38 
O sólido de revolução cuja figura geradora é o triângulo. 
 
 
 
 
Esfera 
 
A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma superfície curva chamada 
superfície esférica. Podemos imaginar a formação da esfera a partir da rotação de um 
semicírculo em torno de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da 
esfera na figura abaixo. 
 
 
 
O raio da esfera é o segmento de reta que une o centro da esfera a qualquer um de 
seus pontos. Diâmetro da esfera é o segmentode reta que passa pelo centro da 
esfera unindo dois de seus pontos. 
 
O sólido de revolução cuja figura geradora é o círculo. 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Sólidos geométricos truncados 
 
Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras 
geométricas: os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos de sólidos 
truncados, com seus respectivos nomes: 
 
 
 
 
Sólidos geométricos vazados 
 
Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos 
geométricos vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na 
parte oca, em geral também correspondem aos sólidos geométricos que você já 
conhece. 
 
Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo quadrado, foi 
necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original. 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
 
40 
Comparando sólidos geométricos e objetos da área da Mecânica 
 
As relações entre as formas geométricas e as formas de alguns objetos da área da 
Mecânica são evidentes e imediatas. Você pode comprovar esta afirmação analisando 
os exemplos a seguir. 
 
 
 
 
Chaveta plana Prisma retangular 
 
 
 
 
Cunha Prisma retangular truncado 
 
 
 
 
Porca sextavada Prisma hexagonal vazado 
 
Há casos em que os objetos têm formas compostas ou apresentam vários elementos. 
Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se relacionam com os 
sólidos geométricos, é necessário decompô-los em partes mais simples. Analise 
cuidadosamente os próximos exemplos. Assim, você aprenderá a enxergar formas 
geométricas nos mais variados objetos. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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41
Examine este rebite de cabeça redonda: 
 
 
 
Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é formado 
por um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada). 
 
Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na 
ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco 
prismático) da origem a outra forma mais complexa. 
 
 
 
Nos processos industriais o prisma retangular é o ponto de partida para a obtenção de 
um grande número de objetos e peças. 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
 
42 
Observe a figura a seguir. Trata-se de um prisma retangular com uma parte rebaixada . 
 
 
 
A próxima ilustração mostra o desenho de um modelo que também deriva de um 
prisma retangular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/ 2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2007 
 
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CT010-09 
43
 
 
Perspectiva isométrica
 
 
 
Perspectiva é a maneira de representar objetos de acordo com sua posição, forma e 
tamanho. 
 
 
 
Existem vários tipos de perspectivas. Neste momento estudaremos apenas a 
perspectiva isométrica. 
 
A perspectiva isométrica mantém as mesmas medidas de comprimento, largura e 
altura do objeto. 
 
Para estudar a perspectiva isométrica é necessário conhecer ângulo e a maneira 
como ele é representado. 
 
Ângulo é a figura geométrica formada por duas semi-retas com a mesma origem. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
44 
O grau é cada uma das 360 partes em que a circunferência é dividida. 
 
 
 
A medida em graus é indicada por um numeral seguido do símbolo de grau. Veja 
alguns exemplos. 
 
 
Quarenta e cinco graus 
 
Noventa graus 
 
 
Cento e vinte graus 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
45
Nos desenhos em perspectiva isométrica, os três eixos isométricos (c, a, l) formam 
entre si ângulos de 120º. Os eixos oblíquos formam com a horizontal um ângulo de 
30º. 
 
 
 
As linhas paralelas a um eixo isométrico são chamadas de linhas isométricas. 
 
 
c, a, ℓ: eixos isométricos 
d, e, f: linhas isométricas 
 
 
Traçados da perspectiva isométrica do prisma 
 
O prisma é usado como base para o traçado da perspectiva isométrica de qualquer 
modelo. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
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No início, até se adquirir firmeza, o traçado deve ser feito sobre um papel reticulado. 
Veja abaixo uma amostra de reticulado. 
 
 
 
Em primeiro lugar traçam-se os eixos isométricos. 
 
 
 
Em seguida, marca-se nesses eixos as medidas de comprimento, largura e altura do 
prisma; 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
47
Após isso, traça-se a face de frente do prisma, tomando-se como referência as 
medidas do comprimento e da altura, marcadas nos eixos isométricos. 
 
 
 
Depois traça-se a face de cima do prisma tomando como referência as medidas do 
comprimento e de largura, marcadas nos eixos isométricos. 
 
 
 
Em seguida traça-se a face do lado do prisma tomando como referência as medidas da 
largura e da altura marcada nos eixos isométricos. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
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E, por último, para finalizar o traçado da perspectiva isométrica, apagam-se as linhas 
de construção e reforça-se o contorno do modelo. 
 
 
 
 
Traçado de perspectiva isométrica com detalhes paralelos 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
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Traçado da perspectiva isométrica com detalhes oblíquos 
 
 
 
 
 
 
 
As linhas que não são paralelas aos eixos isométricos são chamadas linhas não-
isométricas. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Traçado da perspectiva isométrica com elementos arredondados 
 
 
 
 
Traçado da perspectiva isométrica do círculo 
 
O círculo em perspectiva tem sempre a forma de elipse. 
 
 
Círculo 
 
 
Círculo em perspectiva isométrica 
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Para representar a perspectiva isométrica do círculo, é necessário traçar antes um 
quadrado auxiliar em perspectiva, na posição em que o círculo deve ser desenhado. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Traçado da perspectiva isométrica do cilindro 
 
 
 
 
Traçado da perspectiva isométrica do cone 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Outros exemplos do traçado da perspectiva isométrica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/2007 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Isaias Gouveia da Silva 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
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Projeção ortogonal
 
 
 
Em desenho técnico, projeção é a representação gráfica do modelo feita em um plano. 
Existem várias formas de projeção. A ABNT adota a projeção ortogonal, por ser a 
representação mais fiel à forma do modelo. 
 
Para entender como é feita a projeção ortogonal, é necessário conhecer os seguintes 
elementos : observador, modelo, e plano de projeção. Veja os exemplos a seguir: 
neles, o modelo é representado por um dado. 
 
