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1 GESTÃO EDUCACIONAL E EDUCAÇÃO ESPECIAL 2 Sumário NOSSA HISTÓRIA ................................................................................................................................ 3 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4 2. GESTÃO EDUCACIONAL – FUNDAMENTOS ................................................................... 7 2.1 Conceito ............................................................................................................................. 7 2.2 Histórico ............................................................................................................................. 8 2.3 Compromisso Social...........................................................................................................14 3. A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO ..................................................................16 3.1 Função Social da Escola .....................................................................................................16 3.2 Políticas Públicas na Educação ...........................................................................................19 3.3 O Trabalho do Gestor na Instituição ...................................................................................22 4. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR .............................................................................................25 4.1 O Que é Administração Escolar ..........................................................................................25 5. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO ......................................................................27 5.1 Conceito ............................................................................................................................27 5.2 Participação no Espaço Escolar ..........................................................................................31 5.3 Planejamento e Avaliação ..................................................................................................32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................35 3 NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 4 1. INTRODUÇÃO A disciplina gestão educacional e organização do trabalho pedagógico possui, em si, uma importância para a Educação, pois, dependendo das finalidades e da forma pela qual se organiza e se conduz a escola, a Educação, o ensino e a aprendizagem, assim se estará formando cada cidadão que tiver passado por essa escola, pelas mãos de um educador. Se essa condução for rica em conteúdos compromissados com a solidariedade e a emancipação de toda a humanidade, segura e firme nas metodologias que possibilitem a aquisição desses conhecimentos e empenhada na construção de um mundo mais justo e humano, estará possibilitando um novo tipo de homem e de mulher. Se tal não for, será um outro tipo, indefinido, que reforçará a concepção desagregadora e individualista de mundo que, hoje, impera na sociedade globalizada. Esta disciplina possui o compromisso de fornecer, por meio de seus conteúdos, a compreensão da necessidade de ultrapassar o mundo da “pseudoconcreticidade”, das “pseudoverdades” que são as ideologias, as manipulações e as “trapaças”, tão comuns nos tempos hodiernos, para trabalhar com um saber crítico, historicamente situado na contemporaneidade, que possibilite a lucidez necessária ao exercício da profissão de educador à “luz” que as teorias da Educação possibilitam. Os modelos neoliberais nas mãos de ideologias conservadoras condicionam, hoje, os modos de pensar, sentir e agir da população mundial, em geral, conformando pessoas com um sentido que legitima e naturaliza estruturas materiais e maquinarias de poder que têm uma gênese histórica e que, por isso, podem ser transformadas e substituídas, na medida em que não satisfazem os ideais de equidade, democracia e justiça. Essas ideologias se apresentam como salvadoras do mundo, gerando desespero, desestabilidade e desesperança em quem sofre as consequências, necessitando ser examinadas e compreendidas a fim de possibilitar, a partir de suas implicações na configuração das sociedades do presente e do futuro, a construção de uma outra sociedade fundada no sentido consciente, humano, fraterno e solidário da vida. 5 No final do século XX, graças aos avanços da ciência, produziu-se um sistema de técnicas presidido pela informação, que passou a exercer um papel de elo entre as demais, unindo-as e assegurando ao novo sistema técnico uma presença planetária. A globalização, como ápice do processo de internacionalização do mundo capitalista, é também o resultado das ações que asseguram a emergência de um mercado, dito global, principal responsável pelos processos políticos considerados atualmente eficazes. A competitividade e o individualismo sugeridos pela produção e pelo consumo – e que se tornaram o padrão predominante – são a fonte de novos totalitarismos, mais facilmente aceitos graças à “confusão dos espíritos” que se instala no mundo desestabilizado pela violência, pela guerra e por toda a ordem de questões que desmantelam a integridade humana. A produção tem as mesmas origens na base da vida social, de uma violência estrutural facilmente visível nas formas de agir dos Estados, das empresas, das instituições e dos indivíduos. A perversidade sistêmica é um de seus corolários e a violência passa a ser a palavra de ordem, o mecanismo que perpassa todas as relações entre pessoas, grupos e nações. Nesse contexto, a gestão do mundo globalizado e a gestão educacional devem se alicerçar em ideais que necessitam ser firmados, explicitados, compreendidos e partilhados nas tomadas de decisões sobre a formação dos cidadãos que estejam aptos a dirigir o mundo e as instituições. Compreendendo a Educação como uma mediação que se realiza num contexto social (SAVIANI, 1996, p. 120-122) e que se faz a partir das determinações da contemporaneidade, a partir do ser que aprende, necessário se faz adentrar a estes dois “mundos” para cumprir com a responsabilidade de educador em formar mentes e corações. A Educação e a sua gestão, portanto, responsáveis por essa “condução”, necessitam firmar-se em ideais comprometidos com a formação humana de profissionais da Educação e de profissionais em geral, de todos os cidadãos. Nesse sentido, cabe pensar e questionar: Quais são os ideais que orientam as “tomadas de decisões” na sociedade globalizada e nas instituições? 6 São ideais de equidade, dejustiça social, de solidariedade, de democracia ou são ideais discricionários, individualistas, de dominação e exclusão social? Urge fortalecer o valor da utopia como motor de transformação da sociedade, a partir do pensar crítico sobre a realidade com todas as suas contradições. E, para isso, é necessário assumir, como consubstancial ao ser humano, a corresponsabilidade social de que todos devem ser vistos e respeitados como interdependentes, iguais e livres. Defender a liberdade e as possibilidades de todos os seres humanos significa criar condições para exercê-las, como chama a atenção Bobbio (1993, p. 143) quando escreve: [...] não importa o tanto que o indivíduo seja livre em “relação ao Estado” se depois não é “livre na sociedade” [...] não importa o tanto que o indivíduo seja livre politicamente se não o é socialmente. Por baixo da falta de liberdade como sujeição, existe uma falta de liberdade mais fundamental, mais radical e objetiva, a falta de liberdade como submissão ao aparato produtivo e ideológico, que conduz não só à mercantilização do trabalho e da vida humana, como de todas as ações realizadas pelos cidadãos. A consciência da necessidade de superar esses “fatores de exclusão e discriminação social” possibilitará a assunção do compromisso de, enquanto gestores da Educação, competentemente construir um mundo mais humano e feliz para todos. Esses conteúdos traduzem, brevemente, os compromissos desta disciplina, que pretende ser muito útil na sua formação e para isso conta com todo o seu empenho, dedicação e esforço no estudo e na pesquisa diuturna dos conteúdos expostos e das leituras complementares. 