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Inclusões Dentárias

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2023 
 
 
 
 
O QUE É INCLUSÕES DENTÁRIAS? 
Alteração de desenvolvimento em que um 
determinado dente, chegada a época normal de 
sua erupção, permanece no interior dos tecidos. 
O termo incluso abrange tanto os dentes 
impactados quanto os retidos; referem-se a 
dentes que ficam retidos durante toda a vida do 
paciente a menos que sejam removidos 
cirurgicamente, assim sendo, não fazem 
diferenciação especifica para inclusos e 
impactados 
EPIDEMIOLOGIA 
→ Os dentes mais acometidos são os 
terceiros molares inferiores seguido dos 
terceiros molares superiores. 
→ Caninos superiores e supranumerários 
COMO DIAGNÓSTICAR AS INCLUSÕES 
DENTÁRIAS? 
• Muitas vezes as inclusões dentarias são 
diagnosticadas em exames de rotina. 
• Podem ser diagnosticas mais facilmente 
através das radiografias. 
Radiografia periapical: 
 
 
Radiografia panorâmica 
 
Tomografia 
 
 
Radiografia oclusal 
 
 
QUANDO INDICAR A EXTRAÇÃO DE 
DENTES INCLUSOS? 
Indicações: 
✓ Infecciosas 
✓ Periodontais 
✓ Cáries 
✓ Ortodônticas 
✓ Em traço de fratura 
✓ Cistos e tumores 
✓ Extração profilática 
 
 
 
Existem basicamente três classificações: 
CLASSIFICAÇÃO DE WINTER 
Avalia o posicionamento doo terceiro molar em 
relação ao longo eixo fisiológico do segundo 
molar inferior 
Impactação horizontal 
 
Impactação vertical 
 
Impactação mesioangular 
 
Impactação distoangular 
 
*Inclusão mais complicada de ser resolvida 
 
Impactação horizontal lingual ou horizontal 
vestibular 
 
Invertido 
 
 
 
Avalia posicionamento do dente no sentido 
ocluso-apical e entre a distal do segundo molar 
e o ramo mandibular. 
• Posição A, B e C 
 Posicionamento do dente no sentido ocluso-
apical. 
Impactação classe A 
 
O plano oclusal do dente incluso está mais alta 
(extruído) ou no mesmo nível que o plano oclusal 
do segundo molar 
Impactação Posição B 
CLASSIFICAÇÃO DE WINTER 
CLASSIFICAÇÃO DE PELL E GREGORY 
 
O plano oclusal do dente incluso está entre a 
oclusal e a cervical do segundo molar. 
Impactação posição C 
 
O Plano oclusal do dente incluso esta abaixo da 
cervical do segundo molar. 
• Posição I, II e III 
 Em relação à borda da anterior do ramo 
mandibular 
Classe I 
 
Posicionado completamente anterior a borda do 
ramo mandibular. 
Classe II 
 
Metade coberto pela porção anterior do ramo 
Classe III 
 
Totalmente recoberto pela borda anterior do 
ramo da mandibular. 
 
 
 
Princípios cirúrgicos 
✓ Acesso 
✓ Via desimpedida 
✓ Força controlada 
O esforço deve ser controlado para não 
causar fratura dental, fratura alveolar 
ou fratura mandibular! 
 
Abordagem cirúrgica 
Indicações 
→ Melhorar a visibilidade 
→ Permitir a ostectomia 
→ Proteger tecidos moles 
 O retalho deve ser planejado de forma a 
evitar injúrias as estruturas vitais 
localizadas na área da cirurgia 
 
 Base do retalho maior que a altura! 
 
PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS 
 Tamanho adequando para favorecer a 
visualização de toda a área a ser manipulada 
 
 O retalho deve ser mucoperiosteal, de 
espessura total = maior visibilidade, menor 
sangramento e maior reparo. 
Retalho/incisão mandibular 
Exemplo de uma incisão em mandíbula da forma 
correta: 
 
Obs: Cuidados: artéria facial e nervo 
mentoniano. 
Retalho maxilar 
Cuidados 
→ Artéria palatina 
→ Artéria nasopalatina 
→ Nervo nasopalatino 
Periósteo 
✓ fibras de sharpey, 
✓ 2 camadas 
✓ irrigação sanguínea. 
Camada externa: fibrosa 
 Fibroblastos 
 Proteção sanguínea 
Camada interna: celular 
 Osteoblastos, pré-osteoblastos, cels. 
Osteoprogenitoras, clastos, células 
mesenquimais 
 
