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2023 O QUE É INCLUSÕES DENTÁRIAS? Alteração de desenvolvimento em que um determinado dente, chegada a época normal de sua erupção, permanece no interior dos tecidos. O termo incluso abrange tanto os dentes impactados quanto os retidos; referem-se a dentes que ficam retidos durante toda a vida do paciente a menos que sejam removidos cirurgicamente, assim sendo, não fazem diferenciação especifica para inclusos e impactados EPIDEMIOLOGIA → Os dentes mais acometidos são os terceiros molares inferiores seguido dos terceiros molares superiores. → Caninos superiores e supranumerários COMO DIAGNÓSTICAR AS INCLUSÕES DENTÁRIAS? • Muitas vezes as inclusões dentarias são diagnosticadas em exames de rotina. • Podem ser diagnosticas mais facilmente através das radiografias. Radiografia periapical: Radiografia panorâmica Tomografia Radiografia oclusal QUANDO INDICAR A EXTRAÇÃO DE DENTES INCLUSOS? Indicações: ✓ Infecciosas ✓ Periodontais ✓ Cáries ✓ Ortodônticas ✓ Em traço de fratura ✓ Cistos e tumores ✓ Extração profilática Existem basicamente três classificações: CLASSIFICAÇÃO DE WINTER Avalia o posicionamento doo terceiro molar em relação ao longo eixo fisiológico do segundo molar inferior Impactação horizontal Impactação vertical Impactação mesioangular Impactação distoangular *Inclusão mais complicada de ser resolvida Impactação horizontal lingual ou horizontal vestibular Invertido Avalia posicionamento do dente no sentido ocluso-apical e entre a distal do segundo molar e o ramo mandibular. • Posição A, B e C Posicionamento do dente no sentido ocluso- apical. Impactação classe A O plano oclusal do dente incluso está mais alta (extruído) ou no mesmo nível que o plano oclusal do segundo molar Impactação Posição B CLASSIFICAÇÃO DE WINTER CLASSIFICAÇÃO DE PELL E GREGORY O plano oclusal do dente incluso está entre a oclusal e a cervical do segundo molar. Impactação posição C O Plano oclusal do dente incluso esta abaixo da cervical do segundo molar. • Posição I, II e III Em relação à borda da anterior do ramo mandibular Classe I Posicionado completamente anterior a borda do ramo mandibular. Classe II Metade coberto pela porção anterior do ramo Classe III Totalmente recoberto pela borda anterior do ramo da mandibular. Princípios cirúrgicos ✓ Acesso ✓ Via desimpedida ✓ Força controlada O esforço deve ser controlado para não causar fratura dental, fratura alveolar ou fratura mandibular! Abordagem cirúrgica Indicações → Melhorar a visibilidade → Permitir a ostectomia → Proteger tecidos moles O retalho deve ser planejado de forma a evitar injúrias as estruturas vitais localizadas na área da cirurgia Base do retalho maior que a altura! PRINCÍPIOS CIRÚRGICOS Tamanho adequando para favorecer a visualização de toda a área a ser manipulada O retalho deve ser mucoperiosteal, de espessura total = maior visibilidade, menor sangramento e maior reparo. Retalho/incisão mandibular Exemplo de uma incisão em mandíbula da forma correta: Obs: Cuidados: artéria facial e nervo mentoniano. Retalho maxilar Cuidados → Artéria palatina → Artéria nasopalatina → Nervo nasopalatino Periósteo ✓ fibras de sharpey, ✓ 2 camadas ✓ irrigação sanguínea. Camada externa: fibrosa Fibroblastos Proteção sanguínea Camada interna: celular Osteoblastos, pré-osteoblastos, cels. Osteoprogenitoras, clastos, células mesenquimais Requesitos ✓ Via desimpedida ✓ Corte eficiente ✓ Controle ✓ Irrigação Ostectomia/odontossecção ✓ Instrumentos de rotação ✓ As brocas oferecem como vantagem maior rapidez, trauma visual menor e impacto mecânico menor. ✓ Desvantagens das brocas: pulverização óssea, aquecimento ósseo, necrose marginal e