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3 Histórico da abordagem cognitiva-social

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RESUMO 
Histórico da abordagem cognitiva-social 
Objetivos 
>Reconhecer os antecedentes teóricos da psicologia cognitiva. 
> Relacionar funcionalismo, behaviorismo e cognitivismo no desenvolvimento da psicologia cognitiva. 
> Identificar as contribuições da psicologia da gestalt e do cognitivismo para a psicologia cognitiva. 
 
Antecedentes teóricos da psicologia cognitiva 
 
Contribuições da filosofia para a psicologia cognitiva 
 
Platão (428–348 a.C.) já fazia referência ao mundo das ideias quando afirmava que a verdade só é 
alcançada por meio dos pensamentos, e não dos sentidos. O filósofo grego defendia sua teoria das ideias 
descrevendo a realidade como um fenômeno composto por objetos concretos que representam as formas 
abstratas, ou seja, as ideias (RODRIGUES, 2004). 
Aristóteles (384–322 a.C.), também filósofo grego, afirmou que as ideias são adquiridas a partir das 
experiências, e, portanto, o conhecimento deveria passar por métodos empíricos de investigação. 
Diferentemente de Platão, Aristóteles acreditava na realidade relacionada ao mundo concreto, aos objetos 
que são percebidos pelo homem. 
René Descartes (1596–1650), filósofo racionalista, contesta as ideias de Aristóteles ao afirmar que o 
método introspectivo e reflexivo está acima do empírico 
John Locke (1632–1704), também filósofo, porém empirista, declarou que o homem nasce sem 
conhecimento prévio e que, por meio das experiências, das tentativas e dos erros, aprende durante o seu 
desenvolvimento. A essa teoria atribuiu o nome de “lousa em branco”. Com isso, Locke afirmava que 
todas as ideias têm origem na experiência, e, dessa forma, a reflexão seria “[...] o processo pelo qual a 
mente olha para dentro de si mesma 
Immanuel Kant (1724–1804) afirmava que, quando percebemos um objeto, obrigatoriamente encontramos 
nossas próprias características psicológicas e que, ao observar o mundo, o sujeito estabelece uma 
relação com o objeto observado. Assim, o pensador entendia que a percepção humana é uma 
organização daquilo que é percebido, não sendo Histórico da abordagem cognitiva-socialpossível 
perceber o todo, mas, sim, as partes que fazem sentido para o observador 
Um esquema com o nome dos filósofos cujas reflexões ajudaram a fundamentar a 
psicologia cognitiva 
Platão, Aristóteles, Descartes, Locke, Kant. 
 
 
Contribuições da psicologia para o desenvolvimento da psicologia 
cognitiva 
Wilhem Wundt (1832–1920), cuja proposta era estudar e compreender a estrutura e as configurações 
dos elementos da mente, assim como suas percepções. Assim, teve início a primeira escola da 
psicologia, o estruturalismo 
William James (1842–1910), precursor do funcionalismo, afirmava que o objeto da psicologia deveria ser 
os mecanismos de adaptação dos seres humanos ao seu ambiente, e não a estrutura da mente. Ele 
relacionava fisiologia e psicologia considerando os aspectos adaptativos do ser humano ao meio em que 
vive 
(Ele descreve o sujeito formado por três “eus”: o primeiro, denominado eu material, é composto por todas 
as coisas que pertencem à pessoa, desde seu próprio corpo até suas roupas, propriedades, etc. [...]. A 
segunda instância é denominada eu social e se refere às diferentes relações possíveis entre as pessoas, 
envolvendo os grupos sociais a que pertença [...]. E, por fim, há o eu espiritual, que envolve as 
capacidades intelectuais, os sentimentos, as vontades e as faculdades psíquicas) 
John B. Watson (1878–1958), antes funcionalista, fundava o behaviorismo,ele utilizava métodos 
experimentais de investigação desconsiderando os conteúdos dos processos mentais internos. 
Edward Chace Tolman (1886–1959), eletroquímico e psicólogo norte-americano também behaviorista, 
escreveu a sua teoria da aprendizagem. Na década de 1950, publicou seu livro sobre os princípios do 
comportamento intencionado 
Burrhus Frederic Skinner (1904–1990) compreender o homem como capaz de assimilar novos 
repertórios, considerando como comportamentos os fenômenos introspectivos e conseguindo considerar 
aspectos subjetivos de forma coerente, como possibilidades de respostas ao meio. 
A oposição ao behaviorismo surgiu com a consolidação da gestalt como área de conhecimento que 
postulava o entendimento dos fenômenos da psicologia a partir da observação do todo, e não apenas de 
suas partes. 
Max Wertheimer (1880–1943), considerado um dos pais da gestalt. Além de Wertheimer, outros 
psicólogos se dedicaram ao estudo da chamada “psicologia da forma”, Kurt Koffka (1886–1941), Kurt 
Lewin (1890–1947) e Wolfgang Köhler (1887–1967) 
O cognitivismo crescia pelo mundo como resposta às abordagens psicanalíticas e behavioristas, 
propondo o estudo da consciência e do conhecimento humano a partir da compreensão das funções da 
mente. 
O cognitivismo passa a contar com contribuições da antropologia, da psicobiologia, da linguística, da 
inteligência artificial e de outras ciências que forneceram subsídios para a compreensão das funções 
mentais 
Albert Bandura (1925–2021) Ele defendeu a ideia de que há uma relação entre o indivíduo e o ambiente, 
afirmando que a aprendizagem pode ocorrer por observação, sem necessariamente haver imitação ou 
ação sobre o objeto — essa aprendizagem ocorre pela observação de um modelo, chamada “modelação 
Bandura deu ênfase aos estudos da cognição social, que originaram sua teoria do aprendizado social 
 
