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FILOSOFIA

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Filosofia
Título da disciplina
Democracia Ateniense
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a originalidade da democracia ateniense e sua influência no florescimento do pensamento filosófico.
1
História da Filosofia Antiga
Noções de Políticas na Grécia Clássica
Crise econômica mundial iniciada em 2008 pressionou a Grécia a pagar dívidas aos bancos da União Europeia.
Surgiu na internet a piada sobre pagar royalties por palavras importadas dos gregos e seus conceitos derivados.
O mundo ocidental deve mais aos gregos do que o valor das dívidas da Grécia.
Exemplo disso é a palavra política, derivada de polis (cidades-Estados gregas) e tékhnē (a técnica ou arte de fazer algo).
Condições históricas
A importância de um Sócrates político.
Contexto histórico da região do Peloponeso no século V a.C.
Atenas, uma cidade-Estado com uma forma única de governo: a democracia (dêmos = povo + kratía = poder).
Outros possíveis criadores da democracia, incluindo Clístenes, Sólon, Efialtes e Teseu.
A democracia ateniense atingiu seu auge no século IV A.E.C. durante o tempo de Platão.
Fatores que alimentaram o desenvolvimento da democracia, incluindo reformas de Sólon, modificações de Clístenes, revoltas populares, transformações de Efialtes e liderança de Péricles.
Condições históricas
Parte dos homens adultos e livres de Atenas se reunia cerca de quarenta vezes ao ano na ekklesia para discutir os problemas e soluções da cidade. 
Apenas 20% da população de Atenas participava do conselho, levando alguns críticos a questionar se era uma verdadeira democracia ou uma forma atenuada de oligarquia.
A democracia ateniense influenciou os modelos atuais de organização comunitária, mas diferenças significativas, como representação direta, gênero e classe, enfraquecem as equivalências.
Apesar de imperfeita, a democracia ateniense tornou a vida pública constante para todos os cidadãos e a política parte do cotidiano.
Condições históricas
O exemplo grego nos leva a questionar as estruturas de nossa própria sociedade, incluindo:
Distribuição de poder.
Participação popular.
Representação de todos os estratos populacionais.
Direitos e deveres civis. 
Divisão dos recursos econômicos.
Sofistas × Filósofos
Diferentemente dos filósofos (philo = amigo + sophia = saber), os sofistas não se preocupavam com o mundo supralunar, como Aristóteles chamaria o espaço sideral. 
Na democracia ateniense, as habilidades de oratória e retórica eram altamente valorizadas.
Sofistas alcançaram sucesso ao ensinar a arte da persuasão através do uso das palavras.
O teatro, com seus debates e encenações públicas, floresceu na época da democracia ateniense, incluindo a audácia de questionar fundamentos tradicionais da sociedade.
Proposta de normas mais acessíveis e democráticas, baseadas em uma visão mais próxima do humano.
Sofistas × Filósofos
Sofistas
Tinham um enfoque mais concreto e pragmático,
Preocupavam-se mais com a vida cotidiana e a influência direta na sociedade.
Tendiam a mirar o mundo imediato, o próximo, e focavam em questões humanas, éticas e políticas.
Valorizavam o papel do ser humano, enfatizando que o homem é a medida de todas as coisas e defendendo a busca por regras pessoais para a tomada de decisões e orientação na vida.
Filósofos
Tinham um enfoque mais abstrato e teórico.
Buscavam explicações gerais e causais para a origem das coisas.
Tendiam a olhar para o universo supralunar e divagar sobre questões cosmológicas e metafísicas.
Não necessariamente desvalorizavam o papel humano, mas suas preocupações eram mais amplas e voltadas para o cosmos como um todo.
Sócrates: o ignorante mais sábio dos homens
Segundo os escritos deixados por Platão, Sócrates destacou-se por tentar criar parâmetros ideais que não dependessem apenas do homem.
Era uma figura conhecida em Atenas, veterano de guerra e defensor da lei.
O fato que mais marcou sua vida foi a declaração do oráculo de Apolo de que ele seria o homem mais sábio.
A frase “Só sei que nada sei” era indicativo de sua sabedoria, pois reconhecia sua própria ignorância.
Sua missão era revelar a ignorância das pessoas e fazê-las buscar a verdade.
Não cobrava por seus ensinamentos e conversava até com escravos, demonstrando certo desprezo pelas regras sociais da época.
Sócrates: o ignorante mais sábio dos homens
Filosofia socrática
Ênfase na integridade moral.
Busca pela verdade e conhecimento.
Ênfase na autorreflexão e autoconhecimento.
Retórica dos sofistas
Foco na persuasão e argumentação.
Relativismo moral.
Ênfase na educação prática.
Obras Platônicas
Ao final deste módulo, você será capaz de descrever o investimento político das obras platônicas.
2
História da Filosofia Antiga
A produção político-filosófica de Platão
Platão viveu no auge da democracia em Atenas, mas não acreditava ser a melhor forma de governo.
Sua má vontade com a democracia se devia à condenação à morte de seu mestre Sócrates por esse sistema.
Seus escritos refletem um posicionamento político, influenciados por sua experiência pessoal e tentativa de carreira política.
Sua produção filosófica pode ser lida como um pensamento político em constante amadurecimento, preocupado com a criação de um homem correto e livre, interessado no belo, verdadeiro e bem.
A construção da cidade e seus habitantes
Platão busca criar uma cidade perfeita como ideal para todas as cidades.
A proposta é abstrata e não necessariamente defende todas as ideias extravagantes presentes no diálogo "A República."
A especialização é fundamental para a produtividade individual e a defesa da justiça.
A cidade ideal exclui a arte e valoriza profissões "úteis" para o bem de todos.
Sócrates sugere a criação de uma classe de guardiões para proteger a cidade e produzir leis.
O filósofo propõe mentiras nobres para moldar a sociedade e criar um profundo sentimento de pertencimento.
A justiça é vista como uma consequência do cuidado mútuo e da harmonia social.
A unidade, o conservadorismo e o rei filósofo
Desde que Platão colocou seu mestre Sócrates para imaginar uma cidade utópica, diversos autores se incumbiram da tarefa de conceber uma organização social que fosse perfeita.
A Politeia platônica recebeu interpretações políticas opostas, sendo considerada conservadora e até totalitária.
A proposta de especialização e eugenia na cidade utópica gerou comparações desconfortáveis com ideologias totalitárias, como o nazifascismo.
A crítica de Aristóteles questiona a obsessão por unidade na cidade perfeita e sua importância para o pensamento político é inegável.
Sócrates propõe uma nova forma de organizar agrupamentos populacionais, com um poder especializado entregue a uma única pessoa.
