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45 Princípios e Direitos Fundamentais RESUMÃO CONSTITUCIONAL www.grancursosonline.com.br afastamento do cargo, no prazo por ela definido, como condição para concorrer à reeleição prevista no § 5º do art. 14 da Lei Magna, na redação atual. Diversa é a natureza da regra do § 6º do art. 14 da Constituição, que disciplina caso de ine- legibilidade, prevendo-se, aí, prazo de desincompatibilização. A EC 16/1997 não alterou a norma do § 6º do art. 14 da Constituição. Na aplicação do § 5º do art. 14 da Lei Maior, na redação atual, não cabe, entretanto, estender o disposto no § 6º do mesmo artigo, que cuida de hipótese distinta. A exegese conferida ao § 5º do art. 14 da Constituição, na redação da EC 16/1997, ao não exigir desincompa- tibilização do titular para concorrer à reeleição, não ofende o art. 60, § 4º, IV, da Constituição, como pretende a inicial, com expressa referência ao art. 5º, § 2º, da Lei Maior. Não são invocáveis, na espécie, os princípios da proporcionalidade e razoabilidade, da isonomia ou do pluripartidarismo, para criar, por via exegética, cláusula restritiva da elegibilidade prevista no § 5º do art. 14 da Constituição, na redação da EC 16/1997, com a exigência de renúncia seis meses antes do pleito, não adotada pelo constituinte derivado.” (ADI 1.805-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 26-3-1998, Plenário, DJ de 14-11-2003.). Por sua vez, se os Chefes do Poder Executivo (presidente, governador e prefeito) qui- serem os concorrer a outros cargos, devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito, nos termos do art. 14, § 6º, da CF: Art. 14. Omissis § 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governado- res de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. Diante dessa prescrição, para o exercício do direito à reeleição, não é exigível a desin- compatibilização. Por outro lado, se o Chefe do Poder Executivo quiser concorrer a qualquer outro cargo eletivo deve renunciar ao seu cargo até a data definida na norma, sob pena de ser considerado inelegível em razão de sua incompatibilidade. A partir da permissão para a reeleição, presidente, governador e prefeito, bem como os respectivos vices, caso tenham sucedido ou substituído o titular no curso do mandato, podem candidatar-se para o mesmo cargo para um único período subsequente. Para o terceiro man- dato consecutivo, estarão inelegíveis. Na verdade, no que se refere aos vices, o STF entendia que a aplicabilidade da ree- leição para o terceiro mandato consecutivo somente os alcançaria, desde que tivessem se tornado titular do cargo de Chefe do Poder Executivo no curso do mandato. Com efeito, entendia-se que a vedação à reeleição do presidente, governador e prefeito somente poderia ser aplicada para quem fosse titular do cargo, pois reeleição é definida como uma eleição
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