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AS PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES EM CIRURGIA ORAL André Figueiredo, Ph.D. Hortência Oliveira, M.Sc. Micena Miranda, Ph.D. O que devemos saber sobre as principais complicações em cirurgia oral executadas na Maxila? ARTÉRIA PALATINA MAIOR E SUAS IMPLICAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS André Figueiredo, Ph.D. Artéria palatina descendente Artéria palatina maior PPF = Fossa pterigopalatina GPC = Canal palatino maior HP = Palato duro A identificação adequada de GPF indica a localização do feixe neurovascular IF = Forame incisivo GPF = Forame palatino maior MMS = Sutura palatina mediana PNS = Espinha nasal posterior Po n t o s d e r e f e r ê n c i a a n a t ô m i c o s simplificam a identificação do GPF, como: Forame Incisivo Sutura Maxilar Midsagital II e III molares superiores Margem posterior do Palato Duro GPA = Artéria palatina maior GPN = Nervo palatino maior PS = Espinha/crista palatina GPF = Forame palatino maior MB = Ramo medial LB = Ramo lateral CB = Ramo canino O tronco principal da artéria palatina maior está localizado mais medial e superficial (mais próximo da mucosa oral) A localização do GPF varia, mas geralmente pode ser identificado oposto ao III molar superior. O GPA poderia ter um curso previsível porque um espinho palatino pode ser observado na maioria das pessoas entre os segundos e primeiros molares, anteroposteriormente, com um comprimento de 10mm. A palpação do palato posterior deve ser realizada para identificar a posição do GPF, que indica a localização do feixe neurovascular GP. Sangramento inesperado pode ocorrer na incisão realizada mais perto da junção. A altura, comprimento e espessura do tecido doador disponível variam entre os pacientes. Um entendimento preciso da localização e curso do feixe neurovascular GP é necessário para permitir que os médicos desenvolvam um plano pré-operatório; Para que eles possam determinar a quantidade de tecido do doador que pode ser coletado, reduzindo simultaneamente o risco potencial de danificar o feixe neurovascular GP. A administração precisa e segura de anestesia local e cirurgia periodontal requer estimativa da localização e curso do GP, por meio de estruturas facilmente identificáveis e palpáveis (dentes molares, sutura palatina mediana e borda posterior do palato duro). Independentemente da abordagem de colheita palatina, o sangramento intraoperatório e pós-operatório prolongado causado por lesão dos vasos palatinos é uma das complicações mais comuns da colheita de enxerto de tecido mole palatino. A própria lesão, ou dano causado por tentativas de interromper a hemorragia, pode levar a pseudoaneurismas pós-operatórios ou lesão do nervo palatino maior, resultando em parestesia ou anestesia insuficiente do palato duro ipsilateral. Uma mulher de 77 anos relatando 24 horas de sangramento intermitente de sua cavidade oral. Uma semana antes, um dentista havia retirado um enxerto de tecido conjuntivo do palato esquerdo do paciente. A paciente refere que teve um pós-operatório normal até apresentar sangramento no 6º dia de pós-operatório. Sob cuidados anestésicos monitorados, o angiograma demonstrou pseudoaneurisma na face distal da artéria palatina maior esquerda. As complicações mais comumente citadas do local doador de tecido conjuntivo subepitelial incluem dor, parestesia, sangramento, infecção e necrose. O sangramento do Vaso Palatino Maior g e r a l m e n t e o c o r r e d u r a n t e o procedimento ou no pós-operatório imediato. Neste caso, o sangramento começou espontaneamente em 1 semana após o procedimento, o que é compatível com a apresentação de pseudoaneurisma roto. O pseudoaneurisma pode ser tratado por intervenção cirúrgica direta ou angiografia com embolização seletiva A lesão do GPA ocorre mais comumente durante a coleta de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial e pode resultar em sangramento intraoperatório prolongado e complicações pós-operatórias na cicatrização de feridas relacionadas ao fluxo sanguíneo prejudicado. A lesão GPA também pode estar implicada durante a fratura da