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BRIÓFITAS - resumo

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BRIÓFITAS 
• Em ambientes aquáticos, problemas como a perda de água, sustentação, 
absorção e transporte de água e minerais e transporte de produtos da 
fotossíntese e de hormônios vegetais são praticamente inexistentes 
• A radiação solar direta, o vento e as grandes variações de temperatura 
tornam os ambientes terrestres muito mais inóspitos para as plantas 
Adaptação das plantas para a conquista do ambiente terrestre 
• Desenvolvimento de cutícula 
• Desenvolvimento de estômatos 
• Presença de gametângios femininos e masculinos, com uma camada 
protetora de células estéreis (envoltório) 
OBSERVAÇÃO: o envoltório é composto por esporopolenina, um biopolímero 
resistente à água e à decomposição; esporopolenina é o principal 
componente da exina, a camada mais externa do grão de pólen 
• A absorção de água e minerais foi facilitada pelo desenvolvimento de 
raízes e rizoides; algumas raízes desenvolveram simbiose com fungos, 
aumentando o poder de absorção; as raízes, além da absorção de 
nutrientes, também tem como função ancorar a planta ao solo 
• Desenvolvimento de tecidos vasculares: xilema, que transporta água e 
sais minerais, e floema, que transporta produtos da fotossíntese 
• A pressão de turgor dentro das células ajuda na sustentação de partes 
não lenhosas (partes sem madeira) 
• As células vegetais acumulam soluções salinas, assim como açúcares, 
ácidos orgânicos e aminoácidos; isso faz com que essas células 
absorvam bastante água, aumentando a pressão interna 
• O suporte também é oferecido pela presença do xilema, que é composto 
de células mortas com as paredes de lignina (substância que aumenta a 
força e a flexibilidade das células do xilema) 
• Toda a parte aérea das plantas mais primitivas consistia em ramos 
dispostos radialmente, todos com capacidade fotossintética; quando o 
caule das plantas passou a ser coberto por uma casca pouco permeável 
e dura, foram necessárias adaptações (folhas) 
• A evolução das folhas aumentou a quantidade de área de tecido 
fotossintético 
Características gerais das briófitas 
• São divididas em: hepáticas (Marchantiophyta), antóceros 
(Anthocerophyta) e musgos (Bryophyta) 
• Geralmente crescem em ambientes úmidos nas florestas temperadas e 
tropicais e ao longo de cursos d’água e terra úmida, mas não são restritos 
a esses ambientes 
• Musgos são encontrados em habitats secos, como desertos, ou em 
rochas expostas ao sol 
• Dominam rochas acima do limite para arbóreas em montanhas 
• São aptas a suportar longos períodos de frio na Antártica 
• Poucas espécies de musgos são aquáticas, algumas vivem em rochas 
banhadas pelas ondas, mas não são marinhas 
• As briófitas podem ser consideradas transição entre as algas verdes 
carófitas e as plantas vasculares 
1. Ambas apresentam cloroplastos com grana bem desenvolvido 
2. Ambas possuem células móveis assimétricas, com flagelos 
laterais, em vez de em uma das extremidades 
3. Observa-se ruptura do envoltório nuclear durante a mitose em 
ambas as células 
• As briófitas atuais não apresentam tecidos de condução de água e 
alimento, presentes em plantas vascularizadas; algumas briófitas 
possuem tecido de condução especializado, mas as células condutoras 
não são lignificadas 
• O ciclo de vida também é diferente das plantas vasculares 
 Briófitas Plantas vasculares 
Gametófito Maior e de vida livre reduzido 
Esporófito Menor, ligado ao 
gametófito, 
Maior que o 
gametófito e de vida 
nutricionalmente 
dependente; não 
ramificado, com um 
único esporângio 
livre; ramificados e 
com vários 
esporângios 
(produzem mais 
esporos) 
 
• Gametófito é haploide, o esporófito é diploide e menos desenvolvido que 
o gametófito 
Morfologia 
• Gametófito: pode ser 
1. folhoso: ocorre em musgos e hepáticas folhosas; formado por 
filídios (folhas primitivas), formados por uma lâmina geralmente 
