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ECOLOGIA Ecossistema • Um ecossistema é um conjunto formado pelas interações entre componentes bióticos, como os organismos vivos: plantas, animais e micróbios, e os componentes abióticos, elementos químicos e físicos, como o ar, a água, o solo e minerais. Estes componentes interagem através das transferências de energia dos organismos vivos entre si e entre estes e os demais elementos de seu ambiente. • O bioma ele pode ser definido como uma grande área de vida formada por um complexo de ecossistemas com características homogêneas. OBSERVAÇÃO: um ecossistema qualquer só será considerado um bioma se suas dimensões forem de grande escala; como exemplo, existe o bioma da Mata Atlântica e, dentro dele, ecossistemas como a floresta ombrófila densa, a mata de araucária, os campos de altitude, a restinga e os manguezais. Os biomas brasileiros são a Amazônia, o Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, o Pampa e o Pantanal. População, nicho e habitat • Uma população pode ser definida como um conjunto de indivíduos de uma mesma espécie que vive em uma determinada área em um dado período de tempo. Os indivíduos de uma população apresentam maior probabilidade de cruzamento entre si do que com organismos de outra população da mesma espécie. Os nascimentos e as imigrações são fatores que aumentam uma população. A densidade populacional diminui quando ocorrem mortes ou emigrações. O tamanho máximo de uma população em um ambiente natural é chamado de capacidade limite. • Uma comunidade é o grupo de diferentes populações que vivem em um mesmo local em um determinado período de tempo. Essas populações de uma comunidade interagem entre si por meio das relações ecológicas. • Nicho ecológico é o “papel ecológico” de um indivíduo no ambiente em que ele se encontra. O nicho ecológico, teoricamente, pode ser dividido em dois tipos: 1) Nicho Fundamental: É o nicho que um determinado indivíduo pode ocupar na ausência de interações prejudiciais a ele. É composto apenas pelas condições abióticas, fisiológicas e tolerâncias que um organismo pode usufruir em um ecossistema. 2) Nicho Realizado ou Nicho Efetivo: é a situação real em que o indivíduo se encontra. Leva em conta não só os fatores abióticos e necessários para a sobrevivência de um organismo, mas também as relações interespecíficas existentes, competitivas, predatórias entre outras. • Habitat é o local físico onde se vive um determinado organismo, o ambiente no qual determinada espécie está inserida. É composto por propriedades físicas e pelos seres vivos inseridos na área determinada. OBSERVAÇÃO: uma analogia muito comum é dizer que o habitat é como se fosse o endereço de uma espécie e o nicho ecológico é a profissão de uma espécie nesse endereço. OBSERVAÇÃO: a sobreposição de Nichos acontece quando as necessidades de organismos diferentes são semelhantes; geralmente esse processo está relacionado ao estabelecimento de relação de competição dependendo da dimensão da sobreposição, por exemplo, os insetos diferentes e pequenas aves podem competir por néctar já que apresentam essa semelhança em seus nichos; os nichos ecológicos no ambiente estão sempre, de alguma forma, sobrepostos e dependendo do fator a ser analisado, podem não gerar competição. Fatores abióticos • É o conjunto de todos os fatores físicos que podem incidir sobre as comunidades de uma certa região. Influenciam o crescimento, atividade e as características que os seres apresentam, assim como a sua distribuição por diferentes locais. Estes fatores variam de valor de local para local, determinando uma grande diversidade de ambientes. 