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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ PROJETO DE EXTENÇÃO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PROJETO DE EXTENSÃO DA DICIPLINA DE DIREITOS HUMANOS
Wuerfferson Gonçalves de Melo
Inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista no ambiente escolar e social: Uma análise pautada nos direitos humanos
ANGRA DOS REIS
2023
1 INTRODUÇÃO
Com a iminência de se aprofundar no tema abordado, houve a intrínseca necessidade de ir campo, para colher dados através da obtenção de amostras reais, por meio de depoimentos da vivência e experiencias de indivíduos comuns e profissionais da área. Cidadãos esses que possuem em sua vida o fato presente, de estar diretamente envolvidos com a questão da inclusão de pessoas com TEA (Transtorno do espectro autista) no ambiente escolar e social.
Entretanto, para que fosse possível trazer à tona a questão em si pesquisada, essa etapa desse projeto de extensão tem com sigo depoimentos contendo evidencias que discorrerão acerca da realidade vivida, retratando aspectos fidedignos das dificuldades, barreiras, encontradas que os mesmos tiveram que lidar e enfrentar para que pudessem alcançar e atingir seus objetivos, direitos e realizações. 
Além das circunstâncias adversas, desafios e desgastes decorrente do empenho pela busca pelos direitos, não é possível descartar ou deixar de registrar os efeitos psicológicos, sentimentais, físicos que ficaram mesmo que implícitos evidentes neste relatório. 
Dessa forma espera-se que mediante esse projeto, seja possível compreender, ter um melhor entendimento dos processos enredados a essa causa essa questão peculiar e melindrosa.
2 EVIDÊNCIAS 
2.1 Relato da Entrevista com Thalia Peres 
Thalia Gonçalves Peres, 24 anos, mãe do, Arthur Gonçalves Silva, 3 anos.
Thalia Gonçalves Peres, previamente informada que participaria de uma entrevista para um projeto de extensão acadêmico, do curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, deu o aval para que sua entrevista pudesse ser gravada, redigida e digitalizada. Espera-se que aqui nesse ponto, diante a reedição de sua entrevista, seja possível entender e absolver os desafios, circunstâncias enfrentadas, que englobam o tema. 
No decorrer da entrevista foi pedido a Thalia que contasse um pouco da sua história, da experiência de como foi ser mãe e como foi lidar com a questão do filho ser autista? Foi informado a ela que diferentes de outras já conhecidas como a Síndrome de Down, o autismo é uma síndrome que não é possível identificar durante o processo de gestação. Thalia começou relatando que já havia estado gravida anteriormente, porém perdeu a criança, entretanto de acordo com a medicina o fato, não tem qualquer ligação com o autismo. Com a perda do primeiro filho o anseio a vontade o desejo der ser mãe tornou ainda maior e mais forte.
Ela então contou que sua segunda gravidez, dessa decorreu o Arthur, foi então planejada, gestação essa foi consideravelmente normal e tranquila como a de qualquer outra mulher, seus exames e pré-natais não mostraram nenhuma anomalia ou alteração, Arthur nasceu de 41 semanas, no seu parto também não ocorreram complicações. O Arthur enquanto bebê não apresentou nenhum contraste ou inconformidade dos demais bebês de sua idade, “pegou peito” normalmente. Entretanto com o passar do tempo, conforme o Arthur ia crescendo e se desenvolvendo, a mãe observou que apesar dele se desenvolver fisicamente o Arthur começou a demorar a falar demorou a corresponder com estímulos normais de resposta, como por exemplo olhar para pessoa que está chamando pelo seu nome. 
A mãe observou que ele começou a apresentar estigmas do transtorno do aspecto autista como andar nas pontas dos pés, ele também não correspondia comumente com as coisas ao seu redor, como brincar com um carrinho, ele colocava o carrinho de cabeça para baixo, deitava ao lado do brinquedo e ficava girando a rodinhas do carrinho, isso deixou Thalia apreensiva pois o seu filho nem se quer imitava os mesmos movimentos que ela realizava tentando estimulá-lo. 
Thalia começou a desconfiar que o comportamento do seu filho somado aos atrasos no seu desenvolvimento comportamental não se tratava de algo comum. Como uma mãe que conhece seu filho somado a seu instinto materno, começou por conta própria a buscar por informações na internet, por meio de grupos do Facebook e Instagram e vendo, ouvindo outros relatos de pessoas que vivenciaram a mesma coisa, foi ficando cada vez mais evidente a mesma que o que estava ocorrendo com seu filho não era algo natural, mas sim se tratava da Síndrome do TEA. 
2.1.1 RELATO
Com o passar do tempo que ele foi crescendo eu percebi algumas coisas no comportamento dele porque a criança ela tem espaço desenvolvimento certo. Com 3 meses começa já o que fica mais espertinho durinho, começa a querer sentar com 6 meses querem engatinhar, aí vem a introdução alimentar esse processo todo que todo mundo já conhece.
Quando Arthur fez um ano eu percebi que o Arthur ele tinha comportamento diferente outras crianças, não é que eu comparei meu filho com outras crianças, mas eu sempre vi ao meu redor fiquei com aquela preocupação na cabeça será que o meu filho tem alguma coisa? 
