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Os Testes na Avaliação de Inteligência e Habilidades

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16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_9470648/temas/3/conteudos/1 1/41
OS TESTES NA AVALIAÇÃO
DE INTELIGÊNCIA E
HABILIDADES
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16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_9470648/temas/3/conteudos/1 2/41
DESCRIÇÃO
Principais aspectos relativos à evolução, aplicação e de�nição de testes psicológicos e avaliações cognitivas.
PROPÓSITO
O conhecimento sobre psicometria e a medição das variáveis psicológicas representam décadas de estudos, e
são fundamentais para o desenvolvimento da carreira do psicólogo e sua visão sobre avaliação psicológica,
tornando sua prática na pesquisa ou na clínica mais ética, clara e precisa.
OBJETIVOS
Módulo 1
Reconhecer conceitos
teóricos e históricos da
Psicometria e da
medição nos testes de
inteligência
Módulo 2
Identi�car a utilidade
dos testes cognitivos
e sua aplicação
prática
Módulo 3
Distinguir os testes de
habilidades no contexto
dos testes psicológicos
e da medição da
inteligência
Módulo 4
Reconhecer as normas
do código de ética e os
documentos escritos a
serem apresentados
nas avaliações
psicológicas
INTRODUÇÃO
Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos na observação de comportamentos baseados nas
respostas dos indivíduos. Os objetivos desses testes são descrever e/ou mensurar características e
processos psicológicos. Esse conteúdo concentrou-se em três temas principais que desenvolveram
medições e instrumentos de medição: a inteligência, a cognição e as habilidades.
Vamos saber um pouco mais sobre a história da Psicometria, a busca de pesquisadores do século XIX e
XX unindo a Psicologia e a Estatística por décadas de evolução para a utilização plena de medição da
inteligência na avalição psicológica. Também apresentaremos como os testes psicológicos devem ser
validados e aferidos para o uso dos psicólogos pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Você vai
conhecer mais sobre o Sistema de Avaliação de Testes Psicológicos (SATEPSI), que conta com um
conjunto de especialistas na área da avaliação psicológica, especializado na construção de testes e que
tem como objetivo estabelecer padrões e normas para os instrumentos e as práticas de avaliação em
Psicologia no Brasil. Abordaremos os testes cognitivos e como eles são importantes na observação do
dé�cit cognitivo e podem atender desde a clínica à pesquisa, incluindo as áreas da Saúde e da Educação.
Também re�etiremos sobre os testes de habilidades, frutos do interesse pela investigação dos domínios e
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https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_9470648/temas/3/conteudos/1 3/41
capacidades, que formam o conceito da inteligência e são muito utilizados em organizações e seleções.
Um número enorme de testes está autorizado para ser empregado pelo CFP, e todo psicólogo deveria
saber mais sobre esses instrumentos: como utilizá-los, quem deve usá-los, quais as baterias de testes
recomendados por idade e interesse de avaliação. Esse conhecimento sobre testes psicométricos de
inteligência, cognição e habilidades deve alicerçar a prática sobre as avaliações psicológicas.
MÓDULO 1
 Reconhecer conceitos teóricos e históricos da
Psicometria e da medição nos testes de inteligência
INTELIGÊNCIA E A SUA MEDIÇÃO
A Psicologia procura há décadas responder a perguntas e hipóteses sobre a natureza da inteligência. Você pode
imaginar que existe uma in�nidade de visões a respeito desse tema. A quantidade de publicações no banco da
dados da PsycINFO da Associação Americana de Psicologia acusa, ao colocarmos a palavra inteligência na busca,
a publicação de 18.400 artigos até 2002 e um aumento para 171.513 artigos até 2021, demonstrando uma
emergente e expressiva produção nos últimos vinte anos.
Alguma vez você já deve ter ouvido um comentário
sobre alguém ter o QI alto ou baixo, sendo que ter um
QI alto seria um elogio, não é mesmo? Saiba que o
termo QI é a medida mais popular da inteligência, mas
ela não é a única. As pesquisas mais recentes sobre o
assunto revelam que as teorias de inteligência vêm
evoluindo e representando um processo cumulativo e
integrativo. Tanto que a avaliação da variável
inteligência tem se mantido destacada há mais de 100
anos (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018).
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De�nição de inteligência
Sobre a de�nição de inteligência, diante de um cenário de diversidade conceitual ao longo do tempo, vamos
mencionar uma declaração assinada por 52 renomados pesquisadores e mencionada por Flores-Mendoza &
Saraiva (2018). A inteligência:

(...) é uma capacidade mental muito geral que, entre outras coisas, implica a
habilidade para raciocinar, planejar, resolver problemas, pensar de maneira
abstrata e aprender da experiência. Não se pode considerar um mero
conhecimento enciclopédico, uma habilidade acadêmica particular ou uma
destreza para resolver um teste. Entretanto, re�ete uma capacidade mais
ampla e profunda para compreender o ambiente — perceber, dar sentido às
coisas ou imaginar o que deve ser feito”.
(FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018, p. 24)
Como a investigação sobre a inteligência humana é um processo evolutivo e contínuo, a melhor forma de
apresentarmos o tema é começando pelas origens e a parceria entre a Psicologia e a Estatística. Vamos conhecer
um pouco da história desse campo importante da psicologia: a Psicometria.
A inteligência e a Psicometria
A origem da Psicometria deve ser encontrada nos trabalhos do estatístico Spearman, que surgiram no campo da
investigação das aptidões humanas: mentais, físicas e psicofísicas (PASQUALI, 1997). A medição das aptidões
humanas era a temática psicológica do início do século XX. A ideia de submeter fenômenos psíquicos à linguagem
da matemática vem do século XVIII, com o �lósofo alemão Christian Wolff. Ao �nal do século XIX, o pesquisador
Weber desenvolveu a Psicofísica, observando a intensidade de um estímulo e a sensação dessas diferenças nos
indivíduos.
Segundo Pasquali (1997), a partir daí, a evolução foi rápida e possível de ser organizada em décadas e eras de
ouro, como o autor chama. Assim, podemos identi�car:
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1880: a década de Galton
Interesse na avaliação das aptidões humanas por meio da criação de uma
medida sensorial. O trabalho de Galton teve enorme impacto na orientação
prática da Psicometria, in�uenciando Cattell, e também na formulação de
teorias que apareceriam no século XX, com Pearson e Spearman.
1890: a década de Cattell
Desenvolvimento de medidas para a identi�cação das diferenças individuais.
Cattell foi o criador da terminologia “Teste Mental” (mental test).
1900: a década de Binet
Predominam os interesses da avaliação das aptidões humanas, compondo a
inteligência. Binet cria o primeiro teste psicológico de capacidade mental. No
que se refere à teoria psicométrica, a década de 1900 deve ser considerada a
era de Spearman, pelos fundamentos da Psicometria clássica e a importância
de suas obras.
1910 – 1930: a era dos testes de inteligência
Esse período teve a in�uência dos testes de inteligência de Binet, os artigos de
Spearman, e sofreu o impacto da Primeira Guerra Mundial, que gerou a
utilização de seleção rápida e e�ciente de recrutas para o exército (Ex.: testes
Army Alpha e Army Beta).