 
 
Plano de projeção Modelo 
 
 
 
Observador 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Observea linha projetante. A linha projetante é a linha perpendicular ao plano de 
projeção que sai do modelo e o projeta no plano de projeção 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Projeção em três planos 
 
Unindo perpendicularmente três planos, temos a seguinte ilustração: 
 
 
 
Cada plano recebe um nome de acordo com sua posição. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
58 
As projeções são chamadas vistas, conforme a ilustração a seguir. 
 
 
 
 
Rebatimento de três planos de projeção 
 
Quando se tem a projeção ortogonal do modelo, o modelo não é mais necessário e 
assim é possível rebater os planos de projeção. 
 
Com o rebatimento, os planos de projeção, que estavam unidos perpendicularmente 
entre si, aparecem em um único plano de projeção. Na página seguinte pode-se ver o 
rebatimento dos planos de projeção, imaginado-se os planos de projeção ligados por 
dobradiças. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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59
 
 
 
Agora imagine que o plano de projeção vertical fica fixo e que os outros planos de 
projeção giram um para baixo e outro para a direita. 
 
 
 
O plano de projeção que gira para baixo é o plano de projeção horizontal e o plano de 
projeção que gira para a direita é plano de projeção lateral. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Planos de projeção rebatidos: 
 
 
 
Agora é possível tirar os planos de projeção e deixar apenas o desenho das vistas do 
modelo. 
 
Na prática, as vistas do modelo aparecem sem os planos de projeção 
 
As linhas projetantes auxiliares indicam a relação entre as vistas do desenho técnico. 
 
 
Observação 
As linhas projetantes auxiliares não aparecem no desenho técnico do modelo. São 
linhas imaginárias que auxiliam no estudo da teoria da projeção ortogonal. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
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61
Outro exemplo: 
 
 
 
Dispondo as vistas alinhadas entre si, temos as projeções da peça formadas pela vista 
frontal, vista superior e vista lateral esquerda. 
 
Observação 
Normalmente a vista frontal é a vista principal da peça. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
SENAI-SP – INTRANET 
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62 
As distâncias entre as vistas ser iguais e proporcionais ao tamanho do desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008. 
 
SENAI-SP – INTRANET 
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Aplicação de linhas 
 
 
 
 
 
Para desenhar as projeções são usados vários tipos de linhas. Procuraremos nesta 
unidade mostrar os tipos e sua aplicação. 
 
Larguras de linhas 
A relação entre as larguras de linhas largas e estreitas não deve ser inferior a 2, ou 
seja, a linha mais larga deve ter no mínimo do dobro da mais estreita. 
 
Espessura das linhas 
As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o seu tipo, dimensão, escala e 
densidade no desenho, de acordo com o seguinte escalonamento: 0,13, 0, 18, 0, 25, 0, 
35, 0, 50, 0, 70, 1, 00, 1, 40 e 2, 00mm. 
 
Linha Contínua larga - Para arestas e contornos visíveis 
É uma linha contínua larga que indica o contorno de modelos esféricos ou cilíndricos e 
as arestas visíveis do modelo para o observador 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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64 
Linha Contínua estreita - Para Contornos de seções, linhas de cota, linhas auxiliares 
e hachuras. 
 
São linhas estreitas que são usadas para completar a representação de peças e 
conjuntos. De acordo com sua função esta linha pode assumir diversas formas. 
Seguem-se as formas e aplicações utilizadas no desenho técnico mecânico. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
Linha tracejada estreita - Para aresta e contornos não-visíveis 
É uma linha tracejada que indica as arestas não-visíveis para o observador, isto é, as 
arestas que ficam encobertas. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
65
Linha traço ponto estreita 
 
Linha de centro - É uma linha estreita, formada por traços e pontos alternados, que 
indica o centro de alguns elementos do modelo como furos, rasgos, etc. 
 
Exemplo: 
 
Aplicações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
66 
Linha de simetria - É uma linha estreita formada por traços e pontos alternados. Ela 
indica que o modelo é simétrico. 
 
Exemplo: 
 
 
Note que as metades do modelo são exatamente iguais: logo, o modelo é simétrico. 
 
Aplicação 
Quando o modelo é simétrico, em seu desenho técnico aparece a linha de simetria. 
 
A linha de simetria indica que as metades do desenho técnico apresentam-se 
simétricas em relação a essa linha. 
 
A linha de simetria pode aparecer tanto na posição horizontal como na posição vertical. 
 
 
 
 
 Modelo simétrico 
 
Imagine que este modelo é dividido ao meio, horizontal ou verticalmente. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
67
No exemplo abaixo a peça é simétrica apenas em um sentido. 
 
 
 
 
Contínua estreita a mão livre - Limites de vistas ou cortes parciais ou interrompidas 
se o limite não coincidir com linhas traço e ponto. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
68 
Linha contínua estreita - Linhas de interseção imaginárias 
Linha estreita e fina usada para indicar interseções imaginárias. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
Linha contínua estreita em ziguezague - Essa linha destina-se a desenhos 
confeccionados por máquinas. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
69
Linhas traço ponto estreita - Trajetórias 
Linha estreita traço ponto usada para indicar trajetória de mecanismos. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
Traço dois pontos estreita - Linha estreita traço dois pontos usada para indicar 
contornos de peças adjacentes, posição limites de peças móveis, linhas de centro de 
gravidade, cantos e arestas da conformação. 
 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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CT010-09 
70 
Aplicação 
 
 
Linhas de centro de gravidade 
 
Aplicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
71
Cantos e arestas da conformação 
 
Aplicação 
 
 
 
Traço e ponto largo 
 
Indicação das linhas ou superfícies com indicação especial. 
 
