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Guia-Unico-das-Ciencias-Humanas-Na-Redacao-Como-Trabalhar-o-Repertorio-Sociocultural-Nelson-Adrian

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DADOS DE ODINRIGHT
Sobre a obra:
A presente obra é disponibilizada pela equipe eLivros e
seus diversos parceiros, com o objetivo de oferecer
conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos
acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da
obra, com o fim exclusivo de compra futura.
É expressamente proibida e totalmente repudíavel a venda,
aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo.
Sobre nós:
O eLivros e seus parceiros disponibilizam conteúdo de
dominio publico e propriedade intelectual de forma
totalmente gratuita, por acreditar que o conhecimento e a
educação devem ser acessíveis e livres a toda e qualquer
pessoa. Você pode encontrar mais obras em nosso site:
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um novo nível."
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Copyright © Viseu
Copyright © Nelson Adrian e Jeffrey Rebelo
Todos os direitos reservados.
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, de
qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico, mecânico,
inclusive por meio de processos xerográficos, incluindo
ainda o uso da internet, sem a permissão expressa da
Editora Viseu, na pessoa de seu editor (Lei nº 9.610, de
19.2.98).
editor: Thiago Domingues Regina
projeto editorial: BookPro
coordenação editorial: Blenda Castro
revisão: Tatiana Valle Lacerda
copidesque: Julia Rosa
versão digital: Fabio Martins
capa: Clara Wanderley
e-ISBN 978-65-598-5682-4
Todos os direitos reservados, no Brasil, por
Editora Viseu Ltda.
contato@editoraviseu.com
www.editoraviseu.com
Prefácio
Foi com muita honra que recebi o convite para produzir o
prefácio do livro (GUIA ÚNICO DE CIÊNCIAS HUMANAS NA
REDAÇÃO – Como usar o repertório sociocultural) dos
professores Nelson Adrian e Jeffrey Rabelo, dois
conceituados profissionais que trabalham em grandes
escolas há muitos anos, com muita dedicação e amor pela
educação, visando à formação de cidadãos comprometidos
com a sociedade.
A obra nos fornece excelentes e inovadoras ferramentas
literárias para que o estudante construa a redação de
acordo com a tipologia textual dissertativa-argumentativa
exigida pelo ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.
Essa conexão de ideias se dá desde o momento em que
os alunos recebem a temática, sendo essa analisada por
eles, ressaltando as aptidões exigidas pelo processo seletivo
em questão. As competências 2 e 3, as mais temidas pelos
estudantes, encarregam-se da compreensão e interpretação
do objeto e dos textos motivadores. A primeira apresentada
estabelece que se deve observar as palavras-chave,
estabelecendo abrangência temática. Isso deve ser feito
dentro da estrutura tipológica exigida pelo ENEM. Ademais,
é importante destacar o repertório sociocultural atrelado
aos argumentos pontuados na introdução. Já a segunda,
enfatiza a seleção dos argumentos, a organização, em
ordem de relevância, primeiramente o argumento mais
expressivo, a relação do argumento com o seu devido
repertório sociocultural, exigido pela competência 2, e, por
fim, a interpretação, ou seja, a explicação da analogia
existente entre o repertório e o seu respectivo argumento.
De posse do conhecimento das exigências das
competências 2 e 3, percebe-se que estas demandam uma
bagagem sociocultural que é encontrada nesta obra de uma
forma inusitada e de fácil compreensão, incentivando o
aluno a buscar novos conhecimentos (de mundo, filosóficos,
sociológicos...), formando, assim, um pensamento decisivo
acerca dos acontecimentos. Essa concepção da criticidade
configura no estudante a facilidade de desenvolver os
temas que lhes são propostos pelo ENEM.
A construção de excelência se dá pela apresentação de
informações diferenciadas neste livro, como os textos de
apoio que fornecem informações importantíssimas para o
direcionamento da argumentação; autores e pensadores de
referência relacionados a cada temática apresentada na
obra com a finalidade de fundamentá-la; exemplos práticos,
extremamente didáticos, direcionados ao cotidiano do
aluno, para o melhor entendimento das situações em que
vivem; dicionário sociocultural, expõe unidades léxicas
específicas organizadas de acordo com a temática em
questão e, por fim, propostas de intervenção, competência
5, que são organizadas em torno de alguns elementos,
como: agentes transformadores (Quem pratica a ação?);
Ação (O quê?); Modo ou meio (Como?); Efeito (Resultado da
ação implementada na sociedade?) e detalhamento de
qualquer um dos elementos acima citados. Isso tudo você
encontra neste livro de uma forma muito simples, porém
com a aplicação de um conhecimento imensurável.
Todo esse zelo vem de uma grande arte: a de educar que,
para muitos, é um sacerdócio, algo que transcende o
encontro entre mestre e aluno com o objetivo de construir o
conhecimento e, consequentemente, formar cidadãos; para
outros, apenas um ato de transmissão desse conhecimento,
na tentativa de aperfeiçoar o indivíduo enquanto ser
humano. Posso falar que, para os educadores Nelson Adrian
e Jeffrey Rabelo, os quais tenho a felicidade de ter como
amigos, além de tudo isso acima citado, a educação é um
ato de amor, exercitada na arte de ensinar. Posso compará-
los ao artista que se compraz ao ver obras feitas por suas
mãos comunicarem alegria a todos aqueles que as
observam e admiram. Assim, estes dois grandes artífices
criaram O Guia de Ciências Humanas na Redação, livro
esculpido no saber, oferecido a todos pela exposição do
educar, representando verdadeiros pontos de partida para a
engrandecedora edificação humana.
Venho congratular os professores Nelson e Jeffrey por
esta iniciativa de oferecer uma ferramenta didática, que
demonstra uma preocupação sincera com a formação crítica
e intelectual daqueles por quem são responsáveis. Ademais,
venho agradecer, mais uma vez, pelo convite feito a mim
por esses verdadeiros mestres do saber, para tecer algumas
linhas acerca da obra e convido a todos a irem mais além,
em busca de novos conhecimentos por meio desta que, na
realidade, é mais um ponto de partida do que de chegada.
Sylvia Helena de Vasconcelos Rodrigues Pinto
Professora Especialista em Produção Textual.
Como usar este livro
O seu aprendizado, caro leitor, é diretamente
proporcional ao empenho e foco que você quer aprender.
Isso não vale somente para ciências humanas, mas para
qualquer coisa que você decidir aprender.
Por isso, eu gostaria de compartilhar com você algumas
dicas para facilitar o seu processo de integração nesse
universo das ciências humanas aplicadas à redação.
A estrutura do nosso livro é dividida em quatro partes:
Textos complementares;
Autores e pensadores que você pode usar como
referência em sua argumentação da redação (são os
autores que estão diretamente ligado ao tema proposto);
Exemplo prático (são exemplos no dia a dia que você
pode visualizar a partir do tema proposto);
Dicionário sociocultural (são os conceitos, as teses que
você pode utilizar perfeitamente no texto de redação).
O bônus grátis
Fique ligado! Alguns temas estarão marcados com
indicações para que você, leitor, saiba mais e fique mais
informado sobre aquele assunto. Todos os temas com a
marca chamada de primeiro conceito terá uma estrutura
digital e você leitor poderá saber mais sobre os temas
destacados no nosso livro, então se informe em nossos
endereços digitais de graça para nossos leitores:
Canal no YouTube: Primeiro Conceito. Lá, vocêencontra
grandes dicas e análise de autores e teses destacadas em
nosso livro.
Canal do YouTube: Canal Repertório sociocultural Enem
PC. Nesse canal, abordamos de forma direta os principais
temas do repertório sociocultural e como trabalhar esse
aspecto no texto dissertativo.
O nosso Site: www.primeiroconceito.org. No nosso site
vamos também dar dicas para melhor entendimento do
Livro.
Nosso Podcast na plataforma Spotify – Primeiro Conceito.
Tudo gratuito para nossos leitores. O nosso conteúdo em
áudio é uma complementação do nosso livro.
Propostas que já foram temas em Vestibulares
Fique ligado! Alguns de nossos temas analisados foram
abordados em alguns vestibulares como Enem e Fuvest.
Isso é uma forma para que você perceba qual seria a melhor
análise sociocultural naquele momento.
“Que aqui se afaste toda a suspeita
Que neste lugar se despreze todo o medo”
(Dante, Divina Comédia)
Nelson Adrian - Sociólogo
Jefley Rebelo - Historiador e Filósofo
Tudo o que você sempre quis saber sobre
o repertório sociocultural na redação
PROPOSTA #1: 
O bullying como uma prática 
violenta nas escolas do Brasil
1 – Textos Motivadores
Texto I
O que é bullying?
Bullying é uma palavra que se originou na língua inglesa.
“Bully” significa “valentão”, e o sufixo “ing” representa uma
ação contínua. A palavra bullying designa um quadro
de  agressões contínuas, repetitivas, com características
de  perseguição  do agressor contra a vítima, não podendo
caracterizar uma agressão isolada, resultante de uma briga.
As agressões podem ser de ordem verbal,
física  e  psicológica, comumente acontecendo as três ao
mesmo tempo. As vítimas são intimidadas, expostas e
ridicularizadas. São chamadas por apelidos vexatórios e
sofrem variados quadros de agressão com base em suas
características físicas, seus hábitos, sua sexualidade e sua
maneira de ser.