7 2. GESTÃO EDUCACIONAL – FUNDAMENTOS 2.1 Conceito Com a crise na teoria da administração, por questões ideológicas, questionou- se o conceito de autoridade. O resultado foi o surgimento de soluções alternativas e a necessidade de um conceito mais amplo que descrevesse a administração e suas alternativas, surgindo o conceito de gestão. O estudo de administração está voltado para a atuação do líder ou administrador. O líder passou a ser o principal responsável pelo êxito do grupo sob seu comando. Em certas gestões, o administrador pode ser enfraquecido ou até ser eliminado, destacando-se os colegiados e as decisões grupais. Colegiado Escolar é uma forma de Gestão na qual a direção é compartilhada por um conjunto de pessoas, que reunidas, decidem sobre a melhoria da escola. Propicia um processo permanente de reflexão e discussão de problemas da escola. O Colegiado é formado por um grupo representante da comunidade escolar. Esse grupo é composto de pais, alunos, funcionários, dirigentes e coordenadores pedagógicos. Colegiados são conhecidos pelos nomes de Comitês, Câmara, Grupos de Trabalho, Juntas, Conselhos e outros. A administração colegiada dá ênfase ao trabalho cooperativo e solidário e se pode garantir a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, assim podem vivenciar situações de cidadania. O processo está vinculado ao cumprimento das funções política e social da educação escolar, que é a formação do cidadão participativo, responsável criativo e crítico. Surgem os especialistas na organização do trabalho na escola como as habilitações para Orientação, Supervisão e Administração Escolar no curso superior de Pedagogia. A Lei 5692/71, capítulo V, artigo 33: Seu Professor sugere: Leitura da Lei 5692/71, capítulo V, artigo 33: 8 Com a democratização da Gestão Escolar começa a mudar a visão no campo educacional A gestão possui três formas conhecida: A Administração, a coparticipação e a autogestão. A administração preocupa-se com a eficiência e em como alcançar os objetivos apresentados visando à qualidade. A expressão cogestão é mais ampla que administração. O princípio está fundamentado na participação. A autoridade do administrador e as suas decisões são consideradas legítimas ao ser tomadas com a participação das pessoas sob sua ordem, o administrador- gestor não é o único responsável pelas decisões. A autogestão baseia-se na anarquia, na falta de ordem. Não há hierarquia. Há autonomia nos grupos sendo que há necessidade de coordenação. O administrador divide seu poder com os demais participantes. A autogestão está em processo, é ainda discurso ideológico. O diretor de escola exerce uma função muito complexa, como o de autoridade escolar, o de educador e de administrador. A Gestão Escolar tem como objetivo estabelecer, pronunciar e mobilizar todos os recursos materiais e humanos imprescindíveis para o desenvolvimento dos processos sociais e educacionais dos estabelecimentos de ensino. 2.2 Histórico Para compreender a gestão com foco na educação, precisamos nos reportar aos primórdios históricos que fizeram com que o termo “gestão” viesse a substituir o termo “administração” na execução das ações pertinentes à esfera pública e privada. O termo administração é mais antigo e remete a um processo rígido, estabelecido, segundo a sua própria definição, para uma condição em que há alguém que é superior, que “manda”, que administra alguém ou um grupo de pessoas, que são subalternos a esse administrador. Esse profissional é o grande responsável por 9 planejar as ações, organizar os processos, dirigir o grupo subordinado e controlar o seu desempenho. Esse modelo surgiu no final do século XIX, acompanhando as transformações econômicas e sociais, e se origina nos estudos de alguns intelectuais relacionados ao ambiente empresarial, visando produzir pesquisas e teorias com o objetivo de otimizar os processos produtivos em desenvolvimento na época. Entre esses intelectuais, podemos citar o casal norte-americano Gilbreth, fundador da Gilbreth Inc., em 1911, que produziu pesquisas de otimização industrial e estudos sobre a fadiga dos trabalhadores no início do século XX. Temos ainda Taylor (1856–1915), engenheiro norte-americano reconhecido como o fundador da ciência da administração e responsável pelos estudos de tempos, movimentos e organização racional do trabalho, assim como Henry Ford (1863–1947), que delineia novos contornos para os processos industriais da época. Diante desse cenário, cabe relatar: Os princípios da administração foram úteis e perseguiram o propósito de consolidar o crescimento e a expansão do capitalismo industrial, que deu lastro ao desenvolvimento econômico das nações de modo geral. Tais princípios se deslocaram para a administração pública, uma vez que eram entendidos como excelentes para o aumento da eficiência das operações e para o alcance dos resultados desejados em todas as áreas. Foi assim que surgiu no Brasil a administração educacional, voltada para a condução desse setor importante a ser administrado pelo Estado em busca do bem-estar da coletividade. ”Os princípios estabelecidos pela administração no início do século XX, previam uma administração rígida, onde o chefe ou o proprietário, no caso de pequena empresa, eram os donos absolutos das decisões, a autoridade vinha de cima para baixo e as suas atividades principais eram mandar fazer as tarefas e controlá-las com muito rigor. O objetivo principal da organização era produzir mais e com maior eficiência para que o lucro fosse maior (KWA-SNICKA, 1979, p.18).” 10 No entanto, para que a economia continuasse prosperando, com o passar das décadas, esse modelo não cumpria mais as suas finalidades. A sociedade se reconfigurou, exigindo atitudes mais dinâmicas, flexíveis e adaptáveis às mudanças que surgiram — sobretudo após os anos de 1980 — e se intensificaram, como o advento da globalização, o impulso das comunicações digitais e as modificações nas relações de trabalho e emprego e na própria maneira de conduzir as ações estatais. Era necessário agoraalguém que pudesse inovar, que fosse empreendedor de si mesmo, que soubesse conduzir pessoas e processos de forma flexível para o alcance dos resultados organizacionais. Dentro do contexto dessas mudanças que ocorreram no cenário mundial, surgiu o termo gestão, que hoje é amplamente utilizado no campo da educação. A administração pública brasileira passou por três fases distintas durante o seu desenvolvimento histórico... Figura 1: Fases da administração pública no Brasil. Fonte: Adaptada de Rek, (2014). 