Requesitos 
✓ Via desimpedida 
✓ Corte eficiente 
✓ Controle 
✓ Irrigação 
Ostectomia/odontossecção 
✓ Instrumentos de rotação 
✓ As brocas oferecem como vantagem 
maior rapidez, trauma visual menor e 
impacto mecânico menor. 
✓ Desvantagens das brocas: pulverização 
óssea, aquecimento ósseo, necrose 
marginal e atraso na reparação. 
✓ Recomendações: irrigação, evitar 
pressão e sucção. 
 
Exodontia 
Pela via não-alveolar 
✓ Fácil execução 
✓ Menor trauma 
✓ Previsibilidade 
 
 
 
Controle da Dor 
 
1. Medicações 
→ Pré-operatória 
→ Trans-operatória 
→ Pós-operatória 
2. Anestesia local 
A dor pode ser prevenida por meio de dois 
regimes analgésicos: 
✓ Analgesia preemptiva: introdução de um 
regime analgésico antes da lesão 
tecidual. 
✓ Analgesia preventiva: o regime 
analgésico é introduzido logo após a 
lesão tecidual, porem antes do início da 
sensação dolorosa. 
 
 
 
SISTEMA NERVOSO 
• Apresenta duas partes principais 
→ S. N. Central 
→ S. N. Periférico 
• Possibilita a sensação de dor e o tato 
• Atuação dos fármacos sobre o SN 
possibilita um tratamento sem dor em 
odontologia. 
 
Classificação dos analgésicos 
Ação central 
• Opioides 
Ação periférica 
• Comumente utilizados 
 
 
 
“Desconforto”, “Incômodo” 
 
Basta empregar o regime de analgesia 
preventiva 
1º opção – Dipirona Sódica (metamizol) 
• Eficaz e segura 
• Por via IM ou IV, deve ser administrada 
com cautela e pacientes com condições 
circulatórias instáveis (pressão arterial 
sistólica < 100Mmhg). 
• Evitar nos três primeiros meses e nas 
ultimas seis semanas da gestação, mesmo 
fora desses períodos, somente administrar 
em gestantes em casos de extrema 
necessidade. 
• Contraindicação 
• Hipersensibilidade aos derivados da 
pirazolona 
• Portadores de doenças metabólicas: 
porfiria hepática, deficiência congênita da 
glicose 6-fosfato-desidrogenase. 
 
 Administrar 1g logo após o termino do 
procedimento cirúrgico 
Ou 
 24 a 48h, uma vez que o objetivo é 
controlar a dor aguda de baixa intensidade. 
(40 gotas) 
 
Prescrever 500mg a cada 4horas, em caso de 
dor, pelo período de 24horas. 
 
Posologia 
• Ampolas: 1g 
• Comprimidos 500mg 
• Gotas (500mg/ml (1ml =20 gotas, 
17mg//gota) 
Dose 
• 10mg/kg (antipirética) 
• 30mg/kg (analgésica) 
• 50mg/kg (anti-inflamatória) 
Metabolizada no fígado, excreção renal, meia 
vida de 4 horas. 
✓ Criança: 10mg/kg/doses a cada 4-6horas 
DOR DE GRAU LEVE 
✓ Adulto: 0,5-1g/doses a cada 4-6horas 
Ibuprofeno 200mg ou paracetamol 750mg 
 Administrar a primeira dose ao término 
do procedimento 
 Repetir a cada 6h, se necessário, pelo 
período de 24 horas 
 Contraindicado para pacientes com 
história de gastrite ou ulcera péptica. 
Hipertensão arterial ou doença renal. 
 Evitar em pacientes com história de 
hipersensibilidade ao ácido 
acetilsalicílico, pelo risco potencial de 
alergia cruzada. 
 
