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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 2 1 A PSICOPEDAGOGIA .................................................................................... 3 1.1 Origem e objetivos .......................................................................................... 4 2 A FORMAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA ........................................................ 8 2.1 Campo de conhecimento ................................................................................ 9 2.2 Campo de atuação ....................................................................................... 10 2.3 O caráter interdisciplinar da formação .......................................................... 12 3 ÉTICA PROFISSIONAL ................................................................................ 13 3.1 O Código de Ética Profissional ..................................................................... 15 3.2 A Associação Brasileira de Psicopedagogia ................................................. 17 3.2.1 Reflexões sobre o Código de Ética da Psicopedagogia ............................... 18 3.2.2 As implicações da Ética profissional na atuação da Psicopedagogia ........... 25 4 CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPP ..................................................................... 27 4.1 Capítulo I – Dos Princípios ........................................................................... 27 4.2 Capítulo II – Da Formação ............................................................................ 28 4.3 Capítulo III – Do Exercício das Atividades Psicopedagógicas ...................... 29 4.4 Capítulo IV – Das Responsabilidades .......................................................... 31 4.5 Capítulo V – Dos Instrumentos ..................................................................... 31 4.6 Capítulo VI – Das Publicações Científicas .................................................... 32 4.7 Capítulo VII – Da Publicidade Profissional ................................................... 32 4.8 Capítulo VIII – Dos Honorários ..................................................................... 32 4.9 Capítulo IX – Da Observância e Cumprimento do Código de Ética do Psicopedagogo ............................................................................................. 33 4.10 Capítulo X – Das Disposições Gerais ........................................................... 34 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 35 2 INTRODUÇÃO Prezado aluno! O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro - quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em tempo hábil. Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Bons estudos! 3 1 A PSICOPEDAGOGIA O progresso traz muitas alterações à sociedade, uma delas é o desaparecimento de algumas profissões e o surgimento de outras. O que caracteriza o aparecimento de qualquer profissão é a existência de pessoas exercendo essa função antes de sua formalização. Alguns motivos para o aparecimento de toda profissão, sendo eles a demanda social, os recursos para atender à demanda e pessoas que organizam e recriam os recursos disponíveis para a demanda. No caso da psicopedagogia, a demanda é a existência de crianças normalmente desenvolvidas que não conseguem sucesso na escola, fato que justifica a prática psicopedagógica, ou seja, pessoas que atuam para sanar os problemas, os psicopedagogos. Acredita-se que o psicopedagogo sabe que sua profissão consiste na transmissão de conhecimentos, não sendo uma atividade neutra para ambas as partes (o sujeito que necessita de ajuda e o psicopedagogo), pois a relação de afeto que se estabelece entre o psicopedagogo e o aprendente é necessária ao desenvolvimento da relação educativa. (NERY, 1986. apud BOSSA, 2000) Assim, considera-se que o papel do psicopedagogo é levar a criança a integrar- se novamente à vida normal, respeitando sua individualidade. O trabalho psicopedagógico deve estar ancorado em alguns princípios gerais, tais como: I. Acreditar que todo ser humano tem direito ao pleno acesso ao saber acumulado, representado pela cultura; II. Considerar a leitura e a escrita como ferramentas fundamentais de acesso ao saber; III. Nortear sua prática dentro dos princípios da liberdade do ser; IV. Reconhecer e assumir a dupla polaridade de seu papel-transmisão de conhecimento e compreensão dos fatores psicológicos que interferem no ato de aprender; http://www.psicopedagogia.com.br/artigos/artigo.asp?entrID=922 4 V. Reconhecer o papel da família como transmissora da cultura, devendo analisar e compreender os mecanismos dentro da relação familiar que promovem bloqueio da aprendizagem; VI. Reconhecer a escola como espaço privilegiado para a transmissão da cultura, também, o valor de outras organizações sociais ainda mantendo postura crítica frente às dificuldades geradas pela própria instituição escolar. De acordo com o primeiro princípio, o psicopedagogo deverá trabalhar para possibilitar a todas as crianças o direito de aprender. No segundo princípio a leitura e a escrita são ferramentas fundamentais para o acesso ao saber acumulado representado pela cultura, o psicopedagogo deverá contribuir para que o educando supere o problema de aprendizagem e consiga ter acesso a esse saber. Com o terceiro princípio o psicopedagogo deve respeitar a individualidade do ser humano e ajudá-lo na superação de suas dificuldades. O quarto princípio levanta questões de fronteiras com outras áreas, assim, o psicopedagogo deverá requerer a plena preparação e utilização de recursos disponíveis no acervo científico para uma atuação competente e responsável. O quinto princípio acentua a necessidade de o psicopedagogo reconhecer o papel da família e atuar orientando-a para fazê-la analisar e compreender fatores de sua dinâmica que interferem na aprendizagem do sujeito. Já o sexto princípio destaca a necessidade de se reconhecer a escola como espaço para transmissão de cultural, assim como sua responsabilidade, na maioria das vezes, pelos problemas de aprendizagem. 1.1 Origem e objetivos A Psicopedagogia surgiu na Europa, no século XIX; recebeu inicialmente uma conotação nitidamente patologizante, pois buscava naquela época entender as influências de origem orgânica, responsáveis pelo insucesso escolar. Já no século XX, 5 ela recebeu enfoque curativo, o qual era caracterizado pela ação terapêutica no tratamento de crianças com problemas de aprendizagem. (BOSSA, 2011. apud NEPOMUCENO, 2020) Os primeiros centros psicopedagógicos foram criados em 1946, e tinham direção médica e pedagógica. Esses centros buscavam tratar comportamentos sociais inadequados. No entanto, em 1948, a pedagogia curativa recebeu uma nova reorientação e passou a ser entendida como uma terapia voltada para a readaptação escolar de alunos que, apesar de inteligentes, apresentavam resultados escolares insatisfatórios. (NEPOMUCENO,2020) A ação do psicopedagogo estava direcionada ao âmbito medicinal, portanto, o psicopedagogo se tratava de um médico pedagógico. A prática da reeducação consistia em identificar e tratar dificuldades de aprendizagem, a partir de ações de mediação, de classificação de desvios e de elaboração de planos de trabalho. A base do conhecimento utilizado provinha fundamentalmente da Psicologia, da Psicanálise e da Pedagogia e o tipo de enfoque predominante era o médico-pedagógico. (RAMOS, 2007. apud FARIA, 2017) Nesses centros trabalhavam especialistas nas áreas de psicanálise, psicologia, pedagogia e psicomotricidade, porém a produção dos diagnósticos ocorria através dos médicos. Era realizado um levantamento acerca da vida do indivíduo: Relações familiares e conjugais; Condições de vida; Práticas educativas; Testes de QI. A partir disso se criava um diagnóstico e um tipo de tratamento adequado. A maior influenciadora da psicopedagogia no Brasil foi a Argentina, que se tornou inequívoca desde a década de 1960 possuindo objetivos psicopedagógicos de caráter preventivo, em especial, voltada para a relação professor-aluno. 