Exemplo: 
 
Aplicação 
 
 
 
Traço ponto estreito e largo nas extremidades e na mudança de direção 
 
Traços ponto estreitos, largos nas extremidades e na mudança de direção, usado na 
indicação de planos de cortes. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
72 
Aplicação 
 
 
 
Ordem de prioridade de linhas coincidentes 
 
Se ocorrer coincidência de duas linhas de diferentes tipos ou mais linhas de diferentes 
tipos, devem ser observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade: 
1. Arestas e contornos visíveis; 
2. Arestas e contornos não visíveis; 
3. Superfícies de cortes e seções (linha traço e pontos estreitos, largos nas 
extremidades e na mudança de direção); 
4. Linhas de centro; 
5. Linhas de centro de gravidade; 
6. Linhas de cota e auxiliar. 
 
 
Terminação das linhas de chamadas 
 
a. Sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota; 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
73
Aplicação 
 
 
b. Com um ponto, se termina dentro do objeto representado. Ver figura abaixo. 
c. Com uma seta, se ela toca a aresta do objeto representado. Ver figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
74 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos ComitêTécnico de Desenho Técnico/2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008. 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 75
 
 
Cotagem 
 
 
 
 
 
Cotagem é a indicação das medidas da peça em seu desenho. Para a cotagem de um 
desenho são necessários três elementos: 
 
 
 
Linhas de cota (a) são linhas contínuas estreitas, com setas nas extremidades ou 
traços oblíquos; nessas linhas são colocadas as cotas que indicam as medidas da 
peça. 
 
A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode ser 
aberta, ou fechada preenchida. 
 
 
 
O traço oblíquo é desenhado com uma linha fina curta e inclinado a 45°. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
76 
A linha auxiliar (b) é uma linha contínua estreita que limita as linhas de cota. 
 
Deve ser ligeiramente prolongada além da linha de cota e deve-se deixar um pequeno 
espaço entre elas e o desenho. Sugestão 1 a 2mm. 
 
 
 
Cotas (c) são numerais que indicam as medidas básicas da peça e as medidas de 
seus elementos. As medidas básicas são: comprimento, largura e altura. 
 
 
50 = comprimento 
25 = largura 
15= altura 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
77
 
 
À distância da linha de cota para o desenho ser aproximadamente 10mm. Salvo em 
algumas exceções onde não houver essa possibilidade. 
 
Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado, entretanto se 
necessário, pode ser desenhado obliquamente a este, (aproximadamente 60°), porém 
paralelas entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
78 
Em desenho mecânico, normalmente a unidade de medida usada é o milímetro (mm), 
e é dispensada a colocação do símbolo junto à cota. Quando se emprega outra distinta 
do milímetro (por exemplo, a polegada), coloca-se seu símbolo. 
 
 
 
Observação 
• As cotas devem ser colocadas de modo que o desenho seja lido da esquerda para 
direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. 
• Sempre que possível é bom evitar colocar cotas em linhas tracejadas. 
• Deve-se evitar também colocar a cota dentro do desenho. 
 
A construção da intersecção de linhas auxiliares deve ser feita como prolongamento 
desta além do ponto de intersecção. 
 
 
 
Linhas auxiliares e cota, sempre que possível, não devem cruzar com outras linhas. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
79
 
 
A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja. 
 
 
 
 
Cotas que indicam tamanhos e cotas que indicam localização de elementos 
 
Exemplo de peças com elementos. 
 
 
 
Furo Saliência 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
80 
 
 
Rasgo passante Rasgo não passante 
 
Para fabricar peças como essas é necessário interpretar, além das cotas básicas, as 
cotas dos elementos. 
 
 
 
 
 
A cota 9 indica a localização do furo em relação à altura da peça. A cota 12 indica a 
localização do furo em relação ao comprimento da peça. As cotas 10 e 16 indicam o 
tamanho do furo. 
 
 
Cotagem de peças simétricas 
 
A utilização de linha de simetria em peças simétricas facilita e simplifica a cotagem, 
conforme os exemplos abaixo. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
81
 
Sem linha de simetria 
 
 
Com linha de simetria 
 
 
Seqüência de cotagem 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
82 
1o passo 
 
 
 
 
2o passo 
 
 
 
 
3o passo 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
83
4o passo 
 
 
 
Cotagem de diâmetro 
 
 
 
Cotagem de raios 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
84 
Raio muito pequeno cota-se através de linha de chamada, raio muito grande não se 
indica o centro do raio, e linha de cota é representada incompleta. Outro jeito de se 
cotar raios grandes é se destacando o centro do raio com linha de simetria com linha 
de cota aparecendo quebrada, pode-se também cotar desta maneira quando o centro 
for deslocado. 
 
Os objetos simétricos representados em meio corte ou meia vista, a linha de cota deve 
cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de simetria. 
 
 
 
 
Quando a linha de cota está na posição inclinada, a cota acompanha a inclinação para 
facilitar a leitura. 
 
 
 
Porém, é preciso evitar a disposição das linhas de cota entre os setores hachurados e 
inclinados de cerca de 30º. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
85
Há casos que é possível dispensar a indicação de uma ou duas cotas básicas, ou às 
vezes até três cotas, isso geralmente ocorre em peças com partes arredondadas, onde 
se representam os valores de centro a centro de detalhes, ou centro até faces de 
detalhes de peças. 
 
 
Cotagem de elementos esféricos 
 
Elementos esféricos são elementos em forma de esfera. 
 
A cotagem dos elementos esféricos é feita pela medida de seus diâmetros ou de seus 
raios. 
 
ESF = Esférico 
Ø = Diâmetro 
R = Raio 
 
 
 
 
Cotagem de elementos angulares 
 
Existem peças que têm elementos angulares. Elementos angulares são formados por 
ângulos. 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
86 
O ângulo é medido com o goniômetro pela sua abertura em graus. 
 
O goniômetro é conhecido como transferidor. 
 
A cotagem da abertura do elemento angular é feita em linha de cota curva, cujo centro 
é vértice do ângulo cotado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
87
Uso de goniômetro (transferidor) 
 
 
 
 
Cotagem de ângulos em peças cilíndricas 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
88 
Cotagem de chanfros 
 
Chanfro é a superfície oblíqua obtida pelo corte da aresta de duas superfícies que se 
encontram. 
 