Só que eu nunca tinha ouvido falar sobre autismo, eu ouvi de longe mas eu não tinha conhecimento sobre o que é e o que pode ser, seus os graus do autismo não sabia de nada, eu era leiga nesse assunto, eu fui observando ele outras crianças e pesquisei também na internet né! Tem alguns relatos no Facebook de grupos maternos, falou sobre criança autista, reparei que o Arthur começou a andar nas pontas do pé, o Arthur demorou para engatinhar ele foi engatinhar com 11 meses.
Quando ele fez um aninho ele começou a andar e o Arthur, ele era aquela criança que pegava um brinquedo, um carrinho ele não fazia o mesmo movimento que eu fazia com o carrinho, ele pegava o carrinho botava te pernas para o ar e ficava deitado girando a rodinha do carrinho, aquele comportamento me deixou um pouquinho apreensiva, porque não é normal, quando a criança está naquela fase a fim de desenvolver tem aquela fase que ela faz tudo agente faz, o Arthur não ficou nessa fase, teve etapas da vida dele que ele não fez. 
Fui pesquisando e tudo falava TEA aspecto autista que volte sempre autismo eu pensei será que meu filho tem autismo, para mim foi um “BAKE” muito grande.
Porque descobrimos uma coisa que não imaginávamos, que só víamos em reportagem televisão a gente nunca pensa que vai acontecer com a gente. Pesquisando sobre comecei a ver, e tinha certeza de que meu filho realmente era autista.
 Com quem eu buscar ajuda meu filho não tem plano de saúde dependo do SUS. Fui na pediatra conversei com ela, falei que eu desconfiava no meu filho dele ter autismo, ela perguntou o motivo eu falei porque ele tem atraso nesse movimento de algumas coisas, ele não olha nos meus olhos desvia o olhar, quando eu chamo ele não presta atenção, ele não olha diretamente, ele não aponta, ele anda na ponta dos pés ,e às vezes é muito nervoso, a médica foi pra mim que isso é criança mal criada.
Mas como mãe que a mãe conhece o filho que tem, a mãe sabe quando o filho tem alguma coisa, fui mais a fundo é busquei ajuda e consegui, uma médica geneticista do PAN, Dr.: Daniele, fui, falei com ela, e ela perguntou o motivo deu desconfiar do meu filho ter autismo. Relatei tudo contei a ela da minha primeira gestação que eu perdi o bebê, ela me encaminhou para o CAPS e para o exame do BERA que é do ortopedista e do fono, porem eu não conseguir fazer os exames com a fono nem do BERA, que é feito em Barra Mansa Volta Redonda, só o CAPS
 No caps eu fiz o colhimento com a assistente social, e ele começou a fazer oficinas, também eu corri atrás de botar na creche, porque é fundamental as crianças estar sempre um lugar que tem outras crianças também porque muito no desenvolvimento, com o passar do tempo o Arthur tendo retorno com a DR.: Daniele, ela falou que no caps tem um psiquiatra, você vai fazer consulta online porque o psicólogo não era da região ele é do RJ.
 Com o passar do tempo das consultas ele vai vendo qual é o grauque ele tem. Meu filho ele fez o caps começou em 2022 em março e acho que foi em setembro só me engano e já consigo logo dele, ele tem grau 3, só que o autismo ele é classificado com uma SID, tem grau 3 severo, que é o do meu filho, mas já tem a SID dele, ele falou para mim que o tratamento do Arthur terapia ocupacional e fonoaudiólogo.
Como eu não estava condição financeira na época de pagar terapeuta para ele particular porque na rede também está difícil, ele continua no CAPS agora que as coisas melhoraram, ele está fazendo terapia ocupacional na cidade a doutora Marília Soares, que trabalha a terapia ABA que é uma terapia que não é aqui no Brasil e não tem no SUS e é um pouquinho puxado, é mas é uma coisa que o desenvolvimento dele, porque eu acho assim, o autismo ele tem ele tem tratamento, não tem cura, mas ele pode progredir ou regredir, então eu acho assim quanto mais cedo você descobrir o autismo do seu filho melhor do que você pode entrar com tratamento a intervenção. 
Hoje ele está na creche, ele está bem, ele participa, quando ele entrou na creche ele era uma criança que tinha medo, chorou, chorou como toda criança normal fazia, não brincava com outras crianças, ficava no cantinho com brinquedinho dele, agora não ele participa das atividades, só que ele tem um pouco de atraso na fala, mas ele consegue falar algumas coisas. Ele é uma criança que participa chega perto outras crianças que tocam outras crianças uma criança afetiva, pelo grau dele é uma criança afetiva é uma criança bem carinhosa com a gente.
Há dificuldade na busca do suporte escolar?
Todo autista tem direito a monitor a um tornar na escola, na creche não teve, esse ano é o último ano dele na creche ano que vem ele vai para o para a escolinha. Conversei com a diretora e perguntei sobre, como é que eu faço para ele ter monitor, é a diretora me explicou que assim que eu escrever ele, matricular ele na escola eu que tenho que dar entrada procurar um monitor, levar o laudo dele pra escola, explicar, então eles vão tentar, a escola aciona o governo eles trazem um monitor.