1) os fatores climáticos, como a luz, a temperatura e a umidade, que caracterizam o clima de uma região 2) e os fatores edáficos, dos quais se destacam a composição química e a estrutura do solo. Luz • Espécies lucífilas elevada intensidade luminosa. • Espécies lucífugas baixa intensidade luminosa. A Luz e os Comportamentos dos Seres Vivos • Os animais apresentam fototatismo (sensibilidade em relação à luz), pelo que se orientam para ela ou se afastam dela. Tal como os animais, as plantas também se orientam em relação à luz, ou seja, apresentam fototropismo. Os animais e as plantas apresentam fotoperiodismo, isto é, capacidade de reagir à duração da luminosidade diária a que estão submetidos - fotoperíodo. Muitas plantas reagem de diferentes modos ao fotoperíodo, tendo, por isso, diferentes épocas de floração. Também os animais reagem de diversos modos ao fotoperíodo, pelo que apresentam o seu período de atividade em diferentes momentos do dia. Temperatura • Cada espécie só consegue sobreviver entre certos limites de temperatura, o que confere a este fator uma grande importância. Cada ser sobrevive entre certos limites de temperatura - amplitude térmica - não existindo nem acima nem abaixo de um determinado valor. Cada espécie possui uma temperatura ótima para a realização das suas atividades vitais. • Seres euritérmicos: possuem grande amplitude térmica de existência • Seres estenotérmicos: sobrevivem entre limites estreitos de temperatura A Temperatura e o Comportamento dos Animais • Alguns animais, nas épocas do ano em que as temperaturas se afastam do valor ótimo para o desenvolvimento das suas atividades, adquirem comportamentos que lhes permitem sobreviver durante esse período: 1) animais que não têm facilidade em realizar grandes deslocações reduzem as suas atividades vitais para valores mínimos, ficando num estado de vida latente 2) animais que podem deslocar com facilidade partem em determinada época do ano para outras regiões com temperaturas favoráveis. Água • É fator limitante de extrema importância para a sobrevivência de uma comunidade. Além de seu envolvimento nas atividades celulares, é importante também na fisiologia vegetal (transpiração e condução das seivas). É dos solos que as raízes retiram a água necessária para a sobrevivência dos vegetais. Disponibilidade de nutrientes • É outro fator limitante que merece ser considerado, notadamente em ambientes marinhos. Fatores bióticos • Os fatores bióticos incluem plantas, animais, bactérias, fungos e microrganismos que interagem através das mais variadas relações ecológicas. • Um ecossistema possui basicamente três tipos de componentes bióticos: os organismos produtores, que sintetizam seu próprio alimento e são a base da cadeia alimentar, os consumidores, que precisam se alimentar de matéria orgânica de outros organismos para sobreviver e os decompositores, responsáveis pela reciclagem da matéria orgânica dos tecidos mortos de produtores e consumidores. • As relações intraespecíficas e interespecíficas também são consideradas fatores bióticos que atuam no funcionamento de um ecossistema, uma vez que é através destas relações que o equilíbrio ecológico é mantido. • Os fatores bióticos de um ecossistema também são importantes para definir os limites de distribuição de uma espécie ou de uma população. Relações ecológicas • São classificadas como relações intraespecíficas, quando ocorrem entre indivíduos da mesma espécie, ou interespecíficas, quando ocorrem entre indivíduos de espécies diferentes. • . As relações harmônicas (ou positivas) são aquelas que não causam prejuízos aos envolvidos, sendo essas relações benéficas para todos ou, ainda, para um dos envolvidos sem haver prejuízo nem benefício para o outro. • As relações desarmônicas (ou negativas) são aquelas em que um dos envolvidos é prejudicado. Relações ecológicas intraespecíficas • Harmônicas: 1) Sociedade: Indivíduos da mesma espécie cooperam entre si e estabelecem divisão de trabalho. Nessa relação ecológica, não há união física entre os indivíduos. Exemplo: sociedade das abelhas. 2) Colônia: Os indivíduos estão anatomicamente unidos, podendo ocorrer ou não divisão do trabalho. Exemplo:Caravela-portuguesa. • Desarmônicas: 1) Canibalismo: Um indivíduo mata e alimenta-se de outro da mesma espécie. Exemplo: A fêmea do louva-a-deus alimenta-se do macho após a cópula. 2) Competição: Indivíduos da mesma espécie competem por recursos, tais como alimento, área e parceiros. Exemplo: Leões brigam por território. Relações ecológicas interespecíficas • Harmônicas: 1) Comensalismo: Indivíduos de espécies diferentes interagem e apenas um deles é beneficiado com a interação, mas sem causar prejuízo ao outro. Exemplo: O urubu alimenta-se dos restos de alimento jogados pelo homem em ambientes abertos. 