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Finanças e Orçamentos Públicos - Livro- Texto - Unidade IV

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Unidade IV
Unidade IV
Esta unidade encerra, neste livro‑texto, o estudo da administração financeira e orçamentária como 
importante ferramenta de gestão pública. Veremos, aqui, a forma como se materializa a administração 
pública no Brasil.
7 ORÇAMENTO ANUAL
Dando continuidade ao processo de planejamento e atendendo ao que determina o art. 165 
da Constituição de 1988 bem como a Lei de Responsabilidade Fiscal, insere‑se na discussão das 
finanças públicas a Lei do Orçamento Anual (LOA), que também é conhecida como Orçamento 
da União. Em consonância com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, o 
Orçamento Anual estabelece as receitas e as despesas para o ano seguinte ao de sua elaboração 
numa sistemática de integração entre planejamento e orçamento, conforme demonstra a 
figura a seguir:
Elaboração e revisão dos planos
‑ Plano Plurianual – PPA
‑ Lei de Diretrizes Orçamentárias ‑ LDO
Execução orçamentária e financeira
 ‑ Cronograma
 ‑ Reprogramação
Controle e avaliação da execução 
orçamentária e financeira
Decreto de execução financeira
Programação orçamentária
Discussão, votação e aprovação da Lei 
Orçamentária
Sanção presidencial e Publicação da Lei 
Orçamentária
Elaboração da proposta orçamentária
Figura 8 – Sistemática do processo orçamentário no Brasil
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
 Saiba mais
A LOA leva em consideração o que se determina o art. 165 da Constituição 
de 1988, mas deve‑se ainda ter em mente o que preconiza a Lei nº 4.320 
de 1964, que estatui normas gerais de elaboração e controle financeiro da 
União, Estados e Municípios além do Distrito Federal.
Leia o texto integral da lei:
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de 
direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, 1964. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. 
Acesso em 7 de abr. de 2015.
Na União, a elaboração do orçamento anual desenvolve‑se no âmbito 
do Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, cujo órgão central 
é o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Neste, a 
responsabilidade pela coordenação, consolidação e supervisão da elaboração 
orçamentária é da Secretaria de Orçamento Federal (SOF). As unidades de 
orçamento dos ministérios civis, militares e dos órgãos da Presidência da 
República constituem‑se em órgãos setoriais do sistema e mantêm com 
a SOF íntima articulação nas questões orçamentárias. Integram ainda o 
sistema as unidades orçamentárias, responsáveis, em última análise, pela 
programação e execução orçamentária (GIACOMONI, 2012, p. 248).
Conforme salienta Matias‑Pereira (2012), o projeto de lei do Orçamento Anual deve ser enviado 
ao Congresso Nacional pelo Presidente da República, acompanhado dos demonstrativos de receitas 
e despesas inclusive daquelas provenientes de sanções, anistias, remissões, subsídios e benefícios 
de natureza financeira tributária e creditícia. O prazo para encaminhamento do projeto de lei 
orçamentária ao Poder Legislativo é de até quatro meses antes do encerramento do exercício financeiro 
(NASCIMENTO, 2014).
Considerando que o processo de elaboração do orçamento da União não seja uma tarefa fácil, 
algumas etapas devem ser seguidas para que todos os envolvidos tenham, de alguma forma, suas 
demandas ali apresentadas. Giacomoni (2012) destaca que, uma boa proposta orçamentária deve passar 
por, no mínimo, dez etapas:
• planejamento do processo de elaboração da proposta;
• definição das macrodiretrizes;
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Unidade IV
• revisão da estrutura programática;
• avaliação das necessidades de financiamento do governo central para a proposta orçamentária;
• estudo, definição e divulgação de limites para as propostas setoriais;
• captação das propostas setoriais;
• análise e ajuste das propostas setoriais;
• fechamento, compatibilização e consolidação da proposta orçamentária;
• elaboração e formalização da Mensagem Presidencial e do projeto de lei orçamentária;
• elaboração e formalização das informações complementares ao projeto de lei orçamentária.
 Saiba mais
Convidamos você a ler o Manual Técnico de Orçamento para 2015, nele 
você poderá ver, na prática, como está estruturada cada uma das etapas 
anteriormente descritas.
BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Manual 
Técnico de Orçamento – MTO 2015. Brasília, 2015. Disponível em 
<http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes‑orcamentarias/
manual‑tecnico/mto_2015_1_edicao_‑21‑05‑14.pdf/>. Acesso em 7 de 
abr. de 2015.
Conforme Nascimento (2014, p. 117):
O ciclo orçamentário, também conhecido como processo orçamentário, 
pode ser definido como um processo de caráter contínuo e simultâneo, por 
meio do qual se elabora, aprova, executa, controla e avalia a programação 
de dispêndios do setor público nos aspectos físico e financeiro. Logo, ciclo 
orçamentário corresponde ao período de tempo em que se processam 
as atividades típicas do orçamento público, desde sua concepção até a 
apreciação final.
Três são os orçamentos que compõe a lei orçamentária anual: o fiscal, o da seguridade social e dos 
investimentos das empresas estatais. Para Nascimento (2014) em atenção ao princípio da universalidade 
bem como ao da unidade orçamentária, a integração destes três orçamentos requer apropriação de 
todas as despesas do setor público federal em um único Orçamento Geral da União.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
Integram o orçamento fiscal as receitas e despesas correspondentes aos três poderes, bem como aos 
órgãos e entidades, tanto aquelas da administração direta, a exemplo de ministérios e secretarias, quanto 
da indireta, de que são exemplos autarquias, fundações públicas, empresas públicas e as sociedades de 
economia mista. Giacomoni (2012, p. 231) justifica que estão no orçamento anual
[...] as autarquias, devido a sua natureza de pessoa jurídica de direito 
público e por dependerem dos recursos transferidos do Tesouro para sua 
manutenção. As fundações públicas, por contarem com mínima receita 
própria e dependerem de transferência de recursos do Tesouro. Por 
definição, as empresas públicas e as sociedades de economia mista seriam 
autossuficientes, ou seja, produziriam os recursos para sua operação. Quando 
isto não ocorre, a empresa passa a fazer parte do orçamento.
Seja por administração direta quanto por indireta, e elaborado para áreas com responsabilidades 
bem delineadas a exemplo de saúde, previdência social e assistência social, o orçamento da seguridade 
social, cobre todas as “despesas classificáveis como de seguridade social e não apenas as entidades e 
órgãos da seguridade social” (GIACOMONI, 2012, p.231).
O Orçamento da Seguridade Social para o ano de 2014 foi aprovado pela Lei nº 12.952, de 20 de janeiro 
de 2014 – Lei Orçamentária Anual (LOA) – sendo suas receitas fixadas em R$ 643.979.803.242,00 mais 
R$ 654.746.947.069,00 provenientes de refinanciamento de dívida pública federal a ser dividido com o 
orçamento fiscal para o mesmo ano que teve dotação orçamentária de R$ 1.084.451.246.999,00.Quanto 
às despesas1, o orçamento da seguridade e o fiscal, respectivamente, receberam R$ 712.911.351.891,00 e R$ 
1.015.519.698.350,00 pois são apresentados conjuntamente em um mesmo documento (BRASIL, 2014b).
 Saiba mais
O Decreto nº 8.197, de 20 de fevereiro de 2014 especifica todas as 
categorias de receitas e despesas de que fazem parte os orçamentos fiscal 
e da seguridade social no Brasil para o ano de 2014. Temos certeza de que 
você aproveitará o que ali se apresenta.