Adaptado de: https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/bullying.htm
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Pierre Bourdier
Pierre Bourdieu
O sociólogo francês faz uma relação entre o poder e a
banalização da violência. Bourdieu avalia o conceito de
violência simbólica como um fenômeno que está em todos
os lugares e se reverte em seu caráter banal, mas não é
menos danosa, pois pela violência simbólica (mídia,
educação, moda, costumes, direito, religião, cultura etc.) as
pessoas tendem a aceitar condições injustas ou
inadequadas e a naturalizar relações desiguais. A violência
simbólica é um poder aceito concretamente, uma forma de
cultura vista como normal ou uma violência aceita no meio
social. É o caso do Bullying escolar e sua naturalização
durante muito tempo em espaços educacionais. A violência
aceita como normal no meio escolar. A violência simbólica
torna, na maioria das vezes, o inaceitável em aceitável, em
convencional.
É importante considerar que Bourdieu não fala
diretamente sobre o problema do bullying nem mesmo
indiretamente, mas avalia a violência aceita como normal;
nesse ponto podemos relacionar esse conceito
perfeitamente ao bullying que possui a mesma natureza
social. Nesse caso, caro leitor, você deve utilizar o conceito
como uma forma de argumento do porquê do seu
desenvolvimento durante tanto tempo na sociedade
brasileira. Usando nessa situação a tese de Bourdieu como
um referencial teórico perfeito na relação com o bullying.
Michel Foucault
Michel Foucault
Seus estudos foram particularmente influentes e, de certa
forma, mudaram a maneira como concebemos saberes
ligados à prisão e às teorias punitivas; as instituições
disciplinares como hospitais, clínicas psiquiátricas e escolas.
Foucault destaca as práticas de poder antes mesmo que as
instituições, as práticas de encarceramento, antes mesmo
que as prisões. O autor caracterizou a modernidade
ocidental pelas relações de poder (toda relação social é
permeada por estratégias de dominação, de controle, por
tentativas de interferir sobre a ação de outras pessoas ou
mesmo sobre o pensamento de outras pessoas).
Foucault estuda o poder das instituições disciplinares, sua
função de controlar, manter e organizar os internos entre
quatro paredes através de um sistema disciplinar. E nesse
caso as escolas são uma forma de poder disciplinar, uma
forma de poder e organização. No seu livro Vigiar e Punir,
Foucault avalia o poder das instituições disciplinares e sua
força de coerção, de corrigir gestos e pensamentos como,
por exemplo, as escolas. As disciplinas, segundo o autor,
são um tipo de organização de espaço, um modelo de
controle do tempo e um mecanismo de conhecimento e
vigilância. As disciplinas como na escola constituem práticas
de um poder que normalizam e individualizam. Os alunos,
as crianças, adolescentes tornam-se objeto desse poder.
Mas uma vez é importante perceber que o Foucault não
analisa diretamente a violência do bullying, entretanto
estamos falando de uma prática muito comum na escola,
justamente o espaço escolar que também é um espaço
disciplinar como nos diz Foucault. Quando você leitor utiliza
o conceito de sociedade disciplinar de Foucault, fatalmente
você consegue perceber que esse modelo está diretamente
ligado a um campo disciplinar entre quatro paredes como a
escola.
Microfísica do poder segundo Michel Foucault
Segundo Michel Foucault, o poder não pertence à política,
no sentido da política do Estado. O poder pertence ao
mundo cotidiano, às relações entre os indivíduos. As
relações de poder são de certa forma esquecidas pela nossa
sociedade porque nós tendemos a acreditar nas ideias e nos
saberes produzidos a partir dessas relações. Para o autor
toda e qualquer relação está ligada à ideia de poder, que
consequentemente está ligada à violência. O poder está
diluído em toda e qualquer relação no cotidiano, daí então a
razão de a escola apresentar relações simples que podem
levar a violência. Nesse caso as relações dentro dos
colégios entre alunos e professores e entre os próprios
alunos podem estar atreladas a um grau de violência que
Foucault chamaria de microfísica do poder, estando o
bullying perfeitamente classificado nesse conceito.
3 – Exemplo prático
“Quero esfaquear-me”. O desespero de uma criança que
sofre bullying na escola e pede para morrer.
Mãe da criança de nove anos partilhou momento de
desespero do filho nas redes sociais.
20 de fevereiro de 2020
Retirado de: https://sol.sapo.pt/artigo/686761/quer
4 – Dicionário sociocultural
iolência física: Ação ou omissão que coloque em risco ou
cause danos à integridade física de uma pessoa.
Violência institucional: tipo de violência motivada por
desigualdades (de gênero, étnico-raciais, econômicas etc.)
Predominantes em diferentes sociedades. Essas
desigualdades se formalizam e institucionalizam nas
diferentes organizações privadas e aparelhos estatais, como
também nos diferentes grupos que constituem essas
sociedades.
Violência intrafamiliar: acontece dentro de casa ou
unidade doméstica e geralmente é praticada por um
membro da família que viva com a vítima. As agressões
domésticas incluem: abuso físico, sexual e psicológico,
negligência e abandono.Violência moral: ação destinada a
caluniar, difamar ou injuriar a honra ou a reputação da
mulher.
Retirado de: www.adolescencia.org.br
PROPOSTA #2: O aumento dos distúrbios
psicológicos no ambiente de trabalho e seus
efeitos negativos.
As doenças clássicas ocasionadas no  trabalho  e que
podem gerar até mesmo o afastamento de um colaborador
são: Depressão; Estresse ocupacional; Síndrome de burnout
(síndrome do total esgotamento físico e mental), que é
exclusiva do trabalho.
1 – Textos Motivadores
Texto I
Os dados apontaram que mais de 40,0%  dos  docentes
apresentaram, em ano anterior à pesquisa (2009),
comprometimentos quanto à sua saúde mental, sendo as
principais queixas a depressão (29,0%) e a ansiedade
(23,0%).
18 de abr. de 2019
Texto II
2 – Autores e pensadores que podemser referência
em sua argumentação da redação
Simone Weil
Simone Weil
Essa autora faz uma análise sobre as condições de
produção em que viviam os trabalhadores da indústria no
início do século XX. Seu estudo está embasado no ambiente
de trabalho e como esse ambiente é responsável por uma
série de patologias dentro do espaço empresarial. Weil é a
primeira estudiosa a estudar as condições de trabalho dos
operários das indústrias e chegou à conclusão de que
alguns distúrbios psicológicos e mesmo problemas físicos
como a LER (Lesões por Esforços Repetitivos/Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) têm relações
direta com o espaço do trabalho. A nossa autora estuda
diretamente os transtornos de esforço físico no ambiente de
trabalho, como também os distúrbios psicológicos dos
trabalhadores da indústria. Weil consegue captar esses
problemas no ambiente de trabalho porque esteve
diretamente ligada a esse ambiente. A pesquisadora
trabalhou durante um tempo no ambiente industrial do
início do século XX e conseguiu observar com mais
realidade os problemas físicos e psicológicos dos
trabalhadores.
Karl Marx
Karl Marx
O filósofo alemão estuda as relações de classes sociais,
ele avalia a condição desigual entre as classes como, por
exemplo, a exploração de um grupo sobre outro. Menciona
as relações dialéticas entre as classes e os conflitos e as
desigualdades. É importante frisar que Marx não estuda
nem avalia os problemas psicológicos, os distúrbios mentais
dos trabalhadores no ambiente de trabalho, entretanto ele
avalia a condição de exploração de classe patronal sobre a
proletária. Nesse caso, leitor, fique atento a esse aspecto a
respeito de um tema sobre desgastes dentro do ambiente
de trabalho. Marx não avalia esse ambiente, mas avalia a
condição de exploração.
Elton Mayo
Elton Mayo
Esse pesquisador norte-americano foi responsável (na
década de 1930) por uma nova tese na área do trabalho
denominada “Teoria das Relações Humanas”. A sua ideia
parte da visão do respeito ao trabalhador no ambiente
corporativo. Bem diferente dos modelos industriais
Taylorista-fordistas, (que consideravam o funcionário apenas
como uma engrenagem de uma grande máquina e sujeito a
todo tipo de assédio moral), a teoria das relações humanas
buscava tornar a administração corporativa mais humana e
democrática. Para Mayo, os trabalhadores buscavam um
bom salário, bem como uma carga horária melhor,
entretanto nada disso teria sentido se o respeito no
ambiente de trabalho não fosse realmente considerado.
Nesse caso, a teoria das relações humanas passa a
abranger, na administração, o fator subjetivo dos
trabalhadores, como a valorização do funcionário (que
agora será chamado de colaborador) como também as
relações informais dentro da empresa, além do
reconhecimento dos aspectos emotivos. Para Mayo o
funcionário não buscava apenas a sua subsistência física,
mas também o respeito dentro da sua empresa. Esse fator
cria até mesmo uma nova filosofia dentro das empresas
modernas: “trabalhador motivado, respeitado é trabalhador
mais produtivo”, ou seja, para Mayo, as pessoas buscam
reconhecimento dentro do seu ambiente de trabalho e sem
esse aspecto a possibilidade da má produtividade tende a
aumentar significativamente no ambiente corporativo.
3 – Exemplo prático
Auxílio-doença
No Brasil, transtornos mentais e comportamentais são a
terceira causa de incapacidade para o trabalho,
correspondendo a 9% da concessão de auxílio-doença e
aposentadoria por invalidez, de acordo com dados do 1º
Boletim Quadrimestral sobre Benefícios por Incapacidade
(Secretaria de Previdência/Ministério da Fazenda/2017).
O levantamento também mostra que os episódios
depressivos são a principal causa de pagamento de auxílio-
doença não relacionado a acidentes de trabalho,
correspondendo a 30,67% do total, seguido de outros
transtornos ansiosos (17,9%).
Quando se olha para o quadro de auxílios pagos
relacionados ao trabalho, os números são ainda mais
expressivos. Reações ao “stress” grave e transtornos de
adaptação, episódios depressivos e outros transtornos
ansiosos causaram 79% dos afastamentos no período de
2012 a 2016.