1. A administração pública patrimonialista: se estende desde o período colonial até a década de 1930, sendo caracterizada por uma confusão entre o público e o privado e pelo sentimento dos governantes de que o Estado era patrimônio seu, fazendo com que os servidores públicos fossem nomeados pelos governantes, favorecendo o nepotismo e práticas corruptas. 11 2. A administração pública burocrática: por sua vez, surgiu a partir de 1936, na qual, visando atender às proposições do capitalismo, foi necessária a cisão entre o Estado, o mercado e a sociedade. O Estado encarregou-se de atender os direitos sociais da população e combater o nepotismo e a corrupção, valendo-se para isso da regulamentação e criação de formulários, normas e regras a serem seguidas, dentro da lógica de que a burocracia traria impessoalidade e corrigiria tais problemas do modelo patrimonialista. O resultado, porém, foi uma disfunção da burocracia, tornando o modelo pesado, lento, engessado e ineficiente. 3. A administração pública gerencial: surgiu após a Constituição Federal de 1988, visando atender aos seus princípios constitucionais e buscando a flexibilidade nos processos e o controle das atividades públicas administrativas e operacionais, dando margem ao surgimento da gestão pública. Em todas as áreas da gestão pública, inclusive na educação, são persegui-dos sempre os objetivos relacionados ao bem público, ou seja, ao benefício da população e da coletividade. Para atingir com eficiência tais objetivos, a gestão pública se vale, como fundamento, de quatro processos fundamentais: o Planejamento; o Organização; o Direção; o Controle. Dentro desses processos fundamentais, serão construídas políticas públicas que deverão nortear os trabalhos dos gestores públicos, visando a sua maior eficiência e o alcance dos objetivos propostos para a sociedade. Você aprenderá sobre essas políticas públicas voltadas para a área educacional relacionando-as com as práticas dos gestores educacionais no próximo tópico. Na Constituição Federal de 1988, o art. 37 afirma que: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...]” (BRASIL, 1988, documento on-line). 12 Estes ficaram conhecidos como os princípios da administração pública e aplicam-se diretamente ao campo da educação. Para facilitar o entendimento, podemos associar esses princípios com a sigla LIMPE. Dessa forma, cada um deles traz ao gestor público norteadores importantes para a sua prática. Acompanhe o significado de cada um deles. Princípios constitucionais da administração pública: Legalidade É o princípio básico de todo o direito público. A legalidade é esteio do Estado Democrático de Direito e está correlacionada à tipicidade e às normas de direito. Toda atividade administrativa deve estar dotada de legalidade. A doutrina costuma usar a seguinte fraseologia: “Enquanto na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido, na administração pública é o inverso, ela só pode fazer o que a lei permite, deste modo, tudo o que não está permitido é proibido”. Impessoalidade O princípio da impessoalidade ou princípio da finalidade impõe ao administrador público que apenas pratique o ato para a finalidade legal, de forma impessoal. Os atos da administração devem ser sempre imputados ao ente ou órgão em nome do qual se realiza e destinado diretamente à coletividade, sem privilégio e perseguições. Moralidade Moral é um conceito subjetivo que se alterna de sociedade em sociedade, de época em época. Tem relação estreita com a ética, é um padrão correto, considerado medianamente por um grupo social. A moral administrativa significa o dever do administrador de não apenas cumprir a lei formalmente, mas também substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. 13 Além desses princípios que se encontram explícitos no texto constitucional, existem outros dois que são considerados supra princípios e que norteiam a construção dos princípios analisados na tabela. São eles o princípio da supremacia do interesse público e o princípio da indisponibilidade do interesse público. Dessa forma, fica reforçada a ideia de que a gestão pública deve sempre estar pautada pelo atendimento da finalidade coletiva e da busca pelo bem-estar da população, em detrimento de questões individuais. Sempre que o gestor público se afastar da busca pelos interesses públicos e do cumprimento das disposições legais, poderá ser responsabilizado funcionalmente, sendo inclusive afastado de suas funções. Publicidade Esse princípio se destina, por um lado, à produção dos efeitos externos dos atos administrativos, tem caráter informativo e educativo. Por outro lado, também se justifica por permitir a qualquer pessoa que tenha conhecimento controle e fiscalização dos atos administrativos. Eficiência É a obtenção do melhor resultado com o uso racional dos meios. Foi acrescentado aos anteriores pela Emenda Constitucional no. 19, de 1998, conhecida como a Reforma Administrativa. PROF! Embora as instituições educacionais tenham se apropriado dos princípios da administração que se originaram nas organizações industriais, a sua finalidade é completamente diferente, sendo a escola considerada uma organização única e particular. Dentro das escolas públicas, os gestores são os responsáveis por atingir os resultados esperados junto aos estudantes. Os principais gestores educacionais são o diretor, o vice- diretor, o coordenador pedagógico, o supervisor educacional e o orientador educacional. 14 2.3 Compromisso Social No atual contexto educacional, em que interesses econômicos e políticos sobressaem em relação aos valores e princípios éticos e cidadãos, a educação, sozinha e por si só, não será capaz de transformar essa realidade competitiva. Além disso, há que se considerar a grande influência dos meios de comunicação de massa, que disseminam ideologias e influenciam modos de pensar e de agir. No entanto, a contribuição da educação sempre será necessária e fundamental, pois é através dela que podemos formar cidadãos conscientes e transformadores da sociedade. Nesse mesmo panorama, observamos a organização de políticas que valorizam a diversidade e promovem a cidadania, como as de ação afirmativa, de inclusão nas escolas e na sociedade, introdução da história e cultura afro-brasileira, africana e indígena nos currículos escolares, entre outros. Temas como esses foram e ainda são discutidos e criam espaços para reivindicação de direitos. Sendo assim, é necessário ampliar essa discussão no ambiente escolar, para que os educandos e educadores saibam da possibilidade e dos resultados das lutas e reivindicações na sociedade. É papel da gestão educacional realizar ações que estimulem o exercício da cidadania. É importante lembrar que a escolha do currículo, dos objetivos educacionais, assim como dos conteúdos, metodologias e tipos de avaliação do aprendizado escolar demonstraa maneira como a escola se posiciona e trabalha com o conceito de cidadania. 