 
 
Jean William Fritz Piaget (1896–1980) 
Biólogo, Henri Wallon (1879–1962), 
Lev Semionovitch Vygotsky (1896–1934) 
Contribuíram com o campo da psicologia ao destacarem a importância da interação com o meio no 
desenvolvimento das capacidades mentais. Para além do cognitivismo, esses autores se tornaram 
referências tanto na psicologia cognitiva quanto na psicologia do desenvolvimento e da aprendizagem 
 
Funcionalismo, behaviorismo, cognitivismo e psicologia cognitiva 
 
Funcionalismo 
Tinha como foco compreender a consciência humana. Para tanto, ele estudou as emoções, os 
pensamentos, as crenças e as religiões presentes na vida do indivíduo, chegando à conclusão de que as 
crenças e os desejos pessoais interferem no processo racional e na formação de conceitos. 
Descreveu a capacidade dos indivíduos, nem sempre agem de maneira consciente.de buscar a resolução 
de problemas para se adaptar melhor ao meio, tendo um papel ativo e autônomo nesse processo. A 
consciência, então, passa a ser compreendida como um fluxo, um movimento dos seres humanos em 
direção ao mundo 
Existe uma diferenciação entre a escolha e o hábito: na primeira, há consciência e intencionalidade; no 
segundo, há o ato involuntário ou automático uma vez que essa abordagem supõe a existência de 
pensamentos involuntários, que invadem a mente sem uma ação reflexiva, ou seja, pensamentos 
automáticos. 
Willian James Considerando a teoria dos três “eus”, James afirmava que seria possível uma pessoa 
tomar decisões que a prejudicassem fisicamente como forma de reafirmar um aspecto social, ou seja, o 
ambiente é um fator importante nesse processo. 
 
Behaviorismo 
Tolman considerava a mente humana um sistema capaz de comandar comportamentos e aprender novos 
repertórios 
Já Skinner propõe o uso de reforços positivos para “[...] controlar ou modificar o comportamento individual 
ou coletivo” 
Para tanto, lança-se mão da modelagem, ou método de aproximação sucessiva, em que o reforço é dado 
em fases de ações (simples) que vão gradativamente aproximando o comportamento atual do 
comportamento final desejado (complexo). 
Para Skinner, é assim que crianças aprendem a falar: primeiro elas emitem sons aleatórios, que vão 
sendo reforçados pelas pessoas ao redor quando se aproximam de uma palavra real, até que a criança 
consiga falar como as outras pessoas 
 
Os conceitos de reforço positivo, reforço negativo, punição positiva e punição negativa podem ser 
compreendidos da maneira apresentada a seguir 
 „ Reforço positivo: acrescentar algoprazeroso ou que satisfaça uma necessidade. 
 „ Reforço negativo: retirar algo desagradável. 
 „ Punição positiva: acrescentar algo aversivo. 
 „ Punição negativa: retirar algo prazeroso ou que satisfaça uma necessidade. 
Para se trabalhar com o condicionamento operante, Skinner defende o uso do reforço na aprendizagem. 
O comportamento pode, então, ser controlado por meio do reforço de suas respostas. A recompensa 
proporciona uma influência mais forte que a punição na aprendizagem 
 