Retirado de: https://www.anamt.org.br/portal
4 – Dicionário sociocultural
Síndrome de Burnout
Falta de motivação, sensação de esgotamento físico e
mental, vontade de se isolar. Irritabilidade, pessimismo,
dificuldade de concentração, ansiedade. Dores de cabeça e
nas costas, fraqueza, mudanças bruscas de humor, insônia,
lapsos de memória. A combinação de todos esses sintomas
tem nome: Síndrome de Burnout, (ou Síndrome do
Esgotamento Nervoso).
A síndrome, que foi definida pelo psiquiatra alemão
Herbert Freudenberger em 1974, pode ser desenvolvida em
resposta ao estresse excessivo e prolongado de atividades
relacionadas ao trabalho. A palavra  Burnout, de origem
inglesa, é resultante de duas outras: burn, que significa
“queimar” e out, que quer dizer “fora”. Em tradução para o
português, o termo expressa “queimar por completo”. O
estado de exaustão intensa nos níveis físico e mental faz
com que um indivíduo se sinta sobrecarregado a ponto de
tornar-se incapaz de responder às demandas constantes de
sua função no trabalho.
novaescola.org.br –Ana Carolina C.D. Agostini
PROPOSTA #3 A problemática do trabalho
análogo à escravidão no Brasil
1 – Textos motivadores
Texto I
Como a lei define a “condição análoga à de
escravo”?
O Artigo 149 do Código Penal define trabalho análogo ao
escravo como aquele em que seres humanos estão
submetidos a trabalhos forçados, jornadas tão intensas que
podem causar danos físicos, condições degradantes e
restrição de locomoção em razão de dívida contraída com
empregador ou preposto. A pena se agrava quando o crime
for cometido contra criança ou adolescente ou por motivo
de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem.
Adaptado de: https://www.conectas.org/noticias/como-a-lei-brasileira-define-
o-trabalho-analogo-ao-escravo?
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Karl Marx
Karl Marx
O homem, para Marx, é o sujeito ativo e com sua
atividade cria o objeto, que, apesar de ser um produto seu,
na sociedade capitalista, não se reconhece em sua
atividade; no produto de seu trabalho, esse lhe é estranho,
alheio. O objeto obtém um poder que se volta contra o
sujeito, domina-o, converte-se em seu predicado. A
sociedade dominada pelos ditames do capital leva o ser
humano a se identificar com a mercadoria, desumanizando
assim sua condição humana e o tornando alheio ao seu
processo existencial e à sua atividade. A teoria de Marx
esclarece que as relações sociais estão permeadas pela
estrutura social, que gera desigualdades gritantes, ou seja,
a injustiça social, a exclusão social, o abandono dos sujeitos
dessa sociedade à própria sorte. Marx não abordou
diretamente o tema do trabalho análogo a escravidão, mas
avalia que os sujeitos trabalhadores desapareceram
enquanto sujeitos sendo apenas um meio para a riqueza
dos meios de produção. Nesse caso, leitor, entende que o
filósofo alemão não cita o trabalho análogo a escravidão
(esse é um termo bem atual), entretanto você pode utilizar
Marx como seu referencial teórico, visto que o tema do
trabalho análogo a escravidão tem relação direta com a
exploração, a pobreza, miséria do trabalho. Marx menciona
que na história da humanidade a exploração no trabalho
leva a uma condição de miséria e pobreza. Que os
indivíduos que mais são explorados pelos poderosos estão
numa condição de miséria total. Então, leitor, repare e
preste atenção para a nossa dica: Marx não fala sobre
trabalho análogo a escravidão, entretanto ele aborda a
condição de exploração e miséria do trabalho
principalmente no capitalismo. E toda aquela pessoa que
está numa condição de trabalho análogo a escravidão passa
também por condição de exploração e desrespeito.
Ricardo Antunes
Ricardo Antunes
O sociólogobrasileiro Ricardo Antunes menciona o
conceito de precarização do trabalho, um conceito ligado às
novas relações ou aos modelos de mercado de trabalho no
capitalismo vigente. Segundo Antunes: “Na escravidão o
trabalhador era vendido, na terceirização ele é alugado”. O
sociólogo estuda o conceito de Precarização do trabalho e a
falta de direitos formas do trabalhador atual. As novas
formas de relações de trabalho criam cada vez mais
trabalhadores informais com uma condição trabalhista
precária. Antunes considera que a precarização do trabalho
se torna uma regra, pois o sistema trabalhista perde cada
vez mais espaço e os direitos também. Assim como
precarização do trabalho é um tipo de desrespeito e
desumanização do trabalhador, da mesma forma é o
trabalho análogo a escravidão, vendo no mesmo sentido da
precária condição do trabalhador e a informalização.
Adam Smith
Adam Smith
O pai da economia moderna e grande influenciador de
autores como Karl Marx e Ricardo, o economista escocês
Smith avalia e estuda sobre a importância do trabalho e
suas relações. Para Smith, o valor das coisas e produtos
estão diretamente ligados ao trabalho; como arguto
observador, Smith identifica que o trabalho é também lugar
de conflito. Segundo ele, nas relações de trabalho se impõe
uma lógica de classe caracterizada pelo “egoísmo dos
comerciantes e dos manufatureiros”. Os primeiros se unem
a fim de reduzir os salários ao máximo e os segundos
buscam aumentar a sua remuneração. Smith alerta para a
tendência de abusos por parte de corporativismo mercantil
e dos monopólios geralmente em conluio com o Estado.
Defende salários satisfatórios e um mínimo de proteção aos
trabalhadores.
3 – Exemplo prático
4 – Dicionário sociocultural
Origem da Palavra Trabalho
A palavra “trabalho” tem sua origem no vocábulo latino
“Tripallium” – denominação de um instrumento de tortura
formado por três (tri) paus (pallium). Desse modo,
originalmente, “trabalhar” significa ser torturado
no tripallium.
Quem eram os torturados? Os escravos e os pobres que
não podiam pagar os impostos. Assim, quem “trabalhava”,
naquele tempo, eram as pessoas destituídas de posses.
A partir daí, essa ideia de trabalhar como ser torturado
passou a dar entendimento não só ao fato de tortura em si,
mas também, por extensão, às atividades físicas produtivas
realizadas pelos trabalhadores em geral: camponeses,
artesãos, agricultores, pedreiros etc. Tal sentido foi de uso
comum na Antiguidade e, com esse significado, atravessou
quase toda a Idade Média.
Retirado de: https://cafecomsociologia.com/
PROPOSTA #4: O problema dos refugiados em
meio ao Brasil contemporâneo
O mundo vive atualmente a mais grave crise
de  refugiados  desde o fim da II Guerra Mundial, em 1945.
São 65,6 milhões de pessoas que foram obrigadas a deixar
seus lares, fugindo de guerras, conflitos internos,
perseguições políticas e violações de direitos humanos.
1 – Textos Motivadores
Texto I
Texto II
E há tempos nem os santos
Têm ao certo a medida da maldade
E há tempos são os jovens que adoecem
E há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
Só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção.
Legião Urbana, Há Tempos (1989)
As pessoas migram em busca de abrigo e proteção.
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Hannah Arendt
Hannah Arendt
A filósofa aponta a questão dos refugiados por meio da
história dos judeus a partir da segunda guerra mundial. As
guerras foram seguidas pela migração em massa dos que
não eram bem-vindos e não podiam ser assimilados. Esses
povos e grupos, fora da região de origem, permaneciam
sem pátria e sem proteção: tornavam-se apátridas. Quando
perdiam o direito de pertencer a um Estado, perdiam todo e
qualquer direito. Os apátridas e os refugiados eram
considerados os refugiados da terra. Assim era a condição
dos judeus antes da Segunda Guerra Mundial e essa é a
condição de muitos outros povos na condição de refugiados
hoje na atualidade.
O problema dos destituídos de Estado como sendo
também destituídos de direitos já havia começado com a
Revolução Francesa, na medida em que essa vinculou de
forma forte os direitos do homem com a soberania nacional.
A contradição de que as minorias não tinham Estado, mas
estavam localizadas em um dado território. E, nesse
sentido, precisavam de proteção adicional para sua
autopreservação, da preservação da língua e da cultura. Os
tratados das minorias não previam a mobilização em massa
dos povos sem Estado. Após a Segunda Guerra, no entanto,
houve iniciativas de repatriação das minorias, o que criou
enormes dificuldades, pois muitas vezes as pessoas eram
repatriadas para locais onde não tinham mais laços ou para
locais que não desejavam ir. A filósofa Arendt usava o termo
“Homens descartáveis” para se referir aos refugiados, aos
apátridas; enfim, a todos aqueles que eram vistos como
estrangeiros na condição de ilegais em um país.
Arendt diz que a maior privação dos direitos humanos dos
refugiados é a privação de um lugar no mundo. Quando
alguém deixa de pertencer à comunidade, não é privado do
seu direito à liberdade, mas do direito à ação, não do direito
de pensamento, mas do direito de opinião. Por isso, para
Arendt, o fundamental da discussão sobre direitos humanos
é a questão “do direito de ter direitos e o direito de
pertencer a algum tipo de comunidade organizada”
(ARENDT, 2004, p. 330).
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Zygmunt Bauman
Zygmunt Bauman
Em seu livro “Vidas desperdiçadas”, o sociólogo polonês
aborda a condição de grupos sociais, que, na sociedade pós-
moderna, encontram-se desprezados, humilhados e
excluídos de forma global. “Nosso planeta está cheio”,
afirma Zygmunt Bauman no livro. Não somente do ponto de
vista físico e geográfico, mas também social e político. Já
não há mais espaço para esse “lixo humano” produzido pela
sociedade de consumo. Essa população fora da lei jamais
será incorporada ao sistema produtivo nem manterá
qualquer tipo de relação estável. O grande problema dos
Estados é que destino dar a ela. Esse é o foco para onde
convergem as políticas de segurança de todo o planeta. A
produção de seres marginalizados é inevitável em nossa
sociedade.  Os refugiados fazem parte desse “refugo
humano”, de seres desconsiderados, desprezados e ilegais.