PARACETAMOL 
• Analgésico seguro para uso em gestantes e 
lactantes 
• Pode causar danos ao fígado. Recentemente, 
o FDA recomendou que as doses máximas 
diárias de paracetamol, em adultos, fossem 
reduzidas de 4 g para 3,25g 
• Evitar o uso concomitante do paracetamol 
com álcool etílico ou outras substancias com 
potencial hepatóxico 
• Contraindicado para pacientes fazendo uso 
continuo da varfarina sódica, pelo risco de 
aumentar o efeito anticoagulante e 
provocar hemorragia. 
• Contraindicado para pacientes com história 
de alergia ao medicamento ou de alergia aos 
sulfitos 
 
Outra opção interessante aos intolerantes à 
dipirona: 
Diclofenaco potássico 
Administrar 
• 1 drágea de 50 mg (disponível no 
consultório) 
• Prescrever 1 dragea a cada 8 h, pelo 
periodo de 24 h 
• A dipirona e o diclofenaco promovem o 
efeito analgésico somente após o 
processo doloroso ter sido 
desencadeado. 
 
 
OPIOIDES FRACOS 
• Tratamento de dores moderadas a intensas, 
que não respondem ao tratamento com 
outros analgésicos. 
• Tramadol, codeína 
• O cloridrato de tramadol possui potência 
analgésica 5 a 10 vezes menor do que a 
morfina e seu mecanismo de ação ainda não 
é completamente conhecido. 
 Iniciode ação ocorre, em geral, 1 h após 
a administração de uma dose de 50 mg. 
Não é indicado para pacientes < 16 anos 
 Efeitos adversos, como náuseas e 
constipação intestinal, vomito, 
alterações de humor, sonolência e 
depressão respiratória 
 Devem ser utilizados com cautela em 
pacientes idosos, debilitados, com 
insuficiência hepática ou renal, 
hipertrofia prostática 
 
Analgesia – doses recomendadas 
 
 
 
Doses pediátricas 
• Dipirona (solução oral "gotas" com 500 
mg/mL): 0,5-1 gota/kg/peso 
• Paracetamol (solução oral "gotas" com 
200mg/mL): 1 gota/kg/peso 
• Ibuprofeno (solução oral "gotas" com 50 
mg/mL): 1 gota/kg/peso 
• Codeína e tramadol: não são 
recomendados para uso em crianças 
 
 
 
 
 
 
 Cirurgias que envolvem maior 
descolamento tecidual 
 Quando a expectativa de edema e dor é 
mais intensa no período pós-operatório 
Analgesia preventiva: não produz um efeito 
duradouro na prevenção da dor pós-operatório. 
 
Analgesia perioperatória 
O regime analgésico tem início antes da lesão 
tecidual, sendo mantido no período pós-
operatório imediato 
Justificativa 
Os mediadores inflamatórios devem manter-se 
inibidos por um tempo mais prolongado, pois a 
sensibilização central pode não ser prevenida 
se o tratamento for interrompido durante a 
fase aguda da inflamação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anti-inflamatórios não esteroidais – AINES 
 
Fármacos que inibem a síntese da cicloxigenase 
 
 
 
 
AINES não seletivos para cox-2 agem 
 
QUANDO E COMO EMPREGAR OS AINES? 
✓ Os AINEs são indicados para o controle da 
dor aguda de intensidade moderada a 
severa 
✓ No período pós-operatório de intervenções 
odontológicas eletivas 
✓ exodontia de inclusos, as cirurgias 
periodontais; colocação de implantes 
múltiplos, os procedimentos de enxertias 
ósseas, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Duração do tratamento 
 
• DOR-24 h, com o pico de intensidade sendo 
atingido entre 6 e 8 h pós-cirúrgicas 
• Edema inflamatório atinge seu ápice após 
36h do procedimento 
• Duração do tratamento com os AINES deve 
ser estabelecida por um período máximo de 
48 72 h 
• Dor intensa e exacerbação do edema após 
esse período, o profissional devera suspeitar 
de alguma complicação de ordem local. 
 
 
EDEMA E DOR MAIS INTENSA 
A dor de grau moderado a severo 
geralmente ocorre nas primeiras 24 
horas pós-operatórias com pico entre 6 a 
8 horas. 
 
O edema inflamatório, em geral, atinge a 
maior intensidade decorridas 36 horas 
da cirurgia. 
 