15 Isso também será demonstrado através da relação professor e alunos e na atuação que esses dois papéis desempenham no ambiente escolar, contribuindo ou não para a formação de um indivíduo crítico reflexivo, democrático, pluralista e criativo. Assim, devemos refletir sobre a gestão educacional e cidadania, que metodologias podem oferecer situações de aprendizagem que envolvam participação, de forma que professores e alunos possam opinar, assumir responsabilidades, resolver e se posicionar diante dos conflitos e refletir sobre as consequências de seus atos. Na prática escolar, pode-se estimular atividades escolares, como seminários, trabalhos em grupos, exposições, organização de campanhas, eleição de representantes de turma e desenvolvimento de projetos que favoreçam o pensamento crítico, reflexivo e ativo dos educandos. É importante também que sejam realizados trabalhos em torno dos Temas Transversais, para a ampliação do conceito de cidadania no espaço escolar. Nessa perspectiva, o gestor deve constantemente avaliar seu papel para que o ambiente educacional seja democrático e favoreça a aplicação do exercício da cidadania pelos estudantes, aliado aos conhecimentos construídos ao longo do processo de aprendizagem. Portanto, é importante que a escola seja espaço político de elaboração e respeito às regras de funcionamento da instituição, para que o convívio social se torne favorável à aprendizagem. Assim como os adultos não devem exercer a sua cidadania apenas com o ato de votar, os alunos também precisam compreender o sentido amplo do exercer a cidadania de uma forma consciente, no dia a dia, nas discussões e decisões coletivas, para que compreendam o funcionamento da instituição como organização de todos e contextualizada na comunidade escolar. Nesse sentido, o gestor educacional possui um papel de grande importância no desenvolvimento integral dos estudantes e em sua formação para a cidadania, na medida em que está à frente da elaboração e manutenção de uma proposta pedagógica, documentos curriculares, que incentiva, organiza e propõe metodologias que podem ou não contribuir para a formação cidadã dos estudantes. Assim, cada 16 escola apresentará o tipo de cidadania que se deseja expressar, o que revela também a concepção de educação presente nos documentos e na prática educacional. 3. A GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO 3.1 Função Social da Escola Conforme Pérez Gómez (1998, p. 13), o ser humano, desde suas origens, elabora mecanismos para sua sobrevivência que são transmitidos às novas gerações. “Este processo de aquisição por parte das novas gerações das conquistas sociais – processo de socialização – costuma denominar-se genericamente como processo de educação”. Nesse sentido, a educação assume a função de socialização e, em especial, de humanização do homem. Nas sociedades atuais a preparação das novas gerações está sob a responsabilidade de instâncias específicas como a escola, cuja função é preparar as “novas gerações para sua participação no mundo do trabalho e na vida pública” (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 13), ou seja, promover sua socialização. A escola, concebida como instituição socializadora das novas gerações, cumpre uma função puramente conservadora: “garantir a reprodução social e cultural como requisito para a sobrevivência da sociedade” (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 14). No entanto, a tendência conservadora lógica para a reprodução social choca- se com outra tendência, também lógica, que busca transformar os caracteres sociais, especialmente aqueles desfavoráveis para alguns grupos, caracterizando uma contradição externa. Nesse contexto, o processo de socialização que a escola cumpre assume dois objetivos: Preparar os alunos para o futuro ingresso no mercado de trabalho e formar o cidadão para sua intervenção na vida pública, emergindo daí as contradições internas que consagram a escola como reprodutora da arbitrariedade cultural. Explica-se. Com o intuito de formar o cidadão capaz de intervir na vida pública a escola deve provocar: 17 O desenvolvimento de conhecimentos; Ideais; Atitudes: Pautas, Que permitam sua incorporação na vida política e social, esferas que requerem “participação ativa e responsável de todos os cidadãos considerados por direito como iguais” (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 20). Contraditoriamente essa mesma sociedade, na esfera econômica, induz: À submissão: À disciplina; À aceitação das diferenças sociais. Nessa esfera a contradição agrava-se: a) A escola deve formar os alunos para sua futura incorporação em que mercado de trabalho? b) Do trabalho assalariado que requer submissão e disciplina? c) Ou do trabalho autônomo que, ao contrário, requer atividade e criatividade? Frente a uma função tão complexa e contraditória a escola apresenta: Esse processo consagra a escola como reprodutora da arbitrariedade cultural num meio que estimula a competitividade, em detrimento da solidariedade, desde os primeiros momentos da aprendizagem escolar. Confirmando os dizeres de Bourdieu, Pérez Gómez (1998, p. 16) conclui que a escola socializa preparando o cidadão para aceitar como natural a arbitrariedade cultural. Porém, o processo de reprodução nem é linear, nem automático, nem isento [...] uma ideologia tão flexiva, frouxa e eclética [...] cujos valores são o individualismo, a competitividade, a falta de solidariedade, a igualdade formal de oportunidades e a desigualdade “natural” de resultados em função de capacidades e esforços individuais. Assume-se a idéia de que a escola é igual para todos e de que, portanto, cada um chega onde suas capacidades e seu trabalho pessoal lhes permitem (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 16). 18 de contradições e resistências; o processo de socialização acontece também em consequência das práticas sociais. A escola é um cenário de conflitos. Para Pérez Gómez (1998, p. 19) na escola, como em qualquer outra instituição social, existem espaços de relativa autonomia que podem ser usados para desequilibrar a tendência reprodutora, uma vez que o processo de socialização envolve um complexo movimento de negociação em que as reações e resistências de professores/as e alunos/as podem chegar a provocar a recusa e ineficiência das tendências reprodutoras da escola. A contradição externa – tendência conservadora x tendência renovadora – acontece de forma específica na escola. As correntes renovadoras impulsionam a resistência e a transformação. A função educativa da escola, ou seja, a utilização do conhecimento social e historicamente construído, da experiência e da reflexão como ferramentas de análise para compreender a sociedade e a ideologia dominante, quebra ou pode quebrar o processo produtivista. O grande desafio da escola é fazer com que sua função educativa assuma um caráter compensatório, isto é, atenda às diferenças de origem, oportunizando o acesso à cultura, provocando e facilitando a reconstrução dos conhecimentos, das disposições e das pautas de conduta que a criança assimila em sua vida paralela e anterior à escola. A escola não pode anular a desigualdade socioeconômica, mas pode atenuar seus efeitos. Para tanto, deve oferecer o conhecimento como ferramenta de análise e, mais que transmitir informação, deve orientar... [...] para provocar a organização racional da informação fragmentaria recebida e a reconstrução das preconcepções acríticas formadas pela pressão reprodutora do contexto social. [...] É preciso transformar a vida da aula e da escola, de modo que se possam vivenciar práticas sociais e intercâmbios acadêmicos que induzam à solidariedade, à colaboração, à experimentação compartilhada, assim como a outro tipo de relações como conhecimento e a cultura que estimulem a busca, a comparação, a crítica, a iniciação e a criação (PÉREZ GÓMEZ, 1998, p. 26). 