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Evolução histórica da formação da Psicologia cognitivo-comportamental As principais teorias cognitivas e comportamentais surgiram no início década de 60, muito embora textos importantes sobre a modificação cognitiva do comportamento só tenham aparecido na década de 70. A literatura traz que esse período intermediário foi influenciado pela chamada “revolução cognitiva”, período onde houve maior interesse em saber como a teoria cognitiva influenciava na mudança de comportamento (KNAPP, 2004). Ou seja, esse período foi marcado pelo interesse na cognição humana e é dentro desse contexto que as terapias cognitivos e comportamentais começam a se desenvolver. Então o que identifica uma teoria como cognitivo comportamental? Seus três pressupostos centrais que dizem que a atividade cognitiva influencia o comportamento, segundo, a atividade cognitiva pode ser monitorada e alterada e por fim o terceiro que diz que o comportamento desejado pode ser influenciado através da mudança cognitiva (DOBSON, 2006). Retomando o processo histórico da Terapia Cognitivo Comportamental convém assinalar que até a década de 70 as três abordagens da psicologia em evidência era a psicanálise, behaviorismo e humanismo. A terapia cognitivo comportamental, surge a partir da terapia comportamental tradicional, que por sua vez se desenvolveu em reação ao behaviorismo radical. Dentro desse contexto, o que distingue a TCC dos seus antecessores é a adoção da perspectiva mediacional cujo auge se deu na década de 70 (KNAPP, 2004). Ou seja, a avaliação cognitiva dos fatos pode influenciar nas respostas aos fatos. Para o desenvolvimento das Terapias cognitivos comportamentais alguns fatores históricos e contextuais foram importantes, tais como: a insatisfação com modelos estritamente comportamentais do comportamento humano evidenciado no final dos anos 60, a crescente insatisfação com o modelo não mediacional de estímulo- resposta crescia, o modelo psicodinâmico de personalidade e de terapia também forte na época estava sendo rejeitado, outro fator importante versa que a intervenção comportamental ou não-cognitiva se tornava irrelevantes para alguns problemas, o aumento em interesse e pesquisas com o foco na cognição e criação de conceitos mediacionais na psicologia experimental, outro fator corresponde a identificação de diversos terapeutas e teóricos como sendo cognitivos – comportamentais (Aaron Beck foi um deles) e por fim, a publicação de estudos atestando a efetividade da terapia cognitivo comportamental tão ou mais efetivos que abordagens estritamente comportamentais. Pode-se então apontar como uma abordagem cognitivo comportamental: a terapia racional-emotiva comportamental de Ellis, a terapia cognitiva de Beck, essas duas reconhecida como as modalidades mais influentes da abordagem, além de outras variantes da TCC que surgiram com o passar dos anos. Por fim, desde o seu surgimento as terapias cognitivos comportamentais tem evoluído, o que a faz se destacar por ser uma abordagem que está em ascendência com as terapias empiricamente comprovadas e também com o que se entende por uma prática baseada em evidências. Referências: Dobson, K. S. (2006). Manual de Terapias Cognitivo-Comportamentais-2. Artmed Editora. Knapp, P. (2004). Terapia cognitivo comportamental na prática psiquiátrica/ organizado por Paulo Knapp – Porto Alegre: Artmed, 2004.
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