maxila ou em outros procedimentos cirúrgicos, como osteotomia das paredes medial e lateral do seio maxilar, disjunção pterigomaxilar e infiltração da fossa pterigopalatina. A posição do GPA, juntamente com a espessura da mucosa palatina, são os dois principais fatores que determinam o tamanho dos enxertos de tecido conjuntivo subepitelial que podem ser colhidos com segurança do palato duro. Assim, um conhecimento profundo da Anatomia é necessário para reduzir o risco de complicações. A topografia do palato duro com referência aos marcos anatômicos é de importância clínica na obtenção de enxertos gengivais livres e de tecido conjuntivo. O GPF é mais comumente localizado oposto ao III Molar Superior. Os médicos podem esperar localizar GPF 15,00-15,44 mm do MMS, 1,90-3,22 mm da borda posterior do palato duro e 36,19-38,45 mm do IF. O GPA percorre o palato anteriormente ao aproximar os dentes superiores, exceto na região P2, onde sua distância é maior que a distância até M1. A que distância fica o GPA da junção amelocementária? Zona de segurança no periodonto saudável: determinada em relação à distância média entre a junção amelocementária de cada dente e o GPA. A zona de segurança é maior na área dos II Molares e II Pré- m o l a r e s , e n q u a n t o é consideravelmente menor na área dos I Pré-molares e Caninos. A retirada do palato de 8mm de altura, sem danificar o GPA, é possível em quase todos os casos – considerando o palato posterior (P2 – M2) Regardless of the precautions for avoiding injury to the palatal vessels, hemorrhages may occur. A possible explanation is the different patterns of the GPA. Interindividual variability should be considered when planning a palatal harvesting procedure; therefore, clinicians must be prepared to manage possible complications. Se ocorrer sangramento, os médicos devem aplicar pressão sobre a ferida, pinçar o retalho palatino onde a incisão foi feita com uma pinça hemostática e usar um anestésico local com vasoconstritor. Em caso de hemorragia persistente, suturas profundas distais ao local da colheita ligando a artéria ou eletrocauterização devem ser tentadas para reduzir a hemorragia em caso de lesão do GPA. SEIO MAXILAR E SUAS IMPLICAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS Hortência Oliveira, M.Sc. COMUNICAÇÃO BUCOSSINUSAL . Seios Paranasais - 4 seios paranasais. - Evaginações da cavidade nasal: * Diminuição do peso craniano * Aumento da superfície da cavidade nasal. * Condicionamento do ar. * Ressonância da voz. Propagação de infecções -> rinossinusite. Aumento da ressonância da voz durante adolescência. . Seio Maxilar - Cresce lentamente até a puberdade. - Drenagem: óstio do seio maxilar (meato nasal médio) = difícil drenagem na posição ereta. . Seio Maxilar - Assoalho - Processo alveolar da maxila + paredes. - Íntima relação com os vasos e nervos alveolares superiores. COMUNICAÇÃO BUCOSSINUSAL Souza et al, 2018 - Complicação que pode ocorrer após a exodontia de pré-molares e molares superiores. - Íntima proximidade entre a raiz dental e o seio maxilar. COMUNICAÇÃO BUCOSSINUSAL =* Mal planejamento cirúrgico.* Erro na aplicação de técnicas cirúrgicas. Fístula bucossinusal. Infecções e propagação de infecções. COMUNICAÇÃO BUCOSSINUSAL DESLOCAMENTO DE DENTE/RAIZ PARA O SEIO MAXILAR DESLOCAMENTO DE DENTE/RAIZ PARA O SEIO MAXILAR FECHAMENTO DE COMUNICAÇÃO BUCOSSINUSAL MANOBRA DE VALSALVA O que devemos saber sobre as principais complicações em cirurgia oral executadas na Mandíbula? Micena Miranda, Ph.D. Potencialidade de injúria à Artéria Facial A B C D D Hemorragia associada à variações do Canal da Mandíbula Hemorragia associada à variações do Canal da Mandíbula Hemorragia associada à variações do Canal da Mandíbula Hemorragia associada ao Forame e Canal Retromolares Lemos et al.,2020 He et al., 2019 Hemorragia associada ao Forame e Canal Retromolares Hemorragia associada à Artéria Lingual Hemorragia associada à Artéria Lingual Hemorragia associada às Artérias Lingual/Facial Rosano et al., 2009 Hemorragia associada às Artérias Lingual/Facial A ANATOMIA É LIBERTADORA!
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