6 [...] a despeito dessa experiência, a literatura revela que a finalidade que predominou na história antiga da Psicopedagogia brasileira foi a de atuar nos problemas referentes às disfunções neurológicas ou, mais precisamente, naquilo que foi denominado na época de “Disfunção Cerebral Mínima” (DCM). (RAMOS, 2007. apud FARIA, 2017) Essa visão foi inserida nas escolas com a ausência de critérios, num processo de etiquetação de crianças e jovens. E então surgem diferentes nomenclaturas de várias doenças que se pode encontrar. O rótulo DCM foi apenas um dentre os vários diagnósticos empregados para camuflar problemas psicopedagógicos traduzidos ideologicamente em termos de psicologia individual. Termos como dislexia, disritmia e outros também foram usados para esse fim. (SCOZ, 1994. apud RAMOS, 2007) A existência dos primeiros cursos de psicologia educacional no País ocorreu devido à herança do médico-psicopedagógico, porém, em 1979, após aproximadamente vinte anos da efetiva prática pedagógica no País emergiu o primeiro curso da especialidade Psicopedagogia no país, e originalmente era denominado de Curso de Reeducação Psicopedagógica. Historicamente, a Psicopedagogia foi introduzida no território brasileiro com base em modelos médicos, e foi assim que se iniciaram, nos anos de 1970, cursos de especialização em Psicopedagogia, voltados principalmente para uma atuação clínica. Atualmente os cursos de especialização em psicopedagogia têm se dividido entre as perspectivas clínicas e as institucionais, mas o que se verifica é a predominância da prática considerada clínica, como se pode ver na categoria anterior, em que é citada a realização das avaliações psicopedagógicas por parte dos participantes. (BOSSA, 2000. apud POTTKER, 2014) O conceito de psicopedagogia surgiu da necessidade de compreender melhor o processo de aprendizagem e tornou-se um campo de estudo específico voltado para encontrar conhecimento em outros campos e criar seu próprio objeto de estudo. A pedagogia e a psicologia se destacam entre esses campos, pois são duas grandes áreas de importância primordial para o ensino e a aprendizagem. Na atualidade, a psicopedagogia é vislumbrada como uma área de possibilidades que visa propiciar um melhor desenvolvimento da aprendizagem, buscando encontrar possíveis soluções para os problemas de ensino/aprendizagem institucionais ou clínicos, buscando entender as relações emocionais, afetivas, 7 constitucionais/biológica, familiares, sociais, cognitivas, socioculturais e pedagógicas; estabelecendo uma análise detalhada dos problemas encontrados habitualmente. No entanto, o objeto da psicopedagogia é o estudo do homem como entidade pensante e construtor do conhecimento e suas singularidades e influências psicológicas e cognitivas das falhas de aprendizagem. Em outras palavras, sua abordagem tinha como objetivo localizar, no indivíduo, as causas que poderiam levá- lo ao fracasso escolar. Com o aumento das necessidades as dificuldades encontradas em sala de aula também aumentaram, o trabalho do psicólogo educacional se baseia em pressupostos que buscam encontrar melhores soluções que possam auxiliar educadores e alunos a ter uma melhor abordagem de prevenção e facilitação na relação ensino-aprendizagem. O objetivo é encontrar as causas que se entendem como as causas da falta de atenção e vontade de aprender e o que leva ao insucesso do aluno com vistas a facilitar a compreensão de educadores e educandos entre um conhecimento e outro. Motivos como a falta de concentração, hiperatividade, dislexia, distúrbio de atenção, processos psicoemocionais e diversas outras influências que podem ser vistas como resultados para uma falha de compreensão na hora de aprender, têm sido alvo de estudos da Psicopedagogia, pois seu campo de estudo se responsabiliza a desvendar esses desafios e a criar possibilidades adequadas a cada indivíduo, visando suas necessidades (GALLINA, 2014. apud FARIA, 2017) No entanto, para que as dificuldades sejam encontradas e estudadas para ajudar o aluno, também é necessário realizar um estudo que inclua seu campo de residência, por exemplo, a esfera familiar e social. Porque, se a pesquisa se concentrar apenas no indivíduo, ele automaticamente se torna o culpado de seu fracasso e, dessa forma, pode piorar a situação. 8 2 A FORMAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA Rubinstein (et al; 2004. apud SILVA; LORENZINI, 2017) afirma que já existiam cursos de especialização em Psicopedagogia oferecidos por institutos particulares, associações de classe e iniciativa de profissionais preocupados com dificuldades de aprendizagem, antes mesmo da existência de cursos formais dentro de universidades e instituições de ensino superior. A autora ainda declara que muitos profissionais que lidavam com a questão das dificuldades de aprendizagem, tiveram sua formação acadêmica realizada posteriormente. Existem dois fatores prováveis para que a formação em Psicopedagogia no Brasil tenha se consolidado à nível de especialização, segundo Rubinstein. (et al; 2004. apud SILVA; LORENZINI, 2017) O primeiro está relacionado ao fato de que os profissionais que atendiam crianças com queixa escolar e se dedicavam à pesquisa nesta área, já eram formados na Universidade. A autora aponta que houve a percepção de que a formação universitária específica não atendia às necessidades profissionais na referida área de atuação. O segundo fator, apresentado por Rubinstein (et al; 2004. apud SILVA; LORENZINI, 2017), está ligado a fatos marcantes entre as décadas de 1950 e 1970 que influenciaram o “modo como se instalou a formação em Psicopedagogia no Brasil”. Os fatos citados pela autora são: o otimismo nos meios educacionais no que tange as soluções para os problemas de ensino e aprendizagem; a expansão de disciplinas que tinham como foco a questão destes problemas; regulamentação de cursos de pós-graduação; criação de cursos de especialização lato sensu; e o fato de a Psicopedagogia ser “um desses cursos em expansão uma vez que já havia grupos significativos de profissionais atuando nessa área”. (RUBEINSTEIN; et al; 2004. apud SILVA; LORENZINI, 2017) No que diz respeito às questões de legislação, há uma luta de quase 20 anos. Na “Justificação”, apresentada pelo Deputado Barbosa Neto (1997. apud SILVA; LORENZINI, 2017), ao final da redação do Projeto de Lei 3.124 de 1997, é enunciado 9 que a escola, para muitos, seria um palco de fracassos ou de desenvolvimento insatisfatório e precário. É possível afirmar que, ainda na atualidade, a escola está um tanto distante de ser um lugar onde o conhecimento é acessado de forma equânime. (LINDER-SILVA, 2015. apud SILVA; LORENZINI, 2017) Neto (1997.apud SILVA; LORENZINI, 2017), enxergava na prática psicopedagógica a resposta para as precariedades no aprendizado. Prática esta, [...] exercida por um