BRASIL. Decreto nº 8.197, de 20 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre 
a programação orçamentária e financeira, estabelece o cronograma 
mensal de desembolso do Poder Executivo para o exercício de 2014 
e dá outras providências. Brasília, 2014a. Disponível em: <http://
www12.senado.gov.br/orcamento/documentos/loa/2014/execucao/
programacao‑financeira‑contingenciamento/por‑ordem‑cronologica/
decreto‑no‑8.197‑de‑20‑de‑fevereiro‑de‑2014‑e‑anexos/at_download/
file>. Acesso em: 7 abr. 2015.
1 Considerando o refinanciamento da dívida no valor de R$ 654.746.947.069,00.
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Unidade IV
Individualizado, o orçamento de investimentos das empresas estatais, é elaborado pelo Departamento 
de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), unidade integrante da estrutura do 
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e envolve investimentos realizados pelas empresas 
em que o Poder Público, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto. 
O orçamento de investimentos das empresas estatais, também designado pela sigla OI,
[...] abrange os gastos com aquisição de bens classificáveis no ativo 
imobilizado de cada empresa. Não estão incluídos nesse orçamento os 
bens que envolvam arrendamento mercantil – o denominado leasing – e as 
benfeitorias realizadas em bens da União, bem como aquelas necessárias à 
infraestrutura de serviços públicos concedidos, também, pela União (BRASIL, 
2011c).
O Orçamento de Investimento das Empresas Estatais para o ano de 2014 foi aprovado pela Lei nº 
12.952, de 20 de janeiro de 2014 – Lei Orçamentária Anual (LOA) – fixando a dotação orçamentária 
de R$ 105.675.323.398,00 para a execução de obras ou serviços em 328 projetos e 260 atividades 
(BRASIL, 2014e).
O Relatório de Execução Orçamentária referente ao 1º bimestre de 2014 informa que as empresas 
abarcadas por tal dotação orçamentária – que é anual – atuam em diversos setores e ramos de 
atividades, sendo:
• sete, no setor financeiro e de seguros;
• três, no setor de armazenamento e abastecimento de produtos agrícolas;
• vinte e cinco, no setor de energia elétrica, em atividades de pesquisa, geração, transmissão, 
distribuição urbana e rural e comercialização;
• quinze, no setor de petróleo, derivados e gás natural, em pesquisa, extração, refino, transporte e 
distribuição de derivados para o consumidor final;
• oito, no setor de administração portuária;
• uma, no setor de serviços postais;
• uma, no setor de desenvolvimento e administração da infraestrutura de aeroportos, bem como na 
proteção ao voo e segurança do tráfego aéreo;
• três, no setor industrial de transformação, nos segmentos de equipamentos, insumos militares, de 
produção de moeda, cédulas, selos e similares, bem como de processamento de hemoderivados; e
• oito, no setor de serviços, como processamento de dados, agenciamento de turismo e gestão 
de ativos.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
 Saiba mais
Acesse o site do Ministério do Planejamento para obter mais informações 
acerca do orçamento de investimentos das empresas estatais no Brasil para 
o ano de 2014 dividido por bimestres.
BRASIL. Ministério do Planejamento. Orçamento de investimento 
2014. Brasília, 2014c. Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/
ministerio.asp?index=4&ler=t11109>. Acesso em: 8 abr. 2015.
Giacomoni (2012, p. 65), destaca que:
O orçamento das estatais, antes de um verdadeiro orçamento, era um quadro 
em que apareciam consolidadas as principais contas de receitas e despesas 
(custeio e investimentos) do lado descentralizado do Governo Federal, isto 
é, de sua enorme estrutura de administração indireta. Esse orçamento 
começou a ser elaborado a partir de 1980, com o objetivo de possibilitar 
às autoridades controle mais efetivo sobre os setores governamentais 
autônomos, enquadrando‑os na política de austeridade necessária em face 
da crise financeira aguda que atingia a União. Afora alguns exageros, como 
o de envolver certos organismos que, por receberem recursos do Tesouro, já 
eram devidamente controlados pelo próprio orçamento fiscal, o orçamento 
das estatais podia ser entendido e aceito dentro do princípio da totalidade, 
isto é, apenas os grandes números dos organismos descentralizados 
eram objeto de apresentação consolidada, sem sacrifício da autonomia e 
flexibilidade operacional dessas entidades, possibilitando ao governo, ao 
mesmo tempo, a necessária visão de conjunto de suas finanças.
 Lembrete
Lembre‑se de que se trata de orçamento de investimentos, portanto, 
nele não se estabelecem receitas e despesas operacionais.
Conforme destaca Nascimento (2014, p. 70):
A exigência da inclusão, entre as peças da Lei Orçamentária Anual, do 
orçamento de investimentos das empresas estatais (inciso II, § 5‑, art. 165) 
é uma das inovações trazidas pela Constituição de 1988. Se, por um lado, 
não faz sentido submeter, ao processo orçamentário unificado, as finanças 
operacionais das empresas estatais, por outro, justifica‑se o controle 
parlamentar sobre os investimentos programados por este importante 
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segmento do Estado, pois a maior parte dessas aplicações, direta ou 
indiretamente, conta com o apoio do orçamento central, seja na forma de 
aumento de capital, renúncia no recebimento de dividendos, seja, ainda, na 
concessão de aval para operações de financiamento, entre outras.
É importante atentar para o que salienta Giacomoni (2012, p. 231):
Afora o evidente significado político que caracteriza a programação de 
investimentos dessas empresas, as próprias fontes de recursos que viabilizam 
tais investimentos têm natureza de receita pública – dividendos retidos, 
aumento de capital por parte do Poder Público, transferências de recursos 
do orçamento, operações de financiamento com aval do Poder Público etc. 
–, o que reforça a necessidade de que essas ações tenham acompanhamento 
e controle públicos.
 Observação
Observe que cada peça orçamentária tratada neste livro, quais sejam; 
PPA, LDO e LOA, apresentam períodos de vigência diferentes. O PPA é para 
quatro anos e os outros dois, anuais.
Esses três orçamentos estão interligados de forma harmônica dentro de um sistema integrado de 
planejamento‑orçamento. A utilização do princípio da unidade, do qual trataremos adiante, no processo 
de elaboração torna o orçamento mais transparente, facilitando seu controle e a avaliação.
Pela avaliação de Nascimento (2014), o desmembramento do orçamento no Brasil em três peças 
foi baseado em propósitos específicos, a exemplo da utilização de um orçamento da seguridade social 
cujo objetivo é o de evitar desvios de recursos, originalmente destinados a essa área, para outras 
finalidades.
 Lembrete
Apesar da existência de três peças orçamentárias no Governo Federal, 
elas devem ser harmônicos entre si, integrando uma única norma legal: a 
Lei OrçamentáriaAnual (LOA).