uniestratosa, com ou sem uma costa multiestratosa, podendo esta 
ser única ou bifurcada 
2. taloso: ocorre nos antóceros e nas hepáticas talosas; é formado 
por um talo que é um tipo de gametófito mais ou menos achatado, 
não diferenciado em caulídio e filídio 
• Caulídio: ocorre em musgos e hepáticas folhosas; é um eixo de 
sustentação ou ramo proncipal do gametófito, que cresce por meio de 
uma célula apical, e no qual estão aderidos os filídios; no interior do 
caulídio de algumas espécies, especialmente musgos, são encontradas 
células chamadas hidroides e leptoides, que são semelhantes ao xilema 
e ao floema das plantas vasculares 
• Rizoide: ocorre em hepáticas, antóceros e musgos; são estruturas 
filamentosas semelhantes à raiz, e possuem as funções de sustentação, 
absorção de nutrientes e fixação; são hialinos e unicelulares em antóceros 
e hepáticas, castanhos e pluricelulares em musgos 
• Esporófito: ocorre em hepáticas, antóceros e musgos; representa a 
geração esporofítica, e normalmente efêmera; desenvolve-se sobre o 
gametófito e é dependente dele; quando jovem é fotossintetizante; é 
formado por pé, seta e capsula 
1. pé: ocorre em hepáticas, antóceros e musgos e liga a seta do 
esporófito ao gametófito 
2. seta: ocorre em hepáticas e musgos; é a porção alongada do 
esporófito, entre a capsula e o pé; nas hepáticas ela é hialina, e 
cresce após a diferenciação da cápsula; nos musgos ela é 
fotossintetizante, resistente e se alonga antes da diferenciação da 
cápsula 
3. ocorre em hepáticas, antóceros e musgos, porém com estruturas 
diferentes em cada grupo; é a parte terminal do esporófito, 
produtora de esporos 
Filo Marchantiophyta 
• a maioria dos gametófitos se desenvolve a partir dos esporos, porém 
alguns podem desenvolver um filamento semelhante a um protonema, a 
partir do qual se desenvolve um gametófito maduro; os gametófitos 
continuam crescendo a partir de um meristema apical 
• as hepáticas podem ser: folhosas, talosas simples e talosas complexas 
1. hepáticas folhosas: 
o presente em regiões de trópico e subtrópico 
o filídios com uma única camada de célula indiferenciada 
o os anterídios geralmente se encontram em um curto ramo 
lateral com filídios modificados, conhecido como androécio 
o o esporófito em desenvolvimento, bem como o arquegônio 
a partir do qual se desenvolve, é tipicamente circundado por 
uma bainha tubular, conhecida como perianto 
2. hepáticas talosas: 
o o talo é constituído de 30 células em sua região central, e 
aproximadamente 10 células em sua porção mais fina 
o a superfície inferior do talo geralmente é incolor e mais 
espessa, apresentando rizoides e fileiras de escamas 
o a superfície do talo é dividida em regiões elevadas, e cada 
uma delas apresenta um grande poro que conduz a uma 
câmara aerífera subjacente 
o gêneros Riccia e Ricciocarpus: a presentam estrutura 
simples; Ricciocarpus, que cresce na água ou em solo 
encharcado, é bissexuado; algumas espécies de Riccia são 
aquáticas, porém a maioria é terrestre; os gametófitos de 
Riccia podem ser unissexuados ou bissexuados 
o gênero Marchantia: os gametângios originam-se de 
estruturas especializadas, denominadas gametóforos ou 
gametangióforos; gametófitos unissexuados; os anterídios 
formam-se em estruturas denominadas anteridióforos, cuja 
parte superior possui forma de disco, enquanto os 
arquegônios se originam de estruturas denominadas 
arquegonióforos, que possuem a parte superior em forma 
de guarda-chuva; a geração esporofítica consiste em um 
pé, uma seta curta e uma cápsula; além dos esporos, o 
esporângio maduro contém células alongadas 
denominadas elatérios, que apresentam espessamentos da 
parede higroscópios (que absorvem umidade) de 
disposição helicoidal; a reprodução assexuadas pode ser 
por fragmentação ou produção de gemas; as gemas são 
produzidas em estruturas especiais em forma de taça 
(conceptáculos com gema) que se localizam na superfície 