1930: a década da análise fatorial
O entusiasmo com testes de inteligência começa a cair após estudos
demonstrarem que o fator da cultura atua sobre a inteligência. A ideia de um
fator g (geral e universal) proposto por Spearman começa a ser repensada por
psicólogos estatísticos. A enorme produção cientí�ca desse período
impulsiona a criaçãoda Sociedade Psicométrica Americana e sua revista
Psycometrika. Período de grande re�namento das tecnologias, como a análise
fatorial da inteligência, e dos testes psicométricos.
1940 – 1980: a era da sistematização
Con�uência de pesquisadores que atuam em duas áreas opostas nesse
período: a síntese e a crítica. Guilford tenta sistematizar os avanços da
Psicometria; Gulliksen sistematiza a teoria clássica dos testes mentais e
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aperfeiçoa os testes psicológicos; Cattell procurou sintetizar os dados da
medida em personalidade; Harmann organiza os conhecimentos na área da
análise fatorial. A American Psychological Association (APA), introduz as
normas de elaboração e uso dos testes.
A partir de 1980: a era da Psicometria (Teoria da Resposta ao
Item – TRI)
A TRI propõe a avaliação de características que não podem ser observadas
diretamente nos indivíduos. Essa metodologia sugere formas de representar a
relação entre o traço latente e a probabilidade de um indivíduo dar uma certa
resposta a um item. Para a Psicometria, é o que há de mais novo no campo
investigativo na Psicologia.
MEDIÇÕES E INFLUÊNCIAS
DA INTELIGÊNCIA
Binet (1857-1911) desenvolveu o primeiro teste
verdadeiramente psicológico da capacidade mental, e
Terman, em 1916, aperfeiçoou o modelo do teste
aplicando o conceito do quociente de inteligência (QI).
A evolução se seguiu até a criação da Stanford-Binet
Intelligence Scale, que serviu como base para os testes
de inteligência de hoje (SCHULTZ & SCHULTZ, 2019).
Medição do QI (Quociente de Inteligência)
A medição do QI representa a inteligência de uma pessoa e, na época de Binet, era obtida pela seguinte fórmula:
idade mental dividida pela idade cronológica, multiplicada por 100.

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QI  =  (IM  / IC) * 100
Por isso. o termo Quociente é utilizado, pois o QI é um coe�ciente calculado pela relação entre a idade que o
sujeito obtém no teste (IM) e idade real da pessoa no momento da avaliação (IM). Mas os testes de QI na
atualidade não trabalham mais com esse simples cálculo. Eles acabam utilizando uma distribuição que tem um
valor médio estabelecido em 100 (com desvio padrão de 15 pontos) obtida por meio de um grupo-padrão que
serve de referência (grupo de pessoas que representam a população que depois será avaliada com o teste).
Ou seja, a inteligência média está nos resultados entre
85 a 115 e nessa faixa estão aproximadamente
90%-95% da população. Abaixo desse valor pode haver
algum tipo de comprometimento cognitivo (2,5% de
probabilidade) e acima um desenvolvimento cognitivo
mais avançado (2,5% de probabilidade). O resultado
acima de 130 indica um indivíduo que pode ser
considerado superdotado.
 Quadro de distribuição normal dos níveis QI – população geral
Relação dos níveis de inteligência e o cotidiano
Os autores Flores-Mendoza & Saraiva (2018) a�rmam que algumas áreas, como a Sociologia, têm estudado as
implicações práticas da inteligência humana na sociedade. O trabalho de Gottfredson (2006) apresentou
resultados de pesquisa demonstrando que pessoas identi�cadas com alto nível cognitivo e competência podem
in�uenciar mais o desenvolvimento de um país do que pessoas de nível cognitivo médio. Curiosamente, observa-
se o oposto no campo da política. Pessoas com nível médio de inteligência parecem in�uenciar mais o
desenvolvimento político e democrático de um país do que pessoas altamente inteligentes.
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Ritchie (2016) a�rma que pessoas que possuem um QI
elevado têm tendência a levar uma vida mais saudável
e a viver mais tempo que os outros. Em sua pesquisa
com 1 milhão de homens suecos �cou demonstrado
que uma pessoa cujo quociente intelectual é baixo tem
3 vezes mais chance de morrer que uma pessoa com
QI elevado.
Segundo Ritchie (2016), assim como a mortalidade, a
correlação entre o QI e o sucesso pro�ssional é
positiva. A inteligência prediz o sucesso pro�ssional e a
riqueza. As pessoas que têm quocientes intelectuais
elevados apresentam tendências a produzir mais e a
ganhar mais dinheiro. Estatisticamente, não há relação
signi�cativa dos níveis de QI com os níveis de
felicidade e a estrutura de personalidade.
A tese da hereditariedade como preditora de inteligência, hipotetizada nos estudos de Galton no �nal do século
XIX, que geraram a criação do conceito da “Eugenia” e a possibilidade de aperfeiçoar a natureza humana por meio
do acasalamento de pessoas, já foi refutada. Os estudos do século XXI já demonstraram que os genes não são
su�cientes para de�nir os níveis de QI. As diferenças do ambiente como alimentação, educação e o per�l de saúde
têm muito mais in�uência nas capacidades intelectuais do que nossos genes (RITCHIE, 2016).
Inteligências e o Fator g
Mas entre as diferentes teorias e de�nições de inteligência, encontramos várias concepções, existindo aqueles que
falam de único fator (Spearman e o Fator g) e aqueles que acreditam na multiplicidade de fatores (Thurstone e
seguidores). É válido nos perguntar sobre a evolução nas teorias de inteligência, como as inteligências múltiplas
de Howard Gardner ou os modelos de estratos da inteligência de Carroll: será que elas colocariam em xeque uma
medida universal e baseada exclusivamente em uma capacidade intelectual especí�ca como a�rmava Spearman.
O fato é, as teorias evoluíram, mas aperfeiçoando as descobertas iniciais. Contudo, hoje já sabemos que nossa
inteligência é uma combinação fatorial de nossas competências e habilidades. Ou seja, as pessoas que têm um
quociente geral elevado intelectual podem apresentar scores elevados no conjunto de subtestes e não somente
nos domínios especí�cos. Essa superposição entre diferentes formas de inteligência é o que os psicólogos
chamam “Fator g”.
De acordo com Flores-Mendoza & Saraiva (2018), o psicólogo de linguagem e psicometrista norte-americano John
Carroll (1993) deu início ao �m da discórdia sobre a estrutura fatorial da inteligência com seu trabalho acadêmico
de décadas e um modelo hierárquico chamado: teoria dos três estratos.
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Estrato III (habilidades cognitivas e habilidade intelectual,
equivale ao famoso fator g).
Estrato II (8 habilidades amplas, como memória, aprendizagem,
percepção e velocidade).
Estrato I (média de 60 fatores especí�cos).
A seguir, podemos ver uma ilustração que indica o modelo hierárquico da inteligência. O primeiro estrato
(quadrados) corresponde a habilidades muito especí�cas, como listar palavras que começam com determinada
letra; o segundo estrato relaciona-se a habilidades amplas, como o raciocínio verbal; e o Fator g estaria no terceiro
estrato.