Angra é um pouquinho difícil, porque a quantidade de crianças autistas na escola hoje em dia é muito grande, então você imagina cada sala de aula ter um monitor para cada criança, então fica um pouco difícil, mas é um direito dele, tem como correr atrás, tem como nós irmos na Defensoria pública, entrar com uma ação, quando a escola não traz o monitor, 
Você já viu essa questão?
Sim, porque eu estou num grupo do WhatsApp, que TEA com outras mães de autistas e lá sempre estão postando algumas coisas assim, é uma dando suporte pra outra, de médicos aqui em Angra, sobre o monitor, sobre várias coisas, sobre até a caminhada também do autismo. Eu já me informei, então quando ele quando acabar, em dezembro vou começar a correr atrás da inscrição dele, para a pré-matrícula do ano que vem, para a escolinha. Eu espero que eu consiga o monitor porque é um direito do autista ter o monitor é um direito. 
Na creche você acha que o processo seletivo para realizar matrícula está condicionada algo para uma criança autista?
Então acho, que deveria ter mais suporte porque, porque por exemplo, meu filho ele é uma criança que come só que ele às vezes é seletivo, o laudo dele não está como uma criança seletiva, mas ele é uma criança seletiva. Tinha que ter como as escolas têm os pedagogos, a direção tinha que ter pelo menos alguém que seja formado, que entenda sobre as crianças autista, porque tem vezes que a escola não da, não oferece o suporte que pensamos que vai dar 
Você quer dizer que na escola está faltando está funcionarios especializado está faltando para dar maior um maior suporte na educação de uma atenção especializada? 
Isso, na creche tem auxiliares na sala dele tem 2 auxiliar e uma professora porque na sala dele tem ele mas outro coleguinha também que é autista então atenção fica mais redobrada. Imagina a sala com 11 crianças 2 autista atenção é bem redobrada. 
Na escola existem materiais adaptados para os diferentes graus de suporte? 
Pelo que eu estou vi, são utilizados é a mesma coisa para outras crianças normais, o que vai acontecer mesmo é que ele tem que ter um monitor, porque o monitor que vai sentar com ele, vai dar atenção pra ele, vai ajudar ele na instruções da escola, porque o material é o mesmo para outras crianças também. 
porque como ele vai tá na parte da alfabetização sobre começar a ler, escrever tem que ser um monitor, acho que o mais complicado agora é o monitor.
 Existem vagas específicas para as pessoas com TEA nas creches escolares?
Tem como posso te dizer, hoje em dia nas escolas nas creches não são vagas limitadas essa criança que tem uma deficiência ou tem algum transtorno.
Quando eu fui fazer a inscrição do Arthur na creche eu fui bem recepcionada pela diretora, conversou comigo direitinho, falou sobre os direitos do autismo sobre a UTD que é uma escolinha pública, como se fosse um CAPS, só que eu não consigo colocar o Arthur lá porque, tinha que ter o laudo dele, na época eu não tinha um laudo, quando laudo dele foi liberado, já tinha começado o ano letivo e as inscrições já tinha acabado também
 Eu falo ouvir falar muito bem da UTD que lá tem as crianças que têm transtorno autista, lá eles trabalham construção CAPS, é uma ajuda extra as crianças, é na parte da tarde mas assim ele não chegou a fazer a UTD não só o CAPS e a creche que no momento e a terapeuta mesmo.
Você hoje em dia já tendo um pouquinho dessa bagagem o que você diria para outras mães para a Thalia que está lá no início, ainda vivendo todo esse início todo essa surpresa é de ter uma criança com TEA.
Falaria para outras mães que estão começando esse processo, que quanto mais cedo você buscar ajuda por, mas que você não tenha apoio de família, marido, mãe, tio, você esquece é você pelo seu filho, porque, o filho depende muito da mãe né. Busque ajuda você recebeu ou não ali, continua batendo em uma tecla porque uma hora vai conseguir, muitas das vezes que acontece o que passou comigo no postinho de saúde, a médica falou para mim que ele não tinha autismo, que ele era é uma criança malcriada.
 Imagina se eu pego isso para mim e guarda, não procurou informação, eu ia achar que meu filho era mal criado, ou ia tratar meu filho como uma criança mal criada, não ia ter paciência para cuidar dele.
Lógico que tem hora que ele que tem as crises dele, que é muitas pessoas comparam com birra, é diferente é bem diferente.
 
E o que você espera por Arthur no futuro para ele?
Então eu espero nesse momento, eu estou cuidando dele, está se tratando fazendo terapia ocupacional. Eu espero que com essa minha vontade de procurar ajuda procurar médico que vai ajudar ele, eu espero que no futuro como toda mãe que tem filho autista eu espero que o grau dele é reduza, porque tem como grau baixar, ele seja uma criança que consiga viver de maneira independente. Porque a minha preocupação mesmo é no futuro, e quando eu não estiver mais aqui quem vai cuidar dele, então por isso que eu estou nessa correria aqui, tem que fazer dinheiro para ele poder ter um bom tratamento, porque se a gente for esperar pelo SUS ele não vai ter um treinamento que ele realmente merece né. É isso que eu espero. 