dorsal do gametóforo 
Filo Bryophyta 
• Classe Shagnidae: 
1. Dois gêneros: Sphagnume Ambuchanania 
2. Os esporófitos de Sphagnum são distintos: apresentam uma seta 
curta ou pedúnculo, as cápsulas avermelhadas a castanho-
enegrecidas são quase esféricas e elevadas em um pedúnculo 
(pseudopódio, que faz parte do gametófito e pode ter até 3mm); 
no ápice da cápsula, existe um opérculo semelhante a uma tampa, 
que é separado do resto da cápsula por um sulco circular 
3. Reprodução assexuada por fragmentação 
4. Nos filídios, células hialinas mortas com espessamento da parede 
anelares ou espiralados, estão circundadas por células vivas 
extremamente alongadas ricas em cloroplastos 
5. Apresentam propriedades de absorção e antissépticas, além de 
serem utilizados como embalagem das raízes de plantas 
• Classe Andreaeidae: 
1. Gêneros Andreaea e Andreaeobryum 
2. Em Andreaea o protonema é incomum, visto que apresenta duas 
ou mais fileiras de células, e os rizoides também consistem em 
duas fileiras de células 
3. Os esporângios são cápsulas marcadas por quatro linhas verticais 
de células mais frágeis ao longo das quais a cápsula se abre 
quando o ar esta seco e fecha quando o ar está úmido 
• Classe Bryidae: 
1. Os filamentos ramificados dos protonemas são compostos por 
uma única fileira de células 
2. Os gametófitos folhosos se desenvolvem a partir de diminutas 
estruturas semelhante a gemas no protonema 
3. Alguns gêneros podem apresentar um cordão central de tecido 
condutor de água, denominado hadroma, que é formado por 
células hidroides 
4. Alguns gêneros podem apresentar células condutoras de 
substâncias nutritivas, conhecidas como leptoides, que circundam 
o cordão de hidroides; o tecido condutor de alimento é o leptoma 
5. Apresentam peristômio, um anel de "dentes" presente na cápsula, 
que enrolam à medida que o ar se torna úmido e se desenrolam à 
medida que o ar se torna seco 
6. Estômatos podem ser encontrados nos esporófitos, e em algumas 
espécies envolvidos por células-guarda 
 Filo Anthocerophyta 
• O esporófito carece de seta 
• O esporófito é verde, pois possui células fotossintetizantes, é recoberto 
por uma cutícula e apresenta estômatos 
• Entre os esporos possuem estruturas estéreis, alongadas e 
frequentemente multicelulares, denominadas pseudoelatérios, que se 
assemelham aos elatérios das hepáticas 
• A deiscência do esporângio resulta em sua divisão longitudinal em folhas 
semelhantes a fitas 
Estrutura comparada das briófitas 
• A cutícula dos esporófitos é muito relacionada com a presença de 
estômatos 
• Os poros dos gametófitos de Marchantia são considerados análogos a 
estômatos, ou seja, possuem mesma função, mas origem diferente 
• Os gametófitos de briófitas são fixos ao substrato pelos rizoides, que são 
multicelulares nos musgos e unicelulares em hepáticas e antóceros 
• A absorção de água e íons ocorre diretamente por todo o gametófito 
• As células dos tecidos das briófitas estão interligadas por plasmodesmos 
semelhantes aos das plantas vasculares por possuírem um componente 
interno chamado desmotúbulo 
Ciclo de vida das briófitas 
• Reprodução assexuada por fragmentação ou produção de gemas 
• Reprodução sexuada por produção de gametas e fecundação 
• Anterídios: são esféricos ou alongados, pedunculado com um envoltório 
de células estéreis em torno das células que produzem anterozoides; 
cada célula espermatógena produz apenas um anterozoide biflagelado 
• Arquegônios: possuem forma de garrafa, formado por um logo colo e pelo 
ventre, que abriga apenas uma oosfera; possui uma camada estéril 
protetora no colo e ventre; as células do canal do colo se desintegram 
quando a oosfera está madura, os anterozoides nadam pelo fluido 
resultante; substancias químicas atraem os anterozoides neste período; 
o zigoto permanece dentro do arquegônio, onde é nutrido (matrotrofia)

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