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Glândula Tireoide A tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Garante o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão. Em relação a outros órgãos do corpo humano, a tireoide é relativamente pequena, mas é uma das maiores glândulas já que pode chegar a até 25 gramas em um adulto. Ela atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. Quando a tireoide não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertiroidismo). Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são de simples de se diagnosticar. Principais doenças ligadas a alterações na tireoide Hipertireoidismo – é causado por excesso dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Essa sobrecarga hormonal pode provocar emagrecimento, intestino solto, aceleração do coração, agitação, quadros de ansiedade, nervosismo, insônia e intolerância ao calor. Hipotireoidismo – ocorre quando acontece uma queda na produção dos hormônios T3 e T4. Na infância, pode ser detectado ainda no teste do pezinho, nos primeiros dias de vida. Sintomas comuns de carência hormonal: diminuição da memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, leve ganho de peso, constipação, alteração no ciclo menstrual e até mudanças de humor e depressão. Aumento nos níveis de colesterol, insuficiência cardíaca, pele ressecada e dificuldade na filtragem dos rins também estão ligados ao problema. Tireoidite de Hashimoto – é uma doença autoimune na qual os anticorpos produzidos pelo organismo acabam atacando as células tireoidianas e as destruindo. Ela é a causa mais frequente do hipotireoidismo (que é diminuição dos hormônios). Nódulo na Tireoide – um nódulo de tireoide pode ser uma massa de tecido que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na glândula. Eles são muito comuns e as chances de desenvolvê-los aumenta à medida que envelhecemos. Apesar de a presença de nódulos na tireoide ser comum, o câncer é mais raro. A estimativa é que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida. Mas apenas 5% são cancerosos. Por fim, um alerta importante: não se deve consumir hormônios tireoidianos sem prescrição visando apenas o emagrecimento. Ele pode causar perda de massa muscular e óssea e complicações cardíacas sérias. Para informações sobre o tratamento apropriado, procure sempre um médico. Como descobrir algumas disfunções na tireoide? Normalmente, as disfunções na tireoide são associadas a alterações de peso. Porém, relacioná-la com obesidade é um mito. Segundo o Departamento de Tireoide da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), essas alterações são pequenas, não afetando mais que 10% do peso total. Alguns sintomas podem servir de alerta: cansaço, desânimo, diminuição da memória, menstruação desregulada, alterações do sono e na temperatura corporal, pele seca, inchaço, obstipação (prisão de ventre), dificuldade de concentração, depressão e variação de humor podem ser sinais de disfunção na glândula. Os problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, da infância à terceira idade. Dados divulgados pelo Ministério da Saúde apontam que o problema na tireoide é mais comum em mulheres: 9 em cada 10 casos. Ao perceber algum desses sintomas, a recomendação é procurar um médico endocrinologista, que solicitará a dosagem de TSH e outros exames para confirmar ou não o diagnóstico e indicar o tratamento apropriado. ALIMENTAÇÃO Dicas de prevenção Um cardápio equilibrado auxilia no desempenho dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), fundamentais para o funcionamento das células do corpo, que são produzidos pela glândula endócrina, situada próxima à garganta. A principal matéria-prima para a formação destes hormônios é o iodo. Incluir na sua alimentação: · Sal iodado ou marinho O iodo é um componente essencial para o desempenho correto da tireoide e a recomendação diária indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 5 gramas. · Peixes de água salgada, mariscos e algas Essas opções são ótimas fontes de nutrientes, por serem alimentos ricos em iodo, sendo bastante indicados também para dietas com restrição de sal. Contudo, opte por doses equilibradas: o excesso de iodo pode causar hipertireoidismo. · Castanhas O selênio, presente nas castanhas, auxilia na produção de TSH (hormônio tireoestimulante), que é responsável por estimular a produção dos hormônios T3 e T4 pela tireoide. A deficiência deste nutriente também aumenta o risco de Tireoidite de Hashimoto. A quantidade diária ideal para o consumo é equivalente a um punhado raso de castanhas. Dicas para lidar de maneira saudável com a condição! Algumas dicas para ajudar a lidar melhor com problemas na tireoide: Com acompanhamento médico, realize exames de sangue regulares, principalmente se estiver em período gestacional. O ultrassom possui como foco a identificação de nódulos e as amostras de sangue trazem a possibilidade de diagnósticos mais precisos. Teste do pezinho As disfunções na tireoide podem ter causas genéticas, logo, é importante realizar o teste do pezinho entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê, para detectar se existe a presença de algum problema ou não. Torne a alimentação uma aliada Alterações de peso e humor causadas pela glândula podem ser resolvidas através de uma alimentação equilibrada, por isso, siga sempre um cardápio adequado à sua condição para manter a saúde corporal e mental em dia!
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