 
- Tá bom então! Gostou? Posso encerrar a entrevista 
- Pode
- OK gente, é isso, obrigado Thalia.
2.1 Relato da Entrevista com a Pedagoga: Carla Carvalho Cardoso. 
Carla Carvalho pedagoga na rede municipal desde iniciou seu trabalho na prefeitura de Angra dos Reis, em 2000, e continuou atuando na área da educação especial. Nos seus 3 primeiros anos de estágio probatório, trabalhou na educação de jovens e adultos e logo depois foi trabalhar na área da educação especial, na época também era professora da sala de recursos na rede estadual, mas com o tempo pediu desligamento do estado, para ficar integralmente no município. E então passou por alguns caminhos dentro da educação como na Secretaria de Educação também trabalhou na área da altas habilidades, superdotação na época também como coordenadora.Na área do TEA começou em 2013 deu uma pausa por conta de outras funções e retornou agora em 2018 para a unidade da UTD TEA. Seu caminhar na educação especial é bem longo, ela sempre se identificou muito com áreas das necessidades especial. Hoje como mestranda pela Universidade Federal Fluminense, diz que, é um sonho também assim concretizado. Sua área de pesquisa é justamente a questão da inclusão do TEA e o trabalho colaborativo do Atendimento Educacional Especializado (AEE) com as equipes e os profissionais das escolas comum colaborativo do AEE com as equipes dos profissionais das escolas comuns e unidades escolares que também envolve as creches.
Na intrínseca necessidade de ir a campo para colher os dados, através dos depoimentos que corroboram e dão o embasamento ao projeto, foi realizado algumas perguntas a nossa entrevistada que são: 
Para você como é trabalhar na inclusão escolar de alunos pertencentes ao espectro autista? 
O trabalho que eu atuo hoje que é o atendimento educacional especializado, temos a função o papel do Atendimento Educacional Especializado (AEE), apesar de estarmos fazendo parte de uma instituição de acordo com a resolução número 4 de 2009 que determina quais são as funções do atendimento educacional especial. Atendemos tanto trabalho em si no AEE como professores e tem também o papel fundamental de apoio à inclusão. O papel enquanto profissionais aqui da UTD TEA, nada mais é do que vários AEEs dentro do mesmo local, é proporcionar essa estimulação cognitiva do aluno e contribuindo no processo de inclusão desse aluno, ou seja é buscar meios e caminhos para que o professor do AEE tenha relação com o professor da inclusão.
O AEE possui a função de complementação curricular, e portanto não atuam como aula de reforço ou classe especial, o objetivo é de complementar o trabalho curricular do aluno, inclusão, por isso que acontece no contra turno, o AEE não pode substituir como há um tempo atrás ocorria, não pode substituir o atendimento em sala de aula nem creche, então aluno se ele está integral, existe um dia da semana que é organizado com a própria creche e família, qual o turno que ele virá para cá, se ele estuda de manhã na escola comum, ele vem pra cá a tarde e assim é e vice-versa.
Ocorre então nesse sentido, não adianta o aluno aqui estar bem é tendo uma desenvoltura um desenvolvimento positivo, se em outros espaços, ele apresenta algum tipo de outras questões que não acontece aqui no AEE, de repente uma expressão diferenciada dentro daquele contexto, porque se o contexto muda a criança também muda, como que vai acontecer a relação dela naquele contexto, depende muito do contexto e de outras variáveis que também envolve o autismo.
Há dificuldade na busca de um suporte escolar?
 Sim! sim, completando um pouquinho a primeira pergunta sobre a questão da inclusão que, visando essa interseção essa relação, articulação, na verdade do professor do AEE com a equipe da escola comum e unidades especial, que envolve também creches. 
Nós atendemos desde a educação infantil até o 9º ano do ensino fundamental nós realizamos o que nós chamamos de roda de conversa, que, é realizada através do agendamento, na verdade, é aberta a agenda e espera que a escola faça o contato conosco, para fazer um agendamento, pode ser feito de maneira online ou também presencial o que varia dependendo da logística do distanciamento dessa unidade escolar. 
Nesta roda de conversa, tanto o professor do AEE vai estar presente, junto com a outra pedagoga da unidade mais a equipe da escola, professores e mediadores então acontece a apresentação do que ocorre no trabalho pedagógico, tanto na inclusão quanto na UTD, para que seja possível de fato conhecer como que está o desenvolvimento do aluno no ensino regular e o que nós AEE podemos complementar, caminhar junto nesse processo de construção do plano de ensino individualizado. Anteriormente se chamava adaptação curricular, agora a literatura está trazendo mais ênfase a esse termo (PEI), plano de ensino individualizado, e o AEE constrói o plano do AEE, então é necessário ter essa fusão entre esse planejamento.
 Essa dificuldade no suporte colar está vinculada a essa questão dessa roda, que você explicou, de uma a escola ter essa iniciativa, de estar procurando o apoio da unidade?