profissional especializado, o Psicopedagogo, cuja atuação visa não apenas a sanar problemas de aprendizagem, considerando as características multidisciplinares da pessoa que aprende, buscando melhorar seu desempenho e aumentar suas potencialidades de aprendizagem. (NETO, 1997. apud SILVA; LORENZINI, 2017) Neto (1997. apud SILVA; LORENZINI, 2017) justificou que, devido aos conhecimentos multidisciplinares e ao manuseio de instrumentos psicopedagógicos específicos, os psicopedagogos seriam os profissionais mais bem preparados para “atuar na melhoria da forma de aprendizagem e na resolução dos problemas decorrentes desse processo”. A “Justificação” descrita no projeto de lei 3.124 ainda apresentava que a formação deveria acontecer [...] a partir de um curso de especialização em nível de pós-graduação universitária, capaz de desempenhar um papel específico nas dificuldades do processo de aprendizagem com uma sólida fundamentação centrada no conhecimento científico, o qual deve ser trabalhado por um conjunto de disciplinas que possibilitem a compreensão dos problemas no processo de aprendizagem de forma global e não fragmentada, constituindo uma estrutura com programação inter-relacionada e com processo conjunto de avaliação. (NETO, 1997. apud SILVA; LORENZINI, 2017) 2.1 Campo de conhecimento A Psicopedagogia nasceu da necessidade de uma melhor compreensão do processo de aprendizagem humana e se tornou uma área de estudo específica que busca conhecimento em outros campos e cria seu próprio objeto de estudo: o processo de aprendizagem humana, seus níveis de desenvolvimento e a influência do meio nesse processo. 10 É uma área de conhecimento que se dirige para o estudo da aprendizagem enquanto processo inerente ao ser humano, configurando-se no âmbito das ciências humanas. Nesse sentido, o objeto de estudo da Psicopedagogia é a aprendizagem humana e o ser que aprende é o sujeito para o qual a Psicopedagogia se dirige. Considerando que a Psicopedagogia é um campo de conhecimento contemporâneo, ela se difere de outros campos como área de atuação e de reflexão, pois leva em consideração a objetividade e subjetividade humanas e o conhecimento das diversas formas de aprender. Ocupa-se dos problemas relacionados com a aprendizagem humana, atuando em áreas próximas à Psicologia e à Pedagogia. Evoluiu para atender às demandas sociais relacionadas aos problemas de aprendizagem e ao fracasso escolar, constituindo-se, assim, numa prática. [...] como se preocupa com o problema de aprendizagem, deve ocupar-se inicialmente do processo de aprendizagem. Portanto vemos que a Psicopedagogia estuda as características da aprendizagem humana: como se aprende, como esta aprendizagem varia evolutivamente e está condicionada por vários fatores, como se produzem as alterações na aprendizagem, como reconhecê-las, tratá-las e preveni-las. Este objeto de estudo, que é um sujeito a ser estudado por outro sujeito, adquire características específicas a depender do trabalho clínico ou preventivo. (BOSSA, 2007; AMORIM, 2011) O psicopedagogo deve agregar conhecimentos multidisciplinares na sua atuação profissional, tendo em vista que, nas avaliações diagnósticas, é necessária a interpretação de diferentes dados. Esses conhecimentos auxiliarão o profissional da Psicopedagogia na compreensão do quadro diagnóstico e a escola na melhor metodologia de trabalho. 2.2 Campo de atuação O campo de atuação da Psicopedagogia é focado na intervenção do processo de aprendizagem, na avaliação das potencialidades, no diagnóstico e tratamento dos seus obstáculos, sendo o psicopedagogo o profissional responsável por detectar e tratar possíveis obstáculos relacionados à aprendizagem escolar. Pode atuar em diversas áreas, de forma preventiva e terapêutica, para compreender e intervir nos processos de desenvolvimento da aprendizagem humana, 11 recorrendo a várias estratégias na tentativa de solucionar os problemas que podem surgir. Numa linha preventiva, o psicopedagogo é o profissional indicado para assessorar e esclarecer a escola a respeito de diversos aspectos do processo de ensino aprendizagem. No espaço escolar o psicopedagogo pode contribuir para o esclarecimento das dificuldades de aprendizagem que não têm como causa apenas deficiências do aluno, mas que são consequências de problemas escolares, sejam eles ligados a fatores organizacionais ou metodológicos. Ele poderá atuar ainda preventivamente junto aos docentes explicando sobre habilidades, conceitos e princípios para que ocorra a aprendizagem; pode também trabalhar na formação continuada, na reflexão sobre currículos e projetos e atuar junto às famílias dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem. [...] a intervenção psicopedagógica na instituição escola se dirige ao sujeito aprendente que sustenta o aluno, sua relação com os seus pares e com o professor; ao sujeito ensinante que sustenta o professor, sua relação com o grupo de alunos, com os pais e com o psicopedagogo, assim como ao sujeito aprendente que também se encontra no professor; e ao sujeito aprendente que se encontra no próprio psicopedagogo. (BARBOSA, 2001; AMORIM, 2011) Em uma linha terapêutica, o psicopedagogo trata das dificuldades de aprendizagem, diagnosticando, desenvolvendo técnicas remediativas, orientando pais e professores, estabelecendo contato com outros profissionais das áreas da saúde - psicólogos, psicomotricistas, fonoaudiólogos, psiquiatras e psicanalistas, pois tais dificuldades são multifatoriais em sua origem e muitas vezes exigem uma abordagem multidisciplinar tanto na Saúde como na Educação, como, por exemplo, no atendimento em ambientes hospitalares. No campo empresarial, o psicopedagogo pode contribuir para a compreensão e o estabelecimento de vínculos positivos entre as pessoas, ou seja, com a melhoria da qualidade das relações inter e intrapessoais dos indivíduos que trabalham na empresa. O papel do psicopedagogo é intervir nos fatores que prejudicam o bom andamento ou funcionamento na dinâmica grupal em uma empresa, adequando o conteúdo do planejamento da ação pedagógica, bem como das relações humanas 12 que se estabelecem no âmbito empresarial. Faz-se a intervenção de acordo com a finalidade e o objetivo da instituição, partindo da história da organização e suas características próprias. A contribuição da Psicopedagogia para o campo empresarial é a de levar a vivência da organização ao grupo, tomando como base o desenvolvimento cognitivo para um maior e melhor desempenho onde está inserida, dando importância às atividades e ações, mostrando objetivos, metas e a missão, atuando de forma direta e clara com seus funcionários. Caracteriza-se também como um enfoque preventivo, dando sentido ao sujeito na busca do significado da aprendizagem e reflexão de ações assumindo a maturação. 