2) Mutualismo: Indivíduos de espécies diferentes interagem e ambos se beneficiam. O mutualismo é obrigatório, um dos envolvidos não sobrevive caso a interação seja desfeita. Exemplos: Líquen 3) Inquilinismo: uma espécie utiliza a outra como abrigo, sem prejudicá-la, pode ser temporário ou permanente. Exemplo: peixe palhaço e anêmonas-do-mar, plantas epífitas 4) Protocooperação: as duas espécies envolvidas obtêm benefícios, mas não é uma relação obrigatória e as espécies podem viver de forma isolada. Exemplo: caranguejo-ermitão e anêmonas-do-mar. • Desarmônicas: 1) Amensalismo: Um organismo libera compostos que impedem ou inibem o desenvolvimento de um organismo de outra espécie. Exemplo: Fungos liberam substâncias que causam a morte de certas bactérias. 2) Parasitismo: Um organismo (parasita) retira de outro (hospedeiro) os nutrientes necessários para sua sobrevivência. Exemplo: Piolho vivendo no homem. 3) Predatismo: Um organismo mata e alimenta-se do outro de outra espécie. Exemplo: Leão quando se alimenta de uma zebra. 4) Competição: Indivíduos de espécies diferentes brigam por recursos, como alimento e espaço. Exemplo: Vários herbívoros vivendo em uma mesma área. Fluxo de energia nos ecossistemas • A principal fonte de energia é proveniente do sol. Os organismos fotossintetizantes transformam esta energia solar em energia química, utilizando-a na síntese de matéria orgânica através do processo de fotossíntese. Estes organismos são denominados autotróficos (sintetizam substâncias essenciais para o metabolismo). OBSERVAÇÃO: Algumas bactérias autotróficas realizam a quimiossíntese, processo no qual ocorre produção de matéria orgânica sem utilização de energia luminosa. • Parte desta energia fixada como energia química na matéria orgânica pelos autotróficos é liberada para o meio na forma de calor através do processo de respiração celular. A energia que não é eliminada fica armazenada nestes organismos, levando ao aumento de sua biomassa. Os animais não conseguem sintetizar matéria orgânica, por isso são denominados heterotróficos e obtêm seu alimento por meio do consumo de outros organismos. Assim, quando se alimentam dos vegetais (produtores) estão ingerindo a energia química armazenada nos compostos orgânicos e são chamados de consumidores primários (herbívoros). • Os consumidores primários também liberam energia na forma de calor e estocam a outra parte. Outros animais, chamados de consumidores https://www.infoescola.com/sol/ https://www.infoescola.com/tecnologia/energia-solar/ https://www.infoescola.com/biologia/fotossintese/ https://www.infoescola.com/biologia/autotrofismo/ https://www.infoescola.com/reino-monera/bacterias/ https://www.infoescola.com/bioquimica/quimiossintese/ secundários, alimentam-se dos consumidores primários e assim recebem a energia armazenada. Os consumidores secundários servirão de alimento para os consumidores terciários e assim por diante. Esta passagem de energia por organismos que consomem e são consumidos é denominada cadeia alimentar e cada posição ocupada pelos organismos ao longo desta cadeia recebe o nome de nível trófico. • Os produtores, que formam a bases das cadeias alimentares, ocupam o 1º nível trófico, os consumidores primários ocupam o 2º nível, os consumidores secundários o 3º nível e assim sucessivamente. O nível trófico que uma espécie ocupa diz respeito a sua função em determinada cadeia, por isso a mesma espécie pode ocupar diferentes níveis tróficos dependendo da cadeia considerada. • Os organismos decompositores são responsáveis pela decomposição da matéria orgânica, liberando sais minerais e outros elementos no meio para serem utilizados novamente. Ocupam o último nível da transferência de energia e podem atuar em qualquer nível da cadeia alimentar, pois decompõem a matéria orgânica dos organismos produtores e consumidores mortos, podendo receber a energia de todos os níveis tróficos. • A quantidade de energia que flui em uma cadeia alimentar diminui à medida que passa de um nível trófico para outro. Isso acontece porque os organismos de cada nível trófico utilizam parte da energia assimilada em suas atividades metabólicas, com