atraso na reparação. ✓ Recomendações: irrigação, evitar pressão e sucção. Exodontia Pela via não-alveolar ✓ Fácil execução ✓ Menor trauma ✓ Previsibilidade Controle da Dor 1. Medicações → Pré-operatória → Trans-operatória → Pós-operatória 2. Anestesia local A dor pode ser prevenida por meio de dois regimes analgésicos: ✓ Analgesia preemptiva: introdução de um regime analgésico antes da lesão tecidual. ✓ Analgesia preventiva: o regime analgésico é introduzido logo após a lesão tecidual, porem antes do início da sensação dolorosa. SISTEMA NERVOSO • Apresenta duas partes principais → S. N. Central → S. N. Periférico • Possibilita a sensação de dor e o tato • Atuação dos fármacos sobre o SN possibilita um tratamento sem dor em odontologia. Classificação dos analgésicos Ação central • Opioides Ação periférica • Comumente utilizados “Desconforto”, “Incômodo” Basta empregar o regime de analgesia preventiva 1º opção – Dipirona Sódica (metamizol) • Eficaz e segura • Por via IM ou IV, deve ser administrada com cautela e pacientes com condições circulatórias instáveis (pressão arterial sistólica < 100Mmhg). • Evitar nos três primeiros meses e nas ultimas seis semanas da gestação, mesmo fora desses períodos, somente administrar em gestantes em casos de extrema necessidade. • Contraindicação • Hipersensibilidade aos derivados da pirazolona • Portadores de doenças metabólicas: porfiria hepática, deficiência congênita da glicose 6-fosfato-desidrogenase. Administrar 1g logo após o termino do procedimento cirúrgico Ou 24 a 48h, uma vez que o objetivo é controlar a dor aguda de baixa intensidade. (40 gotas) Prescrever 500mg a cada 4horas, em caso de dor, pelo período de 24horas. Posologia • Ampolas: 1g • Comprimidos 500mg • Gotas (500mg/ml (1ml =20 gotas, 17mg//gota) Dose • 10mg/kg (antipirética) • 30mg/kg (analgésica) • 50mg/kg (anti-inflamatória) Metabolizada no fígado, excreção renal, meia vida de 4 horas. ✓ Criança: 10mg/kg/doses a cada 4-6horas DOR DE GRAU LEVE ✓ Adulto: 0,5-1g/doses a cada 4-6horas Ibuprofeno 200mg ou paracetamol 750mg Administrar a primeira dose ao término do procedimento Repetir a cada 6h, se necessário, pelo período de 24 horas Contraindicado para pacientes com história de gastrite ou ulcera péptica. Hipertensão arterial ou doença renal. Evitar em pacientes com história de hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico, pelo risco potencial de alergia cruzada. PARACETAMOL • Analgésico seguro para uso em gestantes e lactantes • Pode causar danos ao fígado. Recentemente, o FDA recomendou que as doses máximas diárias de paracetamol, em adultos, fossem reduzidas de 4 g para 3,25g • Evitar o uso concomitante do paracetamol com álcool etílico ou outras substancias com potencial hepatóxico • Contraindicado para pacientes fazendo uso continuo da varfarina sódica, pelo risco de aumentar o efeito anticoagulante e provocar hemorragia. • Contraindicado para pacientes com história de alergia ao medicamento ou de alergia aos sulfitos Outra opção interessante aos intolerantes à dipirona: Diclofenaco potássico Administrar • 1 drágea de 50 mg (disponível no consultório) • Prescrever 1 dragea a cada 8 h, pelo periodo de 24 h • A dipirona e o diclofenaco promovem o efeito analgésico somente após o processo doloroso ter sido desencadeado. OPIOIDES FRACOS • Tratamento de dores moderadas a intensas, que não respondem ao tratamento com outros analgésicos. • Tramadol, codeína • O cloridrato de tramadol possui potência analgésica 5 a 10 vezes menor do que a morfina e seu mecanismo de ação ainda não é completamente conhecido. Iniciode ação ocorre, em geral, 1 h após a administração de uma dose de 50 mg. Não é indicado para