19 Assim como Bourdieu, Pérez Gómez afirma que a escola exerce uma função de reprodução cultural e de conservação social. Porém, ele acredita na existência de um espaço de autonomia no qual a resistência pode gerar transformações. Além da função de conservação e de reprodução a escola pode, através de sua função educativa, estimular a participação ativa e crítica dos alunos, primeiramente; Nas atividades desenvolvidas na sala de aula; Posteriormente no cenário social propriamente dito. 3.2 Políticas Públicas na Educação As Políticas públicas são parte da ciência política, estudada desde o início do século passado. No entanto, só recentemente constituiu cursos de graduação e pós- graduação no Brasil. É conceituado por muitos pesquisadores como um conjunto de teorias que tentam explicar como se dá a construção e implementação de ações do Estado, para alterar ou manter uma determinada realidade. É um esforço para classificar, prever e melhorar processos políticos. Por exemplo: como se dá, no âmbito do governo de sua prefeitura, o combate à dengue? Como o secretário convence o Prefeito de que é necessário mais dinheiro ou mais pessoal? Como as organizações da sociedade ajudam na tarefa de combate à dengue? As ações da prefeitura dão bons resultados? As políticas públicas afetam a todos os cidadãos, de todos os níveis de escolaridade, independente de sexo, raça, religião ou nível social. Com a expansão da democracia, as responsabilidades dos representantes popular se diversificaram, sendo, portanto, comum dizer que sua função é promover a qualidade de vida da sociedade. Essa qualidade de vida está intimamente relacionada a ações bem desenvolvidas e a sua execução em áreas como saúde, educação, meio ambiente, habitação, assistência social, lazer, transporte e segurança, ou seja, deve-se contemplar a qualidade de vida como um todo. https://www.politize.com.br/democracia-o-que-e/ 20 É partindo desse princípio que, para atingir resultados satisfatórios em diferentes áreas, os governos nas esferas federal, estaduais ou municipais, se utilizam das políticas públicas. Políticas públicas são conjuntos de programas, ações e decisões tomadas pelos governos (nacionais, estaduais ou municipais) com a participação, direta ou indireta, de entes públicos ou privados que visam assegurar determinado direito de cidadania para vários grupos da sociedade ou para determinado segmento social, cultural, étnico ou econômico. Sendo, portanto, direitos assegurados na Constituição. As políticas públicas podem possuir dois sentidos diferentes: 1. Político: encara-se a política pública como um processo de decisão, em que há naturalmente conflitos de interesses. Por meio das políticas públicas, o governo decide o que fazer ou não fazer. 2. Administrativo: as políticas públicas são um conjunto de projetos, programas e atividades realizadas pelo governo. A política pública pode tanto ser parte de uma política de Estado ou parte da política de governo. Sendo que a política de Estado é toda política que independente do governo e do governante deve ser realizada porque é amparada pela constituição. Entretanto a política de governo pode depender da alternância de poder. Cada governo tem seus projetos, que por sua vez se transformam em políticas públicas. Vejamos alguns exemplos dessa distinção: é muito comum ouvirmos dizer que a política externa do país deve ser uma política de Estado, ou seja, uma política orientada por ideais que transcendem governos e que se mantêm no longo prazo. Políticas públicas eficientes que têm continuidade de um governo para outro podem se transformar em política de Estado. Um possível exemplo disso é o programa Bolsa Família, criado e expandido no governo do PT, cujos bons resultados levaram o líder oposicionista Aécio Neves a propor que o programa seja transformado em política de Estado, no ano de 2014 (a ideia seria incorporar o programa à Lei Orgânica da Assistência Social). Criar uma política pública, ou seja, um programa com vista a erradicar um problema de ordem social, é muito mais complexo que que se possa imaginar, uma vez que, mobiliza um número muito grande de pessoas: especialistas, https://www.politize.com.br/niveis-de-governo-federal-estadual-municipal/ https://www.youtube.com/watch?v=fZV2yC3jSr8 https://www.politize.com.br/constituicao-de-1988/ https://www.politize.com.br/gestao-de-conflitos-politica/ https://www.politize.com.br/politica-externa-o-que-e-e-por-que-e-importante/ https://www.politize.com.br/bolsa-familia-mitos/ https://www.politize.com.br/bolsa-familia-mitos/ http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112173164/projeto-que-transforma-bolsa-familia-em-politica-de-estado-pode-ser-votado-na-quarta http://senado.jusbrasil.com.br/noticias/112173164/projeto-que-transforma-bolsa-familia-em-politica-de-estado-pode-ser-votado-na-quarta 21 professores e outros funcionários públicos, em áreas muito extensas. Ainda se faz necessário disponibilizar recursos financeiros públicos e ações bem elaboradas para viabilizar o sucesso do programa, tais como: Planejamento de aplicação e fiscalização do investimento: Avaliação das práticas e aprimoramento constante para tornar essas ações mais eficientes. Tudo isso, seguindo uma série de regras e conhecimentos técnicos. As políticas públicas dão forma ao País e por isso é tão importante que a população as conheça. Se estabelecemos uma política pública de redistribuição de renda, por exemplo, estamos sinalizando o enfrentamento da dura desigualdade econômica brasileira, de maneira mais imediata - o que é importante para a parcela da população mais pobre, como os das milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza. Essa visão do que são e para que se faz políticas públicas têm de estar presente na vida de toda a população em todo tempo e não apenas durante os períodos eleitorais. Quanto mais democráticos e técnicos forem os processos das políticas públicas, maiores as chances de os resultados serem positivos para toda a sociedade. Como os recursos financeiros do País são limitados, as políticas públicas desempenham a importante papel de organizar para onde vai esse montante de dinheiro público. Existem quatro tipos de políticas públicas que impactam nossas vidas diariamente: a) Políticas Públicas Distributivas: sua a principal função é distribuir certos serviços, bens ou quantias a apenas uma parcela da população. Um exemplo seria o direcionamento de dinheiro público para áreas que sofrem com enchentes; na Educação, seriam as cotas. b) Políticas Públicas Redistributivas: sua principal função é redistribuir bens, serviços ou recursos para uma parcela da população, retirando o dinheiro do orçamento de todos. Um exemplo disso seria o sistema previdenciário; na Educação seria a política de financiamento educacional, onde há um fundo em que todos os municípios e estados colocam dinheiro, mas que https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/12/05/no-brasil-152-milhoes-vivem-abaixo-da-linha-da-extrema-pobreza-diz-ibge.ghtml https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/12/05/no-brasil-152-milhoes-vivem-abaixo-da-linha-da-extrema-pobreza-diz-ibge.ghtml 22 depois é repartido conforme as matrículas e não de acordo com a contribuição de cada um. c) Políticas Públicas Regulatórias: Essas medidas estabelecem regras para padrões de comportamento. São bastante conhecidas, pois tomam a forma de leis. Um exemplo muito comum são as regulações do trânsito; na Educação, podemos citar a lei que organiza a área, como a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). d) Políticas Públicas Constitutivas: O nome difícil quer dizer que elas estabelecem as “regras do jogo”. Isto é, são elas quedizem como, por quem e quando as políticas públicas podem ser criadas. O conceito pode parecer obscuro, mas quer saber uma que atinge a vida de todos nós? A distribuição de responsabilidade entre municípios, estados e Governo Federal. Na Educação, por exemplo, municípios são responsáveis pela Educação Infantil e Ensino Fundamental 1; estados pela Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio; e o Governo Federal pela Educação Superior. 