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Podcast Disciplina: Principais abordagens em Psicologia Clínica Título do tema: A clínica sob a ótica da teoria da Gestalt Autoria: Stella Luiza Moura Aranha Carneiro Leitura crítica: Itala Daniela da Silva Abertura: Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar a abordagem gestáltica no trabalho com grupos. No caso de trabalhar com grupos, a teoria gestáltica enfatiza a importância de olhar o grupo como um sistema e a partir de quatro pressupostos: 1) a prioridade da experiência grupal; 2) o desenvolvimento da awareness (consciência) grupal; 3) o contato ativo entre os membros do grupo; 4) o uso de estratégias interativas e criativas para estimular o funcionamento grupal. Além disso, existem algumas regras básicas para os participantes do grupo como: falar sempre na primeira pessoa; ter responsabilidade pelos seus atos; partilhar experiências no grupo; falar de forma direta com os membros do grupo; não interpretar ou criticar ou julgar as experiências dos outros; respeitar o espaço dos outros, entre outras regras. O coordenador do grupo, em Gestalt-terapia, trabalha o indivíduo e o grupo, buscando o crescimento de ambos. Um pressuposto importante utilizado pela Gestalt-terapia é sobre os processos que ocorrem em qualquer grupo seja terapêutico, de trabalho, de amigos, família, que são divididos em três níveis: o intrapsíquico, o interrelacional e o sistêmico. O terapeuta, durante o processo grupal, identifica em cada momento, qual o melhor nível de intervenção para cada situação. Sua forma de trabalhar com o grupo poderá, em uma dada situação, atuar como um terapeuta individual, outras vezes como um facilitador de situações interpessoais e, até mesmo, um favorecedor de dinâmicas grupais. A ideia é a de que o grupo atravessa, no decorrer do seu processo, estágios de desenvolvimento, envolvendo necessidades que as pessoas carregam para a sua convivência em grupo, são elas: a necessidade de afiliação e pertencimento, a necessidade de autonomia e a necessidade de afeição. Estas necessidades são constantes e integradas nos processos grupais, mas dependendo da etapa do processo grupal, elas podem se apresentar de formas mais intensas. O processo grupal apresenta um desenvolvimento próprio, que vai dirigir as intervenções do terapeuta. A primeira etapa é chamada de identidade e dependência. O grupo, em geral, é silencioso e a participação de seus membros é feita através de questões sobre a participação no grupo e as V er sã o normas que devem ser seguidas. Nessa fase, o coordenador do grupo esclarece e promove maior contato entre os participantes. Em um segundo momento, chamado de influência e contradependência, os membros do grupo já se conhecem e começam a surgir situações de poder, alianças, expressões de sentimentos, que funcionam como figura, tanto para o grupo como para o terapeuta. O terapeuta deve estimular o desenvolvimento da awareness, flexibilizar e trocar papéis entre os membros do grupo, proporcionando a expressão de sentimentos e conflitos no grupo, de forma segura. O último estágio é aquele em que ocorre o desenvolvimento da intimidade e independência entre os participantes. Acontece, neste caso, o desenvolvimento de um sentimento de cumplicidade em que as pessoas se percebem integradas ao grupo e se sentem apoiadas, compreendidas e amadas. Há um sentimento de solidariedade no grupo, sem deixar de existir confrontos e questionamentos que devem ser trabalhados. O terapeuta participa deste ambiente e, nos casos que exigem a sua intervenção, pode propor algumas técnicas específicas da abordagem gestáltica. Na verdade, para concluir, o terapeuta gestáltico, em seu trabalho clínico com grupos, deve ter flexibilidade, sensibilidade, intuição e senso de humor. Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!
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