pacientes < 16 anos Efeitos adversos, como náuseas e constipação intestinal, vomito, alterações de humor, sonolência e depressão respiratória Devem ser utilizados com cautela em pacientes idosos, debilitados, com insuficiência hepática ou renal, hipertrofia prostática Analgesia – doses recomendadas Doses pediátricas • Dipirona (solução oral "gotas" com 500 mg/mL): 0,5-1 gota/kg/peso • Paracetamol (solução oral "gotas" com 200mg/mL): 1 gota/kg/peso • Ibuprofeno (solução oral "gotas" com 50 mg/mL): 1 gota/kg/peso • Codeína e tramadol: não são recomendados para uso em crianças Cirurgias que envolvem maior descolamento tecidual Quando a expectativa de edema e dor é mais intensa no período pós-operatório Analgesia preventiva: não produz um efeito duradouro na prevenção da dor pós-operatório. Analgesia perioperatória O regime analgésico tem início antes da lesão tecidual, sendo mantido no período pós- operatório imediato Justificativa Os mediadores inflamatórios devem manter-se inibidos por um tempo mais prolongado, pois a sensibilização central pode não ser prevenida se o tratamento for interrompido durante a fase aguda da inflamação. Anti-inflamatórios não esteroidais – AINES Fármacos que inibem a síntese da cicloxigenase AINES não seletivos para cox-2 agem QUANDO E COMO EMPREGAR OS AINES? ✓ Os AINEs são indicados para o controle da dor aguda de intensidade moderada a severa ✓ No período pós-operatório de intervenções odontológicas eletivas ✓ exodontia de inclusos, as cirurgias periodontais; colocação de implantes múltiplos, os procedimentos de enxertias ósseas, etc. Duração do tratamento • DOR-24 h, com o pico de intensidade sendo atingido entre 6 e 8 h pós-cirúrgicas • Edema inflamatório atinge seu ápice após 36h do procedimento • Duração do tratamento com os AINES deve ser estabelecida por um período máximo de 48 72 h • Dor intensa e exacerbação do edema após esse período, o profissional devera suspeitar de alguma complicação de ordem local. EDEMA E DOR MAIS INTENSA A dor de grau moderado a severo geralmente ocorre nas primeiras 24 horas pós-operatórias com pico entre 6 a 8 horas. O edema inflamatório, em geral, atinge a maior intensidade decorridas 36 horas da cirurgia. O regime mais eficaz com os AINEs é o de analgesia preventiva, introduzido imediatamente após a lesão tecidual, porém antes do início da sensação dolorosa. A primeira dose é administrada ao final do procedimento Diclofenaco de sódio e potássio Voltaren, Cataflan Derivado do acido fenilacético Uso oral ou IM Bastante em odontologia 01 comprimido a cada 08 horas por 03 dias Associação com paracetamol deve ser evitada. Ibuprofeno Spidufen Derivado do ácido propiônico Grande potência analgésica Menos hepatotóxicos que os diclofenacos Uso oral, adulto e pediátrico. 600mg, 2 vezes ao dia Cetoprofeno Profenio, Biprofenio Derivado do ácido propiônico Grande potência analgésica Menos hepatotóxico que os diclofenacos 1 comprimido de 100mg de 12/12 horas ou 1 comprimido de 50mg de 6/6 horas (dores mais leves) Nos casos de dor mais intensa, a dose máxima pode ser de 300 mg por dia (1 comprimido de 100 mg de 8/8h ou 1 comprimido de 150 mg de 12/12h) Nimesulida Derivado da sulfonanilida Potência analgésica leve a moderada Baixo custo Não ultrapassar 300mg Menos hepatotóxica que os diclofenacos Absorção pelo trata CTI/eliminada pela urina. Tenoxican Derivado do oxicam Disponível para uso oral, retal, IM ou EV Menos hepatotóxico que os diclofenacos Não ultrapassar 40mg ao dia 01 comprimido de 20mg a cada 12 horas por 03 dias. Acido acetilsalicílico (AAS) Derivado do ácido salicílico – salicilatos Boa absorção pelo trato GTI Possui efeito sobre a agregação plaquetária. Uso