3.3 O Trabalho do Gestor na Instituição A escola enquanto instituição social e educativa tem como objetivo promover a formação do indivíduo, formar cidadãos críticos e desenvolver um trabalho pedagógico-organizacional baseados em uma gestão democrática. Desta forma, o gestor é responsável em operacionalizar o trabalho educativo na escola tomando a frente nas decisões administrativas e burocráticas, assumindo um papel de líder democrático, possibilitando um trabalho, onde todos os profissionais da educação possam participar ativamente das decisões que perpassam o cotidiano escolar. Portanto, é preciso investir em processos democráticos de gestão, buscando melhorias para as práticas escolares, para isso, as atribuições do gestor enquanto líderes institucionais devem ser de mediar, orientar e organizar as atividades 23 administrativas, burocráticas e pedagógicas, delegando funções, para o acompanhando da operacionalização do trabalho nas tarefas de planejamento, coordenação, avaliação das atividades metodológicas e curriculares no âmbito da escolar. Nesse contexto a administração escolar deve ser pensada estrategicamente para oferecer uma educação de qualidade, promover eficiência nas atividades e garantir sustentabilidade financeira da instituição. A gestão escolar deve ser vista de forma holística, evitando os erros que comprometem a qualidade gerencial. Desta forma torna-se importante: Levantar as principais demandas; Apontar as falhas existentes; Instituir metas que possam reverter às situações desfavoráveis; Incentivar as tarefas inovadoras. Por isso, é preciso o engajamento de todos os envolvidos em prol da melhoria dos serviços. A democratização e a participação da equipe são primordiais na relação política, na dinâmica do processo democrático de transformação da realidade educativa inserida no mundo capital. Somente tais pressupostos estimulam a discussão, compreendem a reflexão, geram criatividade e produzem o saber, elementos essenciais para o coletivismo no ambiente social. O alicerce para uma gestão escolar é o fortalecimento local sobre as decisões coletivas da escola. A gestão escolar necessita ser um agente de transformação, necessita legitimar seu aspecto profissional, não pode ser um veículo conteudista e não pode ser um centralizador. Pensar que a escola ao longo de sua história não constituiu ranços de autoritarismo e de burocracia é uma grande utopia, mas não pensar que a escola possa dar ao educando uma perspectiva de cidadania e de abertura para o mundo é colocar a escola na esfera mais baixa das instituições sociais. Libâneo (2012) sugere seis áreas de atuação da gestão escolar: O planejamento e o projeto pedagógico escolar; O planejamento e desenvolvimento do currículo; Organização e o desenvolvimento do ensino; http://www.gennera.com.br/blog/5-principais-erros-de-uma-administracao-escolar/?utm_source=blog&utm_campaign=rc_blogpost 24 As práticas de gestão técnico-administrativas e pedagógico curriculares; O desenvolvimento profissional; Avaliação institucional e da aprendizagem. Se articulando em três blocos: Primeiro, de áreas vinculadas às finalidades da escola (projeto, currículo e ensino); Segundo, daquelas relacionadas aos meios (práticas de gestão e desenvolvimento profissional) Terceiro é o da avaliação envolvendo todas as práticas. Uma das condições fundamentais para que haja autonomia e participação, ou seja, gestão escolar, é a participação da comunidade escolar no processo das tomadas das decisões. Segundo Garote (2002), essa participação só poderá se concretizar a partir de alguns pontos básicos, como a autonomia dos movimentos sociais e de suas organizações, criação de espaços de participação, transparência política e econômica, dentre outros. Acreditar que a escola não traz ranços de autoritarismo e de burocracia é uma grande utopia, mas não poder imaginar que a escola possa dar ao educando uma perspectiva de cidadania e de abertura para o mundo é colocar a escola na esfera mais baixa das instituições sociais. Neste sentido, eficiência não pode ser confundida com eficácia, pois: A eficiência ocorre quando os sujeitos da escola cumprem com a natureza e a finalidade de suas práticas educacionais; A eficácia se trata da superação da qualidade indicada pela eficiência, ou seja, quando a escola cumpre com os objetivos que vão além daqueles que lhes são próprios. O gestor escolar e sua equipe devem trabalhar primeiramente em função da eficiência, isto é, garantir o bom desempenho do processo de ensino-aprendizagem. Tudo que ocorre dessa eficiência contribui para que a escola se torne eficaz. A clareza desses conceitos (eficiência e eficácia) são condições para instaurar um planejamento educacional coerente com a realidade escolar. 25 Toda parceria realizada entre escola e organizações deve ser ajustada em função do conceito de eficiência do processo educacional escolar, pois tal parceria pode correr o risco de atender mais a eficácia dos interesses das organizações do que os da própria escola. 4. ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR 4.1 O Que é Administração Escolar A administração escolar cuida da instituição como estrutura física, como o prédio, os equipamentos, materiais necessários para o funcionamento das aulas e dos projetos propostos pela gestão pedagógica. Esta parte tem também a missão de zelar pelos bens e garantir que sejam bem utilizados em prol do ensino. Uma boa administração deve buscar, como objetivo central, realizar os fins educativos, e isso envolve desde as atividades meio até as atividades fim. A função de administrador é função que depende muito da pessoa que a exerce; o administrador depende de quem ele é, do que tenha aprendido e de uma longa experiência. Tudo isto é que faz o administrador. E, é comum, entre nós, pensar que aquilo que não se aprende senão em muitos anos, não se precisa aprender. Daí, não se precisar de preparar o administrador. O administrador é a pessoa que dispõe dos meios e dos recursos necessários para obter alguns resultados. Resultados certos, e isto é um administrador. Logo, 26 determinados, propositais, estabelecidos pela ação intentada. Não há função mais constante nem mais geral. A vida está completamente saturada dela. Sem administração, a vida não se processaria. Na educação, o elemento mais importante é o professor. Se este professor é pessoa de ciência, de alta competência, e a sua escola é pequena, pode realizar a função de ensinar e a de administrar. Organiza a sua classe, administra a sua classe, faz os trabalhos necessários para que o ensino se faça bem. O professor ensina aos alunos, e, mais, guia e dirige os estudos dos alunos. Estão reunidas nas atividades desse professor as três grandes funções que vão passar para a Administração. A função de administrar propriamente a classe; a função de planejar os trabalhos e a função de orientar o ensino. Se o professor for sumamente competente, a Administração fica