consequente liberação de energia na forma de calor. Deste modo, a energia disponível para os consumidores primários é sempre maior do que a disponível para os consumidores secundários e assim por diante. O fluxo de energia é unidirecional, pois a energia disponível para um determinado nível trófico não retorna ao nível trófico anterior. OBSERVAÇÃO: produtividade primária bruta (PPB) é o total de biomassa produzida pelos produtores a partir da assimilação de energia solar em uma determinada área e período de tempo; parte desta energia é utilizada pelos organismos, a outra parte é a que fica disponível para os consumidores primários, denominada produtividade primária liquida (PPL); assim a PPL corresponde à PPB menos o que foi gasto na respiração dos produtores. • Teia alimentar é um conjunto de cadeias alimentares interligadas entre si. É também chamada de rede alimentar. A teia alimentar representa as muitas relações entre os organismos de um ecossistema. Sucessão ecológica • Processo no qual as comunidades de seres vivos sofrem mudanças ordenadas e graduais, até estabelecer um equilíbrio com o meio ambiente. • São classificadas em primária e secundária: 1) A primária é caracterizada por ocorrer em uma área que, até então, era desabitada e com condições desfavoráveis. 2) A secundária, por sua vez, ocorre em lugares já ocupados por comunidades biológicas e que apresentam características mais favoráveis para que os seres vivos se desenvolvam. • As comunidades biológicas que habitam determinado local são classificadas em três tipos: pioneira, secundária e clímax. 1) Em regiões que possuem clima e condições climáticas pouco favoráveis para que seres vivos se desenvolvam as primeiras espécies que conseguem se instalar são chamadas de pioneiras, por exemplo os líquens que se desenvolvem em rochas. 2) Com o tempo, as espécies pioneiras vão modificando o ambiente, tornando- o propício para a existência de outras espécies e o desenvolvimento das comunidades secundárias. Assim, plantas e animais passam a tornar aquele espaço cada vez mais rico, até que começa a se formar uma comunidade biológica. 3) A chamada comunidade clímax ocorre na última etapa da sucessão ecológica, e é caracterizada pela presença de fauna e flora desenvolvidas, em que animais e plantas interagem naturalmente, mantendo o equilíbrio. OBSERVAÇÃO: todo esse processo é muito importante, pois garante a recuperação de áreas degradadas, como matas destruídas e áreas exploradas por mineração. Biociclos aquáticos Os ambientes aquáticos envolvem dois biociclos: talassociclo (biociclo marinho) e limnociclo (biociclo de água doce). • Talassociclo (marinho) a) O biociclo marinho representa os mares e oceanos que correspondem a 3/4 da biosfera. b) Os fatores abióticos do ambiente marinho: luz, temperatura, concentração de sal, e pressão dos líquidos. ❖ Luz: Quanto maior a profundidade, menor será a iluminação. Devido a isso, são encontradas regiões distintas, que são divididas em: eufótica, disfótica eafótica. ➢ Zona eufótica: é a área com mais luminosidade, podendo atingir até 100 metros. ➢ Zona disfótica: nesta área a luminosidade chega com mais dificuldade, podendo atingir até 300 metros. ➢ Zona afótica: esta área não recebe a luz, totalmente escura, ficando abaixo dos 300 metros. ❖ Temperatura: A temperatura da água do mar varia de acordo com a intensidade solar. ❖ Salinidade: Os oceanos abertos possuem uma média de 37% de salinidade em suas superfícies. As variações ocorrem devido à evaporação da água nos trópicos e a liquefação dos gelos em zonas polares. ❖ Pressão Hidrostática: A cada 10 metros de profundidade aumenta de 1 atmosfera. c) Os seres do meio aquático são classificados em três grupos distintos: plâncton, nécton e bentos. ❖ Plâncton: organismos que se deslocam passivamente na água, arrastados pelas ondas e correntes marinhas. ➢ Holoplanctônicos: passam toda a vida na região planctônica. Ex: protozoários, algas microscópicas, microcrustáceos. ➢ Meroplanctônicos: passam apenas parte da vida na região planctônica. Ex.: larvas de vários animais OBSERVAÇÃO: Fitoplâncton é o conjunto formado pelos seres autotróficos, representados pelas algas. Zooplâncton é o conjunto formado