Cognitivismo 
O cognitivismo também vai considerar o ambiente um elemento essencial para o desenvolvimento 
humano. A relação da pessoa com o meio em que vive se estabelecerá de acordo com os significados 
que ela atribui aos objetos, às pessoas e aos eventos 
Definem cognição como: [...] o processo por meio do qual o mundo de significados tem origem. À 
medida que o ser se situa no mundo, estabelece relações de significação, isto é, atribui significados à 
realidade em que se encontra. 
Ausubel (1963) define a aprendizagem significativa como o mecanismo humano que adquire e armazena 
a vasta quantidade de ideias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento 
Parei no final da pagina 10 
A psicologia da Gestalt e a Abordagem Cognitiva 
Gestalt, no que diz respeito à percepção, pode significar organização, isto é, a forma como a percepção 
organiza determinado contexto. Em outros momentos, pode significar forma, como a forma do objeto em 
si, estrutura ou padrão. 
A teoria da gestalt é contra a ideia de que a percepção se dá por meio da soma de elementos. Para os 
pesquisadores da gestalt, a combinação entre as coisas percebidas é realizada pela percepção, podendo 
surgir algo que não pode ser encontrado na simples acumulação dos elementos. 
Os psicólogos da gestalt elaboraram a teoria de que nós temos tendências perceptivas que nos fazem 
buscar pela “boa forma”. Isso significa que simplificamos, unimos e completamos aquilo que observamos 
para torná-lo mais familiar e conhe cido, de modo que faça sentido em relação ao conteúdo que já 
conhecemo 
De acordo com Schultz e Schultz (2009), a gestalt compreende as sensa ções dos diferentes órgãos dos 
sentidos, que se misturam em um sistema complexo de organização. Haveria, então, algumas 
características gerais da percepção, descritas a seguir. 
Proximidade: temos a tendência de agrupar as partes que estejam próximas no tempo ou no espaço. 
Continuidade: tendemos a seguir uma direção para ligar os elementos de forma que pareçam sem 
interrupção . 
 
 
Semelhança: as partes parecidas tendem a ser unidas, criando um agrupamento. 
Preenchimento: completamos os espaços faltantes das figuras para que se aproximem de formas mais 
conhecidas. 
Simplicidade, ou pregnância: buscamos a “boa gestalt”, simétrica, simples e estável, mesmo que ela 
esteja apenas sugerida e com vários detalhes ao redor. 
Figura-fundo: o objeto observado, ou parte do objeto observado, ao receber mais atenção e foco da 
percepção, é chamado “figura”. Porém, os outros objetos, ou suas partes, não deixam de existir, tornando-
se o que se denomina “fundo”. Podemos, contudo, alternar o foco, transformando em figura outros objetos 
ou partes, tornando fundo todo o restante. 
A gestalt considera que a percepção se dá pelas relações entre os objetos, e não pela sensação 
individual de cada elemento. É fácil perceber, por exemplo, que a mudança do ângulo de observação de 
um objeto não nos faz acreditar que estamos diante de um objeto diferente. 
Em 1950, George Alexander Kelley (1905–1967), considerado o pai da psi cologia clínica cognitiva, lança 
mão da teoria da construção pessoal, na qual descreve a influência das preconcepções na interação 
social, fundamentando pesquisas em cognição social. Em 1958, Asch, Kelley e Heider reforçam a ideia de 
que os indivíduos não são receptores passivos, defendendo que eles processam ativamente a 
informação. Essa é uma importante contribuição da psicologia da gestalt para a psicologia cognitiva. 
Assim, entende-se que a forma como a pessoa percebe essa informação na relação com o meio vai 
constituir a sua estrutura cognitiva (GOODWIN, 2005). 
Assim, destaca-se que, para a psicologia cognitiva, a mudança ocorre a partir de alterações na 
percepção, na interpretação dos fatos. Para isso, é necessário assumir a existência de mais de um lado 
em uma história, ou seja, compreender que cada um vê de acordo com os recursos de que dispõe e a 
partir da perspectiva em que se encontra. 
Leituras recomendadas 
AZZI, R. G. Introdução à teoria social cognitiva. São Paulo: Casa do Psicologo, 2014. 
(Série Teoria Social Cognitiva em Contexto Educativo, v. 1). 
STERNBERG, R. J. Psicologia cognitiva. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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