2.3 O caráter interdisciplinar da formação É impossível engessar a Psicopedagogia enquanto prática, num modelo pré- concebido, pois os profissionais trazem traços marcantes de sua formação inicial e de seu percurso acadêmico que é bastante variado; alguns são oriundos da área da educação, outros da psicologia, outros ainda da fonoaudiologia, da terapia ocupacional, entre outras. Simultaneamente, a Psicopedagogia é uma práxis formalizada e que lida com a compreensão e o tratamento dos problemas de aprendizagem com um foco ampliado, mediante a contribuição de outras áreas do conhecimento humano, como a Didática, a Psicologia, a Psicanálise, a Linguística, a Filosofia, Sociologia, as Neurociências e outras. O que legitima uma ocupação profissional é a formação em serviço, a formação contínua nos fundamentos e técnicas que possibilitam a realizaçãode um trabalho. Neste sentido, interessa menos a ênfase em uma formação inicial e legal, como se tem caracterizado a discussão sobre as questões acima, mas a ética de um saber construído e aperfeiçoado continuamente de diferentes estilos. É consenso entre a maioria dos profissionais que exercem a atividade de Psicopedagogo, a necessidade de uma formação profissional que contemple 13 conhecimentos de várias áreas, uma vez que o conhecimento e a compreensão do ato de aprender e a possível necessidade de intervenção demanda conhecimentos elaborados por várias disciplinas. É preciso, então, conhecer as dinâmicas dos fatores inconscientes, dos fatores sócio culturais, dos fatores históricos familiares, etc. para elaborar projetos, quer seja de maneira clinica quer seja preventivamente, que visem à construção de uma relação potencializadora e, portanto, saudável com as aprendizagens, possibilitando a autoria na busca da construção do conhecimento. Sua formação possibilitará ser o mediador nos processos de transmissão e apropriação dos conhecimentos, integrando de modo coerente, conhecimentos e princípios de diferentes ciências humanas, sociais e da saúde. O realce para o caráter interdisciplinar da formação reside no fato de que os psicopedagogos vão buscando conhecimentos de outras áreas e criando o seu próprio objeto de estudo, que é, segundo o Código de Ética da ABPp, o ser em processo de construção de conhecimento, o ser cognoscente, trabalhando para a construção da autonomia desse ser e afastando os obstáculos a essa construção. 3 ÉTICA PROFISSIONAL Segundo uma perspectiva geral, pode-se entender por ética, o conjunto de normas de comportamento, baseado em princípios morais, que ditam a conduta nas sociedades organizadas e, portanto, é imprescindível em todo e qualquer relacionamento humano. Ética é um princípio, um potencial dentro do homem, aplicável, sem dúvida, a todas as atividades humanas, ajudando os homens a encontrar um relacionamento adequado entre si. (CIONE, 1988. apud SILVEIRA, 2014) O campo ético é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes; bem como pela relação entre vontade e paixão, vontade e razão; finalidades e valores da ação moral; ideias de liberdade, responsabilidade, dever e obrigação. Os valores são o ponto de partida das ações humanas influenciando suas decisões, sendo que a ordenação e a 14 hierarquização de princípios, valores e normas definem o conteúdo ou teor do caráter, bem como as ações do ser humano. A origem da palavra ética vem do grego “ethos”, que quer dizer usos, hábitos e costumes, bem como o modo de ser e/ou o caráter. Os romanos traduziram o “ethos” grego para o latim “mos” ou, no plural, “mores”, originando a palavra moral. Tanto “ethos” como “mos” indicam um tipo de comportamento humano que não é natural, mas que é adquirido ou cristalizado pelo hábito. Pode-se refletir que a ética e a moral compõem a natureza de deveres nas relações humanas construída histórica e socialmente. Ética pode ser entendida, segundo uma perspectiva filosófica, como aquilo que é bom para o indivíduo e sociedade, entende-se como sendo o lema máximo da ética: o bem comum. Os termos, “ethos” e “mos” podem ser entendidos em três sentidos: a) morada ou abrigo; b) caráter ou índole; c) hábitos ou costumes. Considerando a influência da ética e da moral nos critérios de escolha de um determinado tipo de conduta, existe uma distinção entre ética e moral. Por moral deve- se compreender o conjunto de regras de condutas assumidas livre e conscientemente pelos indivíduos, com a finalidade de organizar as relações interpessoais, segundo os valores do bem e do mal. Entende-se por ética, a parte da filosofia que consiste da reflexão sobre as noções e os princípios que fundamentam a vida moral, o estudo da moralidade do agir humano e da retidão frente à ordem moral. A ética é a disciplina filosófica que investiga os diversos sistemas de morais elaborados pelos homens, buscando compreender a fundamentação das normas e proibições próprias a cada uma e explicar seus pressupostos, ou seja, as concepções sobre o ser humano e a existência que os sustenta. (FIGUEIREDO, 2008. apud SILVEIRA, 2014) 15 Os códigos de ética profissionais apresentam um conjunto de normas de comportamento que se enquadram como elementos para definição de condutas virtuosas, neste caso, condutas profissionais que contribuem para um relacionamento adequado entre pacientes e profissionais, bem como entre estes. Os valores e obrigações contidos nos códigos de ética profissionais existem para orientar as decisões humanas na trajetória da retidão em meio às atividades profissionais estendendo o conceito da ética geral para a realidade laboral, organizando as relações interpessoais e a harmonia para o indivíduo e sociedade. A ética não pode ser encarada como um simples estudo psicológico. Os códigos de ética profissionais orientam e disciplinam certas maneiras de agir. Em qualquer profissão, principalmente quando se trata de atividade social, a ética deve ser cumprida e que o respeito é indispensável. 3.1 O Código de Ética Profissional A ética profissional é a aplicação da ética geral no âmbito das ocupações profissionais, trata-se de uma tentativa de legitimar princípios morais de valor comum aceitos por um grupo determinado. Portanto, existem códigos de ética de diferentes profissões, como Direito, Medicina, Psicologia e Psicologia educacional. [...] a ética profissional estuda códigos de ética específicos a cada área de aplicação e que na realidade seriam códigos morais, pois se limitam a normas que possibilitam um bom relacionamento interpessoal [...]. (PAVIANI, 1988. apud COSTA, 2007) É necessário que sejam reconhecidos os limites das normas, pois dependem de situações sociais e históricas, embora o fato de não haver um código de ética em certa profissão não impeça que os profissionais reflitam sobre um comportamento ético. O Código de Ética é responsável por estruturar e resumir os requisitos éticos de orientação, disciplina e controle. O Código de Conduta Profissional visa proteger os interesses dos profissionais e clientes, apoiar os seus interesses e proteger as suas relações. 16 O Código de Ética visa a proporcionar ocasiões de articular interesses individuais e coletivos, ainda que ele represente uma tentativa de elevar a consciência moral dos indivíduos na busca de inseri-los numa relação social abrangente. (FLORES, 1993. apud COSTA, 2007) No decorrer da vida, situações incomuns ocorrem com qualquer pessoa, essas situações desequilibram os hábitos. Nestes, e em outros momentos importantes, o Código de Ética pode recomendar, justificar e apoiar as ações a serem tomadas. No entanto, isso não garante o sucesso nem se destina a criar dependências. Mas direciona o especialista para o bem comum, alinhando as relações interpessoais com o auxílio na autoridade de uma comunidade, formalizando a convivência das pessoas. O Código de Ética deve estar sob o controle de seu órgão representativo, e ser homologado pelo poder público e ser dado ao conhecimento de toda a sociedade. Também, enfatiza que o órgão representativo deverá contar com um Conselho de Ética, eleito pelos integrantes da profissão, para o julgamento dos profissionais que forem denunciados por violar normas do código e estabelecer as sanções necessárias. (PADIM, 1997. apud COSTA, 2007) O Código de Ética não obsta a liberdade do profissional, pois ele possui a liberdade para segui-lo ou não, mas a responsabilidade e consequências recai sobre seus atos. Aderir às regras contidas no código de ética importa que é necessário compreender e seguir a lógica das decisões nele apresentadas e claramente a consciência profissional de qualquer pessoa que se subordina aesse código. E a consciência profissional é algo que tem se modelado de pouco a pouco em cada pessoa, devido ao fato de a crise ética se tratar de uma experiência geral que está presente em todos os tempos e comum a todas as divisões sociais e profissões e a constante necessidade de escolher, decidir, agir ou saber com prudência. Os códigos de ética fazem parte de um sistema de valores que direcionam o comportamento das pessoas, dos grupos, das organizações e dos seus gestores. Assim, se os códigos de ética integram um sistema de valores que organiza o comportamento humano, então dar vida às regras, dar-lhes sentido, é acreditar em sua relevância. 