 Sim! Se há dificuldades, há sim. Primeiro porque a escola nem sempre ela tem um horário disponível. O horário de coordenação do regular acontece 30 minutos no seu término do turno, ela não possui um dia de coordenação o que ajudaria muito como ocorria já um tempo atrás. Atualmente existe uma nova estrutura dentro do trabalho da educação de ensino fundamental, onde tem áreas de base e parte diversificada, então o tempo nesse momento da parte diversificada com outro professor, o professor daquela turma estaria disponível para uma coordenação, uma conversa, então, além das demandas internas da própria escola às vezes a escola não consegue o tempo disponível para nós podermos estar fazendo esse suporte.
 Esse ano especificamente, nós também fizemos visitas de fevereiro a março, nós não atendemos alunos, isso foi um amparo que a Secretaria Educação nos deu. Então todos os professores inclusive eu e a outra pedagoga que também atua na unidade, realizamos visitas pedagógicas em todas as unidades, não vou dizer todas, porque hoje nós temos 44 unidades que possuem alunos. Na rede temos 83 unidades atualmente se eu não estiver errada, então vou dizer que 90% nós conseguimos fazer visitas, foi justamente o primeiro passo desse suporte e agora o segundo passo do suporte está acontecendo através do agendamento para roda de conversa. 
As dificuldades é normalmente nós temos aqui um público hoje é 117 crianças matriculadas. Vamos pôr um exemplo: uma escola municipal próxima da Estácio, a escola E.M Cornelis Verolme, temos vários alunos em nossa unidade, mas fora os alunos que nós temos aqui, eles têm vamos supor mais 10 alunos que não estão aqui no AEE. A proporção, a prevalência hoje no município são de cada vez mais alunos autistas e vêm aumentando e tem muitos que ainda não estão aqui no AEE, porque não temos vagas suficientes, por isso essa relação que eu mostrei, uma lista de famílias aguardando para poder fazer parte, essa lista seria uma lista de espera de vaga.
 
Há alguma idade específica a partir de certo momento em que esse aluno não deixar de frequentar, mas ele já pode ter esse acompanhamento sozinho ou se torna somente na escola de ensino regular onde ele será acompanhado? 
Sim! nós atendemos desde os pequenos, pequenininhos da educação infantil, quanto mais cedo melhor, e hoje com o diagnóstico dentro do espectro que está aumentando, cada vez mais a identificação precoce. Então nós já atendemos desde a educação infantil até 18 anos a ou até a criança o aluno ou adolescente completar o 9º ano, então nós desenvolvemos o trabalho até esse período, porque quando se torna jovem, adulto um adolescente já para adulto são outras demandas outras necessidades. Hoje o AEE, vamos supor 80% é educação infantil, pois estão chegando muitas crianças pequeninas e a estrutura hoje não comporta uma outra área de trabalho que teria que ter um outro enfoque uma outra proposta pedagógica, portanto é por esse motivo que vai até realmente 18 anos. 
O Processo para realização de matrícula está condicionada algo? 
Não! O aluno para fazer parte do AEE tem que ser TEA ou também ter alguma outra comorbidade associada ao TEA, o aluno também tem que estar matriculado na rede pública municipal, seja em uma creche municipal ou numa escola municipal, e tem que ser identificado ou hipótese diagnóstica de TEA.
Estadual também? 
Não! Porque o município compreende a rede municipal, nós não atendemos rede privada e rede estadual, porque AEE dentro da legislação, coloca que todos os sistemas de ensino precisam se estruturar para oferecer o AEE, portanto o sistema público e o sistema privado precisam garantir esse direito do estudante nos diferentes espaços que ele ocupa, também ter o atendimento educacionalespecializado. 
Como AEE implica em acompanhamento em orientação e suporte não é prudente nem legal a rede pública interferir na rede privada, dentro do processo inclusivo assim como rede estadual que tem uma outra lógica, um outro projeto, então seguido o que diz a legislação.
Existe materiais adaptados para os diferentes níveis de suporte?
 Na UTD TEA, trabalhamos com materiais adaptados, muitos desses materiais são construídos pelas próprias profissionais, nós recebemos um tempo atrás alguns materiais, mais muito tempo atrás e hoje todos os profissionais aqui, todos buscam conhecimento muitos já tem especialização em TEA outros estão fazendo outras pós-graduação. 
O que é utilizado, o que nós trabalhamos muito aqui é na questão da comunicação alternativa, todos nossos materiais pedagógicos passam pela questão visual então são construídos materiais como: pranchas, fichas de comunicação, material esse para a rotina desse aluno na sala, tudo também de dentro do aspecto visual. 
As estruturas das instituições de ensino sejam, pública ou particular oferecem cursos profissionalizante para os profissionais da área? Essa formação ela é ofertada pelo ensino público pelo ensino privado ou as pessoas têm que buscar fora? Como é feita? 
Na verdade, há muito tempo nós tínhamos o que nós chamávamos de assessoria pedagógica, que eram profissionais mesmo da área, doutores da área do TEA que eram contratados pela prefeitura e assim faziam assessoria aqui na UTD. Quando começou o trabalho da UTD nós tivemos várias assessorias com vários especialistas mesmo na área, o crescimento do trabalho começou nesse suporte de formação via assessoria, mas não se resumiu a isso com o tempo isso não foi mantido. Dentro dos órgãos responsáveis cada profissional busca sua formação por conta própria, se vai fazer um congresso, também é por conta própria, e é nesse sentido que nó vamos caminhando na área do TEA.