Desde de seu surgimento, as questões orçamentárias estão envoltas a uma miríade de regras com 
o intuito de dar‑lhe consistência no cumprimento de sua finalidade, qual seja, a de auxiliar no controle 
parlamentar sobre os Executivos. Giacomoni (2012, p. 62) diz que “essas regras (princípios) receberam 
grande ênfase na fase em que os orçamentos possuíam forte conotação jurídica e, alguns deles, chegaram 
até os dias de hoje”. Passaremos então a tratar dos princípios orçamentários.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
7.1 Princípios orçamentários
Para Giacomoni (2012), os princípios orçamentários procuram salientar não só as regras, 
mas também o que se deve observar quando da elaboração de orçamentos. Não devem ser 
considerados como regras inflexíveis, mesmo porque há necessidade de adaptação ao longo do 
tempo e ao tipo de Estado – liberal ou interventor –, adequadas às características de cada país 
bem como ao seu período de elaboração. Por outro lado, Nascimento (2014) destaca que são 
os princípios que fazem do orçamento público peça transparente facilitando, desta forma, seu 
controle bem como sua avaliação.
Na literatura disponível sobre o assunto, é possível verificar divisão entre os princípios orçamentários. 
Tal divisão atende aos princípios fundamentais, sendo os mais aceitos pela maioria dos agentes públicos 
e operacionais que procuram dotar o orçamento de eficiência e racionalidade.
Destacam‑se dentre os princípios orçamentários fundamentais:
Princípio da legalidade
De acordo com o princípio da legalidade, o sistema orçamentário deve refletir o que foi planejado 
e o que foi programado pelo poder público, de forma que sejam garantidos os atos relacionados 
aos interesses da sociedade. Esse princípio versa ainda que a legalidade deverá corresponder 
tanto à receita quanto à despesa. Quanto à legalidade pelo lado da despesa, deverá ser autorizada 
inicialmente pela Lei do Orçamento ou por lei de créditos adicionais, chamadas de especiais. Já pelo 
lado das receitas, também deverá atender à legislação, sendo esta a própria que instituiu o tributo 
(NASCIMENTO, 2014).
Princípio da reserva legal
O primeiro princípio a ser definido – e expressando que o orçamento deve ser objeto de lei 
(NASCIMENTO, 2014) – é o de Reserva Legal, que é a preocupação e a iniciativa exclusiva do Poder 
Executivo em propor a Lei do PPA, bem como das LDO e LOA. Tal princípio versa que o orçamento deve 
ser objeto de lei e desenvolvido compreendendo um processo legislativo completo.
Conforme Nascimento (2014, p. 99):
A legalização da despesa orçamentária ocorre da seguinte forma: uma 
proposta, que contém o projeto de lei do orçamento, deve ser elaborada 
pelo Executivo e submetido ao Legislativo (Congresso Nacional, em 
nível federal), para que possa ocorrer apreciação (autorização – 
controle público) e a posterior devolução da lei ao Poder Executivo 
para sanção e publicação. Um dos aspectos mais importantes nesse 
processo é que as despesas do orçamento precisam receber autorização 
legal. O orçamento precisa ter força de lei para que todos saibam que 
ele foi autorizado.
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Unidade IV
Princípio da periodicidade
Pelo princípio da periodicidade, ou da anualidade, vê‑se que o orçamento deve abranger 
determinado período de tempo, sendo este um ano, o chamado ano civil (1º de janeiro a 31 de 
dezembro) em que se entende ser razoável para que o Poder Legislativo possa legislar, controlar e 
corrigir o orçamento, se necessário.
 Observação
A correção dos desvios é um preceito estabelecido pela Lei de 
Responsabilidade Fiscal (LRF), que é concretizado por meio de relatórios 
tais como o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), 
publicado bimestralmente e o Relatório de Gestão Fiscal (RGF), publicado 
quadrimestralmente.
Tanto o Relatório Resumido de Execução Orçamentária quanto o Relatório de Gestão Fiscal 
preocupam‑se em acompanhar anualmente a previsão das receitas e das despesas e, na ocorrência de 
desvios de algum destes, medidas corretivas devem ser adotadas junto à LDO.
Princípio da exclusividade
Integrante do art. 165, § 8º da CF, o princípio da exclusividade versa que a lei orçamentária conterá 
exclusivamente informações relacionadas à previsão de receitas e despesas para o exercício subsequente 
àquele quando de sua elaboração, ainda que seja permitida a abertura de créditos capazes de completar 
receita por antecipação, desde que de acordo com a lei.
Princípio da unidade
O entendimento desse princípio reside na própria consideração da palavra “unidade”, de uno, único 
em que cada ente federado, seja União, Distrito Federal, Estados e Municípios deve elaborar seu próprio 
orçamento, eliminando qualquer possibilidade de existência de orçamentos paralelos. Para Nascimento 
(2014, p. 63):
[...] no caso do Brasil, a União possui três peças orçamentárias (o que 
pode sugerir o desrespeito ao princípio da Unidade): o orçamento fiscal, 
o orçamento da seguridade social e o orçamento de investimentos em 
empresas que a União detenha a maioria do capital social votante.
Giacomoni (2012, p. 64) complementa o que apresenta Nascimento:
Não raro, mesmo no passado, o princípio era descumprido, pois situações 
de excepcionalidade, como guerras, calamidades, crises econômicas 
acabavam justificando o emprego de orçamentos especiais, que operavam 
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
em paralelo ao orçamento ordinário. Mais tarde com a descentralização 
do aparelho estatal, generalizou‑se a prática dos orçamentos paralelos. 
Muitas das funções públicas passaram a ser desempenhadas por entidades 
dotadas de grande autonomia, especialmente financeira. As autarquias 
ainda mantinham vínculo com o orçamento central, saindo daí o grosso dos 
recursos para sua operação. Já surgiram, porém, paraestatais, dotadas de 
ainda maior autonomia (sociedade de economia mista e empresas públicas), 
cuja autossuficiência financeira as afastava totalmente do sistema financeiro 
e orçamentário central.
Diante dificuldades em se atender ao princípio da unidade orçamentária e no afã de envolver 
novas situações conforme as anteriormente destacadas, a lei passou a adotar o princípio da totalidade 
possibilitando, dessa forma, a “coexistência de múltiplos orçamentos que, no entanto, devem sofrer 
consolidação de forma que permita ao governo uma visão geral do conjunto das finanças públicas” 
(GIACOMONI, 2012, p. 64).
Princípio da universalidade
Possibilitando ao Legislativo conhecer e autorizar previamente as receitas e as despesas, está previsto 
nos artigos 2º, 3º, 4º e 6º da Lei nº 4.320/64 o princípio da universalidade.
Nascimento (2014, p. 92) afirma que “a ideia desse princípio está associada a palavras tais como 
totalidade, total, todas etc., no sentido de que o orçamento deverá conter todas as receitas e todas 
as despesas públicas”, mesmo que se assumam algumas exceções. Uma delas é que não se incluem 
no orçamento as receitas e as despesas extraorçamentárias, a exemplo das operações de crédito 
por antecipação da receita (as chamadas Aros), as emissões de papel‑moeda e outras entradas 
compensatórias no ativo e passivo financeiros, conforme citado no parágrafo único do art. 3º da 
Lei nº 4.320/64.
Em relação às receitas orçamentárias, que funcionam como um fluxo de caixa disponível, elas não 
podem ser computadas paraefeito de programação das despesas, pois não são suporte de nenhuma 
dotação orçamentária já que não estão previstas no orçamento. São exemplos de receitas orçamentárias 
(NASCIMENTO, 2014, p. 93):
• Salários e valores não reclamados;
• Operações de crédito por antecipação da receita (Aros);
• Depósitos em garantia;
• Depósitos em caução, garantia de caução;
• Depósitos judiciais e extrajudiciais.