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 Modelo hierárquico da inteligência.
Testes de inteligência na modernidade
Os testes de inteligência mais utilizados
Segundo Hutz, Bandeira e Trentini (2018), as Escalas Wechsler de Inteligência são os instrumentos mais
completos para avaliar esse construto e estão entre os mais usados na avaliação da inteligência em nosso País.
Englobam versões para diferentes grupos etários, com versões para crianças, adolescentes e adultos. Mais
recentemente, foi desenvolvida uma versão abreviada, que pode ser aplicada em diferentes faixas etárias. Além do
objetivo comum de medir a inteligência, as versões originais para cada faixa etária têm estrutura semelhante,embora variem quanto ao número de tarefas e ao conteúdo dos itens (FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018). São
elas:
Clique nas informações a seguir.
Testes de inteligência WAIS Testes de inteligência WISC-IV Testes de inteligência WASI
Existem ainda alguns outros testes de inteligência recomendados. Vamos conhecê-los.
Clique nas barras para ver as informações.
TESTES DE INTELIGÊNCIA D–70 
TESTES DE INTELIGÊNCIA G-36/G-38 
TESTES NÃO VERBAIS DA INTELIGÊNCIA TONI-3 
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O FATOR G E AS TEORIAS DE FATORES MÚLTIPLOS
Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista re�ete sobre as diversas concepções de inteligência,
destacando a clássica rivalidade entre os teóricos do Fator g e os teóricos de fatores múltiplos e a situação na
atualidade.
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VEM QUE EU TE EXPLICO!
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 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Um dos testes mais conhecidos e mais completos para avaliar o construto de
inteligência em adultos foi publicado em fevereiro de 1955. Esse teste psicológico avalia a
capacidade intelectual de adultos na faixa etária entre 16 e 89 anos. Marque a opção
correta para o teste que oferece a possibilidade de se obter medidas em indivíduos
adultos para as seguintes escalas e índices: Análise do QI: Compreensão Verbal,
Organização Perceptual, Memória Operacional e Velocidade de Processamento Verbal.
Responder
2. Na década de Binet, em 1900, predominaram os interesses pela avaliação das aptidões
humanas na área acadêmica e na área da Saúde, mas esse período também tem um outro
nome. No que se refere propriamente à psicometria, a década de 1900 pode ser
considerada a era de __________________, um importante estatístico. Complete a lacuna do
texto com a resposta correta:
Responder
Teste Stanford- BinetA)
Teste PsicotécnicoB)
Escala de Inteligência WechslerC)
Teste Não Verbal de InteligênciaD)
Teste de Dé�cit CognitivoE)
SpearmanA)
PearsonB)
WolffeC)
WeberD)
GaltonE)
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MÓDULO 2
 Identi�car a utilidade dos testes cognitivos e sua
aplicação prática
OS TESTES PSICOLÓGICOS E SUA DEFINIÇÃO
Vamos começar falando de dois verbos muito parecidos: “testar” e “avaliar”. Você acha que eles possuem o
mesmo sentido? É importante não nos confundirmos, pois eles não são sinônimos. O ato de testar é a aplicação
de um instrumento sistemático para coletar amostras de comportamento e o ato de avaliar é realizar um processo
muito mais complexo do que somente aplicar testes, pois avaliar é um processo mais amplo e dinâmico de
observação que pode contar inclusive com os resultados de alguns testes. Vamos nos aprofundar no tema dos
testes psicológicos, já que eles são uma das ferramentas mais usadas no processo de avaliação do psicólogo.
De�nição de teste psicológico
Segundo Hutz, Bandeira e Trentini (2015), “o teste psicológico é um instrumento que avalia (mede ou faz uma
estimativa) construtos (também chamados de variáveis latentes) que não podem ser observados diretamente.” (p.
12).
Os psicólogos não têm a informação da convivência pessoal sobre seus clientes e pacientes, por esse motivo eles
precisam de dados mais precisos dos que seriam gerados pela convivência. Quando conhecemos uma pessoa em
profundidade, ou se temos a chance de observar o comportamento dela por um longo período, podemos a�rmar
que, em nosso ponto de vista, a pessoa é (ou não é) otimista, ansiosa, altruísta, empática, e assim por diante. Os
testes psicológicos podem nos ajudar com essas informações.
Uma de�nição mais precisa de teste psicológico foi
dada por Suzana Urbina (2014 apud HUTZ, BANDEIRA
E TRENTINI, 2015). Ela diz que o teste psicológico é um
procedimento sistemático "para pontuar e avaliar essas
amostras de acordo com normas" (p. 2). O termo
normas, mencionado por Urbina, permite uma re�exão
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sobre como o resultado obtido em um teste por uma
pessoa precisa de uma sistematização e regras para
ser contextualizado de alguma forma. Todos os
resultados encontrados em testes, se não tiverem
normas, não terão signi�cado (HUTZ, BANDEIRA &
TRINTINI, 2015).
Em um teste de inteligência clássico, é muito
importante saber o padrão do teste e de seus
resultados. Por exemplo, um aplicador, sabendo que a
média da população alcança 100 pontos, poderia
concluir, em um atendimento, que uma pessoa que
alcançou 108 pontos estaria acima da média.
Seguindo esse exemplo, se esse score de 108 fosse encontrado em um adolescente e ele apresentasse um
rendimento escolar de�ciente, o psicólogo poderia saber que as di�culdades na escola não seriam decorrentes de
problemas de inteligência.
Nesse caso, a avaliação psicológica seria feita com
testes e envolveria uma série de outras técnicas na
observação de problemas pessoais ou familiares,
especialmente aplicando entrevistas com o
adolescente, seus pais, professores e colegas. Com
esses dados, poderiam ser revelados vários possíveis
fatores de interferência no desempenho escolar desse
jovem.
Controle dos testes no Brasil
Existe um grande esforço internacional de organizações como American Educational Research Association
(AERA), American Psychological Association (APA), National Multi-Commodity Exchange (NMCE) e International
Test Commission na orientação e controle sobre o uso adequado dos instrumentos de avaliação de inteligência.
Essa ação é uma garantia de disponibilidade de testes válidos e �dedignos, padronizados e normatizados, que
demonstrem con�abilidade à prática clínica e pesquisa (ANACHE & CORREA, 2010).
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Os testes psicológicos no Brasil são conceituados, segundo a Lei nº 4.119/62, como instrumentos que mensuram
de forma sistemática características psicológicas, considerados como um método de uso privativo do psicólogo
(HUTZ, BANDEIRA e TRENTINI, 2015). Devem ser aprovados para uso e são controlados pelo Conselho Federal de
Psicologia e o Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos (SATEPSI).
Tipos de testes psicológicos
Podemos dividir os testes psicológicos em dois tipos: os testes psicométricos e os testes impressionistas.