O Mito Da Caverna
Sócrates diz que a cidade pode ser “um modelo no céu, para quem quiser contemplá-la e, contemplando-a, fundar uma para si mesmo” (PLATÃO, 2001).
A cidade ideal não necessariamente é possível – talvez nem se queira que seja. 
A condição moral e intelectual da humanidade é representada pela condição ultrajante da caverna.
Sócrates defende que uma sociedade ideal deve ser governada por filósofos ou tornar seus governantes filósofos através de educação adequada.
A ética interna forte de um governante ideal levaria a uma cidade politicamente estável, unida e harmoniosa.
Há uma interligação entre a esfera privada e pública, e a harmonia psíquica é vista como o ordenamento político do espírito.
Político
A principal sugestão da obra Político é a ideia da tecedura, relacionando a política com a habilidade de tecer elementos sociais.
O político-estadista modelo é alguém capaz de entrelaçar as leis e os cuidados com todos os aspectos da cidade.
Esse político teria respostasinfalíveis para questões de legislação e estaria adaptado às questões cotidianas.
Platão apresenta o político ideal como um paradigma, algo difícil de ser alcançado, mas que deve ser buscado.
Platão critica a distribuição do poder de comando entre várias pessoas e sugere que o político ideal pode até ignorar leis pouco flexíveis.
Na ausência do político ideal, Platão defende a conservação das leis como “imitações da verdade” executadas por aqueles que sabem.
Aristóteles – Ética e o alcance do bem viver
Ao final deste módulo, você será capaz de Reconhecer a preocupação de Aristóteles quanto à associação entre a ética e a melhor forma de organização social em prol do alcance do bem viver.
3
História da Filosofia Antiga
Aristóteles × Platão
Aristóteles estudou por cerca de vinte anos com Platão na Academia de Atenas.
Ele buscou se afastar do idealismo platônico em sua vasta produção intelectual.
A obra de Aristóteles é uma mistura de continuação e variação dos textos platônicos.
Sua influência sobre o pensamento ocidental é significativa, comparável à de Platão.
Em alguns períodos, como a Idade Média, a influência de Aristóteles foi ainda maior, sendo conhecido como "O filósofo".
A Ética da felicidade e da Filosofia
Existe uma conexão entre ética e política, presente tanto nas obras de Platão como em Aristóteles.
Aristóteles argumenta que a felicidade virtuosa está relacionada a viver bem como ser humano, dentro de uma comunidade.
A virtude não é algo aleatório ou inato, mas sim um traço de personalidade que nos permite alcançar o "bem" humano.
Sua influência sobre o pensamento ocidental é significativa, comparável à de Platão.
O objetivo de toda vida humana é alcançar esse "bem" humano, e sem ele, a vida seria vazia e sem sentido.
Para começar, o que seria o bem humano?
Aristóteles busca desvendar o conceito de "bem" proposto por Platão, que considera abstrato.
O "bem" é um problema social e varia conforme a comunidade em que se está inserido.
Aristóteles investiga as virtudes humanas, como coragem, generosidade e justiça, para entender o conceito de "bem".
Conclui que a razão é a melhor coisa em nós e o caminho para alcançar a finalidade da vida e a felicidade.
Aristóteles afirma que a atividade intelectual é o objetivo último da vida humana, e a sabedoria filosófica é a atividade virtuosa mais aprazível.
As diferentes constituições
Aristóteles criticava a democracia (de Atenas) alegando que era um mau governo da maioria, beneficiando apenas alguns em vez do bem comum.
Alguns estudiosos acreditam que Aristóteles escreveu um livro chamado "A Constituição dos Atenienses" que examinava 158 constituições diferentes da cidade e trazia uma abordagem histórica do governo ateniense.
Em "A Política", Aristóteles criticou fortemente a democracia ateniense e defendeu a predominância masculina no poder, além de justificar a escravidão.
Suas ideias políticas foram duramente criticadas ao longo da história devido a seu racismo, xenofobia e outros pontos de vista controversos.
As diferentes constituições
Aristóteles faz, em geral, uma defesa de uma constituição que beneficie o bem comum, em vez de priorizar apenas algumas pessoas, como os próprios governantes. Para tanto, lista seis possibilidades de governo assim organizadas:
O governo de apenas um.
Monarquia e tirania 
O governo de poucos.
Aristocracia e oligarquia 
O governo de muitos.
Politeia e democracia
Cidade e Justiça em Santo Agostinho
Ao final deste módulo, você será capaz de definir os conceitos de cidade e justiça em Santo Agostinho.
1
História da filosofia Medieval
Conceito de Filosofia Medieval
A Filosofia medieval não foi apenas aquela pensada pelos intelectuais cristãos! Também houve Filosofia medieval entre os pensadores judeus e muçulmanos.
A Bíblia, no caso dos cristãos.
A Tanak ou Antigo Testamento, no caso dos judeus.
O Alcorão, no caso dos muçulmanos.
As três correntes, contudo, tiveram a mesma estrutura intelectual: a de um diálogo entre a respectiva escritura sagrada e o pensamento grego platônico, neoplatônico e aristotélico.
Conceito de Filosofia Medieval
A corrente cristã conectou o pensamento antigo à filosofia moderna.
A literatura patrística engloba obras cristãs da idade dos padres da Igreja, mas nem todas são de autores padres da Igreja.
A Filosofia cristã não era uma ciência independente da teologia, mas um instrumental para auxiliar a razão iluminada pela fé.
Alguns intelectuais cristãos desenvolveram reflexões filosóficas originais a partir de temas presentes na Bíblia, mas não exatamente relacionados a mistérios de fé.
Conceito de Filosofia Medieval
A perspectiva da fé ajudou a vislumbrar melhor as realidades do mundo e do homem que do que a razão grega havia feito. São exemplos desses temas:
O fato de o mundo ter um início.
A valorização do mundo visível, da matéria e do corpo.
A supervalorização do ser humano.
A valorização da mulher, da infância, dos que sofrem, dos que padecem de escravidão.
A valorização do tempo e da história.
O incremento da noção de “memória”.
O incremento da investigação sobre o problema do “mal”.
O incremento das noções de “lei” e de “consciência”.
Contexto histórico e breve biografia
A patrística é o período do pensamento teológico e filosófico dos "padres da Igreja" (séculos II a VIII).
Os "padres" são os "pais" dos dogmas católicos, que uniram a revelação de Cristo e dos apóstolos ao pensamento grego racional, estabelecendo os artigos fundamentais da fé católica.
Santo Agostinho é uma figura proeminente entre os padres da Igreja no Ocidente.
Agostinho teve uma vida intelectualmente inquieta, estudou filosofia e literatura latina, aderiu ao maniqueísmo, mas abandonou essa seita após estudar o neoplatonismo de Plotino.