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Outra exceção que se faz ao princípio da universalidade está relacionada às despesas 
extraorçamentárias entendidas como aquelas “realizadas (pagas) à margem da LOA e dos créditos 
adicionais regularmente abertos, tendo, por isso, a singular natureza de ser independentes de prévia 
autorização legislativa” (NASCIMENTO, 2014, p. 93).
Ainda constituem exemplos típicos de despesas extraorçamentárias:
• As saídas do passivo financeiro que sejam compensatórias de entradas no ativo 
financeiro em razão de receitas extraorçamentárias (tais como as que ocorrem por 
ocasião da restituição de valores recebidos como caução, consignação ou depósito) – 
nessa ótica a despesa extraorçamentária é o pagamento (restituição) de uma receita 
extraorçamentária.
• Os pagamentos relativos à liquidação de operações de crédito por Antecipação de Receita 
Orçamentária (Operações por Aro) realizadas no exercício.
Conforme destaca Giacomoni (2012, p. 66):
O princípio da universalidade está claramente incorporado na legislação 
orçamentária brasileira. Na Lei n° 4.320/64, o cumprimento da regra é 
exigido nos seguintes dispositivos: Art. 2º – A Lei do Orçamento conterá 
a discriminação da receita e despesa, de forma a evidenciar a política 
econômico‑financeira e o programa de trabalho do governo, obedecidos 
os princípios de unidade, universalidade e anualidade. Art. 3º – A Lei de 
Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de 
crédito autorizadas em lei.
O tratamento dado ao tema da universalidade orçamentária pela Constituição de 1988 
significou um avanço importante. Conforme o parágrafo 5 do artigo 165, a lei orçamentária 
anual compreenderá:
I – o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações 
instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II – o orçamento de investimento das empresas em que a União, 
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto;
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades 
e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem 
como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público 
(BRASIL, 1988).
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Destacam‑se a seguir os princípios orçamentários operacionais.
Princípio do equilíbrio orçamentário
Como o nome sugere, o princípio do equilíbrio orçamentário evidencia a necessidade de equilíbrio 
entre receitas e despesas, evitando‑se o financiamento de despesas correntes por meio de endividamento. 
O princípio, juntamente com o postulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF –, compreende a 
chamada Regra de Ouro das finanças públicas,
[...] a qual tem como objetivo impedir que operações de crédito, que são 
receitas de capital, financiem despesas correntes.
Além disso, tanto a Lei nº 4.320/64 como a LRF e a própria Constituição 
Federal procuram garantir o cumprimento do princípio do Equilíbrio de 
uma forma mais ampla, estabelecendo normas e impondo condições para 
a criação de despesas. Tais normas determinam que a criação de qualquer 
despesa deve vir acompanhada da indicação da fonte de recursos para 
garantir o equilíbrio orçamentário. A Constituição zela também pelo 
princípio do Equilíbrio ao determinar que a criação de despesa adicional 
feita por emenda parlamentar só será possível mediante a indicação de 
recursos necessários, só sendo admitidos àqueles recursos provenientes da 
anulação de outras despesas do orçamento. A mecânica é simples: se para 
cada despesa proposta pelo Executivo existem recursos correspondentes, 
ao se anular uma despesa, os recursos ficarão liberados, podendo ser 
utilizados em outra finalidade, sem afetar o equilíbrio orçamentário 
(NASCIMENTO, 2014, p. 98).
Princípio da publicidade
Outro princípio cuja denominação fala por si: o da necessidade de publicizar o orçamento público, 
tornando claro seu entendimento e público, devido à ampla divulgação nos diários oficiais.
Princípio da especificação
Também chamado de princípio da discriminação, reza que as receitas e as despesas devem aparecer 
no orçamento de maneira discriminada, em que sejam demonstradas tanto a origem quanto a aplicação 
de recursos. O objetivo é o detalhamento dos dados, pois quanto maior a discriminação, mais claro 
será o entendimento de receitas e despesas e, dessa forma, maior a possibilidade de fiscalização pelos 
agentes competentes. O princípio da especificação determina ainda que os montantes das receitas e 
despesas devem estar bem identificados, de modo que possam ser entendidos por toda a sociedade, 
quer seja indiretamente, pelos seus representantes (ou congressistas), quer seja diretamente, pelo 
cidadão comum, pelo chamado controle social. Em termos de lei, vale ressaltar o que apresenta 
Nascimento (2014, p. 97):
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O § 4º do art. 5º da LRF estabelece a vedação de consignação de crédito 
orçamentário com finalidade imprecisa, exigindo, assim, a especificação 
da despesa. Também o artigo. 5º da Lei nº 4.320/64 estabelece que a Lei 
de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender 
indiferentemente a despesa de pessoal, material, serviços de terceiros, 
transferências ou quaisquer outras.
Princípio da não vinculação de receita
Esse princípio, também chamado de princípio da não afetação (não vinculação) e da quantificação 
dos créditos orçamentários, define que nenhuma parcela da receita de impostos poderá ser posta em 
reserva para cobrir certos e específicos dispêndios. A ideia é garantir ao gestor público que os recursos 
ficarão livres de compromissos para que eles possam atender às despesas conforme as prioridades que 
as circunstâncias e a conjuntura econômico‑financeira requerem (NASCIMENTO, 2014).
Para Giacomoni (2012), a observância a tal princípio não é tarefa das mais fáceis, devido a alguns 
tipos de receitas públicas serem, por sua natureza, vinculadas à execução de determinadas despesas 
do que exemplifica o volume arrecadado com algum tipo de taxa que financia a própria oferta (ou 
manutenção) de um bem público. Deve‑se acrescentar a tal fato a possível ocorrência de empréstimos 
para que sejam cumpridos contratos firmados anteriormente, ou ainda situação de emergência, a 
exemplo de calamidades.
Princípio do orçamento bruto
Princípio que surgiu junto ao da universalidade, o princípio do orçamento bruto, previsto no art. 6º 
da Lei nº 4.320/64, determina que todas as receitas e despesas devem aparecer em seus valores brutos. 
Tem a finalidade de impedir a inclusão de importâncias líquidas, sem a discriminação, por exemplo, 
da origem e da totalidade dos recursos arrecadados. Assim, o orçamento público deve apresentar e 
discriminar os abatimentos e os descontos aos valores brutos com a finalidade de satisfazer a outro 
princípio orçamentário que é o princípio da transparência. Ao se impedir a apresentaçãode valores 
líquidos, evita‑se que informações sobre valores de abatimentos, descontos e compensações sejam 
escondidos pela simples apresentação de valores líquidos sem a discriminação desses diversos tipos de 
descontos (NASCIMENTO, 2014).
Para Giacomoni (2012, p. 71):
Atendendo a um aspecto particular da universalidade, o princípio do 
orçamento bruto buscava impedir o florescimento das atividades 
empresariais do Estado, que não poderiam ser conciliadas com o 
cumprimento da regra. Com o passar do tempo, os empreendimentos 
econômicos do Estado (estradas de ferro, mineração, correios e telégrafos 
etc.) cresceram vertiginosamente, com a consequente violação do 
princípio, pois seria impossível que todas as receitas e despesas dessas 
entidades sofressem tratamento centralizado; os valores líquidos 
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resultantes da operação dessas organizações é que passaram a integrar 
o orçamento governamental.