17 As orientações éticas se encontram presentes em diversas profissões, como um instrumento que direciona a postura de seus respectivos profissionais. É o caso de áreas como a Medicina, a lei “Código de Ética e Disciplina dos Advogados”, Psicologia e Psicologia educacional. 3.2 A Associação Brasileira de Psicopedagogia Desde 1980, data da criação da ABPp, os psicopedagogos brasileiros contam com o apoio desta associação, que se preocupa com os interesses e os anseios da classe e luta pelos seus direitos. Além disso, a Associação Brasileira de Psicopedagogia contribuiu e contribui para que os profissionais da Psicopedagogia construam espaços de discussões, estudos e pesquisas sobre a teoria e a prática psicopedagógicas. [...] ao longo de sua existência a associação tem promovido vários encontros e congressos visando dentre outras coisas refletir sobre: a formação do psicopedagogo, a atuação psicopedagógica objetivando melhorias da qualidade de ensino nas escolas, a identidade profissional do psicopedagogo, o campo de estudo e atuação do psicopedagogo, o enfoque psicopedagógico multidisciplinar. (PERES, 1998; AMORIM, 2011) Essa característica da Associação Brasileira de Psicopedagogia, de ser um órgão que representa a classe, luta pelos seus direitos e pela formação na área, é peculiar se pensarmos na forma de sua organização institucional, composta por um Conselho Nacional que reúne membros de diversos segmentos e de diversas regiões do país e se compõe da seguinte maneira: Conselho Nato, constituído pelos ex- presidentes da ABPp, que passam a integrá-lo ao final de cada gestão; Conselheiros eleitos, que representam os associados de todo o Brasil e os representantes das Seções e Núcleos. Com o intuito de propor uma identidade própria à Psicopedagogia no Brasil e difundir os conhecimentos na área, a Associação Brasileira de Psicopedagogia - ABPp organizou um documento acerca da identidade profissional do psicopedagogo e dos objetivos dessa área do conhecimento. O documento passou por várias reformulações na tentativa de entrelaçar o conteúdo de formação e a atuação profissional. Desse documento originou, em 1992, o Código de Ética do Psicopedagogo. 18 A discussão em torno da questão do reconhecimento da profissão gerou grande inquietação entre vários segmentos acadêmicos. Considera-se que o Código de Ética era essencial e necessário, tendo em vista que a profissão não era reconhecida. Este passou a ser o documento norteador dos princípios da Psicopedagogia, das responsabilidades gerais dos psicopedagogos, das relações destes com outras profissões, sobre a importância do sigilo. 3.2.1 Reflexões sobre o Código de Ética da Psicopedagogia O Código de Ética se encontra disponível no site da ABPp e deve ser seguido por todos os psicopedagogos, pois representa a disponibilidade e a seriedade no desempenho da atividade, regulamentando as seguintes situações: - Princípios da Psicopedagogia (Capitulo I); - Formação do psicopedagogo (Capitulo II); - Atividades psicopedagógicas (Capítulo III); - Responsabilidades dos psicopedagogos e seus deveres fundamentais (Capitulo IV); - Instrumentos e técnicas (Capítulo V); - Normas para as publicações científicas (Capítulo VI); - Publicidade profissional (Capítulo VII); - Honorários (Capítulo VIII); - Observância e do cumprimento do Código de Ética (Capítulo IX); - Disposições gerais (Capítulo X). Confira o Código completo no item 4. 19 Dos Princípios (Capítulo I): Nesse capítulo consta a definição do campo de atuação do psicopedagogo como sendo o campo composto pela saúde e educação, e que trata os problemas de aprendizagem. Na Psicopedagogia há a existência de recursos específicos para o diagnóstico e a intervenção psicopedagógica. É importante destacar que a natureza deste trabalho pode ser clínica ou institucional, preventiva e curativa. Sobre a formação do psicopedagogo (Capítulo II): Nesse capítulo é levado em consideração a formação em pós-graduação, para o exercício da Psicopedagogia, também há menção a necessidade da supervisão, e aconselha a supervisão do trabalho. Do Sigilo (Capítulo III, art. 7º): Nesse ponto é destacado a necessidade da observância ao sigilo e da concordância do cliente para que outros especialistas tenham acesso a dados de seu desenvolvimento, como por exemplo: resultados da avaliação e acesso a prontuários. Das Relações Com Outros Profissionais (Capítulo III, art.10): Aborda a necessidade de reconhecimento dos limites da psicopedagogia, quando necessário fornecer o encaminhamento e delinear o campo de ação como problema de aprendizagem. Das Responsabilidades do Psicopedagogo (Capítulo IV): Aqui há o reforço da necessidade de atualização dos conhecimentos, o tratamento das relações com diferentes profissionais (especialistas em outras áreas), reiterando o respeito aos limites da profissão; há também a necessidade de lidar com segredos profissionais para proteger os clientes; Outro aspecto importante é a valorização da cooperação de especialistas para promover a ampliação de suas áreas de atuação por meio do desenvolvimento de pesquisas. 20 Das Publicações Científicas (Capítulo VI): Nesta seção há a orientação para a publicação de obras, a necessidade de se limitar à crítica, ao assunto e não ao autor; recomenda também a utilização de ordem alfabética ou de precedência para destacar os colaboradores do trabalho de pesquisa, ressalta a necessidade de não se utilizar da posição hierárquica ocupada para obter privilégios; recomenda que os trabalhos utilizados no desenvolvimento da pesquisa sejam indicados na bibliografia, esclarecendo as ideias exploradas. Da Publicidade do Profissional (Capítulo VII): Aqui são oferecidos critérios para publicidade do profissional destacando a necessidade da honestidade ao divulgar o trabalho profissional. Dos Honorários (Capítulo VIII): Nesse capítulo se destaca a importância de combinar antecipadamente os horários e preço justo para diagnósticos e intervenção. Da Observância e Cumprimento (Capítulo IX): É abordado aqui sobre a liberdade como princípio de ética, ressalta a apuração de irregularidades no exercício da Psicopedagogia, demonstra a importância da advertência; e elucida sobre a competência da ABPp para promover as alterações do Código de ética. Das Disposições Gerais (Capítulo X): Esclarece a data em que o Código de Ética foi formulado, assinala que em 1995/1996 passou por reformulação, feita