pelos seres heterotróficos, representados pelos protozoários, peixes, caravelas, etc. ❖ Nécton: organismos que se deslocam ativamente na água, capazes de nadar e vencer correntes. ➢ Holonectônicos: Ex.: tartarugas marinhas, peixes, cetáceos. ➢ Meronectônicos: Ex.: lagostas ❖ Bentônicos: Organismos que vivem no substrato marinho, associados ao fundo. ➢ Epibiontes sedentários: São fixos como as macroalgas, as esponjas e as cracas. ➢ Epibiontes vágeis: movem-se no fundo como as estrelas-do-mar, caranguejos, caramujos. ➢ Endobiontes fixos: São aqueles que vivem enterrados no substrato sem se locomover. Ex.: Dentalium ➢ Endobiontes vágeis: São aqueles que se locomovem em túneis que escavam no substrato. Ex.: Enteropneusta d) A Província bentônica é dividida em quatro zonas: litorânea, nerítica, batial e abissal. ➢ Zona litorânea: presos em rochas os mexilhões, as algas e os cracas são viventes em uma zona atingida pela maré. ➢ Zona nerítica: os cardumes e os peixes, os plânctons e os néctons grandes riquezas econômicas, são viventes a 200 metros nas profundezas do mar, na denominada plataforma continental. ➢ Zona batial: é a região denominada como talude continental, atingindo até 2 000 metros de profundidade, onde não há a presença de vegetais pela falta de luz, e os animais são raríssimos ➢ Zona abissal: nesta área encontram-se organismos adaptados às condições do ambiente, que não tem recursos para a sobrevivência como luz, calor, frio, alimentos, podendo atingir mais de 2 000 metros de profundidade. Estas adaptações trazem transformações nas espécies, ou seja, sua boca e seus dentes são maiores que o normal para a captura de suas presas, e uma maior sensibilidade à luz. e) A província pelágica tem início no final da zona nerítica, com algas cristalinas e um número reduzido de seres vivos. • Limnociclo (água doce) a) O limnociclo trata-se das águas continentais (rios, lagos, lagoas, riachos, pântanos e brejos), representam uma pequena porção na biosfera, cerca de 190.000 km3; menor dos biociclos, apenas 0,017% da água do planeta. São classificados em: província lêntica e província lótica ➢ Província lêntica: conjunto de águas paradas, como lagoas, pântanos, brejos ➢ Província lótica: conjunto de águas em movimentação Zonação em costão rochoso • Infralitoral: sempre submersa • Mesolitoral: embaixo d’água em maré alta e exposta em maré baixa • Supralitoral: a água alcança onde a onda bate, recebe apenas “borrifos” Ciclos biogeoquímicos • Ciclo hidrológico a) Evaporação b) Condensação c) Precipitação d) Interceptação e) Infiltração f) Percolação g) Escoamento • Ciclo do carbono a) Ciclo geológico do carbono ❖ O dióxido de carbono (CO2) é trocado entre a atmosfera e a hidrosfera pelo processo de difusão até que se estabeleça o equilíbrio entre a quantidade de CO2 que se encontra na atmosfera acima da água e na água. Além disso, o CO2 pode dissolver-se na água da chuva, produzindo H2CO3, uma solução ácida que facilita a erosão das rochas silicatadas, liberando os íons Ca2+ e HCO3-. ❖ Nos oceanos, esses íons são assimilados por organismos que os utilizarão para a construção de suas conchas carbonatadas. Após a morte desses organismos, suas conchas acumulam-se como sedimentos ricos em carbonatos, que podem migrar para uma região onde a pressão e as altas temperaturas fundem parcialmente os carbonatos. A formação de magma libera CO2 novamente para a atmosfera por meio dos vulcões. b) Ciclo biológico do carbono ❖ Os organismos autótrofos fotossintetizantes, por meio do processo de fotossíntese, assimilam o carbono presente na atmosfera, bem como os compostos, principalmente carbonatos, dissolvidos na água, transformando- o em matéria orgânica, que é adquirida pelos demais organismos pela cadeia alimentar. ❖ Os organismos herbívoros assimilam essa matéria orgânica ingerindo os vegetais. Já os animais carnívoros obtêm-na por meio da digestão dos animais herbívoros. Além dos organismos fotossintetizantes, os organismos quimiossintetizantes (que realizam a quimiossíntese) também utilizam o carbono para a produção de compostos orgânicos. Os principais compostos orgânicos produzidos são os carboidratos. ❖ Após ser assimilado pelos seres vivos, o