Ele se converteu ao catolicismo após ouvir os sermões do bispo Ambrósio em Milão e experimentar alegria espiritual ao ouvir seus cânticos.
Agostinho fundou uma comunidade de monges para se dedicar à filosofia, mas acabou tornando-se padre católico e, posteriormente, bispo da cidade de Hipona.
Santo Agostinho.
A cidade de Deus e a Justiça
“Cidade” é o conjunto de homens unidos pelo amor comum a certo objeto. E haveria fundamentalmente duas cidades:
É por isso que Agostinho preocupou-se com a arte de governar, pois para ele, a política deve contemplar o homem em sua plenitude construída de corpo e alma. Portanto não haverá política verdadeira se esta não estiver ligada a Deus.
Cidade de Deus
Unida pelo amor divino e que dirige sua existência à glória de Deus
Cidade dos homens
Unida pelo amor às coisas temporais, de costas para Deus
A cidade de Deus e a Justiça
A condição fundamental para que a paz seja permanente é a ordem. Para que um conjunto de partes concorde na busca de um mesmo fim, é preciso que cada qual esteja em seu lugar e desempenhe sua própria função corretamente. Assim:
A paz do corpo é o equilíbrio bem ordenado dos apetites ou das paixões.
A paz da alma racional é o acordo entre o conhecimento e a vontade.
A paz doméstica é a concórdia dos moradores da mesma habitação quanto ao comando e à obediência.
A paz da cidade é a concórdia da família estendida a todos os cidadãos.
A paz da cidade cristã é uma sociedade ordenada de homens que amam a Deus e se amam mutuamente em Deus.
A cidade de Deus e a Justiça
A justiça é a virtude que realiza a ordem, que dá a cada um o que é devido: 
Ela deriva da lei eterna, que ordena conservar a ordem e impedir perturbações.
A lei eterna é como a luz interior de Cristo, que ilumina nossa consciência moral.
Existe em nós a "lei natural", uma transcrição da lei eterna em nossa alma.
A exigência fundamental da lei natural é que tudo esteja ordenado.
A justiça estabelece a ordem no homem, com o corpo submetendo-se à alma e esta a Deus.
Virtudes Morais - Santo Tomás de Aquino
Ao final deste módulo, você será capazde reconhecer as características das virtudes morais cardeais segundo Santo Tomás de Aquino.
2
História da filosofia Medieval
Contexto histórico
Santo Tomás de Aquino é o maior expoente do período escolástico da teologia e Filosofia católica, cujo nome deriva das “escolas” monásticas ou catedralícias, nas quais eram ensinadas a teologia e as “artes liberais”:
Trivium
Artes da linguagem (gramática, retórica e lógica).
Quadrivium
Artes das relações numéricas (aritmética, geometria, astronomia, música).
Contexto histórico
O período escolástico começou no século IX, após a chamada "Idade das Trevas" causada pelas invasões bárbaras e queda do Império Romano.
O método da escolástica madura era a disputatio, um embate dialético para discutir teses.
As "sumas" buscavam compendiar todo o saber teológico e filosófico, confrontando as teses dos padres da Igreja e dos filósofos com a Bíblia.
Surgiram as ordens "mendicantes" dos franciscanos e dos dominicanos, pregando a pobreza como ideal de vida cristã.
Frederico II, líder do Sacro Império, mostrou as primeiras aspirações absolutistas.
Tomás de Aquino ensinava em Paris e começou a comentar Aristóteles, buscando conciliar o pensamento grego com a verdade revelada do cristianismo.
Aquino defendeu que, sem o conhecimento revelado do início temporal do mundo, poderíamos considerar o mundo como eterno de forma ontológica, mas não cronológica.
Ética da lei natural e das virtudes
Para Thomás de Aquino
Significa uma boa qualidade da mente pela que se vive retamente, da qual ninguém usa mal, produzida por Deus em nós sem intervenção nossa
Em sentido lato
São aquelas humanas, que destinam-se aos fins da razão humana e que podem ser obtidas pela reiteração dos atos.
A virtude pode ser vista das seguintes formas:
Vejamos um pouco sobre cada virtude cardeal, pois esse é um conhecimento filosófico de grande densidade existencial:
Ética da lei natural e das virtudes
É a virtude que aplica os princípios da sindérese à realidade, permitindo agir com justiça ao conhecer a verdade dos princípios e da situação. Ela não define a felicidade, mas orienta como alcançá-la. 
Prudência
É a vontade constante de dar a cada um o seu direito, sendo a operação exterior a matéria dessa virtude. 
Justiça
Entrega-se ao verdadeiro valor do real de forma razoável, pois a verdadeira fortaleza não se expõe desnecessariamente ao risco. Ela supõe uma avaliação justa das coisas a serem arriscadas ou protegidas. 
Fortaleza
Busca realizar a ordem interna do homem, sem egoísmo, gerando tranquilidade. Ela lida com as forças naturais que promovem o prazer sensível na comida, bebida e prazer sexual, mas exige abstinência e castidade para evitar a desordem interna.
Temperança
Política
Aquino considera o homem como um ser naturalmente sociável e político, buscando meios para sua existência por meio da vida social.
Por outro lado, a filosofia política de Thomas Hobbes enfatiza o "estado de natureza" onde o homem é visto como o "lobo do homem", e o Estado é necessário para impor a paz através do Leviatã.
A política é definida como a arte de direcionar a multidão para o bem comum, com um governante que harmoniza interesses individuais aos interesses mais gerais da sociedade.
Triunfo de Santo Tomás de Aquino
sobre Averroes, Benozzo Gozzoli, século XV.
Política
Quando o governante busca:
Seu bem privado, é injusto e perverso
 Tirania – Governo injusto de um só.
 Oligarquia – Governo injusto de alguns poucos ricos.
 Democracia – Governo injusto de muitos.
Bem público comum e é justo
Politia – Governo da multidão.
Aristocracia – Governo de poucos, porém virtuosos (os “melhores”).
Realeza ou monarquia – o governo de um só (o rei). 
Política
O governo deve se orientar ao bem comum, mas o governante não decide sobre ele, apenas sobre os meios para alcançá-lo.
A democracia é mais aceitável entre os regimes injustos, minimizando danos, enquanto a tirania busca apenas o bem de um.
Tomás de Aquino reconhece o direito da sociedade de destituir governantes tirânicos.
O fim último da sociedade é chegar à fruição divina, e os governantes devem estar sujeitos à Igreja na busca pela bem-aventurança eterna.
As três condições para uma boa vida da multidão são a unidade da paz, o procedimento virtuoso dos cidadãos e a abundância do necessário para o viver bem.