prolongado pode causar ulcera gástrica Efeito teratogênico – gravidez Contraindicado: dengue, hemofilia Cuidado nas intervenções cirúrgicas Terapia anticoagulante – suspensão por 07 dias. Dor: 01 comprimido de 500mg a cada 4 horas. Cetorolaco Toragesic, toradol Derivado da trometamina Pouco utilizado em odontologia Disponível para uso oral, sublingual, IM, IV e Oftálmico. Contraindicado: gravidez, criança, alérgicos, pré-op. Prescrito no pós-operatório por até 05 dias. Pode causar ulcera gástrica, desagregação plaquetária, hemorragia. Dor: 01 comprimido de 10mg sublingual a cada 06horas. Dose máxima: 90mg Idoso, menos de 50kg, insuficiência renal – até 60mg. Clonixinato de Lisina Derivado da Lisina Pouco utilizado em odontologia Disponível para uso oral, IM e IV. Analgésico potente – dor moderada a severa Efeitos comparáveis aos opioides – poucos estudos. Contraindicado: gravidez, lactação, criança, alérgicos, pré-op. Pode causar ulcera gástrica, desagregação plaquetária, hemorragia. Dor: 01 comprimido de 125mg a cada 6horas. Não ultrapassar 750mg por dia. Inibidores da COX 2 • Medicamentos mais recentes – 1999 • Objetivo de bloquear somente a COX 2 • Apresentam menor efeito sobre o aparelho gastrointestinal • Apresentam toxicidade cardiovascular – infarto, hipertensão. Rofecoxib (Vioxx0 → Retirado do mercado em 2004 Valdecoxib (Bextra) → Retirado do mercado em 2005 Lumiracoxib (Prexige) → Retirado do mercado em 2008 Estudos mostram que esses medicamentos apresentam os maiores riscos. Celecoxib Dose 01 comprimido de 100mg a cada 12horas Dose máxima diária de 400mg Apresenta os menores riscos – considerados mais seguros Recomenda-se a menor dose diária pelo menor tempo possível. Exemplo: celebra. Etoricoxib Estudos recentes mostram que seu uso prolongado pode aumentar o risco de problemas cardíacos Inibidor especidico da cox 2 Medicamento considerado recente Disponível em 60mg, 90mg e 120mg (2008) Dose: 01 comp. De 90mg a cada 12horas Apresenta os menores riscos – considerados mais seguros Recomenda-se a menor dose diária pelo menor tempo possível. Antiinflamatórios esteroidais Corticosteroides Fármacos que inibem a ação da fosfolipase A. Eleitos anti-inflamatórios somente evidenciado após 1 a 2 h. Induzem a síntese de lipocortinas, um grupo de proteínas responsáveis pela mão da fosfolipase A2 − Reduzir a disponibilidade do ácido araquidônico − Diminui a síntese de substâncias pro-inflamatórias CORTICOESTEROIDES Previnem a hiperalgesia Controlam o edema Ação antiemetica Quando empregados em dose unica ou por tempo restrito, são desprovidas de efeitos adversos clinicamente significativos → Não interferem nos mecanismos de hemostasia → Não irritam a mucosa gástrica → Possuem menor potencial alergênico → Podem ser empregados em hipertensos, diabéticos, nefropatas e hepatopatas, com a doença controlada, mais seguros para gestantes e lactantes. São contraindicações absolutas ao uso dos corticosteroides: pacientes portadores de doenças fúngicas sistêmicas, herpes simples ocular, doenças psicóticas tuberculose Hidrocortisona Corticosteróide de ação curta Potencia relativamente baixa Uso de IM ou IV Uso restrito em odontologia Dexametasona Corticosteroide de ação longa Uso oral, IM ou EV Mais comumente usado em odontologia Controledo edema pós-operatório Absorção pelo trago GTI Metabolização hepática e eliminação pela urina. Apresenta potencia alta Mesmo em dose maciça não apresenta efeitos colaterais significativos Não interfere na hemostasia. Betametasona Corticosteroide de ação longa Uso IM ou oral Bastante usado em odontologia Controle do edema pós-operatório Absorção pelo trato GTI Metabolização hepática e