carbono retorna ao ambiente de diversas formas. Ele é liberado para a atmosfera por meio da respiração, na forma de CO2, um dos produtos finais desse processo. O processo de decomposição também tem como um de seus produtos o CO2. Além desses processos biológicos, a ação do homem também é responsável por liberar carbono no ambiente, como veremos mais adiante. OBSERVAÇÃO: a ação do ser humano tem provocado um aumento do gás carbônico disponível na atmosfera, acentuando o efeito estufa e contribuindo para o aquecimento global. • Ciclo do oxigênio a) Fotossíntese b) Respiração celular c) Decomposição d) Combustão e) Formação da camada de ozônio • Ciclo do nitrogênio a) Fixação b) Amonização c) Nitrificação ❖ Nitrosação ❖ Nitração d) Desnitrificação Poluição • A poluição é a introdução de substâncias ou de energia no meio ambiente, causando efeito negativo em seu equilíbrio. Ela ocorre naturalmente ou por meio da ação humana e gera danos à nossa saúde, além de afetar animais, plantas e todos os seres vivos do ecossistema em questão. 1) Poluição do ar: Também chamada de poluição atmosférica, refere-se à contaminação do ar por gases, líquidos e partículas sólidas em suspensão, material biológico e até mesmo energia. Essas substâncias, chamadas de poluentes atmosféricos, provém de fontes naturais (vulcões e neblinas) ou artificiais produzidas pelas atividades humanas. Os principais poluentes atmosféricos são dióxido de carbono, dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio. 2) Poluição da água: Contaminação de corpos hídricos por elementos físicos, químicos e biológicos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, plantas e à atividade humana. Esse tipo de poluição é muito preocupante, visto que os ambientes aquáticos também recebem contaminantes liberados na atmosfera e na litosfera. 3) Poluição do solo: Comumente causada pelo ser humano, que introduz diversas substâncias químicas prejudiciais ao equilíbrio do meio ambiente. Além disso, esses elementos tóxicos também poluem ecossistemas aquáticos e atmosféricos. 4) Poluição radioativa: É causada pela radiação, efeito químico derivado de ondas de energia. Apesar de ser um fenômeno natural no meio ambiente, a liberação dessas ondas está sendo intensificada pela ação humana, podendo causar mutações nas células e originar doenças,como câncer. Não existe nenhum processo para a limpeza desses poluentes, sendo assim, um lugar contaminado não pode ser descontaminado. Além disso, os átomos radioativos têm uma durabilidade muito longa – o plutônio, por exemplo, apresenta como tempo de meia vida cerca de 24.300 anos. 5) Poluição térmica: Ocorre quando a temperatura de um meio de suporte de algum ecossistema é aumentada ou diminuída, causando um impacto direto na população deste local. A poluição térmica do ar, embora menos comum, também pode provocar danos ambientais. A liberação de vapor de água por uma indústria em uma área com pouca dispersão do ar, por exemplo, pode ocasionar a morte de pássaros, insetos e plantas. 6) Poluição visual: O excesso de elementos visuais criados pela humanidade que estão, na maioria das vezes, espalhados em grandes cidades e acabam promovendo certo desconforto visual e espacial. Ela pode ser causada por anúncios, propagandas, placas, postes, fios elétricos, lixo, torres de telefone, entre outros. 7) Poluição luminosa: Excesso de luz artificial emitida pelos grandes centros urbanos. Pode ser propagada de diversas formas, como por luzes externas, anúncios publicitários e, principalmente, pela iluminação pública. A poluição luminosa afeta a saúde e os ecossistemas, tornando-se um grande prejuízo para todos. 8) Poluição sonora: Ocorre quando o som altera a condição normal de audição em um determinado local. Embora não se acumule no meio ambiente como outros tipos de poluição, ela causa vários danos ao corpo e à qualidade de vida das pessoas e, por isso, é considerada um problema de saúde pública mundial. 9) Poluição sonora do mar: É causada por tecnologias de navegação e pesquisas sísmicas, que utilizam extensas ondas de som a fim de explorar o fundo do oceano e seus recursos naturais. 