Lei no Nominalismo e na Escola Ibérica
Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir a novidade na concepção de lei no nominalismo e na Escola Ibérica em relação aos pensamentos agostiniano e tomista.
3
História da Filosofia Medieval
Nominalismo metafísico-teolófico e epistemológico
Considerou que a razão não poderia conhecer com certeza Deus, a alma e os deveres morais, que seriam assuntos exclusivos da Revelação.
Separou teologia e Filosofia/ciência. Essa foi a base da Reforma Protestante e do pensamento racionalista de Descartes.
O fideísmo coloca Deus acima da razão humana, enquanto o racionalismo minimiza o poder da razão para alcançar o espiritual e divino.
O nominalismo resolve o problema do conhecimento, considerando os conceitos como meros nomes ou símbolos para realidades similares, o que abriu espaço para o desenvolvimento da Ciência moderna.
Guilherme de Ockham representado
em vitral de uma igreja na Grã-Bretanha.
Com sua Filosofia “nominalista”, Guilherme (ou William) de Ockham quebrou a harmonia buscada por Agostinho e Tomás de Aquino.
Nominalismo moral
O conceito de "essência" ou "natureza" universal desapareceu, levando ao fim do conceito de "lei natural" e à emergência da "liberdade de indiferença".
A moralidade foi separada do desejo de felicidade e dos 10 Mandamentos, tornando-se uma obrigação.
A Inquisição e a estatolatria moderna contribuíram para essa mudança na moral.
A moral nominalista permitia atos desconexos, sujeitos à mudança de ideia de Deus.
A teologia moral católica afastou-se do Novo Testamento e adotou uma abordagem "jurídica" influenciada por Ockham.
Nominalismo político
A obra Breviloquium é a síntese da Filosofia política de Ockham, dividida em seis livros.
No quinto livro, discute-se a interpretação mística da passagem bíblica das "duas espadas" como os dois poderes: temporal e espiritual.
No sexto livro, analisa-se a Donatio Constantini e questiona sua legitimidade, afirmando que só o povo romano poderia transferir autoridade ao papa.
Ockham defende que a autoridade papal é puramente espiritual e religiosa, com algum poder temporal sobre bens materiais necessários para o cumprimento de sua missão de salvação.
Ele preconiza a coordenação e cooperação entre as potestades temporal e espiritual.
Escolas de Salamanca e Coimbra
Assim as identificamos:
Universidade de Salamanca
Foi fundada em 1243 por Fernando III, o Santo (1201-1252), rei de Leão e Castela.
Foi uma das quatro grandes universidades da cristandade medieval, junto com Paris, Bolonha e Oxford.
Universidade de Coimbra
Foi fundada em 1290.
Manteve-se como uma das instituições mais antigas do mundo.
Ofereceu os cursos de Artes, Direito Canônico, Direito Civil e Medicina desde sua origem.
Escolas de Salamanca e Coimbra
Francisco de Vitória (1483-1546) Estudou Antropologia tomista em Paris e criou uma escola filosófico-teológica influente na Espanha e América.
Suas obras De potestate civili, De indis e De iure belli abordam a origem da autoridade civil, os títulos legítimos e ilegítimos dos espanhóis para conquistar a América e o direito à guerra contra os nativos do novo continente.
Defende que todos os povos têm o direito de escolher sua forma de governo.
Aplica os critérios do "mal menor" e do "bem possível" para justificar a guerra, considerando que nenhuma guerra é justa se causar mais mal do que bem.
Criou o direito das gentes (ius gentium), precursor do Direito internacional, baseado na solidariedade internacional dos povos.
Monumento a Francisco de Vitória,
obra de Francisco de Toledo (1975),em Salamanca, na Espanha.
Escolas de Salamanca e Coimbra
Sobre a conquista espanhola na América, Vitória estabeleceu sua conhecida relação de sete títulos ilegítimos e de oito títulos legítimos.
Os sete títulos ilegítimos são:
O imperador é senhor do mundo.
A autoridade é do Romano Pontífice, que doou as Índias aos espanhóis.
O direito provém do descobrimento.
Os índios se obstinam em não receber a fé de Cristo, apesar de lhes ter sido proposta e os terem exortado com insistência.
Os pecados são dos próprios bárbaros — alguns contra natura (contra a natureza).
A escolha é voluntária por parte dos nativos.
Há uma especial doação por parte de Deus — como ocorreu no caso dos israelitas quanto à sua Terra prometida.
Escolas de Salamanca e Coimbra
Os oito títulos legítimos são:
Os espanhóis têm direito a percorrer as terras americanas sem serem molestados e sem receber dano.
A religião cristã pode ser propagada naquelas terras — no caso de os índios aceitarem espontaneamente a fé católica, não haveria o direito a declarar guerra contra eles nem de ocupar suas terras.
Os nativos que se converteram à fé católica devem ser protegidos contra as perseguições de seus próprios reis, ainda pagãos.
Se boa parte dos nativos tivesse se convertido à fé católica, o papa poderia, com causa justa, impor-lhes um príncipe cristão e destituir o príncipe infiel.
Cabe à tirania de seus próprios senhores ou às leis desumanas que estes promulgam.​
A escolha por parte dos nativos deve ser verdadeira e voluntária. ​
Essa escolha vale por razão de amizade ou aliança.​
Pela pouca “civilização e polícia” dos nativos, poderia ser imposto a eles um príncipe cristão — este lhe parece um título duvidoso.
Renascimento
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a relação entre o contexto histórico do Renascimento e as reflexões políticas dos filósofos humanistas.
1
História da Filosofia Moderna
Contexto histórico
Três elementos ajudam a entender o contexto em que o Humanismo do Renascimento foi elaborado:
Declínio do feudalismo e o fortalecimento das cidades-Estados.
1° momento
As trocas culturais estimuladas pelas trocas comerciais na região mediterrânea.
2° momento
O novo olhar sobre a Antiguidade greco-romana.
3° momento
Contexto histórico
O desenvolvimento do Humanismo ocorreu com o auxílio dos textos clássicos, buscando colocar o ser humano no centro da reflexão histórica.
O pensamento renascentista não se limitou a um retorno às fontes clássicas, mas utilizou os clássicos como uma estratégia para se afastar da tradição medieval considerada insuficiente.
A tradição medieval, influenciada predominantemente pelo cristianismo, poderia estar atrapalhando o desenvolvimento comercial e, por isso, era vista como necessária de ser substituída.
“
O usurário, igualmente cortejado e temido por seu dinheiro, é desprezado e temido por causa dele, numa sociedade em que o culto a Deus exclui o culto público a Mammon (deus-riqueza).
(LE GOFF, 2004)
Contexto histórico
Três problemas filosóficos que povoaram inúmeros dos pensadores renascentistas:
A imagem renovada dos indivíduos descolada da tradição católica.