eliminação pela urina. Apresenta potencia alta Mesmo em dose maciça não apresenta efeitos colaterais significativos Não interfere na hemostasia. Diprospan, celestone Protocolo adequado • 1 hora antes do procedimento • Corticosteroide de maior meia vida biológica (36 a 54h) Dexametasona 4mg: 1 ou 2 comprimidos Betametasona 2mg: 2 a 4 comprimidos Dose única: 4 a 8 mg Ao termino do procedimento cirúrgico Administrar 1g de dipirona sódica (disponível no consultório) 40 gotas E prescrever 20 a 30 gotas, a cada 4h, pelo período de dois dias (paciente acordado) Fazer um contato telefônico para saber como o paciente está se sentindo, isto produz um efeito maior que qualquer analgésico. • Orientar a tomar mais uma dose de 4mg do corticóide. Dexametasona 4mg: 1 comprimido ou Betametasona 2mg: 2 comprimidos Outra opção Nimesulida 100mg, via oral a cada 12horas por dois dias. Ou Cetorolaco 10mg, via sublingual, acada 8horas, por 2 dias. O cetorolaco e a nimesulida (assim como qualquer outro anti-inflamatório não esteroide); ibuprofeno, cetoprofeno, piroxicam, tenoxicam, etc. Devem ser evitados em pacientes: hipertensos e/ou com alterações da função renal. Em casos de dor não controlada pelo uso do corticoide + dipirona ou de intolerância aos aines: Tramadol ou Tylex A cada 8horas, por 2 dias Receita em 2 vias Infecções maxilofaciais • São resultado da presença de organismos patogênicos e alteração do equilíbrio hemostático entre o individuo e o seu ambiente. • Podem ser odontogênicas e não odontogênicas. Quanto maior a virulência (capacidade da bactéria ser agressiva) maior será a chance de gerar uma infecção. Infecções odontogênicas • Podem surgir através da doença pulpar e periapical, doença periodontal e pericoronarites 1. Pericoronarites 2. Alterações pulpares periapical 3. Doença periodontal Infecções não odontogênicas 1. Infecção pós-cirurgia ortognática Microbiologia e Diagnostico das infecções orais e maxilofaciais ✓ Ambiente Séptico ✓ Microbiota complexa: qualitativo/quantitativo ✓ Bactérias Gram+, Gram, fungos, protozoários e virus ✓ Epitélio bucal, dorso da língua, superfície dentária supra-gengival e superfícies dentária e epitelial subgengival-Saliva ✓ Relação de anfibiose (relação parasita/hospedeiro) ✓ Potencial patológico Bactérias da cavidade bucal: • Estreptococos orais facultativos • Estreptococos anaeróbios • Prevotella Espécies de fusobacterium *bactérias oportunistas Microbiologia das infecções orais e maxilofaciais Cromossomos Estrutura das bactérias: Plasmĺdeo Ribossomos Membrana Citoplasmática Mesossomos Parede Celular Cápsula Bactérias Flagelo/Pill ou Fimbrias Esporos Evolução das formas microbianas • Uso indiscriminado de antibióticos • Seleção e mutação de agentes microbianos e virais MAIOR EFICÁCIA DOS AGENTES INFECCIOSOS MENOR EFETIVIDADE DOS QUIMIOTERÁPICOS MAIOR CUSTO, MORBIDADE E MORTALIDADE Infecção de espaços profundos de origem dentaria • Toxicidade, alterações no sistema nervoso central e comprometimento de vias aéreas ↓ • Hospitalização imediata com intervenção médica e cirúrgica agressivas. − Intubação e traqueostomia Tratamento das infecções ✓ Avaliação e intervenção precoce 1. Determinar a gravidade da infecção 2. Avaliar as defesas do hospedeiro 3. Cirurgião-dentista ou cirurgião buco maxilofacial 4. Tratamento cirúrgico do paciente 5. Suporte médico para o paciente 6. Terapêutica medicamentosa apropriada 7. Administração adequada do antibiótico 8. Avaliação frequente do paciente Infecções • Localização Anatômica • Taxa de Progressão • Comprometimento de via aérea ✓ Localização anatômica das infecções: 1. Espessura do osso que cobre o ápice do dente 2. Relação do local da perfuração no