 
 
Existem duas maneiras pelas quais os chanfros aparecem cotados: por meio de cotas 
lineares e por meio de cotas lineares e angulares. 
 
As cotas lineares indicam medidas de comprimento, largura e altura. 
As cotas angulares indicam medidas de abertura de ângulos. 
 
 
Cotas lineares 
 
 
Cotas lineares e cotas angulares. Em peças planas ou cilíndricas, quando o chanfro 
está a 45º é possível simplificar a cotagem. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
89
 
 
 
 
 
 
 
Cotagem em espaços reduzidos 
 
Para cotar em espaços reduzidos, é necessário colocar as cotas conforme os 
desenhos abaixo. Quando não houver lugar para setas, estas substituídas por 
pequenos traços oblíquos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
90 
Cotagem por faces de referência 
 
Na cotagem por faces de referência as medidas da peça são indicadas a partir das 
faces. 
 
 
Cotagem em paralelo Cotagem aditiva 
 
A cotagem por faces de referência ou por elementos de referência pode ser executada 
como cotagem em paralelo ou cotagem aditiva. 
 
A cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada 
onde há limitação de espaço, desde que não haja problema de interpretação. 
 
A cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso. 
 
 
Cotagem aditiva em duas direções 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
91
 
 
 
Cotagem por coordenadas 
 
A cotagem aditiva em duas direções pode ser simplificada por cotagem por 
coordenadas. A peça fica relacionada a dois eixos. 
 
Fica mais prática indicar as cotas em uma tabela ao invés de indicá-la diretamente 
sobre a peça. 
 
 
 X Y ø 
1 8 8 4 
28 38 4 
3 22 15 5 
4 22 30 3 
5 35 23 6 
6 52 8 4 
7 52 38 4 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
92 
Cotagem por linhas básicas 
 
Na cotagem por linha básica as medidas da peça são indicadas a partir de linhas. 
 
 
 
 
Cotagem de furos espaçados igualmente 
 
Existem peças com furos que têm a mesma distância entre seus centros, isto é, furos 
espaçados igualmente. 
 
A cotagem das distâncias entre centros de furos pode ser feita por cotas lineares e por 
cotas angulares. 
 
 
 
 Cotagem linear 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
93
 
 
 
 Cotagem linear e angular 
 
Quando não causarem dúvidas, o desenho e a cotagem podem ser simplificados. 
 
 
Desenho e cotagem simplificados 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
94 
Indicações especiais 
 
Cotagem de cordas, arcos e ângulos 
As cotas de cordas, arcos e ângulos devem ser indicadas como nos exemplos abaixo. 
 
 
 
Raio definido por outras cotas 
O raio deve ser indicado com o símbolo R sem cota quando o seu tamanho for definido 
por outras cotas. 
 
 
 
Cotas fora de escala 
As cotas fora de escala nas linhas de cota sem interrupção devem ser sublinhadas 
com linhas retas com a mesma largura da linha do algarismo. 
 
 
 
 
Cotagem de uma área ou comprimento limitado de uma superfície, para indicar 
uma situação especial 
 
A área ou o comprimento e sua localização são indicados por meio de linha traço e 
ponto, desenhada adjacente à face corresponde. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
95
 
 
 
 
Cotagem de peças com faces ou elementos inclinados 
 
Existem peças que têm faces ou elementos inclinados. 
 
 
 
Nos desenhos técnicos de peças com faces ou elementos inclinados, a relação de 
inclinação deve estar indicada. 
 
 
 
A relação de inclinação 1:10 indica que cada 10 milímetros do comprimento da peça, 
diminui-se um milímetro da altura. 
 
Com a relação de inclinação vem indicada do desenho técnico, não é necessário que a 
outra cota de altura da peça apareça. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
96 
Outros exemplos a seguir. 
 
 
 
 
 
Na relação o numeral quem vem antes dos dois pontos é sempre 1. 
 
Cota-se através de linha de auxiliar com a palavra inclinação seguida da relação 
numérica. 
 
Quando se tem a relação, cota-se somente o comprimento e um dos lados. 
 
 
Cotagem de peças cônicas ou com elementos cônicos 
 
Existem peças cônicas ou com elementos cônicos. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
97
Nos desenhos técnicos de peças como estas, a relação de conicidade deve estar 
indicada. 
 
A relação de conicidade 1:20 indica que a cada 20 milímetros do comprimento da peça, 
diminui-se um milímetro do diâmetro. 
 
 
 
Outros exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 
98 
Cotagem de conjuntos 
 
Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de cotas 
especificado para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível, separados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/ 2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008. 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 99
 
 
Supressão de vistas 
 
 
 
 
 
Em determinadas peças, a disposição adequada das cotas, além de informar sobre o 
tamanho, também permite deduzir as formas das partes cotadas. Isto significa que, em 
certos casos, cotando a peça de maneira apropriada, podemos “economizar” a 
representação de uma ou até duas vistas sem qualquer prejuízo para a interpretação 
do desenho. 
 
A representação do objeto, com menos de três vistas, é chamada de representação 
com supressão de vistas. Suprimir quer dizer eliminar, omitir, impedir que apareça. 
 
Você vai aprender a ler e a interpretar desenhos técnicos representados em duas 
vistas ou em vista única. Também ficará conhecendo, certos símbolos que ajudam a 
simplificar a cotagem de peças, tornando possível a supressão de vistas. 
 
 
Supressão de vistas iguais e semelhantes 
 
Duas vistas são iguais quando têm as mesmas formas e as mesmas medidas. E 
quando têm apenas as formas iguais e medidas diferentes, são chamadas de 
semelhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 100 
Você vai iniciar o estudo de supressão de vistas analisando um caso bem simples. 
Observe o prisma de base quadrada, representado a seguir. 
 
 
 
No desenho técnico, à direita, estão representadas as 3 vistas que você já conhece: 
vista frontal, vista superior e vista lateral esquerda. Estas três vistas cotadas dão à 
idéia da peça. 
 
Como a vista frontal e a vista lateral esquerda são iguais, é possível suprimir uma 
delas. 
 