Tem uma especialização específica para a pessoa que queira trabalhar com na área do TEA?
 
Sim! Mas não necessariamente, o que nós dizemos, para atuar como até em nossa unidade por exemplo, nós analisamos, vemos muito o perfil da pessoa, porque é uma rede pública. Então todos têm o direito de trabalhar, mas sempre conversamos, pois gostamos de conhecer a pessoa e seu trabalho, já tivemos vários profissionais que passaram porem não deram continuidade no caminhar. 
Ocorrem inúmeras situações, mas não necessariamente a pessoa já tem que ter especialização, porque aqui, nós acreditamos muito na formação continuada, dentro do próprio espaço, então ele pode se especializando dentro do processo, o que também é uma construção a formação é uma construção. Por mais que a pessoa faça uma pós não quer dizer que ela está realmente voltada depende muito do perfil, da prática mesmo em si, então pode qualquer profissional interessado pela área pode abraçar a causa formada. 
Uma normalista que queira trabalhar, esteja procurando a primeira oportunidade de trabalho. Ela teria a oportunidade de estar adentrando nesse mundo, para trabalhar com crianças com TEA? 
Com relação ao estagiário nós recebemos, mas o estágio ele passa sempre pela Secretaria de Educação, a Secretaria que encaminha. Nós já recebemos algumas normalistas, foram realizados estágios com alunos do curso de pedagogia também da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Inclusive, um grupo da UFF que a pedagoga irá dar uma formação, eles e virão preparar toda uma formação, para falar um pouquinho do TEA. Há sempre essa abertura e essa troca com outras pessoas outros órgãos de formativas de informação.
É a UTD que envia até as escolas municipais as creches acompanhantes, mediadores para estar dando essa assistência a esse aluno? Isso é contratado pela própria creche como é feita essa questão? Tem mediadores para cada um que precisa?
Enquanto UTD a gerência do monitor de educação especial, que é o nome que se dá ao cargo, é pela Secretaria de Educação. Existe o órgão que é o Departamento de Educação Especial (DEDIN), que responde pelos mediadores e pelo encaminhamento desse profissional para as unidades escolares, são eles que fazem esse levantamento e encaminhamento. Esse ano vários monitores foram encaminhados, nós temos 4 e todos efetivos e a formação acontece aqui conosco em coordenação. 
Houve também um período ano passado, a pedagoga que soma, que já está aqui desde o início do trabalho, realizou uma formação específica a pedido da Secretaria de Educação, fez parte de um cronograma da Secretaria de Educação com toda a organização e programa dela para os monitores da rede municipal, então é uma formação específica sobre TEA abrangendo todos os monitores, não só os monitores que atendem alunos com TEA. 
Os monitores hoje eles não são só para os TEA, são para deficiente intelectual grave, e outras questões dentro das unidades municipais, entretanto houve esse processo de formação, e esse ano nós focamos em nossa unidade, até porque nossa equipe está bastante reduzida.
Nós não somos ainda ou oficialmente um centro de AEE, como garante também a resolução, mas somos a UTD unidade, mas a estrutura que a gente tem é como se fosse um centro. Hoje nós estamos com a nossa equipe bem reduzida nós tínhamos 3 psicólogos, mas com o passar do tempo de cada uma foi se desligando, porque tinha os em outras demandas, moram no RJ, outros passaram em concursos e foram embora. Hoje temos uma fono temos a coordenação, entretanto eu saí da atuação de pedagogo para assumir a coordenação, então só tem uma pedagoga tem outra pedagogo que vem 20 horas para somar e temos uma assistente social. Estamos com essa carência de psicólogo, pois hoje não temos.
 Existem vagas específicas para as pessoas com TEA nas creches e escolas? Tem essa questão de vagas específicas igual o Arthurzinho que está ali creche do Promorar. 
As escolas municipais, elas podem receber esses alunos de maneira normal, assim matriculados? Ou existe alguma questão como uma cota que a escola precisa receber esses alunos.
Dentro da lei o aluno tem direito de estar matriculado em numa unidade mais próxima da sua residência. Se tratando do fato de existe alguma coisa específica eu não saberia te dizer, pois teria que verificar dentro da política educacional na Secretaria de Educação, mas todos tem direito de conseguir a vaga. Eu Acredito que qualquer tipo de restrição já é uma exclusão então não pode existir cota, o direito é dele, nem mesmo uma limitação de não poder matricular, não pode.
Com a sua experiência Carla, no município de Angra dos Reis, quais foram as medidas adotadas para que os direitos das pessoas com TEA sejam postos em prática?
Você com esses anos nessa caminhada, essa evolução que você observou, nosso município avançou nessa área ou deixou de avançar, regrediu o que você observou? 
Concernente a essa questão o profissional que já faz parte bastante tempo do quadro do funcional do município é o monitor de educação especial. Entretanto esse profissional ele precisa de uma nova dimensão, até mesmo valorização, porque o que vem acontecendo dentro da minha experiência é que muitos entram porém não permanecem, pede exoneração, pois o trabalho é um trabalho realmente denso, um trabalho puxado muitos atendem mais de um aluno incluído com TEA, ele divide o tempo dele para da suposta mais de um aluno e acaba que a valorização financeira mesma, a renumeração é pouca, para esse profissional que exige todo um envolvimento.