As questões de participação política que surgiram em um contexto de valorização dos indivíduos.
As reflexões sobre a forma de ação política dessas novas figuras políticas que foram as cidades-Estados e que prefiguraram os Estados Modernos em alguns sentidos.
Filósofos do renascimento
Michel de Montaigne
É considerado um dos principais filósofos do Renascimento.
O ceticismo o levava a suspender suas crenças e estar aberto às transformações no mundo e em si mesmo.
Seu estilo ensaístico reflete essa postura, não se preocupando com a fixação de posições absolutas.
Considerava tudo no mundo como objeto de avaliação e reflexão, o que o torna uma figura marcante do Renascimento.
Étienne de La Boétie
Questiona por que um ditador pode manter-se no poder mesmo quando o povo é numericamente superior.
Ele argumenta que a subordinação só é possível porque o povo abdica de seu poder e liberdade voluntariamente.
O problema da servidão voluntária reflete a importância dada ao indivíduo singular e à liberdade inata no contexto do Humanismo renascentista.
Nicolau Maquiavel
Rompe com a visão medieval e renascentista de que a bondade do governante legitima seu poder.
A única preocupação do governante é a manutenção do Estado, não importando a bondade ou ética.
Defende que a autoridade do governante deriva da posse do poder e a força coercitiva é mais importante que as leis.
O governante deve possuir virtù, uma disposição flexível, e usar estratégias adequadas para subjugar a fortuna e manter o poder.
Contrato social na Filosofia política
Ao final deste módulo, você será capaz de distinguir as concepções do contrato social na Filosofia política moderna.
2
História da Filosofia Moderna
Contexto histórico
A Era Moderna é caracterizada pela primazia da razão e desenvolvimento das Ciências Naturais.
René Descartes foi importante para consolidar a razão como ferramenta para compreender o mundo.
A cultura católica iniciada no Renascimento continuou a se descolar na Era Moderna.
A Revolução Científica, com as descobertas de Copérnico, auxiliou no deslocamento da centralidade da Terra e valorização do indivíduo.
Autores da Era Moderna eram em sua maioria católicos ou protestantes.
Na nova visão do universo, o homem não estava no centro, mas se sentia menos subordinado a algo externo.
Astrônomo Copérnico, ou Conversa com Deus, Jan Matejko, século XIX.
Contexto histórico
Ciências e a razão continuam sendo elementos centrais em nossa vida atual.
Formação dos Estados Nacionais Modernos entre o início do século XVI e o final do século XVII.
Enfraquecimento dos nobres aristocratas, e poder foi centralizado nas mãos das monarquias.
Realização de guerras para unificar e delimitar as fronteiras dos Estados, que passaram a ser pensados como nações.
Surgimento de economias nacionais, tornando a economia central para a política.
A burguesia, uma nova classe social, buscava maior participação política.
Os Burgueses de Calais, Benjamin West, 1789.
Filósofos modernos
Thomas Hobbes
Sua filosofia política de visava pôr fim às guerras religiosas na Europa.
Propôs a teoria do contrato social para formação do Estado.
O Estado é resultado das premissas da guerra civil.
Para garantir a paz, propôs a conversão da moral em dever de obediência ao Estado.
O arranjo hobbesiano exige a submissão total ao monarca e separação entre convicção e ação política.
Os súditos têm o direito à autodefesa se o monarca falhar em prover proteção adequada.
John Locke
Ao delegar agência política ao soberano, os súditos ficam reduzidos à instância moral privada.
O Iluminismo se caracteriza pela expansão desse foro interior privado para um domínio público.
Fala sobre os três tipos de leis: divina, civil e moral.
A moral é uma legislação que rivaliza com as leis do Estado e age por meio da opinião pública.
O conflito entre moral e política é tema central no pensamento iluminista.
Nicolau Maquiavel
Em sua teoria dos afetos, mostra que os indivíduos buscam realizar seus desejos, mas muitas vezes não sabem por que os querem.
Assim como Hobbes, pensa que a autoridade política é necessária para evitar disputas intermináveis e garantir estabilidade política.
Sua filosofia política permite a revolta contra abusos de poder, mas não é algo comum.
Tanto os indivíduos como o soberano limitam suas ações em busca de estabilidade e para evitar revoltas.
O Pensamento Iluminista
Neste módulo você, será capaz de reconhecer os principais conceitos do pensamento iluminista.
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História da Filosofia Moderna
Contexto histórico
O Iluminismo está relacionado às transformações políticas dos séculos XVII e XVIII.
O período foi marcado por três grandes revoluções políticas: a Inglesa, a Americana e a Francesa.
Os pensadores iluministas propuseram modelos de instituição baseadosna razão.
Elaboraram modelos de governo fundados no consentimento do governado, bem como ideais políticos de liberdade, igualdade e fraternidade.
O impasse da Filosofia política iluminista estava em como a razão poderia substituir a autoridade criticada por uma nova forma de autoridade.
Um legado importante foi a questão dos limites da razão, exemplificada pela Revolução Francesa e o Código Civil de Napoleão.
A Liberdade guiando o povo, Eugène Delacroix, 1830.
Filósofos iluministas
Jean-Jacques Rousseau
Não acreditava que os Estados se extinguiriam apenas com críticas filosóficas.
Em "O contrato social", defende uma reconciliação entre autoridade e liberdade através da submissão mútua.
Concebe a "vontade geral" da sociedade como una e incondicional, não apenas a soma de vontades individuais.
O cidadão é livre quando participa da vontade geral, não se realiza de maneira direta.
O líder é esclarecido sobre a vontade geral e guia ações e convicções dos indivíduos.
Immanuel Kant
Foi um filósofo influente com contribuições em diversas áreas.
Diferencia conhecimento de pensamento, limitando o campo de atuação da razão.
Sua ética se baseia em três ideias fundamentais.
Mesmo sem comprovação empírica, a ideia da liberdade do homem é um princípio regulador para a ética kantiana.
Uma situação de coação ainda permitiria a escolha da submissão sob essa perspectiva.
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
Trouxe a questão da História para a Filosofia.
Sua filosofia lida com os problemas do seu tempo e as consequências do movimento histórico para a verdade das coisas.
A sociedade civil é o campo das relações entre indivíduos e famílias em uma comunidade.
O Estado é a concretização formal dos laços sociais por meio de leis e estruturas burocráticas.
Utiliza a dialética para observar a verdade das coisas.
Utilitarismo
Jeremy Bentham (1748-1832)
Trouxe os princípios do experimentalismo e empirismo.
Fazia analogia entre as Ciências Morais e as Ciências Naturais, onde o legislador seria para o corpo político o que um físico é para um corpo natural.