Preocupado com o ambiente em que vivemos, lança sua
análise aguda e aprofundada em busca de recuperar uma
perspectiva humanista do social, resgatar a humanidade
dos que globalmente são vistos como o “lixo humano” da
sociedade global. E os s refugiados estão nessa condição
segundo Bauman.
3 – Exemplo prático
O filósofo contemporâneo Giorgio Agamben publicou o
livro Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua. Nesse
ensaio, o filósofo italiano, tradutor de Walter Benjamin,
recorda uma esquecida e obscura figura jurídica latina. O
homo sacer era aquele cuja morte não tinha caráter
sacrifical e cujo assassinato não representava uma pena
jurídica. O homo sacer era um excluído, desprezado, um
joão-ninguém como os refugiados em uma sociedade
estranha e distante.
AMARILDO SERIA O HOMO SACER?
A nota de menor valor na sociedade
Uma das obras mais importantes do artista plástico Cildo Meireles.
4 – Dicionário sociocultural
Anistia Internacional
A Anistia Internacional constitui-se de um movimento que
reúne mais de sete milhões de pessoas em todo o globo.
Atua por meio da investigação, denúncia e realização de
campanhas para proteger pessoas e comunidades que têm
seus direitos humanos ameaçados ou violados. A Anistia
Internacional tem presença em todos os continentes, seja
com escritórios, acompanhamento da situação de direitos
humanos ou o trabalho de ativistas, voluntários que levam a
mensagem e as mobilizaçõesda Anistia Internacional para
seus territórios.
Exi Asilo Político
É uma instituição jurídica que visa à proteção de qualquer
cidadão estrangeiro que se encontre perseguido em seu
território por delitos políticos, convicções religiosas ou
situações raciais. [...] O direito de “buscar  asilo” em outro
Estado é garantido pela Declaração Universal dos Direitos
Humanos.
PROPOSTA #5: O suicídio na juventude
brasileira: alternativas para sua prevenção e
seu combate
Recentemente, uma revista de grande circulação nacional
divulgou dados alarmantes do relatório que a Organização
Mundial da Saúde (OMS) apresentou em 2016:  a cada
quatro segundos, uma pessoa comete suicídio no
mundo.  Em nosso país, o Jornal Brasileiro de Psiquiatria
publicou um  estudo do Scielo  chamando a atenção para
o  aumento da tendência de suicídio entre adolescentes e
jovens de 10 a 19 anos.
https://hospitalsantamonica.com.br/
1 – Textos motivadores
Texto I
Os 13 Porquês
13 Reasons Why é uma série de televisão norte-
americana, dirigida por Brian Yorkey, lançada em março de
2017 no Netflix. Baseada na obra literária “Os 13 Porquês”
de Jay Asher, a série conta com duas temporadas, a
segunda lançada em maio de 2018.
(...)
Retirado de: https://www.culturagenial.com/serie-13-
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Émile Durkheim
Émile Durkheim
O sociólogo Durkheim estuda o fenômeno do suicídio a
partir das condições sociais de uma sociedade em
transformação como a Moderna. Para o sociólogo francês o
suicídio não seria apenas um problema psicológico, um
distúrbio metal, mas o resultado de uma condição social ou
um padrão de vida ligado a pressão da sociedade que ele
denomina de Anomia. Um estado de desespero de
desorientação no meio social.
Durkheim revela que os índices de suicídio não poderiam
ser explicados pela psicologia individual. Segundo ele, “são
completamente diferentes os resultados, quando
esquecemos o indivíduo e procuramos as causas de
tendência para o suicídio em cada sociedade, na natureza
das sociedades”. Mesmo que ele compreenda que o suicídio
sempre será uma escolha pessoal e há todo tipo de
motivações psicológicas que induzirão uma pessoa, e não
outra, a decidir matar-se, até mesmo nessa conduta
extremamente individual atuam fatos sociais.
A causa de taxas elevadas ou reduzidas de suicídios foi
considerada um fato social que Durkheim denominava
“solidariedade social”, ou seja, o grau em que uma
sociedade é integrada, mantida coesa, como um todo
sólido. Quanto maior é a identificação de uma pessoa com
um grupo, tanto mais ela se apegará à vida. O suicídio é,
portanto, uma questão de desajuste social.
Sigmund Freud
Sigmund Freud
Para o pai da psicanálise, nós, homens e mulheres da
modernidade, estamos condenados à infelicidade. Isso
acontece pelo fato de vivermos numa cultura, chamada de
moderna, que reprime nossos impulsos e desejos, capazes
do suicídio ou de explodir o planeta. Esse aspecto é o que
Freud chamou de “mal-estar na civilização”, esse é o nome
do seu livro mais popular. Na obra, Freud destaca
perturbações, como nossos desejos são reprimidos em uma
sociedade moderna. Para Freud a felicidade em um mundo
moderno urbano é muito difícil. Por conta de todas as
circunstâncias da nossa vida, os objetivos do princípio do
prazer e de evitar a dor, o sofrimento não são atingidos, a
não ser temporariamente. Segundo Freud, aquilo que
chamamos de felicidade vem da satisfação repentina de
necessidades altamente represadas no meio social e por
sua natureza é possível apenas como fenômenos raros.
Você, leitor, pode usar como um referencial teórico as
ideias de Freud em seu livro Mal estar da Humanidade ao se
referir sobre a condição de infelicidade por que as pessoas
estão passando em decorrência do padrão de vida moderno
em questão.
Gustave Flaubert
Gustave Flaubert
Os livros de Flaubert revolucionaram a literatura do
século XIX. Representante do movimento realista, o escritor
francês é reconhecido pela abordagem de temas
relacionados ao comportamento social, pela análise social,
psicológica dos personagens.
O autor recebeu inúmeras críticas por adotar um extremo
realismo em suas obras. Em 1857, foi processado por
ofender a moral pública, após publicar Madame Bovary, seu
principal livro. A história causou uma grande polêmica na
sociedade europeia, por discutir temas, como adultério e
suicídio.
Madame Bovary  é o principal livro de Gustave Flaubert.
Nesta obra, o escritor narra a desesperança de uma mulher
que, sonhadora, se vê presa em um casamento tedioso,
com um marido de personalidade fraca, em uma cidade do
interior. O romance mostra o crescente declínio da vida
interna e externa da personagem Emma Bovary. A difícil
história de uma mulher que não quer e não busca se
adaptar às convenções sociais. O romance é um exemplo
perfeito de uma alma incapaz de sobreviver na rígida
sociedade na qual vivia. As pressões sociais levam a atitude
de se libertar de tudo através do suicídio. A personagem
Madame Bovary prefere morrer a se adaptar a um modelo
fechado de valor social. A questão das obrigações sociais é
fundamental nesse processo, pois Flaubert adverte no
romance que o suicídio da personagem não tem nada a ver
propriamente com algum problema psicopatológico de
Bovary, mas sim da coesão, da pressão da sociedade sobre
seus membros, principalmente daqueles considerados como
desviantes e que não se enquadram nos modelos e nas
convenções sociais.
LIVRO
3 – Exemplo prático
Suicídio de Celebridades
Robin Williams
Foi encontrado inconsciente em sua casa, em Paradise
Cay, Califórnia, no dia 11 de agosto de 2014. A causa
de  morte  foi asfixia devido a enforcamento. As
investigações da polícia norte-americana levaram a concluir
que o ator teria cometido suicídio.
4 – Dicionário sociocultural
Os tipos de Suicídios segundo Émile Durkheim
PROPOSTA# 6: O consumismo na sociedade
Brasileira
O consumismo é característico das sociedades modernas
capitalistas e da expansão da globalização. Ele está inserido
na denominada “Sociedade do Consumo”, em que ocorre o
consumo massivo e desenfreado de bens e serviços que
visa, sobretudo, ao lucro das empresas e ao
desenvolvimento econômico.
1 – Textos motivadores
FUVEST 2013 – Redação (Consumismo)
Filme uma crítica ao modelo social vigente.
O Padrão de vida moderno e a revolta ao sistema.
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Karl Marx
Karl Marx
O fetiche da Mercadoria: O filósofo Karl Marx analisa o
fenômeno consumista chamado de fetiche da mercadoria.
Essa ideia diz respeito a manipulação do capitalismo em
incentivar o consumo através de representações, ou seja, os
produtos e serviços no capitalismo estariam ligados a uma
visão simbólica de consumo. Dentro do capitalismo existe a
ideia de que um produto tem o seu valor pela quantidade de
trabalho exercido sobre o produto; quanto mais trabalho
humano no produto, mais valorizado é o produto.
Entretanto, no fetiche da mercadoria, segundo Marx, o
produto estaria ligado a sua ideia, representação, imagem,
status ou marca social. Nesse caso o fetiche da mercadoria
desenvolve o consumo não pela utilidade do produto em si,
mas pela sua marca ou seu simbolismo que dá status social
às pessoas.
Steve Jobs
“As pessoas não sabem o que querem até você mostrar a
elas”.
O Empresário norte americano Steve Jobs foi o grande
exemplo do que hoje chamamos “marqueteiro”. Jobs
utilizava o modelo de consumo como forma de expansão de
suas ideias de consumo de bens eletrônicos. Jobs conseguiu
criar um conceito grande e perfeito para o seu negócio:
transformar os produtos da marca em um sonho de
consumo para milhares de pessoas. E é assim que ele criou
e tratou esta ideologia, dizendo que a Apple não vê as
pessoas como consumidores, e sim pessoas com sonhos e
ambições. E ressalta que a empresa criou produtosque
ajudam essas pessoas a realizarem tais desejos de
consumo.