osso com as inserções musculares na maxila e mandíbula Infecção odontogênica seguira o trajeto menor de resistência para que ocorra a drenagem. (A). Ápice dental mais próximo da tabua óssea vestibular. (drenagem por vestibular). (B) Ápice dental mais próximo da tabula óssea palatina. (drenagem pelo palato) Infecção periapical aguda- crônica Fistula bacteremia- septicemia Infecção do espaço facial profundo Bacteremia- septicemia Ostaomielite Abcesso intra-oral de tecido mole Celulite A localização da drenagem da infecção será determinada pela relação ápice com a inserção muscular local. A. localizada em fundo de vestíbulo. B. Localizada em espaço bucal. Abcessos iniciais em maxila Dente Cortical Músculo Relação Local Incisivo central Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo Incisivo Lateral Vestibular Orbicular da boca Abaixo Vestíbulo Palatina - - Palato Canino Vestibular Elevador do âng. da boca Abaixo Vestíbulo Acima Espaço canino Pré- molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo Molares Vestibular Bucinador Abaixo Vestíbulo Acima Espaço bucal Palatina - - Palato Abcessos em maxila Abcessos iniciais em mandíbula Dente Cortical Músculo Relação Local Incisivos Vestibular Mentual Acima Vestíbulo Abaixo Espaço submentual Canino Vestibular Depressor do âng. da boca Abaixo Vestíbulo Acima Espaço submentual Pré- molares Vestibular Bucinador Acima Vestíbulo Molares 1º e 2º Vestibular Bucinador Acima Vestíbulo Abaixo Espaço bucal Lingual Milo- hioideo Acima Espaço sublingual Molares 2º e 3º Lingual Milo- hioideo Abaixo Espaço submandibular Espaços Faciais − Limitados por fáscias − Gordura e tecido conjuntivo frouxo − Pouco vascularizado − Facial propagação − Atenção ao tratamento • Os espaços faciais podem ser divididos em primários e secundários: Primários Os espaços primários são representados na maxila pelos espaços canino, bucal e infratemporal; e na mandíbula pelos espaços submentual, bucal, submandibular e sublingual. Espaços faciais primários: Espaço canino (A), espaço bucal (B), espaço infratemporal (C), espaço submentual (D), espaço sublingual (E) e espaço submandibular (F) • Secundários São representados pelos espaços: massetérico, ptérigo-mandibular, temporal superficial e profundo, lateral da faringe, retro-faríngeo e pré-vertebral. ✓ Diagnóstico das infecções orais e maxilofaciais • Awab • Cultura e antibiograma Indicações para Teste de Cultura e Sensibilidade • Antibiótica Rápida progressão da infecção Terapia prévia, antibiótica múltipla • Infecção não responsiva (após mais de 48 horas) • Infecção recorrente • Comprometimento das defesas do hospedeiro. Mecanismos de defesa do hospedeiro → Fator mais importante no resultado da ação bacteriana. − "É importantíssimo compreender que as infecções são definitivamente debeladas pelo hospedeiro e não pelos antibióticos → Causas da deficiência Imunológica: 1. Fisiológica 2. Relacionadas à doença 3. Relacionadas a defeito do sistema imunológico 4. Supressão por droga. Manejo das infecções → Suportemedico para o paciente Sistema imune: Pacientes que possuem: Aids, Linfomas, leucocemias e Doenças imunológicas adquiridas ou congênitas tem menor função leucocitária e menor produção de anticorpos. Controle da doença sistêmica: Diabetes, alcoolismo, desnutrição ou doença renal crônica = menor função leucocitária e quimiotaxia, fagocitose e morte bacteriana. Reservas fisiológicas: Desidratação e febre 8000ml → 1ºC 3 A 5% mais calorias a cada 1ºC PÓS OPERATÓRIO → Controle nutricional e hidratação → Prescrição de medicamentos → Repouso Sistema imune Controle da doença sistêmica Reservas Fisiológicas
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