sumamente insignificante. Daí, à medida que passamos do ensino primário para o secundário, e deste para o superior, reduzir-se, teoricamente, a função da Administração, tanto mais importante quanto mais tenha a escola professores de nível, digamos, mais modesto. No ensino superior à Administração é quase mínima, no secundário, é média, e no primário, é máxima.Além de ser o responsável legal e administrativo pelo estabelecimento, o administrador escolar tem a missão de atuar junto ao corpo de professores e discente da sua instituição de ensino, coordenando as práticas pedagógicas, bem como acompanhando e analisando o desenvolvimento do currículo. De um modo geral, este tem a função de diretor da instituição, que normalmente é um pedagogo com uma especialização incorporada ou não à licenciatura em pedagogia. A discussão acerca da administração escolar ganhou força depois da Constituição Federal de 1988, e posteriormente com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 9394/96, que preconiza a gestão democrática da escola. O preparo do administrador é que irá permitir organizar o ensino em rápido desenvolvimento e criar a consciência profissional necessária, pela qual aquele antigo pequeno sistema escolar, com o professor incompetente, precisando apenas de um http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm 27 guardião para sua escola, hoje transformado no grande sistema moderno, no qual não se encontra mais aquele tipo de professor e as escolas complexas e fluidas não dispõem sequer de estabilidade do magistério, possa conservar as condições equivalentes àquelas anteriores e produzir ensino com a mesma eficácia. O novo administrador terá, pois, de substituir algumas funções daquele antigo professor, ou melhor fazer o necessário para que o novo professor, tanto quanto possível, tenha a mesma eficiência daquele antigo professor. Quando no começo dizia que o grande professor administra a sua classe, ensina e guia o aluno, estava a indicar as três grandes funções que agora deverão ser selecionadas, para constituir as grandes funções da administração da escola. Aquele professor que revele maior capacidade administrativa deverá orientar-se naturalmente para a especialização de administrador da escola. 5. GESTÃO DEMOCRÁTICA DA EDUCAÇÃO 5.1 Conceito As mudanças vividas na atualidade (décadas de 80 e 90) em nível mundial, em termos econômicos, sociais e culturais, com a transnacionalização da economia e o intercâmbio quase imediato de conhecimentos e padrões sociais e culturais, através das novas tecnologias da comunicação, entre outros fatores, têm provocado uma nova atuação dos Estados nacionais na organização das políticas públicas, por meio de um movimento de repasse de poderes e responsabilidades dos governos centrais para as comunidades locais. Na educação, um efeito deste movimento são os processos de descentralização da gestão escolar, hoje percebidos como uma das mais importantes tendências das reformas educacionais em nível mundial (Abi-Duhou, 2002) e um tema importante na formação continuada dos docentes e nos debates educacionais com toda a sociedade. Como essa tendência é vivida nas escolas e nos sistemas educacionais? Quais são as diferentes possibilidades de vivenciar processos de descentralização e autonomia nas escolas e nos sistemas? 28 Que desafios precisam ser enfrentados, considerando uma tradição autoritária e centralizadora, comum em tantos países, dentre eles o Brasil? De que modo oportunizar a participação da comunidade educativa, a partir da diversidade dos diferentes atores sociais? Qual a relação entre democratização da escola e qualidade de ensino? O que se entende por gestão democrática na educação? Essas são algumas das preocupações que surgem quando se busca implementar processos de descentralização e autonomia no campo da educação. A gestão democrática da educação formal está associada ao estabelecimento de mecanismos legais e institucionais e à organização de ações que desencadeiem a participação social: Na formulação de políticas educacionais; No planejamento; Na tomada de decisões; Na definição do uso de recursos necessidades de investimento; Na execução das deliberações coletivas; Nos momentos de avaliação da escola e da política educacional. Também a democratização do acesso e estratégias que garantam a permanência na escola, tendo como horizonte a universalização do ensino para toda a população, bem como o debate sobre a qualidade social dessa educação universalizada, são questões que estão relacionadas a esse debate. Esses processos devem garantir e mobilizar a presença dos diferentes atores envolvidos, que participam no nível dos sistemas de ensino e no nível da escola (Medeiros, 2003). Esta proposta está presente hoje em praticamente todos os discursos da reforma educacional no que se refere à gestão, constituindo um "novo senso comum", seja pelo reconhecimento da importância da educação na democratização, regulação e "progresso" da sociedade, seja pela necessidade de valorizar e considerar a diversidade do cenário social, ou ainda a necessidade de o Estado sobrecarregado (Barroso, 2000) "aliviar-se" de suas responsabilidades, transferindo poderes e funções para o nível local. 29 Em nível prático, encontramos diferentes vivências dessa proposta, como a introdução de modelos de administração empresariais, ou processos que respeitam a especificidade da educação enquanto política social, buscando a transformação da sociedade e da escola, através da participação e construção da autonomia e da cidadania. Falar em gestão democrática nos remete, portanto, quase que imediatamente a pensar em autonomia e participação. O que podemos dizer sobre esses dois conceitos, já que há diferentes possibilidades de compreendê-los? Pensar a autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na ideia de liberdade total ou independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola. Outro conceito importante é o da participação, pois também pode ter muitos ignificados, além de poder ser exercida em diferentes níveis. Podemos pensar a participação em todos os momentos do planejamento da escola, de execução e de avaliação, ou pensar que participação pudesse ser apenas convidar a comunidade para eventos ou para contribuir na manutenção e conservação do espaço físico. Portanto, as conhecidas perguntas sobre: "Quem participa?", "Como participa?", "No que participa?", "Qual a importância das decisões tomadas?"