O concurso público exige o ensino fundamental, sendo que, é uma questão do profissional em si, mas sim, a abertura do concurso poderia estar melhorando a qualificação desse profissional, a valorização desse profissional, o monitor é um ganho, mas que precisa melhorar a qualificação, mudança das atribuições do cargo, mudança de nível, para que haja uma continuidade desse profissional na rede. 
Seria bacana uma política pública voltada para esse profissional, concursos específicos, para as pessoas poderem estar realizando se inscrevendo e assim está sendo incluídas dentro da rede, remuneradas deacordo, porque através do concurso eles irão estar respaldados. 
Hoje já é concurso, esse cargo é um cargo criado dentro da prefeitura, ele é um cargo da prefeitura, um monitor de educação especial. Entretanto digo que hoje ele precisa de muita valorização para ele continuar, para que ele possa se especializar cada vez, até mesmo porque sabemos que a prevalência do TEA de acordo com o CDC que é um centro americano que nós seguimos, utilizamos como referência de índice, é claro que é americano do Brasil ainda não tem, o índice para definir, apontar qual e quais são os números de TEA no Brasil. Irá ocorrer o censo escolar mostrara, trará um parecer, entretanto até agora não se concretizou. 
Existe então um censo escolar voltada específico para realizar essa pesquisa?
Sim! Existe, pois se as escolas apontar mesmo, de quantos alunos matriculados quantos TEA tem, de fato haverá e será possível identificar realmente levantamento dessa demanda. E após esse levantamento uma atenção maior, por exemplo temos X números de alunos é necessário que então que haja uma política específica, e então vamos criar com isso mais oportunidade. 
Pela referência que usamos a cada 36 nascimentos um será autista, então, em Angra a prevalência está enorme. Nós fizemos 31 visitas no início do ano, onde fomos conversar sobre, vamos supor, 2 alunos, entretanto a escola mergulhada em sua demanda, relatou que possui 15 alunos incluídos com TEA, mas que não estão no AEE, então é preciso ainda ter um alargamento desse AEE. 
Hoje por exemplo a UTD TEA não se reduz aqui nesse espaço, nós temos 2 salas de recursos específicas uma na Tararáca na E.M Almirante Tamandaré e outra lá no parque Mambucaba é na E.M Nova Perequê lá nós temos 2 salas de recursos específicas, porque a logística é difícil, o AEE aqui acontece no máximo 1 hora e meia de 1 a 2 dias na semana. A logística para essa família para essa criança fica muito difícil, então preciso políticas públicas realmente que amplie e o AEE em várias outras regiões do município, porque a demanda está cada vez mais alta e as escolas precisam desse suporte.
Diante de tudo o que nós conversamos, como esses tópicos acima envolve os direitos humanos como você vê o envolvimento dos direitos humanos sobre essa questão? 
Os direitos humanos, inclusive é um dos pontos que eu também abordo no meu estudo, que é em educação inclusiva, ela tem que ser sinônimo direitos humanos. Não podemos desviar qualquer proposta de educação inclusivas desvinculadas de direitos humanos. Outro ponto que coloco também é a dimensão ética que os direitos humanos também abordam, vários temas vários estudiosos trazem.
Porque hoje romper com os direitos humanos ou por exemplo uma cota como foi colada anteriormente, se existiria cotas para limitar a inclusão dos alunos com TEA, isso seria uma afronta aos direitos humanos, porque se eu tenho essa questão de cotas eu já estou excluindo. Então assim se alguma comunidade não está sendo atendida ou não há vaga naquela escola, que tenha a escola, e se não tiver que sejam construídas novas escolas, porque a cada dia está ampliando.
 Então coloco que envolve a dimensão ética porque não há como retroceder dentro da perspectiva inclusiva, falar em segregação, falar numa classe especial, não, o sujeito ele está na sociedade, ele precisa ser incluído nos ambientes sociais que começa pela escola, então é nesse sentido que eu vejo, que educação inclusiva não pode nunca estar desvinculada dos direitos humanos, ela tem que trilhar pelos direitos humanos para nós até continuarmos lutando por eles, se nós nos desvincularmos disso, corremos o risco de retroceder, de não lutar mais.
 A educação inclusiva é uma perspectiva, ainda é um processo árduo, difícil e que envolve muitos setores muitos órgãos que às vezes parece que a realidade ainda não está na frente dos meus olhos, mas precisam ser desvendados porque o problema está ai esperando para ser solucionado.
Existe então uma falta da do apoio da chegada das políticas esse impulso para isso poder ir à frente? 
Uma coisa que nós sempre levantamos a bandeira aqui é a Intersetorialidade entre as áreas entre os setores como por exemplo: educação, saúde, serviço social, assistência social, porque parece que inclusão cabe só a educação e os outros órgãos tentando, os outros setores dentro do município precisam também alargar suas ações. Acredito que estão até alargando, mas precisamos dessa intercessão de um trabalho envolvendo, abrangendo todas as áreas e não só a educação, até mesmo porque a inclusão ela não se reduz só a escola, ela é social.