10) Poluição espacial: Lixo espacial é qualquer objeto de origem humana que foi lançado ao espaço e perdeu sua utilidade, mas permaneceu na órbita da Terra. Esses elementos são responsáveis por produzir a poluição espacial. Alguns exemplos de lixo espacial são pedaços de foguetes, satélites sem combustível, porcas e parafusos, lascas de tinta, sacos de lixo, chave de fenda e etc. 11) Poluição química: Contaminação ambiental do solo e das águas, normalmente gerada pelo descarte incorreto de produtos químicos. Alguns exemplos de produtos que geram poluição química são os resíduos industriais, esgotos domésticos e resíduos descartados incorretamente, de forma proposital ou não. Unidades de conservação ambiental • Unidades de Conservação de Proteção Integral: não podem ser habitadas pelo homem, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais - em atividades como pesquisa científica e turismo ecológico, por exemplo. a) ESTAÇÕES ECOLÓGICAS (ESEC): Têm como objetivo a preservação da natureza e a realização de pesquisas científicas. São áreas de posse e domínio públicos, sendo que as propriedades particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. É proibida a visitação pública, exceto com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. b) RESERVAS BIOLÓGICAS (REBIO): Têm como objetivo a preservação integral dos recursos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais. A exceção são as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. São áreas de posse e domínio públicos, sendo que as propriedades particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. É proibida a visitação pública, exceto aquela com objetivo educacional, de acordo com o que dispuser o Plano de Manejo da unidade ou regulamento específico. A pesquisa científica depende de autorização prévia do órgão responsável pela administração da unidade e está sujeita às condições e restrições pré-estabelecidas. c) PARQUES NACIONAIS (PARNA): Têm como objetivo a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação e de turismo ecológico. São áreas de posse e domínio públicos, sendo que as propriedades particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. A visitação pública e a pesquisa científica estão sujeitas às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração e àquelas previstas em regulamento. As unidades desta categoria, quando criadas pelo governo do estado ou prefeitura, serão denominadas, respectivamente, Parque Estadual e Parque Natural Municipal. d) MONUMENTOS NATURAIS (MONAT): Têm como objetivo preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Podem ser constituídos por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. Caso contrário, as propriedades particulares devem ser desapropriadas. A visitação pública e a pesquisa científica estão sujeitas às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, pelo órgão responsável por sua administração ou em regulamento. e) REFÚGIOS DE VIDA SILVESTRE (RVS): Têm como objetivo proteger ambientes naturais onde se asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Podem ser constituídos por áreas particulares, desde que seja possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários. Caso contrário, as propriedades particulares devem ser desapropriadas. A visitação pública e a pesquisa científica estão sujeitas às normas e restrições estabelecidas no Plano de Manejo da unidade, pelo órgão responsável por sua administração ou em regulamento. • Unidades de Conservação de Uso Sustentável: Admitem a presença de moradores. Elas têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos naturais. a) ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA): Constituídas por terras públicas ou privadas. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em uma APA. As condições para a realização de pesquisa científica e visitação pública nas áreas sob domínio público serão estabelecidas pelo órgão gestor da unidade. Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao proprietário estabelecer as condições para pesquisa e visitação, observadas as exigências e restrições legais. A APA terá de um conselho presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população residente. b) ÁREAS DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE): Áreas geralmente de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional. Têm como objetivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas. A Arie é constituída por terras públicas ou privadas. Respeitados os limites constitucionais, podem ser estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada em seu interior. c) FLORESTAS NACIONAIS (FLONA): São áreas com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e têm como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica. Elas são de posse e domínio públicos,sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. Nas Flonas é admitida a permanência de populações tradicionais que a habitam quando de sua criação, em conformidade com o disposto em regulamento e no Plano de Manejo da unidade. A visitação pública e a pesquisa científica são permitidas, condicionadas às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração. A Flona terá de um Conselho Consultivo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e, quando for o caso, das populações tradicionais residentes. A unidade desta categoria, quando criada pelo governo estadual ou pela prefeitura, será denominada, respectivamente, Floresta Estadual e Floresta Municipal. d) RESERVAS EXTRATIVISTAS (RESEX): São áreas utilizadas por populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte. Têm como objetivos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A Resex é de domínio público, com uso concedido às populações extrativistas tradicionais, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. As Reservas Extratitivistas serão geridas por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área. A visitação pública e a pesquisa científica são permitidas, condicionadas às normas estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração. A exploração comercial de recursos madeireiros só será admitida em bases sustentáveis e em situações especiais, complementares às demais atividades desenvolvidas na unidade. e) RESERVAS DE FAUNA (REF): São áreas naturais com fauna de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias. Elas são adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo econômico sustentável desses animais. São de posse e domínio públicos, sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas. A visitação pública é permitida, desde que compatível com o manejo da unidade e de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão responsável por sua administração. f) RESERVAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RDS): São áreas naturais que abrigam populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações. Essas técnicas tradicionais de manejo estão adaptadas às condições ecológicas locais e desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. A RDS tem como objetivo básico preservar a natureza e, ao mesmo tempo, assegurar as condições e os meios necessários para a reprodução e a melhoria dos modos e da qualidade de vida das populações tradicionais.Ela se constitui como área de domínio público, sendo que as propriedades particulares incluídas em seus limites devem ser, quando necessário, desapropriadas. A reserva será gerida por um Conselho Deliberativo, constituído por representantes de órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área. Nela é permitida e incentivada a visitação pública e a pesquisa científica voltada à conservação da natureza, à melhor relação das populações residentes com seu meio e à educação ambiental. A exploração de componentes dos ecossistemas naturais em regime de manejo sustentável e a substituição da cobertura vegetal por espécies cultiváveis são permitidas, desde que sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao Plano de Manejo da área. g) RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN): São áreas privadas com o objetivo de conservar a diversidade biológica. O termo de compromisso entre o proprietário e o governo será assinado perante o órgão ambiental, que verificará a existência de interesse público. Na RPPN só será permitida a pesquisa científica e a visitação com objetivos turísticos, recreativos e educacionais.
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