Buscar

Resumo - Cardiopatias Congênitas

Prévia do material em texto

● Resumo - Cardiopatias Congênitas
A cardiopatia congênita pode ser definida como uma alteração estrutural do coração
ou dos grandes vasos da base que representa significante perda funcional real ou
potencial.
Sabe-se que manifestação clínica da cardiopatia congênita ocorre principalmente
nos primeiros meses de vida, mas vale ressaltar que o reconhecimento da doença
pode ser feito em qualquer fase da vida.
Os sintomas dos pacientes são manifestações de distúrbios hemodinâmicos e estão
relacionados fundamentalmente às alterações no fluxo pulmonar. É por esse motivo
que as cardiopatias congênitas são classificadas funcionalmente em cardiopatia de
hipofluxo, hiperfluxo e normofluxo pulmonar. Também podemos agrupá-las como
acianóticas ou cianóticas. A cianose da criança com cardiopatia congênita é do tipo
central e quase sempre generalizada, mas em alguns casos ela pode ser evidente
nos membros inferiores e ausente nos membros superiores e mucosas ou
vice-versa.
Nas cardiopatias acianóticas
- Comunicação interventricular (CIV): A CIV é a cardiopatia mais frequente e
consiste num orifício/defeito no septo interventricular (SIV), sendo
responsável por cerca de 40% do total dessas enfermidades.
- Comunicação interatrial (CIA): A CIA se apresenta isoladamente ou
associada a outras anomalias congênitas e pode ser classificada em CIA
ostium secundum (mais comum), CIA ostium primum, CIA seio venoso e CIA
seio coronário. Na CIA, ocorre desvio do sangue do átrio esquerdo para o
átrio direito (sem turbilhonamento, ou seja, sem sopro identificável)
- Persistência do canal arterial: O canal arterial está patente na vida fetal,
como um curto e largo vaso conectando a artéria pulmonar à aorta
descendente, logo abaixo do istmo aórtico. Após o nascimento, ele se fecha
sozinho, em geral em 48 horas. Quando esse vaso não se fecha, chamamos
de Persistência de Canal Arterial, deixando sangue passar da aorta para a
artéria pulmonar.
- Obstrução na via de saída do ventrículo esquerdo (estenose aórtica):
Ocorre nas regiões subvalvar, valvar e supravalvar e elas podem ser
progressivas. A hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo, redução da
cavidade e diminuição do débito do ventrículo esquerdo são consequências
da estenose importante no período fetal e, por conta disso, após o
nascimento a criança pode apresentar quadro de IC grave com o fechamento
do canal arterial.
- Coarctação da aorta: É o estreitamento da Aorta e pode ser localizada ou
segmentar, e se apresentar nas regiões pré-ductal (entre a subclávia
esquerda e a junção aorto-ductal), paraductal e pós-ductal, sendo a
pré-ductal a mais comum.
- Estenose pulmonar: A EP está associada a rubéola congênita e pode ser
infundibular, valvar e supravalvar e a estenose valvar representa 90% dos
casos.

Continue navegando