 Que outra área vai ser garantido para esse sujeito para esse jovem, adulto autista após o tempo de escolarização dele, será que ela vai poder ir a faculdade e a questão do trabalho como vai ser isso, então é uma luta constante garantia dos direitos humanos em todas as esferas da sociedade.
2.3 O trabalho pedagógico da UTD.
A UTD trabalha dentro de várias áreas do conhecimento e esse trabalho é resultado de muitos estudos muitas teorias muitos debates muitos apoios teóricos, que nós tivemos para construir. Então hoje nós trabalhamos, o foco sempre é a complementação curricular esse intercâmbio esse trabalho com a escola, qual é o conteúdo qual área que a escola está trabalhando com essa criança, quais as demandas para nós conseguirmos fazer a complementação.
Somando com isso, nós realizamos aqui a estimulação cognitiva, existe um estudo sobre estimulação cognitiva e uma matriz curricular que contém vários elementos que fazem parte da estimulação cognitiva, quais são as áreas que nós iremos estimular que são base para o TEA, tem a estimulação sensorial, então tem uma matriz curricular, voltada para a estimulação sensorial e uma listagem de várias habilidades da área sensorial, onde ali que nós vamos elencar o no plano do AEE e o que que o aluno está demandando mais naquele período. 
Então temos essas 2 que cognitivo e sensorial, nós trabalhamos também com psicomotricidade são dois profissionais da área da psicomotricidade formado em educação física e pós em psicomotricidade, temos também um trabalho voltado para práticas educativas de vida independente que é o PEV que é aprender naturalmente. Temos também um trabalho com habilidades sociais, que é que tipo de habilidade essa criança está precisa dentro desse conceito habilidade social, a comunicação em si, que a nossa base é a comunicação.
O que norteia o nosso trabalho é o currículo funcional natural não no caso quem nos ampara dentro da teoria é Marido pleno então nosso currículo e tem que ser baseado funcional e natural, não podemos tornar a aprendizagem artificial, se a criança precisa aprender algo concreto do dia a dia a gente precisa levá-la lá nesse concreto para que ela possa aprender. O brincar que é perpassa também por todo aprendizado, porque uma das questões dentro do TEA é justamente a dificuldade da criança brincar de interagir de compartilhar o seu brinquedo com outra criança, então isso é base é precursor para aprendizagens posteriores.
Muitas pessoas vezes pergunta para a UTD vocês trabalham com a ABA (ciência que trabalhar a questão comportamental uma análise dentro da área comportamental), hoje se tem uma discussão muito grande sobre isso. Nós não trabalhamos dentro de todas as linhas da ABA, utilizamos os princípios, que é o reforço positivo, uma das questões que aponta dentro da teoria ABA não utilizamos na íntegra, mas seu fundamento percorre também dentro da nossa filosofia, mas não usamos dentro da estrutura dentro dos conhecimentos que são divulgadas na mídia. 
Entretanto trabalhamos com o reforço positivo negativo como utilizar por exemplos linguagens e expressão com: )muito bem gostei) (não, não gostei) isso tudo é uma forma de você reforçar aquele comportamento adequado, aquele comportamento que naquele momento ele conseguiu realizar, ao mesmo hoje até mesmo com minha experiência agora mergulhada nos meus estudos que me enriqueceram muito, o meu olhar dentro da parte subjetiva deste estudante.
É necessário, precisoter esse olhar cuidadoso com ABA apesar de existir a ABA naturalista que é mais natural. Para tomar as precauções e medidas de não deixar ofuscar aquele sujeito, a individualidade do sujeito, por exemplo: o que é adequado o que é inadequado. 
Então é preciso questionar um pouco isso, pois quando eu trabalho estritamente voltado para comportamento, quero um pouco meio que padronizar aquele comportamento, eles tem que estar adequado de acordo com os padrões da sociedade, mas não é o inverso, não é a sociedade que tem que considerar e respeitar aquele sujeito da maneira como ele é a individualidade dele, é claro que tem situações específica que vai demandar algum tipo maior de terapia, um suporte maior, tudo isso é compreendido.
Entretanto dentro da que eu venho pesquisando, temos que tomar muito cuidado para não apagar a diferença desse estudante, porque muitas vezes fala-se sobre diversidade, temos que respeitar a diversidade, mas onde está a diferença, porque as vezes queremos primar diferença, porem temos que reconhecer e enxergar que os TEA eles possuem uma diferença, então não podemos dentro da metodologia querer que padronize essa diferença de modo a anão respeitar essa individualidade desse sujeito, por isso então hoje aqui nós temos feito muito essa discussão. 
Então é isso que gostaria é acrescentar aqui a sua pesquisa.
Carla Carvalho Cardoso. Pedagoga.
3. EVIDÊNCIAS 
Figura 1 - Carla Carvalho Cardoso Pedagoga da UTD – TEA.
Fonte: Elaboração própria.
Figura 2 – Thalia Gonçalves Peres com seu filho Arthur Gonçalves Silva.
Fonte: Elaboração própria.

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