... Devem estar presentes nas agendas de discussão da gestão na escola e nos espaços de definição da política educacional de um município, do estado ou do país. Quais são os instrumentos e práticas que organizam a vivência da gestão escolar? Em geral, esses processos mesclam democracia representativa - instrumentos e instâncias formais que pressupõem a eleição de representantes, com democracia 30 participativa - estabelecimento de estratégias e fóruns de participação direta, articulados e dando fundamento a essas representações. Vários autores, como Padilha (1998) e Dourado (2000), defendem a eleição de diretores de escola e a constituição de conselhos escolares como formas mais democráticas de gestão. Outro elemento indispensável é a descentralização financeira, na qual o governo, nas suas diferentes esferas, repassa para as unidades de ensino recursos públicos a serem gerenciados conforme as deliberações de cada comunidade escolar. Estes aspectos estarão conformados na legislação local, nos regimentos escolares e regimentos internos dos órgãos da própria escola, como o Conselho Escolare a ampla Assembleia da Comunidade Escolar. Para funcionar em uma perspectiva democrática, segundo Ciseki (1998), os Conselhos, de composição paritária, devem respaldar-se em uma prática participativa de todos os segmentos escolares (pais, professores, alunos, funcionários). Para tal, é importante que todos tenham acesso às informações relevantes para a tomada de decisões e que haja transparência nas negociações entre os representantes dos interesses, muitas vezes legitimamente conflitantes, dos diferentes segmentos da comunidade escolar. Os conselhos e assembleias escolares devem ter funções deliberativas, consultivas e fiscalizadoras, de modo que possam dirigir e avaliar todo o processo de gestão escolar, e não apenas funcionar como instância de consulta. Em seu projeto político-pedagógico, construído através do planejamento participativo, desde os momentos de diagnóstico, passando pelo estabelecimento de diretrizes, objetivos e metas, execução e avaliação, a escola pode desenvolver projetos específicos de interesse da comunidade escolar, que devem ser sistematicamente avaliados e revitalizados. A gestão democrática da escola significa, portanto, a conjunção entre instrumentos formais - eleição de direção, conselho escolar, descentralização financeira - e práticas efetivas de participação, que conferem a cada escola sua singularidade, articuladas em um sistema de ensino que igualmente promova a participação nas políticas educacionais mais amplas. 31 5.2 Participação no Espaço Escolar É fundamental, para efetivação da Gestão Democrática na Escola – a presença dos Membros do Conselho Escolar, visando repensar sobre a organização do trabalho coletivo. Logo, [...] a democracia se expressa como condição fundamental para que a organização escolar se traduza em um coletivo atuante, cujos deveres emanam dele mesmo, a partir de sua maturidade social, e se configuram em sua expressão e identidade, que se renova e se supera continuamente [...] (LUCK, 2011, p. 56). Neste sentido, a participação coletiva em reuniões para debater as possíveis decisões a serem desenvolvidas no espaço escolar precisa ser realizada com transparência para contribuir com a efetivação da Gestão Democrática. É preciso ter consciência de que os avanços que se derem no sentido da democratização das relações no interior da unidade escolar serão função das lutas que se fizerem em toda a sociedade civil. O que se pretende dizer é que tal democratização jamais terá consistência se for apenas ‘delegada’ pelos que representam o poder do Estado, sem a ação da sociedade civil enquanto sujeito social. Por isso, é preciso verificar o que a comunidade pode fazer por si própria no momento presente e quais os obstáculos que se apresentam para que esta sua potencialidade se consubstancie em ações que possam levar a uma participação mais efetiva nas decisões da escola (PARO, 2000, p. 21) Conceito de Gestão Democrática “[...] é um processo de aprendizado e de luta política que não se circunscreve aos limites da prática educativa, mas vislumbra, nas especificidades dessa prática social e de sua relativa autonomia, a possibilidade de criação de canais de efetiva participação e de aprendizado do ‘jogo’ democrático e, consequentemente, do repensar das estruturas de poder autoritário que permeiam as relações sociais e, no seio dessas, as práticas educativas” (DOURADO, 2006, p.6). 32 Sendo assim, na concepção de P aro (2000), a tentativa de aproximação de membros da sociedade com desejo de participação na escola depende, em grande parte, da atuação do gestor, e de tudo que se faz no interior da unidade escolar. Bastos (2005) menciona que a participação deve promover a politização, o debate, a liberdade de se organizar (BASTOS, 2005, p.22). 5.3 Planejamento e Avaliação “ O Planejamento é sinalizador para a condução do processo de ensino e para que sejam atingidos os resultados almejados.” O planejamento, visto estrategicamente, não é outra coisa senão a ciência e a arte de construir maior governabilidade aos nossos destinos, enquanto pessoas, organizações ou países. Diz respeito a um conjunto de princípios teóricos, procedimentos metodológicos e técnicas de grupo que podem ser aplicados a qualquer tipo de organização social que demanda um objetivo, que persegue uma mudança situacional futura. Participar implica compartilhar poder, vale dizer, implica compartilhar responsabilidades por decisões tomadas em conjunto como uma coletividade e o enfraquecimento dos desafios de promoção de avanços, no sentido da melhoria contínua e transformações necessárias (LUCK, 2011, p. 44). “Os Conselhos Escolares configuram-se, historicamente, como espaço de participação [...]. Constituem-se em espaços coletivos de deliberação, assumindo, desse modo, o papel de órgão corresponsável pela gestão administrativa e pedagógica das escolas e, em outros, em razão de sua atuação [...]” (DOURADO, 2007, p. 934). 33 Não trata apenas das decisões sobre o futuro, mas questiona principalmente qual é o futuro de nossas decisões e é na ação concreta que o plano se decide e prova sua importância. O processo de planejamento não substitui a perícia dos dirigentes, nem o carisma da liderança, ao contrário, aumenta sua eficácia porque coloca estes aspectos a serviço de um projeto político coletivo. O planejamento é um alicerce fundamental para a construção de uma “educação corajosa, [...] de uma educação que leve o homem a uma nova postura de seu tempo e espaço” (FREIRE, 2011, p. 122). Isso porque, afinal, o maior compromisso do processo educativo está na crença de que é possível a mudança social. Essa mudança deve refletir-se em uma escola que promova uma aprendizagem pautada na construção de um planejamento sério e comprometido com a realidade dos estudantes; que reconhece esses sujeitos em suas singularidades, em suas identidades e com eles estabelece o diálogo esclarecedor, ensinando-os a pensar; procura, também, suprimir práticas voltadas à inclusão. Portanto, a necessária importância de tal prática, em muitos casos, não é considerada no contexto educacional. Muitos docentes recorrem a planejamentos “prontos”, a roteiros de transposição didáticas que contemplam os diferentes componentes curriculares, ou, o que é pior, agem de forma improvisada. Com base nessas observações, faz-se uma reflexão para abranger as finalidades do planejamento, que, segundo Vasconcellos (1999), consistem em: Despertar e fortalecer a esperança na história, Ser um instrumento de transformação da realidade, Combater a alienação, Ajudar a prever e superar dificuldades e racionalizar esforços, tempo e recursos. 34 Figura 2: Planejamento e Avaliação. Fonte: (AGUIAR, 2006). 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGUIAR, Márcia Ângela da S., BRZEZINSKI, Iria, FREITAS, Helena Costa L. et al. Diretrizes curriculares do curso de pedagogia no Brasil: disputas de projetos no campo da formação do profissional da educação. Educação e Sociedade, out. 2006, vol.27, no.96, p.819-842. ANFOPE [et all]. Posicionamento conjunto das entidades. Brasília: texto mimeo, 07/11/2001. ANFOPE [et all]. VII Seminário Nacional Sobre a Formação dos Profissionais da Educação. Brasília: texto mimeo, 2005. ARROYO, M. G. Administração da educação, poder e participação. In: Educação e Sociedade. 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