É mais ou menos o que acontece com o Marketing Viral,
as pessoas compartilham o que estão vendo, não pensando
na marca e que estão fazendo a propaganda de alguém,
mas pelo conceito que está atrelado àquela ideia. Mais pela
intenção do que pelo produto (o fetiche da mercadoria está
inserido aí). O empresário criou uma das marcas mais
importantes do mundo. A Apple, empresa de tecnologia,
lançou verdadeiros símbolos do capitalismo e do
consumismo. Essa técnica de marketing proporcionou o
surgimento de um endeusamento de produtos e serviços da
empresa. Evangelizar os seus clientes é conseguir fazer com
que eles vistam a camisa da marca, de uma forma que eles
quase não percebam mais que aquilo é uma marca e
comecem a considerá-la uma ideologia, um estilo de vida,
um comportamento, um modo de pensar.
O empresário desenvolveu o exemplo mais avassalador
de marketing empresarial ao convencer seus clientes que
não estavam simplesmente consumindo um produto, mas
sim um sonho, um desejo de vida (bens simbólicos ou
fetiches). Como ele próprio declarou ao afirmar: “as pessoas
não sabem o que querem, o que desejam, por isso não faço
pesquisa de mercado, eu os crio.” A visão de um mundo
capitalista em que o sentido da vida é o consumo como
sentido das coisas.
Herbert Marcuse
Herbert Marcuse
Pertencente à segunda geração da Escola de Frankfurt, o
filósofo aborda o tema do consumismo, estuda aquilo que
ele chamava de “falsas necessidades”. Nesse caso ele
argumenta que a instituição “Estado democrático” acaba
sendo o grande responsável pelas manipulações sobre os
indivíduos. Marcuse segue descrevendo o governo estatal o
que impõe suas exigências econômicas e políticas sobre a
população. Influenciando seu tempo de trabalho e lazer.
Segundo o filósofo, o governo alcança seu objetivo ao criar
nas pessoas um conjunto de “falsas necessidades”,
passando a manipular através dessas necessidades. Em
geral, o governo estatal ao convencer as pessoas disso e
fazer com que haja um caminho para satisfazer tais
necessidades (apesar de ele não existir), busca sim um
controle social. Os interesses do governo de manter os
indivíduos é uma regra normativa. Para Marcuse, as falsas
necessidades não estão baseadas nas reais necessidades
de todo e qualquer ser humano como bebida, comida, roupa
etc., mas, em vez disso, se cria de forma artificial modelos
alienantes de necessidades falsas. Além de bugigangas e
bens não essenciais, Marcuse adverte do falso senso de
necessidade que nos é implantado pela propaganda e pela
mídia. Segundo Marcuse, “as criaturas se reconhecem em
suas mercadorias”; encontram sua alma em automóveis,
sistemas, utensílios de cozinhas, moda, objetos os mais
variados”, ou seja, em modelos de consumo alienantes.
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3 – Exemplo prático
“Use e jogue fora” é o lema implícito em tudo. Hoje, é tão
importante aprender a administrar a mudança constante
das coisas quanto acelerar o tempo de giro de uma
mercadoria, na produção, na troca ou no consumo. Nessa
circunstância, as marcas da vida pós-moderna são a
efemeridade de tudo e a ideia de que tudo é temporário.
(CARMO, 2008)
4 – Dicionário sociocultural
Sociedade do descarte: “No domínio da produção de
mercadorias, o efeito primário (da era pós-moderna) foi a
ênfase nos valores e virtudes da instantaneidade
(alimentados e refeições instantâneas e rápidos e outras
comodidades) e da descartabilidade (xícaras, pratos,
talheres, embalagens, guardanapos, roupas etc.). A
dinâmica de uma sociedade “do descarte”, como
apelidaram escritores como Alvin Toffler, começou a ficar
evidente durante os anos 60. Ela significa mais do que jogar
fora bens produzidos (criando um monumental problema
sobre o que fazer com o lixo); significa também ser capaz
de atirar fora valores, estilos de vida, relacionamentos
estáveis, apego a coisas, edifícios, lugares, pessoas e
modos de adquirir e agir (David Harvey, A condição pós-
moderna).
PROPOSTA #7: Brasil acima do peso: o que
fazer em meio ao aumento da obesidade?
Entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população
com 20 anos ou mais de idade do país mais que dobrou,
passando de 12,2% para 26,8%. No período, a obesidade
feminina passou de 14,5% para 30,2% e se manteve acima
da masculina, que subiu de 9,6% para 22,8%.
Já a proporção de pessoas com excesso de peso na
população com 20 anos ou mais de idade subiu de 43,3%
para 61,7% nos mesmos 17 anos. Entre os homens, foi de
43,3% para 60% e, entre as mulheres, de 43,2% para
63,3%.
Os dados constam do segundo volume da Pesquisa
Nacional de Saúde 2019, e foram divulgados hoje (21), no
Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
1 – Textos Motivadores
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
George Ritzer e o conceito de Mcdonaldização
George Ritzer
O sociólogo criou o conceito de mcdonaldização como
uma forma de entender a racionalização do comportamento
de consumo desenvolvido pela empresa de lanchonete
Mcdonalds. Ritzer avalia o padrão de comportamento, a
sistematização da forma de consumir. Na mcdonaldização
que Ritzer estuda, como o cálculo das lanchonetes, ele
refere-se às coisas que podem ser contadas e quantificadas.
Em particular, existe uma tendência de enfatizar a
quantidade (o Big Mac) em vez da qualidade (da comida).
Ritzer percebe que muitos aspectos do trabalho dos
empregados do Mcdonalds são cronometrados, o que a
natureza rápida do ambiente da lanchonete visa a garantir o
máximo de produtividade. Esse modelo afeta o consumo e
comportamento das pessoas, implicando no aumento da
obesidade. Os clientes fazem fila para comer comida não
saudável; Ritzer chama isso de “circunstâncias e condições
desumanas”. Além disso, a velocidade de produção e
consumo nas lanchonetes McDonald ‘s significa que, por
definição, os clientes não podem ser servidos com comida
de qualidade, pois exige mais tempo de preparo. O modelo
racional da lanchonete McDonald’s perpassa então a gestão
da produção de comidas e influencia o comportamento e o
consumo das pessoas em comidas com grande teor calórico
e de baixa qualidade. Esse modelo ganhou apelo global
devido à sua conveniência e acessibilidade, típico de uma
sociedade urbana e rápida globalizada (Livro de sociologia,
Colet. 2015).
O resultado de tudo isso são as estratégias para o
consumo de comida de péssima qualidade em massa. Como
as lanchonetes com paredes com cores para estimular o
apetite das pessoas, cadeiras e mesas estrategicamente
organizadas para o consumo rápido na preparação de
produção em larga escala. Em uma sociedade em que as
pessoas estão sempre com pressa, um padrão de consumo
como esse ajuda em um modelo desordenado e irracional
que leva em muitos casos o aumento da obesidade por
parte desses consumidores.
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Émile Durkheim e o conceito de Anomia
O sociólogo francês faz uma referência ao modelo de vida
moderno. A sociedade moderna-capitalista apresenta-se
com um novo padrão de comportamento que favorece
crises de valores sociais. Essas crises estão ligadas ao
conceito que ele denomina de Anomia. Estamos falando de
comportamentos modernos que estão provocando uma
desorientação das pessoas. Os modelos anômicos são vistos
por Durkheim como doenças sociais, o que provocam
desorientação ou falta de regras normativas no meio social
e moral. A anomia é o resultado dessa falta de regras e
normas que prejudica a sociedade como um todo. A sua
relação com a obesidade está ligada ao excesso. A
quantidadeleva às crises ou às doenças sociais. O suicídio,
por exemplo, é um modelo normal, pois em qualquer
sociedade alguém tira a vida por algum motivo, entretanto,
em grande quantidade (grandes taxas de suicídios), esse
fenômeno se torna anômico. Isso vale para outros
comportamentos, como a Obesidade. A obesidade é um fato
social, pois em toda e qualquer sociedade teremos pessoas
acima do peso, entretanto sociedades com grandes índices
de obesidade (como a norte-americana em que metade da
população é obesa) caracterizam-se por modelos anômicos,
pelo excesso que leva a doença de pessoas e também a
morte.
Logo, Durkheim não faz referência ao fenômeno da
obesidade na sociedade, entretanto o conceito de anomia
nos leva a considerar a falta de regras morais, a
desorientação dos padrões das pessoas comerem uma
comida industrializada e que só faz mal para as mesmas. A
substituição de alimentos saudáveis por comida
industrializada ou porque é mais rápido ou porque é mais
barato. Nesse caso o padrão de uma sociedade como a
nossa nos leva a esses tipos de comportamentos.
Theodor Adorno e Max Horkheimer e os Bens
Simbólicos
Theodor Adorno e Max Horkheimer
Os dois filósofos pertencentes à chamada Escola de
Frankfurt na Alemanha, em seu livro Dialética do
Esclarecimento, avaliam o poder dos meios de comunicação
na influência do consumo. Os dois autores, pertencentes a
um grupo chamado de apocalípticos, acreditavam que os
meios de comunicação visam muito mais entretenimento do
que reflexão. A ação dos meios de comunicação nas
propagandas incentivou muito o consumo de produtos e
serviços. No consumo de produtos e alimentos
industrializados, os meios de comunicação, as propagandas
tiveram um papel importante no aumento, na divulgação
em massa de comidas industrializadas como as vendidas
nas grandes lanchonetes. Os dois filósofos não avaliam o
aumento de consumo de comida industrializada, uma das
grandes responsáveis pela obesidade principalmente de
crianças, mas abordam as propagandas, os meios de
comunicação que serão chamados pelos autores de
Indústria cultural, como os grandes responsáveis pela
alienação das pessoas em transformar produtos e serviços
em bens simbólicos (um valor representativo positivo de
consumo).