Acreditava que as dores e prazeres eram quantificáveis em termos matemáticos e fundamentavam a atividade humana.
As dores e os prazeres seriam a base material do utilitarismo.
John Stuart Mill (1806-1873)
Argumenta que a razão prática possui um fundamento, assim como o raciocínio teórico.
A felicidade é o único fim da ação humana e o princípio da utilidade é baseado na busca pela felicidade.
Apresenta uma forma de prova do princípio da utilidade, afirmando que a felicidade é desejável, nada além dela é desejável e a felicidade de todos é igualmente desejável.
Essa prova não é uma dedução lógica, mas mostra que o princípio da utilidade tem fundamentos racionais.
Essa teoria pode ser conhecida por meio de seus teóricos.
Modernidade Líquida e sociedade sólida
Ao final deste módulo, você será capaz de compreender os conceitos da modernidade líquida e da modernidade sólida.
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Modernidade líquida
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
Tal conceituação é fundamental para compreender a ruptura e substituição de determinados valores culturais, sobretudo na passagem para o século XXI.
Modernidade sólida
A modernidade sólida caracterizava-se por princípios orientados pela ordem, em que os indivíduos se conformavam aos modelos de conduta e experimentavam determinado grau de segurança em seus vínculos.
Modernidade líquida
Bauman cita o emprego e os relacionamentos contemporâneos como aspectos cada vez mais marcados pela transitoriedade e facilmente revogáveis.
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
Para compreender melhor a diferença entre as duas modernidades, veja o quadro a seguir:
Modernidade Sólida
Sociedade de produtores (papel central do trabalho)
Totalitarismo 
Vigilância panóptica
Liberalismo 
Burocracia e controle
Tradição e liberdade
Comunidade
Modernidade Líquida
Sociedade de consumidores (papel central do consumo)
Democracia
Vigilância pós-panóptica
Neoliberalismo
“Liberdade”
Possibilidade de escolhas
Individualidade
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
Bauman aborda os novos arranjos do trabalho na transição da modernidade sólida para a líquida.
Na modernidade sólida, a conquista do espaço e a lógica do poder e controle baseavam-se na separação entre dentro e fora, certo e errado, incluído e excluído.
O poderio bélico, econômico e político ditava o controle das relações, com referência à expansão territorial e conquista de terras.
A domesticação e colonização do espaço exigiam um tempo rígido e uniforme, medido pelo modelo do espaço e arranjado em sequências monótonas.
A modernidade pesada tinha como modelo a fábrica fordista, caracterizada por maquinarias pesadas, tempo congelado da rotina e confrontos trabalhistas.
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
Na era hardware da modernidade, era da racionalidade instrumental, o tempo precisava ser administrado prudentemente para que o uso do espaço pudesse ser maximizado.
O trabalho hardware necessitava ser supervisionado e administrado no seu processo (por isso o empenho dos empregadores em vigiar o processo de trabalho para controlar os trabalhadores).
A era do software não mais amarra o capital. Ela descorporifica o trabalho anunciando a ausência de peso do capital, rompendo a dependência mútua trabalhador-capital.
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
As características vão além do mundo do trabalho. A instantaneidade da modernidade leve e líquida reside na anulação da resistência do espaço e na liquefação da materialidade dos objetos.
O mundo do hardware é o do longo prazo e dos objetos duráveis.
O mundo do software é o do curto prazo e dos objetos perecíveis, transitórios.
Modernidade Sólida X Modernidade Líquida
Na modernidade líquida, para a maioria das pessoas, o presente é, na melhor das hipóteses, instável.
Na modernidade sólida, uma das virtudes que fizeram do trabalho um valor foi a sua capacidade de dar forma ao informe. O trabalho era atividade em que se supunha que a humanidade como um todo estava envolvida, um esforço coletivo de que cada membro da espécie humana tinha que participar. Junto a ele, surgiu a ambição de aparelhar e colonizar o futuro.
A modernidade líquida é a derrota da razão pura em nome de uma racionalidade nômade, labiríntica. Nesse mundo labiríntico, o trabalho se divide em episódios isolados como o resto da vida humana. Ele foi retirado do universo da construção da ordem e do controle do futuro e foi lançado na direção do reino do jogo.
A versão liquefeita do trabalho
Na modernidade leve, o capitalismo flutuante enfraqueceu os laços entre capital e trabalho.
O capital se tornou extraterritorial, leve e desembaraçado.
A política atual é influenciada pelo capital, forçando a flexibilização das leis, impostos e mercado de trabalho.
O capitalismo busca lucros cada vez mais nas ideias do que em objetos materiais.
Os empresários na modernidade líquida valorizam a instabilidade, aceitam a desorientação e veem o precário como um valor, buscando viver fora do espaço e do tempo.
A versão liquefeita do trabalho
Há, na modernidade leve, algumas mudanças importantes:
Na administração das empresas, as pessoas passam a ser remotamente controladas.
O acesso à informação converteu-se num direito humano.
A liderança foi substituída pelo espetáculo (Cultura do entretenimento).
O bem-estar na população passou a ser medido pelo acesso às tecnologias da comunicação.
A vida útil das informações tornou-se muito reduzida.
O capitalismo sem o adiamento da satisfação
Bauman retoma a ideia de Max Weber sobre o adiamento da satisfação na modernidade.
A procrastinação contribuiu para a acumulação de capital e o enraizamento da ética do trabalho.
O ainda não caracteriza a vida do homem moderno.
Bauman relaciona o adiamento com a competição entre libido e Tânatos na Psicanálise.
A precariedade é uma característica da modernidade líquida, com falta de garantias e insegurança.
No capitalismo leve, asmodas mudam rapidamente, gerando cinismo na sociedade.
Peças são descartadas e substituídas facilmente, refletindo a cultura do descartável no capitalismo leve.
Processo de individualização
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os mecanismos do processo de individualização.
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Modernidade líquida
Mundo líquido
O derretimento do mundo sólido trouxe uma natureza incontrolável e incerta.
Velocidade, fuga e passividade são técnicas para manter as relações de poder na sociedade.
As novas tecnologias de controle são móveis e transitórias, sem fronteiras.
A flexibilização do mercado permite o desengajamento do sistema e das revoluções sistêmicas.
O projeto revolucionário perde força devido ao caráter desterritorializado.
Os mecanismos de poder estão em redes além do alcance e não são liderados por figuras conhecidas ou ideologias claras.
Liberdade: libertar-se x sentir-se livre
A desterritorialização é uma característica marcante do século XXI.
O poder é tomado como extraterritorial, e o tempo torna-se a única dependência humana.
As relações humanas são mediadas facilmente por dispositivos eletrônicos.
A liberdade é um tema central nas reflexões de Bauman.