7.2 Execução orçamentária e financeira
Do que foi apresentado sobre orçamentos bem como seus programas e princípios, deve‑se 
considerar as principais etapas que caracterizam a execução das despesas e das receitas 
públicas. Nesse aspecto, a literatura especializada no assunto, Giacomoni (2012), Nascimento 
(2014), Rezende (2012) e Matias‑Pereira (2012) dividem o assunto em duas partes distintas: uma 
relacionada à Norma Geral, em que se consideram as disposições constitucionais bem como a 
Lei nº 4.320/64, e outra relacionada à Norma Federal, em que as características são apropriadas 
à esfera federal do governo.
No que diz respeito à Norma Geral, o tratamento da questão centra‑se no exercício financeiro, na 
execução da despesa, na execução da receita e no regime de contabilidade.
 Saiba mais
Para maior detalhamento quanto à Norma Federal, consulte o livro:
GIACOMONI, J. Orçamento público. 16. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
Quanto ao exercício financeiro, no Brasil este coincide com o ano civil e, dessa forma, os orçamentos 
anuais devem ser executados compreendendo o início e o final do ano, ou seja, de 1º de janeiro a 31 de 
dezembro. Apesar de a norma legal não prever extensão do exercício, pode ocorrer de alguns lançamentos 
serem efetuados com atraso, sendo permitida na contabilidade a manutenção de lançamentos em 
aberto no dia 31 de dezembro.
No que diz respeito à execução da despesa, esta deverá atender ao detalhamento do orçamento que 
também pode ser chamado de orçamento analítico em que o poder público aprovará aquele que apresentar 
maior quantidade de discriminação entre as receitas e as despesas. Nesse aspecto, deve‑se considerar:
• o registro dos créditos e dotações;
• a programação de desembolsos;
• as formas de licitação quando da aquisição de bens e serviços por parte do poder público, 
atendendo às modalidades de concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão;
• estágios das despesas compreendendo seu empenho;
• liquidação;
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• pagamento;
• mecanismos retificadores do orçamento, quando necessários e em consonância com 
autorização legislativa.
Quando se trata da execução da receita, a abordagem é mais simples do que da execução das 
despesas por compreender execução da receita tributária. Desse modo, alguns aspectos devem ser 
levados em consideração. O primeiro é proceder ao lançamento do crédito tributário. Para tanto, é 
necessário:
• verificar a ocorrência de fato gerador;
• determinar a matéria tributável;
• calcular o montante do tributo devido;
• identificar o sujeito passivo;
• aplicar penalidade cabível, quando necessário.
Outros procedimentos que devem ser considerados são: o da arrecadação, que pode ser de forma 
direta (quando realizada por órgão público ou mesmo por rede bancária autorizada) ou indireta (em que 
um agente retém valores de algum contribuinte para posterior recolhimento); e o do recolhimento, em 
que todas as receitas compõem um caixa único. Deve‑se ainda considerar a execução da receita não 
tributária bem como da dívida ativa, tributária e não tributária.
Quanto ao regime da contabilidade, este se divide em dois:
• Regime da despesa, em que se observa:
— o empenho como estágio da competência, em que se entende a despesa empenhada num 
exercício e paga no seguinte;
— os restos a pagar, entendidos como passivos do exercício, ou seja, despesas empenhadas e não 
pagas; e
— despesas de exercícios anteriores.
• Regime da receita que atende ao estágio de caixa; regime de caixa do ponto de vista contábil e 
que trata da efetiva arrecadação, e não somente de sua previsão de receita.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
 Saiba mais
Sobre as inscrições e o tratamento dos restos a pagar no orçamento 
público, leia:
BRASIL. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de 
direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços 
da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Brasília, 1964. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. 
Acesso em: 7 abr. 2015.
No que se pode tratar da Norma Federal, deve‑se considerar:
• o detalhamento do orçamento com o Quadro de Detalhamento de Despesas e o Detalhamento do 
Orçamento diretamente no Siafi – Sistema Integrado de Administração Financeira;
• a programação dos desembolsos;
• a descentralização dos créditos;
• a liberação de recursos financeiros;
• a retificação e a alteração da lei orçamentária;
• a inscrição em restos a pagar.
 Saiba mais
Conheça mais sobre o Sistema Integrado de Administração Financeira 
– Siafi – acessando:
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi>
8 DEMAIS ABORDAGENS
Tão importante quanto o que tratamos até então, é necessário ainda que você conheça como se 
compõem o déficit e a dívida pública bem como suas classificações e, a título de auditoria e controle 
orçamentário, a Lei de Responsabilidade Fiscal.
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8.1 Dívida pública
Conforme Matias‑Pereira (2012), a dívida pública é resultado de acúmulos de déficits públicos 
(resultado negativo entre receitas e despesas) e utilizada pelo governo como forma de financiar a oferta 
de bens públicos sem que seja necessária a espera de arrecadação tributária no tempo certo. Nesse 
aspecto, vale a discussão das Necessidades de Financiamento do Setor Público, as chamadas NFSP. Elas 
representam o resultado da diferença entre despesas e receitas; as informações acerca dessas categorias 
orçamentárias são disponibilizadas pela Secretaria da Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional e 
Instituto Nacional do Seguro Social.
Por uma primeira aproximação e considerando uma economia sem inflação, o déficit do 
governo (NFG) será composto pela soma de consumo (CG), juros de dívida interna (JG), 
investimentos efetuados (IG) todos diminuídos do volume de arrecadação (T). Podemos expressar 
da seguinte forma:
NFG = CG + JG + IG – T
 Observação
Observe que, na equação, T representa a arrecadação líquida em que 
são excluídos subsídios e transferências (já considerados nos gastos) bem 
como despesas financeiras (consideradas nos juros).
Em caso de arrecadação superior ao volume de desembolso, ocorrerá situaçãode superávit 
orçamentário, também chamada de poupança do governo quando do acúmulo dos superávits. A 
poupança será igual à diferença entre arrecadação (T) e gastos (CG) acrescido dos juros (JG), se o caso. 
Por expressão:
SG = T – (CG + JG)
Há diversas formas de o governo avaliar o déficit público: são os chamados regimes de caixa e 
regime de competência. Pelo critério do regime de caixa, as despesas são consideradas no momento de 
seu efetivo pagamento enquanto que, pelo regime de competência, as despesas são consideradas no 
momento em que foram geradas e não no momento de seu pagamento. Fala‑se em período postecipado 
no regime de caixa e antecipado no regime de competência.
No caso específico do Brasil, as NFSP são apuradas pelo regime de caixa, excetuando‑se as despesas 
com juros que são apuradas no regime de competência.
Ainda quanto às Necessidades de Financiamento do Setor Público, há diferentes classificações que 
devem ser consideradas.