3 – Exemplo prático
DOCUMENTÁRIO
4 – Dicionário sociocultural
Desertos Alimentares
Desertos  alimentares  são locais onde o acesso a
alimentos in natura ou minimamente processados é escasso
ou impossível, obrigando as pessoas a se locomoverem para
outras regiões a fim de obter esses itens essenciais a uma
alimentação saudável.
Pântanos alimentares
Trata-se de áreas urbanas nos Estados Unidos em que
existe uma ausência de comidas saudáveis. Os pântanos
alimentares são espaços de venda de comida rápida, barata
e pouco saudável (cadeias de lanchonetes). Esses locais
têm esse nome fazendo uma analogia com os pântanos
como áreas inundadas com uma quantidade de água.
Entretanto é uma água pouco saudável, suja e que só traz
problemas de saúde para quem a bebe. Assim são os
pântanos alimentares, espaços com uma quantidade muito
grande de comida, mas uma comida que não traz nada de
benefício nutricional para quem se alimenta dela (diferente
do Brasil, nos Estados Unidos as comidas industrializadas e
tudo ligado a elas são bem mais baratos economicamente).
PROPOSTA #8: Deficientes físicos e os desafios
da inclusão social no Brasil
Segundo dados, deficientes físicos representam 6,7% da
população do Brasil. Tendo como base o comparativo com
dados do Censo 2010, o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) informou que a porcentagem de
pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil é de 6,7%
ante 23,9% anteriormente.
1 – Textos motivadores
Texto I
Texto II
Indicação de filme: Nascido em 4 de julho
Ron Kovic fica paralisado na guerra do Vietnã, passa por
um pesadelo em um hospital de veteranos e se torna um
ativista político a favor dos direitos humanos e contra a
guerra, depois de se sentir traído pelo país pelo qual lutou.
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Platão
Platão
Para o filósofo grego existia uma contradição entre o
corpo e a alma. Foi descrito por Platão em considerar o
corpo como o cárcere da alma. Para o filósofo grego, deve-
se discriminar em termos hierárquicos o que deve ser
considerado bom e mau, perfeito e torto, e o que deve ser
considerado corpo ideal, além das considerações a respeito
do corpo social ideal, que coexiste com a beleza e a
perfeição do corpo individual para compor a cidade perfeita.
(Garcia, Carla Cristina; 2008)
Ludwig Guttmann
Ludwig Guttmann
Neurocirurgião e neurologista, introduziu as atividades
esportivas como parte essencial do tratamento médico para
recuperação das incapacidades geradas por lesões
medulares. Depois de estudar exaustivamente o gesto
esportivo, como forma terapêutica e de integração social,
iniciou o que se tornaria o desencadeador da prática
desportiva entre portadores de deficiência, adaptando a
prática atividade física ao processo de reabilitação: os
eventos competitivos (VARELA, 1991). A reabilitação buscou
na atividade física novos caminhos para possibilitar a
integração das pessoas deficientes físicas e a sociedade.
A realidade buscou na atividade física novos caminhos
para possibilitar a interação dessas pessoas com a
sociedade, evidenciando as capacidades residuais dos
deficientes através do esporte (ARAÚJO 1997, apud,
FREITAS; CIDADE, 1997, p. 61). Além da prevenção contra
deficiências secundárias, foi a oportunidade para que os
deficientes testassem suas possibilidades físicas e
promovessem a integração total do indivíduo.
Erving Goffman
Erving Goffman
O sociólogo Erving Goffman faz uma análise sobre o
conceito de estigma social e sua relação com deficientes
físicos (na questão do preconceito ou nos rótulos sociais).
Segundo Goffman, o termo estigma foi criado pelos gregos e
dizia respeito a um conjunto de sinais corporais que se
constituíam como indicativo de algo extraordinário sobre o
status moral de quem os apresentava.
Essas marcas eram feitas com cortes ou fogo no corpo e
avisavam que o seu portador era um escravo, criminoso ou
traidor. Com o tempo, o termo passou a indicar depreciação
daquele que o possui, a ponto de o estigmatizado construir
estratégias de sobrevivência para esconder, o máximo
possível, as marcas sociais que o fazem menor dentro da
sociedade em que vive.
Estigma  social é definido, enquanto marca ou sinal que
designa o seu portador, como desqualificado ou menos
valorizado, ou  segundo  a  definição  de  Erving Goffman: “a
situação do indivíduo que está inabilitado  para  aceitação
social plena” (GOFFMAN, 2004, P. 4).
Para o sociólogo Goffman, os sentimentos da pessoa
estigmatizada sobre si própria e a sua relação com os outros
ditos “normais”. Goffman explorou a variedade de
estratégias que os estigmatizados empregam para lidar com
a refeição alheia e a complexidade de tipos de informação
sobre si próprios que eles projetam nos outros.
O estigma social é muito comum entre os deficientes
físicos em forma de preconceito. Nesse caso muitos
cadeirantes, por exemplo, podem ser marginalizados pela
sua deficiência física. Goffman classifica os tipos de
estigmas ligados a distúrbios mentais, os estigmas tribais e
os estigmas deformidades (do corpo, deficiência física,
obesidade, tipo irregular de cor de pele, calvície ou
cicatrizes), esse último caso é o mais comum na forma de
rotular os deficientes físicos
3 – Exemplo prático
4 – Dicionário sociocultural
Mitologia Grega: Hefesto, deus deficiente
Hefesto, apesar de ser um deus do Olimpo, recebeu
atributos pejorativos em consequência de sua deformidade
e foi desprezado e excluído por sua aparência física. Na
mitologia grega, Hefesto é o único deus com uma
deficiência física.
Organização Mundial de Saúde (OMS)
A Organização Mundial de Saúde define otermo
deficiência como “um termo genérico que inclui déficits,
limitações nas atividades e restrições na participação. Indica
os aspectos negativos da interação entre um indivíduo
(como uma condição de saúde) e os fatores contextuais
(ambientais e pessoais)” (OMS, 2001).
(Chevalier; Gueerbrant, 1991, p. 485)
PROPOSTA #9: Desafios para o combate às
doenças sexualmente transmissíveis no cenário
brasileiro
Apesar de o principal foco continuar sendo a prevenção
de HIV/Aids, especialistas alertam para o risco de
propagação de outras  doenças, como HPV, herpes genital,
gonorreia, hepatite B e C e, especialmente, sífilis. Saiba
mais sobre cada doença abaixo. Todas podem ser evitadas
com o uso do preservativo.
1 – Textos motivadores
Texto I
Texto II
Filme: Cobaias
Em 1932, a sífilis vira epidemia nos Estados Unidos. Um
grupo de afrodescendentes recebe tratamento médico sem
saber que tudo não passa de um experimento humano
autorizado pelo governo americano.
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Michel Foucault
Michel Foucault
A medicina moderna ao se atentar para a regulação e o
disciplinamento do corpo, pelo Estado político, buscou
controlar os corpos dos indivíduos de seus desejos sexuais
através de regras internas e disciplinares. Tornando o sexo
um tabu, tendo o controle sobre esse tema, tratando-o
como polêmico.
Foucault afirma que as instituições disciplinares impõem
padrões de comportamento de valores. As escolas, os
manicômios, os hospitais e muitas outras instituições
ligadas ao Estado impõem suas regras de controle. Para ele,
o corpo humano deve ser adestrado para ganhar regulações
disciplinares internamente em instituições como prisões,
manicômios entre outras, a fim de impedir as pulsões
sexuais dos indivíduos.
Argumenta ainda que a sexualidade e o corpo sexual
foram fundamentais na importância do processo da
compreensão do surgimento da medicina moderna, que
regula o corpo pelo Estado político.
Os modelos disciplinares das instituições fechadas levam
em consideração a higiene do corpo, as boas maneiras e a
regulação das práticas fisiológicas, ou seja, as instituições
disciplinares – o poder estatal – modelam os corpos de
acordo com regras internas, considerando o sexo como um
tabu.
Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Sartre
Filósofo francês ligado ao movimento existencialista,
Sartre pode ser discutido a partir de duas ideias
fundamentais: a) o princípio de que a existência precede a
essência, que significa apostar na condição do homem
como um ser inacabado, que não nasce com uma essência
pré-definida; b) a ideia de que o homem é um ser
condenado à liberdade, pois, mesmo sem ter pedido para
existir, ele existe, e uma vez existindo é o único
verdadeiramente responsável por suas decisões.
Assim, a ideia de liberdade apontada pelo existencialismo
sartreano não pode ser dissociada da ideia de
responsabilidade. No caso do tema proposto, sobre as
doenças sexualmente transmissíveis, pode-se dizer que as
pessoas são livres para desfrutarem dos prazeres da vida,
mas são, na mesma medida, responsáveis pela forma como
comportam-se nessa busca pelo prazer. Por isso, devem
assumir seu compromisso para conter a disseminação de
doenças sexualmente transmissíveis e devem aprender a
conviver com a responsabilidade de contribuir para a não
proliferação dessas enfermidades.
Simone de Beauvoir
Simone de Beauvoir
A feminista e filósofa Simone Beauvoir, ao estudar a
condição desigual da mulher na sociedade moderna, alerta
para a desigualdade de gênero existente e de como
mulheres estão mais sujeitas ao preconceito social em
sociedades patriarcais. Nesse caso, podemos relacionar a
desigualdade de gênero que a autora faz com a sujeição da
mulher em aspectos ligados a doenças sexualmente
transmissíveis. Haja vista que o número de mulheres
casadas que são vítimas de doenças sexuais, pois o marido
não se previne nas relações sexuais extraconjugais, é
grande. Também podemos utilizar a autora, com sua tese de
sujeição da mulher, pelo fato de que as meninas estão mais
sujeitas aos abusos sexuais e muitas não recebem
orientações sobre isso.