A vista frontal é sempre a vista principal da peça. Então, neste caso, a vista escolhida 
para supressão é a vista lateral esquerda. 
 
Veja como fica o desenho técnico do prisma com supressão da lateral esquerda. 
 
As cotas básicas deste prisma são: 
altura - 60 mm; 
largura - 40 mm e 
comprimento - 40 mm. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 101
 
 
Veja um outro exemplo. O desenho técnico a seguir apresenta um prisma retangular 
com um furo quadrado passante, em três vistas. 
 
 
 
Note que a vista lateral esquerda é semelhante à vista frontal. Neste caso, a vista 
lateral esquerda pode ser suprimida. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 102 
Mesmo com a supressão da lateral esquerda, todas as informações importantes foram 
mantidas, pois a cota da largura foi transferida para a vista superior. 
 
Nos dois exemplos analisados, a vista suprimida foi a lateral esquerda. Mas, 
dependendo das características da peça, a vista superior também pode ser suprimida. 
O desenho técnico abaixo representa um pino de seção retangular em três vistas. 
 
 
Note que a vista superior e a vista lateral esquerda são semelhantes. Neste caso, 
tanto faz representar o desenho com supressão da vista superior como da vista lateral 
esquerda. Compare as duas alternativas. 
 
 
 
 
 
Figura A Figura B 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 103
Em qualquer dos casos, é possível interpretar o desenho, pois ambos contêm todas as 
informações necessárias. 
 
 
Supressão de vistas diferentes 
 
Observe a perspectiva do prisma com rebaixo e furo e as três vistas ortográficas 
correspondentes. 
 
 
 
 
As três vistas são diferentes. Mesmo assim é possível imaginar a supressão de uma 
delas, sem qualquer prejuízo para a interpretação do desenho. 
 
Como você já sabe, a vista frontal é a vista principal. Por isso deve ser sempre mantida 
no desenho técnico. Temos então que escolher entre a supressão da vista superior e 
da vista lateral esquerda. 
 
Você vai comparar os dois casos, para concluir qual das duas supressões é mais 
aconselhável. Veja primeiro o desenho com supressão da vista superior: 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 104 
Note que, apesar de o furo estar representado nas duas vistas, existe poucas 
informações sobre ele: analisando apenas essas duas vistas não dá para saber a 
forma do furo. Análise agora outra alternativa. 
 
A vista lateral esquerda foi suprimida. Note que agora já é possível identificar a forma 
circular do furo na vista superior. 
 
 
 
 
Desenho técnico com vista única 
 
O número de vistas do desenho técnico depende das características da peça 
representada. O desenhista sempre procura transmitir o maior númeropossível de 
informações sobre a peça usando o mínimo necessário de vistas. Assim, existem 
peças que podem ser representadas por meio de uma única vista. 
 
Agora você vai aprender a ler e a interpretar desenhos técnicos de peças 
representados em vista única. Acompanhe as explicações observando, a seguir, a 
representação da perspectiva e as três vistas ortográficas. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 105
 
 
As três vistas: frontal, superior e lateral esquerda transmitem a idéia de como o modelo 
é na realidade. Veja agora o mesmo modelo, representado em duas vistas. 
 
 
 
Observe que as cotas que antes apareciam associadas à vista lateral esquerda foram 
transferidas para as duas outras vistas. Assim, nenhuma informação importante sobre 
a forma e sobre o tamanho da peça ficou perdida. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 106 
Mas, este mesmo modelo pode ser representado com apenas uma vista, sem 
qualquer prejuízo para sua interpretação. Veja. 
 
 
 
Todas as cotas da peça foram indicadas na vista frontal. A largura da peça foi indicada 
pela palavra espessura abreviada (ESP), seguida do valor numérico correspondente, 
como você pode observar dentro da vista frontal. 
 
Acompanhe a interpretação da cotagem do modelo. 
 
As cotas básicas são: comprimento= 60, altura= 35 e largura= 15 (que corresponde à 
cota indicada por: ESP 15). Uma vez que o modelo é simétrico no sentido longitudinal, 
você já sabe que os elementos são centralizados. Assim, para definir os elementos, 
bastam as cotas de tamanho. O tamanho do rasgo passante fica determinado pelas 
cotas 10 e 15. Como o rasgo é passante, sua profundidade coincide com a largura da 
peça, ou seja, 15 mm. E as cotas 16, 48, 8 e 15 definem o perfil da geometria. 
 
Análise outro desenho técnico em vista única. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 107
 
 
Como não é possível concluir, pela análise da vista frontal, se os furos são passantes 
ou não, a informação “Furos passantes” deve vir escrita, em lugar que não atrapalhe a 
interpretação do desenho. 
 
Você notou que a indicação da espessura da peça foi representada fora da vista 
frontal. Isto porque a indicação da espessura da peça dentro da vista prejudicaria a 
interpretação do desenho. 
 
Com essas informações é possível interpretar corretamente o desenho técnico da 
peça. 
 
 
Símbolo indicativo de quadrado 
 
Vamos retomar o modelo prismático de base quadrada, usado para demonstrar a 
supressão de vistas iguais. Veja a perspectiva do prisma e, ao lado, duas vistas com 
supressão da vista lateral esquerda. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 108 
 
 
O prisma de base quadrangular pode ser representado também com vista única. Para 
interpretar o desenho técnico do prisma quadrangular com vista única, você precisa 
conhecer o símbolo indicativo de quadrado e o símbolo indicativo de superfície plana. 
 
Usamos o seguinte símbolo para identificar a forma quadrada: Este símbolo pode 
ser omitido quando a identificação da forma quadrada for clara. É o que acontece na 
representação da vista superior do prisma quadrangular. 
 
 
 
Veja, agora, o prisma quadrangular representado em vista única. 
 
A vista representada é a frontal. Note que a vista superior foi suprimida nesta 
representação. O símbolo ao lado esquerdo da cota 40, representa a forma da vista 
superior. A cota 40 refere-se a duas dimensões do prisma: a do comprimento e a da 
largura. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 109
 
 
Você reparou nas duas linhas diagonais estreitas cruzadas, representadas na vista 
frontal? Essas linhas são indicativas de que a superfície representada é plana. 
 