Testes psicométricos
Sobre os testes psicométricos, eles
utilizam a técnica da escolha forçada, de
autorrelato, escalas em que o sujeito
deve simplesmente marcar suas
respostas. Utilizam a teoria da medida e
usam números para descrever os
fenômenos psicológicos. Primam pela
objetividade e tarefas padronizadas. A
correção ou apuração é mecânica,
portanto, sem ambiguidade por parte do
avaliador.

Testes impressionistas
Sobre os testes impressionistas, sua
apuração é ambígua, sujeita aos vieses
de interpretação do avaliador porque
suas respostas são livres, mesmo que
sejam numéricos. Apresentam tarefas
pouco estruturadas para uma
sistematização de respostas, deixando
margem para interpretações subjetivas
do próprio avaliador. Precisam de um
psicólogo muito mais experiente no uso
do instrumento e da avaliação
psicológica.
AVALIAÇÃO COGNITIVA E SUA APLICAÇÃO
A avaliação cognitiva pode oferecer em seus resultados um per�l com pontos fracos e pontos fortes. Contudo,
segundo Malloy-Diniz et al. (2010), a avaliação cognitiva difere dos testes de inteligência: “Não são testes
submetidos a uma normatização por constituírem tarefas que uma pessoa normal desempenhariacom facilidade
[...] são exercícios destinados a explorar as etapas dos processos cognitivos.” (p. 53-54)
Sobre as capacidades cognitivas, destacam-se:
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Compreensão verbal
O ato de compreender, pensar e se expressar em palavras.
Raciocínio perceptivo
O ato de organizar e raciocinar com informações visuais.
Memória de trabalho
O ato de reter e manipular informações verbais.
Velocidade de processamento
O ato de digitar, processar e identi�car informações com precisão.
QI e a capacidade cognitiva
Normalmente, a pontuação média para o QI e vários domínios está entre 90 e 109. Pontuações mais altas de QI se
relacionam com um funcionamento cognitivo mais alto e pontuações mais baixas de QI representam um
funcionamento cognitivo mais baixo. No entanto, quando as pontuações entre os domínios variam muito, pode ser
necessária a investigação mais detalhada das pontuações dos domínios cognitivos individuais. Os instrumentos
de inteligência e de cognição aplicados paralelamente podem fornecer um diagnóstico mais preciso da
capacidade cognitiva de um indivíduo do que somente a pontuação geral de QI (MALLOY-DINIZ et al., 2010).
Um motivo para realizar uma avaliação cognitiva está
relacionado ao fato de um pro�ssional estar
preocupado com alguém que pode estar sofrendo de
uma de�ciência cognitiva. Isso pode ser uma
investigação sobre uma lesão cerebral ou derrame, a
suspeita de de�ciência intelectual de uma criança ou
baixo desempenho acadêmico de um adolescente.
Uma outra motivação diz respeito à dúvida do
psicólogo se um paciente está ou não experimentando
algum problema como efeito colateral de medicação.
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16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
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Quem é adequado para participar de um teste cognitivo?
De acordo com Malloy-Diniz et al. (2010), as avaliações cognitivas podem ser aplicadas em crianças, jovens,
adultos e idosos, embora sejam aplicadas nas crianças menores em certas circunstâncias. Os indivíduos podem
se bene�ciar de uma avaliação cognitiva se experimentarem alguns sintomas ou di�culdades relativas à
linguagem, ler ou escrever, memória, processamento de informação, atenção e concentração, desempenho
acadêmico.
Testes cognitivos na avaliação do
psicólogo
Durante um atendimento psicológico, uma avaliação
cognitiva pode ser feita para saber mais sobre as
capacidades atencionais de um paciente. Esses testes
também são usados após cirurgias e anestesias para
con�rmar que o paciente está se recuperando e que
nenhuma área do cérebro foi dani�cada durante a
operação.
Testes cognitivos podem ser empregados também por
outros pro�ssionais como psicopedagogos ou
docentes que desejam avaliar os alunos por algum
objetivo pedagógico. É necessário diferenciar este tipo
de avaliação da avaliação de capacidade intelectual. Os
testes cognitivos podem fornecer dados sobre como
obtemos e processamos a informação que chega até
nós, podendo, assim, identi�car áreas de atenção, mas
não podemos considerar isso como uma medida de
inteligência.
    
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TESTES COGNITIVOS,
FUNÇÕES E APLICAÇÕES
Ao longo da vida, vamos percebendo mudanças em
nossa capacidade de atenção. As falhas e perdas de
memória, por exemplo, podem não ser graves, mas são
gradativas e silenciosas com a idade adulta avançada.
O teste cognitivo é frequentemente usado para rastrear
esse comprometimento cognitivo leve (MCI – Mild
Cognitive Impairment), que pode ser um fator de risco
para comprometimento mais sério. É recomendável
depois dos cinquenta anos veri�car se há declínio na
função mental (MALLOY-DINIZ et al., 2010).
Testes cognitivos mais usados em avaliação cognitiva
Vamos conhecer os testes cognitivos mais usados em avaliação cognitiva.
Clique nas barras para ver as informações.
AVALIAÇÃO COGNITIVA DE MONTREAL (MOCA) 
MINI EXAME DO ESTADO MENTAL (MMSE) 
MINI-COG 
TIPOS E UTILIDADE DOS TESTES COGNITIVOS
Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista re�ete sobre os tipos de testes cognitivos, explicando sua
utilidade, os testes mais utilizados e diferenças com os testes de inteligência.
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��
VEM QUE EU TE EXPLICO!
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Sobre os testes psicométricos e os testes impressionistas, podemos a�rmar diversas
características. Marque a única resposta correta:
Os testes psicométricos são subjetivos e os testes impressionistas usam a técnica da
escolha forçada.
A)
Os testes psicométricos e os testes impressionistas ambos utilizam a técnica da escolha
forçada.
B)
 
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Responder
2. Os testes cognitivos são indicados para apoiarem as avaliações cognitivas em diversas
situações, tanto em pessoas de idade jovem e adulta, ou idosos em fase de
envelhecimento, como também em crianças e jovens entre 4 e 25 anos de idade, embora
possam ser usados com crianças menores em certas circunstâncias. Sobre a aplicação, os
benefícios de uma avaliação cognitiva podem atender aos indivíduos que experimentarem
qualquer um dos itens:
Responder
Os testes psicométricos requerem respostas livres e os testes impressionistas utilizam
escala para medição de resposta.
C)
Os testes psicométricos usam a técnica da escolha forçada e os testes impressionistas
requerem respostas livres.
D)
Os testes psicométricos usam a técnica da escolha forçada e os testes impressionistas e a
correção ou apuração são mecanizadas.
E)
Di�culdades com a motricidade.A)
Di�culdades na sociabilidade.B)
Di�culdades com sua atenção.C)
Di�culdades no sentimento de inadequação.D)
Di�culdades em pronunciar certos fonemas.E)
MÓDULO 3
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 Distinguir os testes de habilidades no contexto dos
testes psicológicos e da medição da inteligência
A APLICAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
Os testes psicológicos devem ser compreendidos como instrumentos auxiliares na coleta de dados durante a
realização de uma avaliação psicológica. Para Machado (2007): “avaliar nunca é simples, nem rápido, nem fácil” (p.