novamente nos triênios 2008/2010 e 2011/2013, novamente atualizado no triênio 2017/2019. Levando em consideração as reformulações deste Código, traz as seguintes ponderações: 21 O Artigo 1º define a Psicopedagogia como um campo de atuação em Educação e Saúde que lida com o processo de aprendizagem humana em seus padrões normais e patológicos, considerando a influência do meio – família, escola e sociedade – no seu desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia. A redação desse artigo foi alterada, ficando da seguinte maneira: A Psicopedagogia e um campo de conhecimento e ação interdisciplinar em Educação e Saúde com diferentes sujeitos e sistemas: quersejam pessoas, grupos, instituições e comunidades. Ocupa-se do processo de aprendizagem considerando os sujeitos e sistemas, a família, a escola, a sociedade e o contexto social, histórico e cultural. Utiliza instrumentos e procedimentos próprios, fundamentados em referenciais teóricos distintos, que convergem para o entendimento dos sujeitos e sistemas que aprendem e sua forma de aprender. Parágrafo 1º - A intervenção psicopedagógica é da ordem do conhecimento, relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os processos de aprendizagem: as dificuldades e as possibilidades dos sujeitos e sistemas. Parágrafo 2º - A intervenção psicopedagógica ocorre com diferentes sujeitos e sistemas, quer sejam pessoas: grupos, instituições e comunidades, considerando os processos de aprendizagem e seus contextos, em situações de pesquisa, de atendimento clínico e ou institucional. O Artigo 3º: traz esclarecimentos a respeito dos fins do trabalho psicopedagógico considerando que tem como objetivo: - propor ações frente aos processos de aprendizagem e suas dificuldades; - contribuir para os processes de inclusão escolar e social; 22 - realizar pesquisas cientificas no campo da Psicopedagogia; - mediar as relag5es interpessoais nos processos de aprendizagem com vistas a prevenção de dificuldades e/ou a resolução de conflitos. O Artigo 6º dá providência ao exercício da profissão: Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia as profissionais graduados e/ou pós-graduados em Psicopedagogia como também: Os profissionais com direitos adquiridos anteriormente a exigência legal e os profissionais reconhecidos pela ABPp. No Capítulo IV, o que trata das responsabilidades dos Ppsicopedagogos, o código estipula, no Artigo 11º, que são deveres dos Psicopedagogos: a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem da aprendizagem humana; b) desenvolver e manter relações profissionais pautadas pelo respeito pela atitude crítica e pela cooperação com outros profissionais; c) assumir as responsabilidades para as quais esteja preparado e nos parâmetros da competência psicopedagógica; d) colaborar com o desenvolvimento da Psicopedagogia por meio da participação em eventos, pesquisas e publicações, entre outras possibilidades; e) responsabilizar-se pelas intervenções feitas e fenecer definição clara do seu parecer oral e/ou escrito aos sujeitos e sistemas atendidos e/ou aos seus responsáveis; f) preservar a identidade dos sujeitos e sistemas nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos; g) manter o respeito e a dignidade na relação profissional para a harmonia da classe e a manutenção do conceito público; h) submeter-se a supervisão psicopedagógica e ao processo terapêutico pessoal. Conforme o Código de Ética da Psicopedagogia, reza o Artigo 7º, Capítulo III, que para o psicopedagogo deve manter e desenvolver boas relações com os componentes das diferentes categorias profissionais, deverá observar o seguinte: Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas; Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento. 23 No Capítulo III houveram alterações acerca do sigilo (Artigo 7º, 8º), ressaltrando sua importância do sigilo. No Artigo 7º, parágrafo 2°, é expresso que “o psicopedagogo não revelará, coma testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade judicial, e ou em situações que envolvam risco a integridade física, moral ou risco iminente de morte.” O Capítulo VI, aborda sobre as Publicações Científicas e houveram modificações na sua redação, mas seu conteúdo permaneceu o mesmo, ficando redigido da seguinte maneira: Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes normas: - as discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas a matéria em discussão e não ao seu autor; - em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores e seguir normas cientificas vigentes de publicação - em nenhum caso o psicopedagogo se valera da posição hierárquica para fazer publicar, em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação; - em todo trabalho cientifico devem ser indicadas as referências bibliográficas utilizadas, bem como, esclarecidas as ideias, descobertas e as ilustrações extraídas de cada autor, de acordo com normas e técnicas científicas vigentes. O Capítulo VII, que trata sobre a Publicidade Profissional, teve alteração no Artigo 14, houve a substituição da palavra dignidade por honestidade. O Artigo 15, afirma que “os honorários são tratados previamente entre os sujeitos e sistemas ou seus responsáveis legais e o profissional”. O Capítulo IX, que trata da Observância e Cumprimento do Código de Ética e o Artigo 17 (antigo artigo 18), apresentam modificações na redação, pois, no anterior (1992) dizia que cabe ao Conselho Nacional da ABPp, a apuração de faltas cometidas, contra este código, o alerta em caso de inobservancia, quando necessário. A redação de 1996 é a seguinte: Artigo 18 “Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel; observância dos princípios éticos da Classe”. Neste mesmo capítulo houve alterações na redação do artigo 19, agora 18, ressaltando que: “O presente Código de Ética poderá ser alterado por proposta do Conselho Nacional da ABPp, devendo ser aprovado em Assembleia Geral.” 24 No tocante às alterações, a mais significativa está no Artigo 6º, cuja redação original (art. 4°) diz que: estão em condições de exercer a Psicopedagogia os portadores de certificados de curso de Pós-Graduação em Psicopedagogia, ministrados em estabelecimento de ensino reconhecido ou credenciado pela ABPp, sendo indispensável a supervisão, o estágio prático e formação pessoal. (Código de Ética da Psicopedagogia) Na atual versão, não há referências à exigência ao estágio prático. Contudo, é necessário ressaltar que o curso de Especialização em Psicopedagogia não pode ser concluído sem o estágio, visto que os estudantes do mesmo advêm de áreas diversas do conhecimento, tendo como ponto comum o interesse pela área educacional. Deste modo, proporcionar estágio prático, tanto na área clínica quanto na institucional, é zelar pela qualidade dos profissionais que estão sendo formados, e pela qualidade dos trabalhos por eles oferecidos. O cenário da educação brasileira configura, conforme resultados do último Censo, em crescimento no número de matriculas em todos os níveis e modalidades de ensino. Isso faz com que se reflita sobre a qualidade do processo educacional e a função social que as instituições de ensino agregam. As questões que permeiam a excelência educacional e o desenvolvimento holístico do ser aprendente tornam-se cada vez mais presentes no direcionamento das políticas públicas em educação. É nesse panorama que cresce a necessidade do profissional da psicopedagogia, visto que sua prática incide essencialmente sobre o fenômeno da aprendizagem. Aprendizagem