A seguir você vai ficar conhecendo maiores detalhes sobre a utilização dessas linhas. 
 
 
Símbolo indicativo de superfície plana 
 
A vista frontal do prisma e a vista frontal do cilindro podem ser facilmente confundidas. 
 
 
 
 
 
Para evitar enganos, a vista frontal do modelo prismático, que apresenta uma 
superfície plana, deve vir identificada pelas linhas cruzadas estreitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 110 
A representação completa do modelo prismático de base quadrangular fica como 
mostrado na figura abaixo. 
 
 
 
Dizemos que uma superfície é plana derivada de superfície cilíndrica quando, no 
processo de execução da peça, partimos de uma matéria-prima de formato cilíndrico 
para obter as faces planas, como mostram as ilustrações. 
 
 
 
Símbolo indicativo de diâmetro 
 
Na representação da peça cilíndrica em vista única é necessário transmitir a idéia da 
forma da peça. Para mostrar a forma circular do perfil de peças cilíndricas, utiliza-se o 
símbolo indicativo do diâmetro, que é representado como segue: Ø. Este símbolo é 
colocado ao lado esquerdo da cota que indica o diâmetro da peça. Veja. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 111
A vista representada é a vista frontal. Nesse desenho, o sinal indicativo de diâmetro 
aparece junto à cota 30. Com essa indicação, a interpretação da peça pode ser feita 
normalmente. 
 
 
Supressão de vistas em peças com forma composta 
 
Vamos chamar de peças com forma composta aquelas peças que apresentam 
combinações de várias formas, como por exemplo: prismática, cilíndrica, cônica, 
piramidal etc. As peças com forma composta também podem ser representadas com 
supressão de uma ou de duas vistas. Veja, a seguir, a perspectiva de uma peça com 
forma composta, ou seja, com forma prismática e cilíndrica e, ao lado, seu desenho 
técnico em duas vistas. 
 
 
 
As vistas representadas são: vista frontal e vista lateral esquerda. A vista superior foi 
suprimida. 
 
No desenho técnico desta peça, com vista única, todas essas informações aparecem 
concentradas na vista frontal. O corte parcial ajuda a visualizar a forma e o tamanho do 
furo não passante superior. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 112 
 
 
Veja, a seguir, mais um exemplo de peça com forma composta, nesse caso com 
formas: prismática, piramidal e cônica. Além disso, a peça tem um furo quadrado não 
passante e também um furo redondo não passante interrompido. 
 
 
 
Abaixo você tem a representação desta peça em duas vistas. 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 113
Representação com supressão de vistas em corte 
 
Agora você vai estudar a representação com supressão de vistas em desenhos 
técnicos com cortes. Veja, a seguir, a perspectiva em corte total de uma peça cilíndrica 
com espiga e furo passante redondo e, abaixo, duas vistas ortográficas. 
 
 
 
A vista frontal aparece representada em corte total. Examinando a vista lateral 
esquerda deduzimos a forma circular da peça, da espiga e do furo. 
Esta peça, em corte, também pode ser representada com vista única. Veja. 
 
 
 
Com a supressão da vista lateral esquerda foi necessário indicar a forma circular da 
peça na vista frontal. 
 
Para isso, o símbolo indicativo de diâmetro foi acrescido às cotas 15, 9 e 25 que se 
referem, respectivamente, aos diâmetros da espiga, do furo e da peça. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 114 
Você notou que o nome do corte, que estava na vista frontal, desapareceu do desenho 
técnico com vista única? Isso porque a vista que trazia a indicação do plano de corte 
foi suprimida. 
 
 
Representação com supressão de vistas em meio corte 
 
A peça cilíndrica, a seguir, é simétrica longitudinal e transversalmente. 
 
 
 
Não há necessidade de representar a vista superior porque ela é semelhante à vista 
frontal. A vista frontal, representada em meio corte, mostra a aparência externa e os 
elementos internos da peça. A vista lateral esquerda mostra a forma circular da peça e 
das espigas. 
 
Podemos representar esta mesmapeça com vista única transferindo as cotas dos 
diâmetros da peça e do furo passante para a vista frontal. 
 
 
 
Você notou que a linha de cota da cota Ø14 aparece incompleta? Isso ocorre porque 
essa cota refere-se a um elemento interno, que tem uma parte oculta. Quando parte do 
elemento está oculta, a linha de cota não é desenhada completa. Ela apenas 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 115
ultrapassa um pouco a linha de simetria, de modo a permitir a inscrição clara do valor 
numérico. 
 
Quando o desenho técnico em corte é representado com vista única é absolutamente 
necessário usar os símbolos indicativos de quadrado e de diâmetro, para dar a idéia da 
forma da peça com apenas uma vista. 
 
 
Supressão de vistas em peças com vistas parciais 
 
Você aprendeu a interpretar a forma de peças representadas por meia-vista e por 
quarta parte de vista. Agora você vai aprender a ler as cotas que indicam as dimensões 
inteiras das peças representadas apenas parcialmente. Observe a peça representada 
em perspectiva, a seguir. 
 
 
 
Essa peça pode ser representada de várias maneiras, no desenho técnico. A forma de 
cotagem varia em cada caso. Analise cada uma das possibilidades, a seguir. 
 
a. 
 
 b. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 116 
c. 
 
 d. 
 
 
É possível, ainda, representar esta mesma peça em vista única e obter todas as 
informações que interessam para a sua interpretação. 
 
 
 
 
Representações com vista única em vistas parciais 
 
O próximo exemplo serve para ilustrar a cotagem de peças representadas em meia-
vista. 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 117
Neste caso, o desenho técnico pode ser representado sem corte ou com corte. 
Compare as duas possibilidades. 
 
 
 
Repare que as linhas de cota ultrapassam um pouco a linha de simetria. Essas linhas 
de cota apresentam apenas uma seta. A parte que atravessa a linha de simetria não 
apresenta seta. 
 