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8.1.1 NFSP em seu conceito operacional
Conceito muito utilizado no Brasil em períodos de inflação elevada, a necessidade de financiamento 
do setor público no conceito operacional, também chamado de déficit operacional, iguala‑se ao déficit 
primário quando acrescido do pagamento de juros. Expressa o valor do resultado nominal, excetuando‑se 
do que compõe a despesa de juros associada à atualização monetária incidente sobre uma dívida 
passada. Por expressão, tem‑se que Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP) será igual ao 
gasto público não financeiro (G) diminuído da arrecadação não financeira (T) e somado ao estoque de 
dívida, considerando a taxa de juros real (rB). Por expressão:
NFSP = G – T + rB
Conforme Rezende (2012, p. 274),
Déficit operacional = déficit primário + pagamento de juros reais
8.1.2 NFSP em seu conceito nominal
O déficit nominal corresponde ao total de gastos do governo menos o total arrecadado e pode ser 
medido tanto pelo método “acima da linha” como pelo “abaixo da linha”. Enquanto o método “acima 
da linha” preocupa‑se com as estatísticas fiscais pela apresentação dos fluxos de receitas e despesas, o 
método “abaixo da linha”, mais fiel na avaliação de Giambiagi e Além (2008), preocupa‑se apenas com 
o desequilíbrio entre as receitas e as despesas e, no caso de as despesas superarem as receitas, há a 
necessidade de financiamento do setor público. Resumindo:
Déficit nominal = gastos totais – receitas totais
8.1.3 NFSP em seu conceito primário
O conceito primário desconta do montante das necessidades operacionais de financiamento a 
despesa com juros reais. Exclui do déficit nominal o pagamento dos juros e das amortizações da dívida 
pública, entre outras despesas e receitas financeiras.
Rezende (2012, p. 274‑275) explica que pelo método “abaixo da linha” demais conceitos são apurados 
pelo Banco Central:
• Dívida Líquida do Setor Público (DLSP): é dada pela soma das dívidas interna e externa do setor 
público (governo central, Estados e municípios e empresas estatais) junto ao setor privado, incluindo 
a base monetária e excluindo‑se ativos do setor público, tais como reservas internacionais, créditos 
com o setor privado e os valores das privatizações.
• Ajuste patrimonial: item da DLSP que contabiliza a diferença entre os passivos do governo, 
contraídos no passado e posteriormente reconhecidos (esqueletos), e os resultados da privatização.
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• Dívida Fiscal Líquida (DFL): é dada pela diferença entre a DLSP e o ajuste patrimonial.
• Necessidade de Financiamento do Setor Público: corresponde ao conceito de déficit 
nominal apurado pelo critério “acima da linha”. Refere‑se à variação da DFL entre dois 
períodos de tempo.
• Necessidades de Financiamento do Setor Público no conceito operacional: exclui das necessidades 
de financiamento nominais a correção monetária (efeito inflacionário) que incide sobre a DFL. Seu 
correspondente pelo critério “acima da linha” é o déficit operacional.
• Necessidades de Financiamento do Setor Público no conceito primário: exclui das necessidades 
de financiamento nominais, o pagamento de juros nominais que incide sobre a DFL. Equivale ao 
déficit primário apurado pelo critério “acima da linha”.
 Saiba mais
Para maiores informações acerca da dívida pública brasileira, indicamos:
SILVA, A. C.; CARVALHO, L. O. de; MEDEIROS, O. L. de (Org.). Dívida 
pública: a experiência brasileira. Tesouro Nacional, Brasília, 2009. Disponível 
em: <http://www3.tesouro.fazenda.gov.br/divida_publica/downloads/livro/
livro_eletronico_completo.pdf>. Acesso em: 9 abr. 2015.
8.2 Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
Adotada em um período de redemocratização e descentralização do Estado brasileiro em que 
se procurava transformar a gestão pública no mais próximo possível da gestão privada em termos 
de eficiência administrativa, desde sua edição em 2012, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
tornou‑se a principal norma a ser observada pelos gestores públicos na administração patrimonial 
e financeira governamental nas três esferas do governo no Brasil. Também chamada de Lei 
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, mais conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, 
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, mediante 
ações em que se previnam riscos e corrijam desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas 
públicas, destacando‑se o planejamento, o controle, a transparência e a responsabilização como 
premissas básicas. A referida Lei criou uma série de procedimentos fiscais e orçamentários a fim de 
padronizar a apresentação das informações sobre as receitas e despesas fiscais no país. Além disso, 
criou uma série de condicionamentos com o objetivo de conter os desperdícios e os dispêndios 
destituídos de amparo financiador.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
 Saiba mais
Leia o texto da Lei de Responsabilidade Fiscal na íntegra.
BRASIL. Lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece 
normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão 
fiscal e dá outras providências. Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 8 abr. 2015.
Conforme Riani (2012, p. 166),
[...] a Lei de Responsabilidade Fiscal criou dois índices básicos: um relacionado 
com os gastos com pessoal e outro com o estoque da dívida pública. Em relação 
aos gastos com pessoal, criaram‑se índices relacionando‑os com a receita 
corrente líquida de acordo com o nível e com os poderes. Na esfera estadual, 
o limite máximo fixado foi de 60%, composto da seguinte forma: 2% para o 
Ministério Público, 3% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas do 
Estado, 6% para o Judiciário, 49% para o Executivo. Na esfera municipal, o 
limite fixado foi também de 60%, assim distribuídos: 6% para o Legislativo, 
incluindo o Tribunal de contas do Município, 54% para o Executivo. Na esfera 
federal, o limite fixado foi de 50%, assim dividido: 40,9% para o Executivo, 
6% para o Judiciário, 2,5% para o Legislativo, 0,6% para o Ministério Público.
Quanto à dívida pública, a Lei estabelece limites para endividamento e, segundo Riani (2012, p. 166), 
obedece à seguinte divisão:
• União: o limite máximo de endividamento corresponderá a 3,5 vezes a receita corrente líquida anual.• Estados: o limite máximo de endividamento corresponderá a 2,0 vezes a receita corrente líquida anual.
• Municípios: o limite máximo de endividamento corresponderá a 1,2 vezes a receita corrente 
líquida anual.
 Leitura obrigatória
Para aprofundar seus conhecimentos sobre a Lei de Responsabilidade 
Fiscal, leia:
CAPATAN, A.; BERNARDONI, D. L.; CRUZ, J. A. W. Planejamento e 
orçamento na administração pública. 2. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. 
(Série Gestão Pública). Disponível em: <http://unip.bv3.digitalpages.com.
br/users/publications/9788582129036/pages/‑2>. Acesso em: 8 abr. 2015.
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Unidade IV
Objetivando transparência e responsabilização em finanças públicas e apresentando‑se 
como um código de conduta para os administradores públicos de todo o país, a LRF brasileira 
teve, segundo Nascimento (2014) e Matias‑Pereira (2012), quatro fontes de inspiração em 
sua construção. Uma dessas fontes de inspiração foi o Fundo Monetário Internacional e suas 
recomendações de gestão pública em todo o mundo, notadamente ao assunto transparência 
nas contas públicas. Outro exemplo veio da Nova Zelândia e seu Fiscal Responsability Act que 
enfatizava limites e restrições quanto aos gastos públicos. A Comunidade Econômica Europeia 
e seu estabelecimento de metas estáveis na relação dívida/PIB também foram considerados. Por 
fim, mas não menos importante, o Budget Enforcement Act do governo americano quanto à 
administração financeira orçamentária.
Quanto aos instrumentos de controle da Lei estão os já conhecidos Plano Plurianual, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual, em que a LRF busca o reforço do papel da 
atividade de planejamento e vinculação entre as atividades de planejamento e de execução do 
gasto público. Outra questão de extrema importância apontada pela LRF é a transparência a ser 
alcançada tanto pela publicação de tais documentos quanto pela participação da sociedade. Para 
tanto, Nascimento (2014, p. 217) ressalta que diversos mecanismos foram instituídos pela LRF, 
dentre eles:
• a participação popular na discussão e na elaboração dos planos e orçamentos;
• a disponibilidade das contas dos administradores, durante todo o exercício, para consulta e 
apreciação pelos cidadãos e instituições da sociedade;
• a emissão de relatórios periódicos de gestão fiscal e de execução orçamentária, igualmente de 
acesso público e ampla divulgação.