17). Os resultados dos testes juntamente com as demais informações organizadas pelo psicólogo, auxiliam na
descrição e/ou mensuração das características e processos psicológicos e na compreensão do problema
estudado, de forma a facilitar a tomada de decisões.
Os testes psicológicos descrevem os comportamentos humanos em suas mais diversas formas de expressão,
segundo padrões de�nidos pela construção dos instrumentos. Segundo a sua estruturação, podem ser
categorizados de duas formas:
Testes com respostas corretas
Relacionados a medições objetivas,
como o funcionamento cognitivo e
habilidades. 
Testes onde não há respostas
corretas
Relacionados à observação subjetiva,
como inventários, questionários, testes
de personalidade, motivações,
interesses ou opiniões.
Avaliação dos testes psicológicos
No Brasil, no �nal do século XX, os Fóruns Regionais de Avaliação Psicológica e o Fórum Nacional de Avaliação
Psicológica já discutiam a respeito da necessidade de controle de qualidade que atendessem à formação
continuada dos psicólogos sobre o uso de testes psicológicos.
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Com base nesse propósito, foram estabelecidas
responsabilidades. A escolha dos instrumentos,
métodos e técnicas no exercício pro�ssional cabe ao
psicólogo. A competência de disciplinar, �scalizar o
exercício pro�ssional e avaliação psicológica cabe ao
CFP. O CFP criou o SATEPSI para aplicar as medidas
necessárias relativas à avaliação dos instrumentos de
avaliação psicológica (MACHADO, 2007).
Regulamentação e qualidade dos testes psicológicos
Segundo a Resolução CFP 02/2003, que de�ne e regulamenta o uso, elaboração e comercialização de testes
psicológicos, um teste para ser utilizado pelos pro�ssionais de psicologia deve atender a requisitos essenciais.
São eles:
Profundidade com fundamentação teórica bem de�nida;
Apresentar evidências empíricas de validade e precisão na
análise de dados;
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Estabelecer uma correção e interpretação de escores
padronizada;
Descrever com precisão os procedimentos de aplicação;
Apresentar um manual com as informações e métodos
replicáveis.
O psicólogo deve dominar os quatro tópicos que de�nem a qualidade de um teste psicológico: validação,
�dedignidade, padronização e adaptação. A decisão de aplicar um teste psicológico implica o domínio dessas
informações. Sendo que, durante a aplicação do teste, será de responsabilidade do psicólogo a observação desses
princípios, os quais sempre aparecem expostos no manual do teste (MACHADO, 2007).
O QUE UM PSICÓLOGO TEM QUE PROCURAR EM UM TESTE?
Todo psicólogo deve conhecer os princípios que regem a elaboração dos testes que pretende aplicar. É muito
importante garantir que o teste escolhido passou por um processo cientí�co de elaboração.
Como fazer a escolha de um instrumento?
Machado (2007) aponta importantes direcionamentos que podem ajudar o pro�ssional a pensar melhor e a
escolher o teste mais adequado para a ocasião. Vejamos a seguir.
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De�nir os atributos ou características para se avaliar:
Personalidade, atenção, inteligência, por exemplo.
Conhecer as técnicas disponíveis e aprovadas:
Técnicas que constam na lista do CFP como aprovadas.
Catalogar a idade, escolaridade, nível socioeconômico do
testando:
Descrever o per�l da pessoa a ser avaliada.
Dominar as orientações do instrumento:
Ter conhecimento prévio do material antes de sua aplicação.
Controlar a qualidade do instrumento:
Saber a con�abilidade do material.
Utilizar materiais originais:
Sempre aplicar materiais da editora e nunca fotocópias.
Cuidados na aplicação dos testes
É muito importante que o pro�ssional observe alguns aspectos nos participantes antes da aplicação de qualquer
teste psicológico. Deverão ser percebidas as condições físicas, ou seja, o estado de cansaço, uso de medicações,
reconhecimento de problemas visuais e auditivos, ausência de alimentação.
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Serão também observadas as condições psicológicas,
nesse caso algum problema situacional ou alteração
comportamental. Todas essas condições podem
in�uenciar na qualidade do desempenho do sujeito. No
início da avaliação, é importante deixar claro quais são
os objetivos do teste, esclarecendo qualquer dúvida
que seja expressada.
Para um melhor desempenho no teste
O psicólogo deve se habituar a registrar os eventos de forma detalhada e sistematizada. O trabalho de avaliação
deve ser bem organizado. Isso facilitará na hora de tabular e descrever os dados e ajudará o pro�ssional na
conclusão de seu trabalho. Sobre o uso dos testes, deve ser observada a aplicação de todos os princípios contidos
no manual de código de ética com rigor e precisão até a �nalização do processo. O controle de qualidade na
entrega dos resultados e aplicação da entrevista de devolução devem nortear uma boa conduta pro�ssional e uma
avaliação psicológica competente.
Vamos conhecer os principais erros no uso de testes psicológicos.
Os 12 pecados mortais do uso de testes psicológicos
1. Utilizar testes não aprovados pelo CFP.
2. Usar cópias de testes.
3. Não encarar a avaliação psicológica como um processo.
4. Dispensar a entrevista.
5. Adaptar os testes de acordo com a sua vontade: alterar tempos, instrumentos, não observando a
padronização.
6. Não pedir ao candidato para assinar o teste.
7. Não registrar todas as informações pertinentes ao caso.
8. Aceitar remuneração incompatível com a sua prática.
9. Não esclarecer a respeito da avaliação psicológica ao cliente e ao usuário do serviço.
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10. Não fazer entrevistas de devolução.
11. Não se aperfeiçoar em reciclagens, cursos, supervisões e congressos.
12. Não guardar os materiais por cinco anos.
 Tabela: Principais erros no uso de testes psicológicos.
Extraído de Machado (2007, p. 27).
APLICAÇÃO DOS TESTES DE HABILIDADES
Para falarmos sobre os testes de habilidade, vamos retomar o tema da inteligência. Vamos lembrar das
contestações históricas ao Fator g de Spearman. Edward Thorndike, fatorialista do início do século XX, desa�ou o
pensamento de Spearman sobre seu modelo de inteligência baseado em um fator único (Fator g ). Thorndike
a�rmava que o “Fator g” seria um artifício estatístico sem relevância psicológica, pois haveria diferentes tipos de
inteligência, como a social e a mecânica, a serem considerados. Naquela época, Thurstone complementou a visão
crítica de Thorndike e propôs novo modelo da inteligência com a independência das habilidades por meio do seu
teste Primary Mental Abilities (PMA). Essa visão inovadora na investigação da inteligência foi feita com o teste
Differential Aptitude Tests (DAT), que inspirou a criação e validação de famosas baterias, inclusive no Brasil
(FLORES-MENDOZA & SARAIVA, 2018).