A filósofa Beauvoir não aborda diretamente o tema sobre
doenças sexualmente transmissíveis, mas analisa a
desigualdade de gênero feminino, que nesse caso podemos
relacionar, perfeitamente, com o tema estabelecido.
3 – Exemplo prático
4 – Dicionário sociocultural
O Modelo Biomédico
Práticas médicas estão intimamente interligadas às
mudanças sociais, pois a aplicação da ciência em
diagnósticos médicos e na cura é o principal fator no
desenvolvimento dos sistemas modernos de saúde. Com
isso, a doença passou a ser definida objetivamente em
termos de sintomas identificáveis e o cuidado médico
formal passou a ser feito por especialistas treinados e
tornou-se o modo aceito de tratar doenças físicas e mentais.
Esse modelo biomédico que avalia o problema dá um
diagnóstico e propõe uma solução ou cura para a suposta
doença é modelo usado para identificar casos ligados às
doenças sexualmente transmissíveis. Esse mesmo modelo
orienta as pessoas na forma mais adequada ao combate da
doença.
PROPOSTA #10: Devem existir limites para a
arte?
(Tema da Fuvest de 2018)
1 – Textos motivadores
Texto I
Quebra de paradigmas na Arte
A Semana de Arte Moderna  foi uma manifestação
artístico-cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São
Paulo entre os dias 11 a 18 de fevereiro de 1922.
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Karl Marx e o Fetiche da mercadoria
Karl Marx
O filósofo alemão Karl Marx, ao avaliar o preço das coisas,
o valor de uso dos objetos no modelo capitalista, destaca o
fenômeno classificado de fetiche da mercadoria. Nessa
ideia, os produtos, os bens são considerados pelo seu valor
simbólico e não propriamente pelo seu valor de uso. O
capitalismo demonstra outra característica de avaliar as
coisas muitas vezes através de representações ou status
sociais que ganham valor. As pessoas já não desejam um
bem pela sua utilidade prática, mas sim pela sua
representação.
Esse conceito do autor alemão pode perfeitamente
dialogar com o valor da arte nos dias de hoje, ou no que um
tipo de arte se tornou. Em muitos casos o valor de uma obra
de arte parece valer mais para quem executou do que
propriamente pelo seu valor estético. O fetiche da
mercadoria na arte está cada vez mais presente na
representação, no status ou no significado distante de
qualquer coisa. O exemplo do artista inglês Damien Hirst
que produziu por encomenda um tubarão gigante com um
título denominado Impossibilidade física da Morte na Mente
de Alguém Vivo, que faz lembrar um comentário do
jornalista americano Tom Wolfe: “chegará o dia em que o
texto teórico explicando a arte será mais importante do que
obra em si, ou seja, parece que a interpretação metafísica
da arte vale mais que a própria arte”. O fetiche da
mercadoria nunca esteve tão presente e tão atual nos dias
de hoje quando a arte é o principal tema, pois parece que
qualquer coisa hoje é arte, basta ter um fetiche sobre as
coisas que tudo acabará bem.
Aristóteles
Já Aristóteles, que ficara mais ou menos 20 anos como
aluno da famosa Academia de Platão, desenvolve na sua
Poética uma abordagem bem original a respeito das artes,
diferenciando, por exemplo, práxis (ação) de poiésis
(fabricação), e deixando bem claro que o autor não se
dissocia das suas ações, mas sim daquilo que fabrica. Esse
posicionamento “libera” a poiésis (teatro, pintura, poesia,
música etc.) de algumas implicações morais e
epistemológicas impostas por Platão.
Aristóteles
Ao abordar as artes como mimesis (imitação), Aristóteles
identifica essa mímesis como representação, por isso não vê
problemas no fato do imitador “falar o falso”. Esse ponto de
vista equivale a dizer que os poetas, Homero ou Hesíodo,
podem sim acrescentar em seus textos narrativos fictícios,pois, diferente da História, que se ocupa do particular, a
poesia trata do universal.
Aristóteles quer dizer que o historiador deve manter-se
fiel aos fatos, relatando apenas aquilo que realmente
aconteceu, enquanto o poeta, por abordar questões como o
amor, a honra, a ambição e outras questões universais da
existência humana, pode até usar acontecimentos históricos
como pano de fundo, mas não precisa ficar limitado ao
acontecido.
Em outras palavras, para o estagirista, as mentiras
contadas pelos poetas não invalidam ou comprometem a
beleza de suas obras.
Quer saber mais sobre o autor? Acesse nossos endereços eletrônicos:
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Immanuel Kant
Vale observar que essa discussão não se encerra com os
filósofos do mundo antigo clássico, mas se estende pela
história da Filosofia, e chega até os séculos XX e XXI.
Entretanto, para que este texto não se torne mais extenso
do que o necessário, pararemos em uma celebridade do
século XIX: Immanuel Kant.
Pertencente ao contexto intelectual do Iluminismo
(Esclarecimento), o filósofo prussiano Immanuel Kant expõe,
na Crítica da faculdade do juízo, a sua compreensão a
respeito do universo das artes.
Em sua abordagem, Kant nos diz que a obra de arte deve
ser julgada pelo seu valor estético, ou seja, pelo que ela
tem de belo ou de feio. Essa compreensão liberta a arte de
qualquer compromisso moral ou pedagógico, uma vez que
ela é um fim em si mesmo, ou seja, não existe em função
de formar bons cidadãos.
3 – Exemplo prático
‘Queermuseu’: A exposição mais debatida e menos vista dos últimos tempos
4 – Dicionário sociocultural
Arte Minimalista
A expressão “Minimalismo” (do inglês, “Minimal Art”) faz
referência aos movimentos estéticos, científicos e culturais
que surgiram em Nova York, entre o fim dos anos de 1950 e
início da década de 1960.
Esses movimentos primavam pelo mínimo de recursos e
elementos utilitários, reduzindo todos seus aspectos ao
nível essencial.
Já em 1966, o filósofo e crítico de artes Richard Arthur
Wollheim (1923- 2003) já apontava o minimalismo daquela
década como uma das correntes que mais influenciariam o
campo das artes visuais, arquitetura, design, música,
programação visual, desenho industrial, durante o século
XX.
Em termos gerais, os movimentos minimalistas se
caracterizam pela austeridade e síntese, inclusive dos meios
e usos da abstração.
Enquanto aspecto filosófico, o minimalismo irá adequar
às necessidades da vida aquilo que é realmente essencial,
descartando as futilidades no caminho da realização
pessoal.
No campo das artes, normalmente está representado de
forma abstrata e “crua”, de modo a revelar a origem
industrial e a natureza dos materiais que compõem a obra
minimalista, a qual, via de regra, interage com o público.
Adaptado de: https://www.todamateria.com.br/minimalismo/
PROPOSTA #11: “Manipulação do
comportamento do usuário pelo controle de
dados na Internet”
Tema Enem 2018
Com tamanho volume de disseminação de conteúdo,
pessoas reais ficam vulneráveis às  fake News e acabam
compartilhando essas informações. Dessa forma, está
criada uma rede de mentiras com pessoas reais.
1 – Textos motivadores
Texto I
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Karl Marx
Sobre o tema em questão, caro leitor, poderíamos
trabalhar com o filósofo alemão Karl Marx e o seu conceito
de ideologia. O tema menciona a manipulação ser uma
forma de controle de desorientação de uma classe social
por outro ou de um grupo social que deforma a realidade e
cria falsas verdades. Para Marx, ideologia é uma forma de
enganação desenvolvida por uma classe sobre outra. O que
poderíamos chamar de ideias falsas que manipulam e
distorcem a realidade. Marx não abordou a manipulação das
redes sociais, da internet; entretanto, ao falar sobre as
formas de enganação social, o filósofo faz referência ao
conceito de ideologia, um conjunto de ideias que desorienta
as pessoas e cria um estado de alienação social.
Platão
O mito da caverna. Platão representa na alegoria da
caverna os homens presos aos grilhões. Quem são esses
homens? Por que aceitam e perpetuam essa situação? Esses
homens são aqueles indivíduos que, condicionados pelo
mundo das aparências, procuram solidificar a verdade, não
como ela realmente é, mas sim como pensam ser. O mundo
das aparências para Platão é o mundo sensível, é o
contorno externo de todo e qualquer processo simbólico e
de visualização. É mais cômodo e fácil estar atento pura e
simplesmente ao externo do que buscar o que realmente é
o fator decisivo. A compreensão do fato é obtida, dentro
desse contexto, a partir do mundo das sombras. As sombras
sempre são puramente o elemento de estagnação do tempo
e do espaço. Agora a necessidade que precisa ser
construída e trabalhada para a superação dessa situação é
buscar o mundo das luzes. O mundo das aparências está
diante de nossos olhos assim como a mídia nos manipula,
dizendo-nos como funciona o mundo através de mentiras,
sem efetivamente mostrar a realidade ou mundo verdadeiro
das luzes.
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Filósofos Theodor Adorno e Max Horkheimer da
Escola de Frankfurt
Theodor Adorno e Max Horkheimer
Os autores, ao mencionar a manipulação dos meios de
comunicação, advertem sobre o conceito de indústria
cultural para se referir a um sistema da cultura de massa
que distrai e engana as pessoas através de notícias falsas e
imagens encantadoras. Nesse caso, então a internet, hoje
considerada um novo meio de comunicação de massa,
estaria perfeitamente enquadrada nesse roteiro desses
autores frankfurtianos.
O termo indústria cultural foi empregado pela primeira
vez em 1944, quando da publicação de Dialética do
esclarecimento. A obra denuncia os grupos sociais que
controlam o aparelho técnico detendo uma superioridade
imensa sobre o resto da população (Carmo, 2008).