Matias‑Pereira (2012, p. 353) complementa:
As principais vantagens notadas na LRF são a criação de um instrumento 
necessário para planejamento e controle das finanças públicas, dando 
transparência às contas dos entes da Federação e, consequentemente, 
facilitando o controle da sociedade sobre o governo, permitindo uma 
melhor avaliação da gestão dos prefeitos, governadores e do Presidente da 
República ao reduzir fortemente os passivos financeiros, além de permitir 
a participação popular na discussão da LDO e proposta orçamentária, 
ajudando a direcionar a ação do governo ao interesse da sociedade e 
impedindo que sejam transferidas heranças financeiras desastrosas de 
uma gestão para outra.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
 Saiba mais
Você poderá ter acesso ao Relatório de Gestão Fiscal lendo:
BRASIL. Tesouro Nacional. Relatório de Gestão Fiscal. Brasília, [s.d.]c. 
Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/‑/relatorio‑de‑gestao‑ 
fiscal>. Acesso em: 8 abr. 2015.
 Resumo
Esta unidade abordou inicialmente o Orçamento Anual que é 
elaborado em consonância com o Plano Plurianual e a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias. O Orçamento Anual estabelece as receitas e as despesas 
para o ano seguinte ao de sua elaboração numa sistemática de integração 
entre planejamento e orçamento. Vimos ainda que a lei orçamentária 
anual é composta por três orçamentos distintos mas que, de certa forma, 
estão interligados: o fiscal, o da seguridade social e dos investimentos das 
empresas estatais.
Para que seja possível entender a lógica orçamentária, apresentamos os 
princípios orçamentários que devem ser atendidos quando da elaboração 
de qualquer orçamento público, sem o qual não há completude. Tais 
princípios são divididos em fundamentais e operacionais, cada qual com 
suas subdivisões.
Como complemento da discussão da execução orçamentária 
e financeira, a você foram apresentadas características acerca do 
déficit e da dívida pública brasileira bem como o tratamento da Lei de 
Responsabilidade Fiscal que, juntamente com a Constituição Federal, 
regula todos os instrumentos de planejamento e orçamento estudados 
neste livro‑texto, quais sejam: o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes 
Orçamentárias e a Lei do Orçamento Anual.
Assim, finalizamos a abordagem dos assuntos relacionados às finanças 
e orçamentos públicos, no entanto, é importante salientar que a discussão 
não se encerra neste documento. Aqui, apresentamos o debate do ponto de 
vista da literatura e esperamos que o tema tenha instigado você a buscar 
mais conhecimentos acerca dos assuntos aqui apresentados.
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Unidade IV
 Exercícios
Questão 1. Sobre necessidades de financiamento do governo, indique a alternativa correta:
A) O déficit do governo sempre será igual à poupança negativa.
B) O desempenho de competência versa sobre as despesas no período em que são de fato pagas.
C) As estatísticas “acima da linha” representam o desempenho fiscal de forma desagregada da receita 
e da despesa.
D) NFSP no conceito operacional inclui a taxa de juros nominal.
E) Uma dívida pública surge antes de um déficit público.
Resposta correta: alternativa C.
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta.
Justificativa: poupança e déficit não se confundem. Poupança surge quando as receitas são maiores 
do que as despesas e os saldos são acumulados ao longo do tempo. Déficit surge quando as despesas 
são maiores do que as receitas em termos de fluxo não de estoque.
B) Alternativa incorreta.
Justificativa: o que se apresentou refere‑se ao regime de caixa e não ao de competência.
C) Alternativa correta.
Justificativa: na estimativa “acima da linha”, estão apresentadas todas as receitas e todas as 
despesas de forma separada, ou seja, desagregada para, a partir daí, verificar a ocorrência ou não 
de déficit ou superávit.
D) Alternativa incorreta.
Justificativa: NFSP no conceito operacional exclui os efeitos da correção monetária, então trata‑se 
de juros reais e não nominais.
E) Alternativa incorreta.
Justificativa: primeiro precisa existir o déficit, depois a necessidade de seu financiamento, que incorre 
em uma dívida.
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FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS
Questão 2. Sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal, assinale a alternativa correta:
A) Impôs normas de planejamento e controle das contas públicas.
B) Obriga o governo a enviar a LOA ao Congresso até 31 de abril.
C) Trata‑se de uma normativa que se enquadra no conceito de rent seeking.
D) Vigora desde 2003, quando foi enviada ao Congresso para aprovação.
E) Trata‑se de uma lei voltada a assegurar transparência exclusivamente das empresas públicas.
Resolução desta questão na plataforma.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 1
946194‑ENERGIA_LINHA%2520DE%2520TRANSMISS%25C3%25A3O‑13.JPG. Disponível em: 
<m.br/a3‑GA‑7V3h8QQkbTc52hGBUAKdY=/fit‑in/1280x720/filters:watermark(http://imagens.ebc.
com.br/abr_watermark.png,1,1,96)/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/
fotos/946194‑energia_linha%2520de%2520transmiss%25C3%25A3o‑13.jpg>. Acesso em: 8 abr. 2015.
Figura 2
FILE000484410958.JPG. Disponível em: <http://cdn.morguefile.com/imageData/public/files/x/xenia/
preview/fldr_2008_11_28/file000484410958.jpg>. Acesso em: 7 abr. 2015.
Figura 5
MATIAS‑PEREIRA, J. Finanças públicas: foco na política fiscal, no planejamento e orçamento público. 6. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 279. Adaptada.
Figura 6
MATIAS‑PEREIRA, J. Finanças públicas: foco na política fiscal, no planejamento e orçamento público. 6. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 318.
Figura 7
NASCIMENTO, E. R. Gestão pública. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2014. p. 107. Adaptada.
Figura 8
MATIAS‑PEREIRA, J. Finanças públicas: foco na política fiscal, no planejamento e orçamento público. 6. 
ed. São Paulo: Atlas, 2012. p. 328.
REFERÊNCIAS
Audiovisuais
O HOMEM que mudou o jogo. Dir. Benneth Miller. EUA: Sony Pictures, 2011. 133 minutos.
Textuais
A LEI da eficiência de Pareto. Econometrix, Fortaleza, 2012. Disponível em: <http://www.econometrix.
com.br/pdf/a‑lei‑da‑eficiencia‑de‑pareto.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2015.
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BAER, W. A economia brasileira. São Paulo: Nobel, 1996.
BRASIL. Biblioteca da Presidência da República. O projeto de reconstrução nacional. Brasília, 15 mar. 
1990. Disponível em: <http://www.biblioteca.presidencia.gov.br/ex‑presidentes/fernando‑collor/
discurso‑de‑posse/posse‑collor.pdf>. Acesso em: 30 mar. 2015.
___. Carga Tributária no Brasil (2012). Análises por tributos e bases de incidência. Brasília, 2011a. 
Disponível em: <http://www.receita.fazenda.gov.br/publico/estudoTributarios/estatisticas/CTB2012.
pdf>. Acesso em: 31 mar. 2015.
___. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, 1988. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em: 5 abr. 2015.