Embora a peça esteja apenas parcialmente representada, as cotas referem-se às 
dimensões da peça inteira. 
 
Assim, a cota Ø 12 indica o diâmetro do corpo da peça. A cota Ø 6 indica o diâmetro do 
furo passante e a cota Ø 20 indica o diâmetro do flange. As outras cotas: 18 e 14 
referem-se respectivamente, ao comprimento da peça e ao comprimento do corpo da 
peça. 
 
Para finalizar o assunto, veja como fica o desenho técnico com supressão de vistas de 
uma peça representada em quarta-parte de vista. Primeiro, observe a peça. Trata-se 
de um disco com furos, simétrico longitudinal e transversalmente. 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
CT010-09 118 
Agora, analise a peça representada através de quarta-parte de vista e acompanhe a 
leitura das cotas. 
 
 
 
O diâmetro da peça é 40 mm. O diâmetro do furo central é 12 mm. A cota que indica a 
distância dos furos menores opostos é 26. O diâmetro dos 6 furos menores é 4 mm. A 
espessura da peça, indicada pela abreviatura ESP 1, é 1 mm. 
 
As duas linhas de simetria aparecem identificadas pelos dois traços paralelos nas 
extremidades. 
 
Lembre-se que as representações através de vistas parciais mostram apenas partes 
de um todo, mas as cotas indicadas nessas vistas referem-se às dimensões do todo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/ 2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam 
Vladimir Pinheiro de Oliveira 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Desenho em corte
 
 
 
Corte 
 
Corte significa divisão, separação. Em desenho técnico, o corte de uma peça é sempre 
imaginário. Ele permite ver as partes internas da peça. 
 
 
 
 
Hachuras 
 
Na projeção em corte, a superfície imaginaria cortada é preenchida com hachuras. 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Hachuras são linhas estreitas que, além de representarem a superfície imaginada 
cortada, mostram também os tipos de materiais. 
 
 
 
O hachurado é traçado com inclinação de 45 graus. 
 
 
 
Para desenhar uma projeção em corte, é necessário indicar antes onde a peça será 
imaginada cortada. 
 
Essa indicação é feita por meio de setas e letras que mostram a posição do 
observador. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Corte na vista frontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte na vista superior 
 
 
 
 
 
 
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Corte na vista lateral esquerda 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
• A expressão Corte AA é colocada embaixo da vista hachurada. 
• As vistas não atingidas pelo corte permanecem com todas as linhas. 
• Na vista hachuradas, as tracejadas podem ser omitidas, desde que isso não 
dificulte a leitura do desenho. 
 
 
Mais de um corte no desenho técnico 
 
Até aqui foi vista a representação de um só corte na mesma peça. Mas, às vezes, um 
só corte não mostra todos os elementos internos da peça. Nesses casos é necessário 
representar mais de um corte na mesma peça. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Exemplo de desenho em corte cotado 
 
 
 
 
Meio-corte 
 
O meio-corte é empregado no desenho de peças simétricas no qual aparece somente 
meia-vista em corte. O meio-corte apresenta a vantagem de indicar, em uma só vista, 
as partes internas e externa da peça. 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Em peças com a linha de simetria vertical, o meio-corte é representado à direita da 
linha de simetria, de acordo com a NBR 10067. 
 
Na projeção da peça com aplicação de meio-corte, as linhas tracejadas devem ser 
omitidas na parte não-cortada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
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Meio-corte em vista única 
 
Em peças com linha de simetria horizontal, o meio-corte é representado na parte 
inferior da linha de simetria. 
 
 
 
 
 
Duas representações em meio-corte no mesmo desenho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Representação simplificada de vistas de peças simétricas 
 
Nem sempre é necessário desenhar as peças simétricas de modo completo. A peça é 
representada por uma parte do todo, e as linhas de simetria são identificadas com dois 
traços curtos paralelos perpendicularmente às suas extremidades. 
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Outro processo consiste em traçar as linhas da peça um pouco além da linha de 
simetria. 
 
 
 
 
 
Meia-vista 
 
Para economia de espaço, desenha-se apenas a metade da vista simétrica. 
 
 
 
 
 
 
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Desenho I - Iniciação ao desenho Avaliado pelo Comitê Técnico de 
Desenho Técnico/2008 
 
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Escalas
 
 
 
Antes de representar objetos, modelos, peças, etc. deve-se estudar o seu tamanho 
real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade. 
 
Existem coisas que podem ser representadas no papel em tamanho real. 
 
 
 
 
 
Mas, existem objetos, peças, animais, etc. que não podem ser representados em seu 
tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são 
tão pequenos,que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar 
seus detalhes. 
 
Para resolver tais problemas, é necessário reduzir ou ampliar as representações des-
tes objetos. 
 
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é possível 
através da representação em escala. 
 
 
O que é escala 
 
A escala é uma forma de representação que mantém as proporções das medidas line-
ares do objeto representado. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Em desenho técnico, a escala indica a relação do tamanho do desenho da peça com o 
tamanho real da peça. A escala permite representar, no papel, peças de qualquer ta-
manho real. 
 
Nos desenhos em escala, as medidas lineares do objeto real são mantidas, ou au-
mentadas, ou reduzidas proporcionalmente. 
 
As dimensões angulares do objeto permanecem inalteradas. Nas representações em 
escala, as formas dos objetos reais são mantidas. 
 
Veja um exemplo. 
 
 
Figura A Figura B Figura C 
 
A figura A é um quadrado, pois tem 4 lados iguais e quatro ângulos retos. Cada lado da 
figura A mede 2u (duas unidades de medida). 
 
B e C são figuras semelhantes à figura A: também possuem quatro lados iguais e qua-
tro ângulos iguais. Mas, as medidas dos lados do quadrado B foram reduzidas pro-
porcionalmente em relação às medidas dos lados do quadrado A. Cada lado de B é 
uma vez menor que cada lado correspondente de A. 
 
Já os lados do quadrado C foram aumentados proporcionalmente, em relação aos 
lados do quadrado A. Cada lado de C é igual a duas vezes cada lado correspondente 
de A. 
 
