@import url(https://fonts.googleapis.com/css?family=Source+Sans+Pro:300,400,600,700&display=swap); Por que estudar redes sociais no contexto prisional?As redes sociais nem sempre são avaliadas como sendo positivas. Mas é inquestionável que elas possuem alguma funcionalidade na vida do indivíduo. Se pensarmos, por exemplo, em situações que envolvem o tráfico de drogas nem sempre escutaremos dos \u201csoldados do tráfico\u201d que a vida que levam é realmente a que sonhavam em ter.Não deve ser fácil (e nem agradável) fugir da polícia, ficar acordado vigiando os locais em que as drogas estão escondidas, colocar a família em risco por se envolver com pessoas de alta periculosidade e até mesmo não poder deixar essa vida no momento em que se deseja. Ao mesmo tempo esse grupo lhe oferece poder, dinheiro, segurança (mesmo que duvidosa), reconhecimento social e outros \u201cganhos\u201d na comunidade em que vive.Sendo assim, as redes sociais podem ser caracterizadas a partir dos fatores de risco ou dos fatores de proteção. Os fatores de risco são aqueles que estão associados a uma maior probabilidade de gerar resultados negativos ou indesejados no desenvolvimento humano e podem comprometer a saúde, o bem-estar pessoal e de terceiros e o desempenho social (JESSOR et al., 1995).Os fatores de proteção, ao contrário, proporcionam um desenvolvimento saudável, pois diminuem a incidência e a gravidade de resultados negativos (PALUDO; KOLLER, 2005). Dentre as funções das redes de proteção citadas por Pesce et al. (2004) temos:Redução de impacto dos riscos;Redução das reações negativas em cadeia;Estabelecimento e manutenção da autoestima e autoeficiência (relações de apego seguro) e;Criação de oportunidades para reverter efeitos de estresse.\ufeffNesse sentido, é importante identificarmos e conhecermos as redes de risco do presidiário para entendermos que lacuna essas redes foram capazes de preencher (mesmo que de forma negativa) e identificar possíveis redes protetivas que sejam capazes de lhe conferir um sentimento de pertencimento, mas de forma que não lhe cause mais prejuízos. O papel da família é de fundamental importância porque nem sempre o presidiário será capaz de identificar redes de apoio e de proteção, já que, em alguns casos, as relações com essas redes ficaram fragilizadas pela sua inserção na criminalidade, mas que estão à sua disposição por acreditar na possibilidade de mudança.
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