___. Decreto nº 8.197, de 20 de fevereiro de 2014. Dispõe sobre a programação orçamentária e 
financeira, estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder Executivo para o exercício 
de 2014 e dá outras providências. Brasília, 2014a. Disponível em: <http://www12.senado.gov.
br/orcamento/documentos/loa/2014/execucao/programacao‑financeira‑contingenciamento/
por‑ordem‑cronologica/decreto‑no‑8.197‑de‑20‑de‑fevereiro‑de‑2014‑e‑anexos/at_download/file>. 
Acesso em: 7 abr. 2015.
___. Informativo conjunto: Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2014 (PLDO 2014). Brasília, 
2013. Disponível em: <http://www.camara.gov.br/sileg/integras/1084702.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Lei complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas 
para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Brasília, 2000a. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101.htm>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração 
e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
Brasília, 1964. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4320.htm>. Acesso em: 7 abr. 
2015.
___. Lei nº 8.173, de 30 de janeiro de 1991. Dispõe sobre o Plano Plurianual para o quinquênio 
1991/1995. Brasília, 1991. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8173.htm>. 
Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Lei n° 8.666/93, de 21 de junho de 1993. Institui normas para licitações e contratos da 
Administração Pública. Brasília, 1993. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/
l8666cons.htm>. Acesso em: 4 abr. 2015.
___. Lei nº 9.276, de 9 de maio de 1996. Dispõe sobre o Plano Plurianual para o período de 1996/1999 
e dá outras providências. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/
L9276.htm>. Acesso em: 8 abr. 2015.
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___. Lei nº 9.989, de 21 de julho de 2000. Dispõe sobre o Plano Plurianual para o período de 
2000/2003. Brasília, 2000b. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9989.htm>. 
Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Lei nº 12.952, de 20 janeiro de 2014. Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício 
financeiro de 2014. Brasília, 2014b. Disponível em: <http://www12.senado.gov.br/orcamento/
documentos/loa/2014/execucao/despesa‑fiscal‑seguridade/lei/lei12952‑2014/at_download/file>. 
Acesso em: 7 abr. 2015.
___. Lei nº 13.080, de 2 de janeiro de 2015. Dispõe sobre as diretrizes para a elaboração e execução 
da Lei Orçamentária de 2015 e dá outras providências. Brasília, 2015a. Disponível em: <http://www.
planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/sof/LDO_2015/150102_Lei_13080_Texto.pdf>. 
Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Ministério da Educação. O Plano de Desenvolvimento da Educação: razões, princípios e 
programas. Brasília, 2007a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/arquivos/livro/livro.pdf>. Acesso 
em: 8 abr. 2015.
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<http://www.planejamento.gov.br/ministerio.asp?index=4&ler=t11109>. Acesso em: 8 abr. 2015.
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<http://www.planejamento.gov.br/ministerio.asp?index=61&ler=s881>. Acesso em 8 abr. 2015.
___. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Manual Técnico de Orçamento – MTO 2015. 
Brasília, 2015b. Disponível em <http://www.orcamentofederal.gov.br/informacoes‑orcamentarias/
manual‑tecnico/mto_2015_1_edicao_‑21‑05‑14.pdf/>. Acesso em 7 abr. 2015.
___. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos. Plano plurianual 2008‑2011: projeto de lei. Brasília: MP, 2007b. Disponível em: <http://
www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/plano_plurianual/PPA/081015_PPA_2008_
mesPres.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Logística e Tecnologia da 
Informação. Plano Plurianual 2008‑2011. Brasília, [s.d.]b. (Conjunto de dados). Disponível em: <http://
dados.gov.br/dataset/plano‑plurianual‑2008‑2011>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos. Plano plurianual 2012‑2015: projeto de lei. Brasília: MP, 2011b. Disponível em: <http://
www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/PPA/2012/mensagem_presidencial_ppa.
pdf>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Planejamento e Investimentos 
Estratégicos. Relatório de avaliação do Plano Plurianual 2004‑2007: exercício 2008 – ano base 2007. 
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Brasília: MP, 2008. Disponível em: <http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/
plano_plurianual/avaliacao_PPA/relatorio_2008/08_PPA_Aval_cad01.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Orçamentos da União: Projeto de Lei Orçamentária(Exercício Financeiro de 2015). Brasília: 
2014d. Disponível em: < http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/sof/PLOA2015/
Volume_I_PLOA_2015.pdf>. Acesso em: 2 abr. 2015.
___. Plano Brasil de Todos: participação e inclusão. Orientação estratégica de governo: crescimento 
sustentável, emprego e inclusão social. Brasília, 2003. Disponível em: <http://www.sigplan.gov.br/
arquivos/portalppa/15_%28PlanoBrasildeTodos%29.pdf>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Portaria nº 12, de 28 de março de 2014. Brasília, 2014e. Disponível em: <http://www.
planejamento.gov.br/secretarias/upload/Legislacao/Portarias/2014/140328_port_12.pdf>. Acesso em: 
7 abr. 2015.
___. Tesouro Nacional. Relatório de Gestão Fiscal. Brasília, [s.d.]c. Disponível em: <http://www.tesouro.
fazenda.gov.br/‑/relatorio‑de‑gestao‑fiscal>. Acesso em: 8 abr. 2015.
___. Tribunal de Contas da União. Orçamento de investimento das empresas estatais. Brasília, 2011c. 
Disponível em: <http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/contas/contas_
governo/Contas2011/fichas/4_4_OrcamentoInvestimento.pdf>. Acesso em: 7 abr. 2015.
BRESSER‑PEREIRA, L. C. Os tempos heroicos de Zélia. Folha de São Paulo, 20 maio 1991. Disponível 
em: < http://www.bresserpereira.org.br/Articles/1991/861.Tempos_Heroicos_Zelia.pdf>. Acesso em: 7 
abr. 2015.
BRUM, A. Desenvolvimento econômico brasileiro. São Paulo: Vozes, 1997.
CAPATAN, A.; BERNARDONI, D. L.; CRUZ, J. A. W. Planejamento e orçamento na administração pública. 
2. ed. Curitiba: Intersaberes, 2013. (Série Gestão Pública). Disponível em: <http://unip.bv3.digitalpages.
com.br/users/publications/9788582129036/pages/‑2>. Acesso em: 8 abr. 2015.
CARCANHOLO, M. D.; NAKATANI, P. Crise e reformas de mercado: a experiência de Cuba nos anos 90. 
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FURTADO, M. B. Síntese da economia brasileira. 7. ed. Rio de Janeiro: LTC Editora, 1997.
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PLANEJAMENTO. In: GRANDE Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Brasil: Instituto Antonio 
Houaiss − Uol, 2012. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/>. Acesso em: 7 abr. 2015.
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RIANI, F. Economia do setor público: uma abordagem introdutória. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
RIBEIRO, C. R. M. O que é inflação. São Paulo: Brasiliense, 1990.
SAMUELSON, P. A. Introdução à análise econômica. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1979.
SILVA, C. R. L. da.; LUIZ, S. Economia e mercados: introdução à economia. 19. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
SMITH, A. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril 
Cultural, 1983. (Coleção Os Economistas).
SOUZA, A. P. Políticas de distribuição de renda no Brasil e o Bolsa‑Família. São Paulo: FGV − EESP, 
2011. (Textos para Discussão 281). Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/
handle/10438/9995/TD%20281%20‑%20C‑Micro%2001%20‑%20Andr%C3%A9%20Portela.
pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em: 29 dez. 2014.
Sites
<http://www.bndes.gov.br>
<http://www.planejamento.gov.br>
<http://www.tesouro.fazenda.gov.br/siafi>
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Informações:
www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000

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