O capítulo introdutório de "Modernidade Líquida" aborda a emancipação na sociedade, mas acomodação e falta de ação prevalecem na sociedade capitalista.
Liberdade: libertar-se x sentir-se livre
Há uma grande diferença, porém, entre:
Libertar-se
Refere-se, literalmente, a desprender-se de algo, alguma corrente que impeça a movimentação.
Sentir-se livre
Não se nota qualquer resistência que impeça os movimentos.
Liberdade: libertar-se x sentir-se livre
O mundo pós-moderno é caracterizado por incerteza e falta de uma identidade sólida.
A crise contemporânea impossibilita a construção de uma identidade duradoura, gerando angústia e incerteza.
Os padrões de comportamento não são mais fixos, e a construção individual é influenciada por grupos de referência.
A ausência de perspectivas claras contribui para a angústia na sociedade de incertezas.
Bauman usa o termo "cruzadas" para descrever movimentos de expansão cultural de um único tipo.
Consumo
O mundo líquido é caracterizado por um modo de vida compulsivo, obsessivo e insaciável.
O consumo excessivo busca fabricar uma sociedade constantemente desejante.
A antiga ilusão de alcançar um estado de perfeição no futuro colapsa na modernidade líquida.
A desregulamentação e privatização das tarefas modernizantes são características desse contexto.
As atividades se tornam fragmentadas e administradas pelos indivíduos, enfatizando a autoafirmação pessoal em vez da sociedade como um todo.
Consumo
Bauman estabelece como um dos principais aspectos de sua obra Vida para Consumo (2008) a diferença entre consumismo e consumo:
Consumo
É uma condição e um aspecto irremovível, presente em todos os momentos históricos do ser humano e que tem raízes antigas em diferentes formas de vida.
Consumismo
Caracteriza-se como um atributo da sociedade líquida e surge quando o consumo assume o papel-chave que na sociedade de produtores era exercido pelo trabalho.
Consumo
O consumo incessante é estimulado pelo desejo de destacar-se e sair da invisibilidade.
A sociedade de consumo pressupõe que as pessoas se vendam como produtos a serem consumidos.
A preocupação estética surge da busca por não se tornar obsoleto e estar sempre pronto para ser consumido.
Os limites entre público e privado estão esfacelados na sociedade mediada pela internet.
Números de likes, views, compartilhamentos, amigos e fãs se tornam métricas e valores importantes nesse consumo de indivíduos por indivíduos.
Amor líquido
O conceito de amor líquido é central na nova face da modernidade.
Os relacionamentos na contemporaneidade são ambivalentes devido à efemeridade do mundo moderno.
Bauman escreveu uma obra dedicada ao tema do amor líquido, onde explora a fragilidade dos laços humanos.
As pessoas não se relacionam mais, elas se conectam.
As relações virtuais são facilmente deletadas e a ideia de comprometimento está em declínio.
A distinção entre desejo e amor é enfatizada, sendo o amor associado à eternidade e o desejo à satisfação imediata.
Influências de Bauman no Brasil
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar influências de Zygmunt Bauman em autores brasileiros.
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Modernidade líquida
Bauman no Brasil
Suas reflexões sobre a educação influenciaram a academia e intelectuais brasileiros.
Critica as rotinas repetitivas e os códigos disciplinares na escola.
Destaca a privatização e individualização dos processos de ensino e aprendizagem na educação contemporânea.
A relação entre professor e aluno é comparada a fornecedor-cliente ou centro comercial-comprador.
Defende uma verdadeira revolução cultural na educação e critica os meios de comunicação por oferecerem material de má qualidade aos jovens.
Propõe que a educação não seja usada para manter e reproduzir privilégios sociais.
Zygmunt Bauman abordou diversos temas da Modernidade que interessam as sociedades ocidentais.
O feminino
Santaella (2008) explora a identidade feminina na modernidade líquida, especialmente no mundo do comércio e na imprensa.
A exposição das mulheres influencia a construção de uma identidade feminina baseada em narcisismo, sensualidade e perfeição.
Bauman (2008) argumenta que, além do consumo, as pessoas se tornaram produtos a serem promovidos no mercado.
A preocupação estética surge da necessidade de se manter relevante no mercado de consumidores.
Para ser sujeito na sociedade de consumidores, é necessário se tornar uma mercadoria vendável.
Arranjos sociais e familiares
O estudo de Eduardo Bittar (2007) aborda o individualismo na família na modernidade líquida.
Os laços familiares enfraqueceram, dando espaço para a realização individual em detrimento do coletivo.
A desterritorialização e globalização influenciam na transformação das relações familiares, tornando-as mais informais.
A emancipação das mulheres, questionamento das relações de gênero e perda da figura paterna contribuem para a liquefação da família clássica da modernidade sólida.
A busca por construir uma família continua, mas há terceirização de responsabilidades na criação dos indivíduos.
A crise de referências palpáveis leva os indivíduos a buscar ideais no entretenimento de massa como modelo de conduta.
Constituição das sociedades
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar como as diversas sociedades se constituíram e se relacionaram.
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A sociedade em rede
Construções e relações das sociedades
Aprendemos a viver em sociedade desde pequenos, convivendo com nossa família.
Nesse convívio, aprendemos a falar nossa língua materna, assimilamos valores e códigos de conduta moral.
Também aprendemos a respeitar regras e a desenvolver comportamentos adequados para uma boa convivência social.
Ao longo da vida, desenvolvemos competências para viver e trabalhar coletivamente, tanto na família como na escola e na fase adulta.
O conceito de sociedade
Sociedade é um sistema coletivo com características culturais, estruturais e demográficas em um espaço geográfico compartilhado.
Não há uma definição fechada para o conceito de sociedade, podendo ser explicado como um espaço familiar onde ocorrem práticas individuais e coletivas.
As análises sociológicas e antropológicas estudam as sociedades a partir de diferentes níveis de realidade social.
Atualmente, vivemos em sociedades complexas, com grande interligação cultural e normas compartilhadas, dependendo uns dos outros.
Nossa vida é subdividida em espaços e períodos distintos, como trabalho, lazer e família.
A formação do Sistema-Mundo-Colonial-Moderno
O aumento da população europeia no século X impulsiona mudanças sociais e tecnológicas.
O cristianismo entra em disputa com vertentes protestantes.
O Renascimento estimula estudos científicos e tecnológicos, levandoa avanços em transporte, navegação e comunicação.
A chegada ao Novo Mundo traz encontro com diferentes climas, formas de vida, línguas e fauna/flora desconhecidas pelos europeus.
A partir do século XVI, a circulação de culturas, pessoas, objetos e saberes se intensifica, modificando permanentemente o mundo.