 
O regime mais eficaz com os AINEs é o 
de analgesia preventiva, introduzido 
imediatamente após a lesão tecidual, 
porém antes do início da sensação 
dolorosa. A primeira dose é administrada 
ao final do procedimento 
 
 
Diclofenaco de sódio e potássio 
Voltaren, Cataflan 
 Derivado do acido fenilacético 
 Uso oral ou IM 
 Bastante em odontologia 
 01 comprimido a cada 08 horas por 03 
dias 
 Associação com paracetamol deve ser 
evitada. 
 
Ibuprofeno 
Spidufen 
 Derivado do ácido propiônico 
 Grande potência analgésica 
 Menos hepatotóxicos que os 
diclofenacos 
 Uso oral, adulto e pediátrico. 
 600mg, 2 vezes ao dia 
 
Cetoprofeno 
Profenio, Biprofenio 
 Derivado do ácido propiônico 
 Grande potência analgésica 
 Menos hepatotóxico que os diclofenacos 
 1 comprimido de 100mg de 12/12 horas 
ou 1 comprimido de 50mg de 6/6 horas 
(dores mais leves) 
 Nos casos de dor mais intensa, a dose 
máxima pode ser de 300 mg por dia (1 
comprimido de 100 mg de 8/8h ou 1 
comprimido de 150 mg de 12/12h) 
 
Nimesulida 
 Derivado da sulfonanilida 
 Potência analgésica leve a moderada 
 Baixo custo 
 Não ultrapassar 300mg 
 Menos hepatotóxica que os diclofenacos 
 Absorção pelo trata CTI/eliminada pela 
urina. 
 
Tenoxican 
 Derivado do oxicam 
 Disponível para uso oral, retal, IM ou EV 
 Menos hepatotóxico que os diclofenacos 
 Não ultrapassar 40mg ao dia 
 01 comprimido de 20mg a cada 12 horas 
por 03 dias. 
 
Acido acetilsalicílico (AAS) 
 Derivado do ácido salicílico – salicilatos 
 Boa absorção pelo trato GTI 
 Possui efeito sobre a agregação 
plaquetária. 
 Uso prolongado pode causar ulcera 
gástrica 
 Efeito teratogênico – gravidez 
 Contraindicado: dengue, hemofilia 
 Cuidado nas intervenções cirúrgicas 
 Terapia anticoagulante – suspensão por 
07 dias. 
 Dor: 01 comprimido de 500mg a cada 4 
horas. 
 
Cetorolaco 
Toragesic, toradol 
 Derivado da trometamina 
 Pouco utilizado em odontologia 
 Disponível para uso oral, sublingual, IM, 
IV e Oftálmico. 
 Contraindicado: gravidez, criança, 
alérgicos, pré-op. 
 Prescrito no pós-operatório por até 05 
dias. 
 Pode causar ulcera gástrica, 
desagregação plaquetária, hemorragia. 
 Dor: 01 comprimido de 10mg sublingual a 
cada 06horas. 
 Dose máxima: 90mg 
 Idoso, menos de 50kg, insuficiência 
renal – até 60mg. 
 
Clonixinato de Lisina 
 Derivado da Lisina 
 Pouco utilizado em odontologia 
 Disponível para uso oral, IM e IV. 
 Analgésico potente – dor moderada a 
severa 
 Efeitos comparáveis aos opioides – 
poucos estudos. 
 Contraindicado: gravidez, lactação, 
criança, alérgicos, pré-op. 
 Pode causar ulcera gástrica, 
desagregação plaquetária, hemorragia. 
 Dor: 01 comprimido de 125mg a cada 
6horas. 
 Não ultrapassar 750mg por dia. 
 
Inibidores da COX 2 
• Medicamentos mais recentes – 1999 
• Objetivo de bloquear somente a COX 2 
• Apresentam menor efeito sobre o aparelho 
gastrointestinal 
• Apresentam toxicidade cardiovascular – 
infarto, hipertensão. 
 
Rofecoxib 
(Vioxx0 → 
Retirado do 
mercado em 
2004 
Valdecoxib 
(Bextra) → 
Retirado do 
mercado em 
2005 
Lumiracoxib 
(Prexige) → 
Retirado do 
mercado em 
2008 
 
Estudos mostram que esses medicamentos 
apresentam os maiores riscos. 
 