De forma semelhante a Thorndike e Thurstone, vários outros fatorialistas seguiram no século XX evoluindo um
modelo não hierárquico em que a inteligência é vista como um sistema de dimensões diferenciadas e sem
generalidade. O mais famoso modelo é o de Raymond Cattell e John Horn, por teoricamente conseguir de�nir dois
fatores novos para a inteligência: a “inteligência �uida” (habilidade de raciocinar e resolver problemas
independentemente de conhecimento anterior) e a “inteligência cristalizada” (capacidade de utilizar o
conhecimento e a experiência passados). Essa proposta é bastante usada até os dias atuais (FLORES-MENDOZA
& SARAIVA, 2018).
Sobre as duas dimensões, inteligência �uida e
inteligência cristalizada, podemos entender que o ciclo
vital, ou seja, a idade, é um parâmetro importante, pois
a inteligência declina com a idade. Se você tem entre
20 e 30 anos, está, segundo estes conceitos, na sua
versão mais inteligente. A partir dos 30 anos, isso vai
começar a mudar, pois a Inteligência Cristalizada (os
conhecimentos que você é capaz de acumular) vão
encontrar uma espécie de chapada, enquanto a sua
Inteligência Fluida (capacidade de resolver novos
problemas) começa a declinar.
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Com o avanço da neurociência cognitiva, na década de 1990, surgiu o modelo CHC considerado um modelo
hierárquico. Seu Fator g é considerado o fator representativo da inteligência geral nos dias atuais. Esse fator é
composto por inúmeras capacidades e habilidades. Os psicólogos educacionais norte-americanos Kevin McGrew
e Dawn P. Flanagandesenvolveriam essa ideia, apresentaram o CHC, um modelo integrado com as ideias de
Cattell, Horn e Carroll (CHC). Esse modelo une a investigação de 12 habilidades amplas e 70 habilidades
especí�cas. Posteriormente, o modelo se estendeu a 16 habilidades amplas e 80 habilidades especí�cas (FLORES-
MENDOZA & SARAIVA, 2018).
É importante considerarmos, na evolução histórica, o reconhecimento do papel que o desenvolvimento social teve
sobre os conceitos da inteligência. Segundo Flores-Mendoza & Saraiva (2018), dois motivos contribuíram para que
novos modelos de inteligência expandissem a investigação de habilidades: até o início do século XX observa-se a
diminuição das tarefas rotineiras e a desvalorização do esforço físico no trabalho. Ao mesmo tempo, acontece o
aumento signi�cativo das tarefas que exigem abstração e dinamismo. As organizações demandaram novos
testes, uma exigência do mercado de trabalho e da urgência da investigação das competências. Um exemplo
dessa mudança social no trabalho é a criação do teste Chief Operating O�cer (COO) que mede a habilidade de
uma pessoa resolver e gerenciar problemas em um curto espaço de tempo, uma habilidade muito valorizada nas
organizações atualmente.
Agora vamos conhecer os testes de habilidades mais populares.
Clique nas barras para ver as informações.
BATERIAS DAT E DAT-5 
AC — ATENÇÃO CONCENTRADA 
R1 — TESTE NÃO VERBAL DE INTELIGÊNCIA 
HTM — TESTE DE HABILIDADE PARA O TRABALHO MENTAL 
BATERIA TSP 
FUNDAMENTAÇÃO DOS TESTES DE HABILIDADES E OS
TESTES MAIS USADOS
Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista re�ete sobre a fundamentação teórica dos testes de
habilidades, usos e os testes mais usados no Brasil.
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VEM QUE EU TE EXPLICO!
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Sobre os itens que podem demonstrar a con�abilidade dos testes à prática clínica e
pesquisa, marque a única resposta correta.
Validade — Fidedignidade — Padronização — Aplicação.A)
Robustez — Fidedignidade —Validade —Padronização.B)
 
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Responder
2. Os testes psicológicos devem ser entendidos como instrumentos auxiliares na coleta de
dados nesse processo dinâmico e complexo que é a avaliação psicológica. Marque a opção
correta no que tange à de�nição dos testes:
Responder
Adaptação — Validade — Fidedignidade — Padronização.C)
Fidedignidade — Validade — Robustez — Aplicação.D)
Validade — Dimensionalidade — Adaptação — Preferência.E)
Testes avaliam o funcionamento cognitivo e conhecimento, habilidades ou capacidades.A)
Os testes não requerem uma correção padronizada.B)
Testes avaliam as interferências contextuais com relação ao desenvolvimento do indivíduo.C)
Os testes avaliam apenas a quantidade de respostas certas e erradas.D)
Os psicólogos não precisam de manual com informações para aplicação dos testes.E)
MÓDULO 4
 Reconhecer as normas do código de ética e os
documentos escritos a serem apresentados nas
avaliações psicológicas
    
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ASPECTOS ÉTICOS DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Segundo Machado, é muito importante a postura do jovem psicólogo e o contínuo estudo e domínio ético-
pro�ssional com relação ao uso dos testes psicológicos.

Qualquer psicólogo que pretenda trabalhar com avaliações deverá ter em
mente as dimensões técnicas, relacionais, éticas, legais, pro�ssionais e
sociais diretamente implicadas em seu trabalho.
(MACHADO, 2007, p. 17)
Com esse propósito alinhado, é muito importante
explicitar que os testes psicológicos só podem ser
aplicados por psicólogos com registro pro�ssional.
Saiba que o candidato que se submete aos testes
psicológicos tem o direito a toda e qualquer
informação que desejar. Os arquivos devem ser
seguros respeitando-se o sigilo dos resultados dos
testes.
A missão primordial do atual Código de Ética
Pro�ssional do Psicólogo, publicação da Resolução
10/2005, de 27 de agosto de 2005, é promover e
assegurar um padrão de conduta de psicólogos que
fortaleça o reconhecimento social da categoria.
Nessa revisão, a terceira versão do código de ética do CFP, o objetivo é absorver as mudanças da sociedade que
precisam ser consideradas durante a prática pro�ssional. Foram consideradas novas legislações, como a criação
do Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, e o Estatuto do Idoso (CPF, 2010).
    
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Quais são os objetivos do Código de Ética?
O Código de Ética Pro�ssional da Psicologia deve ser utilizado mais como um instrumento de re�exão e menos
como um conjunto de normas a serem seguidas. (CPF, 2010). Entre seus objetivos principais estão,
resumidamente:
Valorizar a relação do psicólogo com a sociedade, a pro�ssão,
as entidades pro�ssionais e a ciência.
Criar espaços para o psicólogo acessar a discussão sobre os
limites e interseções relativos aos direitos individuais e
coletivos.
Contemplar a diversidade que con�gura o exercício da
pro�ssão e a crescente inserção do psicólogo em contextos
institucionais e em equipes multipro�ssionais.
Estimular re�exões que considerem a pro�ssão como um todo
e não somente em suas práticas particulares.
O Código de Ética (CPF, 2010) apresenta as responsabilidades e deveres do pro�ssional para a população e baliza
para os psicólogos(as) seus julgamentos nas ações. Nesse documento, estão relatados os princípios
fundamentais da prática pro�ssional:
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Manter o respeito;
Atuar com liberdade, dignidade, igualdade e integridade;
Promover a saúde e a qualidade de vida;
Atuar com responsabilidade social;
Aprimorar continuamente sua atuação pro�ssional;
Manter o acesso ao conhecimento da ciência;
Reconhecer e praticar seu posicionamento crítico.