Os meios de comunicação, segundo os dois autores,
visam muito mais a alienação, a manipulação, o
entretenimento das massas e pouca reflexão. Os meios de
comunicação de massa nas mãos de gente perigosa podem
se tornar uma arma perigosa segundo os dois filósofos.
Adorno e Horkheimer falam sobre o regime político nazista
que utilizou, na Alemanha, meios de comunicação como a
rádio e o cinema para difundir suas ideias autoritárias e
racistas. Nessa situação, a internet e seus recursos podem
sim ficar enquadrados dentro do conceito de manipulação
da indústria cultural de Adorno e Horkheimer.
LIVRO: Dialética do Esclarecimento
3 – Exemplo prático
Notícias falsas sobre eleição nos EUA têm mais alcance
que notícias reais.
Buzzfeed News analisou 40 notícias (verdadeiras e falsas)
em 3 meses.
Vinte falsas notícias nas redes sociais tiveram
desempenho superior ao conteúdo de jornais.
Donald Trump na Flórida, e Hillary Clinton em Pittsburgh,
sorriem durante comícios no último dia da campanha presidencial, na segunda
(7)
(Foto: Reuters/Carlo Allegri/ Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
4 – Dicionário sociocultural
Cultura de Massa
A cultura de massa está estreitamente ligada ao
consumo. As propagandas veiculadas na televisão e na
internet têm o propósito de levar o espectador a consumir
os produtos propagados. Não obstante, às propagandas
também são veiculados ideais de vida. Do mesmo modo
que as propagandas passam tais ideais, a cultura de massa
também é utilizada com tal objetivo. Filmes, novelas,
músicas, séries e estampas comerciais são exemplos desse
tipo de cultura.
Retirado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/
PROPOSTA #12: A condição das cidades e os
espaços urbanos em transformação na
modernidade.
1 – Textos Motivadores
Texto I
Espaço urbano brasileiro
O espaço urbanobrasileiro foi profundamente marcado
pelas dinâmicas ocorridas no século XX e conta com uma
elevada concentração populacional em torno das cidades do
Sudeste.
O processo de urbanização no território brasileiro iniciou-
se, de maneira mais concreta, a partir do final do século
XIX, com o início gradativo da  industrialização no país. No
entanto, foi após os anos 1930 que a presença das
indústrias se tornou mais intensiva e a urbanização
começou a intensificar-se. A segunda metade do século XX
serviu de incremento graças ao intenso  êxodo
rural  ocasionado pela mecanização das atividades
produtivas no meio rural, o que gerou um maior
desemprego no campo e a grande leva de migrantes em
direção às principais cidades do Brasil.
Retirado de: https://mundoeducacao.uol.com.br/
O espaço urbano nas telas de Edward Hopper
Artista que retratou primeiramente a vida urbana desolada na década 1940
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Saskia Sassen – Cidades globais
Saskia Sassen
A autora faz um estudo sobre o que é chamado por ela de
cidades globais, ou seja, um espaço gigante e que expande
o mercado global. Para a autora, o processo de globalização
está transformando as cidades industriais e dando lugar às
cidades globais. Esses espaços acabam se tornando uma
referência dentro do próprio capitalismo no
desenvolvimento de novos modelos de produção, na
economia, no setor de serviços, inclusive para fins
financeiros. Essas cidades globais se tornam o centro dos
mercados no capitalismo, proporcionando novos produtos
industriais, setores de compra e venda no cenário
internacional.
Para Sassen, o surgimento de um mercado global para
serviços financeiros especializados dá às cidades globais um
comando e uma função de controle sobre a globalização.
Essas cidades se tornam também mais cosmopolitas, pois
são alvos de imigrantes que levam novos modelos culturais
enriquecendo a cidade.
Marc Augé - “Os não lugares”
Marc Augé
O autor cria o conceito de “não lugares”, espaços urbanos
que ele chama de transitórios, que não possuem um
significado concreto e próprio ou uma ideia definida. Esses
locais não têm cara de coisa alguma, sendo espaço ligado
ao consumo e ao um volume elevado de pessoas que
transitam nesses espaços (as pessoas não ficam,
simplesmente transitam). O conceito do que chamamos de
“lugar” possui relação com uma identidade própria, uma
função específica, um local e uma singularidade, os
chamados “não lugares” não tem cara de coisa alguma,
sendo espaços iguais em qualquer parte do mundo sem
identidade (normalmente com um apelo comercial muito
grande). A cidade capitalista ganha contornos comerciais
que define esses “não lugares”. Espaços como shopping
center, supermercados, estações de metrô assim como
aeroportos são classificados como espaços sem uma
identificação, pois são iguais em qualquer parte do mundo
ou possuem o mesmo significado, daí o nome de “não
lugares”.
As alterações nas áreas urbanas ao longo do século XX
criaram uma “sobre modernidade”, um excesso que altera a
essência das cidades e da vida do cidadão. De espaço
residenciais, de relação de vizinhança e de trabalho,
ampliam-se as zonas de fronteira.
Henri Lefebvre
Henri Lefebvre
Para o filósofo e sociólogo francês Henri Lefebvre, as
cidades modernas ganham formas que não favorecem a
liberdade e o bem-estar das pessoas, mas sim a prisão das
pessoas através de valores comerciais-capitalista que serão
a cara da própria cidade. Para o filósofo, as cidades
modernas têm uma forma que reflete os interesses das
grandes empresas capitalistas. Dessa forma, a classe
trabalhadora, os pobres e outros grupos não têm direito de
opinar sobre o modo como as cidades são construídas. A
classe pobre muitas vezes é retirada de seu espaço para a
construção de prédios de teor comercial como os shoppings
que servem aos interesses do grande capital. A perda do
espaço público restringiu os lugares onde as pessoas podem
se encontrar de forma igualitária. Para Lefebvre os grandes
centros urbanos estão ali para representar os interesses do
grande capital, tirando assim o direito à cidade para a
maioria dos moradores dos grandes centros urbanos.
3 – Exemplo prático
Lugares Fágicos: Espaços destinados tão somente ao consumo como shopping.
Lugares Êmicos: áreas públicas que não são convidativas à socialização.
Exemplo: a praça de La Défense na França.
4 – Dicionário sociocultural
Enclave
Em geografia, um  enclave  é um território totalmente
cercado por um território estrangeiro. Se outro país tem
soberania sobre ele, pode-se também chamar este país de
exclave. San Marino é um país-enclave, localizado na região
central da Itália.
Ecologia urbana
Um campo da ecologia é uma nova área de estudos
ambientais que procura entender os sistemas naturais
dentro das áreas urbanas.
Ela lida com as interações de plantas, animais e de seres
humanos em áreas urbanas.
Ecologistas urbanos estudam árvores, rios, vida selvagem
e áreas livres encontrados nas cidades para entender até
que ponto esses recursos são afetados pela poluição,
urbanização e outras formas de pressão.
Retirado de: https://www.portalsaofrancisco.com.br/
PROPOSTA #13: Os efeitos dos desastres
ambientais no Brasil
1 – Textos Motivadores
Texto I
Uma vítima de Era Atômica
No início dos anos 1960, a opinião pública se alarma com
a multiplicação dos testes nucleares na Marvel Comics; esse
sentimento assume a crítica na criação do incrível Hulk,
uma besta fera resultado de energia nuclear.
Texto II
Documentário: Uma Verdade Inconveniente
O tema aquecimento global está presente diariamente na televisão, nas
revistas, nos jornais, entre outros meios de comunicação. No entanto, não há a
devida preocupação da população com as alterações climáticas, nem uma
mudança comportamental para minimizar esse processo.
Retirado de: https://educador.brasilescola.uol.com.br/
2 – Autores e pensadores que podem ser referência
em sua argumentação da redação
Ulrich Beck
Ulrich Beck
O sociólogo Ulrich Beck que se dedica em abordar
catástrofes da degradação ambiental global. Ele argumenta
que a modernidade se transformou no que ele chamava de
“sociedade de risco”, o descaso com meio ambiente
contribui para que problemas ambientais deixassem de ser
localizados para ganhar contornos internacionais. A
importância da economia sustentável evitaria as grandes
catástrofes ambientais nesse sentido.
Na sociedade moderna, os problemas ecológicos sugerem
que as implicações e os riscos contemporâneos são
diferentes daqueles que ameaçavam as sociedades
industriais modernas do século XVIII e XIX. Beck acena para
o fato de que as toxicidades causadas pelas formas de
degradação contemporânea extrapolam os espaços onde
são produzidas, bem como as comunidades diretamente
afetadas. Em primeiro lugar, porque as toxicidades das
formas contemporâneas de degradação são
quantitativamente maiores do que as formas de degradação
provocadas pela indústria. Em segundo lugar, o impacto
dessas toxinas no corpo humano em todos os ecossistemas
é irreversível e seus efeitos, cumulativos – portanto,
excedendo também as fronteiras temporais, intensificando-
se os riscos para as gerações futuras. Além dos efeitos
tóxicos progressivos, Beck salienta os riscos de potenciais
catástrofes ecológicas decorrentes, por exemplo, de
acidentes nucleares e da libertação de químicos em grandes
escala e alterações e manipulações genéticas da flora e da
fauna do planeta (por exemplo a exploração do reator
nuclear de Chernobyl – 1986).
Nesse contexto, segundo Beck, o fato de os riscos
ecológicos contemporâneas não se limitarem ao seu ponto
de origem, ou melhor, os seus potenciais impactos
extrapolarem o seu ponto de origem, torna-os muitas vezes
invisíveis e insondáveis na vida cotidiana. Nesse aspecto, o
argumento ligado à economia sustentável seria uma forma
racional de evitar problemas

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