Celecoxib 
 
 Dose 01 comprimido de 100mg a cada 
12horas 
 Dose máxima diária de 400mg 
 Apresenta os menores riscos – 
considerados mais seguros 
 Recomenda-se a menor dose diária pelo 
menor tempo possível. 
 Exemplo: celebra. 
Etoricoxib 
 
 Estudos recentes mostram que seu uso 
prolongado pode aumentar o risco de 
problemas cardíacos 
 Inibidor especidico da cox 2 
 Medicamento considerado recente 
 Disponível em 60mg, 90mg e 120mg 
(2008) 
 Dose: 01 comp. De 90mg a cada 12horas 
 Apresenta os menores riscos – 
considerados mais seguros 
 Recomenda-se a menor dose diária pelo 
menor tempo possível. 
 
Antiinflamatórios esteroidais 
Corticosteroides 
 Fármacos que inibem a ação da fosfolipase 
A. 
 Eleitos anti-inflamatórios somente 
evidenciado após 1 a 2 h. 
 Induzem a síntese de lipocortinas, um grupo 
de proteínas responsáveis pela mão da 
fosfolipase A2 
− Reduzir a disponibilidade do ácido 
araquidônico 
− Diminui a síntese de substâncias 
pro-inflamatórias 
 
CORTICOESTEROIDES 
 
 Previnem a hiperalgesia 
 Controlam o edema 
 Ação antiemetica 
 Quando empregados em dose unica ou por 
tempo restrito, são desprovidas de efeitos 
adversos clinicamente significativos 
→ Não interferem nos mecanismos de 
hemostasia 
→ Não irritam a mucosa gástrica 
→ Possuem menor potencial alergênico 
→ Podem ser empregados em 
hipertensos, diabéticos, nefropatas 
e hepatopatas, com a doença 
controlada, mais seguros para 
gestantes e lactantes. 
 
São contraindicações absolutas ao uso dos 
corticosteroides: pacientes portadores de 
doenças fúngicas sistêmicas, herpes simples 
ocular, doenças psicóticas tuberculose 
 
 
 
 
 
 
 
Hidrocortisona 
 Corticosteróide de ação curta 
 Potencia relativamente baixa 
 Uso de IM ou IV 
 Uso restrito em odontologia 
 
Dexametasona 
 Corticosteroide de ação longa 
 Uso oral, IM ou EV 
 Mais comumente usado em odontologia 
 Controledo edema pós-operatório 
 Absorção pelo trago GTI 
 Metabolização hepática e eliminação 
pela urina. 
 Apresenta potencia alta 
 Mesmo em dose maciça não apresenta 
efeitos colaterais significativos 
 Não interfere na hemostasia. 
 
Betametasona 
 Corticosteroide de ação longa 
 Uso IM ou oral 
 Bastante usado em odontologia 
 Controle do edema pós-operatório 
 Absorção pelo trato GTI 
 Metabolização hepática e eliminação 
pela urina. 
 Apresenta potencia alta 
 Mesmo em dose maciça não apresenta 
efeitos colaterais significativos 
 Não interfere na hemostasia. 
 Diprospan, celestone 
 
 
 
Protocolo adequado 
• 1 hora antes do procedimento 
• Corticosteroide de maior meia vida 
biológica (36 a 54h) 
 
Dexametasona 4mg: 1 ou 2 comprimidos 
Betametasona 2mg: 2 a 4 comprimidos 
Dose única: 4 a 8 mg 
 
Ao termino do procedimento cirúrgico 
 
 Administrar 1g de dipirona sódica 
 (disponível no consultório) 
 40 gotas 
 E prescrever 20 a 30 gotas, a cada 4h, 
pelo período de dois dias (paciente 
acordado) 
Fazer um contato telefônico para saber como o 
paciente está se sentindo, isto produz um 
efeito maior que qualquer analgésico. 
 
• Orientar a tomar mais uma dose de 4mg do 
corticóide. 
Dexametasona 4mg: 1 comprimido 
ou 
Betametasona 2mg: 2 comprimidos 
Outra opção 
Nimesulida 100mg, via oral a cada 12horas por 
dois dias. 
Ou 
Cetorolaco 10mg, via sublingual, acada 8horas, 
por 2 dias. 
 
O cetorolaco e a nimesulida (assim como 
qualquer outro anti-inflamatório não 
esteroide); ibuprofeno, cetoprofeno, piroxicam, 
tenoxicam, etc. 
Devem ser evitados em pacientes: hipertensos 
e/ou com alterações da função renal. 
 