em seu processo macro, num processo educativo na vida, na sociedade e nas relações. Os espaços educacionais, no cumprimento de sua função social, devem desenvolver, nas crianças e jovens, competências e habilidades condizentes com as exigências da contemporaneidade. Nesse sentido, faz-se necessária a reflexão das ações pedagógicas por todos os atores envolvidos no processo educacional, no que diz respeito a conhecer e reconhecer a importância do sujeito da aprendizagem, a entender o que pode facilitar 25 ou impedir que se aprenda. Auxiliando professores e todos aqueles envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem surge a Psicopedagogia, campo de conhecimento que se ocupa comos problemas de aprendizagem, numa visão transdisciplinar, podendo orientar comunidade escolar e acadêmica na perspectiva de transformar as relações com o aprender e o ensinar. As questões em torno da formação do psicopedagogo e da regulamentação profissional aliadas ao contexto global da atuação desse novo agente social explicam a importância crescente da Psicopedagogia que, na sua concepção atual, já nasce com uma perspectiva globalizadora condizente com os rumos da aprendizagem na atualidade, ocupando um lugar privilegiado, sistêmico, consoante os novos paradigmas científicos de natureza complexa e transdisciplinar, porque justamente não está em um único lugar. Sua força está localizada no poder de transitar entre a objetividade e a subjetividade, entre o ensinante e o aprendente. Nesse sentido, a Psicopedagogia tem um papel social relevante, uma vez que sua atuação contribui para a superação do fracasso escolar e acadêmico, tão presente em nossos espaços educacionais. 3.2.2 As implicações da Ética profissional na atuação da Psicopedagogia Uma das preocupações com a formação do futuro profissional da área da Psicopedagogia tem sido o adequado desenvolvimento, atuação e habilidades na boa atuação da Psicopedagogia, ou seja, numa prática ideal do profissional. Assim o código de ética da psicopedagogia deve ser o instrumento capaz de nortear, direcionar e posicionar a práxis do psicopedagogo. Não há dúvidas de que a profissão de uma pessoa marca sua existência e consequentemente a sua continuação, principalmente, quando ela integra inteligência e afetividade, pois não há como separar a vida pessoal da profissional, por mais que se tente, porque a boa funcionalidade de uma profissão depende de sua realização não só profissional, mas, principalmente, uma satisfação pessoal, o que levará consequentemente ao crescimento do indivíduo. 26 Portanto, a atuação profissional do sujeito é resultado da sua personalidade integral, ou seja, a profissão é influenciada por valores pessoais, por atitudes frente à vida, enfim, frente às condições de ser humano. O código de ética não só da Psicopedagogia, mas de muitas outras profissões, comporta uma aprendizagem especial na área de seu conhecimento sistemático e orgânico. Assinala também uma real e autêntica necessidade de o profissional submeter-se a uma auto avaliação, ao conhecimento de sua práxis e importância de seu bom desempenho, a uma boa supervisão e aconselha um atuante trabalho de formação pessoal e profissional. Submeter-se a supervisão é essencial na atuação de qualquer profissional, pois ela que contribui para a eficiência e bons resultados do trabalho, assim como a formação pessoal, entendida como também uma constante na atualização profissional. Questões que envolvem a ética profissional, são bastante discutidos, mas, em especial a ética do psicopedagogo, pois essa tem o poder de articulação entre indivíduo e o social (afinal, o homem não sabe e nem pode viver fora da sociedade, portanto, é imprescindível viver e conhecer bem suas regras e conviver bem numa ética de ações). Algumas questões que implicam a ética no cotidiano da psicopedagogia, tais como uso de recursos para diagnóstico e intervenção psicopedagógica; delimitação de campo de atuação e relação com outros profissionais, opta-se por investigar o código de ética enquanto instrumento norteador das práxis, pois essa viabiliza ao desenvolvimento do indivíduo enquanto profissional responsável pelo psicossocial. Dessa forma pretende-se refletir a respeito da psicopedagogia enquanto área de atuação e profissão, pois sistematiza e assim visa contribuir para a reflexão integral da ética, não como algo isolado, inautêntico, sem importância, ou mesmo distante da realidade, mas algo que deve estar ciente e fazer parte desse cotidiano. Pois um bom profissional parte de suas inquietações, portanto, não é diferente para o bom psicopedagogo, principalmente na sociedade, onde é sua área de atuação. 27 4 CÓDIGO DE ÉTICA DA ABPP O Código de Ética tem o propósito de estabelecer parâmetros e orientar os profissionais da Psicopedagogia brasileira quanto aos princípios que regem a boa conduta profissional e instituir diretrizes para o exercício profissional. A atualização do Código de Ética é prevista para que se mantenha em conformidade com as expectativas da categoria profissional e da sociedade. 4.1 Capítulo I – Dos Princípios Artigo 1º A Psicopedagogia e um campo de conhecimento e ação interdisciplinar em Educação e Saúde com diferentes sujeitos e sistemas: quer sejam pessoas, grupos, instituições e comunidades. Ocupa-se do processo de aprendizagem considerando os sujeitos e sistemas, a família, a escola, a sociedade e o contexto social, histórico e cultural. Utiliza instrumentos e procedimentos próprios, fundamentados em referenciais teóricos distintos, que convergem para o entendimento dos sujeitos e sistemas que aprendem e sua forma de aprender. Parágrafo 1º A intervenção psicopedagógica é da ordem do conhecimento, relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os processos de aprendizagem, as dificuldades e as possibilidades dos sujeitos e sistemas. Parágrafo 2º A intervenção psicopedagógica ocorre com diferentes sujeitos e sistemas, quer sejam pessoas: grupos, instituições e comunidades, considerando os processos de aprendizagem e seus contextos, em situações de pesquisa, de atendimento clínico e ou institucional. 28 Artigo 2º A Psicopedagogia e de natureza inter e transdisciplinar, utiliza-se de recursos próprios para a compreensão do processo de aprendizagem dos sujeitos e sistemas com vistas a intervenção. Artigo 3º A atividade psicopedagógica tem como objetivos: - propor ações frente aos processos de aprendizagem e suas dificuldades; - contribuir para os processes de inclusão escolar e social; - realizar pesquisas cientificas no campo da Psicopedagogia; - mediar as relag5es interpessoais nos processos de aprendizagem com vistas a prevenção de dificuldades e/ou a resolução de conflitos. Artigo 4º O psicopedagogo deve, com autoridades competentes: refletir e elaborar a organização, a implantação e a execução de projetos de Educação e Saúde no que concerne as questões psicopedagógicas. 4.2 Capítulo II – Da Formação Artigo 5º A formação do psicopedagogo se dá em curso de graduação e/ou em curso de pós-graduação) em Psicopedagogia: ministrados em instituições de educação superior devidamente reconhecidas e autorizadas por órgãos competentes, de acordo com a legislação em vigor. 