Note que as três figuras apresentam medidas dos lados proporcionais e ângulos i-
guais. 
 
Então, podemos dizer que as figuras B e C estão representadas em escala em relação 
à figura A. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Existem três tipos de escala: natural, de redução e de ampliação. 
 
A seguir você vai aprender a interpretar cada uma dessas escalas, representadas em 
desenhos técnicos. Mas, antes saiba qual a importância da escala no desenho técnico 
rigoroso. 
 
 
Desenho técnico em escala 
 
O desenho técnico que serve de base para a execução da peça é, em geral, um dese-
nho técnico rigoroso. Esse desenho, também chamado de desenho técnico definitivo, é 
feito com instrumentos: compasso, régua, esquadro, ou até mesmo por computador. 
 
Mas, antes do desenho técnico rigoroso é feito um esboço cotado, quase sempre à 
mão livre. O esboço cotado serve de base para o desenho rigoroso. Ele contém todas 
as cotas da peça bem definidas e legíveis, mantendo a forma da peça e as propor-
ções aproximadas das medidas. Veja, a seguir, o esboço de uma bucha. 
 
 
 
No esboço cotado, as medidas do objeto não são reproduzidas com exatidão. 
 
No desenho técnico rigoroso, ao contrário, existe a preocupação com o tamanho exa-
to da representação. O desenho técnico rigoroso deve ser feito em escala e essa es-
cala deve vir indicada no desenho. 
 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
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Escala natural 
 
Escala natural é aquela em que o tamanho do desenho técnico é igual ao tamanho 
real da peça. Veja um desenho técnico em escala natural. 
 
 
 
Você observou que no desenho aparece um elemento novo? É a indicação da escala 
em que o desenho foi feito. 
 
A indicação da escala do desenho é feita pela abreviatura da palavra escala: ESC, se-
guida de dois numerais separados por dois pontos. O numeral à esquerda dos dois 
pontos representa as medidas do desenho técnico. O numeral à direita dos dois pontos 
representa as medidas reais da peça. 
 
Na indicação da escala natural os dois numerais são sempre iguais. Isso porque o ta-
manho do desenho técnico é igual ao tamanho real da peça. 
 
A relação entre o tamanho do desenho e o tamanho do objeto é de 1:1 (lê-se um por 
um). A escala natural é sempre indicada deste modo: ESC 1:1. 
 
 
Escala de redução 
 
Escala de redução é aquela em que o tamanho do desenho técnico é menor que o 
tamanho real da peça. Veja um exemplo de desenho técnico em escala de redução. 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
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As medidas do desenho são vinte vezes menores que as medidas correspondentes do 
rodeiro de vagão real. A indicação da escala de redução também vem junto do dese-
nho técnico. 
 
Na indicação da escala de redução o numeral à esquerda dos dois pontos sempre será 
1. E o numeral à direita sempre será maior que 1. 
 
No desenho acima o objeto foi representado na escala de 1:20 (que se lê: um por vin-
te). 
 
 
Escala de ampliação 
 
Escala de ampliação é aquela em que o tamanho do desenho técnico é maior que o 
tamanho real da peça. Veja o desenho técnico de uma agulha de injeção em escala de 
ampliação. 
 
 
 
As dimensões desse desenho são duas vezes maiores que as dimensões correspon-
dentes da agulha de injeção real. Esse desenho foi feito na escala 2:1(lê-se: dois por 
um). 
 
A indicação da escala é feita no desenho técnico como nos casos anteriores: a palavra 
escala aparece abreviada (ESC), seguida de dois numerais separados por dois pontos. 
Só que, nesse caso, o numeral da esquerda, que representa as medidas do desenho 
técnico, será maior que 1. O numeral da direita sempre será 1 e representa as medidas 
reais da peça. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Escalas recomendadas 
 
Você já aprendeu a ler e interpretar desenhos técnicos em escala natural, de redução e 
de ampliação. Recorde essas escalas: 
 
 desenho peça 
 ↓ ↓ 
Natural – ESC 1 : 1 
ampliação – ESC 2 : 1 
redução – ESC 1 : 2 
 
Nas escalas de ampliação e de redução os lugares ocupados pelo numeral 2 podem 
ser ocupados por outros numerais. Mas, a escolha da escala a ser empregada no de-
senho técnico não é arbitrária. 
 
As escalas recomendadas pela ABNT, através da norma técnica NBR 8196, são: 
 
Categoria Escalas recomendadas 
2 : 1 5 : 1 10 : 1 
Escala de ampliação 
20 : 1 50 : 1 
Escala natural 1 : 1 
1 : 2 1 : 5 1 : 10 
1 : 20 1 : 50 1 : 100 
1 : 200 1 : 500 1 : 1 000 
Escala de redução 
1 : 2 000 1 : 5 000 1 : 10 000 
 
As escalas da tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 10. 
 
A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou 
elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a 
escala selecionada deve ser suficientemente grande para permitir uma interpretação 
fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento 
em questão definem o formato da folha para desenho. 
 
 
 
 
 
 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
SENAI-SP – INTRANET 
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Cotagem em diferentes escalas 
 
Observe os dois desenhos a seguir. O desenho da esquerda está representado em 
escala natural (1 : 1) e o desenho da direita, em escala de redução (1 : 2). Observe 
que as cotas não sofreram alterações. 
 
 
 
 
 
A redução ou ampliação do desenho somente tem efeito sobre o traçado do desenho. 
 
As cotas que indicam a medida do ângulo permaneceram as mesmas e a abertura do 
ângulo também não muda. Variam apenas os tamanhos lineares dos lados do ângulo, 
que não interferem no valor da sua medida em graus. 
Desenho I - Iniciação ao desenho 
 
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Créditos Comitê Técnico de Desenho Técnico/ 2008 
Elaborador: Antonio Ferro 
 José Romeu Raphael 
 Paulo Binhoto Filho 
Ilustrador: Devanir Marques Barbosa 
Daniel Camusso 
Luiz Carlos Gonçalves Tinoco 
Marcilio Manzam

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