Quais são as recomendações da APA?
De acordo com Machado (2007), podemos complementar as ideias principais do Código de Ética com as diretrizes
da APA que determina seis princípios básicos para a formação e atuação do psicólogo:
Clique nas barras para ver as informações.
COMPETÊNCIA TÉCNICA 
COMPORTAMENTOS HONESTO 
RESPONSABILIDADE CIENTÍFICA E PROFISSIONAL 
RESPEITAR A DIGNIDADE DAS PESSOAS 
PREOCUPAÇÃO COM O BEM-ESTAR DO OUTRO 
RESPONSABILIDADE SOCIAL DO TRABALHO 
Com essas diretrizes, é importante que o psicólogo se apoie no código de ética pro�ssional e nas recomendações
da APA para evitar problemas futuros com a legislação e garantindo a credibilidade do seu trabalho nos
atendimentos e da classe pro�ssional (MACHADO, 2007).
PRODUÇÃO DE DOCUMENTOS LEGAIS DECORRENTES DA
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Uma das maiores dúvidas para os pro�ssionais da Psicologia é a produção de documentos relacionada ao seu
campo de atuação, e não somente decorrentes da Avaliação Psicológica. Por esse motivo, é importante termos a
oportunidade de aprofundar esse tema.
Segundo Machado, de forma geral, podemos entender que o documento escrito na avaliação psicológica
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
(...) é uma prova legal realizada por um especialista, que fornece
informações técnicas acerca de determinada questão. É, então, uma
comunicação técnico-cientí�ca de natureza o�cial.
(MACHADO, 2007, p. 35)
Em2003, foi instituído o Manual de Elaboração de Documentos Escritos por meio da Resolução 07/2003 do CFP.
Esses documentos são produzidos pelo psicólogo e são decorrentes da Avaliação Psicológica podendo ter
objetivos diversos e procurando subsidiar o pro�ssional na produção quali�cada desses materiais.
Dica
Toda e qualquer comunicação por escrito deverá seguir as diretrizes escritas e
a não observância constitui falta ética disciplinar. É fundamental que a redação
seja bem estruturada e de�nida, evitando interpretações errôneas de seu
conteúdo. Deve-se ordenar as ideias e utilizar linguagem pro�ssional, mas
compreensível por quem lê. Assim, garante-se a precisão na comunicação,
com clareza, concisão e harmonia (MACHADO, 2007). Um grande erro de
pro�ssionais é criar documentos com muitas informações que não
correspondem ao que foi solicitado e que acabam por prejudicar o atendido.
A utilização das quatro modalidades do documento depende do objetivo da elaboração e estão apontadas na
Resolução 07/2003. São elas:
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Declaração Atestado
psicológico
Relatório ou
laudo psicológico
Parecer
psicológico
Essas modalidades estão descritas no Manual de Avaliação Psicológica de Machado (2007). Vejamos cada uma
delas com uma breve descrição.
Declaração
A Declaração é um documento inicial que informa a ocorrência de fatos objetivos:
Descrição da presença do solicitante nas consultas, comparecimentos do seu acompanhante, quando
necessário;
Acompanhamento psicológico do atendido;
Informações sobre as condições do atendimento (tempo, dias, horários).
Atestado psicológico
O Atestado Psicológico é um documento produzido e assinado pelo psicólogo. Essa declaração certi�ca uma
determinada situação ou estado psicológico. Sua �nalidade é informar se um indivíduo está apto ou não para
atividades especí�cas, após a realização de um processo de avaliação psicológica dentro do rigor técnico e ético,
de acordo com o disposto na Resolução 15/1996 do CFP. É facultativa a utilização do CID (Código Internacional de
Doenças). Esse documento pode ser usado também para justi�car faltas, impedimentos, afastamentos ou
dispensas.
Sua estrutura deve ser feita em papel timbrado ou carimbo com nome/sobrenome e CRP, incluindo-se diversos
itens:
Registro do nome do solicitante, motivação do documento;
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Registro do sintoma, situação ou condições psicológicas que
justi�quem o atendimento, afastamento ou falta;
Registro do local e data de expedição;
Registro do nome completo do psicólogo e CRP (ou carimbo
com as mesmas informações);
Assinaturas.
Relatório ou Laudo da Avaliação Psicológica
A estrutura de um relatório deve conter a identi�cação, a descrição do que foi solicitado, dados sobre o
procedimento, a análise e a conclusão.
Clique nas informações a seguir.
Sobre a Identi�cação Descrição da Demanda Procedimento
Análise Conclusão
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Parecer técnico da avaliação
O parecer é um documento bem estruturado e fundamentado no campo psicológico, cujo resultado é indicativo ou
conclusivo. Sua �nalidade é apresentar uma resposta esclarecedora a uma questão-problema. O psicólogo
parecerista deve fazer a análise do problema apresentado e opinar a respeito.
Estrutura do parecer técnico
Devem estar incluídos os itens: a identi�cação com o nome do parecerista com
a titulação, nome de quem solicitou e a sua titulação, os motivos, assim como
a transcrição do objetivo da consulta e das dúvidas apresentadas no processo
pelo solicitante. No fechamento da conclusão, depois de apresentada uma
análise minuciosa da questão investigada será apresentado o posicionamento
do pro�ssional. (MACHADO, 2007).
DÚVIDAS IMPORTANTES SOBRE OS DOCUMENTOS DE
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Agora que você já conheceu os documentos de avaliação psicológica, vejamos as dúvidas mais importantes.
Clique nas informações a seguir.
Manutenção dos dados Mudança de pro�ssional Material para psicólogos
FINALIDADES DOS DIVERSOS DOCUMENTOS RESULTANTES
OU NÃO DA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
Agora, vamos assistir a um vídeo em que a especialista re�ete sobre os cuidados éticos durante a avaliação
psicológica e a �nalidade dos diversos documentos resultantes ou não da avaliação psicológica.
    
16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_9470648/temas/3/conteudos/1 37/41
VEM QUE EU TE EXPLICO!
 VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Segundo o CFP (Conselho Federal de Psicologia), a avaliação psicológica e os testes
psicológicos fazem parte de um processo diagnóstico na área da Psicologia. Sobre a
de�nição e aplicação dos dois termos, marque a resposta correta:
A avaliação diagnóstica não considera hipóteses, história de vida e características pessoais
dos indivíduos. Seus resultados são apoiados exclusivamente no diagnóstico dos testes
psicológicos.
A)
Os testes psicológicos não devem ser aplicados durante a avaliação psicológica, os
processos não são complementares, pois são diagnósticos diferentes.
B)
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    
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16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
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Responder
2. Por meio da Resolução 07/2003, o Conselho Federal de Psicologia instituiu o Manual de
Elaboração de Documentos Escritos que devem ser produzidos pelo psicólogo no
processo �nalizado da Avaliação Psicológica. Sobre a forma correta de apresentação dos
documentos e a produção quali�cada desses materiais, qual a resposta correta?