Em casos de dor não controlada pelo uso do 
corticoide + dipirona ou de intolerância aos 
aines: 
Tramadol ou Tylex 
A cada 8horas, por 2 dias 
Receita em 2 vias 
Infecções maxilofaciais 
• São resultado da presença de organismos 
patogênicos e alteração do equilíbrio 
hemostático entre o individuo e o seu 
ambiente. 
• Podem ser odontogênicas e não 
odontogênicas. 
 
 
Quanto maior a virulência (capacidade da 
bactéria ser agressiva) maior será a chance de 
gerar uma infecção. 
 
Infecções odontogênicas 
• Podem surgir através da doença pulpar e 
periapical, doença periodontal e 
pericoronarites 
1. Pericoronarites 
 
2. Alterações pulpares periapical 
 
 
 
3. Doença periodontal 
 
 
Infecções não odontogênicas 
 
1. Infecção pós-cirurgia ortognática 
 
 
Microbiologia e Diagnostico das infecções orais 
e maxilofaciais 
 
✓ Ambiente Séptico 
✓ Microbiota complexa: 
qualitativo/quantitativo 
✓ Bactérias Gram+, Gram, fungos, 
protozoários e virus 
✓ Epitélio bucal, dorso da língua, superfície 
dentária supra-gengival e superfícies 
dentária e epitelial subgengival-Saliva 
✓ Relação de anfibiose (relação 
parasita/hospedeiro) 
✓ Potencial patológico 
 
Bactérias da cavidade bucal: 
• Estreptococos orais facultativos 
• Estreptococos anaeróbios 
• Prevotella Espécies de fusobacterium 
*bactérias oportunistas 
Microbiologia das infecções orais e 
maxilofaciais Cromossomos 
 
Estrutura das bactérias: 
 Plasmĺdeo 
 Ribossomos 
 Membrana Citoplasmática 
 Mesossomos 
 Parede Celular 
 Cápsula Bactérias 
 Flagelo/Pill ou Fimbrias 
 Esporos 
 
Evolução das formas microbianas 
• Uso indiscriminado de antibióticos 
• Seleção e mutação de agentes microbianos 
e virais 
 
MAIOR EFICÁCIA DOS AGENTES 
INFECCIOSOS MENOR EFETIVIDADE DOS 
QUIMIOTERÁPICOS MAIOR CUSTO, 
MORBIDADE E MORTALIDADE 
 
Infecção de espaços profundos de origem 
dentaria 
 
 
• Toxicidade, alterações no sistema nervoso 
central e comprometimento de vias aéreas 
↓ 
• Hospitalização imediata com intervenção 
médica e cirúrgica agressivas. 
− Intubação e traqueostomia 
 
Tratamento das infecções 
 
✓ Avaliação e intervenção precoce 
 
1. Determinar a gravidade da infecção 
2. Avaliar as defesas do hospedeiro 
3. Cirurgião-dentista ou cirurgião buco 
maxilofacial 
4. Tratamento cirúrgico do paciente 
5. Suporte médico para o paciente 
6. Terapêutica medicamentosa apropriada 
7. Administração adequada do antibiótico 
8. Avaliação frequente do paciente 
 
Infecções 
• Localização Anatômica 
• Taxa de Progressão 
• Comprometimento de via aérea 
 
✓ Localização anatômica das infecções: 
1. Espessura do osso que cobre o ápice do 
dente 
2. Relação do local da perfuração no osso com 
as inserções musculares na maxila e 
mandíbula 
 
Infecção odontogênica seguira o trajeto menor 
de resistência para que ocorra a drenagem. 
 (A). Ápice dental mais próximo da tabua 
óssea vestibular. (drenagem por 
vestibular). 
 (B) Ápice dental mais próximo da tabula 
óssea palatina. (drenagem pelo palato) 
 
Infecção 
periapical 
aguda-
crônica 
Fistula 
bacteremia-
septicemia
Infecção do 
espaço facial 
profundo 
Bacteremia-
septicemia
Ostaomielite
Abcesso 
intra-oral de 
tecido mole 
Celulite 
A localização da drenagem da infecção será 
determinada pela relação ápice com a inserção 
muscular local. 
A. localizada em fundo de vestíbulo. 
 B. Localizada em espaço bucal. 
 