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500.
A formação do Sistema-Mundo-Colonial-Moderno
O capitalismo é marcante na primeira fase da mundialização.
Immanuel Wallerstein elabora a teoria do sistema-mundo moderno.
O mundo passa a ser conectado por relações econômicas, estabelecendo uma Divisão Internacional do Trabalho.
Os centros produzem produtos de maior valor agregado, enquanto periferias e semiperiferias fornecem produtos agrários e matérias-primas.
A colonização das Américas e da Europa permitiu a acumulação primitiva de capital.
A interdependência entre as regiões do mundo se acentua progressivamente, mas de forma desigual.
O começo do capitalismo foi marcado pelo comércio com troca de mercadorias.
A difusão do capitalismo e da cultura europeia
O século XIX foi marcado por dois processos de dimensão mundial: o neocolonialismo (imperialismo) e a independência das colônias na América Latina.
O neocolonialismo envolveu a dominação europeia sobre territórios na África e Ásia, impulsionado por fatores como a Revolução Industrial e teorias racialistas.
O neocolonialismo levou à marginalização e desagregação das culturas locais e difusão do capitalismo e cultura europeia.
Na América Latina, as colônias conquistaram independência política, mas não econômica e cultural.
O conceito de colonialidade explora uma dominação além do âmbito político e territorial, envolvendo a inserção de indivíduos em um mundo hierarquizado e racializado.
China - o bolo dos Reis e Imperadores: charge mostrando a Grã-Bretanha, Alemanha, Rússia, França e Japão dividindo a China. The Chinese Cake, H. Meyer, 1898. Fonte: Le Petit Journal.
Problemas e oportunidades da sociedade em rede
Ao final deste módulo, você será capaz de reconhecer os problemas e as oportunidades trazidas pela consolidação das sociedades em rede no século XXI.
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Sociedade em rede
Limites e possibilidades das sociedades em rede no Século XX
O modo capitalista de produção, as relações salariais e a cultura ocidental se espalham por regiões não totalmente dominadas, mas as tensões entre nações crescem no final do século XIX.
1914: Primeira Guerra Mundial.
1939: Segunda Guerra Mundial.
1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos.
1955: Zonas de livre comércio, como a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e a Comunidade Econômica Europeia (CEE).
1960: Surgimento do termo Aldeia Global.
1980: Período de ascensão da internet e do auge da difusão e da propaganda do termo globalização.
Sociedades em rede em um novo mundo
Para superar a crise do petróleo em 1973, os organismos internacionais de economia criaram uma espécie de cartilha econômica que deveria ser seguida por todos os países com as seguintes indicações:
Disciplina fiscal;
Redução dos gastos públicos;
Reforma tributária;
Abertura comercial;
Investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições;
Privatização das estatais;
Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas).
Sociedades em rede em um novo mundo
Resultados gerados pela globalização:
Regras econômicas pesadas prejudicaram países pobres.
Megacorporações desmantelaram indústrias locais.
Empresas multinacionais foram denunciadas por explorar trabalho infantil, similar à escravidão, e desrespeitar o meio ambiente.
Transnacionalização das empresas aprofundou a Divisão Internacional do Trabalho.
Globalização prejudicou os mais pobres e limitou investimentos estatais.
O discurso da Aldeia Global resultou em um afrouxamento real de fronteiras.
Cientista político Francis Fukuyama via o triunfo da democracia liberal após a Queda do Muro de Berlim.
Sociedades em rede em um novo mundo
Milton Santos classificou a globalização como:
Globalização como fábula
Destaca que a globalização é propagada como fábula ou ideologia única, ocultando suas consequências negativas, como mascarar as mazelas que produz..
Globalização como perversidade
A globalização é dominada pelo avanço técnico-científico-informacional e pelas grandes empresas, propagando um discurso único imposto pelos atores econômicos mais poderosos.
Constituição das sociedades em rede
Ao final deste módulo, você será capaz de racionar a constituição das chamadas Sociedades em Rede no século XXI.
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Sociedades em rede
Sociedades em redes no século XXI
Entre os anos de 1960 e 2000, ocorreu a transnacionalização da economia e cultura, com grandes corporações.
Autores como Milton Santos e Néstor García Canclini criticaram essa globalização, que perpetuou desigualdades e a Divisão Internacional do Trabalho.
As mudanças culturais permitiram apropriações criativas, mas também levaram à homogeneização.
Santos e Canclini viram a possibilidade de invenção de uma outra globalização por meio de reinventar a utopia em novos moldes.
A ascensão das redes sociais no século XXI
Em 2004, o Facebook foi lançado e chegou ao Brasil em 2008, tornando-se uma das maiores redes sociais do mundo com 2,3 bilhões de usuários em 2019.
As redes sociais foram bem recebidas por possibilitar maior democratização do acesso à informação e ao conhecimento, em contraste com a concentração midiática em grandes corporações.
O ciberativismo utiliza a internet para promover causas políticas, organizar ações e, em alguns casos, realizar invasões ou congestionamento de sites como forma de protesto.
A Era da Informação e da Pós-verdade
Eleições de 2016 a 2018 mostraram o poder das redes sociais e fake news em comparação com a influência dos grandes veículos de imprensa.
As notícias falsas circulam em velocidade sem precedentes, atingindo uma grande quantidade de pessoas.
O uso de algoritmos e Big Data nas redes sociais gera análises de dados que servem para tomadas de decisão, inclusive na área política.
A empresa Cambridge Analytica foi acusada de obter ilegalmente dados pessoais de usuários do Facebook e usá-los para produzir notícias falsas a favor da campanha de Donald Trump.
A Era da Informação e da Pós-verdade
Eleições presidenciais de 2018 no Brasil foram alvo de investigações por fake news nas redes sociais, especialmente no WhatsApp.
Empresas compravam pacotes de disparos em massa para atingir opositores de Bolsonaro.
Pós-verdade é uma palavra escolhida pela Universidade de Oxford em 2016, relacionada à manipulação de informações que se alinham às visões de mundo das pessoas.
É importante verificar as notícias antes de repassá-las para combater as fake news.
Apesar dos problemas, as redes sociais podem ser usadas para ações solidárias e políticas positivas.
A Era da Informação e da Pós-verdade
Para concluir:
Sociólogo Manuel Castells analisou os impactos da tecnologia digital na Era da Informação.
Vivemos uma cultura da virtualidade real, com interações mediadas pela internet.
As formas de trabalho e relações afetivas são cada vez mais impactadas pelas redes sociais e aplicativos.
A busca da felicidade individual e consumo máximo afeta a gestão do trabalho e pode levar à solidão.
As redes de solidariedade podem amenizar o sofrimento causado por essas novas circunstâncias.
 
 
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