Responder
A avaliação diagnóstica é um processo mais restrito, pois é baseado em entrevistas e
observações, enquanto os testes psicológicos são um processo mais amplo fruto de uma
testagem e�ciente.
C)
A avaliação psicológica é um processo amplo e integra informações provenientes de
diversas fontes, entre elas, entrevistas, observações e análise de documentos incluindo os
resultados de testes psicológicos.
D)
Os testes psicológicos são considerados como uma testagem e um processo reduzido e
focado sendo seus resultados não considerados em uma avaliação psicológica que é um
processo mais amplo.
E)
A comunicação por escrito é obrigatória, mas o formato do laudo não é rígido e será de
autoria do psicólogo. A linguagem deve ser coloquial e o menos pro�ssional possível, para
que qualquer pessoa possa ler.
A)
A comunicação por escrito é obrigatória, e o laudo deve incluir o detalhamento de hipóteses
e inferências sobre o paciente, ampliando a descrição dos resultados dos instrumentais
técnicos e da observação.
B)
A comunicação por escrito não precisa seguir diretrizes rígidas, porque poderá ser adaptada
pelo psicólogo, quando necessário, a cada caso individual ou de grupo dentro das
necessidades do pro�ssional.
C)
A comunicação por escrito não é obrigatória, pois muitos psicólogos criam documentos
com muitas informações que não correspondem ao que foi solicitado e prejudicam o
paciente.
D)
A comunicação por escrito é obrigatória e deverá seguir as diretrizes escritas do CPF. A não
observância constitui falta ética disciplinar.
E)
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16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
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CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como vimos, a Psicologia no mundo contemporâneo vem se transformando constantemente buscando sempre a
forma melhor de adaptação. No que diz respeito aos testes de inteligência, cogniçãoe habilidades, percebemos
que a construção da modernidade se dá no aperfeiçoamento contínuo dos primeiros passos dos testes
psicométricos no início do século XX. Conhecemos a intenção de medir as capacidades intelectuais no �nal do
século XIX, passando pelo teste de QI, o entendimento do Fator g e a evolução no século XX do tema com o
aprimoramento dos testes, como a Escala Wechsler para adultos. Vimos como os testes cognitivos foram e são
importantes na identi�cação do dé�cit cognitivo e como seus resultados abrem portas para a análise de muitas
complexidades, desde o desempenho escolar em crianças e jovens, até o teste de rastreio cognitivo em idosos.
Aprendemos mais sobre os testes de habilidades, sua relação com os domínios da inteligência e os testes mais
utilizados. Finalmente, conhecemos mais sobre o código de ética e suas normas na aplicação dos testes
psicológicos e a sua regulação para o uso dos psicólogos, responsabilidade do Conselho Federal de Psicologia, e
ainda recebemos informações sobre a documentação escrita necessária no acompanhamento dos psicólogos da
devolução de resultados para a avaliação psicológica.
Recomendamos que você continue essa jornada de aprendizado e descubra mais sobre testes psicológicos, e
esperamos que esta disciplina tenha contribuído para que você possa se interessar e queira conhecer mais sobre
os testes apresentados, sendo parte relevante na evolução da sua formação em Psicologia.
    
16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
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 PODCAST
Neste podcast, a especialista re�etirá sobre a utilização dos testes psicológicos de inteligência e
de habilidades, e sua relação com os testes cognitivos em avaliações em diferentes contextos,
destacando os tipos de documentações que podem ser realizadas e os cuidados éticos
necessários.
0:00 10:47
REFERÊNCIAS
ANACHE, A. A.; CORRÊA, F. B. As políticas do Conselho Federal de Psicologia para a avaliação psicológica In: A.
A. Santos, A. A. Anache, A. E. Vellemor-Amaral, B. S. G. Werlang, C. T., C. T. Reppold, C. H. Nunes et al. (Orgs.).
Avaliação psicológica: diretrizes para a regulamentação da pro�ssão. v. 1., p. 19-39. Brasília, DF: Conselho Federal
de Psicologia, 2010.
CFP - Conselho Federal de Psicologia. Avaliação psicológica: diretrizes na regulamentação da pro�ssão/Conselho
Federal de Psicologia. Brasília: CFP, 2010. https://satepsi.cfp.org.br/docs/Diretrizes.pdf
FLORES-MENDOZA, C.; SARAIVA, R. B. Avaliação da inteligência: uma introdução. In: C. S. Hutz, D. R. Bandeira, &
C. M. Trentini (Eds.). Avaliação Psicológica da Inteligência e da Personalidade. Porto Alegre: Artmed, 2018. p. 17-33.
GOTTFREDSON, L. S. Consequências sociais das diferenças de grupo em habilidade cognitiva. In: C. E. Flores-
Mendoza & R. Colom (Eds.). Introdução à psicologia das diferenças individuais (pp. 433-456). Porto Alegre: Artmed,
2006.
HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. (Orgs). Psicometria. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
HUTZ, C. S.; BANDEIRA, D. R.; TRENTINI, C. M. Avaliação Psicológica da inteligência e da Personalidade. 1. ed.
Porto Alegre: Artmed, 2018.
MACHADO, A. P. Manual de Avaliação Psicológica/Adriane Pichetto Machado, Valéria Cristina Morona. Curitiba:
Uni�cado, 2007.
MALLOY-DINIZ, L. F. et al. Avaliação Neuropsicológica. Porto Alegre: Artmed, 2010.
PASQUALI, L. Psicometria: Teoria e Aplicação. A teoria clássica dos testes psicológicos. Brasília: Editora
Universidade de Brasília, 1997.
RITCHIE, S. Intelligence: All that matters. London: Hodder and Stoughton, 2016.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 11. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2019.
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https://stecine.azureedge.net/repositorio/02681/index.html
https://stecine.azureedge.net/repositorio/02681/index.html
https://satepsi.cfp.org.br/docs/Diretrizes.pdf
16/10/2023, 18:11 Os testes na avaliação de inteligência e habilidades
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_9470648/temas/3/conteudos/1 41/41
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Assista ao vídeo Inteligência �uida x Inteligência cristalizada e descubra as diferenças entre a inteligência
�uida e a inteligência cristalizada e a sua aplicação no dia a dia. Será que realmente com a idade vamos
diminuindo a capacidade de aprender coisas novas?
Aprenda mais sobre como preencher os documentos nas avaliações psicológicas passando por todas as
fases obrigatórias no site do CRP-PR e veja o tópico A elaboração de documentos decorrentes da prestação
de serviços psicológicos.
Acesse o Código de Ética Pro�ssional do Psicólogo e explore mais o conhecimento sobre a regulação do
comportamento ético na aplicação dos testes psicológicos. Essa prática de aprendizagem contínua vai
despertar seus valores e virtudes na atuação pro�ssional, oferecendo mais con�ança para aplicação dos
testes e avaliações.
Conheça as baterias mais conhecidas dos testes de Inteligência, Cognição e Habilidades e que estão
aprovadas pelo CFP na página Saúde mental, na UFOP. Ainda estão disponíveis outros testes de capacidade
de memória e atenção para atendimentos privados ou grupos em empresas.
CONTEUDISTA
Crismarie Casper Hackenberg
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