Abcessos iniciais em maxila 
 
Dente Cortical Músculo Relação Local 
Incisivo 
central 
Vestibular Orbicular 
da boca 
Abaixo Vestíbulo 
Incisivo 
Lateral 
Vestibular Orbicular 
da boca 
Abaixo Vestíbulo 
Palatina - - Palato 
 
Canino 
 
Vestibular 
Elevador 
do âng. 
da boca 
Abaixo Vestíbulo 
Acima Espaço 
canino 
Pré- 
molares 
Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo 
 
 
Molares 
 
Vestibular 
 
 
Bucinador 
Abaixo Vestíbulo 
Acima Espaço 
bucal 
Palatina - - Palato 
 
Abcessos em maxila 
 
 
Abcessos iniciais em mandíbula 
 
Dente Cortical Músculo Relação Local 
 
Incisivos 
 
Vestibular 
 
Mentual 
Acima Vestíbulo 
Abaixo Espaço 
submentual 
 
Canino 
 
Vestibular 
Depressor 
do âng. 
da boca 
Abaixo Vestíbulo 
Acima Espaço 
submentual 
Pré- 
molares 
Vestibular Bucinador Acima Vestíbulo 
 
Molares 
1º e 2º 
 
Vestibular 
 
 
Bucinador 
Acima Vestíbulo 
Abaixo Espaço bucal 
Lingual Milo-
hioideo 
Acima Espaço 
sublingual 
Molares 
2º e 3º 
Lingual Milo-
hioideo 
 
Abaixo 
Espaço 
submandibular 
 
Espaços Faciais 
 
− Limitados por fáscias 
− Gordura e tecido conjuntivo frouxo 
− Pouco vascularizado 
− Facial propagação 
− Atenção ao tratamento 
• Os espaços faciais podem ser divididos em 
primários e secundários: 
Primários 
 Os espaços primários são representados na 
maxila pelos espaços canino, bucal e 
infratemporal; e na mandíbula pelos espaços 
submentual, bucal, submandibular e 
sublingual. 
Espaços faciais primários: 
Espaço canino (A), espaço bucal (B), espaço 
infratemporal (C), espaço submentual (D), 
espaço sublingual (E) e espaço submandibular 
(F) 
 
 
 
 
 
 
 
• Secundários 
 
 
 
 São representados pelos espaços: 
massetérico, ptérigo-mandibular, temporal 
superficial e profundo, lateral da faringe, 
retro-faríngeo e pré-vertebral. 
 
 
 
✓ Diagnóstico das infecções orais e 
maxilofaciais 
• Awab 
• Cultura e antibiograma 
 
Indicações para Teste de Cultura e 
Sensibilidade 
• Antibiótica Rápida progressão da infecção 
Terapia prévia, antibiótica múltipla 
• Infecção não responsiva (após mais de 48 
horas) 
• Infecção recorrente 
• Comprometimento das defesas do 
hospedeiro. 
Mecanismos de defesa do hospedeiro 
→ Fator mais importante no resultado da ação 
bacteriana. 
− "É importantíssimo compreender que as 
infecções são definitivamente debeladas 
pelo hospedeiro e não pelos antibióticos 
→ Causas da deficiência Imunológica: 
1. Fisiológica 
2. Relacionadas à doença 
3. Relacionadas a defeito do sistema 
imunológico 
4. Supressão por droga. 
 
 
Manejo das infecções 
→ Suportemedico para o paciente 
 
 
Sistema imune: 
Pacientes que possuem: Aids, Linfomas, 
leucocemias e Doenças imunológicas adquiridas 
ou congênitas tem menor função leucocitária e 
menor produção de anticorpos. 
 
Controle da doença sistêmica: 
Diabetes, alcoolismo, desnutrição ou doença 
renal crônica = menor função leucocitária e 
quimiotaxia, fagocitose e morte bacteriana. 
 
Reservas fisiológicas: 
Desidratação e febre 
8000ml → 1ºC 
3 A 5% mais calorias a cada 1ºC 
 
PÓS OPERATÓRIO 
→ Controle nutricional e hidratação 
→ Prescrição de medicamentos 
→ Repouso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sistema imune 
Controle da 
doença 
sistêmica 
Reservas 
Fisiológicas

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