29 4.3 Capítulo III – Do Exercício das Atividades Psicopedagógicas Artigo 6º Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia as profissionais graduados e/ou pós-graduados em Psicopedagogia como também: Os profissionais com direitos adquiridos anteriormente a exigência legal e os profissionais reconhecidos pela ABPp. Parágrafo 1º O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, por meio de recursos físicos e/ou virtuais, deverá fazê-lo de acordo com as normas da ABPp e Os princípios dente Código de Ética. Parágrafo 2º O atendimento psicopedagógico deve ser realizado com equidade em ambiente apropriado. Artigo 7º O psicopedagogo deve manter o sigilo profissional e preservar a confidencialidade dos dados obtidos em decorrência do exercício de sua atividade. Parágrafo 1º Não se entende como quebra de sigilo informar sobre os sujeitos e sistemas a especialistas e/ou instituições comprometidos com a atendido e/ou com o atendimento, desde que autorizado pelos próprios sujeitos e ou seus responsáveis legais e sistemas. Parágrafo 2º O psicopedagogo não revelará, coma testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridadejudicial, e ou em situações que envolvam risco a integridade física, moral ou risco iminente de morte. 30 Artigo 8º O resultado de um processo de avaliação só será fornecido a terceiros interessados mediante concordância do próprio avaliado ou de seu representante legal. Artigo 9º Os registros de atendimento psicopedagógico são documentos sigilosos cujo acesso é restrito ao profissional psicopedagogo responsável. O material deve ser guardado por um período de 5 anos. Parágrafo 1º Os registros psicopedagógicos, em suporte de papel ou em eletrônico, deverão permanecer arquivados por um período de 5 anos após o encerramento do atendimento. Parágrafo 2º A divulgação pública de registros, imagens e áudios, decorrentes de atendimento psicopedagógico, só poderá ser feita mediante consentimento elou autorização dos sujeitos e sistemas ou seu responsável legal. Sobre a uso de imagens para qualquer finalidade deve haver autorização por escrito, inclusive imagens em mídias sociais e/ou quaisquer meios de comunicação. Artigo 10 O psicopedagogo procurará desenvolver e manter boas relações com os componentes de diferentes categorias profissionais, observando, para esse fim, o seguinte: - trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são reservadas; - reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento. 31 4.4 Capítulo IV – Das Responsabilidades Artigo 11 São deveres do psicopedagogo: a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem da aprendizagem humana; b) desenvolver e manter relações profissionais pautadas pelo respeito pela atitude crítica e pela cooperação com outros profissionais; c) assumir as responsabilidades para as quais esteja preparado e nos parâmetros da competência psicopedagógica; d) colaborar com o desenvolvimento da Psicopedagogia por meio da participação em eventos, pesquisas e publicações, entre outras possibilidades; e) responsabilizar-se pelas intervenções feitas e fenecer definição clara do seu parecer oral e/ou escrito aos sujeitos e sistemas atendidos e/ou aos seus responsáveis; f) preservar a identidade dos sujeitos e sistemas nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos; g) manter o respeito e a dignidade na relação profissional para a harmonia da classe e a manutenção do conceito público; h) submeter-se a supervisão psicopedagógica e ao processo terapêutico pessoal. 4.5 Capítulo V – Dos Instrumentos Artigo 12 São instrumentos da Psicopedagogia, aqueles que servem ao seu objeto de estudo - a aprendizagem humana. Sua escolha decorrera da formação profissional e competência técnica do psicopedagógica. 32 4.6 Capítulo VI – Das Publicações Científicas Artigo 13 Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes normas: - as discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas a matéria em discussão e não ao seu autor; - em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores e seguir normas cientificas vigentes de publicação; - em nenhum caso o psicopedagogo se valera da posição hierárquica para fazer publicar, em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação; - em todo trabalho cientifico devem ser indicadas as referências bibliográficas utilizadas, bem como, esclarecidas as ideias, descobertas e as ilustrações extraídas de cada autor, de acordo com normas e técnicas científicas vigentes. 4.7 Capítulo VII – Da Publicidade Profissional Artigo 14 Ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá fazê-lo com exatidão e honestidade, cumprindo e fazendo cumprir as determinações deste Código de Ética. 4.8 Capítulo VIII – Dos Honorários Artigo 15 Os honorários são tratados previamente entre os sujeitos e sistemas ou seus responsáveis legais e o profissional, a fim de que: - representem justa contribuição pelos serviços prestados, considerando condições socioeconômicas da região, natureza da assistência prestada e tempo despendido; 33 - assegurem a qualidade dos serviços prestados. 4.9 Capítulo IX – Da Observância e Cumprimento do Código de Ética do Psicopedagogo Artigo 16 Cabe ao psicopedagogo cumprir este Código de Ética. Parágrafo Único Constitui inobservância ética: - utilizar títulos acadêmicos e/ou de especialista que não possua-, - permitir que pessoas não habilitadas realizem práticas psicopedagógicas; - fazer falsas declarações sobre quaisquer situações da prática psicopedagógica-, - encaminhar ou desviar, per qualquer meio, atendimentos para si; - receber ou exigir remuneração, comissão ou vantagem por serviços psicopedagógicos que não tenha efetivamente realizado; - assinar qualquer procedimento psicopedagógico realizado por terceiros, ou solicitar que outros profissionais assinem seus procedimentos. Artigo 17 Cabe ao Conselho Nacional da ABPp zelar e oriental pela fiel observância dos princípios éticos da classe e alertar ao psicopedagogo em caso de inobservância, se necessário. Artigo 18 O presente Código de Ética poderá ser alterado por proposta do Conselho Nacional da ABPp, devendo ser aprovado em Assembleia Geral. 34 4.10 Capítulo X – Das Disposições Gerais Artigo 19 O Código de Ética tem seu cumprimento recomendado pelos Conselhos Nacional e Estaduais da ABPp. Artigo 20 O presente Código de Ética foi elaborado pelo Conselho Nacional da ABPp do biênio 1991/1992, reformulado pelo Conselho Nacional da ABPp biênio 1995/1996, passou por nova reformulação feita pelas Comissoes de Ética da ABPp triênios 2008/2010 e 2011/2013, novamente atualizado pela Comissão de Ética e com anuência do Conselho Nacional da ABPp triênio 2017/2019, aprovado em Assembleia Geral realizada em 26/outubro 2019. Comissão de Ética do Conselho Nacional da ABPp - Triênio 2017-2019 Maria Cristina Natel (SP) - Coordenadora Cheila Araujo Mussi Montenegro (ES) Laura Monte Serrat Barbosa (PR) Lucila Menezes Guedes Monferrari (GO) Maria de Nazaré do Vale Soares (PA) Michele Fabiane Garcia Paes (PR) Simone Carlberg (PR) LUCIANA BARROS DE ALMEIDA Presidente do Conselho Nacional Triênio 2017-2019 Associação Brasileira de Psicopedagogia 35 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABPp - Associação Brasileira de Psicopedagogia. AMORIM, E. S. Psicopedagogia: Regulamentação e Identidade Profissional, Minas Gerais, 2011. ANTONINO, E; VIGAS, M. C; PEIXOTO, M. F. Ação psicopedagógica: Uma contribuição para a construção do conhecimento. Salvador: Editora da Assembleia Legislativa da Bahia, 2012. BARBOSA, L. M. S. A Psicopedagogia no Âmbito da Instituição Escolar. Curitiba: Expoente, 2001. BARBOSA, L. M. S. Intervenção psicopedagógica no espaço da clínica. Curitiba: Ibpex, 2010. BARBOSA, L. M.S. 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